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Hediondo é o termo utilizado para qualificar um rol de crimes considerados de maior

gravidade. Geralmente, são marcados por requintes de crueldade e provocam reação


de grande indignação social.
Se valendo do critério legal (taxativo), a Lei nº 8.072/90, conhecida como Lei de
Crimes Hediondos, estabelece quais são esses crimes, já em seu artigo 1º. O
dispositivo ainda esclarece que tais crimes, todos tipificados no Código Penal, serão
considerados hediondos ainda que tentados.

– Homicídio simples, quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio,


ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado;

– Lesão corporal dolosa de natureza gravíssima e lesão corporal seguida de morte,


quando praticadas contra autoridade ou agente das Forças Armadas ou de quaisquer
órgãos de Segurança Pública (arts. 142 e 144, CF), integrantes do sistema prisional
e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência
dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau,
em razão dessa condição (lesão corporal funcional);

– Roubo circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima, pelo emprego de arma


de fogo ou pelo emprego de arma de fogo de uso permitido, restrito ou proibido, ou
roubo qualificado pelo resultado lesão corporal grave (ou gravíssima) ou morte
(latrocínio);
CUIDADO! ARMA BRANCA ENSEJA UMA CAUSA DE AUMENTO DE PENA MAS
NÃO TORNA O CRIME HEDIONDO!

– Extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão


corporal ou morte;

– Extorsão mediante sequestro e na forma qualificada;

– Estupro;

– Estupro de vulnerável;

– Epidemia com resultado morte;

– Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins


terapêuticos ou medicinais;

– Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança


ou adolescente ou de vulnerável;

– Furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause


perigo comum.
CUIDADO!! SUBTRAÇÃO DE EXPLOSIVO NÃO TORNA O FURTO, CRIME
HEDIONDO.
O parágrafo único do artigo também considera hediondos alguns tipos penais
previstos em legislações extravagantes, conforme veremos a seguir, nunca
esquecendo que os crimes de TORTURA, O TRÁFICO ILÍCITO DE
ENTORPECENTES E DROGAS AFINS E O TERRORISMO NÃO SÃO CRIMES
HEDIONDOS, MAS SIM, FIGURAS ASSEMELHADAS OU EQUIPARADAS,
recebendo, portanto, os mesmos consectários da lei em estudo.

– Genocídio (arts. 1º, 2º e 3º, Lei nº 2.889/56);

– Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido (art. 16, Lei nº 10.826/03);

– Comércio ilegal de armas de fogo (art. 17, Lei nº 10.826/03);

– Tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição (art. 18, Lei nº


10.826/03);

– Crime de organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo


ou equiparado.
CUIDADO! Se tratando do artigo 16 da Lei nº 10.826/03(Estatuto do Desarmamento)
por força da reforma do Pacote Anticrime, o legislador separou as condutas afetas
as armas de fogo de uso PERMITIDO e de uso RESTRITO, de forma que o “caput”
agora trata apenas das condutas relacionadas à posse ou porte de arma de fogo,
acessório ou munição de uso restrito, ao passo que o parágrafo 2º passou a
regulamentar a posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, que se tornou
uma qualificadora.
Assim chega ao fim a celeuma acerca da hediondez das armas de fogo de uso
proibido ou restrito por equiparação, vez que agora temos como HEDIONDO
APENAS O CRIME DE POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO
PROIBIDO (§ 2º), não sendo mais considerado como tal o crime de posse ou porte
ilegal de arma de fogo de uso restrito (“caput”).
Logo, o § 1º equipara algumas circunstâncias ao crime do “caput” (restrito), que não
é hediondo.
Aliás, o STJ já entendeu dessa forma (AgRg no REsp 1907730/MG, 24/08/2021, 6ª
Turma).

