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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DO

JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DE

XXXXXXXXX, qualificação completa, vem à


presença de Vossa Excelência por intermédio de sua advogada com
endereço profissional bem como endereço eletrônico no rodapé, propor
AÇÃO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO ASSISTENCIAL em face
de INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, autarquia
federal, endereço completo, pelo motivos de fato e de direito que passa a
expor:
DOS FATOS

A autora requereu junto ao INSS no dia


29/05/2016 (data agendamento) o benefício de Amparo ao Portador de
Deficiência NB xxxxxxx, por completar os requisitos necessários. É
deficiente, está desempregada, possui uma filha deficiente, e seu esposo
tem baixa renda.

Ocorre que, o benefício pleiteado foi negado sob a


seguinte alegação: “ Renda per capita é igual ou superior a ¼ do salário
mínimo vigente na data do requerimento. Não atende ao critério de
deficiência para acesso ao BPC-LOAS.”

DOS REQUISITOS PARA A CONCESSÃO


DO AMPARO ASSISTENCIAL AO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA

Como dito anteriormente o benefício assistencial


foi indeferido pela requerida sob o argumento de que a requerente não “
atende ao critério de deficiência para acesso ao BPD-LOAS”.

A autarquia desconsidera o conceito legal de


deficiente pela lei 13.146/2015 que assim define:
“Art. 2o Considera-se pessoa com deficiência
aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras,
pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condições com as demais pessoas.

§ 1o A avaliação da deficiência, quando


necessária, será biopsicossocial, realizada por equipe multiprofissional e
interdisciplinar e considerará: (Vigência)

I - os impedimentos nas funções e nas estruturas


do corpo;

II - os fatores socioambientais, psicológicos e


pessoais;

III - a limitação no desempenho de atividades; e

IV - a restrição de participação.

(grifo da subscritora)

A própria Lei Orgânica da Assistência Social –


LOAS no art. 20, § 2º, da Lei nº 8.742/93, modificado pela Lei nº
12.435/2011, conceitua a deficiência física:
§ 2o Para efeito de concessão deste benefício,
considera-se:

I - pessoa com deficiência: aquela que tem


impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual ou sensorial, os
quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação
plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas;

II - impedimentos de longo prazo: aqueles que


incapacitam a pessoa com deficiência para a vida independente e para o
trabalho pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos. (grifou-se)

Conforme documentação médica juntada a


requerente é diagnosticada com CID M05:8, e conforme pesquisa no sítio
eletrônico http://www.e-saude.net/cid10/M058-Outr-artrites-reumatoides-
soro-positivas.html consultado dia 06/06/2016 às 16:08 corresponde à:

“CID M058 Outras artrites reumatóides soro-


positivas

CID 10 : M058

Capítulo XIII - Doenças do sistema osteomuscular


e do tecido conjuntivo

Grupo entre M05 e M14 - Poliartropatias


inflamatórias

Categoria M05 Artrite reumatóide soro-positiva”


A requerente faz tratamento para a patologia
acima na UNICAMP há 06 anos, e no dia 18/05/2016 a Dra xxxxxxxx
CRM xxxxemitiu relatório médico com a seguinte declaração:

“ Declaro para fins trabalhistas e previdenciários


que xxxxxxxxxxx é acompanhada na reumatologia com o diagnóstico de
artrite reumatoide soropositiva, atualmente com sinais de atividade da
doença.”

A principal característica da artrite reumatóide é


a inflamação nas articulações, que geralmente ocorre de modo simétrico,
ou seja, envolve a articulação do lado direito e esquerdo. Como a doença é
sistêmica, outros órgãos como olhos, coração e pulmões são acometidos.

No caso da requerente a doença se manifesta com


fadiga e rigidez dos membros, principalmente pela manhã, e durante o dia,
além disso a requerente já possui sequelas irreparáveis no deambular que é
realizado com muita dificuldade, impedindo até pequenos gestos do dia a
dia.

Além dos sinais e sintomas desastrosos da


patologia, tem ainda o efeito colateral da medicação de uso contínuo
utilizado pela requerente que são os seguintes:

Alendreonato de sódio, carbonato de cálcio


500mg, Naproxeno 500 mg, Omeprazol 20 mg, Ciclobenzaprina 10mg
muscular, GOLIMUMABE 50mg, TOCILIZUMAB 80 mg endonvenoso.
Esclareça-se que a requerente tem 46 anos de
idade, possui baixa escolaridade e NUNCA laborou, até porque a doença se
manifestou há alguns anos, impedindo a requerente de ter uma vida laboral.

