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SUMÁRIO
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 2
GABARITO .................................................................................................................................................... 66
EXERCÍCIOS
1. Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2020 - PM-SP - Cabo da
Polícia Militar Assunto: Legislação Especial Penal; Direito da Criança e do Adolescente -
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990; Crimes e Infrações
Administrativas, Crimes Praticados contra a Criança e o Adolescente.
a) Para os efeitos do Estatuto, deve ser considerada a idade do adolescente à data da sua
condenação a uma medida socioeducativa.
b) Ao ato infracional praticado por criança corresponderá a aplicação de medidas
socioeducativas.
c) É considerado crime a conduta de vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar,
de qualquer forma, a criança ou adolescente fogos de estampido ou de artifício, inclusive
aqueles que, pelo seu reduzido potencial, sejam incapazes de provocar qualquer dano
físico em caso de utilização indevida.
d) Para efeito dos crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, a expressão
“cena de sexo explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva
criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição
dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais.
GABARITO: letra D
“Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade
competente poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade;
II - orientação, apoio e acompanhamento temporários;
III - matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino
fundamental;
IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e
promoção da família, da criança e do adolescente; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
2. Ano: 2018 Banca: AOCP Órgão: SUSIPE-PA Prova: AOCP - 2018 - SUSIPE-PA - Agente
Prisional Assunto: Legislação Penal Especial; Lei dos Crimes de Tortura – Lei nº 9.455 de
1997.
GABARITO: letra A
d) dois a oito anos (ERRADO) Art. 1°, inciso II, “submeter alguém, sob sua
guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso
sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de
caráter preventivo. Pena - reclusão, de dois a oito anos”.
3. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-BA Prova: VUNESP - 2018 - PC-BA - Investigador
de Polícia Assunto: Legislação Penal Especial; Procedimento comum sumaríssimo - Lei
nº 9.099 de 1995 - Lei dos Juizados Especiais Criminais - JECRIM, Procedimento Penal.
A Lei n° 9.099/95, relativa aos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, prevê que,
a) no caso de lesão corporal dolosa leve ou culposa, a ação penal será pública e
condicionada à representação.
b) no caso de lesão corporal dolosa leve ou culposa, a ação penal será privada.
c) apenas no caso de lesão corporal culposa, a ação penal será pública e condicionada à
representação.
d) no caso de lesão corporal dolosa leve, grave, gravíssima ou culposa, a ação penal será
pública e condicionada à representação.
e) no caso de lesão corporal dolosa leve, a ação penal será pública e incondicionada.
GABARITO: letra A
“3. Seja caso de lesão corporal leve, seja de vias de fato, se praticado em
contexto de violência doméstica ou familiar, não há falar em necessidade de
representação da vítima para a persecução penal. 4. Agravo Regimental
Improvido”.(AgRg no AREsp 703.829/MG, Rel. Ministro Sebastião Reis Júnior, Sexta
Turma, julgado em 27/10/2015, DJe 16/11/2015).
4. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: MPE-SP Prova: VUNESP - 2018 - MPE-SP - Analista
Jurídico do Ministério Público Assunto: Legislação Penal Especial; Procedimento comum
sumaríssimo - Lei nº 9.099 de 1995 - Lei dos Juizados Especiais Criminais - JECRIM,
Procedimento Penal.
GABARITO: letra B
5. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 - PC-SP - Agente Policial
Assunto: Legislação Penal Especial; Procedimento comum sumaríssimo - Lei nº 9.099 de
1995 - Lei dos Juizados Especiais Criminais - JECRIM, Procedimento Penal.
Nos termos da Lei Federal n° 9.099/1995 (Lei dos Juizados Especiais Criminais),
consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo
a) somente as contravenções penais a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois)
anos, cumulada ou não com multa.
b) somente os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos,
cumulada ou não com multa.
c) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2
(dois) anos, cumulada ou não com multa.
d) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena mínima não superior a 2
(dois) anos, cumulada ou não com multa.
e) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena mínima não superior a 3
(três) anos, cumulada ou não com multa.
GABARITO: letra C
Conforme destacado na lei 9.099/95 em seu Art. 61. “Consideram-se infrações
penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções
penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos,
cumulada ou não com multa”.
6. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 - PC-SP - Escrivão de
Polícia Civil Assunto: Legislação Penal Especial; Procedimento comum sumaríssimo - Lei
nº 9.099 de 1995 - Lei dos Juizados Especiais Criminais - JECRIM, Procedimento Penal.
Nos termos da Lei n° 9.099/95, com as alterações feitas pela Lei n° 11.313/06 (Lei dos
Juizados Especiais Criminais), é correto afirmar que
GABARITO: letra D
Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: MPE-SP Prova: VUNESP - 2015 - MPE-SP - Analista
de Promotoria Assunto: Legislação Penal Especial; Procedimento comum sumaríssimo -
Lei nº 9.099 de 1995 - Lei dos Juizados Especiais Criminais - JECRIM, Procedimento Penal.
7. Diz o artigo 76, caput, da Lei n° 9.099/95 (Juizados Especiais Criminais) que “Havendo
representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo
caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena
restritiva de direitos ou multa, a ser especificada na proposta”.
a) ter sido o agente beneficiado, anteriormente, no prazo de 10 (dez) anos, pela aplicação
de pena restritiva ou multa.
b) ter o agente descumprido condições de suspensão condicional do processo.
c) não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como
os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida.
d) não tiver sido realizada a composição civil dos danos.
e) ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime ou contravenção penal, à
pena privativa de liberdade ou restritivas de direitos, por sentença definitiva.
GABARITO: letra C
a) (ERRADO) quando o agente comete o crime que for de ação penal pública
incondicionada, não sendo reincidente, tendo bons antecedentes, e o crime ter a
pena até 2 anos de reclusão, poderá ser proposta transação penal pelo Ministério
Público. Porém, uma vez concedido o benefício, o agente não poderá posteriormente
fazer o uso do mesmo benefício dentro do prazo de 5 anos de acordo com a Lei n°
9.099/95 em seu Art. 76, § 2°, inciso II. “ter sido o agente beneficiado anteriormente,
no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste
artigo”.
Por sua vez, não está expresso na referida lei a não concessão no caso de
descumprimento das condições de suspensão condicional do processo.
Ano: 2015 Banca: UFPR Órgão: Prefeitura de São José dos Campos - SP Prova: NC-UFPR -
Assistente Social (UFPR)/2015 Tema: Lei nº 11.343/06 (Lei de Drogas)
a) 1 e 2 apenas.
b) 1 e 3 apenas.
c) 1, 2 e 4 apenas.
d) 2, 3 e 4 apenas.
e) 1, 2, 3 e 4.
