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SUMÁRIO
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 2
GABARITO .................................................................................................................................................... 66

MUDE SUA VIDA!


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EXERCÍCIOS
1. Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2020 - PM-SP - Cabo da
Polícia Militar Assunto: Legislação Especial Penal; Direito da Criança e do Adolescente -
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990; Crimes e Infrações
Administrativas, Crimes Praticados contra a Criança e o Adolescente.

Assinale a alternativa correta em relação ao Estatuto da Criança e do Adolescente.

a) Para os efeitos do Estatuto, deve ser considerada a idade do adolescente à data da sua
condenação a uma medida socioeducativa.
b) Ao ato infracional praticado por criança corresponderá a aplicação de medidas
socioeducativas.
c) É considerado crime a conduta de vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar,
de qualquer forma, a criança ou adolescente fogos de estampido ou de artifício, inclusive
aqueles que, pelo seu reduzido potencial, sejam incapazes de provocar qualquer dano
físico em caso de utilização indevida.
d) Para efeito dos crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, a expressão
“cena de sexo explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva
criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição
dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais.

GABARITO: letra D

a) (ERRADO) O estatuto da criança e do adolescente é bastante claro quanto


a idade de crianças e adolescentes, considerado criança a pessoa até 12 anos de
idade incompletos e adolescentes aqueles entre 12 e 18 anos de idade conforme Art.
2° da Lei 8.069/1990 – “Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até
doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de
idade”. Sendo assim, será considerado a idade do adolescente à data do fato para
efeito de aplicação de medidas socioeducativas, como disposto no Art. 104, Parágrafo
único. “Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente à data
do fato”.

b) (ERRADO) Não necessariamente o ato infracional praticado por criança


corresponderá a aplicação de medida socioeducativa, de acordo com o Art. 101 da
Lei 8.069/1990, pode ser aplicado diversas medidas como repressão aos atos
infracionais cometidos por criança e adolescentes, como especificado nos incisos do
referido artigo, vejamos:

“Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade
competente poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade;
II - orientação, apoio e acompanhamento temporários;
III - matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino
fundamental;
IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e
promoção da família, da criança e do adolescente; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

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V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar


ou ambulatorial;
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a
alcoólatras e toxicômanos;
VII - acolhimento institucional; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar; (Redação dada pela Lei nº 12.010,
de 2009) Vigência
IX - colocação em família substituta. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência”

c) (ERRADO) o que se afirma de forma equivoca nessa alternativa está em


dizer “É considerado crime [...] fogos de estampido ou de artifício, inclusive aqueles
que, pelo seu reduzido potencial, sejam incapazes de provocar qualquer dano físico
em caso de utilização indevida”. Pois, a lei excepciona quando for de reduzido
potencial e sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização
indevida, como expõe o Art. 244. “Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou
entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente fogos de estampido ou de
artifício, exceto aqueles que, pelo seu reduzido potencial, sejam incapazes de
provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida:”

d) (CERTA) conforme a literalidade da lei n° 8.069/1990: “Art. 241-E. Para


efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de sexo explícito ou
pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou adolescente em
atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de
uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais”.

É de salientar, o informativo 663 do STJ sobre indicação de idade em


programas de televisão: “Emissora de TV pode ser condenada ao pagamento de
indenização por danos morais coletivos em razão da exibição de filme fora do horário
recomendado pelo Ministério da Justiça. Segundo decidiu o STF, é inconstitucional a
expressão “em horário diverso do autorizado” contida no art. 254 do ECA. Assim, o
Estado não pode determinar que os programas somente possam ser exibidos em
determinados horários. Isso seria uma imposição, o que é vedado pelo texto
constitucional por configurar censura. O Poder Público pode apenas recomendar os
horários adequados. A classificação dos programas é indicativa (e não obrigatória)
(STF. Plenário. ADI 2404/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 31/8/2016). Vale
ressaltar, no entanto, que a liberdade de expressão, como todo direito ou garantia
constitucional, exige responsabilidade no seu exercício, de modo que as emissoras
deverão resguardar, em sua programação, as cautelas necessárias às peculiaridades
do público infanto-juvenil. Logo, a despeito de ser a classificação da programação
apenas indicativa e não proibir a sua veiculação em horários diversos daquele
recomendado, cabe ao Poder Judiciário controlar eventuais abusos e violações ao
direito à programação sadia, previsto no art. 221 da CF/88. Diante disso, é possível,
ao menos em tese, que uma emissora de televisão seja condenada ao pagamento de
indenização por danos morais coletivos em razão da exibição de filme fora do horário
recomendado pelo órgão competente, desde que fique constatado que essa conduta
afrontou gravemente os valores e interesses coletivos fundamentais. STJ. 3ª Turma.
REsp 1.840.463-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 19/11/2019 (Info
663)”.

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2. Ano: 2018 Banca: AOCP Órgão: SUSIPE-PA Prova: AOCP - 2018 - SUSIPE-PA - Agente
Prisional Assunto: Legislação Penal Especial; Lei dos Crimes de Tortura – Lei nº 9.455 de
1997.

De acordo com a Lei nº 9.455/1997, se do crime de tortura resultar lesão corporal de


natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de

a) quatro a dez anos.


b) seis a doze anos.
c) um a quatro anos.
d) dois a oito anos.
e) seis a vinte anos.

GABARITO: letra A

Na Lei de Crime de Tortura existem alguns diferentes crimes e penas para o


crime de tortura, que são:

a) quatro a dez anos (CERTA) – Quando resultar de lesão corporal grave ou


gravíssima: Art. 1°, § 3° “Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima,
a pena é de reclusão de quatro a dez anos”

b) seis a doze anos (ERRADO) – em caso de tortura resulte em lesão corporal


grave ou gravíssima. Aumenta-se a 2 anos na pena mínima e na pena máxima da
regra geral.

c) um a quatro anos (ERRADO) – sendo o caso de tortura Omissão, aplica-se


a pena de detenção para aquele que tendo o dever de evita-la ou apura-la deixa de
fazê-lo. (Divide-se a mínima e máxima da regra geral por 2).

d) dois a oito anos (ERRADO) Art. 1°, inciso II, “submeter alguém, sob sua
guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso
sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de
caráter preventivo. Pena - reclusão, de dois a oito anos”.

e) seis a vinte anos (ERRADO) – Art. 1°, § 3º Se resulta lesão corporal de


natureza grave ou gravíssima, [...] se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis
anos”.

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3. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-BA Prova: VUNESP - 2018 - PC-BA - Investigador
de Polícia Assunto: Legislação Penal Especial; Procedimento comum sumaríssimo - Lei
nº 9.099 de 1995 - Lei dos Juizados Especiais Criminais - JECRIM, Procedimento Penal.

A Lei n° 9.099/95, relativa aos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, prevê que,

a) no caso de lesão corporal dolosa leve ou culposa, a ação penal será pública e
condicionada à representação.
b) no caso de lesão corporal dolosa leve ou culposa, a ação penal será privada.
c) apenas no caso de lesão corporal culposa, a ação penal será pública e condicionada à
representação.
d) no caso de lesão corporal dolosa leve, grave, gravíssima ou culposa, a ação penal será
pública e condicionada à representação.
e) no caso de lesão corporal dolosa leve, a ação penal será pública e incondicionada.

GABARITO: letra A

Conforme o Art. 88 do JECRIM, “Além das hipóteses do Código Penal e da


legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de
lesões corporais leves e lesões culposas”.

Importante: quando se tratar violência contra a mulher, na esfera da Lei n°


11.340/2006, as lesões corporais mesmo sendo leves e culposas, serão de ação penal
pública incondicionada, não podendo ser aplicada o dispositivo do Juizado Criminal
Especial. Ademais, ainda é importante salientar a Súmula 542 do STJ, ratificando
ser de Ação Penal Pública Incondicionada: “A ação penal relativa ao crime de lesão
corporal resultante de violência doméstica contra mulher é pública incondicionada”,
e o informativo 604 do STJ: “A ação penal nos crimes de lesão corporal leve
cometidos em detrimento da mulher, no âmbito doméstico e familiar, é pública
incondicionada”. (STJ. 3 Seção. Pet 11805-DF; 10/05/2017 - Info 604).

“3. Seja caso de lesão corporal leve, seja de vias de fato, se praticado em
contexto de violência doméstica ou familiar, não há falar em necessidade de
representação da vítima para a persecução penal. 4. Agravo Regimental
Improvido”.(AgRg no AREsp 703.829/MG, Rel. Ministro Sebastião Reis Júnior, Sexta
Turma, julgado em 27/10/2015, DJe 16/11/2015).

Ainda, termos também o crime de lesões corporais praticadas em veículos


automotores, quando o agente estiver conduzindo sob efeito de álcool ou outra
substância entorpecente, em rachas ou acima da velocidade permitida 50km/h, o
delito será de Ação Penal Incondicionada.

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4. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: MPE-SP Prova: VUNESP - 2018 - MPE-SP - Analista
Jurídico do Ministério Público Assunto: Legislação Penal Especial; Procedimento comum
sumaríssimo - Lei nº 9.099 de 1995 - Lei dos Juizados Especiais Criminais - JECRIM,
Procedimento Penal.

Acerca dos Juizados Especiais Criminais, assinale a alternativa correta.

a) Os critérios orientadores do processo perante o Juizado Especial previstos na lei são:


oralidade, brevidade, discricionariedade regrada e mitigação.
b) Uma contravenção penal cuja pena máxima ultrapasse o patamar de 2 (dois) anos será
julgada no Juizado Especial Criminal.
c) A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada ou
consumada a infração penal.
d) Segundo prevê a Lei n° 9.099/95, cabem embargos de declaração quando, em sentença
ou acórdão, houver erro, obscuridade, contradição ou omissão.
e) Se não há previsão na Lei n° 9.099/95 sobre o número de testemunhas que poderão ser
ouvidas, deve ser aplicado, por analogia, o quanto previsto para o procedimento
ordinário.

GABARITO: letra B

a) (ERRADO) os princípios norteadores do Juizado Especial são a oralidade,


informalidade, economia processual e celeridade, verdade real e contraditório: a
Oralidade que consiste na preferência dos atos na forma oral, com intuito de ser mais
claro e menos burocrático possível a fim de ser mais célere e simples o procedimento,
desta forma predomina o sistema falado, na tentativa de conciliação e entendimento
das partes da lide; Informalidade, o procedimento dos juizados deve ser despido de
formalidade, afastando a rigidez e a demora na solução do conflito; Economia
Processual e Celeridade, consiste na solução do conflito de forma econômica,
evitando a atuação da atividade jurisdicional, sendo a Celeridade a busca da solução
em menos tempo possível, a fim de alcançar a resposta de maneira mais rápida às
partes; Verdade Real é ser mais claro e buscar verdadeiramente como ocorreram os
fatos; Contraditório, consiste em assegurar que as partes tenham as mesmas
condições processuais, ou seja, manifestarem de forma igual, apresentando provas,
ouvir testemunhas e outro procedimentos.

Lei n° 9.009/95, Art. 2º, “O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade,


simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre
que possível, a conciliação ou a transação”.

b) (CERTA) resposta da alternativa está respaldada na literalidade da lei n°


9.099/95 no seu Art. 61. “Consideram-se infrações penais de menor potencial
ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei
comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa”.

Cumpre esclarecer, que as contravenções penais mesmo que ultrapasse o


patamar de 2 anos, cumulada ou não com multa, por se tratar de crimes de menor
potencial ofensivo será de competência do Juizado Especial Criminal.

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c) (ERRADO) a competência dos juizados especiais criminais é definida pelo


lugar em que foi praticada a infração penal, e não pela consumação do delito, bem
como, os crimes com pena não superior a 2 anos como definido no artigo apresentado
na alternativa anterior.

L ei n° 9.099/95, art. 63. “A competência do Juizado será determinada pelo


lugar em que foi praticada a infração penal”.

Importantes teses do STJ sobre o JECRIM (2018):

1. “Na hipótese de apuração de delitos de menor potencial ofensivo, deve-se


considerar a soma das penas máximas em abstrato em concurso material, ou, ainda,
a devida exasperação, no caso de crime continuado ou de concurso formal, e ao se
verificar que o resultado da adição é superior a dois anos, afasta-se a competência
do Juizado Especial Criminal”.

2. “O crime de uso de entorpecente para consumo próprio, previsto no artigo


28 da Lei 11.343/06, é de menor potencial ofensivo, o que determina a competência
do juizado especial estadual, já que ele não está previsto em tratado internacional e
o artigo 70 da Lei 11.343/06 não o inclui dentre os que devem ser julgados pela
justiça federal”.

d) (ERRADO) o erro da alternativa foi afirmar que os embargos de declaração


poderiam ser utilizados para sanar o “erro”, porém não consta na lei a referida
situação, além disso, subsidiariamente aplica-se o CPP.

e) (ERRADO) quanto ao número de testemunhas na instrução probatória das


partes a lei é omissão quanto a isso. Ainda, não há consenso doutrinário ou
jurisprudencial sobre o assunto, tanto que uns entendem que são até 3 testemunhas
permitidas por analogia ao Juizado Especial Cível. Todavia, outros entendem que
devem ser o limite de até 5 testemunhas para cada parte, utilizando subsidiariamente
o teor do Código de Processo Penal.

Mas, de qualquer modo fica a cargo do juiz determinar o número de


testemunhas a ser ouvidas, e pelo entendimento majoritário que entende ser até 3
testemunhas.

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5. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 - PC-SP - Agente Policial
Assunto: Legislação Penal Especial; Procedimento comum sumaríssimo - Lei nº 9.099 de
1995 - Lei dos Juizados Especiais Criminais - JECRIM, Procedimento Penal.

Nos termos da Lei Federal n° 9.099/1995 (Lei dos Juizados Especiais Criminais),
consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo

a) somente as contravenções penais a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois)
anos, cumulada ou não com multa.
b) somente os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos,
cumulada ou não com multa.
c) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2
(dois) anos, cumulada ou não com multa.
d) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena mínima não superior a 2
(dois) anos, cumulada ou não com multa.
e) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena mínima não superior a 3
(três) anos, cumulada ou não com multa.

GABARITO: letra C
Conforme destacado na lei 9.099/95 em seu Art. 61. “Consideram-se infrações
penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções
penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos,
cumulada ou não com multa”.

Cumpre esclarecer, que as contravenções penais mesmo que ultrapassem o


patamar de 2 anos, cumulada ou não com multa, por se tratar de crimes de menor
potencial ofensivo será de competência do Juizado Especial Criminal.

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6. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 - PC-SP - Escrivão de
Polícia Civil Assunto: Legislação Penal Especial; Procedimento comum sumaríssimo - Lei
nº 9.099 de 1995 - Lei dos Juizados Especiais Criminais - JECRIM, Procedimento Penal.

Nos termos da Lei n° 9.099/95, com as alterações feitas pela Lei n° 11.313/06 (Lei dos
Juizados Especiais Criminais), é correto afirmar que

a) além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação


a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais dolosas e lesões culposas leves.
b) consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo os crimes a que a lei comine
pena máxima não superior a um ano, prevendo ou não a lei procedimento especial.
c) consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo as contravenções penais a
que a lei comine pena máxima não superior a um ano, prevendo ou não a lei
procedimento especial.
d) além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação
a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.
e) a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves independe de representação
da vítima lesionada, entretanto, se o crime for de lesão corporal culposa, há necessidade
da representação.

GABARITO: letra D

As alternativas “A” e “E” estão ERRADAS, já que no procedimento do juizado


especial criminal procede mediante representação do ofendido, bem como, se o crime
for de menor potencial ofensivo e tenha a pena máxima cominada para o tipo penal
não superior a 2 anos de reclusão. Além disso, conforme destaca o Art. 88 da Lei n°
9.099/95. “Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá
de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões
culposas”. Deste modo, os crimes de lesão corporal leve e de lesão culposa
dependerão da representação da vítima.

