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INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS

MARCIO ANDRÉ LYRIO, 52 anos, brasileiro, casado, inscrito no CPF sob o


nº 008.006.717-40, portador do RG 1.007.133-ES, nº de benefício 623.042.406-5,
residente e domiciliado na Rua C, s/nº, ED. Ciclame, Aptº 202, Coqueiral de
Itaparica, Vila Velha/ES, CEP 29.102-903, endereço eletrônico
marcio.lyrio@gmail.com, vem por meio do presente REQUERER ADICIONAL de
25% sobre, SUA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ, com fundamento no artigo
45 da lei 8213/91.

OS FATOS
O requerente é portador de OSTEOARTROSE (perna direita), diagnosticado
em novembro de 2013, que vem se agravando até a presente data, gerando fortes
dores em seu quadril que aumentavam ao se locomover, sentar, levantar, deitar,
erguer a perna, cortar as unhas dos pés, calçar meias, amarrar o sapato, ou seja,
indispensabilidade de uma assistência permanente, inclusive necessidade de uma
nova intervenção cirúrgica devido ao agravamento das sequelas (documentos
anexos). No entanto, 1 (um) ano após procedimento cirúrgico (implante de prótese
de quadril), uso de medicamentos, sessões de fisioterapia e longo período
sugerido para recuperação, as dores não cessaram. Pelo contrário, ocorreu
luxação de toda perna, afundamento da prótese implantada, encurtamento de
membro (direito), deixando-o 5cm menor que o esquerdo, rotação externa da
perna direita, necessidade de uso constante de muletas. Tudo isso pode ser
observado nos exames, fotos e laudos anexo. Tais sequelas, geraram também a
necessidade de um novo procedimento cirúrgico (substituição de prótese). A
cirurgia é de alta complexidade podendo levar a morte o requerente se ocorrer
sangramento descontrolado, devido o problema hepático (cascata de coagulação)
e demais fatores hepáticos.
Todavia, não operar implica em dor e disfunções crônicas, perda na
qualidade de vida com uso contínuo de medicamentos, uso de muletas,
encurtamento do membro, dor na coluna, dor em repouso e dor aos movimentos.
Ademais, tais necessidades vêm impedindo a esposa do requerente, que se
encontra desempregada, de recolocar-se no mercado de trabalho, pois é
dependente de seu acompanhamento constante para realizar tarefas relativamente
fáceis para uma pessoa normal, visto que o requerente não consegue fazer por
conta própria, como se comprova pelos laudos médicos anexos a este
requerimento que explicam cientificamente, muito mais que as palavras de um
leigo, como é o requerente.

A LEGISLAÇÃO
A Lei 8.213/91 que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência
Social estabelece, em seu art. 45, que todo segurado aposentado por invalidez que
necessitar de ajuda da assistência permanente de outra pessoa, terá direito a um
acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) no valor de seu benefício. O objetivo é
amparar esses segurados, e visa colaborar com as situações decorrentes de
problemas físicos, motores ou mentais do aposentado, que constituem limitações
diárias, necessitando de auxílio permanente e/ou integral de pessoa diversa para a
realização de atividades básicas, estas como comer, tomar banho, andar, entre
outras. O artigo 45 da Lei nº 8.213/91 assim estabelece tal acréscimo em
consonância com os princípios da prevalência da igualdade e gozo à dignidade da
pessoa humana, estipulados pela Constituição da República Federativa do Brasil
de 1988, possibilitando o acesso universal aos direitos fundamentais mencionados,
e ainda, balanceando as tratativas legais e sociais em proveito dos segurados da
Previdência Social.

A JURISPRUDÊNCIA
A jurisprudência é extensa em relação a extensão do auxílio de 25 sobre a
aposentadoria por invalidez, quando o titular do benefício precisa de auxílio para
realização de suas atividades pessoais básicas de locomoção e higiene.
PREVIDENCIÁRIO. ACRÉSCIMO DE 25% À APOSENTADORIA JÁ
RECONHECIDA. CONJUNTO PROBATÓRIO FAVORÁVEL. ACRÉSCIMO
DEVIDO. 1. O entendimento desta Corte é o de que o acréscimo de 25% sobre a
aposentadoria é devido, quando devidamente constatada a necessidade de auxílio
de outrem na vida diária do beneficiário. No caso, há comprovação da necessidade
de assistência contínua de outra pessoa, portanto, a parte autora faz jus ao
acréscimo previsto no art. 45 da Lei n. 8.213/91. 2. Apelação do INSS não provida.
(TRF-1 - AC: XXXXX20184019199, Relator: DESEMBARGADORA
FEDERAL GILDA SIGMARINGA SEIXAS, Data de Julgamento: 13/05/2020,
PRIMEIRA TURMA)
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. ACRÉSCIMO DE
25%. Comprovada a necessidade de acompanhamento permanente de terceiros
para os atos da vida diária, é devido o acréscimo de 25% sobre a prestação da
aposentadoria por invalidez, previsto no art. 45 da Lei 8.213/91,
independentemente de requerimento administrativo.
(TRF-4 - AC: XXXXX20194049999 XXXXX-33.2019.4.04.9999, Relator:
LUCIANE MERLIN CLÈVE KRAVETZ, Data de Julgamento: 17/03/2020, TURMA
REGIONAL SUPLEMENTAR DO PR)

DO PEDIDO
CONSIDERANDO, a legislação vigente que concede até mesmo sem o
requerimento, a concessão do adicional de 25%;
CONSIDERANDO, que a demora na concessão, limita a qualidade de vida
do requerente, bem como de seu cônjuge, bem como impede o exercício dos
demais direitos fundamentais petrificados em nossa Carta Magna vigente;
CONSIDERANDO todos os laudos médicos juntados, que colocam fora de
quaisquer dúvidas a justa demanda do requerente;

CONSIDERANDO, finalmente, que a demora na concessão do presente


pleito aumenta o sofrimento e prorroga desnecessariamente o sofrimento do
requerente,
Ex positis, requer, a concessão imediata do adicional de 25% sobre seu
benefício por invalidez, na forma do artigo 45 da lei 8213/91.

N.T.
P.D.
Vila Velha, 07 de outubro de 2022

MÁRCIO ANDRÉ LYRIO

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