De acordo com o art. 3º, §1º da Lei nº 11.343/06, entende-se por Sisnad o
“conjunto ordenado de princípios, regras, critérios e recursos materiais e humanos
que envolvem as políticas, planos, programas, ações e projetos sobre drogas,
incluindo-se nele, por adesão, os Sistemas de Políticas Públicas sobre Drogas dos
Estados, Distrito Federal e Municípios.” A atuação do Sisnad ocorre juntamente com
o SUS e o SUAS.
As opções “1” e “2” estão corretas pois correspondem aos princípios listados
nos incisos III e VII do art. 4º da Lei de Drogas. Por outro lado, a opção “3” está
incorreta pois, conforme inciso X do mencionado dispositivo, um dos princípios do
Sisnad é “a observância do equilíbrio entre as atividades de prevenção do uso
indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas
e de repressão à sua produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito, visando
a garantir a estabilidade e o bem-estar social” (Grifamos). Sendo assim, não há
equivalência entre as atividades de prevenção do uso indevido de substâncias
psicoativas, atenção aos usuários de drogas, punição do tráfico ilícito e apoio às
comunidades terapêuticas, e sim a necessária observância de um equilíbrio. Registre-
se que o inciso também não menciona apoio às comunidades terapêuticas.
Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-RO Prova: VUNESP – 2019 – TJ-RO – Juiz de Direito
Substituto Tema: Colaboração Premiada/Lei de Organização Criminosa (Lei nº 12.850/13)
Atenção: como estamos tratando de um crime formal, ou seja, que não exige
a efetiva prática das infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4
anos ou de caráter transnacional, é possível que, na prática, não seja possível a
recuperação total ou parcial do produto ou proveito das infrações penais. Os crimes
tratados na Lei nº 12.850/13 são tipos penais autônomos, estando dissociados das
infrações penais praticadas ou que o grupo criminoso deseja praticar.
Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-RS Prova: VUNESP - 2019 - TJ-RS - Titular de Serviços
de Notas e de Registros - Remoção Tema: Lei nº 11.343/06
10. De acordo com a Lei nº 11.343/06, a conduta de cultivar, para seu consumo pessoal,
plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz
de causar dependência física ou psíquica, é considerada
Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-AC Prova: VUNESP - 2019 - TJ-AC - Juiz de Direito
Substituto (Legislação Penal Especial, Lei de Tóxicos – Lei nº 11.343 de 2006)
GABARITO: D
a) O prazo de conclusão do inquérito policial em caso de indiciado preso por
crime de tráfico de entorpecentes poderá ser duplicado pelo juiz, não podendo,
entretanto, referido prazo exceder a 45 dias. (ERRADO)
Conforme o art. 51 da Lei nº 11.343 de 2006 :
Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias,
se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: MPE-SP Prova: VUNESP - 2018 - MPE-SP - Analista Jurídico do
Ministério Público (Legislação Penal Especial, Lei de Tóxicos – Lei nº 11.343 de 2006)
12. Caio, dependente de substância entorpecente, para sustentar o vício, é quem busca a droga e
repassa a seus amigos, também usuários. Caio paga a droga com o dinheiro dos amigos. Nunca
cobrou nada pelo “serviço” de buscar a droga, ficando com parte dela para uso próprio. Em uma
das vezes em que foi buscar a droga, no caso, maconha, acabou preso, com 100 g da substância.
Diante da situação hipotética, e tendo em conta a parte penal da Lei de Drogas, assinale a
alternativa correta.
a) Caio, se condenado ao crime de tráfico (art. 33), terá a pena reduzida, por expressa previsão
legal, em razão de a droga apreendida ser maconha.
b) Caio, preso portando 100 g de entorpecente, mesmo que para uso próprio e compartilhado de
amigos, não poderá ser incurso no tipo penal do consumo pessoal (art. 28) que,
expressamente, limita a quantidade da droga em 50 g.
c) Caio, sendo primário, sem maus antecedentes e por não integrar organização criminosa, se
condenado ao crime de tráfico, poderá ter a pena reduzida em até dois terços (art. 33,
parágrafo 4° ).
d) Caio não será acusado de tráfico de entorpecentes (art. 33), pois o tipo penal expressamente
exige que as condutas nele previstas sejam realizadas mediante pagamento.
e) Caio, comprovado que a droga era de uso pessoal e compartilhado dos amigos, não praticou
qualquer crime, pois o consumo pessoal de maconha, pela legislação atual de drogas, é
descriminalizado.
GABARITO: C
Ano: 2017 Banca: VUNESP Órgão: DPE-RO Prova: VUNESP - 2017 - DPE-RO - Defensor
Público Substituto (Legislação Penal Especial, Lei de Tóxicos – Lei nº 11.343 de 2006
13. Considere as duas descrições fáticas que seguem: “induzir, instigar ou auxiliar alguém ao
uso indevido de droga” e “oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a
pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem”.
É correto afirmar que
GABARITO: C
Ano: 2017 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2017 - TJ-SP - Juiz Substituto
(Legislação Penal Especial, Lei de Tóxicos – Lei nº 11.343 de 2006) Q826725
GABARITO: A
A fundamentação da assertiva encontra-se no art. 40, IV da Lei nº
11.343/2006:
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas
de um sexto a dois terços, se:
[...]
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego
de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva;
Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Várzea Paulista - SP Prova: VUNESP -
2016 - Prefeitura de Várzea Paulista - SP - Procurador Jurídico (Legislação Penal Especial,
Lei de Tóxicos – Lei nº 11.343 de 2006)
15. Assinale a alternativa que traz a disposição correta no que tange ao procedimento dos
delitos da Lei de Drogas (Lei n° 11.343/06).
a) Acusação e defesa podem arrolar, no máximo, 8 (oito) testemunhas cada (art. 54, III
e 55, § 1° ).
b) Prescinde de autorização judicial o procedimento investigatório de não-atuação
imediata sobre portadores de droga, a fim de identificar os demais agentes (art. 53,
II).
c) O inquérito policial será concluído no prazo de 10 (dez) dias, se o indiciado estiver
preso, e de 30 (trinta) dias, quando solto (art. 51).
d) O perito que subscrever o laudo de constatação não poderá participar da elaboração
do laudo definitivo (art. 50, § 2° ).
e) Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente,
comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será
dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas (art. 50)
GABARITO: E.
Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: TJ-RJ Prova: VUNESP - 2016 - TJ-RJ - Juiz Substituto
(Legislação Penal Especial, Lei de Tóxicos – Lei nº 11.343 de 2006)
a) ser conduzido ao Distrito Policial, livrando-se solto, haja vista tratar-se de infração de
menor potencial ofensivo.
b) ignorar a determinação policial no sentido de que se conduza ao Distrito Policial, uma
vez que esta conduta não prevê pena privativa de liberdade.
c) ser conduzido ao CAPS – Centro de Atenção Psicossocial –, para ser submetido a
tratamento compulsório, dado que a lei prevê medidas alternativas à prisão.
d) ser preso, em flagrante delito.
e) ser liberado, mediante pagamento de fiança.
GABARITO: A
“X” não poderá ser preso no caso da prática do delito de porte de
drogas para consumo pessoal, conforme dispõe o art. 48, § 2º:
Art. 48. O procedimento relativo aos processos por crimes definidos
neste Título rege-se pelo disposto neste Capítulo, aplicando-se,
subsidiariamente, as disposições do Código de Processo Penal e da Lei de
Execução Penal.
§ 2º Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se
imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser imediatamente
encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o
compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e
providenciando-se as requisições dos exames e perícias necessários.
Ano: 2015 Banca: VUNESP Prova: VUNESP – 2015 – TJ-MS – Juiz Substituto Assunto:
Legislação Penal Especial, Lei de Tóxicos – Lei nº 11.343 de 2006.
1) Réu primário (aquele que não possui condenação anterior com trânsito em
julgado). 2) Bons antecedentes (não responda por outra ação penal). 3) Não se
dedique às atividades criminosas, nem integre organização criminosa.
Art. 33, §4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas
poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário,
de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre
organização criminosa.
Portanto, necessário que preencha os requisitos mencionados anteriormente,
para fazer jus a benesse.
A questão aborda somente que “só será aplicável se o agente for primário e de
bons antecedentes”, e deixa de complementar com os últimos dois requisitos
impostos pela legislação.
Ano: 2020 Banca: VUNESP Prova: VUNESP – 2020 – PM-SP Cabo de Polícia Militar Assunto:
Legislação Penal Especial, Lei de Armas (Estatuto do Desarmamento) – Lei nº 10.826 de
2003.
a) aos residentes em área rural, para os fins de autorização da manutenção da arma de fogo
pelo proprietário que possuir o certificado de registro, considera-se residência ou
domicílio do imóvel rural exclusivamente a sede do imóvel (casa).
b) é considerada como crime a conduta de disparar de forma culposa arma de fogo ou
acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em
direção a ela.
c) deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos
ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob
sua posse ou que seja de sua propriedade é considerado crime mesmo que o menor não
efetue nenhum disparo ou realize qualquer outra conduta perigosa com referido
armamento.
d) o crime de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito prevê pena menor do que o crime
de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor
de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma
de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
Cabe salientar, que o crime será consumado no momento do apoderamento da
arma pelo menor ou doente mental, ainda que não efetue nenhum disparo ou realize
qualquer outra conduta perigosa com referido armamento.
Ano: 2018 Banca: VUNESP Prova: VUNESP – 2018 – PC – SP - Delegado de Polícia Assunto:
Legislação Penal Especial, Lei de Armas (Estatuto do Desarmamento) – Lei nº 10.826 de
2003.
19. É correto afirmar a respeito do crime de disparo de arma de fogo, previsto na Lei
no 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), que
Ano: 2018 Banca: VUNESP Prova: VUNESP – 2018 – PC-SP – Investigador de Polícia
Assunto: Legislação Penal Especial, Lei de Armas (Estatuto do Desarmamento) – Lei nº
10.826 de 2003.
Omissão de cautela
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor
de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma
de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
Ano: 2017 Banca: VUNESP Prova: VUNESP - 2017 - Prefeitura de Porto Ferreira - SP -
Procurador Jurídico Assunto: Tipicidade, Causas de extinção da punibilidade, Abolitio
criminis.
21. Qual alternativa a seguir reflete o exato entendimento de Súmula Jurisprudencial editada
pelo STJ?
a) A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que
em situação de alegada autodefesa.
b) A abolitio criminis temporária, prevista na Lei n° 10.826/2003, não se aplica ao crime
de posse de arma de fogo de uso permitido com numeração, marca ou qualquer outro
sinal de identificação raspado, independentemente da data do cometimento do crime.
c) É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2° do art. 155 do CP nos casos
de crime de furto qualificado, ainda que não for primário o agente, mas for de pequeno
valor a coisa furtada e for a qualificadora de ordem objetiva.
d) A configuração do crime do art. 244-B do ECA depende da prova da efetiva corrupção do
menor, por se tratar de delito material.
e) É possível a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a
pena-base, desde que haja fundamentação por parte do magistrado.
Ano: 2016 Banca: VUNESP Prova: VUNESP - 2016 - TJ-RJ - Juiz Substituto Assunto:
Legislação Penal Especial, Lei de Armas (Estatuto do Desarmamento) – Lei nº 10.826 de
2003.
22. Bonaparte, com o objetivo de matar Wellington, aciona o gatilho com o objetivo de
efetuar um disparo de arma de fogo na direção deste último. Todavia, a arma não dispara
na primeira tentativa. Momentos antes de efetuar uma segunda tentativa, Bonaparte
ouve “ao longe" um barulho semelhante a “sirenes" de viatura e, diante de tal fato, guarda
a arma de fogo que carregava, deixando o local calmamente, não sem antes proferir a
seguinte frase a Wellington: “na próxima, eu te pego". Momentos após, Bonaparte é
abordado na rua por policiais e tem apreendida a arma de fogo por ele utilizada. A arma
de fogo era de uso permitido, estava registrada em nome de Bonaparte, mas este não
possuía autorização para portá-la. No momento da abordagem e apreensão, também foi
constatado pelos policiais que a arma de fogo apreendida em poder de Bonaparte estava
sem munições, pois ele havia esquecido de municiá-la.
Por fim, o agente verbalizou ameaça à vítima, nos seguintes termos: “na
próxima, eu te pego", portanto, caracterizada a promessa de mal, prevista no art.
147, CP, que consiste no ato de ameaçar alguém, seja por palavra ou outros meios.
Nesse caso, Bonaparte deverá responder pelo crime de ameaça e porte ilegal
de arma de fogo de uso permitido, conforme os argumentos aqui aludidos.
Ano: 2015 Banca: VUNESP Prova: VUNESP - 2015 - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil de 1ª
Classe Assunto: Legislação Penal Especial, Lei de Armas (Estatuto do Desarmamento) – Lei
nº 10.826 de 2003.
