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AULAS 003
LEGISLAÇÃO PENAL
EXTRAVAGANTE
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PROFESSOR
CURSO PRF 2017 LEGISLAÇAO PENAL EXTRAVAGANTE
MÁRCIO TADEU
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02 – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o),
quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do
sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou
contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluído
pela Lei nº 13.142, de 2015)
Homicídio contra:
03 - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (Feminicídio): (Incluído pela Lei nº 13.104, de
2015)
04 –contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema
prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº
13.142, de 2015)
IMPORTANTE:
§ 1º (em sua redação original): proibia a progressão para crimes hediondos (integralmente fechado).
STF (em 23/02/2006): decidiu que essa redação original do § 1º era inconstitucional (não se podia proibir a
progressão).
Como o STF afirmou que o § 1º era inconstitucional: as pessoas condenadas por crimes hediondos ou
equiparados passaram a progredir com os mesmos requisitos dos demais crimes não hediondos (1/6, de acordo
com o art. 112 da LEP).
Lei n.° 11.464/2006: modificou o § 1º prevendo que a progressão para crimes hediondos e equiparados passaria
a ser mais difícil que em relação aos demais crimes (2/5 para primários e 3/5 para reincidentes).
Logo, a Lei n.° 11.464/2006 foi mais gravosa para aqueles que cometeram crimes antes da sua vigência (e que
podiam progredir com 1/6). Por tal razão, ela é irretroativa.
Em 2012 o STF decide pela inconstitucionalidade do regime inicialmente fechado, devendo a determinação do
regime prisional seguir os moldes do art. 33 do Código Penal.
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“XLIII. a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito
de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes,
os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;”
De acordo com esse sistema é o juiz quem, na apreciação do caso concreto, decide se a infração é hedionda ou não.
Nesse caso a crítica consiste no fato de esse não traz a segurança jurídica, ferindo a taxatividade ou mandato de certeza.
O STF tem aplicado o sistema legal temperado. Nesse caso o legislador, num rol taxativo, enuncia os
crimes hediondos. E o juiz analisando o caso concreto confirma ou não o caráter hediondo da infração.
A lei nº. 8.072/90 define os crimes hediondos, bem como as consequências para essa espécie de infração.
“Art. 1º. São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930, de 1994)
I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por
um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII); (Redação dada pela Lei
nº 13.142, de 2015)
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129,
§ 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal,
integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão
dessa condição; (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
II. latrocínio (art. 157, §3º, in fine); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
III. extorsão qualificada pela morte (art. 158, §2º); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
IV. extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§lo, 2º e 3º); (Inciso incluído pela Lei
nº 8.930, de 1994)
V. estupro (art. 213, caput e §§1º e 2º); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
VI. estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§1º, 2º, 3º e 4º); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
VII. epidemia com resultado morte (art. 267, §1º). (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
VII-A. (VETADO) (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998)
VII-B. falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais
(art. 273, caput e §1º, §1º-A e §1º-B, com a redação dada pela Lei nº 9.677, de 2 de julho de 1998). (Inciso
incluído pela Lei nº 9.695, de 1998)
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº
2.889, de 1º de outubro de 1956, tentado ou consumado. (Parágrafo incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei
nº 2.889, de 1º de outubro de 1956, tentado ou consumado.
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Obs.: Tráfico de drogas, tortura e terrorismo não são crimes hediondos, mas sim equiparados a
crimes hediondos.
“Art. 2º. Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo
são insuscetíveis de:
I. anistia, graça e indulto;
II. fiança. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)
§1º. A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado. (Redação dada pela
Lei nº 11.464, de 2007)
§2º. A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o
cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente.
(Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)”
Os crimes hediondos e os crimes equiparados a hediondos têm as mesmas consequências:
3.3 - Superado o disposto na Lei dos Crimes Hediondos (obrigatoriedade de início do cumprimento de pena
no regime fechado)
para aqueles que preencham todos os demais requisitos previstos no art. 33, §§ 2º, e 3º, do CP, admitindo-se
o início do cumprimento de pena em regime diverso do fechado.
O juiz, no momento de fixação do regime inicial, deve observar as regras do art. 33 do Código Penal, podendo
estabelecer regime prisional mais severo se as condições subjetivas forem desfavoráveis ao condenado, desde
que o faça em razão de elementos concretos e individualizados, aptos a demonstrar a necessidade de maior
rigor da medida privativa de liberdade do indivíduo.
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. A de detenção,
em regime semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Considera-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média;
b) regime semiaberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar;
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.
§ 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o
mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a
regime mais rigoroso: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado;
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito),
poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semiaberto;
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o
início, cumpri-la em regime aberto.
1º Corrente:
A mudança trazida pela lei nº. 11.464/07, não repercutiu no rol de restrições, ocorrendo mera adequação de redação,
pois, ao vedar fiança, automaticamente esta vedada a liberdade provisória.
