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Língua portuguesa

A Substituição de sermos modernos e entrarmos por ser moderno e


entrar não fere as regras gramaticais nem prejudica a coerência textual do
segmento. Ocorre que ao fazer a substituição, a forma verbal deixa de ser
infinitivo flexionado (com sujeito) e passa a ser classificada como infinitivo
impessoal (sem sujeito).

O pronome relativo que retoma o substantivo que o antecede: sistema. 


A inserção da preposição de provocaria incorreção gramatical, uma vez que o
verbo construir é transitivo direto e, portanto, não necessita de preposição. 

O sentido empregado para os dois termos é conotativo (figurado) para se referir


a local e nascimento dos meninos. 

Pois ILESO é um adjetivo que significa: algo sem lesão, ou seja, sem
ferimentos = incólume. Sendo assim, por incólume ser uma palavra sinônima
de ileso, encaixou-se perfeitamente no contexto do texto, na linha 24: "Quem
pode escapar ileso."

Segundo a maioria dos gramáticos, inclusive, Nílson Teixeira de Almeida, com


verbos no gerúndio usa-se a ênclise, desde que não precedido da
preposição em. O correto seria: "À medida que escapa o tempo dos falsos
educandários, a dor vai tornando-se o documento que os agride e os separa".

O item é errado. Não se trata de sujeito indeterminado, pois a forma verbal


“viu” está inserida no seguinte contexto: "Quem viu o pavio acesso do
destino?", ou seja, o sujeito da forma verbal "viu" é o pronome relativo "quem",
pois, nesse caso, o pronome "quem" está empregado como pronome
substantivo, assim, exerce a mesma função do substantivo, logo se o
substantivo é núcleo de termos, o pronome empregado em seu lugar também o
será. Logo, se trata de sujeito simples. Uma dica é trocar o pronome relativo
por "ele", se couber a substituição, é sujeito. 

O texto aborda apenas o crime de roubo com restrição de liberdade e não


indica os índices de criminalidade de outras condutas, por isso não se pode
afirmar que o Plano Piloto e Taguatinga foram as localidades com os mais altos
índices de periculosidade no DF. 
Primeiramente, note a equivalência semântica entre “roubo com restrição de
liberdade” e “o famoso sequestro-relâmpago”. Isso denuncia o valor apositivo
desta expressão. Além disso, as vírgulas reforçam o entendimento de que o
aposto é explicativo.

 "... é criar uma existência contra a natureza inútil e perigosa", nesse trecho
o autor diz os detentos desenvolvem um personalidade inútil e perigosa, ou
seja, uma natureza não adequada para o convívio social. No entanto, na
proposta de reescritura consta o seguinte: "é  criar uma existência que vai de
encontro à natureza inútil e perigosa", a expressão de encontro
indica oposição, por esta frase entende-se que a prisão NÃO desenvolve uma
personalidade inútil e perigosa, ou seja, é contrária a isso.  

 "... é criar uma existência contra a natureza inútil e perigosa", nesse trecho
o autor diz os detentos desenvolvem um personalidade inútil e perigosa, ou
seja, uma natureza não adequada para o convívio social. No entanto, na
proposta de reescritura consta o seguinte: "é  criar uma existência que vai de
encontro à natureza inútil e perigosa", a expressão de encontro
indica oposição, por esta frase entende-se que a prisão NÃO desenvolve uma
personalidade inútil e perigosa, ou seja, é contrária a isso.  

 "... é criar uma existência contra a natureza inútil e perigosa", nesse trecho
o autor diz os detentos desenvolvem um personalidade inútil e perigosa, ou
seja, uma natureza não adequada para o convívio social. No entanto, na
proposta de reescritura consta o seguinte: "é  criar uma existência que vai de
encontro à natureza inútil e perigosa", a expressão de encontro
indica oposição, por esta frase entende-se que a prisão NÃO desenvolve uma
personalidade inútil e perigosa, ou seja, é contrária a isso.  

o trecho “presidente Jair Bolsonaro” contém o aposto restritivo “Jair Bolsonaro”.


Nas linhas 20-21, o trecho “O vice-presidente eleito, João Goulart,
representava...” contém o aposto explicativo “João Goulart”. Já, nas linha 44-
45, o trecho “remonta aos 30 anos de regência do Marquês de Pombal, no
século XVIII, e ...” contém o adjunto adverbial de tempo “no século XVIII”,
referente à forma verbal “remonta”. 