23. Sobre o Estatuto do Desarmamento (Lei n o 10.826/2003), está correto afirmar que
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição,
de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no
interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho,
desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:
Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PC-CE Prova: VUNESP - 2015 - PC-CE - Escrivão de
Polícia Civil de 1a Classe Assunto: Lei de Armas (Estatuto do Desarmamento) – Lei nº
10.826 de 2003
Referido diploma legal entre os artigos 12 a 18, sendo que a exceção dos delitos
previstos nos artigos 12 e 13, que são apenados com detenção, aos demais tipos
penais é culminada a pena de reclusão.
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou
munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar,
no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de
trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou
empresa:
Omissão de cautela
Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PC-CE Prova: VUNESP - 2015 - PC-CE - Delegado de
Polícia Civil de 1a Classe Assunto: Lei de Armas (Estatuto do Desarmamento) – Lei nº
10.826 de 2003
COMENTÁRIO:
Ano: 2013 Banca: VUNESP Órgão: MPE-ES Prova: VUNESP - 2013 - MPE-ES - Promotor
de Justiça Assunto: Lei de Armas (Estatuto do Desarmamento) – Lei nº 10.826 de 2003
(Atualizada)
COMENTÁRIO:
“Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua
residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja
o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa”
Não há qualquer previsão artigo no sentindo de que para sua consumação seja
necessário que a arma de fogo esteja municiada.
Ano: 2014 Banca: NC-UFPR Órgão: DPE-PR Prova: NC-UFPR - 2014 - DPE-PR - Defensor
Público Assunto: Lei de Armas (Estatuto do Desarmamento) – Lei nº 10.826 de 2003
(Atualizada)
27. A respeito do Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), assinale a alternativa
correta.
COMENTÁRIO:
“Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade
se a arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito.
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada
da metade se: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts.
6º, 7º e 8º desta Lei; ou
II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza.”
28. São crimes hediondos nos termos da Lei nº 8.072, de 1990, EXCETO:
a) provocar aborto sem o consentimento da gestante.
b) entregar a consumo produto cosmético adquirido de estabelecimento sem licença da
autoridade sanitária competente.
c) constranger pessoa maior de 18 (dezoito) anos a ter conjunção carnal mediante grave
ameaça, sem resultar na morte da vítima.
d) atrair pessoa com 16 (dezesseis) anos à prostituição.
e) portar arma de fogo de uso restrito ao uso pelas forças armadas.
COMENTÁRIO:
a) CORRETA: o tipo penal previsto no artigo 125 do CP não foi considerado pelo
legislador como sendo hediondo.
e) INCORRETA: o tipo penal para o porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, previsto
no artigo 16 da Lei nº 10826/03, está inserido no inciso II, § único, do artigo 1º da Lei de
Crimes Hediondos.
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-BA Prova: VUNESP - 2018 - PC-BA - Delegado de Polícia
Assunto: Crimes Hediondos
A Força Nacional está atuando legalmente em Salvador. O civil “X”, irmão de um Policial Militar
do Estado de São Paulo que integra a Força Nacional, residente na referida cidade, se envolveu
em acidente de trânsito sem vítimas, ao abalroar o veículo do condutor “Y”. Após se identificar
como irmão do Militar do Estado integrante da Força Nacional, foi violentamente agredido por
“Y”, que confessou ter assim agido apenas por saber dessa condição. As agressões provocaram
lesões corporais gravíssimas no civil “X”. Diante do exposto, é correto afirmar que o crime
praticado por “Y”
a) não é considerado hediondo, pois a legislação contempla apenas o crime de homicídio doloso
perpetrado contra o Militar do Estado.
b) é considerado hediondo, apenas por se tratar de uma lesão corporal dolosa de natureza
gravíssima, independentemente da condição da eventual vítima.
c) não é considerado hediondo, pois a legislação não contempla lesão corporal dolosa de natureza
gravíssima como crime hediondo.
d) é considerado hediondo, pois o civil “X” foi vítima de lesão corporal dolosa de natureza
gravíssima apenas por ser irmão de Militar do Estado em razão de sua função.
e) somente seria considerado hediondo se o crime de lesão corporal dolosa de natureza gravíssima
fosse perpetrado contra o próprio Militar do Estado em razão de sua função.
A questão diz respeito a conduta típica descrita no inciso I-A do artigo 1º da Lei
de Crimes Hediondos:
“I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão
corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou
agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema
prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até
terceiro grau, em razão dessa condição; “
Importante destacar que a conduta deve ser praticada pelo agente contra as
autoridades ou agentes públicos no exercício da função ou em decorrência dela, ou
seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, que tem
conhecimento desta condição da vítima.
Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: TJM-SP Prova: VUNESP - 2016 - TJM-SP - Juiz de Direito
Substituto Assunto: Crimes Hediondos
30. Nos termos da Lei no 7.210, de 11 de julho de 1984, os condenados por crime praticado,
dolosamente, com violência de natureza grave contra a pessoa, ou por qualquer dos
crimes previstos no art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990
Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PC-CE Prova: Escrivão Assunto: Legislação Penal Especial -
Lei de Crimes Hediondos nº 8.072/1990
32. Assinale a alternativa que indica corretamente crimes que, de acordo com o texto constitucional,
a lei considerará inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia, por eles respondendo os
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, omitirem-se.
Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: TJ-PA Prova: Analista Judiciário Assunto: Legislação
Penal Especial - Lei de Crimes Hediondos nº 8.072/1990
33. Lei n.º 8.072/90: na ação penal por crime hediondo a que o acusado responde preso, em
caso de sentença de primeiro grau
b) (CERTA) Destarte mencionar que, quando se tratar de ação penal por crime
hediondo em que o acusado responda preso, em caso de sentença de primeiro grau,
será condenatória, sendo assim, o juiz decidirá fundamentadamente se o acusado
poderá apelar em liberdade. Consoante o dispositivo do artigo 2º, parágrafo 3º da
Lei de Crimes Hediondos, nº 8.072 de 1990: “Em caso de sentença condenatória, o
juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade.”
“Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e
indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do
imputado.”
Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: Investigador Assunto: Legislação Penal
Especial - Lei de Crimes Hediondos nº 8.072/1990
34. A Lei de Crimes Hediondos (Lei n.º 8.072/90) dispõe que será de três a seis anos de
reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal (Associação Criminosa), quando se
tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins ou terrorismo. Nessa hipótese, o participante e o associado que denunciar à
autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento,
Ano: 2013 Banca: VUNESP Órgão: MPE-ES Prova: Agente de Promotoria - Assessoria
Assunto: : Legislação Penal Especial - Lei de Crimes Hediondos nº 8.072/1990
35. A prisão temporária dos acusados por crime hediondo terá o prazo de 30 (trinta) dias,
a) improrrogável.
b) prorrogável por igual período em caso de extrema necessidade.
c) prorrogável por quantos outros tantos períodos de 30 (trinta) dias forem
necessários, mediante decisão judicial fundamentada.
d) podendo, contudo, desde o início, ser decretada por período superior, desde que
mediante decisão judicial fundamentada.
e) automaticamente prorrogável por igual período se não houver revogação da
determinação judicial que determinou o primeiro período.
d) (ERRADA) Não pode ser decretada por período superior, a regra da prisão
temporária é o prazo de 30 (trinta) dias, e nos casos de crimes hediondos, poderá
ser prorrogada por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: DPE- MS Prova: Defensor Público Assunto:
Legislação Penal Especial - Lei de Crimes Hediondos nº 8.072/1990
a) epidemia com resultado morte – concussão – extorsão qualificada pela morte – estupro
de vulnerável.
b) homicídio qualificado – estupro de vulnerável – extorsão qualificada pela morte –
falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins
terapêuticos ou medicinais.
c) latrocínio – tráfico de pessoa – homicídio qualificado – falsificação, corrupção,
adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.
d) extorsão qualificada pela morte – estupro de vulnerável – lenocínio – tráfico de pessoa.
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-BA Prova: Investigador Assunto: Legislação
Penal Especial - Lei de Crimes Hediondos nº 8.072/1990
37. A Lei dos crimes hediondos (Lei n° 8.072/90), embora não forneça o conceito de crime
hediondo, apresenta um rol dos crimes que se enquadram em seus dispositivos, entre os
quais se pode destacar
a) instigação ao suicídio.
b) lesão corporal de natureza grave.
c) incêndio qualificado pela morte.
d) extorsão mediante sequestro.
e) violação sexual mediante fraude.
d) (CERTA) Analisando a Lei de Crimes Hediondos, sabe-se que o seu rol é taxativo,
portanto, somente os crimes elencados nela são considerados hediondos. Nesse
contexto, cabe destacar que o crime de “extorsão mediante sequestro” está
enquadrado em seus dispositivos.
Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: Cabo da Polícia Militar Assunto:
Legislação Especial Penal; Estatuto do Desarmamento
38. Em relação ao previsto na Lei no 10.826/03, é correto afirmar que
A) aos residentes em área rural, para os fins de autorização da manutenção da arma de fogo
pelo proprietário que possuir o certificado de registro, considera-se residência ou
domicílio do imóvel rural exclusivamente a sede do imóvel (casa).
B) é considerada como crime a conduta de disparar de forma culposa arma de fogo ou
acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção
a ela.
C) deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos
ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua
posse ou que seja de sua propriedade é considerado crime mesmo que o menor não
efetue nenhum disparo ou realize qualquer outra conduta perigosa com referido
armamento.
D) o crime de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito prevê pena menor do que o crime
de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
Alternativa A, INCORRETA.
Art. 5º O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o
seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou
dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo
estabelecimento ou empresa.
§ 5º Aos residentes em área rural, para os fins do disposto no caput deste artigo, considera-se residência
ou domicílio toda a extensão do respectivo imóvel rural.
Alternativa B, INCORRETA.
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via
pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime: (...)
Exige-se o dolo como elemento subjetivo da conduta, vez que o código penal pátrio requer
previsão expressa de modalidades culposas:
(...)
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime,
senão quando o pratica dolosamente.
Alternativa C, CORRETA.
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa
portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua
propriedade: (...)
Alternativa D, INCORRETA.
Seria incoerente imputar pena mais severa a crime menos gravoso e vice versa. Com efeito, não
é o que encontramos na Lei 10826/03:
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou
munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em
desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda
no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:
Veja que o regime de cumprimento da pena é mais gravoso na posse ou porte e arma de fogo de
uso restrito, assim como também é maior a duração em tese da reprimenda. Note também que
a lei não distingue o crime de porte ou de posse de arma de fogo de calibre restrito,
considerando ambas as condutas igualmente gravosas em função do tipo do armamento.
Contudo, o faz para as armas de calibre restrito, definindo um regramento específico para o
crime de porte:
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição,
de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Ano: 2012 Banca: NC-UFPR Órgão: TJ-PR Prova: Juiz Assunto: Lei de Interceptação
Telefônica
39. Quanto à interceptação telefônica, é correto afirmar:
A) A mesma pode ocorrer em qualquer fase processual e somente se procede de ofício.
B) Será sempre admitida pelo Juiz e depende obrigatoriamente de requerimento do
Ministério Público.
C) Não se admite quando a prova puder ser feita por outros meios disponíveis.
D) Sempre poderá ser prorrogada, indefinidamente, e sem a necessidade de nova ordem
judicial enquanto durarem as investigações.
Alternativa A: INCORRETA.
A interceptação pode ocorrer tanto durante a instrução processual penal quanto durante a
investigação criminal, seja conduzida pela autoridade policial no âmbito do inquérito policial,
ou pelo Ministério Público:
Art. 3° A interceptação das comunicações telefônicas poderá ser determinada pelo juiz, de ofício ou a
requerimento:
Alternativa B: INCORRETA.
Cabe ao juiz examinar se estão presentes os pressupostos legais estipulados no Art. 2º e então
decidir a respeito da admissão da medida:
Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das
seguintes hipóteses:
III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese deve ser descrita com clareza a situação objeto da investigação,
inclusive com a indicação e qualificação dos investigados, salvo impossibilidade manifesta, devidamente
justificada.
O requerimento pode, também, ser formulado pela autoridade policial no âmbito do inquérito
policial.
Alternativa C: CORRETA.
Por se tratar de grave violação da intimidade e da vida privada, a interceptação de ser medida
imprescindível. Assim, só será admitida se não houver meio de prova alternativo:
Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das
seguintes hipóteses:
(...)
Alternativa D: INCORRETA.
Não há vedação à admissão continuada da medida, desde que, a cada período de 15 dias,
comprove-se a indispensabilidade do meio de prova e assim se renove a admissão da medida:
Art. 5° A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a forma de execução da
diligência, que não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a
indispensabilidade do meio de prova.
Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: Investigador de Polícia Assunto: Lei de
Organização Criminosa
40. A Lei do Crime Organizado (Lei n.º 12.850/13) dispõe que a infiltração de agentes de
polícia em tarefas de investigação
A) pode ser determinada de ofício por parte do juiz competente para apreciar o caso.
B) será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial.
C) será autorizada pelo Ministério Público, quando requisitada pelo Delegado de Polícia.
D) não será permitida em nenhuma hipótese.