2º Corrente:
A mudança trazida pela lei nº. 11.464/07 permitiu liberdade provisória para crimes hediondos e equiparados.
Tem como fundamentos:
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A Súmula nº. 697 do STF de acordo com segunda corrente não tem mais vigência:
A proibição de liberdade provisória nos processos por crimes hediondos não veda o relaxamento
da prisão processual por excesso de prazo.
A lei nº. 11.464/07 manteve a progressão só que com requisito temporal diferenciado.
2/5 quando primário.
3/5 quando reincidente;
Com isso a lei nº. 11.464/07 é irretroativa devendo ser observado o requisito temporal de 1/6 do cumprimento da pena.
(Súmula Vinculante nº. 26 e Súmula nº. 471 do STJ.
IMPORTANTE: a esse requisito temporal de 2/5 para primário e 3/5 para reincidente deve ser considerado para todas
as espécies de progressão de regime, do aberto para o semiaberto e do semiaberto para o aberto e a reincidência não
precisa ser específica.
→ Cabe prisão temporária nos crimes de estupro de vulnerável, falsificação de remédios, tortura e terrorismo,
sendo que todos esses estão fora à lei nº. 7.960/89, art. 1º, III?
De acordo com a maioria, o Art. 2º, §4º da lei nº. 8.072/90 ampliou não apenas o prazo, mas também o rol dos delitos
passíveis de prisão temporária.
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→ Condenado federal cumprindo pena em estabelecimento estadual, de quem é a competência para atuar na execução
penal?
Será o juiz estadual, de acordo com a súmula nº. 192 do STJ.
→ Condenado estadual, nos termos do art. 3º da lei nº. 8.072/90, cumprindo pena em estabelecimento federal,
de quem é a competência para atuar na execução penal?
Será o juiz federal, com base na súmula anterior.
Requisito Temporal:
Mais de 2/3 da pena se o apenado não for reincidente especifico em crimes dessa natureza.
“... reincidente específico em crimes dessa natureza” é aquele que, depois de condenado por crime hediondo ou
equiparado pratica novo crime hediondo ou equiparado.
Essa corrente é a que prevalece.
No caso do crime de associação criminosa- 3 ou mais pessoas (Art. 288 do CP), que é a reunião, estável e permanente
de várias pessoas, para a prática de crimes. No caso dos crimes não serem hediondos ou equiparados a pena será de 1 a 3
anos.
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Os jurados não se manifestam sobre essa circunstância. O fato de o homicídio ter sido praticado em atividade típica
de grupo de extermínio não constitui elementar, majorante ou qualificadora do crime, podendo interferir na fixação da
pena base, e que define a pena base é o juiz e não o jurado.
1º Corrente:
Permanece crime hediondo, pois a lei nº. 8.072/90 considera o homicídio qualificado sempre hediondo, não
excepcionado quando também privilegiado.
2º Corrente:
Numa analogia ao art. 67 do CP, o privilégio subjetivo, prepondera sobre a qualificadora, de natureza objetiva,
excluindo o caráter hediondo do crime.
02 - (POLÍCIA CIVIL - ES, CESPE - Agente - 2008) Acerca dos crimes hediondos, julgue os itens em (C)
CERTO ou (E) ERRADO.
I) Segundo o disposto na legislação específica, são crimes hediondos, entre outros, o homicídio qualificado, o
latrocínio, a epidemia com resultado morte e o genocídio.
II) Suponha que Francisco, imputável, suspeito da prática de crime de estupro seguido de morte, seja preso em
flagrante delito e, no decorrer de seu interrogatório na esfera policial, confesse a autoria do crime, mas, após a
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comunicação da prisão ao juiz competente, verifique-se, pela prova pericial, que Francisco foi torturado para a
confissão do crime. Nessa situação, deverá a autoridade judiciária, mesmo se tratando de crime hediondo, relaxar
a prisão de Francisco, sem prejuízo da responsabilização dos autores da tortura.
a) C, C
b) C, E
c) E, C
d)E, E
e) N.R.A.
8 -Nos crimes hediondos para o condenado obter o livramento condicional, além de preencher alguns
requisitos previstos no artigo 83 do Código Penal, qual o tempo mínimo de cumprimento da pena?
A) mais de 1/3 se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes.
B) mais de 1/2 se o condenado for reincidente em crime doloso.
C) mais de 1/2 se o condenado não for reincidente específico em crime desta natureza.
D) mais de 2/3 se o condenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza.
E) mais de 2/3 se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes.
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10 - (TJ-PR) Acerca dos crimes hediondos (Lei 8.072/90), é correto afirmar que:
A) deve o juiz, de acordo com as circunstâncias do caso concreto, estabelecer se o crime, em tese, é ou não é
hediondo, independentemente de estar previsto na lei como tal.
b) a Lei 8.072/90 abrange também os delitos militares.
c) a proibição de liberdade provisória, nos processos por crimes hediondos, não veda o relaxamento de prisão.