O pronome pessoal oblíquo átono “o”, no trecho “rompeu-o”, realmente exerce


a função complemento direto (objeto direto). Todavia, referese ao “ponto de
equilíbrio fragilíssimo” (linha 30). Na linha 32, o trecho “rompeu-o” significa que
“rompeu o ponto de equilíbrio.
Não são três diferentes classificações da palavra “que”. São duas diferentes
nas linhas 10, 17 e 21. Nas linhas 17 e 21, temos pronome relativo. Na linha
10, temos conjunção integrante. Já nas linhas 28 e 30, ocorre apenas a
classificação como pronome relativo.

Na linha 14, “havia” significa “existir”, então, de fato, é impessoal, fica sem
sujeito. O mesmo fenômeno ocorre nas linhas 21 e 30. Porém, na linha 28,
“havia” aparece como verbo auxiliar na locução verbal “havia adotado”, com
sujeito explícito no texto: o pronome “que” (linha 28) referente ao Congresso
(linha 28). Em “havia adotado”, temos o significado de “tinha adotado”.

O termo “dos militares” (L.5) exerce a função de adjunto adnominal para o


substantivo “rememorações”. Note o significado de que “os militares” praticam
a ação da rememoração (nome). O sentido de praticar a ação do nome indica a
função de adjunto adnominal. O termo “de Jânio Quadros” (L. 19) exerce a
função de adjunto adnominal para o substantivo “renúncia”. Note o significado
de que “Jânio Quadros” pratica a ação da renúncia (nome). O sentido de
praticar a ação do nome indica a função de adjunto adnominal. O adjunto
adnominal possui valor semântico restritivo.

Na construção sintática mencionada, não há condição para indeterminação do


sujeito, que ocorre com verbo transitivo indireto, de estado ou intransitivo, na
terceira pessoa do singular + o pronome "se" ou verbo transitivo direto na
terceira pessoa do plural. A forma verbal "persegue" é transitiva direta+ se, que
nesse caso é voz passiva sintética.

O uso da crase em "às doenças" e "à escassez" ocorre devido a um fenômeno linguístico
denominado de paralelismo sintático. O paralelismo caracteriza-se pela repetição de
uma mesma estrutura sintática preenchida por diferentes elementos lexicais,
tratando-se de um recurso muito usado para promover a progressão textual. 
Em outras palavras, note que o termo "relação" exigi a preposição a e rege os
termos "trabalho alienado", "doenças" e "escassez". Por isso, todos esses termos
devem vir seguidos da junção entre a preposição e o artigo (pela regra do
paralelismo sintático).
A diferente está no gênero das palavras. Quando é masculino, a preposição se
aglutina com o artigo definido masculino para formar ao. Agora, quando a palavra
é feminina, ocorre a crase (fusão da preposição a mais o artigo definido
feminino a).
Conforme o texto, é a História que ofereceu Tiradentes aos brasileiros como símbolo para a
concretização do mito do herói nacional. A paráfrase proposta não mantém o sentido
original do texto.

Vamos a mais um comentário.


O item é errado. O item extrapola completamente as ideias do texto, pois em nenhum
momento o autor fala sobre crimes inafiançáveis pela Constituição da República de 1988,
trata apenas da ampliação da concepção que se tinha sobre violência.

A afirmativa sugere que é possível unir o último período ao penúltimo por meio de
subordinação expressa por oração reduzida de gerúndio, realizando os devidos ajustes em
relação à pontuação e às letras maiúsculas. Vejamos como ficaria a reescrita:
Esse modelo de conflito se tornou um novo fator de desequilíbrio mundial, podendo
inclusive estabelecer uma nova espiral armamentista-convencional. 

O item é certo. Para responder o item o candidato deveria ter um pouco de conhecimento
da história do Brasil e do mundo, mais especificamente do período que envolveu o regime
militar, pois foi nesse período que surgiu a expressão "o ano que não vai acabar", a qual
fazia referência ao conturbado contexto social e político vivido no Brasil e no mundo. No
Brasil, um dos fatos mais expressivos foi a morte do estudante "Edson Luís", em 28 março
de 1968, no resto do mundo ocorriam protestos contra a Guerra do Vietnã (EUA e diversos
países), ademais também foi o ano em que ocorreu a morte do pastor negro estadunidense
Martin Luther King. Logo, o item é certo.