E) poderá ser autorizada por decisão do Delegado de Polícia competente quando houver
urgência na investigação policial
Alternativa A, ERRADA.
Não pode o juiz determinar de ofício a medida, sendo imprescindível a representação do
delegado de polícia ou o requerimento do parquet:
Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de
polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando
solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização
judicial, que estabelecerá seus limites.
Alternativa B: CORRETA
Trata-se de medida excepcionalíssima, que, além afastar direitos fundamentais do
investigado, coloca o agente policial em grave risco físico e psicológico. O postulante deverá
justificar a necessidade da medida, observados os requisitos do § 2º do Art. 10 da lei
12850/13, como requisito para que o juiz, de forma circunstanciada, motivada e sigilosa,
autorize a infiltração.
Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de
polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando
solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização
judicial, que estabelecerá seus limites.
(...)
§ 2º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração penal de que trata o art. 1º e se a prova não puder
ser produzida por outros meios disponíveis.
Alternativa C: INCORRETA.
Após a autoridade policial representar pela medida, caberá ao juiz autorizá-la, ouvidas as
considerações do Ministério Público (§ 1º). Note que no caso de requerimento da infiltração
pelo Ministério Público no curso do inquérito policial, caberá a manifestação técnica do
delegado de polícia (caput).
Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de
polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando
solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização
judicial, que estabelecerá seus limites.
§ 1º Na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz competente, antes de decidir, ouvirá o
Ministério Público.
Alternativa D: INCORRETA.
O parágrafo 2º do Art. 10 trata dos requisitos de admissão.
§ 2º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração penal de que trata o art. 1º e se a prova não
puder ser produzida por outros meios disponíveis.
Art. 1º (...)
§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente
ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas
sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
§ 2º Esta Lei se aplica também:
I - às infrações penais previstas em tratado ou convenção internacional quando, iniciada a execução no
País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
II - às organizações terroristas, entendidas como aquelas voltadas para a prática dos atos de terrorismo
legalmente definidos.
Alternativa E: INCORRETA.
É imprescindível decisão judicial circunstanciada, motivada e sigilosa.
Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de
polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando
solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização
judicial, que estabelecerá seus limites.
Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: IPSMI Prova: Procurador Assunto: Lei de Organização
Criminosa
41. A respeito da Lei no 12.850/13 (Lei de Organização Criminosa), assinale a alternativa
correta.
A) Quem impede ou embaraça a investigação de infração que envolve organização
criminosa está sujeito a punição idêntica à de quem integra organização criminosa.
B) Havendo indício de que o funcionário público integra organização criminosa, o Juiz
poderá determinar o afastamento cautelar do cargo, com suspensão da remuneração.
C) Quem exerce o comando da organização criminosa, ainda que não pratique
pessoalmente nenhum ato de execução, está sujeito a punição idêntica à de quem apenas
integra organização criminosa.
D) A infiltração policial, a ação controlada e a captação ambiental são meios de prova
permitidos apenas na fase investigativa.
E) A colaboração premiada é admitida apenas até a sentença.
Alternativa A: CORRETA.
A cominação legal é a mesma para que impede ou embaraça por qualquer meio a apuração de
crime praticado por organização criminosa:
Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização
criminosa:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais
infrações penais praticadas.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração
penal que envolva organização criminosa.
Alternativa B: INCORRETA.
§ 5º Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização criminosa, poderá o juiz
determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a
medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual.
Alternativa C: INCORRETA.
§ 3º A pena é agravada para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da organização criminosa, ainda
que não pratique pessoalmente atos de execução.
Alternativa D: INCORRETA.
As medidas elencadas são admitidas em qualquer fase da persecução penal, e não somente
durante a fase investigativa:
Art. 3º Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de outros já previstos em lei,
os seguintes meios de obtenção da prova:
(...)
II - captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos;
III - ação controlada;
(...)
VII - infiltração, por policiais, em atividade de investigação, na forma do art. 11;
Alternativa E: INCORRETA.
Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços)
a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e
voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais
dos seguintes resultados:
(...)
§ 5º Se a colaboração for posterior à sentença, a pena poderá ser reduzida até a metade ou será admitida a
progressão de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos.
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: MPE-SP Prova: Analista Jurídico do Ministério Público
Assunto: Lei de Organização Criminosa
42. Assinale a alternativa correta no que toca à investigação e aos meios de obtenção de
prova previstos na Lei n° 12.850/13 (Lei da Organização Criminosa).
A) O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, relativos ao colaborador, poderá
ser suspenso por uma única vez até 6 (seis) meses, até que sejam cumpridas as medidas
de colaboração, suspendendo-se o respectivo prazo prescricional.
B) O Ministério Público prescinde de autorização judicial para ter acesso aos dados
cadastrais do investigado.
C) Por expressa disposição legal, não se admitem outros meios de obtenção de prova que
não aqueles previstos na lei.
D) Para fins de colaboração premiada, o juiz poderá, ex officio, reduzir em até 2/3 (dois
terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos se da
colaboração advier a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da
organização criminosa.
E) A chamada ação controlada, como forma de garantir o êxito das investigações, poderá
ter sua comunicação postergada ao juiz da causa.
Alternativa A: INCORRETA.
Admite-se a prorrogação do prazo por até 6 meses, conforme § 3º do Art. 4º da lei 12850/13.
§ 3º O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, relativos ao colaborador, poderá ser suspenso por
até 6 (seis) meses, prorrogáveis por igual período, até que sejam cumpridas as medidas de colaboração,
suspendendo-se o respectivo prazo prescricional.
Alternativa B: CORRETA.
Art. 15. O delegado de polícia e o Ministério Público terão acesso, independentemente de autorização judicial,
apenas aos dados cadastrais do investigado que informem exclusivamente a qualificação pessoal, a filiação e o
endereço mantidos pela Justiça Eleitoral, empresas telefônicas, instituições financeiras, provedores de internet e
administradoras de cartão de crédito.
O entendimento é de que o acesso a tais dados não constitui violação de sigilo e não
constituiriam, por si só, meio de prova contra o investigado, mas sim mera identificação. Dessa
forma, não estariam abarcados pelo direito à intimidade previsto em sede constitucional.
Alternativa C: INCORRETA.
Art. 3º Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de outros já previstos em lei,
os seguintes meios de obtenção da prova: (...)
Alternativa D: INCORRETA.
A concessão das benesses por parte do juiz requer o requerimento das partes:
Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços)
a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e
voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais
dos seguintes resultados: (...)
Alternativa E: INCORRETA.