Importante: quando se tratar violência contra a mulher, na esfera da Lei n°


11.340/2006, as lesões corporais mesmo sendo leves e culposas, serão de ação penal
pública incondicionada, não podendo ser aplicada o dispositivo do Juizado Criminal
Especial. Ademais, ainda é importante salientar a Súmula 542 do STJ, ratificando
ser de Ação Penal Pública Incondicionada: “A ação penal relativa ao crime de lesão
corporal resultante de violência doméstica contra mulher é pública incondicionada”,
e o informativo 604 do STJ: “A ação penal nos crimes de lesão corporal leve
cometidos em detrimento da mulher, no âmbito doméstico e familiar, é pública
incondicionada”. (STJ. 3 Seção. Pet 11805-DF; 10/05/2017 - Info 604).

Ainda, termos também o crime de lesões corporais praticadas em veículos


automotores, quando o agente estiver conduzindo sob efeito de álcool ou outra
substância entorpecente, em rachas ou acima da velocidade permitida 50km/h, o
delito será de Ação Penal Incondicionada.

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E as alternativas “B” e “C” estão ERRADAS, já que afirmam ser de competência


do juizado criminal os crimes com as penas máxima não superior a “1 ano”, na
verdade se trata de crimes com as penas não superior à “2 anos” conforme destaca
o Art. 61 da Lei n° 9.099/95. “Consideram-se infrações penais de menor potencial
ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei
comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa”.

as contravenções penais mesmo que ultrapasse o patamar de 2 anos, cumulada


ou não com multa, quando se tratando de crimes de menor potencial ofensivo será
de competência do Juizado Especial Criminal.

Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: MPE-SP Prova: VUNESP - 2015 - MPE-SP - Analista
de Promotoria Assunto: Legislação Penal Especial; Procedimento comum sumaríssimo -
Lei nº 9.099 de 1995 - Lei dos Juizados Especiais Criminais - JECRIM, Procedimento Penal.

7. Diz o artigo 76, caput, da Lei n° 9.099/95 (Juizados Especiais Criminais) que “Havendo
representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo
caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena
restritiva de direitos ou multa, a ser especificada na proposta”.

Não se admitirá a proposta, nos termos do § 2°, se ficar comprovado:

a) ter sido o agente beneficiado, anteriormente, no prazo de 10 (dez) anos, pela aplicação
de pena restritiva ou multa.
b) ter o agente descumprido condições de suspensão condicional do processo.
c) não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como
os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida.
d) não tiver sido realizada a composição civil dos danos.
e) ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime ou contravenção penal, à
pena privativa de liberdade ou restritivas de direitos, por sentença definitiva.

GABARITO: letra C

a) (ERRADO) quando o agente comete o crime que for de ação penal pública
incondicionada, não sendo reincidente, tendo bons antecedentes, e o crime ter a
pena até 2 anos de reclusão, poderá ser proposta transação penal pelo Ministério
Público. Porém, uma vez concedido o benefício, o agente não poderá posteriormente
fazer o uso do mesmo benefício dentro do prazo de 5 anos de acordo com a Lei n°
9.099/95 em seu Art. 76, § 2°, inciso II. “ter sido o agente beneficiado anteriormente,
no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste
artigo”.

b) (ERRADO) os requisitos para concessão de transação penal são


apresentados taxativamente no Lei n° 9.099/95, Art. 76, § 2°, incisos I, II e III, “§
2° Não se admitirá a proposta se ficar comprovado:
I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena
privativa de liberdade, por sentença definitiva;

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II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos,


pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo;
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade
do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a
adoção da medida”.

Por sua vez, não está expresso na referida lei a não concessão no caso de
descumprimento das condições de suspensão condicional do processo.

c) (CERTA) Alternativa constitui a literalidade da lei: Lei n° 9.099/95, Art. 76,


§ 2°, incisos I, II e III, “§ 2° Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: [...],
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente,
bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da
medida”.

d) (ERRADO) a composição civil independe da condição de transação penal,


portanto, não interfere para sua concessão nos casos de ação pública incondicional.

e) (ERRADO) o erro da alternativa está em mencionar “as penas restritivas de


direitos, no caso é somente “nas penas privativa de liberdade”: Lei n° 9.099/95, Art.
76, § 2°, incisos I, II e III, “§ 2° Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: I
- ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de
liberdade, por sentença definitiv.
____________
Importante: O benefício da transação penal não é cabível no caso de crimes
cometidos em âmbito de violência doméstica contra a mulher.

Ano: 2015 Banca: UFPR Órgão: Prefeitura de São José dos Campos - SP Prova: NC-UFPR -
Assistente Social (UFPR)/2015 Tema: Lei nº 11.343/06 (Lei de Drogas)

8. A Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, instituiu o Sistema Nacional de Políticas


Públicas sobre Drogas (Sisnad). Sobre o assunto, considere os seguintes princípios:

1. Promoção dos valores éticos, culturais e de cidadania do povo brasileiro, reconhecendo-


os como fatores de proteção para o uso indevido de drogas e outros comportamentos
correlacionados.
2. Integração das estratégias nacionais e internacionais de prevenção do uso indevido,
atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua
produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito.
3. Equivalência entre as atividades de prevenção do uso indevido de substâncias psicoativas,
atenção aos usuários de drogas, punição do tráfico ilícito e apoio às comunidades
terapêuticas.

a) 1 e 2 apenas.
b) 1 e 3 apenas.
c) 1, 2 e 4 apenas.
d) 2, 3 e 4 apenas.
e) 1, 2, 3 e 4.

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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

O SISNAD (Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas) tem previsão


no Título II da Lei nº 11.343/06 e sua finalidade é articular, integrar, organizar e
coordenar as atividades relacionadas com a prevenção do uso indevido, a atenção e
a reinserção social de usuários e dependentes de drogas e a repressão da produção
não autorizada e do tráfico ilícito de drogas.

De acordo com o art. 3º, §1º da Lei nº 11.343/06, entende-se por Sisnad o
“conjunto ordenado de princípios, regras, critérios e recursos materiais e humanos
que envolvem as políticas, planos, programas, ações e projetos sobre drogas,
incluindo-se nele, por adesão, os Sistemas de Políticas Públicas sobre Drogas dos
Estados, Distrito Federal e Municípios.” A atuação do Sisnad ocorre juntamente com
o SUS e o SUAS.

Os princípios que norteiam o Sisnad se encontram previstos no art. 4º da


referida Lei:
I - o respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana, especialmente quanto à
sua autonomia e à sua liberdade;

II - o respeito à diversidade e às especificidades populacionais existentes;

III - a promoção dos valores éticos, culturais e de cidadania do povo brasileiro,


reconhecendo-os como fatores de proteção para o uso indevido de drogas e outros
comportamentos correlacionados;

IV - a promoção de consensos nacionais, de ampla participação social, para o


estabelecimento dos fundamentos e estratégias do Sisnad;

V - a promoção da responsabilidade compartilhada entre Estado e Sociedade,


reconhecendo a importância da participação social nas atividades do Sisnad;

VI - o reconhecimento da intersetorialidade dos fatores correlacionados com o uso


indevido de drogas, com a sua produção não autorizada e o seu tráfico ilícito;

VII - a integração das estratégias nacionais e internacionais de prevenção do uso


indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas e de
repressão à sua produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito;

VIII - a articulação com os órgãos do Ministério Público e dos Poderes Legislativo e


Judiciário visando à cooperação mútua nas atividades do Sisnad;

IX - a adoção de abordagem multidisciplinar que reconheça a interdependência e a


natureza complementar das atividades de prevenção do uso indevido, atenção e
reinserção social de usuários e dependentes de drogas, repressão da produção não
autorizada e do tráfico ilícito de drogas;

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X - a observância do equilíbrio entre as atividades de prevenção do uso indevido,


atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas e de repressão à
sua produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito, visando a garantir a estabilidade
e o bem-estar social;

XI - a observância às orientações e normas emanadas do Conselho Nacional


Antidrogas - Conad.

As opções “1” e “2” estão corretas pois correspondem aos princípios listados
nos incisos III e VII do art. 4º da Lei de Drogas. Por outro lado, a opção “3” está
incorreta pois, conforme inciso X do mencionado dispositivo, um dos princípios do
Sisnad é “a observância do equilíbrio entre as atividades de prevenção do uso
indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas
e de repressão à sua produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito, visando
a garantir a estabilidade e o bem-estar social” (Grifamos). Sendo assim, não há
equivalência entre as atividades de prevenção do uso indevido de substâncias
psicoativas, atenção aos usuários de drogas, punição do tráfico ilícito e apoio às
comunidades terapêuticas, e sim a necessária observância de um equilíbrio. Registre-
se que o inciso também não menciona apoio às comunidades terapêuticas.

Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-RO Prova: VUNESP – 2019 – TJ-RO – Juiz de Direito
Substituto Tema: Colaboração Premiada/Lei de Organização Criminosa (Lei nº 12.850/13)

9. A respeito da colaboração do autor, coautor ou partícipes, com as autoridades policiais e


judiciárias, a fim de redução ou exclusão de pena, prevista na Lei de Drogas, Lavagem de
Dinheiro, Organização Criminosa e Crime Hediondo, assinale a alternativa correta.

a) A colaboração constante da Lei de Drogas prevê isenção de pena ao acusado ou indiciado


que colaborar na identificação de demais coautores e possibilitar a recuperação total do
produto do crime.
b) A colaboração prevista na Lei dos Crimes Hediondos, para o crime de extorsão mediante
sequestro praticado por mais de um agente, prevê isenção de pena àquele que o
denunciar à autoridade, desde que resulte na libertação do sequestrado.
c) A colaboração premiada prevista na Lei de Organização Criminosa poderá ser realizada
tanto na fase investigatória quanto na fase judicial, mas não após sentença.
d) A colaboração premiada prevista na Lei de Organização Criminosa poderá implicar
perdão judicial e substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direito ao
colaborador, na hipótese de recuperação total ou parcial do produto de crime.
e) O não oferecimento de denúncia em face do autor colaborador é taxativamente prevista
na Lei de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro.

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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

A) INCORRETA. De acordo com o artigo 41 da Lei n 11.343/06, a colaboração


premiada na Lei de Drogas consiste na redução da pena de um a dois terços do
indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o
processo criminal na identificação dos demais coautores ou partícipes do crime e na
recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena
reduzida de um terço a dois terços. Observe, portanto, que inexiste previsão de
isenção de pena ao colaborador no âmbito da Lei de Drogas, razão pela qual a
assertiva se encontra incorreta.

B) INCORRETA. A Lei de Crimes Hediondos (Lei nº 8.072/90), de fato,


acrescentou uma benesse ao colaborador no crime de extorsão mediante sequestro
previsto no artigo 159 do Código Penal. Entretanto, não se trata de isenção de pena,
e sim redução de um a dois terços, conforme §4º do art. 159 do CP: “Se o crime é
cometido por quadrilha ou bando, o coautor que denunciá-lo à autoridade, facilitando
a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços."

C) INCORRETA. É possível a realização da colaboração premiada posterior à


sentença no âmbito da Lei de Organização Criminosa (Lei nº 12.850/13). De acordo
com o artigo 4º, §5º: “Se a colaboração for posterior à sentença, a pena poderá ser
reduzida até a metade ou será admitida a progressão de regime ainda que ausentes
os requisitos objetivos”.

D) CORRETA. De acordo com o artigo 4º da Lei nº 12.850/13, é possível a


concessão de perdão judicial, bem como a substituição da pena privativa de liberdade
por restritiva de direito ao colaborador, uma vez que se encontram previstas dentre
as benesses do caput do referido dispositivo. Ademais, os incisos destacam os
resultados necessários para que haja a colaboração premiada, sendo um deles a
recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais
praticadas pela organização criminosa (art. 4º, IV).

Atenção: como estamos tratando de um crime formal, ou seja, que não exige
a efetiva prática das infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4
anos ou de caráter transnacional, é possível que, na prática, não seja possível a
recuperação total ou parcial do produto ou proveito das infrações penais. Os crimes
tratados na Lei nº 12.850/13 são tipos penais autônomos, estando dissociados das
infrações penais praticadas ou que o grupo criminoso deseja praticar.

E) INCORRETA. A possibilidade de não oferecimento da denúncia na Lei nº


12.850/13 se encontra retratada no art. 4º, §4º: Nas mesmas hipóteses do caput
deste artigo, o Ministério Público poderá deixar de oferecer denúncia se a proposta
de acordo de colaboração referir-se a infração de cuja existência não tenha prévio
conhecimento e o colaborador: I - não for o líder da organização criminosa; II - for
o primeiro a prestar efetiva colaboração nos termos deste artigo.” Por sua vez,
inexiste previsão do não oferecimento de denúncia na Lei de Lavagem de Capitais
(Lei nº 9.613/98).

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Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-RS Prova: VUNESP - 2019 - TJ-RS - Titular de Serviços
de Notas e de Registros - Remoção Tema: Lei nº 11.343/06

10. De acordo com a Lei nº 11.343/06, a conduta de cultivar, para seu consumo pessoal,
plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz
de causar dependência física ou psíquica, é considerada

a) Típica, mas não punível.


b) Atípica.
c) típica e punida com pena de reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos, podendo ser
reduzida de um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário, de bons
antecedentes e não integre organização criminosa.
d) típica e punida, por exemplo, com pena de prestação de serviços à comunidade.
e) típica e punida com pena de reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra D.

É de suma importância observar que a alternativa deixa expressamente que o


cultivo das plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de
substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica é
realizado para o consumo pessoal do agente. Sendo assim, a conduta
narrada se amolda ao tipo penal previsto no art. 28, §1º da Lei de Drogas,
cujas penas são: I - advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação
de serviços à comunidade; III - medida educativa de comparecimento a
programa ou curso educativo.

Ressalte-se que, no entendimento do STF (RE 430105 QO/RJ), a


conduta prevista no art. 28 da Lei de Drogas é típica (eliminando-se,
portanto, a alternativa B). O que ocorreu foi a despenalização da conduta de
porte de drogas para consumo pessoal e suas figuras equiparadas, mas não
a sua descriminalização. Em que pese a inexistência de previsão de pena
privativa de liberdade, não podemos afirmar que se trata de fato impunível,
o que elimina a alternativa A.

Se porventura a conduta narrada não se destinasse ao consumo pessoal, a


conduta iria se subsumir ao tipo penal do art. 33 da Lei de Drogas, configurando,
portanto, tráfico ilícito de entorpecentes. Como não é o caso, podemos eliminar as
alternativas C e E, que retratam penas cabíveis aos agentes que incorrem,
respectivamente, no tráfico privilegiado (art. 33, §4º) e tráfico de drogas (art. 33).

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Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-AC Prova: VUNESP - 2019 - TJ-AC - Juiz de Direito
Substituto (Legislação Penal Especial, Lei de Tóxicos – Lei nº 11.343 de 2006)

11. Assinale a alternativa correta em relação ao quanto previsto na Lei de Drogas.

a) O prazo de conclusão do inquérito policial em caso de indiciado preso por crime de


tráfico de entorpecentes poderá ser duplicado pelo juiz, não podendo, entretanto,
referido prazo exceder a 45 dias.
b) Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da
materialidade do delito de tráfico de entorpecentes, é suficiente o laudo de
constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta
deste, por pelo menos duas pessoas idôneas, e o perito que subscrever o laudo não
fica impedido de participar da elaboração do laudo definitivo.
c) O pedido de restituição de bens apreendidos em crime de tráfico de entorpecentes
poderá ser conhecido sem o comparecimento pessoal do acusado, podendo o juiz
determinar a prática de atos necessários à conservação de bens, direitos ou valores.
d) O processo e o julgamento dos crimes de tráfico de entorpecentes previstos no art.
33, da Lei n° 11.343/06, se caracterizado ilícito transnacional, são da competência da
Justiça Federal e os crimes praticados nos municípios que não sejam sede de vara
federal serão processados e julgados na vara federal da respectiva circunscrição.