O verbo lembrar admite duas regências, sem alteração de significado:


▪︎transitivo direto, se não for pronominal; 
Exemplo: Maria lembrou o nome do artista. 
▪︎transitivo indireto, se for pronominal.
Exemplo: Maria lembrou-se do nome do artista. 
Em resumo: o verbo lembrar pode ser transitivo direto (neste caso, não é pronominal) ou
transitivo indireto (regendo a preposição de, se for empregado como pronominal).
Portanto, a substituição proposta no item não provoca erro gramatical. 

A afirmação, a forma verbal "nos contam" estabelece concordância com o sujeito "nossos
pais e outras pessoas mais velhas", então não não se altera a flexão da forma verbal. 
Pelos sentidos do texto, ao se substituir "Embora" (L.2) por Conquanto, mantém-se a
mesma relação sintático/semântica e a correção gramatical do período. Correto. Ambas as
conjunções têm valor de concessão.

Porque a substituição de dos pela expressão  desde os,  além de preservar a correção


gramatical, manteria o sentido de a começar de, a partir de  presente no texto.

Primeiramente, vamos entender o que é paralelismo. O termo paralelismo, na língua


portuguesa, indica a construção de estruturas textuais harmoniosas, seguindo uma mesma
simetria. Ela pode ser sintática, quando se refere a sintaxe gramatical do texto
ou semântica, quando o autor busca harmonizar as ideias.
O item é errado. O item afirma que “se o terceiro parágrafo do texto constituísse o corpo
de um documento oficial, como um relatório ou parecer, por exemplo, seria necessário
preservar o paralelismo entre as ideias a respeito de ‘Modernidade’ (l.11 e 16), por
meio da conjugação do verbo ser, nas linhas 11 e 17, no mesmo tempo verbal”. No
entanto, isso está incorreto, porquanto em cada período introduzido pela
palavra "Modernidade" trata-se de um assunto diferente a respeito desse tema, visto que,
é plenamente comum um texto abordar um tema por meio de vários assuntos, ademais,
conforme justificativa emanada da própria Banca CESPE, não há nenhuma regra
gramatical ou de redação oficial que obrigue o emprego de paralelismo em toda e
qualquer estrutura textual.

O gerúndio é uma forma nominal do verbo, portanto não possui flexão de pessoa e
número nem de tempo e modo. Apresenta a terminação -ndo. Exemplo: cantando,
escrevendo, partindo.
O termo "tal rito" estabelece relação de coesão referencial anafórica com as seguintes
formas verbais: igualando-o, ultrapassando-o, acostumando, mostrando-lhes, fazendo (l.12),
invertendo, fazendo (l.14).

A expressão “Num dado momento” desempenha a função de adjunto adverbial de tempo


de longa extensão, porque apresenta três ou mais palavras
. Se o adjunto adverbial deslocado for de grande extensão (três ou mais palavras), a vírgula
será obrigatória.
Por essa razão, o item está incorreto.
Observação: quando houver adjunto adverbial de pequena extensão, a vírgula será
opcional. 

A crônica é um gênero textual muito presente em jornais e revistas. Em geral, essa pode ser
entendida como um retrato verbal particular dos acontecimentos urbanos, como na
narrativa sobre o assalto.

A forma verbal “restaura”, em “O processo judicial restaura a verdade dos fatos.”, está no
presente do indicativo. Lembrese de que o modo indicativo traz uma certeza. Logo, o item
está correto.
Os dois elementos (“foi” e “quem”) formam partícula de realce, também chamada de
expletiva. Esse expletivo confere ênfase a um sentido restritivo (equivale a dizer que foi
somente Prometeu quem roubou o fogo, e mais ninguém). Sem esse expletivo, a frase
continua correta, mas o sentido de restrição é menos percebido, e pode-se mesmo
entender que mais alguém pode ter roubado o fogo. Portanto, a ênfase foi reduzida.

As linhas 10 a 12 informam um exemplo de procedimento costumeiro na época em que


Daise Beckmann atuava em investigações. Como exemplo em uma época passada, o
procedimento não pode ser deduzido como regra para todas as ocorrências de
investigação.

O vocábulo "ou" aparece no fragmento "devorar ou clicar?" como um conectivo ou


conjunção alternativa que liga dois verbos de ação, dando-lhe uma noção de opção ou
escolha diante do dilema: fotografar prato. Nesse sentido, as ações são mutuamente
excludentes. Repare que o ponto de interrogação enfatiza a necessidade de escolha por
uma ação: ou devorar o prato, ou clicar a máquina de fotografar? Portanto, uma informação
exclui a outra.