Não se admite o retardamento da intervenção sem a prévia comunicação ao juiz da causa que
então estipulará, se necessário, os limites e comunicará ao Ministério Público:
Art. 8º Consiste a ação controlada em retardar a intervenção policial ou administrativa relativa à ação
praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento
para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações.
§ 1º O retardamento da intervenção policial ou administrativa será previamente comunicado ao juiz
competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério Público.
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: Escrivão de Polícia Civil Assunto: Lei de
Organização Criminosa
43. Com relação à infiltração de agentes prevista na Lei n° 12.850/2013 (Organização
Criminosa), é correto afirmar que
A) somente é possível por meio de representação de Delegado de Polícia.
B) é autorizada, em qualquer hipótese, para investigação de todos os crimes apenados com
reclusão.
C) é autorizada somente na fase de investigação policial e para os crimes apenados com
reclusão.
D) será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) meses, sem prejuízo de eventuais renovações,
desde que comprovada sua necessidade.
E) na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz competente, poderá
autorizar, mesmo sem a manifestação do Ministério Público.
Alternativa A: INCORRETA.
Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de polícia
ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso
de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá
seus limites.
Alternativa B: INCORRETA.
É requisito para admissão da medida que haja indício de formação de organização criminosa
para a consecução de ilícitos com penas máximas superiores a 4 anos, OU que apresentem
caráter transnacional, inclusive as previstas em tratado ou convenção internacional (§ 2º, inciso
I), OU que sejam legalmente definidos como atos de terrorismo (§ 2º, inciso I):
Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da
prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado.
§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente
ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam
superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
§ 2º Esta Lei se aplica também:
I - às infrações penais previstas em tratado ou convenção internacional quando, iniciada a execução no País,
o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
II - às organizações terroristas, entendidas como aquelas voltadas para a prática dos atos de terrorismo
legalmente definidos.
Alternativa C: INCORRETA.
Art. 3º Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de outros já previstos em lei,
os seguintes meios de obtenção da prova:
(...)
VII - infiltração, por policiais, em atividade de investigação, na forma do art. 11;
Alternativa D: CORRETA.
A medida poderá ser admitida continuadamente, desde que, a cada período de 6 meses,
comprove-se a necessidade de sua manutenção:
Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de
polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando solicitada
no curso de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que
estabelecerá seus limites.
(...)
§ 3º A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) meses, sem prejuízo de eventuais renovações,
desde que comprovada sua necessidade.
Alternativa E: INCORRETA.
Após a autoridade policial representar pela medida, caberá ao juiz autorizá-la, ouvidas as
considerações do Ministério Público (§ 1º). Note que no caso de requerimento da infiltração
pelo Ministério Público no curso do inquérito policial, caberá a manifestação técnica do
delegado de polícia (caput).
Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de polícia
ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso
de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá
seus limites.
§ 1º Na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz competente, antes de decidir, ouvirá o
Ministério Público.
Ano: 2017 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Barretos - SP Prova: Advogado Assunto: Lei
de Organização Criminosa
44. O Capítulo II da Lei n° 12.850/13 (Organizações Criminosas) trata da investigação e dos
meios de obtenção de prova para a investigação de crimes em que estejam envolvidas
organizações criminosas, sem prejuízo de outros já previstos em lei. Importante meio
admitido pelo art. 3° da lei é a colaboração premiada. Sobre tal meio de obtenção de
prova, assinale e alternativa correta.
Alternativa A: INCORRETA.
Presentes os requisitos, poderá o juiz, a requerimento das partes, conceder também o perdão
judicial:
Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços)
a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e
voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais
dos seguintes resultados:
Alternativa B: INCORRETA.
Alternativa C: INCORRETA.
Há dois equívocos. O acesso não se restringe apenas aos membros do poder judiciário, mas
contempla também o representante do Ministério Público e a autoridade policial (Art. 7º, § 2º).
Além disso, a necessidade de sigilo prolonga-se tão somente até o recebimento da denúncia ou
queixa-crime (Art. 7º, § 3º):
Art. 7º O pedido de homologação do acordo será sigilosamente distribuído, contendo apenas informações que
não possam identificar o colaborador e o seu objeto.
(...)
§ 2º O acesso aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao delegado de polícia, como forma de
garantir o êxito das investigações, assegurando-se ao defensor, no interesse do representado, amplo acesso aos
elementos de prova que digam respeito ao exercício do direito de defesa, devidamente precedido de autorização
judicial, ressalvados os referentes às diligências em andamento.
§ 3º O acordo de colaboração premiada e os depoimentos do colaborador serão mantidos em sigilo até o
recebimento da denúncia ou da queixa-crime, sendo vedado ao magistrado decidir por sua publicidade em
qualquer hipótese.
Até o advento do pacote anticrime (Lei 13964/2019), entendia-se que a restrição de sigilo
sobre o acordo de poderia ser levantada antes mesmo do recebimento da denúncia, sendo esse
apenas um marco que delimitava o prazo máximo (Informativo STF nº 877). Com a nova
redação dada ao § 3º, a regra tornou-se a manutenção do sigilo até o recebimento da denúncia,
sendo vedado ao magistrado decidir a respeito da publicidade do acordo.
Alternativa D: INCORRETA.
§ 10. As partes podem retratar-se da proposta, caso em que as provas autoincriminatórias produzidas pelo
colaborador não poderão ser utilizadas exclusivamente em seu desfavor.
Alternativa E: CORRETA.
Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços)
a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e
voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais
dos seguintes resultados:
(...)
§ 5º Se a colaboração for posterior à sentença, a pena poderá ser reduzida até a metade ou será admitida a
progressão de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos.
Alternativa B: CORRETA.
Os menores de 18 anos – crianças e adolescentes – são penalmente inimputáveis (Art. 228, CF;
Art. 27 CP e Art. 104, ECA).
CF: Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação
especial.
CP: Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas
estabelecidas na legislação especial.
ECA: Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta
Lei.
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e
adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: Juiz Assunto: Lei de Organização Criminosa
46. Assinale a opção que contenha assertiva verdadeira a respeito da “Colaboração
Premiada” (ou “delação premiada”) prevista na Lei n.º 12.850/2013:
Alternativa A: INCORRETA.
Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços)
a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e
voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais
dos seguintes resultados:
(...)
§ 5º Se a colaboração for posterior à sentença, a pena poderá ser reduzida até a metade ou será admitida a
progressão de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos.
Alternativa B: CORRETA.