GABARITO: D
a) O prazo de conclusão do inquérito policial em caso de indiciado preso por
crime de tráfico de entorpecentes poderá ser duplicado pelo juiz, não podendo,
entretanto, referido prazo exceder a 45 dias. (ERRADO)
Conforme o art. 51 da Lei nº 11.343 de 2006 :
Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias,
se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.

b) Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento


da materialidade do delito de tráfico de entorpecentes, é suficiente o laudo de
constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta
deste, por pelo menos duas pessoas idôneas, e o perito que subscrever o laudo não
fica impedido de participar da elaboração do laudo definitivo. (ERRADO)
O art. 50 e parágrafos da Lei nº 11.343 de 2006, trata sobre a prisão
em flagrante:
Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia
judiciária fará, imediatamente, comunicação ao juiz competente,
remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do
Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas.
§ 1º Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e
estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo de
constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial
ou, na falta deste, por pessoa idônea.
§ 2º O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1º deste artigo
não ficará impedido de participar da elaboração do laudo definitivo.

c) O pedido de restituição de bens apreendidos em crime de tráfico de


entorpecentes poderá ser conhecido sem o comparecimento pessoal do acusado,

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podendo o juiz determinar a prática de atos necessários à conservação de bens,


direitos ou valores. (ERRADO)
Conforme trata o artigo 63-A da Lei nº 11.343 de 2006:
Art. 63-A. Nenhum pedido de restituição será conhecido sem o
comparecimento pessoal do acusado, podendo o juiz determinar a prática
de atos necessários à conservação de bens, direitos ou valores.
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

d) O processo e o julgamento dos crimes de tráfico de entorpecentes previstos


no art. 33, da Lei n° 11.343/06, se caracterizado ilícito transnacional, são da
competência da Justiça Federal e os crimes praticados nos municípios que não sejam
sede de vara federal serão processados e julgados na vara federal da respectiva
circunscrição. (CERTO)
A fundamentação da assertiva encontra-se no art. 70 da Lei nº 11.343
de 2006:
Art. 70. O processo e o julgamento dos crimes previstos nos arts. 33 a
37 desta Lei, se caracterizado ilícito transnacional, são da competência da
Justiça Federal.
Parágrafo único. Os crimes praticados nos Municípios que não sejam
sede de vara federal serão processados e julgados na vara federal da
circunscrição respectiva.

Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: MPE-SP Prova: VUNESP - 2018 - MPE-SP - Analista Jurídico do
Ministério Público (Legislação Penal Especial, Lei de Tóxicos – Lei nº 11.343 de 2006)

12. Caio, dependente de substância entorpecente, para sustentar o vício, é quem busca a droga e
repassa a seus amigos, também usuários. Caio paga a droga com o dinheiro dos amigos. Nunca
cobrou nada pelo “serviço” de buscar a droga, ficando com parte dela para uso próprio. Em uma
das vezes em que foi buscar a droga, no caso, maconha, acabou preso, com 100 g da substância.

Diante da situação hipotética, e tendo em conta a parte penal da Lei de Drogas, assinale a
alternativa correta.
a) Caio, se condenado ao crime de tráfico (art. 33), terá a pena reduzida, por expressa previsão
legal, em razão de a droga apreendida ser maconha.
b) Caio, preso portando 100 g de entorpecente, mesmo que para uso próprio e compartilhado de
amigos, não poderá ser incurso no tipo penal do consumo pessoal (art. 28) que,
expressamente, limita a quantidade da droga em 50 g.
c) Caio, sendo primário, sem maus antecedentes e por não integrar organização criminosa, se
condenado ao crime de tráfico, poderá ter a pena reduzida em até dois terços (art. 33,
parágrafo 4° ).
d) Caio não será acusado de tráfico de entorpecentes (art. 33), pois o tipo penal expressamente
exige que as condutas nele previstas sejam realizadas mediante pagamento.
e) Caio, comprovado que a droga era de uso pessoal e compartilhado dos amigos, não praticou
qualquer crime, pois o consumo pessoal de maconha, pela legislação atual de drogas, é
descriminalizado.

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GABARITO: C

A questão exige que o candidato tenha conhecimento sobre Lei de


Drogas, mais precisamente sobre o que trata o art. 33, §4º vejamos:
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar,
adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar,
trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou
fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:
[...]
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas
poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, desde que o agente seja
primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas
nem integre organização criminosa. (Vide Resolução nº 5, de 2012)

Ano: 2017 Banca: VUNESP Órgão: DPE-RO Prova: VUNESP - 2017 - DPE-RO - Defensor
Público Substituto (Legislação Penal Especial, Lei de Tóxicos – Lei nº 11.343 de 2006

13. Considere as duas descrições fáticas que seguem: “induzir, instigar ou auxiliar alguém ao
uso indevido de droga” e “oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a
pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem”.
É correto afirmar que

a) apesar de serem ambas criminalmente tipificadas, as respectivas penas poderão ser


reduzidas de um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário e não integre
organização criminosa.
b) ambas são condutas criminalmente tipificadas, às quais não se cominam penas
restritivas de liberdade.
c) ambas são condutas criminalmente tipificadas e a primeira é mais gravemente apenada
que a segunda.
d) a primeira delas é conduta criminalmente tipificada, mas a segunda não.
e) ambas são condutas equiparadas ao tráfico ilícito de entorpecentes, inclusive no que
concerne às penas.

GABARITO: C

Conforme o que dispõe no art. 33 da Lei nº 11.343 de 2006 ambas


condutas descritas, são criminosas:
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar,
adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar,
trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou
fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:
[...]
§ 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:
(Vide ADI nº 4.274)

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Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300


(trezentos) dias-multa.
§ 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa
de seu relacionamento, para juntos a consumirem:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700
(setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas
previstas no art. 28.

Ano: 2017 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2017 - TJ-SP - Juiz Substituto
(Legislação Penal Especial, Lei de Tóxicos – Lei nº 11.343 de 2006) Q826725

14. No que concerne à lei de drogas, é correto afirmar que

a) o emprego de arma de fogo constitui causa de aumento da pena no crime de tráfico,


não configurando majorante, porém, o concurso de pessoas.
b) constitui crime a associação de três ou mais pessoas para o fim de, reiteradamente ou
não, financiar ou custear o tráfico de drogas.
c) a prescrição no crime de posse de droga para consumo pessoal ocorre no menor
prazo previsto no Código Penal para as penas privativas de liberdade.
d) é isento de pena o agente que, em razão de dependência, era, ao tempo da ação ou da
omissão relacionada, com exclusividade, a crimes de drogas, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.

GABARITO: A
A fundamentação da assertiva encontra-se no art. 40, IV da Lei nº
11.343/2006:
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas
de um sexto a dois terços, se:
[...]
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego
de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva;

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Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Várzea Paulista - SP Prova: VUNESP -
2016 - Prefeitura de Várzea Paulista - SP - Procurador Jurídico (Legislação Penal Especial,
Lei de Tóxicos – Lei nº 11.343 de 2006)

15. Assinale a alternativa que traz a disposição correta no que tange ao procedimento dos
delitos da Lei de Drogas (Lei n° 11.343/06).

a) Acusação e defesa podem arrolar, no máximo, 8 (oito) testemunhas cada (art. 54, III
e 55, § 1° ).
b) Prescinde de autorização judicial o procedimento investigatório de não-atuação
imediata sobre portadores de droga, a fim de identificar os demais agentes (art. 53,
II).
c) O inquérito policial será concluído no prazo de 10 (dez) dias, se o indiciado estiver
preso, e de 30 (trinta) dias, quando solto (art. 51).
d) O perito que subscrever o laudo de constatação não poderá participar da elaboração
do laudo definitivo (art. 50, § 2° ).
e) Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente,
comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será
dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas (art. 50)
GABARITO: E.

a) Acusação e defesa podem arrolar, no máximo, 8 (oito) testemunhas cada


(art. 54, III e 55, § 1°). (ERRADO)
Vejamos o que dispõe os artigos 54 e 55 da Lei nº 11.343/2006:
Art. 54. Recebidos em juízo os autos do inquérito policial, de Comissão
Parlamentar de Inquérito ou peças de informação, dar-se-á vista ao
Ministério Público para, no prazo de 10 (dez) dias, adotar uma das seguintes
providências:
[...]
III - oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) testemunhas e requerer
as demais provas que entender pertinentes.
Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado
para oferecer defesa prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.
§ 1º Na resposta, consistente em defesa preliminar e exceções, o
acusado poderá arguir preliminares e invocar todas as razões de defesa,
oferecer documentos e justificações, especificar as provas que pretende
produzir e, até o número de 5 (cinco), arrolar testemunhas.

b) Prescinde de autorização judicial o procedimento investigatório de não-


atuação imediata sobre portadores de droga, a fim de identificar os demais agentes
(art. 53, II). (ERRADO)
Vejamos o que dispõe o art. 53, II da Lei nº 11.343/2006:
Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes
previstos nesta Lei, são permitidos, além dos previstos em lei, mediante
autorização judicial e ouvido o Ministério Público, os seguintes
procedimentos investigatórios:
[...]

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II - a não-atuação policial sobre os portadores de drogas, seus


precursores químicos ou outros produtos utilizados em sua produção, que
se encontrem no território brasileiro, com a finalidade de identificar e
responsabilizar maior número de integrantes de operações de tráfico e
distribuição, sem prejuízo da ação penal cabível.

c) O inquérito policial será concluído no prazo de 10 (dez) dias, se o indiciado


estiver preso, e de 30 (trinta) dias, quando solto (art. 51). (ERRADO)
O artigo 51, dispõe que:
Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias,
se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.

d) O perito que subscrever o laudo de constatação não poderá participar da


elaboração do laudo definitivo (art. 50, § 2°). (ERRADO)
O artigo 50, dispõe que:
Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia
judiciária fará, imediatamente, comunicação ao juiz competente,
remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do
Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas.
[...]
§ 2º O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1º deste artigo
não ficará impedido de participar da elaboração do laudo definitivo.

e) Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará,


imediatamente, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto
lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e
quatro) horas (art. 50). (CERTO)
A assertiva traz exatamente o que está descrito no art. 50 da Lei nº
11.343/2006

Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: TJ-RJ Prova: VUNESP - 2016 - TJ-RJ - Juiz Substituto
(Legislação Penal Especial, Lei de Tóxicos – Lei nº 11.343 de 2006)

16. X, flagrado portando maconha para uso próprio, pode

a) ser conduzido ao Distrito Policial, livrando-se solto, haja vista tratar-se de infração de
menor potencial ofensivo.
b) ignorar a determinação policial no sentido de que se conduza ao Distrito Policial, uma
vez que esta conduta não prevê pena privativa de liberdade.
c) ser conduzido ao CAPS – Centro de Atenção Psicossocial –, para ser submetido a
tratamento compulsório, dado que a lei prevê medidas alternativas à prisão.
d) ser preso, em flagrante delito.
e) ser liberado, mediante pagamento de fiança.

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GABARITO: A
“X” não poderá ser preso no caso da prática do delito de porte de
drogas para consumo pessoal, conforme dispõe o art. 48, § 2º:
Art. 48. O procedimento relativo aos processos por crimes definidos
neste Título rege-se pelo disposto neste Capítulo, aplicando-se,
subsidiariamente, as disposições do Código de Processo Penal e da Lei de
Execução Penal.
§ 2º Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se
imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser imediatamente
encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o
compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e
providenciando-se as requisições dos exames e perícias necessários.

O artigo 28 da Lei 11.343/2006, traz a seguinte redação:


Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou
trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às
seguintes penas:
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso
educativo.

Ano: 2015 Banca: VUNESP Prova: VUNESP – 2015 – TJ-MS – Juiz Substituto Assunto:
Legislação Penal Especial, Lei de Tóxicos – Lei nº 11.343 de 2006.

17. Assinale a alternativa correta.

a) A indução ou a instigação de alguém ao uso indevido de droga não é considerado crime.


b) Responde às mesmas penas do crime previsto no art. 33, caput, da Lei n° 11.343/2006
o agente que custeia ou financia o crime de tráfico.
c) Responde por delito autônomo ao do tráfico o agente que oferecer droga, eventualmente
e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem.
d) A associação criminosa prevista no art. 35, caput, da Lei n° 11.343/2006 exige a
constatação da reiteração permanente da associação de duas ou mais pessoas para
prática constante do tráfico.
e) A causa de redução da pena, prevista no § 4° do art. 33 da Lei n° 11.343/2006, só será
aplicável se o agente for primário e de bons antecedentes.

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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

a) INCORRETA. Conforme o art. 33, §2º, da Lei n° 11.343/2006, é


considerado crime, a indução ou instigação ao uso indevido de drogas. Embora,
inserido como parágrafo do art. 33, a lei vigente deu-lhe autonomia tipológica.
A conduta é classificada de forma autônoma e punida com detenção, de um a
três anos, acrescida da pena pecuniária de 100 a 300 dias-multa.
Art. 33, § 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300
(trezentos) dias-multa.

b) INCORRETA. A Lei n° 11.343/2006, dispõe em seu art. 36, sobre a figura


típica consistente em financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos
no art. 33 (tráfico de drogas), § 1º (figuras equiparadas ao tráfico), e art. 34 (tráfico
de maquinário). Vejamos a legislação:
Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos
arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de 1.500 (mil e
quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias-multa.
Conforme o dispositivo legal, o financiamento ou o ato de proporcionar meios
para o cometimento dos delitos previstos na legislação, é tipificado pelo dispositivo
acima, e a pena é a reclusão de 8 a 20 anos, ou seja, diferente da imposta pelo art.
33, do mesmo diploma Legal, vejamos:
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir,
vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo,
guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500
(quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.

c) CORRETA. De acordo com o art. 33, § 3º, da Lei n° 11.343/2006, a referida


lei prevê em tipo penal autônomo, a conduta descrita na alternativa em questão,
portanto, na hipótese de o agente perpetrar o contido no dispositivo, responderá por
delito autônomo, vejamos:
Art. 33, § 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa
de seu relacionamento, para juntos a consumirem.

d) INCORRETA. Conforme o art. 35, caput, da Lei nº 11.343/2006, a


associação de duas ou mais pessoas para o fim de praticar as condutas típicas, não
sendo necessário que as condutas sejam reiteradas.

Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar,


reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e
34 desta Lei:

MUDE SUA VIDA!


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e) INCORRETA. Essa modalidade de tráfico de drogas é, na realidade, uma


causa de diminuição de pena. Percebe-se que para aplicação da referida causa de
diminuição de pena é necessário que o acusado preencha os seguintes requisitos,
conforme art. 33, §4º, da Lei 11.343/06:

1) Réu primário (aquele que não possui condenação anterior com trânsito em
julgado). 2) Bons antecedentes (não responda por outra ação penal). 3) Não se
dedique às atividades criminosas, nem integre organização criminosa.

Vejamos o dispositivo legal:

Art. 33, §4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas
poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário,
de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre
organização criminosa.
Portanto, necessário que preencha os requisitos mencionados anteriormente,
para fazer jus a benesse.
A questão aborda somente que “só será aplicável se o agente for primário e de
bons antecedentes”, e deixa de complementar com os últimos dois requisitos
impostos pela legislação.

Ano: 2020 Banca: VUNESP Prova: VUNESP – 2020 – PM-SP Cabo de Polícia Militar Assunto:
Legislação Penal Especial, Lei de Armas (Estatuto do Desarmamento) – Lei nº 10.826 de
2003.