Segundo o trecho “Foi o texto escrito – mais que o desenho, a oralidade ou o gesto – que o
mundo ocidental elegeu como linguagem que cimenta a cidadania, a sensibilidade, o
imaginário”, a linguagem escrita, apesar de se sobrepor a outras formas de comunicação,
não as torna inúteis.

No trecho “(…) onde qualquer um pode fazer um estrago bem maior do que ele na
comunidade internacional e na vida de cada um”, a expressão “maior do que” indica um
valor comparativo; e, neste caso, será permitido eliminar o vocábulo “do”. Isso ocorrerá
apenas quando indicar uma comparação.

Por mais que haja alguns traços de descrição no texto, objetivo principal é narrar a história
de uma aposta realizada entre Deus e Diabo sobre os seres humanos. Podemos entender
que se trata de uma narrativa ficcional. Por afirmar que o objetivo é caracterizar, o item está
errado.

Reescrevendo, temos: você não pode sentir a prisão, você não pode tocar a prisão. Então, o
pronome relativo “que” substituiu mesmo “a prisão” e funcionou como objeto direto desses
dois verbos.

“Mas es aquele que um surgiu, quando ele andava pelos vinte anos”
O vocábulo “um” (ℓ.14) refere-se a um indivíduo cujo nome é idêntico ao do autor do texto.
Na verdade, o termo "um" retoma o vocábulo "homônimo: "Com uma combinação
incomum de nome e sobrenome, difícil seria encontrar um homônimo. Mas eis que  "um"
(homônimo) surgiu. Considerando  que o vocábulo tem como significado "aquele que tem
o mesmo nome (de outro)", está correto o que se afirma na assertiva.

“ o texto destacado até que a emoção cabe, ou diminua; e podemos corrigir erro de
português”. As formas verbais “acabe” e “diminua” (l. 20) estão flexionadas no modo
subjuntivo e indicam a incerteza do falante a respeito do que está dizendo. No trecho “até
que a emoção acabe, ou diminua”, as formas verbais estão conjugadas no presente do
subjuntivo e indicam uma possibilidade, uma incerteza. Logo, o item está certo.
“pontuou pelo menos seis itens emergências na área” O vocábulo “seis” foi empregado no
texto com valor numeral ordinal, que acompanha o substantivo “itens”.

A linguagem não verbal se manifesta no texto por meio da referência a “olhos” e “mãos”
como instrumentos de transmissão de mensagens. “Não soltamos as mãos e nem deixaram
cair nas calçadas ou esquecidas. Os olhos fitavam-se e desfitavam-se, e depois vagarem ao
perto”.

No trecho “Em 2019, o número de vagas é maior, mas o sistema carcerário só teria
capacidade para abrigar 461.026 pessoas”, a conjunção “mas” indica, contextualmente, uma
ideia adversativa, assim como também as conjunções “porém”, “entretanto” e “todavia”. Já
o conector “conquanto” expressa ideia concessiva; por isso, a alternativa está incorreta.

“A vírgula logo após “Veraneio” (l. 19) pode corretamente dar lugar a um travessão, com
ganho de ênfase e manutenção do sentido. O trecho final “os modelos adotados naqueles
tempos” funcionam como aposto resumidor da enumeração citada antes (Gurgel, Brasília,
Fusca ou Veraneio). O aposto em final de frase pode ter antes uma vírgula, dois pontos ou
travessão, ou até ficar entre parênteses. Com travessão, a visibilidade aumenta e, por isso, a
ênfase é maior.

“ Também, recentemente, o uso de tropas federais no Rio de Janeiro”. É correto retirar sem
prejuízo gramatical, pois se trata de pequeno adjunto adverbial deslocado. Porém, ocorre
alteração semântica: o sentido original situa claramente como recente apenas o segundo
exemplo de atuação em GLO; o novo sentido, sem as vírgulas (também recentemente), faz
considerar recentes os dois exemplos que, antes, com as vírgulas, não seriam entendidos
claramente como ambos recentes.

Fica claro que a falta de leitura preocupa pela sua relação de causa e efeito com a
cidadania, visto que aquele que lê, necessariamente, alcança a plena cidadania. O erro da
questão consiste na palavra “necessariamente”, pois observe no texto o trecho “Pois a
cidadania plena, em sociedade como a nossa, só é possível – se e quando ela é possível –
para os leitores”. Portanto, o item está errado.