Na época da questão, não vigorava o pacote anticrime trazido ao ordenamento pela Lei
13964/2019. Com o advento do novel normativo, criou-se um requisito adicional: a ignorância
do parquet e da autoridade policial a respeito da infração a que se refere o acordo:
Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços)
a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e
voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais
dos seguintes resultados:
§ 4º Nas mesmas hipóteses do caput deste artigo, o Ministério Público poderá deixar de oferecer denúncia se
a proposta de acordo de colaboração referir-se a infração de cuja existência não tenha prévio
conhecimento e o colaborador:
I - não for o líder da organização criminosa;
II - for o primeiro a prestar efetiva colaboração nos termos deste artigo.
Alternativa C: INCORRETA.
O dispositivo que rege o assunto abordado na alternativa também foi atualizado pela Lei
13964/2019. Agora, não apenas a sentença condenatória, mas também medidas cautelares,
reais ou pessoais, e mesmo o recebimento da denúncia ou queixa-crime, não poderão ser
decretadas com fundamento apenas nas declarações do colaborador.
Art. 4º (...)
§ 16. Nenhuma das seguintes medidas será decretada ou proferida com fundamento apenas nas declarações
do colaborador:
I - medidas cautelares reais ou pessoais;
II - recebimento de denúncia ou queixa-crime;
III - sentença condenatória.
Alternativa D: INCORRETA.
Art. 4º (...)
§ 6º O juiz não participará das negociações realizadas entre as partes para a formalização do acordo de
colaboração, que ocorrerá entre o delegado de polícia, o investigado e o defensor, com a manifestação do Ministério
Público, ou, conforme o caso, entre o Ministério Público e o investigado ou acusado e seu defensor
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Bauru - SP Prova: Procurador Jurídico
Assunto: Lei de Organização Criminosa
Alternativa D: CORRETA.
Art. 15. O delegado de polícia e o Ministério Público terão acesso, independentemente de autorização judicial,
apenas aos dados cadastrais do investigado que informem exclusivamente a qualificação pessoal, a filiação e o
endereço mantidos pela Justiça Eleitoral, empresas telefônicas, instituições financeiras, provedores de internet e
administradoras de cartão de crédito.
Art. 16. As empresas de transporte possibilitarão, pelo prazo de 5 (cinco) anos, acesso direto e permanente
do juiz, do Ministério Público ou do delegado de polícia aos bancos de dados de reservas e registro de viagens.
Art. 17. As concessionárias de telefonia fixa ou móvel manterão, pelo prazo de 5 (cinco) anos, à disposição
das autoridades mencionadas no art. 15, registros de identificação dos números dos terminais de origem e de
destino das ligações telefônicas internacionais, interurbanas e locais.
O entendimento é de que o acesso a tais dados não constitui violação de sigilo e não
constituiriam, por si só, meio de prova contra o investigado. Dessa forma, não estariam
abarcados pelo direito à intimidade previsto em sede constitucional.
Em relação a alternativa A, ela peca ao afirmar que o período de conservação das informações
é de 10 anos. O correto é 5 anos.
Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: HCFMUSP Prova: Serviço Social Assunto: Estatuto da
Criança e do Adolescente
48. Considera-se criança, para efeitos da Lei, no Brasil, a pessoa de até
A) 10 anos incompletos.
B) 12 anos incompletos.
C) 14 anos incompletos.
D) 16 anos incompletos.
E) 18 anos incompletos.
Alternativa B: CORRETA.
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e
adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Ano: 2013 Banca: VUNESP Órgão: ITESP Prova: Analista de Desenvolvimento Agrário -
Serviço Social - RH Assunto: Estatuto da Criança e do Adolescente
49. O Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei n.º 8.069 de 13 de julho de 1990, dispõe sobre
a proteção integral à criança e ao adolescente, assegurando-lhes, por lei ou por outros
meios, todas as oportunidades e facilidades necessárias ao desenvolvimento integral,
conforme artigo 3.º, respeitando-se o direito
A) à necessidade de refúgio e acolhimento psiquiátrico.
B) à preservação da imagem infantojuvenil na internet.
C) a receber auxílio financeiro do Conselho Tutelar.
D) à adoção por família mais abastada do que a família natural.
E) à liberdade, ao respeito e à dignidade.
Alternativa E: CORRETA.
Estipula a carta magna que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar os direitos
fundamentais da criança e do adolescente, dentre eles a liberdade, o respeito e a dignidade:
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma
de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em
condições de liberdade e de dignidade.
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem
discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência,
condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de
moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem.
Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PC-CE Prova: Inspetor de Polícia Civil Assunto: Lei dos
Crimes de Tortura
50. Sobre a Lei n o 9.455/97, que dispõe sobre a TORTURA, é correto afirmar que
A) os casos de tortura com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou
de terceira pessoa e para provocar ação ou omissão de natu reza criminosa, o crime
somente se consuma quando o agente obtém o resultado almejado.
B) o crime de tortura é próprio, uma vez que só pode ser cometido por policiais civis ou
militares.
C) privar de alimentos pessoa sob sua guarda, poder ou autoridade é uma das formas de
tortura previstas na lei, na modalidade “tortura-castigo”
D) se o agente tortura a vítima para com ele praticar um roubo, responderá por crime único,
qual seja, o crime de roubo, por este ter penas maiores.
E) quando o sujeito ativo do crime de tortura for agente público, as penas são aumentadas
de um sexto a um terço
Alternativa A: CORRETA.
Trata-se de crime formal, ou seja, que o próprio ato cristaliza a intenção do agente e que se
consuma independentemente da obtenção do resultado.
Alternativa B: INCORRETA.
Trata-se de crime comum, sendo causa de aumento de pena a condição de agente público do
sujeito ativo do crime.
Alternativa C: INCORRETA.
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a
intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
Note que é elemento do tipo ação que se reveste de violência ou representa grave ameaça ao
tutelado. Não é o que temos no corpo da alternativa, que melhor se subsume ao crime de maus
tratos previsto no Art. 136 do Código Penal:
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de
educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer
sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina:
Alternativa D: INCORRETA.
Neste caso, teremos um concurso material de crimes, respondendo o torturador tanto pela
tortura quanto pelo roubo, na forma do Art. 69 do Código Penal:
Concurso material
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos
ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação
cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela.
Alternativa E: CORRETA.
O § 4º do Art. 1º da Lei 9455/97 estipula as causas de aumento e pena para o crime de tortura:
GABARITO
1. D 18. C 35. B
2. A 19. B 36. B
3. A 20. E 37. D
4. B 21. A 38. C
5. C 22. B 39. C
6. D 23. C 40. B
7. C 24. D 41. A
8. A 25. B 42. B
9. D 26. D 43. D
10. D 27. D 44. E
11. D 28. A 45. B
12. C 29. D 46. B
13. C 30. A 47. D
14. A 31. E 48. B
15. E 32. C 49. E
16. A 33. B 50. A
17. C 34. C