18. Em relação ao previsto na Lei no 10.826/03, é correto afirmar que

a) aos residentes em área rural, para os fins de autorização da manutenção da arma de fogo
pelo proprietário que possuir o certificado de registro, considera-se residência ou
domicílio do imóvel rural exclusivamente a sede do imóvel (casa).
b) é considerada como crime a conduta de disparar de forma culposa arma de fogo ou
acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em
direção a ela.
c) deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos
ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob
sua posse ou que seja de sua propriedade é considerado crime mesmo que o menor não
efetue nenhum disparo ou realize qualquer outra conduta perigosa com referido
armamento.
d) o crime de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito prevê pena menor do que o crime
de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

MUDE SUA VIDA!


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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

a) INCORRETA. O Certificado de Registro de Arma de Fogo autoriza o seu


proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência
ou domicílio. Conforme art. 5º, § 5º, da Lei nº 10.826/2003, é considerado para fins
de residência ou domicílio toda extensão do respectivo imóvel rural, novidade trazida
pela Lei nº 13.870, de 2019.

Art. 5º, § 5º Aos residentes em área rural, para os fins do disposto


no caput deste artigo, considera-se residência ou domicílio toda a extensão
do respectivo imóvel rural.

b) INCORRETA. O art. 15, da Lei nº 10.826/2003, tipifica a conduta de


disparar arma de fogo em lugar habitado ou em suas adjacências e não prevê a
modalidade culposa, vejamos:

Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em


suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não
tenha como finalidade a prática de outro crime:

c) CORRETA. A conduta descrita no art. 13, da Lei nº 10.826/2003, trata de


omissão, pautada em deixar de observar cautela necessária para impedir que menor
de idade ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma. Portanto,
conforme a alternativa correta, essa trouxe a literalidade da lei, vejamos:

Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor
de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma
de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
Cabe salientar, que o crime será consumado no momento do apoderamento da
arma pelo menor ou doente mental, ainda que não efetue nenhum disparo ou realize
qualquer outra conduta perigosa com referido armamento.

d) INCORRETA. De acordo com o art. 16, § 1º, da Lei nº 10.826/2003, não


há diferenciação de penas para os crimes previstos no dispositivo, em razão de que
ambos estão contidos no texto legal.
Incorrerão na mesma pena que posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso
restrito, bem como aqueles listados nos incisos do parágrafo 1º (conforme redação
dada pela Lei nº 13.964, de 2019).
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito,
transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter
sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:

MUDE SUA VIDA!


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I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de


arma de fogo ou artefato;
II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la
equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou
de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário,
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar;
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com
numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou
adulterado;
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo,
acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente; e
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de
qualquer forma, munição ou explosivo.

Ano: 2018 Banca: VUNESP Prova: VUNESP – 2018 – PC – SP - Delegado de Polícia Assunto:
Legislação Penal Especial, Lei de Armas (Estatuto do Desarmamento) – Lei nº 10.826 de
2003.

19. É correto afirmar a respeito do crime de disparo de arma de fogo, previsto na Lei
no 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), que

a) é inafiançável, de perigo abstrato e que não admite a suspensão condicional do processo.


b) se trata de crime comum, de perigo abstrato e que não admite a suspensão condicional
do processo.
c) se trata de crime próprio, afiançável e que admite a suspensão condicional do processo.
d) não admite a suspensão condicional do processo, é afiançável e trata-se de crime de
mão-própria.
e) é inafiançável, de perigo concreto e que admite a suspensão condicional do processo.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

a) INCORRETA. Alternativa incorreta, conforme decisão do STF, vide ADIN


3.112-1, que desconsiderou os crimes do art. 14 e 15 da Lei nº 10.826/2003 como
inafiançáveis.

b) CORRETA. Trata-se de crime com perigo abstrato, que presume a ocorrência


de dano à segurança pública e prescinde, para usa caracterização, de comprovação
da lesividade ao bem jurídico tutelado. O disparo de arma de fogo em local habitado
configura o tipo penal descrito no art. 15 da Lei nº 10.826/2003, não há necessidade
de comprovar o perigo concreto de lesão ao bem jurídico alheio.

Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em


suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não
tenha como finalidade a prática de outro crime:

MUDE SUA VIDA!


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Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

O crime previsto pelo artigo supracitado é crime comum (qualquer pessoa


poderá praticar), não exigindo qualificação especial do sujeito ativo ou passivo.
A decisão do Supremo Tribunal Federal no julgamento da Ação Direta de
Inconstitucionalidade nº 3.112-1/DF (Relator Ministro Ricardo Levandowsky, julgada
em 2 de maio de 2007). Por maioria dos votos foi declarada a inconstitucionalidade
da vedação de concessão de liberdade provisória mediante fiança nos crimes de porte
ilegal de arma de fogo (Parágrafo único do art. 14) e disparo de arma de fogo
(Parágrafo único do art. 15).
Por fim, incabível a suspensão condicional do processo, pois trata de crime que
considera a pena mínima superior a 1 ano, portanto, ausente o requisito objetivo do
art. 89, da Lei 9.099/95.

c) INCORRETA. De acordo com o texto legal, não é crime próprio, em razão


de que não prescinde de qualificação especial do sujeito ativo ou passivo.
A pena de reclusão cominada para o crime previsto no art. 15 da Lei nº
10.826/2003 é de 2 a 4 anos, portanto, nos casos que a pena mínima cominada for
acima de 1 ano, não serão passíveis de suspensão condicional do processo, de acordo
com o art. 89, da Lei 9.099/95.

d) INCORRETA. Não há previsão expressamente contida no texto legal, a fim


de definir o cometimento do crime por agente com qualidade especial.

e) INCORRETA. O crime contido no art. 15 da Lei nº 10.826/2003 é de perigo


abstrato. A pena mínima cominada para o crime é de 2 anos, portanto, não passível
de suspensão condicional do processo, de acordo com o art. 89, da Lei 9.099/95.

Ano: 2018 Banca: VUNESP Prova: VUNESP – 2018 – PC-SP – Investigador de Polícia
Assunto: Legislação Penal Especial, Lei de Armas (Estatuto do Desarmamento) – Lei nº
10.826 de 2003.

20. Assinale a alternativa que possui um crime da Lei n° 10.826/03 (Estatuto do


Desarmamento) apenado com detenção.

a) Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.


b) Disparo de arma de fogo.
c) Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
d) Comércio ilegal de arma de fogo.
e) Posse irregular de arma de fogo de uso permitido.

MUDE SUA VIDA!


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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra E.

A Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), estabelece a pena para os


crimes previstos entre seus artigos. 12 e 18. De acordo com a referida Lei, o art. 12
define o crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido, e o art. 13 trata
do crime de omissão de cautela, ambos são puníveis com detenção. Vejamos o
dispositivo legal:

Posse irregular de arma de fogo de uso permitido


Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição,
de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior
de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde
que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.

Omissão de cautela
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor
de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma
de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.

As alternativas a, b, c e d estão incorretas, pois os crimes de porte ilegal de


arma de fogo de uso permitido (art. 14), disparo de arma de fogo (art. 15), posse ou
porte de arma de fogo de uso restrito (art. 16), comércio ilegal (art. 17), são punidos
com pena de reclusão.

Ano: 2017 Banca: VUNESP Prova: VUNESP - 2017 - Prefeitura de Porto Ferreira - SP -
Procurador Jurídico Assunto: Tipicidade, Causas de extinção da punibilidade, Abolitio
criminis.

21. Qual alternativa a seguir reflete o exato entendimento de Súmula Jurisprudencial editada
pelo STJ?

a) A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que
em situação de alegada autodefesa.
b) A abolitio criminis temporária, prevista na Lei n° 10.826/2003, não se aplica ao crime
de posse de arma de fogo de uso permitido com numeração, marca ou qualquer outro
sinal de identificação raspado, independentemente da data do cometimento do crime.
c) É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2° do art. 155 do CP nos casos
de crime de furto qualificado, ainda que não for primário o agente, mas for de pequeno
valor a coisa furtada e for a qualificadora de ordem objetiva.
d) A configuração do crime do art. 244-B do ECA depende da prova da efetiva corrupção do
menor, por se tratar de delito material.
e) É possível a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a
pena-base, desde que haja fundamentação por parte do magistrado.

MUDE SUA VIDA!


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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra A.

a) CORRETA. A garantia constitucional de permanecer calado não engloba a


utilização de identidade falsa perante autoridade policial, ainda que em situação de
autodefesa. Conforme art. 5º, LXIII, CF/88 abrange somente o direito de mentir ou
omitir sobre os fatos que são imputados à pessoa e não quanto à sua identificação.
O Supremo Tribunal de Justiça aplica o entendimento de que tanto o uso do
documento falso (art. 304, CP) quanto a atribuição de falsa identidade (art. 307, CP),
ainda que utilizados para fins de autodefesa, visando a ocultação de antecedentes,
configuram crime:

Súmula nº 522 - STJ: A conduta de atribuir-se falsa identidade perante


autoridade policial é típica, ainda que em situação de alegada autodefesa.

Desta forma, a alternativa em questão reflete literalmente a transcrição da


súmula.

b) INCORRETA. De acordo com o enunciado da Súmula nº 513, STJ, a abolitio


criminis temporária aplica-se ao crime de posse de arma de fogo de uso permitido
com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido
ou adulterado, praticado somente até 23/10/2005.

Súmula nº 513 STJ: "A abolitio criminis temporária prevista na Lei n.


10.826/2003 aplica-se ao crime de posse de arma de fogo de uso permitido
com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido
ou adulterado, praticado somente até 23/10/2005."

c) INCORRETA. A Súmula nº 511 do STJ, estendeu a possibilidade ao furto


qualificado, privilégio disposto do art. 155, §2º, do Código Penal.
O privilégio permite ao Juiz substituir a pena de reclusão pela de detenção,
diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa, no caso de o
réu ser primário bem como ser de pequeno valor a coisa furtada.

Súmula nº 511 STJ – É possível o reconhecimento do privilégio previsto no §


2º do art. 155 do CP nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes
a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem
objetiva.

d) INCORRETA. Conforme enunciado da Súmula nº 500, STJ, no caso de


corrupção de menores é prescindível a prova de que o menor tenha, de fato, sido
corrompido na sua moralidade naquela prática criminosa, bastando a simples
participação. Logo, não importa o fato de o menor ter praticado atos infracionais
anteriormente, esse argumento não tem condão de afastar o tipo do art. 244 - B do
ECA, justamente por ser crime formal.

Súmula nº 500 STJ - A configuração do crime do art. 244-B do ECA independe


da prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal.

MUDE SUA VIDA!


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e) INCORRETA. Conforme art. 5º, LVII, da Constituição Federal, a Súmula nº


444, STJ, está em conformidade com a disposição constitucional, que reflete o
princípio da presunção de inocência. Portanto, até o trânsito em julgado da sentença
penal condenatória, eventuais procedimentos criminais instaurados, não poderão
incidir em majoração da pena-base. Vejamos o enunciado da Súmula:

Súmula nº 444, STJ - É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações


penais em curso para agravar a pena-base. (Súmula 444, TERCEIRA SEÇÃO, julgado
em 28/04/2010, DJe 13/05/2010)

Ano: 2016 Banca: VUNESP Prova: VUNESP - 2016 - TJ-RJ - Juiz Substituto Assunto:
Legislação Penal Especial, Lei de Armas (Estatuto do Desarmamento) – Lei nº 10.826 de
2003.

22. Bonaparte, com o objetivo de matar Wellington, aciona o gatilho com o objetivo de
efetuar um disparo de arma de fogo na direção deste último. Todavia, a arma não dispara
na primeira tentativa. Momentos antes de efetuar uma segunda tentativa, Bonaparte
ouve “ao longe" um barulho semelhante a “sirenes" de viatura e, diante de tal fato, guarda
a arma de fogo que carregava, deixando o local calmamente, não sem antes proferir a
seguinte frase a Wellington: “na próxima, eu te pego". Momentos após, Bonaparte é
abordado na rua por policiais e tem apreendida a arma de fogo por ele utilizada. A arma
de fogo era de uso permitido, estava registrada em nome de Bonaparte, mas este não
possuía autorização para portá-la. No momento da abordagem e apreensão, também foi
constatado pelos policiais que a arma de fogo apreendida em poder de Bonaparte estava
sem munições, pois ele havia esquecido de municiá-la.

Diante dos fatos narrados e da atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é


correto afirmar que Bonaparte poderá ser responsabilizado

a) pelos crimes de ameaça e posse ilegal de arma de fogo de uso permitido.


b) pelos crimes de ameaça e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
c) pelos crimes de homicídio tentado, ameaça e porte ilegal de arma de fogo de uso
permitido.
d) pelo crime de ameaça, mas não poderá ser responsabilizado pelo crime de porte ilegal
de arma de fogo em virtude da arma estar desmuniciada no momento da apreensão.
e) pelo crime de homicídio tentado, mas não poderá ser responsabilizado pelo crime de
posse ilegal de arma de fogo em virtude da arma estar desmuniciada no momento da
apreensão.

MUDE SUA VIDA!


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Comentário da questão: A assertiva correta é a letra B.

No caso em tela, segundo o enunciado, Bonaparte almejava matar Wellington


(animus necandi), a fim de perpetrar sua vontade, o agente acionou o gatilho e
efetuou o disparo com a arma de fogo em direção a Wellington. Para a surpresa de
Bonaparte, mesmo acionando a arma de fogo, o objeto não obedeceu ao seu
comando.
Outrossim, antes de efetuar novo disparo, ouviu barulho de “sirene”, logo
guardou sua arma e deixou o local. Na oportunidade, Bonaparte proferiu a seguinte
ameaça a Wellington: “na próxima, eu te pego".
Após o ocorrido Bonaparte foi abordado pelos policiais, que realizaram
apreensão da arma de fogo.
Ato contínuo, os policiais constataram que o agente possuía arma de fogo de
uso permitido, registrada em nome do mesmo, porém sem autorização para o porte,
por fim, verificaram que não existia munições na arma.
A Lei nº 10.826/03 trata de crimes com perigo abstrato ou presumido, isto é,
o perigo é absolutamente presumido pela lei, e não há a necessidade de que, no caso
concreto, ele exista.
Desta forma, verificamos que o agente no caso em tela, utilizou arma de fogo
com o objetivo de efetuar disparos ao seu desafeto, todavia, não obteve êxito, visto
que, sua arma estava sem munição. Destarte, como evidenciado no parágrafo
anterior, tal crime é classificado como “perigo abstrato ou presumido”, portanto,
deverá responder pelo porte ilegal de arma de fogo de uso permitido (disposto no
art. 14, da Lei 10.826/03), em razão de ser crime de mera conduta e de perigo
abstrato.
A par das divergências doutrinárias e para fins de concurso, prevalece que todos
os crimes da lei 10.826/03 são classificados como de perigo abstrato ou presumido.

Jurisprudência destacada: 1. O porte ilegal de arma de fogo é delito de


perigo abstrato, em que buscou o legislador punir, de forma preventiva, as condutas
descritas no tipo penal. 2. Consuma-se o porte ilegal pelo ato de alguém levar consigo
arma de fogo sem autorização ou em desacordo com determinação legal, sendo
irrelevante a demonstração de efetiva ofensividade. (...). (6ª Turma-STJ. REsp
1193805/SP, Min. Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, julgado em 15/12/2011.).
Jurisprudência destacada: 1. O Supremo Tribunal Federal firmou o
entendimento de que é de perigo abstrato o crime de porte ilegal de arma de fogo,
sendo, portanto, irrelevante para sua configuração encontrar-se a arma desmontada
ou desmuniciada. (2ª Turma-STF. HC 95861-RJ, Min. Rel. Cezar Peluso, julgado em
02/06/2015).

