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Legislação Penal Especial

lei 8.069/90. Vejamos:


Art. 83.  Nenhuma criança ou adolescente menor de 16 (dezesseis) anos poderá viajar para
fora da comarca onde reside desacompanhado dos pais ou dos responsáveis sem expressa
autorização judicial. (Redação dada pela Lei nº 13.812, de 2019)
§1º A autorização não será exigida quando:
a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança ou do adolescente menor de
16 (dezesseis) anos, se na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma região
metropolitana; (Redação dada pela Lei nº 13.812, de 2019)
b) a criança ou o adolescente menor de 16 (dezesseis) anos estiver acompanhado: (Redação
dada pela Lei nº 13.812, de 2019)
1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente o
parentesco;
2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável.
§2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou responsável, conceder autorização
válida por dois anos.
 
Observe que Marcelo é parente de 1º grau de Anita  e parente de 3º grau da sua sobrinha.
Portanto, poderá viajar sem autorização. §1º do Art. 83 da lei 8.069/90.

Os princípios constantes do Estatuto da Criança e do Adolescente fundamentam-se na


Convenção Internacional dos Direitos da Criança realizada em 1989, segundo a qual, o ato
infracional praticado por adolescente consiste em ato de natureza jurídica (no ato
infracional praticado por adolescente) é sancionatória, pedagógica. Quando o ato
infracional é praticado por criança, a natureza é protetiva.

O adolescente civilmente identificado não será submetido à identificação


compulsória pelos órgãos policiais, de proteção e judiciais, salvo para efeito de
confrontação, havendo dúvida fundada, nos termos do art. 109 do ECA.

O conceito de redes, além de ter trazido inovações para a gestão social pública, introduziu
novos valores e habilidades na condução do trabalho social. Com relação a esse assunto,
julgue os itens subsecutivos.
Embora o termo rede não conste no texto do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA),
a necessidade de uma ação pública intersetorial está prevista na definição do paradigma
da proteção integral ao segmento infanto-juvenil, contida nesse documento.

Súmula 500 do STJ: “A configuração do crime do art. 244-B do ECA independe de


prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal”.

Na área da família, as estratégias de atendimento e acompanhamento devem ser


adotadas em função da complexa trama social e histórica da família envolvida no caso
concreto. Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes
à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes,
por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de
dignidade. Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e
adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor,
religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição
econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as
pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem.

Em caso de flagrante de ato infracional cometido mediante violência ou grave ameaça a


pessoa, a autoridade policial, sem prejuízo do disposto no art. 106, parágrafo único, e art.
107, do ECA, deverá lavrar auto de apreensão, nos termos do art. 173, I, do ECA. Além disso,
apesar de estar na presença dos pais ou do responsável, o adolescente, após assinar termo
de compromisso e de responsabilidade, não será imediatamente posto em liberdade,
existem exceções quando pela gravidade do ato infracional e sua repercussão social, deva o
adolescente permanecer sob internação para garantia de sua segurança pessoal ou
manutenção da ordem pública, nos termos do art. 174 do ECA.

A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato infracional nem na


aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na liberdade assistida, enquanto
não atingida a idade de 21 anos. STJ. 3ª Seção. Aprovada em 14/03/2018, DJe 19/03/2018.
Caso um agente público responda pelo crime de tortura, sua pena poderá ser aumentada
em um sexto até um terços devido a sua função pública.

Helge, Policial Rodoviário Federal, submeteu pessoa presa ou sujeita a medida de


segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato devidamente
NÃO previsto em lei ou não resultante de medida legal. Embora NÃO é formalmente típica,
a conduta de Helge não poderá ensejar sua responsabilização criminal pelo delito de
tortura.
Na verdade, a conduta não é formalmente típica, pois a Lei n. 9.455/1997, em seu art. 1º, §
1º, prevê a responsabilização daquele que:
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança
a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não
resultante de medida legal. Ao praticar ato previsto em lei, afastou-se a tipicidade formal

Floriosmildo é agente de Polícia Civil e foi condenado à pena de reclusão de quatro anos
pela prática de tortura. De acordo com a Lei n. 9.455/1997, a condenação de Floriosmildo
acarretará a perda do seu cargo, função ou emprego público e a interdição para seu
exercício por oito anos. De acordo com a Lei, a condenação acarretará a perda do cargo,
função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena
aplicada.

O STJ entende que, no caso de crime de tortura perpetrado contra criança em que há
prevalência de relações domésticas e de coabitação, não configura bis in idem a aplicação
conjunta de causa de aumento de pena prevista na Lei n. 9.455/1997 (Lei de Tortura) e de
agravante genérica estatuída no Código Penal.Trata-se da possibilidade de aplicação
conjunta da majorante do art. 1º, § 4º, II, da Lei n. 9.455/1997 e da agravante genérica
prevista no art. 61, II, f, do Código Penal, sem que isso configure bis in idem(repetição).

O crime de tortura imprópria, caracterizado pela omissão perante a tortura, trata-se de


crime omissivo próprio. A tortura imprópria é crime omissivo próprio pela classificação dos
crimes do direito penal. Em termos bem singelos, crime omissivo próprio é aquele pelo
qual há previsão expressa no tipo penal da omissão de um dever de agir, imposto
normativamente. Por sua vez, nos crimes omissivos impróprios, o sujeito pode responder
por uma omissão diante de um tipo penal comissivo, quando verificado que ele estava na
posição de garante prevista no art. 13, § 2º, do Código Penal.
É da Justiça Federal a competência para processar e julgar crime de tortura cometido por
Policiais Militares nas dependências de Delegacia da Polícia Federal. De acordo com o STJ
(Informativo 436), a competência para processar e julgar o crime de tortura se firma
conforme o lugar onde for cometido.

A Lei que define os crimes de tortura prevê que incorre nesse tipo de crime quem submete
pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por
intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal. Lei
Federal n. 9.455/1997, art. 1º: § 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou
sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de
ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.

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