Dessa forma, resta evidente que a requerente faz


jus e necessita da concessão do Amparo Assistencial ao Portador de
Deficiência Física, uma vez que, possui patologia que o torna incapaz para
a vida e para o trabalho, assim como não possui condições de prover seu
próprio sustento e de sua família, visto a impossibilidade de trabalhar, e
devido ao fato da renda familiar ser insuficiente.

DO REQUISITO RENDA FAMILIAR

A requerente teve o benefício indeferido também


pelo motivo da renda familiar ser superior ao salário mínimo nacional.
Contudo, a Turma Regional de Uniformização da 4ª Região já pacificou o
entendimento de que fatores de ordem pessoal do requerente, como
baixíssimo nível de instrução, que evidentemente impeça uma absorção da
pessoa pelo mercado de trabalho podem ensejar, segundo as peculiaridades
do caso concreto, a concessão do Benefício Assistencial.

Oras, para uma vida digna é necessário que o


mínimo vital a existência do ser humano lhes seja garantindo. Foi com
nesta premissa que a Assistência Social foi criada e alocada dentro
ordenamento constitucional no art. 203 e regulamentada pela Lei Federal
nº. 8.748/93 alterada pela Lei n.º 12.435/11, justamente para dar amparo às
classes mais desfavorecidas do Estado, não abrangidas pelo sistema
Previdenciário pátrio.

Também foi assentado o posicionamento no


sentido de que “o critério objetivo estabelecido pela Lei nº 8.742/93 (artigo
20, §3º) não exclui outros elementos de prova para aferição da condição
sócio-econômica do requerente e sua família” (TRF4, PU
2007.70.54.000779-9, Rel. Juíza Federal Flavia da Silva Xavier, DJ
21.01.2009).

A Turma Regional de Uniformização da 4ª


Região, já pacificou entendimento nesse sentido:

PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO REGIONAL.


BENEFÍCIO ASSITENCIAL. LOAS. REQUISITO OBJETIVO DE DA
RENDA PER CAPITA IGUAL INFERIOR A 1/4 DO SALÁRIO
MÍNIMO. FLEXIBILIZAÇÃO. NECESSIDADE DE ANÁLISE DAS
CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO CONCRETO PARA A SUA
AFERIÇÃO. REAFIRMAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA
UNIFORMIZADA.1. De acordo com a jurisprudência uniformizada pela
Turma Regional de Uniformização da 4ª Região, o critério objetivo
estabelecido no artigo 20, § 3º, da Lei nº 8.742/93, não exclui outros
elementos de prova para aferição da condição sócio-econômica do
requerente de benefício assistencial e de sua família, que devem ser
sopesadas pelo julgador quando da análise do preenchimento do aludido
requisito. .2. Pedido de uniformização conhecido e provido.INCIDENTE
DE UNIFORMIZAÇÃO JEF Nº 5000377-36.2012.404.7106, Relator Joane
Unfer Calderaro, D.E. 07/12/2012.

Em recente julgamento da Reclamação


Constitucional nº 4.374, tendo por reclamante o Instituto Nacional de
Seguridade Social contra decisão proferida pela Turma Recursal dos
Juizados Especiais Federais do Estado de Pernambuco, nos autos do
Processo nº. 2005.83.20.009801-7, que concedeu ao interessado o benefício
assistencial previsto no art. 203, inciso V, da Constituição Federal, o STF
teve a possibilidade de rever ser posicionamento acerca do parágrafo 3º do
art. 20 da Lei nº. 8.748/93 que regulamentou o inciso V do art. 203 da
Constituição Federal, segue-se a ementa:

BENEFÍCIO ASSISTENCIAL. ANÁLISE


DAS CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS DO AUTOR. REQUISITOS
DO ART. 20 DA LEI 8.742/93. RENDA PER CAPITA. MEIOS DE
PROVA. SÚMULA 11 DA TUN. LEI 9.533/97. COMPROVAÇÃO.
RECURSO IMPROVIDO. 1. O artigo 20 da Lei 8.742/93 destaca a
garantia de um salário mínimo mensal às pessoas portadoras de deficiência
e ao idoso com 65 anos ou mais, que comprovem em ambas as hipóteses,
não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida
por sua família. 2. Já o § 3 do mencionado artigo reza que, ‘considera-se
incapaz de prover a manutenção da pessoa portadora de deficiência ou
idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a ¼ (um quarto)
do salário mínimo’. 3. Na hipótese em exame, o laudo pericial concluiu que
o autor é incapaz para as atividades laborativas que necessitem de grandes
ou médios esforços físicos ou que envolvam estresse emocional para a sua
realização.
4. Em atenção ao laudo pericial e considerando
que a verificação da incapacidade para o trabalho deve ser feita analisando-
se as peculiaridades do caso concreto, percebe-se pelas informações
constantes nos autos que o autor além da idade avançada, desempenha a
profissão de trabalhador rural, o qual não está mais apto a exercer.
Ademais, não possui instrução educacional, o que dificulta o exercício de
atividades intelectuais, de modo que resta improvável sua absorção pelo
mercado de trabalho, o que demonstra a sua incapacidade para a vida
independente diante da sujeição à ajuda financeira de terceiros para manter
sua subsistência.