Com efeito, em razão de que o agente utilizou de meio absolutamente ineficaz


para produzir o efeito esperado, e não logrou êxito, não responderá por tentativa de
homicídio, nos termos do art. 17, CP, in verbis “Não se pune a tentativa quando, por
ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível
consumar-se o crime.”

MUDE SUA VIDA!


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Por fim, o agente verbalizou ameaça à vítima, nos seguintes termos: “na
próxima, eu te pego", portanto, caracterizada a promessa de mal, prevista no art.
147, CP, que consiste no ato de ameaçar alguém, seja por palavra ou outros meios.
Nesse caso, Bonaparte deverá responder pelo crime de ameaça e porte ilegal
de arma de fogo de uso permitido, conforme os argumentos aqui aludidos.

Ano: 2015 Banca: VUNESP Prova: VUNESP - 2015 - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil de 1ª
Classe Assunto: Legislação Penal Especial, Lei de Armas (Estatuto do Desarmamento) – Lei
nº 10.826 de 2003.

23. Sobre o Estatuto do Desarmamento (Lei n o 10.826/2003), está correto afirmar que

a) a posse e guarda de arma de fogo no interior da residência ou no local de trabalho é


autorizada, desde que a arma de fogo seja de uso permitido.
b) o Estatuto do Desarmamento só regula condutas envolvendo armas de fogo de uso
permitido
c) o artigo 14 do Estatuto do Desarmamento dispõe sobre o porte de arma de fogo de uso
permitido e o artigo 16 da mesma lei dispõe sobre o porte de arma de fogo de uso
restrito.
d) o crime de disparo de arma de fogo previsto no artigo 15 do Estatuto admite tanto a
conduta dolosa (disparo proposital), como culposa (disparo acidental).
e) o Estatuto do Desarmamento não pune o porte ou a posse de acessório ou munição para
armas de fogo.

Comentário da questão: A assertiva correta é a letra C.

a) INCORRETA. De acordo com o art. 12, da Lei nº 10.826/2003, a posse da


arma de fogo, de uso permitido, em consonância com a determinação legal ou
regulamentar, não caracteriza a posse irregular de arma de fogo de uso permitido. A
alternativa está incompleta, uma vez que, deixa de mencionar o elemento normativo
do texto legal.

Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição,
de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no
interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho,
desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:

b) INCORRETA. A Lei nº 10.826/2003 tipifica as condutas referente a


posse/porte de armas de fogo de uso restrito (art. 16), bem como, as de uso
permitido (art. 12 e 14).

c) CORRETA. A alternativa está em consonância com o disposto na Legislação,


vejamos os dispositivos:

MUDE SUA VIDA!


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Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido


Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar,
ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda
ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e
em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito,
transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter
sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: (Redação
dada pela Lei nº 13.964, de 2019).

d) INCORRETA. O disparo de arma de fogo em local habitado configura o tipo


penal descrito no art. 15 da Lei nº 10.826/2003, e não admite a modalidade culposa,
portanto, a conduta somente é punível na forma dolosa.

e) INCORRETA. A Lei nº 10.826/2003 incrimina tanto o porte (art. 14), quanto


a posse (art. 12) de arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem
autorização e em desacordo com a determinação legal ou regulamentar. Além de
incriminar a conduta descrita acima, o diploma legal tipifica a conduta caracterizada
por portar/possuir arma de fogo de uso restrito, e acessórios ou munição sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar (art. 16).

Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PC-CE Prova: VUNESP - 2015 - PC-CE - Escrivão de
Polícia Civil de 1a Classe Assunto: Lei de Armas (Estatuto do Desarmamento) – Lei nº
10.826 de 2003

24. É cominada pena de detenção aos seguintes crimes da Lei no 10.826/03:


a) posse de arma de fogo de uso permitido e posse de arma de fogo de uso restrito.
b) disparo de arma de fogo e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido
c) posse irregular de arma de fogo de uso permitido e porte ilegal de arma de fogo de uso
permitido
d) posse irregular de arma de fogo de uso permitido e omissão de cautela.
e) disparo de arma de fogo e omissão de cautela.

COMENTÁRIO: questão em que o examinador exige do candidato


conhecimentos sobre as modalidades de penas aplicadas aos delitos elencados nos
chamado Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/2003).

Referido diploma legal entre os artigos 12 a 18, sendo que a exceção dos delitos
previstos nos artigos 12 e 13, que são apenados com detenção, aos demais tipos
penais é culminada a pena de reclusão.

“Posse irregular de arma de fogo de uso permitido

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Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou
munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar,
no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de
trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou
empresa:

Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.

Omissão de cautela

Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que


menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere
de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:

Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.”

Alternativa correta letra “d”

Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PC-CE Prova: VUNESP - 2015 - PC-CE - Delegado de
Polícia Civil de 1a Classe Assunto: Lei de Armas (Estatuto do Desarmamento) – Lei nº
10.826 de 2003

25. Com relação ao Estatuto do Desarmamento, Lei no 10.826/2003, assinale a alternativa


correta.

a) É proibida a conduta de portar arma de fogo de uso permitido ou proibido, não se


punindo, no estatuto, a conduta de portar ou possuir acessório ou munição para arma
de fogo.
b) O porte de arma de fogo com numeração raspada, previsto no parágrafo único, inciso IV,
do artigo 16, refere-se tanto à arma de fogo de uso permitido como à arma de fogo de
uso proibido/restrito.
c) O artigo 16 prescreve que é proibido possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber,
ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter,
empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo de uso permitido sem
autorização legal.
d) O crime de disparo de arma de fogo, previsto no artigo 15 do estatuto, é autônomo, sendo
que, na hipótese de o agente tentar matar a vítima com disparos de arma de fogo,
responderá por tentativa de homicídio e pelo crime de disparo de arma de fogo em
concurso material de delitos.
e) A vedação à concessão de fiança prevista no parágrafo único do artigo 15 (disparo de
arma de fogo) foi declarada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação
direta de constitucionalidade.

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COMENTÁRIO:

a) INCORRETA: a conduta de portar ou possuir munição ou acessório de arma


de fogo, integram o objeto material dos tipos penais previstos nos artigo 12 e 14 do
Estatuto juntamente com a conduta de portar arma de fogo, tanto de uso permitido
como de uso proibido.

b) CORRETA: a conduta prevista no artigo 16, § 1º, inciso I, da Lei n 10826/03


consiste em suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação
de arma de fogo, não fazendo qualquer distinção se de uso permitido ou de uso
restrito.

c) INCORRETA: o objeto material no delito elencado no artigo 16 é a arma de


fogo, o acessório ou a munição de uso restrito.

d) INCORRETA: neste caso aplica-se o princípio da subsidiariedade, pois, o


delito de disparo de arma de fogo subsiste desde que essa conduta não tenha por
finalidade a prática de outro crime. No caso desta alternativa, disparando o agente
arma de fogo com a intenção de praticar um homicídio contra seu desafeto,
responderá pela conduta prevista no artigo 121 do Código Penal.

e) INCORRETA: A impossibilidade de concessão de fiança para o delito de


porte ilegal de arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, bem como
para o delito de disparo de arma de fogo foi declarada inconstitucional nos autos da
ADI 3.112-1 uma vez que, segundo entendimento dos ministros do STF, não seria
possível conferir a este tipo penal o mesmo tratamento dispensado a um delito
considerado hediondo, pois, por se tratar de um delito de perigo abstrato, não há
que se falar ofensa direta ao bem jurídico tutelada, neste caso a sociedade como um
todo.

Ano: 2013 Banca: VUNESP Órgão: MPE-ES Prova: VUNESP - 2013 - MPE-ES - Promotor
de Justiça Assunto: Lei de Armas (Estatuto do Desarmamento) – Lei nº 10.826 de 2003
(Atualizada)

26. Com relação ao Estatuto do Desarmamento, é correto afirmar que:


a) constitui crime a utilização de arma de brinquedo ou simulacro de arma capaz de
atemorizar outrem.
b) para a tipificação do crime de disparo de arma de fogo é necessário provar que
determinada pessoa tenha sido exposta a risco.
c) não poderá ser concedida liberdade provisória ao crime de comércio ilegal de arma de
fogo.
d) para a tipificação do crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido não é
necessário que o armamento esteja municiado
e) o crime de tráfico internacional de arma de fogo não admite liberdade provisória.

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COMENTÁRIO:

a) INCORRETA: o Estatuto do Desarmamento não considera crime a utilização


de arma de brinquedo ou simulacro de arma de fogo, mas, nos termos do artigo 26
é proibida a produção de réplicas e simulacros que possam ser confundidos com arma
de fogo, salvo quando destinados à instrução, ao adestramento, ou à coleção de
usuário autorizado pelo Comando do Exército.

b) INCORRETA: o delito de disparo de arma de fogo, como previsto no artigo


15 do Estatuto, é considerado um delito de mera conduta, perigo abstrato, pois, não
exige resultado danoso ao bem jurídico tutelado para sua consumação.

“ Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em


suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não
tenha como finalidade a prática de outro crime:”

c) e e) INCORRETAS À ÉPOCA: com o advento da Lei nº 13.964/19, o


chamado Pacote Anticrime, os delitos de comércio ilegal de arma de fogo e o tráfico
internacional de armas de fogo, previstos nos artigo 17 e 18 do Estatuto do
desarmamento, respectivamente, passam a serem considerados hediondos estando
sujeitos às mesmas regras, ou seja, são insuscetíveis de anistia, graça ou indulto,
liberdade provisória, inafiançáveis, com regime inicial de cumprimento fechado, em
caso de condenação o agente não poderá apelar em liberdade.

Assim, o tipos penais previstos nos artigos 17 e 18 do Estatuto do


Desarmamento passa a sujeitar-se a aplicação da Súmula nº 697 do STF:

“A proibição de liberdade provisória nos processos por crimes


hediondos não veda o relaxamento da prisão processual por excesso de prazo.”

d) CORRETA: o delito previsto no artigo 12 consiste em:

“Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua
residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja
o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa”

Não há qualquer previsão artigo no sentindo de que para sua consumação seja
necessário que a arma de fogo esteja municiada.

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Ano: 2014 Banca: NC-UFPR Órgão: DPE-PR Prova: NC-UFPR - 2014 - DPE-PR - Defensor
Público Assunto: Lei de Armas (Estatuto do Desarmamento) – Lei nº 10.826 de 2003
(Atualizada)
27. A respeito do Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), assinale a alternativa
correta.

a) O delito de disparo de arma de fogo (art. 15) é um crime culposo.


b) O crime de omissão de cautela (art. 13) se configura quando o possuidor ou proprietário
deixa de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 14 (quatorze) anos
se apodere de arma de fogo.
c) O porte compartilhado de arma de fogo é circunstância legalmente prevista como
agravante da pena.
d) Para efeito de tipificação dos crimes do Estatuto do Desarmamento, as réplicas e
simulacros de armas de fogo nunca se equiparam às armas de fogo.
e) É constitucional a insuscetibilidade de liberdade provisória no delito de posse ou porte
ilegal de arma de fogo de uso restrito (art. 16).

COMENTÁRIO:

a) INCORRETA: no delito de disparo de arma de fogo previsto no artigo 15 do


Estatuto o elemento subjetivo do tipo penal é o dolo, caracterizado pela vontade
consciente do agente em disparar arma de fogo ou acionar munição nos locais
definidos no tipo, ou seja, não há que se falar em modalidade culposa, pois, se
este realizar o disparo ou acionamento de forma negligente ou por imprudência não
cometerá o delito previsto neste artigo.

b) INCORRETA: o tipo penal fala em menor de 18 anos e não 14 anos:

“ Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que


menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se
apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:”

c) INCORRETA: as causas para o aumento de pena estão previstas nos artigo


19 e 20 da Lei nº 10.826/03:

“Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade
se a arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito.

Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada
da metade se: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts.
6º, 7º e 8º desta Lei; ou
II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza.”

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O chamado porte de arma compartilhado corresponde a uma construção


jurisprudencial, firmada pelo STJ, em que o ponto central para sua configuração está
na unidade de desígnios entre os agentes para a prática delituosa. Nesse sentido STJ
- HC 352523 / SC, STJ - HC 198186-RJ.

d) CORRETA: não existe qualquer previsão legal no diploma que considere a


posse de simulacro ou réplica de arma de fogo como fato típico

e) INCORRETA À ÉPOCA: A impossibilidade de concessão de fiança para o


delito de porte ilegal de arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, bem
como para o delito de disparo de arma de fogo foi declarada inconstitucional nos
autos da ADI 3.112-1 uma vez que, segundo entendimento dos ministros do STF,
não seria possível conferir a este tipo penal o mesmo tratamento dispensado a um
delito considerado hediondo, pois, por se tratar de um delito de perigo abstrato, não
há que se falar ofensa direta ao bem jurídico tutelada, neste caso a sociedade como
um todo.

Contudo, com o advento da Lei nº 13.964/19, o chamado Pacote Anticrime, os


delitos de porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, comércio ilegal de arma de
fogo e o tráfico internacional de armas de fogo, previstos nos artigo 16, 17 e 18 do
Estatuto do desarmamento, respectivamente, passam a ser equiparados a crimes
hediondos estando sujeitos às mesmas regras, ou seja, são insuscetíveis de anistia,
graça ou indulto, liberdade provisória, inafiançáveis, com regime inicial de
cumprimento fechado, em caso de condenação o agente não poderá apelar em
liberdade.

Destarte, o tipo penal previsto no artigo 16 do Estatuto do Desarmamento


passa a sujeitar-se a aplicação da Súmula nº 697 do STF:

“A proibição de liberdade provisória nos processos por crimes


hediondos não veda o relaxamento da prisão processual por excesso de prazo.”

NC-UFPR - Advogado (COREN PR)/2018. Assunto: Crimes Hediondos

28. São crimes hediondos nos termos da Lei nº 8.072, de 1990, EXCETO:
a) provocar aborto sem o consentimento da gestante.
b) entregar a consumo produto cosmético adquirido de estabelecimento sem licença da
autoridade sanitária competente.
c) constranger pessoa maior de 18 (dezoito) anos a ter conjunção carnal mediante grave
ameaça, sem resultar na morte da vítima.
d) atrair pessoa com 16 (dezesseis) anos à prostituição.
e) portar arma de fogo de uso restrito ao uso pelas forças armadas.

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COMENTÁRIO:

a) CORRETA: o tipo penal previsto no artigo 125 do CP não foi considerado pelo
legislador como sendo hediondo.

b) INCORRETA: a conduta prevista na alternativa enquadra-se àquele descrita no inciso


VII-B da Lei de Crimes Hediondos – Lei nº 8072/90:

“VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins


terapêuticos ou medicinais” ((art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B do CP)

c) INCORRETA: INCORRETA: a conduta prevista no inciso VI da Lei de Crimes


Hediondos – Lei nº 8072/90:

“VI - estupro de vulnerável” (artigo 217-A, caput e §§ 1º, 2º, 3º e 4º do CP)

d) INCORRETA: a conduta prevista no inciso VIII da Lei de Crimes Hediondos – Lei nº


8072/90:

“VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança


ou adolescente ou de vulnerável” (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2 do CP)

e) INCORRETA: o tipo penal para o porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, previsto
no artigo 16 da Lei nº 10826/03, está inserido no inciso II, § único, do artigo 1º da Lei de
Crimes Hediondos.

Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-BA Prova: VUNESP - 2018 - PC-BA - Delegado de Polícia
Assunto: Crimes Hediondos

29. Considere o seguinte caso hipotético.

A Força Nacional está atuando legalmente em Salvador. O civil “X”, irmão de um Policial Militar
do Estado de São Paulo que integra a Força Nacional, residente na referida cidade, se envolveu
em acidente de trânsito sem vítimas, ao abalroar o veículo do condutor “Y”. Após se identificar
como irmão do Militar do Estado integrante da Força Nacional, foi violentamente agredido por
“Y”, que confessou ter assim agido apenas por saber dessa condição. As agressões provocaram
lesões corporais gravíssimas no civil “X”. Diante do exposto, é correto afirmar que o crime
praticado por “Y”

a) não é considerado hediondo, pois a legislação contempla apenas o crime de homicídio doloso
perpetrado contra o Militar do Estado.
b) é considerado hediondo, apenas por se tratar de uma lesão corporal dolosa de natureza
gravíssima, independentemente da condição da eventual vítima.
c) não é considerado hediondo, pois a legislação não contempla lesão corporal dolosa de natureza
gravíssima como crime hediondo.
d) é considerado hediondo, pois o civil “X” foi vítima de lesão corporal dolosa de natureza
gravíssima apenas por ser irmão de Militar do Estado em razão de sua função.
e) somente seria considerado hediondo se o crime de lesão corporal dolosa de natureza gravíssima
fosse perpetrado contra o próprio Militar do Estado em razão de sua função.

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COMENTÁRIO: os crimes hediondos possuem previsão legal na Lei nº


8072/1990 que estabelece uma série de regras, a que estão sujeitos seus agentes,
que devem ser observadas, tais como, são insuscetíveis de anistia, graça ou indulto,
liberdade provisória, inafiançáveis, prisão temporária pelo prazo de 30 dias
prorrogável por igual período em caso de comprovada necessidade, com regime
inicial de cumprimento fechado, em caso de condenação o agente não poderá apelar
em liberdade.

A questão diz respeito a conduta típica descrita no inciso I-A do artigo 1º da Lei
de Crimes Hediondos:

“I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão
corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou
agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema
prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até
terceiro grau, em razão dessa condição; “

As lesões corporais gravíssimas, prevista no artigo 129, § 2º do CP, segundo


entendimento predominante, são aquelas passíveis de causar:
1) Incapacidade permanente para o trabalho – está deve ser absoluta e
sem previsibilidade de cessação;
2) Enfermidade incurável – consiste na alteração permanente da saúde da
vítima, como por exemplo, transmissão de doença para a qual não existe cura.
Ressalte-se que a doutrina também considera incurável quando o reestabelecimento
da saúde da vítima depender de intervenção cirúrgica arriscada ou tratamentos
incertos.
3) Perda ou inutilização de membro, sentido ou função – considerada,
neste caso, a amputação ou inutilização total, deixando a vítima sem qualquer
capacidade para exercer suas atividades.
4) Deformidade permanente – caracterizada pelo dano estético, aparente,
considerável, irreparável capaz de gerar desconforto para quem olhe e humilhação
para a vítima.

Importante destacar que a conduta deve ser praticada pelo agente contra as
autoridades ou agentes públicos no exercício da função ou em decorrência dela, ou
seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, que tem
conhecimento desta condição da vítima.

O artigo 142 da CF diz respeito aos militares, enquanto o artigo 144 da CF


refere-se aos agentes de segurança pública, ou seja, os integrantes da polícia federal,
polícia rodoviária federal, polícia ferroviária federal, policias civis, polícias militares e
corpo de bombeiros militares e polícias penais federal, estadual e distrital.

Alternativa correta letra “d”

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Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: TJM-SP Prova: VUNESP - 2016 - TJM-SP - Juiz de Direito
Substituto Assunto: Crimes Hediondos

30. Nos termos da Lei no 7.210, de 11 de julho de 1984, os condenados por crime praticado,
dolosamente, com violência de natureza grave contra a pessoa, ou por qualquer dos
crimes previstos no art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990

a) serão submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético mediante


extração de DNA.
b) somente poderão ter a identificação de perfil genético verificada pelo Juiz do processo,
vedado o acesso às autoridades policiais mesmo mediante requerimento.
c) não terão a identificação de perfil genético incluído em banco de dados sigiloso, mas de
livre acesso às autoridades policiais, independentemente de requerimento.
d) não terão extraído o DNA, se submetidos à Justiça Militar, em razão da excepcionalidade
da lei de execução.
e) não poderão ser submetidos à identificação do perfil genético, mediante extração de
DNA, por falta de permissivo legal.

COMENTÁRIO: a Lei nº 12654/2012 acrescentou o artigo 9º-A à Lei de


Execuções Penais – Lei nº 7210/84 – que assim dispõe:

“Art. 9o-A. Os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de


natureza grave contra pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos no art. 1o da Lei
no 8.072, de 25 de julho de 1990, serão submetidos, obrigatoriamente, à
identificação do perfil genético, mediante extração de DNA - ácido
desoxirribonucleico, por técnica adequada e indolor.”

Nos termos da legislação de regência, há três hipóteses que autorizam a coleta


de material biológico para extração do perfil genético e sua inclusão em banco de
dados criminal: a) quando a identificação criminal seja essencial à investigação
policial, porém sempre precedida de decisão judicial fundamentada (artigo 5o,
parágrafo único, da Lei 12.037/2009); b) na hipótese de réu condenado por crime
praticado, dolosamente, com violência de natureza grave contra pessoa (artigo 9-A,
primeira parte, da Lei 7.210/1984), ou; c) no caso de réu condenado pelo
cometimento de crime hediondo (artigo 9-A, segunda parte, da Lei 7.210/1984).

Os dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos terão caráter


sigiloso, não sendo permitida sua utilização para fins diversos dos previstos nesta Lei
ou em decisão judicial, respondendo o agente civil, penal e administrativamente caso
promova ou permita a utilização.

Cumpre destacar que, extração compulsória de material genético de


condenados está sendo questionada junto ao Supremo Tribunal Federal, no RE n.
973.937, ainda pendente de julgamento.

Alternativa correta letra “a”

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Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: MPE - SP Prova: Analista de Promotoria


Assunto: Legislação Penal Especial - Lei de Crimes Hediondos nº 8.072/1990

31. A Lei n° 8.072/90 (crimes hediondos)

a) define no seu artigo 1° os crimes considerados hediondos, todos previstos no Código


Penal, sem prejuízo, contudo, de outros delitos considerados hediondos pela
Legislação Penal Especial.
b) não permite a interposição de apelação antes do recolhimento do condenado à
prisão, em razão do disposto no seu artigo 2°, § 1° (a pena será cumprida em regime
inicial fechado).
c) prevê progressão de regime para os condenados pela prática de crime hediondo após
o cumprimento de 1/6 da pena se o apenado for primário e 2/5 se for reincidente.
d) traz no rol do seu art. 1° o crime de roubo impróprio (art. 157, § 1° , CP), o roubo
circunstanciado (art. 157, § 2° , I, II, III, IV e V, CP) e o roubo qualificado pelo resultado
(art. 157, § 3 , CP).
e) estabelece o prazo de 30 (trinta) dias (podendo ser prorrogado por mais 30 dias) da
prisão temporária decretada nas investigações pela prática de crime hediondo.

a) (ERRADA) A Lei de Crimes Hediondos possui um rol taxativo, haja vista


que adotou o sistema legal de definição dos crimes hediondos, entretanto,
nem todos os crimes estão previstos no Código Penal.
b) (ERRADA) A Lei de Crimes Hediondos permite a interposição de apelação
antes do recolhimento do condenado à prisão.
c) (ERRADA) A Lei nº 8.072 de 1990 prevê a progressão de regime para os
condenados pela prática de crime hediondo será de2/5 após o
cumprimento da pena e 3/5, se o condenado for reincidente.
d) (ERRADA) O roubo impróprio não está elencado no rol taxativo da Lei de
Crimes Hediondos nº 8.072 de 1990, visto que não é considerado crime
hediondo.
e) (CERTA) A prisão temporária nos crimes hediondos é de 30 (trinta) dias,
pode ser prorrogada por igual período, mediante extrema e comprovada
necessidade.

Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PC-CE Prova: Escrivão Assunto: Legislação Penal Especial -
Lei de Crimes Hediondos nº 8.072/1990

32. Assinale a alternativa que indica corretamente crimes que, de acordo com o texto constitucional,
a lei considerará inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia, por eles respondendo os
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, omitirem-se.

a) O tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo, os definidos como crimes


hediondos e o assédio sexual.
b) A posse e o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo, os definidos como
crimes hediondos e o racismo.
c) A prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os
definidos como crimes hediondos.
d) A prática da tortura, a posse e o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo.
e) A prática da tortura, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos e o assédio sexual.

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a) (ERRADA) O tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo, são


definidos como crimes hediondos, no entanto, o assédio sexual não é
considerado crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.
b) (ERRADA) O tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e o
racismo são definidos como crimes hediondos, entretanto, a posse não consta no
rol dos crimes hediondos.
c) (CERTA) A afirmativa traz a literalidade da Lei. De acordo com o artigo 5º, inciso
XLIII, CF/88: “a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou
anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os
mandantes, os executores e os que, podendo evita-los, se omitirem;”

d) (ERRADA) A prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e afins e o


terrorismo são considerados crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou
anistia, porém, a posse não consta no rol destes crimes.

e) (ERRADA) A prática da tortura, o terrorismo e os definidos como crimes


hediondos, porém o assédio sexual não.

Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: TJ-PA Prova: Analista Judiciário Assunto: Legislação
Penal Especial - Lei de Crimes Hediondos nº 8.072/1990

33. Lei n.º 8.072/90: na ação penal por crime hediondo a que o acusado responde preso, em
caso de sentença de primeiro grau

a) absolutória, o recurso da acusação impede que se lhe coloque imediatamente em


liberdade.
b) condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se ele poderá apelar em liberdade.
c) absolutória, deve-se aguardar o trânsito em julgado para que se lhe coloque em
liberdade.
d) condenatória, ele deve ser imediatamente recolhido à prisão, iniciando o
cumprimento de pena em regime fechado.
e) condenatória, a lei veda que ele aguarde o julgamento de eventual apelação em
liberdade.

b) (CERTA) Destarte mencionar que, quando se tratar de ação penal por crime
hediondo em que o acusado responda preso, em caso de sentença de primeiro grau,
será condenatória, sendo assim, o juiz decidirá fundamentadamente se o acusado
poderá apelar em liberdade. Consoante o dispositivo do artigo 2º, parágrafo 3º da
Lei de Crimes Hediondos, nº 8.072 de 1990: “Em caso de sentença condenatória, o
juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade.”

Nesse contexto, cabe salientar que, se até a sentença condenatória, o acusado


estava solto, a sua prisão preventiva só poderá ser declarada presentes os requisitos
no artigo 312 do CPP, caso contrário, ele deverá permanecer solto.

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“Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e
indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do
imputado.”

Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: Investigador Assunto: Legislação Penal
Especial - Lei de Crimes Hediondos nº 8.072/1990

34. A Lei de Crimes Hediondos (Lei n.º 8.072/90) dispõe que será de três a seis anos de
reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal (Associação Criminosa), quando se
tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins ou terrorismo. Nessa hipótese, o participante e o associado que denunciar à
autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento,

a) deverá cumprir a pena em estabelecimento distinto dos demais participantes.


b) deixará de responder pelo referido crime.
c) terá a pena reduzida de um a dois terços.
d) terá a pena anistiada pelo Presidente da República.
e) terá sua pena convertida para prestação de serviços à comunidade.

c) (CERTA) A afirmativa está correta, além disso, traz a literalidade da Lei. De


acordo com o artigo 8º da Lei de Crimes Hediondos, nº 8.072 de 1990: “Será de
três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal, quando
se tratar de crimes hediondos, prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins ou terrorismo.

Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando


ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um
a dois terços.”

Ano: 2013 Banca: VUNESP Órgão: MPE-ES Prova: Agente de Promotoria - Assessoria
Assunto: : Legislação Penal Especial - Lei de Crimes Hediondos nº 8.072/1990

35. A prisão temporária dos acusados por crime hediondo terá o prazo de 30 (trinta) dias,

a) improrrogável.
b) prorrogável por igual período em caso de extrema necessidade.
c) prorrogável por quantos outros tantos períodos de 30 (trinta) dias forem
necessários, mediante decisão judicial fundamentada.
d) podendo, contudo, desde o início, ser decretada por período superior, desde que
mediante decisão judicial fundamentada.
e) automaticamente prorrogável por igual período se não houver revogação da
determinação judicial que determinou o primeiro período.

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a) (ERRADA) A prisão temporária dos acusados por crime hediondo terá o


prazo de 30 (trinta) dias, prorrogáveis.

b) (CERTA) A prisão temporária dos acusados por crimes hediondos terá o


prazo de 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogada por igual período em caso de
extrema e comprovada necessidade. Atente-se ao dispositivo do artigo 2º, parágrafo
4º da Lei de Crimes Hediondos: “Os crimes hediondos, a prática de tortura, o tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:

§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de


dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta)
dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade. (Incluído pela Lei nº 11.464, de 2007).”

c) (ERRADA) A prisão temporária terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável


por igual período em casos de extrema e comprovada necessidade, e não por
quantos outros tantos períodos de 30 (trinta) dias forem necessários,
independentemente de decisão judicial.

d) (ERRADA) Não pode ser decretada por período superior, a regra da prisão
temporária é o prazo de 30 (trinta) dias, e nos casos de crimes hediondos, poderá
ser prorrogada por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

e) (ERRADA) A prisão temporária não é prorrogada automaticamente, é


necessária a comprovação de extrema necessidade.

Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: DPE- MS Prova: Defensor Público Assunto:
Legislação Penal Especial - Lei de Crimes Hediondos nº 8.072/1990

36. São crime hediondos:

a) epidemia com resultado morte – concussão – extorsão qualificada pela morte – estupro
de vulnerável.
b) homicídio qualificado – estupro de vulnerável – extorsão qualificada pela morte –
falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins
terapêuticos ou medicinais.
c) latrocínio – tráfico de pessoa – homicídio qualificado – falsificação, corrupção,
adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.
d) extorsão qualificada pela morte – estupro de vulnerável – lenocínio – tráfico de pessoa.

a) (ERRADA) São crimes hediondos, a epidemia com resultado morte, a


extorsão qualificada pela morte e o estupro de vulnerável, o crime de concussão
não é considerado hediondo.

b) (CERTA) De acordo com a Lei de Crimes Hediondos nº 8.072 de 1990, todos


os crimes mencionados nesta alternativa são considerados hediondos. Conforme
dispositivo do artigo 1º e seus respectivos incisos citados abaixo:

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“Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes todos tipificados no


Decreto-Lei nº 2.848 de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou
tentados:

I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de


extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121,
§ 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII);

VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o);

VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado


a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B).”

c) (ERRADA) São considerados crimes hediondos, o latrocínio, o homicídio


qualificado, a falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado
a fins terapêuticos ou medicinais. O tráfico de pessoa não é considerado
hediondo.

d) (ERRADA) São considerados crimes hediondos, extorsão qualificada pela


morte e estupro de vulnerável. O crime de lenocídio e o de tráfico de pessoas,
não são considerados hediondos.

Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-BA Prova: Investigador Assunto: Legislação
Penal Especial - Lei de Crimes Hediondos nº 8.072/1990

37. A Lei dos crimes hediondos (Lei n° 8.072/90), embora não forneça o conceito de crime
hediondo, apresenta um rol dos crimes que se enquadram em seus dispositivos, entre os
quais se pode destacar

a) instigação ao suicídio.
b) lesão corporal de natureza grave.
c) incêndio qualificado pela morte.
d) extorsão mediante sequestro.
e) violação sexual mediante fraude.

d) (CERTA) Analisando a Lei de Crimes Hediondos, sabe-se que o seu rol é taxativo,
portanto, somente os crimes elencados nela são considerados hediondos. Nesse
contexto, cabe destacar que o crime de “extorsão mediante sequestro” está
enquadrado em seus dispositivos.

Atente-te se ao dispositivo do artigo 1º, inciso IV da Lei de Crimes Hediondos:


“Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes todos tipificados no Decreto-
Lei nº 2.848 de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados. - IV
- extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e parágrafos
1º, 2º e 3º).”