D d) cumprida mais da metade da pena, o juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado por crime
) hediondo, a pena privativa de liberdade igual ou superior a dois anos.
E e) tem direito ao benefício da delação eficaz ou premiada o agente que, praticando o crime de extorsão mediante
) sequestro em concurso, denuncia o coautor à autoridade, ainda que o sequestrado não seja libertado.
11. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA FEDERAL – DPF – 2004] Hugo é um agente de polícia civil
que realizou interceptação de comunicação telefônica sem autorização judicial. Nessa situação, o ato de Hugo,
apesar de violar direitos fundamentais, não constitui crime hediondo.
32. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/BA – 2005] Considere a seguinte situação hipotética. Pedro e Paulo
associaram-se, em caráter habitual, organizado e permanente —societas sceleris —, para comercializarem
cloreto de etila — lança perfume — a estudantes de escolas e faculdades particulares. Nessa situação, Pedro e
Paulo praticaram o crime de associação para o tráfico de entorpecentes, que é equiparado a crime hediondo.
13. [CESPE – PAPILOSCOPISTA –POLICIA CIVIL/PA – 2006] Conforme a Carta Magna federal, é
sonegado às pessoas condenadas por crimes hediondos o acesso, apenas, aos benefícios da fiança e da graça.
14. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/TO – 2008] O tráfico ilícito de entorpecentes e
a tortura, considerados crimes hediondos, são insuscetíveis de fiança ou anistia.
15. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/RN – 2008] Os crimes hediondos e a prática de
terrorismo são imprescritíveis e insuscetíveis de anistia, graça, indulto ou fiança.
17. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/ES – 2011] A jurisprudência do STJ sedimentou a orientação de
que a regra prevista na Lei n.º 8.072/1990 em relação ao afastamento da possibilidade de concessão de fiança
nos casos de prisão em flagrante de crimes hediondos ou equiparados não constitui por si só fundamento
suficiente para impedir a concessão da liberdade provisória, na medida em que só não será oportunizada ao
agente a concessão da liberdade mediante fiança caso estejam presentes os requisitos da prisão preventiva.
18. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Conforme a jurisprudência do STJ, mesmo com o
advento da Lei n.º 11.464/2007, que alterou a lei que trata dos crimes hediondos, não se tornou possível a
liberdade provisória nos crimes hediondos ou equiparados, ainda no caso de não estarem presentes os requisitos
da prisão preventiva.
19. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA – POLICIA CIVIL/TO – 2008] Considere a seguinte situação
hipotética. Em 28/7/2007, Maria foi presa e autuada em flagrante delito pela prática de um crime hediondo.
Concluído o inquérito policial e remetidos os autos ao Poder Judiciário, foi deferido pelo juízo pedido de
liberdade provisória requerido pela defesa da ré. Nessa situação, procedeu em erro a autoridade
judiciária, pois os crimes hediondos são insuscetíveis de liberdade provisória.
20. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/MT – 2005] Com o advento da Lei n.º 9.455/1997, passou-se a
admitir a progressão de regimes para o crime de tortura, que é equiparado a crime hediondo. Diante do novo
diploma legal, a jurisprudência do STF firmou-se no sentido de que será possível a progressão de regimes para
os demais crimes hediondos e para os equiparados aos hediondos.
21. [CESPE – PAPILOSCOPISTA FEDERAL – DPF – 2004] Estende-se aos demais crimes hediondos, a
admissibilidade de progressão no regime de execução da pena aplicada ao crime de tortura.
22. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/BA – 2005] Considere a seguinte situação hipotética. Pela prática
do crime de homicídio qualificado, um indivíduo foi condenado definitivamente à pena privativa de liberdade
de 12 anos de reclusão, tendo o juiz fixado na sentença penal o regime inicialmente fechado. Na fase executiva,
o juiz, verificando a fixação equivocada do regime prisional, o corrigiu para integralmente fechado. Nessa
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situação, por tratar-se de crime hediondo, com previsão legal expressa de que a pena deve ser cumprida em
regime integralmente fechado, a decisão do juiz da execução não violou a coisa julgada.
23. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA – POLICIA CIVIL/PA – 2006] O réu que foi condenado pela
prática de crime hediondo não tem o direito de cumprir a pena em regime de execução progressiva, de acordo
com a jurisprudência mais recente do STF.
24. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/AC – 2007] O STF admite, em casos excepcionais, a fixação de
regime integralmente fechado para o cumprimento da pena de condenados por crimes hediondos.
25. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/SE – 2008] A admissibilidade de progressão no regime de execução
da pena aplicada ao crime de tortura não se estende aos demais crimes hediondos.
26. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – STJ – 2008] De acordo com a nova redação
da Lei dos Crimes Hediondos, a pena será sempre cumprida em regime inicialmente fechado, cabendo a
progressão de regime após o cumprimento de dois quintos da pena, se o apenado for primário.
27. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – TJDFT – 2008] A pena por crime hediondo
deve ser cumprida em regime inicialmente fechado, podendo o condenado progredir de regime após o
cumprimento de dois quintos da pena, se for primário, e de três quintos da pena, se for reincidente.
28. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/RN – 2008] A pena pela prática de crime
hediondo deve ser cumprida em regime integralmente fechado.
29. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – STJ – 2008] O condenado pela prática de
crime de tortura, por expressa previsão legal, não poderá ser beneficiado por livramento condicional, se for
reincidente específico em crimes dessa natureza.
30. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA – POLICIA CIVIL/AC – 2008] Em caso de crime hediondo, a
prisão temporária será cabível, mediante representação da autoridade policial, pelo prazo de 30 dias,
prorrogável por
igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
31. [CESPE – DELEG. DE POLICIA FEDERAL – DPF NACIONAL – 2004] Considere a seguinte
situação hipotética. Evandro é acusado de prática de homicídio doloso simples contra a própria esposa. Nessa
situação, recebida a denúncia pelo juiz competente, é cabível a decretação da prisão temporária de Evandro,
com prazo de 30 dias, prorrogável por igual período, haja vista tratar-se de crime hediondo.
33. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Conforme entendimento do STJ, é imprescindível,
mesmo no caso de crimes hediondos, a demonstração, com base em elementos concretos, da necessidade da
custódia preventiva do acusado, incluindo-se os de tráfico ilícito de entorpecentes presos em flagrante, não
obstante a vedação da Lei n.º 11.343/2006 — Lei de Drogas.
34. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] Suponha que Francisco, imputável,
suspeito da prática de crime de estupro seguido de morte, seja preso em flagrante delito e, no decorrer de seu
interrogatório na esfera policial, confesse a autoria do crime, mas, após a comunicação da prisão ao juiz
competente, verifique-se, pela prova pericial, que Francisco foi torturado para a confissão do crime. Nessa
situação, deverá a autoridade judiciária, mesmo se tratando de crime hediondo, relaxar a prisão de Francisco,
sem prejuízo da responsabilização dos autores da tortura.
35. [CESPE – AGENTE DE POLICIA FEDERAL – DPF – 2004] Três agentes de polícia federal
verificaram que dois rapazes estavam disparando o conteúdo de um extintor de incêndio em um índio idoso e
gritando “saia da nossa cidade, seu índio bêbado... aqui não é lugar de vagabundo”. Imediatamente, os agentes
intervieram, fazendo cessar a agressão e pretendendo efetuar a prisão em flagrante dos agressores. Assustados,
os dois rapazes tentaram evadir-se, mas a fuga foi impedida pelos agentes, que usaram de força física para
segurá-los. Nesse momento, os rapazes se identificaram como primos e apresentaram carteiras de identidade
que indicavam que ambos tinham apenas 17 anos de idade. Os policiais, então, apreenderam em flagrante os
dois rapazes, que, após serem informados de seus direitos, solicitaram que a apreensão fosse imediatamente
comunicada ao comerciante Júlio, tio dos dois. A apreensão dos referidos adolescentes foi ilegal porque não
se tratava de crime hediondo.
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36. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/RN – 2008] O participante que denunciar à
autoridade a quadrilha formada para prática de crime hediondo, possibilitando seu desmantelamento, ficará
isento de pena.
[CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/TO – 2007] Plínio estuprou sua filha Laís, de 4 anos de idade, restando
comprovado pelo laudo de exame de corpo de delito que a vítima sofreu lesões corporais graves. Considerando
essa situação hipotética, julgue os itens a seguir.
38. Não incide, no caso, a majorante do art. 9.º da Lei dos Crimes Hediondos — acréscimo de metade da pena
do crime, sendo a vítima menor de 14 anos, sob pena de se incorrer em bis in idem —, pois a violência, ainda
que presumida, já integra o tipo penal do crime de estupro.
39. Se for réu primário e tiver sido condenado a regime inicialmente fechado, Plínio terá direito a progressão
de regime após o cumprimento de dois quintos da pena e, se for reincidente, após o cumprimento de três quintos
dela.
40. A prisão temporária de Plínio, caso decretada, terá o prazo de 15 dias, prorrogável por igual período em
caso de extrema e comprovada necessidade.
01A/02A/03D/04B/05D/06A/07D/08D/09B/10C
11V/12V/13F/14F/15F/16V/17F/18F/19F/20V
21V/22F/23F/24F/25F/26V/27V/28F/29V/30V
31F/32F/33V/34V/35F/36F/37V/38F/39V/40F
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