5. Apesar de ter sido comprovado em audiência


que a renda auferida pelo recorrido é inferior a um salário mínimo, a
comprovação de renda per capita inferior a ¼ do salário mínimo é
dispensável quando a situação de hipossuficiência econômica é
comprovada de outro modo e, no caso dos autos, ela restou demonstrada.

6. A comprovação da renda mensal não está


limitada ao disposto no art. 13 do Decreto 1.744/95, não lhe sendo possível
obstar o reconhecimento de outros meios probatórios em face do princípio
da liberdade objetiva dos meios de demonstração em juízo, desde que
idôneos e moralmente legítimos, além de sujeitos ao contraditório e à
persuasão racional do juiz na sua apreciação.7. Assim, as provas
produzidas em juízo constataram que a renda familiar do autor é inferior ao
limite estabelecido na Lei, sendo idônea a fazer prova neste sentido. A
partir dos depoimentos colhidos em audiência, constatou-se que o recorrido
não trabalha, vivendo da ajuda de parentes e amigos.8. Diante de tais
circunstâncias, pode-se concluir pela veracidade de tal declaração de modo
relativo, cuja contraprova caberia ao INSS, que se limitou à impugnação
genérica.9. Quanto à inconstitucionalidade do limite legal de renda per
capitainferior a ¼ do salário mínimo, a sua fixação estabelece apenas um
critério objetivo para julgamento, mas que não impede o deferimento do
benefício quando demonstrada a situação de hipossuficiência. 10. Se a
renda familiar é inferior a ¼ do salário mínimo, a presunção de
miserabilidade é absoluta, sem que isso afaste a possibilidade de tal
circunstância ser provada de outro modo.11. Ademais, a Súmula 11 da
TUN dispõe que mesmo quando a renda per capita for superior àquele
limite legal, não há óbices à concessão do benefício assistencial quando a
miserabilidade é configurada por outros meios de prova. 12. O próprio
legislador já reconheceu a hipossuficiência na hipótese de renda superior ao
referido limite ao editar a Lei 9.533/97, que autoriza o Poder Executivo a
conceder apoio financeiro aos Municípios que instituam programas de
garantia de renda mínima associados a ações sócio-educativas,
estabelecendo critério mais vantajoso para a análise da miserabilidade, qual
seja, renda familiar per capitainferior a ½ salário mínimo.13. A parte
sucumbente deve arcar com o pagamento das custas e dos honorários
advocatícios, ora arbitrados à razão de 10% sobre o valor da
condenação.14. Sentença mantida. Recurso a que se nega provimento.
(grifou-se)

Na presente Reclamação o Min. Gilmar Ferreira


Mendes declara a repercussão geral, e a inconstitucionalidade do parágrafo
3º do artigo 20 da Lei Orgânica da Assistência Social Lei 8.742/1993), que
prevê como critério para a concessão de benefício a idosos ou deficientes a
renda familiar mensal per capita inferior a ¼ (um quarto) do salário
mínimo, por considerar que esse critério está defasado para caracterizar a
situação de miserabilidade.
Frise-se que o grupo familiar da requerente é
composto por ela própria; incapaz para o trabalho, sua filha de 12 anos
Maria xxxxxxxxx, também deficiente, que apresenta sério
comprometimento cognitivo, estando em atendimento na APAE, como
demonstra documentação médica e bem como laudo da APAE assinado
pela Dra xxxxxxxxx

O único que aufere renda na família é o esposo


XXXXXXXXXX, que é carpinteiro na empresa xxxxxxxxx, sendo seu
salário de R$ 1393,00. (doc em anexo).

A família tem as seguintes despesas fixas


(comprovantes em anexo):

Aluguel, luz, água, telefone, alimentação.

Conforme holerite juntado, o esposo da requerente


quando pode faz horas extras para ajudar nas despesas, porém desde abril
de 2016 tais horas extras diminuíram em função da crise econômica vivida
pelo país.

