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Lei de Drogas 11.

343/2006
Crime plurissubjetivo é aquele que necessita da participação de dois ou mais agentes para
a sua execução. Nesse sentido, observemos o art. 35 da lei 11.343/06:
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou
não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei: Pena - reclusão,
de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-
multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a
prática reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei.

O que é o sursis no Direito Penal? É a suspensão da execução da pena


privativa de liberdade imposta sob determinadas condições. impossibilidade da
substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos; ... não
reincidência em crime doloso e circunstâncias judiciais favoráveis. A concessão
do sursis também é vedada. (art. 44, caput, da Lei n. 11.343/2006).

Constitui crime de Indução, Instigação ou Auxílio ao uso de drogas, previsto no § 2º do art.


33 da Lei n. 11.343/2006, a realização de manifestações públicas dirigidas à liberação do
uso de drogas. De forma alguma, O STF tem precedente que entende que a
realização de tais manifestações está protegida pelo direito constitucional de
manifestação do pensamento.

Segundo o STJ, é inviável a aplicação da causa especial de diminuição de pena do tráfico


privilegiado quando há condenação simultânea do agente nos crimes de tráfico de drogas
e de associação para o tráfico, por evidenciar a sua dedicação a atividades criminosas ou
a sua participação em organização criminosa. Se o sujeito foi condenado no crime de
associação para o tráfico, não resta preenchido um dos requisitos do § 4º do art.
33, já que se observa que ele se dedica a atividades criminosa

Lei n. 11.343/2019: de acordo com o STJ, a falta da assinatura do perito criminal


no laudo toxicológico é mera irregularidade que não tem o condão de anular o
referido exame .

A jurisprudência do STF e do STJ, é possível aplicar a figura do tráfico privilegiado,


previsto no § 4º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, àqueles que atuam como “mulas do
tráfico”, desde que presentes os requisitos legais. O fato de o tráfico de drogas ser
praticado com o intuito de introduzir substâncias ilícitas em estabelecimento
prisional não impede, por si só, a substituição da pena privativa de liberdade
por restritivas de direitos, devendo essa circunstância ser ponderada com os
requisitos necessários para a concessão do benefício. STJ. 

A internação involuntária perdurará apenas pelo tempo necessário à


desintoxicação, no prazo máximo de 90 (noventa) dias, tendo seu término
determinado pelo médico responsável.
A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante
será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (dez) dias contados da data
da apreensão, guardando-se amostra necessária à realização do laudo
definitivo.

Art. 2º Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o


plantio, a cultura, a colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais
possam ser extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a hipótese de
autorização legal ou regulamentar, bem como o que estabelece a Convenção de
Viena, das Nações Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito
de plantas de uso estritamente ritualístico-religioso.
Parágrafo único. Pode a União autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos
vegetais referidos no caput deste artigo, exclusivamente para fins medicinais ou
científicos, em local e prazo predeterminados, mediante fiscalização, respeitadas
as ressalvas supramencionadas.

O STJ, não incide a causa de aumento de pena prevista no inciso III do art. 40
da Lei n. 11.343/2006 em caso de tráfico de drogas cometido nas
dependências ou nas imediações de igreja. III - a infração tiver sido
cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais,
de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais,
culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho
coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de
qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas
ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em
transportes públicos;

art. 33, §1, IV – vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto


químico destinado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo
com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado,
quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal
preexistente. (Pacote Anticrime).

A jurisprudência do STJ, responderá pelo crime de tráfico de drogas (art. 33)


em concurso com o art. 34 (“tráfico de maquinário”) o agente que, além de ter,
em depósito, certa quantidade de drogas ilícitas em sua residência para fins de
mercancia, possuir, no mesmo local e em grande escala, objetos de maquinário
e utensílios que constituam laboratório utilizado para a produção, o preparo, a
fabricação e a transformação de drogas ilícitas em grandes quantidades.

Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para
consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar será submetido às seguintes penas:
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva
ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou
produto capaz de causar dependência física ou psíquica.

§ 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à


natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que
se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e
aos antecedentes do agente.

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