1. É de suma importância ler a íntegra dos artigos relacionados aos crimes


enumerados acima. A partir da leitura dos dispositivos, adquire-se familiaridade com
os tipos penais mencionados.
2. A Lei de Crimes Hediondos sofreu significativas alterações nos últimos anos,
principalmente em decorrência da Lei nº Lei nº 13.964, de 2019. Logo, é fundamental
manter os materiais de estudo sempre atualizados.
Quem pratica um crime hediondo recebe tratamento diferente de quem pratica um
crime comum?
Da leitura da lei, é possível perceber que as consequências de quem pratica um crime
hediondo são mais graves do que quem pratica um crime “comum”. Dentre as
diferenças que a lei faz, está a vedação à concessão de anistia, graça e indulto (art.
2º, I, Lei nº 8.072/90).
Quando lida com atenção, vê-se que a lei torna a vida do preso por esses crimes
muito mais difícil. Isso porque ela elimina ou reduz vários direitos que o réu ou
condenado normalmente teria antes ou depois da condenação.

Antes da condenação
• O prazo da prisão temporária é muito maior do que o normal (até 30 dias,
prorrogável por igual período – art. 2º, §4º, Lei nº 8.072/90);

Depois da condenação
• O condenado não tem direito a indulto, anistia ou graça;

• Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o


réu poderá apelar em liberdade;

• Embora determine que o condenado sempre comece a cumprir pena em


regime fechado, o STF declarou tal dispositivo inconstitucional (HC 11.840/ES);

• A progressão do regime de cumprimento da pena também exige mais tempo


do que os crimes comuns, pois se tratando de crimes hediondos ou
equiparados, exige-se o cumprimento de pelo menos 40% (quarenta por cento)
da pena, se for primário e sem resultado morte, podendo chegar a 70% (setenta
por cento) da pena se tratando de reincidente em crime hediondo ou
equiparado com resultado morte, conforme artigo 112 da Lei de Execuções
Penas.

• O prazo para conseguir o livramento condicional também é muito maior: 2/3.


Sendo vedado, no caso de reincidência específica ou se há resultado morte
(art. 83/CP);
LEI Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990.

Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º,


inciso XLIII, da Constituição Federal, e determina outras
providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional


decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados


no Código Penal, CONSUMADOS OU TENTADOS:

I - HOMICÍDIO (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de


extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art.
121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII

Art. 121. Matar alguém:


- § 2º Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo fútil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio
insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que
dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro
crime:
Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: (Incluído pela Lei nº
13.104, de 2015)
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição
Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança
Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge,
companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição
VIII - (VETADO):
I-A – LESÃO CORPORAL DOLOSA DE NATUREZA GRAVÍSSIMA (art. 129, §
2 ) E LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE (art. 129, § 3o), quando praticadas
o

contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal,
integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no
exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou
parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição;

II - ROUBO:
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou
pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B);
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º

III - EXTORSÃO QUALIFICADA PELA RESTRIÇÃO DA LIBERDADE DA


VÍTIMA, ocorrência de lesão corporal ou morte (art. 158, § 3º);
IV - EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO E NA FORMA QUALIFICADA (art.
159, caput, e §§ lº, 2º e 3o);

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CRIMES HEDIONDOS
LEI 8072/90
STJ Súmula nº 96/1994

EXTORSÃO
O crime de extorsão consuma-se
independentemente da obtenção da
AÇÃO PENAL PÚBLICA
vantagem indevida. INCONDICIONADA

Art. 158. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça,


e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida
vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou
deixar de fazer alguma coisa:
Pena – reclusão, de 4 a 10 anos, e multa.

§ 3º - Se o crime é cometido mediante a RESTRIÇÃO DA


LIBERDADE da vítima, e essa CONDIÇÃO é necessária
para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de
reclusão, de 6 a 12 anos, além da multa;
se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as
penas previstas no art. 159, §§ 2º° e 3º°, respectivamente

EXTORSÃO
é o ato de obrigar alguém a fazer ou deixar de fazer
alguma coisa, por meio de ameaça ou violência, com a
intenção de obter vantagem, recompensa ou lucro
EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO
Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de
obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem,
como condição ou preço do resgate:
Pena - reclusão, de 8 a 15 anos.