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Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: Cabo da Polícia Militar Assunto:
Legislação Especial Penal; Estatuto do Desarmamento
38. Em relação ao previsto na Lei no 10.826/03, é correto afirmar que

A) aos residentes em área rural, para os fins de autorização da manutenção da arma de fogo
pelo proprietário que possuir o certificado de registro, considera-se residência ou
domicílio do imóvel rural exclusivamente a sede do imóvel (casa).
B) é considerada como crime a conduta de disparar de forma culposa arma de fogo ou
acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção
a ela.
C) deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos
ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua
posse ou que seja de sua propriedade é considerado crime mesmo que o menor não
efetue nenhum disparo ou realize qualquer outra conduta perigosa com referido
armamento.
D) o crime de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito prevê pena menor do que o crime
de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

Alternativa A, INCORRETA.

É considerada residência ou domicílio TODA A EXTENSÃO do imóvel rural, conforme disposição


expressa do § 5º do Art. 5º:

Art. 5º O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o
seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou
dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo
estabelecimento ou empresa.

§ 5º Aos residentes em área rural, para os fins do disposto no caput deste artigo, considera-se residência
ou domicílio toda a extensão do respectivo imóvel rural.

Alternativa B, INCORRETA.

O crime de disparo de arma de fogo está previsto no Art. 15 da Lei 10.826/03:

Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via
pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime: (...)

Exige-se o dolo como elemento subjetivo da conduta, vez que o código penal pátrio requer
previsão expressa de modalidades culposas:

Art. 18 - Diz-se o crime:

(...)

II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.

Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime,
senão quando o pratica dolosamente.

Alternativa C, CORRETA.

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O crime de omissão de cautela encontra-se inscrito no Art.13 do Estatuto do Desarmamento:

Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa
portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua
propriedade: (...)

Trata-se de crime culposo (“deixar de observar cautelas”) e de mera conduta: o perigo é


abstrato, não sendo necessária efetiva lesão à incolumidade pública ou ao portador da arma,
seja menor ou pessoa portadora de deficiência mental.

Alternativa D, INCORRETA.

Seria incoerente imputar pena mais severa a crime menos gravoso e vice versa. Com efeito, não
é o que encontramos na Lei 10826/03:

Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito

Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou
munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

Posse irregular de arma de fogo de uso permitido

Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em
desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda
no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:

Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.

Veja que o regime de cumprimento da pena é mais gravoso na posse ou porte e arma de fogo de
uso restrito, assim como também é maior a duração em tese da reprimenda. Note também que
a lei não distingue o crime de porte ou de posse de arma de fogo de calibre restrito,
considerando ambas as condutas igualmente gravosas em função do tipo do armamento.

Contudo, o faz para as armas de calibre restrito, definindo um regramento específico para o
crime de porte:

Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido

Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição,
de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

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Ano: 2012 Banca: NC-UFPR Órgão: TJ-PR Prova: Juiz Assunto: Lei de Interceptação
Telefônica
39. Quanto à interceptação telefônica, é correto afirmar:
A) A mesma pode ocorrer em qualquer fase processual e somente se procede de ofício.
B) Será sempre admitida pelo Juiz e depende obrigatoriamente de requerimento do
Ministério Público.
C) Não se admite quando a prova puder ser feita por outros meios disponíveis.
D) Sempre poderá ser prorrogada, indefinidamente, e sem a necessidade de nova ordem
judicial enquanto durarem as investigações.

Alternativa A: INCORRETA.

A interceptação pode ocorrer tanto durante a instrução processual penal quanto durante a
investigação criminal, seja conduzida pela autoridade policial no âmbito do inquérito policial,
ou pelo Ministério Público:

Art. 3° A interceptação das comunicações telefônicas poderá ser determinada pelo juiz, de ofício ou a
requerimento:

I - da autoridade policial, na investigação criminal;

II - do representante do Ministério Público, na investigação criminal e na instrução processual penal.

Alternativa B: INCORRETA.

Cabe ao juiz examinar se estão presentes os pressupostos legais estipulados no Art. 2º e então
decidir a respeito da admissão da medida:

Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das
seguintes hipóteses:

I - não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal;

II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis;

III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.

Parágrafo único. Em qualquer hipótese deve ser descrita com clareza a situação objeto da investigação,
inclusive com a indicação e qualificação dos investigados, salvo impossibilidade manifesta, devidamente
justificada.

O requerimento pode, também, ser formulado pela autoridade policial no âmbito do inquérito
policial.

Alternativa C: CORRETA.

Por se tratar de grave violação da intimidade e da vida privada, a interceptação de ser medida
imprescindível. Assim, só será admitida se não houver meio de prova alternativo:

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Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das
seguintes hipóteses:

(...)

II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis;

Alternativa D: INCORRETA.

Não há vedação à admissão continuada da medida, desde que, a cada período de 15 dias,
comprove-se a indispensabilidade do meio de prova e assim se renove a admissão da medida:

Art. 5° A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a forma de execução da
diligência, que não poderá exceder o prazo de quinze dias, renovável por igual tempo uma vez comprovada a
indispensabilidade do meio de prova.

Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: Investigador de Polícia Assunto: Lei de
Organização Criminosa
40. A Lei do Crime Organizado (Lei n.º 12.850/13) dispõe que a infiltração de agentes de
polícia em tarefas de investigação
A) pode ser determinada de ofício por parte do juiz competente para apreciar o caso.
B) será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial.
C) será autorizada pelo Ministério Público, quando requisitada pelo Delegado de Polícia.
D) não será permitida em nenhuma hipótese.
E) poderá ser autorizada por decisão do Delegado de Polícia competente quando houver
urgência na investigação policial

Alternativa A, ERRADA.
Não pode o juiz determinar de ofício a medida, sendo imprescindível a representação do
delegado de polícia ou o requerimento do parquet:

Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de
polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando
solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização
judicial, que estabelecerá seus limites.

Alternativa B: CORRETA
Trata-se de medida excepcionalíssima, que, além afastar direitos fundamentais do
investigado, coloca o agente policial em grave risco físico e psicológico. O postulante deverá
justificar a necessidade da medida, observados os requisitos do § 2º do Art. 10 da lei
12850/13, como requisito para que o juiz, de forma circunstanciada, motivada e sigilosa,
autorize a infiltração.

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Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de
polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando
solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização
judicial, que estabelecerá seus limites.
(...)
§ 2º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração penal de que trata o art. 1º e se a prova não puder
ser produzida por outros meios disponíveis.

Alternativa C: INCORRETA.
Após a autoridade policial representar pela medida, caberá ao juiz autorizá-la, ouvidas as
considerações do Ministério Público (§ 1º). Note que no caso de requerimento da infiltração
pelo Ministério Público no curso do inquérito policial, caberá a manifestação técnica do
delegado de polícia (caput).

Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de
polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando
solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização
judicial, que estabelecerá seus limites.
§ 1º Na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz competente, antes de decidir, ouvirá o
Ministério Público.

Alternativa D: INCORRETA.
O parágrafo 2º do Art. 10 trata dos requisitos de admissão.

§ 2º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração penal de que trata o art. 1º e se a prova não
puder ser produzida por outros meios disponíveis.

Conforme o Art. 1º, é necessária a existência de indícios da formação de organização


criminosa para a consecução de ilícitos:
• com penas máximas superiores a 4 anos;
• que apresentem caráter transnacional, inclusive as previstas em tratado ou convenção
internacional (§ 2º, inciso I);
• legalmente definidos como atos de terrorismo (§ 2º, inciso I).
Além disso, por se trata de medida excepcionalíssima, é requisito que tal meio de prova seja
imprescindível.

Art. 1º (...)
§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente
ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas
sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
§ 2º Esta Lei se aplica também:
I - às infrações penais previstas em tratado ou convenção internacional quando, iniciada a execução no
País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;

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II - às organizações terroristas, entendidas como aquelas voltadas para a prática dos atos de terrorismo
legalmente definidos.

Alternativa E: INCORRETA.
É imprescindível decisão judicial circunstanciada, motivada e sigilosa.

Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de
polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando
solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização
judicial, que estabelecerá seus limites.

Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: IPSMI Prova: Procurador Assunto: Lei de Organização
Criminosa
41. A respeito da Lei no 12.850/13 (Lei de Organização Criminosa), assinale a alternativa
correta.
A) Quem impede ou embaraça a investigação de infração que envolve organização
criminosa está sujeito a punição idêntica à de quem integra organização criminosa.
B) Havendo indício de que o funcionário público integra organização criminosa, o Juiz
poderá determinar o afastamento cautelar do cargo, com suspensão da remuneração.
C) Quem exerce o comando da organização criminosa, ainda que não pratique
pessoalmente nenhum ato de execução, está sujeito a punição idêntica à de quem apenas
integra organização criminosa.
D) A infiltração policial, a ação controlada e a captação ambiental são meios de prova
permitidos apenas na fase investigativa.
E) A colaboração premiada é admitida apenas até a sentença.

Alternativa A: CORRETA.

A cominação legal é a mesma para que impede ou embaraça por qualquer meio a apuração de
crime praticado por organização criminosa:

Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização
criminosa:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais
infrações penais praticadas.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração
penal que envolva organização criminosa.

Alternativa B: INCORRETA.

Conforme § 5º do Art. 2º, havendo indícios suficientes da participação de funcionário público


na organização, poderá o juiz afastá-lo do cargo, porém, sem prejuízo de sua remuneração:

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§ 5º Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização criminosa, poderá o juiz
determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a
medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual.

Alternativa C: INCORRETA.

O exercício de função de comando em organizações criminosas e causa de agravamento da


pena:

§ 3º A pena é agravada para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da organização criminosa, ainda
que não pratique pessoalmente atos de execução.

Alternativa D: INCORRETA.

As medidas elencadas são admitidas em qualquer fase da persecução penal, e não somente
durante a fase investigativa:

Art. 3º Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de outros já previstos em lei,
os seguintes meios de obtenção da prova:
(...)
II - captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos;
III - ação controlada;
(...)
VII - infiltração, por policiais, em atividade de investigação, na forma do art. 11;

Alternativa E: INCORRETA.

A colaboração premiada pode ocorrer após a prolação da sentença. Os benefícios potenciais, no


entanto, serão menores que aqueles que seriam possíveis durante o curso da investigação e do
processo criminal:

Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços)
a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e
voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais
dos seguintes resultados:
(...)
§ 5º Se a colaboração for posterior à sentença, a pena poderá ser reduzida até a metade ou será admitida a
progressão de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos.

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Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: MPE-SP Prova: Analista Jurídico do Ministério Público
Assunto: Lei de Organização Criminosa
42. Assinale a alternativa correta no que toca à investigação e aos meios de obtenção de
prova previstos na Lei n° 12.850/13 (Lei da Organização Criminosa).
A) O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, relativos ao colaborador, poderá
ser suspenso por uma única vez até 6 (seis) meses, até que sejam cumpridas as medidas
de colaboração, suspendendo-se o respectivo prazo prescricional.
B) O Ministério Público prescinde de autorização judicial para ter acesso aos dados
cadastrais do investigado.
C) Por expressa disposição legal, não se admitem outros meios de obtenção de prova que
não aqueles previstos na lei.
D) Para fins de colaboração premiada, o juiz poderá, ex officio, reduzir em até 2/3 (dois
terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos se da
colaboração advier a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da
organização criminosa.
E) A chamada ação controlada, como forma de garantir o êxito das investigações, poderá
ter sua comunicação postergada ao juiz da causa.

Alternativa A: INCORRETA.

Admite-se a prorrogação do prazo por até 6 meses, conforme § 3º do Art. 4º da lei 12850/13.

§ 3º O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, relativos ao colaborador, poderá ser suspenso por
até 6 (seis) meses, prorrogáveis por igual período, até que sejam cumpridas as medidas de colaboração,
suspendendo-se o respectivo prazo prescricional.

Alternativa B: CORRETA.

O poder atribuído à autoridade policial e ao parquet para requisitar dados cadastrais do


investigado encontra-se previsto no Art. 15 a lei 12850/13.

Art. 15. O delegado de polícia e o Ministério Público terão acesso, independentemente de autorização judicial,
apenas aos dados cadastrais do investigado que informem exclusivamente a qualificação pessoal, a filiação e o
endereço mantidos pela Justiça Eleitoral, empresas telefônicas, instituições financeiras, provedores de internet e
administradoras de cartão de crédito.

O entendimento é de que o acesso a tais dados não constitui violação de sigilo e não
constituiriam, por si só, meio de prova contra o investigado, mas sim mera identificação. Dessa
forma, não estariam abarcados pelo direito à intimidade previsto em sede constitucional.

Alternativa C: INCORRETA.

A própria lei 12850/13 ressalva a admissibilidade de outros meios de prova previstos no


restante do ordenamento jurídico:

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Art. 3º Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de outros já previstos em lei,
os seguintes meios de obtenção da prova: (...)

Alternativa D: INCORRETA.

A concessão das benesses por parte do juiz requer o requerimento das partes:

Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços)
a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e
voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais
dos seguintes resultados: (...)

Alternativa E: INCORRETA.

Não se admite o retardamento da intervenção sem a prévia comunicação ao juiz da causa que
então estipulará, se necessário, os limites e comunicará ao Ministério Público:

Art. 8º Consiste a ação controlada em retardar a intervenção policial ou administrativa relativa à ação
praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento
para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações.
§ 1º O retardamento da intervenção policial ou administrativa será previamente comunicado ao juiz
competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério Público.

Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: Escrivão de Polícia Civil Assunto: Lei de
Organização Criminosa
43. Com relação à infiltração de agentes prevista na Lei n° 12.850/2013 (Organização
Criminosa), é correto afirmar que
A) somente é possível por meio de representação de Delegado de Polícia.
B) é autorizada, em qualquer hipótese, para investigação de todos os crimes apenados com
reclusão.
C) é autorizada somente na fase de investigação policial e para os crimes apenados com
reclusão.
D) será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) meses, sem prejuízo de eventuais renovações,
desde que comprovada sua necessidade.
E) na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz competente, poderá
autorizar, mesmo sem a manifestação do Ministério Público.

Alternativa A: INCORRETA.

Admite-se a medida também mediante requerimento do Ministério Público:

Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de polícia
ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso
de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá
seus limites.

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Alternativa B: INCORRETA.

É requisito para admissão da medida que haja indício de formação de organização criminosa
para a consecução de ilícitos com penas máximas superiores a 4 anos, OU que apresentem
caráter transnacional, inclusive as previstas em tratado ou convenção internacional (§ 2º, inciso
I), OU que sejam legalmente definidos como atos de terrorismo (§ 2º, inciso I):

Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da
prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado.
§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente
ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam
superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
§ 2º Esta Lei se aplica também:
I - às infrações penais previstas em tratado ou convenção internacional quando, iniciada a execução no País,
o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
II - às organizações terroristas, entendidas como aquelas voltadas para a prática dos atos de terrorismo
legalmente definidos.

Alternativa C: INCORRETA.

A medida é admitida em qualquer fase da persecução penal, incluindo a fase de inquérito


policial ou durante o curso da ação penal.

Art. 3º Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de outros já previstos em lei,
os seguintes meios de obtenção da prova:
(...)
VII - infiltração, por policiais, em atividade de investigação, na forma do art. 11;

Alternativa D: CORRETA.

A medida poderá ser admitida continuadamente, desde que, a cada período de 6 meses,
comprove-se a necessidade de sua manutenção:

Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de
polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando solicitada
no curso de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que
estabelecerá seus limites.

(...)

§ 3º A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) meses, sem prejuízo de eventuais renovações,
desde que comprovada sua necessidade.

Alternativa E: INCORRETA.