Dessa forma, resta evidente que a requerente faz


jus e necessita da concessão do Amparo Assistencial ao Portador de
deficiência, uma vez que, não consegue laborar devido à deficiência, assim
como não possui condições de prover seu próprio sustento e de sua família,
e em razão da renda familiar ser insuficiente para manter as necessidades
básicas da família, além de se dedicar exclusivamente à filha portadora de
necessidades especiais.

DIGNIDADE HUMANA APLICADA A


CONCESSÃO DOS BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS

A dignidade humana é fundamento da República


Federativa do Brasil, e por tal é inseparável de qualquer direito garantido
pela Constituição de 1988. Foi refletindo nesse direito maior que a
assistência social foi criada, para dar subsídio aos desprovidos
economicamente. E não poderia ser diferente quando se fala em deficiente
e idoso, pequena parcela da sociedade brasileira carecedora do mínimo
existencial do Estado.

Destarte, a dignidade é uma garantia de que os


indivíduos possuam suas necessidades básicas e vitais garantidas, pensando
nisso COSTA (2009) apud TAVARES, Marcelo Leonardo informa:

É relevante a noção de mínimo existencial no


tocante aos chamados direitos social, apta a garantir a dignidade humana a
partir dos valores da liberdade, da igualdade de chances e da solidariedade
gerenciada. O conteúdo domínio existencial resguarda a natureza de
direitos humanos de algum as prestações sociais positivas do estado de
caráter preexistente, inalienável e universal, e é devido a todos os homens
que se encontrem em situação de necessidade.
Deste modo a garantia constitucional de um
salário mínimo mensal a deficientes e idosos deve ser pautada, na
necessidade do indivíduo e não somente em critérios objetivos expostos no
parágrafo 3º do art. 20 da Lei 8.742/93. Isso porque a auferição da renda
familiar poderá por outros meios ser comprovada, e, portanto o Estado
estará cumprindo com o preceito fundamental da República, que é garantir
a todos, brasileiros ou não o mínimo vital a vida em sociedade.

É conhecedor de todos que o Brasil é um país


ainda em desenvolvimento econômico, e que inúmeros brasileiros ainda
encontram-se em estado de miserabilidade latente, não possuem
saneamento básico, educação, saúde entre outros direitos. Assim, torna-se
imperioso o uso do princípio da dignidade como fundamento dos direitos
prestacionais exigíveis do Estado. O que não poderia deixar de fora o
amparo assistencial da Assistência Social.

Outrossim, também não se pode fugir ao fato de


que a cidade de Indaiatuba possui um custo de vida alto, não podendo ser
aplicado o valor de ¼ como critério absoluto sem levar em conta não
apenas o rendimento familiar, como também o fato da família possuir dois
deficientes físicos.

Assim, a requerente vem ao Poder Judiciário


pleitear a procedência da ação para condenar o INSS à implantação em 30
dias do BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DE
ASSISTENCIA SOCIAL Á PESSOA COM DEFICIÊNCIA de nº
xxxxxxx, além do pagamento dos atrasados desde a data do pedido em
29/05/2015.

III – DO PEDIDO

ANTE AO EXPOSTO, requer a Vossa


Excelência:

a) Seja concedido ao requerente, o benefício da


Justiça Gratuita, nos termos da Lei nº. 1060/50, eis que o mesmo é pessoa
pobre e não possui condições financeiras de arcar com as despesas
processuais e os honorários advocatícios sem prejuízo do seu próprio
sustento;

b) Ao final, seja julgada procedente a presente


ação, e concedido o AMPARO AO DEFICIENTE NB de nº xxxxxxxx, a
parte autora, e implantação em 30 dias,

e) O pagamento das remunerações atrasadas desde


a data de entrada do requerimento de 29/05/2015 (data do agendamento),
cujo valor deverá ser acrescido de atualização monetária e juros legais até a
data do devido pagamento;
c) A condenação do Órgão Requerido, no
pagamento dos honorários advocatícios nos termos do Código de Processo
Civil.

Informa que não há interesse da realização de


audiência de conciliação dada a natureza da lide.

Requer ainda a juntada dos documentos que


acompanham a inicial, e ainda a produção de todas as provas em direito
admitidas, especialmente Estudo Social do grupo familiar, bem como
Perícia médica.

VALOR DA CAUSA: R$ 22.000,00 (vinte e dois


mil reais). Artigo 292 VIII § 2º do CPC.

Termos em que

pede deferimento.

Data

Nome

OAB

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