§ 1°º - Se o sequestro DURA § 2º° - Se do fato resulta LESÃO


MAIS DE 24 HORAS, se o CORPORAL DE NATUREZA GRAVE:
sequestrado é MENOR DE Pena – reclusão, de 16 a 24 anos
18 OU MAIOR DE 60 ANOS,
ou se o crime é cometido
por BANDO OU QUADRILHA:
§ 3°º - Se resulta a MORTE:
Pena – reclusão,
Pena – reclusão, de 24 a 30 anos.
de 12 a 20 anos.

V - ESTUPRO (art. 213, caput e §§ 1o e 2º);


VI - ESTUPRO DE VULNERÁVEL (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4º
VII - EPIDEMIA COM RESULTADO MORTE (art. 267, § 1o
VII-A –(VETADO)

§ 1º-A - Incluem-se entre os produtos a que se refere este artigo os


medicamentos, as matérias-primas, os insumos farmacêuticos, os
cosméticos, os saneantes e os de uso em diagnóstico.
PENA – DETENÇÃO de 1 a 3 anos e multa
Ou seja, CABE SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO.
VII-B - FALSIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, ADULTERAÇÃO OU ALTERAÇÃO
DE PRODUTO DESTINADO A FINS TERAPÊUTICOS OU MEDICINAIS (art.
273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de
julho de 1998).
VIII - FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO OU DE OUTRA FORMA DE
EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE OU DE
VULNERÁVEL (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º).
IX - FURTO QUALIFICADO PELO EMPREGO DE EXPLOSIVO OU DE
ARTEFATO ANÁLOGO que cause perigo comum (art. 155, § 4º-A).
PARÁGRAFO ÚNICO. CONSIDERAM-SE TAMBÉM HEDIONDOS,
TENTADOS OU CONSUMADOS
I - O CRIME DE GENOCÍDIO, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º
de outubro de 1956; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
II - O CRIME DE POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO
PROIBIDO, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
III - O CRIME DE COMÉRCIO ILEGAL DE ARMAS DE FOGO, previsto no art.
17 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003
IV - O CRIME DE TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO,
ACESSÓRIO OU MUNIÇÃO, previsto no art. 18 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro
de 2003;
V - O CRIME DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA, quando direcionado à prática
de crime hediondo ou equiparado.

Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de


entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de
I - Anistia, graça e indulto;
II – Fiança

TORTURA
INAFIANÇÁVEL
TRÁFICO ILÍCITO
Equiparados aos
É CRIME GRAÇA
DE ENTORPECENTES
E DROGAS AFINS crimes hediondos

INSUSCETÍVEL ANISTIA
TERRORISMO
R (INCAPAZ) INDULTO
E FIANÇA CRIMES
S HEDIONDOS
P HEDIONDO
O que apresenta deformidade; que
N causa horror; repulsivo, horrível.
D que provoca reação de grande
E indignação moral; ignóbil,
M pavoroso, repulsivo.

GRAÇA - PERDÃO DA PENA - apenas extingue a


punibilidade, persistindo os efeitos do crime; atinge
crimes comuns; é de competência exclusiva do
Presidente da República;
• Quem mandou ANISTIA – ESQUECIMENTO DE CERTAS INFRAÇÕES PENAIS -
exclui o crime, rescinde a condenação e extingue
• Quem totalmente a punibilidade; em regra, atinge crimes políticos;
executou pode ser concedida pelo poder legislativo;
INDULTO – FORMA DE EXTINGUIR O CUMPRIMENTO DE
• Quem podia UMA CONDENAÇÃO IMPOSTA - desde que se enquadre nos
evitar requisitos pré-estabelecidos no decreto de indulto.
§ 1º A pena por crime previsto neste artigo será cumprida INICIALMENTE EM
REGIME FECHADO. Embora determine que o condenado sempre comece a
cumprir pena em regime fechado, o STF declarou tal dispositivo inconstitucional
(HC 11.840/ES

§ 3º Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se


o réu poderá apelar em liberdade

§ 4º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro


de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias,
prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade.

Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de segurança máxima,


destinados ao cumprimento de penas impostas a condenados de alta
periculosidade, cuja permanência em presídios estaduais ponha em risco a ordem
ou incolumidade pública.
Art. 4º (Vetado).

Art. 5º Ao art. 83 do Código Penal é acrescido o seguinte inciso:

"Art. 83 O juiz poderá conceder LIVRAMENTO CONDICIONAL ao condenado a


pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que:

V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime
hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e
terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa
natureza."

Art. 6º Os arts. 157, § 3º; 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º; 213; 267, caput e
270; caput, todos do Código Penal, passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio,
reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de 4 a 10 anos, e
multa.
§ 3º SE DA VIOLÊNCIA RESULTA LESÃO CORPORAL GRAVE, a pena é de
reclusão, de 7 a 18 anos, além da multa;
SE RESULTA MORTE, a reclusão é de 20 a 30 anos, sem prejuízo da multa.

Súmula 603/STF
§ 3º - Se da violência A competência para o
processo e julgamento
resulta LESÃO CORPORAL de latrocínio é do juiz
GRAVE, a pena é de singular e não do
tribunal do júri.
RECLUSÃO de 7 a 18 anos,
além de multa. Súmula 610/STF
Se resulta MORTE, Há crime de latrocínio,
quando o homicídio se
a RECLUSÃO é de consuma, ainda que não
20 a 30 anos, sem realize o agente a
prejuízo da multa. subtração de bens da
vítima.

“Art. 159. Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem,
qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate
Pena - reclusão, de oito a quinze anos.
§ 1º SE O SEQUESTRO DURA MAIS DE 24 (vinte e quatro) horas, se o
sequestrado é MENOR DE 18 (dezoito) OU MAIOR DE 60 (sessenta) anos, ou
se o crime é cometido por bando ou quadrilha
Pena - reclusão, de 12 a 20 anos.
§ 2º Se do fato resulta LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE
Pena - reclusão, de 16 a 24 anos.
§ 3º Se resulta a MORTE
Pena - reclusão, de 24 a 30 anos.”

“Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter


CONJUNÇÃO CARNAL ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro
ato libidinoso:
Pena - reclusão, de 6 a 10 anos.”

“Art. 267. Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos:


Pena - reclusão, de 10 a 15 anos.”

“Art. 270. Envenenar água potável, de uso comum ou particular, ou substância


alimentícia ou medicinal destinada a consumo:
Pena - reclusão, de 10 a 15 anos.”

Art. 7º Ao art. 159 do Código Penal fica acrescido o seguinte parágrafo:

"Art. 159. Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem,
qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate
§ 4º SE O CRIME É COMETIDO POR QUADRILHA OU BANDO, o coautor
que denunciá-lo à autoridade, facilitando a libertação do sequestrado, terá sua
pena reduzida de um a dois terços."
Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do
Código Penal, quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito
de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo.
Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o
bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de
um a dois terços.

Associação Criminosa
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer
crimes:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos
Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se
houver a participação de criança ou adolescente.

ART. 9º AS PENAS FIXADAS NO ART. 6º para os crimes capitulados nos arts.


157, § 3º, 158, § 2º, 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º, 213, caput e sua combinação
com o art. 223, caput e parágrafo único, 214 e sua combinação com o art. 223,
caput e parágrafo único, todos do Código Penal, SÃO ACRESCIDAS DE METADE,
RESPEITADO O LIMITE SUPERIOR DE QUARENTA ANOS DE RECLUSÃO,
estando a vítima em qualquer das hipóteses referidas no art. 224 também do
Código Penal.

Parágrafo único. Os prazos procedimentais deste capítulo serão contados em dobro


quando se tratar dos crimes previstos nos arts. 12, 13 e 14."

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