Após a autoridade policial representar pela medida, caberá ao juiz autorizá-la, ouvidas as
considerações do Ministério Público (§ 1º). Note que no caso de requerimento da infiltração
pelo Ministério Público no curso do inquérito policial, caberá a manifestação técnica do
delegado de polícia (caput).

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Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de polícia
ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso
de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá
seus limites.
§ 1º Na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz competente, antes de decidir, ouvirá o
Ministério Público.

Ano: 2017 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Barretos - SP Prova: Advogado Assunto: Lei
de Organização Criminosa
44. O Capítulo II da Lei n° 12.850/13 (Organizações Criminosas) trata da investigação e dos
meios de obtenção de prova para a investigação de crimes em que estejam envolvidas
organizações criminosas, sem prejuízo de outros já previstos em lei. Importante meio
admitido pelo art. 3° da lei é a colaboração premiada. Sobre tal meio de obtenção de
prova, assinale e alternativa correta.

A) Se a colaboração premiada permitir um ou mais dos resultados previstos no art. 4° da


Lei, o juiz poderá reduzir a pena até 1/2 (metade) ou substituí-la por multa, sendo
vedada a concessão de perdão judicial.
B) Quanto ao colaborador, o prazo para o oferecimento da denúncia poderá ser suspenso
por até dois anos, até que sejam cumpridas as medidas de colaboração.
C) O acordo de colaboração premiada é sigiloso e seu acesso é restrito apenas aos membros
do poder judiciário, sendo tal sigilo mantido por todo o procedimento até o trânsito em
julgado da sentença.
D) Após a homologação do acordo, a colaboração torna-se irretratável.
E) Admite-se a colaboração posterior à sentença, mas nesse caso, será admitida apenas a
redução da pena ou a progressão de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos.

Alternativa A: INCORRETA.

Presentes os requisitos, poderá o juiz, a requerimento das partes, conceder também o perdão
judicial:

Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços)
a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e
voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais
dos seguintes resultados:

Alternativa B: INCORRETA.

Admite-se a suspensão do prazo por 6 meses, prorrogáveis por igual período:


Art. 4º (...)
§ 3º O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, relativos ao colaborador, poderá ser suspenso por
até 6 (seis) meses, prorrogáveis por igual período, até que sejam cumpridas as medidas de colaboração,
suspendendo-se o respectivo prazo prescricional.

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Alternativa C: INCORRETA.

Há dois equívocos. O acesso não se restringe apenas aos membros do poder judiciário, mas
contempla também o representante do Ministério Público e a autoridade policial (Art. 7º, § 2º).
Além disso, a necessidade de sigilo prolonga-se tão somente até o recebimento da denúncia ou
queixa-crime (Art. 7º, § 3º):

Art. 7º O pedido de homologação do acordo será sigilosamente distribuído, contendo apenas informações que
não possam identificar o colaborador e o seu objeto.
(...)
§ 2º O acesso aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao delegado de polícia, como forma de
garantir o êxito das investigações, assegurando-se ao defensor, no interesse do representado, amplo acesso aos
elementos de prova que digam respeito ao exercício do direito de defesa, devidamente precedido de autorização
judicial, ressalvados os referentes às diligências em andamento.
§ 3º O acordo de colaboração premiada e os depoimentos do colaborador serão mantidos em sigilo até o
recebimento da denúncia ou da queixa-crime, sendo vedado ao magistrado decidir por sua publicidade em
qualquer hipótese.

Até o advento do pacote anticrime (Lei 13964/2019), entendia-se que a restrição de sigilo
sobre o acordo de poderia ser levantada antes mesmo do recebimento da denúncia, sendo esse
apenas um marco que delimitava o prazo máximo (Informativo STF nº 877). Com a nova
redação dada ao § 3º, a regra tornou-se a manutenção do sigilo até o recebimento da denúncia,
sendo vedado ao magistrado decidir a respeito da publicidade do acordo.

Alternativa D: INCORRETA.

Admite-se que as partes se retratem da proposta, conforme § 10 do Art. 4º:

§ 10. As partes podem retratar-se da proposta, caso em que as provas autoincriminatórias produzidas pelo
colaborador não poderão ser utilizadas exclusivamente em seu desfavor.

Alternativa E: CORRETA.

A colaboração premiada pode ocorrer após a prolação da sentença. Os benefícios potenciais, no


entanto, serão menores que aqueles que seriam possíveis durante o curso da investigação e do
processo criminal:

Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços)
a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e
voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais
dos seguintes resultados:
(...)
§ 5º Se a colaboração for posterior à sentença, a pena poderá ser reduzida até a metade ou será admitida a
progressão de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos.

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Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Suzano - SP Prova: Professor de


Educação Básica Adjunto Assunto: Estatuto da Criança e do Adolescente

45. O Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei n°8.069/90, determina que a criança e o


adolescente gozem de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem
prejuízo da proteção integral de que trata essa lei assegurando-se-lhes, por lei ou por
outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de
dignidade. Para os efeitos dessa lei, considera-se criança, a pessoa que
A) está matriculada no ensino fundamental, e adolescente a que está matriculada no ensino
médio ou superior.
B) tem até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos
de idade.
C) tem até dez anos de idade completos, e adolescente aquela com mais de dez anos, até
vinte e um anos.
D) não é responsável por seus atos, e adolescente aquela que tem maioridade.
E) não pode ser penalizada criminalmente, e adolescente aquela que responde por seus
atos judicialmente.

Alternativa B: CORRETA.

Os menores de 18 anos – crianças e adolescentes – são penalmente inimputáveis (Art. 228, CF;
Art. 27 CP e Art. 104, ECA).

CF: Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação
especial.

CP: Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas
estabelecidas na legislação especial.

ECA: Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta
Lei.

Em seu Art. 2º, o Estatuto da Criança e do Adolescente fragmenta a menoridade, considerando


criança a pessoa com até 12 anos incompletos e adolescente aquela entre 12 anos completos e
18 anos incompletos.

Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e
adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.

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Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: Juiz Assunto: Lei de Organização Criminosa
46. Assinale a opção que contenha assertiva verdadeira a respeito da “Colaboração
Premiada” (ou “delação premiada”) prevista na Lei n.º 12.850/2013:

A) A colaboração posterior à sentença não aproveita ao agente colaborador em quaisquer


circunstâncias.
B) Caso alcançados os resultados previstos na lei, o Ministério Público poderá deixar de
oferecer denúncia se o colaborador não for o líder da organização criminosa e for o
primeiro a prestar efetiva e válida colaboração.
C) A sentença condenatória poderá ser proferida com fundamento exclusivo nas
declarações de agente colaborador.
D) O juiz participará das negociações realizadas entre as partes para a formalização do
acordo de colaboração.

Alternativa A: INCORRETA.

A colaboração premiada pode ocorrer após a prolação da sentença, hipóteses em que o


colaborar poderá fruir benefícios que, no entanto, serão menores que aqueles que seriam
possíveis durante o curso da investigação e do processo criminal:

Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços)
a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e
voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais
dos seguintes resultados:
(...)
§ 5º Se a colaboração for posterior à sentença, a pena poderá ser reduzida até a metade ou será admitida a
progressão de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos.

Alternativa B: CORRETA.

Na época da questão, não vigorava o pacote anticrime trazido ao ordenamento pela Lei
13964/2019. Com o advento do novel normativo, criou-se um requisito adicional: a ignorância
do parquet e da autoridade policial a respeito da infração a que se refere o acordo:

Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços)
a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e
voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais
dos seguintes resultados:
§ 4º Nas mesmas hipóteses do caput deste artigo, o Ministério Público poderá deixar de oferecer denúncia se
a proposta de acordo de colaboração referir-se a infração de cuja existência não tenha prévio
conhecimento e o colaborador:
I - não for o líder da organização criminosa;
II - for o primeiro a prestar efetiva colaboração nos termos deste artigo.

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§ 4º-A. Considera-se existente o conhecimento prévio da infração quando o Ministério Público ou a


autoridade policial competente tenha instaurado inquérito ou procedimento investigatório para apuração dos
fatos apresentados pelo colaborador.

Alternativa C: INCORRETA.

O dispositivo que rege o assunto abordado na alternativa também foi atualizado pela Lei
13964/2019. Agora, não apenas a sentença condenatória, mas também medidas cautelares,
reais ou pessoais, e mesmo o recebimento da denúncia ou queixa-crime, não poderão ser
decretadas com fundamento apenas nas declarações do colaborador.

Art. 4º (...)
§ 16. Nenhuma das seguintes medidas será decretada ou proferida com fundamento apenas nas declarações
do colaborador:
I - medidas cautelares reais ou pessoais;
II - recebimento de denúncia ou queixa-crime;
III - sentença condenatória.

Alternativa D: INCORRETA.

É vedada a participação do juízo na negociação do acordo de cooperação.

Art. 4º (...)
§ 6º O juiz não participará das negociações realizadas entre as partes para a formalização do acordo de
colaboração, que ocorrerá entre o delegado de polícia, o investigado e o defensor, com a manifestação do Ministério
Público, ou, conforme o caso, entre o Ministério Público e o investigado ou acusado e seu defensor

Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Bauru - SP Prova: Procurador Jurídico
Assunto: Lei de Organização Criminosa

47. A Lei no 12.850/13 garante ao Delegado de Polícia e ao Ministério Público, no curso de


investigação criminal de Organização Criminosa, independentemente de prévia ordem
judicial, acesso aos
A) bancos de dados de reservas e registro de viagens junto a empresas de transporte, que
têm obrigação legal de conservar tais informações pelo período mínimo de 10 (dez)
anos.
B) dados fiscais de contribuintes, especialmente declaração de bens e renda, mediante
acesso a todos os dados custodiados pela Receita Federal.
C) registros de gastos realizados mediante utilização de cartões de crédito e débito.
D) registros de identificação dos números dos terminais de origem e de destino das ligações
telefônicas internacionais, interurbanas e locais.
E) registros de movimentações bancárias, mediante obrigatoriedade das instituições
financeiras fornecerem extratos completos de investimentos e contas correntes.

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Alternativa D: CORRETA.

O poder atribuído à autoridade policial e ao parquet para requisitar dados cadastrais do


investigado encontra-se previsto nos artigos 15 e 17 da lei 12850/13.

Art. 15. O delegado de polícia e o Ministério Público terão acesso, independentemente de autorização judicial,
apenas aos dados cadastrais do investigado que informem exclusivamente a qualificação pessoal, a filiação e o
endereço mantidos pela Justiça Eleitoral, empresas telefônicas, instituições financeiras, provedores de internet e
administradoras de cartão de crédito.
Art. 16. As empresas de transporte possibilitarão, pelo prazo de 5 (cinco) anos, acesso direto e permanente
do juiz, do Ministério Público ou do delegado de polícia aos bancos de dados de reservas e registro de viagens.
Art. 17. As concessionárias de telefonia fixa ou móvel manterão, pelo prazo de 5 (cinco) anos, à disposição
das autoridades mencionadas no art. 15, registros de identificação dos números dos terminais de origem e de
destino das ligações telefônicas internacionais, interurbanas e locais.

O entendimento é de que o acesso a tais dados não constitui violação de sigilo e não
constituiriam, por si só, meio de prova contra o investigado. Dessa forma, não estariam
abarcados pelo direito à intimidade previsto em sede constitucional.

Já o acesso a dados fiscais, registros de gastos em cartões de crédito e de débito e registros de


movimentação bancária constituem graves violações a garantias constitucionais para as quais
é imprescindível a devida autorização judicial.

Em relação a alternativa A, ela peca ao afirmar que o período de conservação das informações
é de 10 anos. O correto é 5 anos.

Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: HCFMUSP Prova: Serviço Social Assunto: Estatuto da
Criança e do Adolescente
48. Considera-se criança, para efeitos da Lei, no Brasil, a pessoa de até
A) 10 anos incompletos.
B) 12 anos incompletos.
C) 14 anos incompletos.
D) 16 anos incompletos.
E) 18 anos incompletos.

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Alternativa B: CORRETA.

O Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu Art. 2º, fragmenta a menoridade, considerando


criança a pessoa com até 12 anos incompletos e adolescente aquela entre 12 anos completos e
18 anos incompletos.

Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e
adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.

Ano: 2013 Banca: VUNESP Órgão: ITESP Prova: Analista de Desenvolvimento Agrário -
Serviço Social - RH Assunto: Estatuto da Criança e do Adolescente
49. O Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei n.º 8.069 de 13 de julho de 1990, dispõe sobre
a proteção integral à criança e ao adolescente, assegurando-lhes, por lei ou por outros
meios, todas as oportunidades e facilidades necessárias ao desenvolvimento integral,
conforme artigo 3.º, respeitando-se o direito
A) à necessidade de refúgio e acolhimento psiquiátrico.
B) à preservação da imagem infantojuvenil na internet.
C) a receber auxílio financeiro do Conselho Tutelar.
D) à adoção por família mais abastada do que a família natural.
E) à liberdade, ao respeito e à dignidade.

Alternativa E: CORRETA.

Estipula a carta magna que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar os direitos
fundamentais da criança e do adolescente, dentre eles a liberdade, o respeito e a dignidade:

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma
de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

Outra não é a dicção do Estatuto da Criança e do Adolescente:

Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em
condições de liberdade e de dignidade.
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem
discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência,
condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de
moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem.

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Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PC-CE Prova: Inspetor de Polícia Civil Assunto: Lei dos
Crimes de Tortura
50. Sobre a Lei n o 9.455/97, que dispõe sobre a TORTURA, é correto afirmar que
A) os casos de tortura com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou
de terceira pessoa e para provocar ação ou omissão de natu reza criminosa, o crime
somente se consuma quando o agente obtém o resultado almejado.
B) o crime de tortura é próprio, uma vez que só pode ser cometido por policiais civis ou
militares.
C) privar de alimentos pessoa sob sua guarda, poder ou autoridade é uma das formas de
tortura previstas na lei, na modalidade “tortura-castigo”
D) se o agente tortura a vítima para com ele praticar um roubo, responderá por crime único,
qual seja, o crime de roubo, por este ter penas maiores.
E) quando o sujeito ativo do crime de tortura for agente público, as penas são aumentadas
de um sexto a um terço

Alternativa A: CORRETA.

Trata-se de crime formal, ou seja, que o próprio ato cristaliza a intenção do agente e que se
consuma independentemente da obtenção do resultado.

Alternativa B: INCORRETA.

Trata-se de crime comum, sendo causa de aumento de pena a condição de agente público do
sujeito ativo do crime.

Alternativa C: INCORRETA.

A tortura-castigo encontra-se previsto no inciso II do Art. 1º da Lei 9455/97:

II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a
intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

Note que é elemento do tipo ação que se reveste de violência ou representa grave ameaça ao
tutelado. Não é o que temos no corpo da alternativa, que melhor se subsume ao crime de maus
tratos previsto no Art. 136 do Código Penal:

Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de
educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer
sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina:

Alternativa D: INCORRETA.

Neste caso, teremos um concurso material de crimes, respondendo o torturador tanto pela
tortura quanto pelo roubo, na forma do Art. 69 do Código Penal:

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Concurso material
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos
ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação
cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela.

Alternativa E: CORRETA.

O § 4º do Art. 1º da Lei 9455/97 estipula as causas de aumento e pena para o crime de tortura:

§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:


I - se o crime é cometido por agente público;
II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60
(sessenta) anos;
III - se o crime é cometido mediante sequestro.

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GABARITO
1. D 18. C 35. B
2. A 19. B 36. B
3. A 20. E 37. D
4. B 21. A 38. C
5. C 22. B 39. C
6. D 23. C 40. B
7. C 24. D 41. A
8. A 25. B 42. B
9. D 26. D 43. D
10. D 27. D 44. E
11. D 28. A 45. B
12. C 29. D 46. B
13. C 30. A 47. D
14. A 31. E 48. B
15. E 32. C 49. E
16. A 33. B 50. A
17. C 34. C

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