Ocorre acento grave em “às” antes de “demandas” (l. 7) para indicar que, nesse lugar,
houve a fusão de uma preposição, exigida pelo vocábulo antecedente, com um artigo
definido, usado antes dessa palavra feminina. Em “ligada às demandas”, a crase ocorre
devido à fusão preposição “a”, exigida pelo termo “ligada”, com o artigo “as” que
acompanha o substantivo feminino no plural.

No decorrer do texto, identificamos apenas o discurso direto, que é marcado pelo uso de
travessões. Lembre-se de que este discurso transcreve fielmente as falas dos personagens.
Logo, essa alternativa está errada.
Os termos morosidade e lentidão apresentam a mesma ideia. Ambos significam a ideia de
demora.

Em lugar de “se aplica” (l.6), a redação “aplica-se” preserva os sentidos, mas implica
prejuízo gramatical. O pronome demonstrativo “isso” apareceu antes desse verbo
(aplica). A próclise (se aplica) fica obrigatória.

O paralelismo não é uma regra cega aos efeitos de sentido e à coerência textual. O texto
empregou “ao” (preposição e artigo definido) diante de “caráter inquisitório do inquérito
policial”, porque se trata de termo especificado, único. Por outro lado, o texto emprega
somente preposição “a” (sem artigo definido “as”) diante de “conhecidas e disseminadas
práticas...”, porque pretende obter o sentido indefinido no plural (algumas práticas
conhecidas, mas não todas). Seria correto, porém não obrigatório, escrever “às conhecidas
e disseminadas práticas...”, mas com sentido diferente (todas as práticas conhecidas).

Se substituirmos o segmento sublinhado, em “(…) apesar de a porta continuar lacrada,


pegadas compatíveis com a dos sacerdotes eram observadas no chão” (l. 11-13), por uma
oração desenvolvida, teremos como forma correta: apesar de que a porta continuasse
lacrada, (…).Ao se desenvolver a oração destacada no período “(...) apesar de a porta
continuar lacrada, pegadas compatíveis com a dos sacerdotes eram observadas no chão”,
teremos: apesar de que a porta continuasse lacrada, pegadas compatíveis com a dos
sacerdotes eram observadas no chão. Observe que a locução “apesar de” é prepositiva,
enquanto a locução “apesar de que” é conjuntiva. E isso faz com que se desenvolva a
oração. Por isso, a alternativa está correta.
DICA IMPORTANTE
Contração ao + infinitivo = tempo: Ao chegar, devolva-me os passaportes.
Preposição por + infinitivo = causa: Por chegar  tarde, foi demitido.
Preposição para+ infinitivo = finalidade: Para chegar  a tempo, corra.
Locução prepositiva apesar de+ infinitivo = concessão: Apesar de ter  acordado cedo, c

Em “ficar sabendo o que ela contrabandeava e, principalmente, como.”, ao deslocar o


advérbio “principalmente” para logo após o verbo “sabendo”, haverá uma mudança de
referente, o que altera o sentido. Veja que, no texto original, o vocábulo “principalmente”
faz referência à ideia de “como ela contrabandeava”, ao passo que, quando fazemos o
deslocamento, esse advérbio faz alusão à ideia do verbo “sabendo”. Por alterar o sentido, o
item está errado.

Empregando a chave de tradução apresentada entre as linhas 23 e 32, é possível


reescrever em linguagem formal, sem prejudicar o sentido, o trecho das linhas 12 e 13, da
seguinte forma: É fácil obter um revólver. Basta tomá-lo de um policial e pronto:
estamos armados. Conforme a chave de tradução e o padrão formal de linguagem, o
trecho foi reescrito corretamente com o mesmo sentido do original. “Máquina” é o revólver,
“arrumar” é verbo empregado em sentido informal; então se reescreveu como “É fácil obter
(arrumar) um revólver (máquina)”. “Gogó” é garganta ou pescoço, “pular no gogó” é gíria
para “atacar e tomar algo em poder de outrem”; então se reescreveu como “Basta tomá-lo
(tomar o revólver) de um policial”. “Estamos maquinados” significa estar com o revólver em
seu poder, ou seja, estar armados.
Estaria mantida a correção gramatical do texto caso a oração “a fim de evitar desilusões
futuras” (l.2-3) fosse substituída pela seguinte: a fim de se evitarem desilusões futuras.
Estaria mantida a correção gramatical do texto caso a oração “a fim de evitar desilusões
futuras” (l.2-3) fosse substituída pela seguinte: a fim de se evitarem desilusões futuras.

De fato, haveria incorreção gramatical no deslocamento do termo "a longo prazo", devido
à ambiguidade que geraria no contexto. Então, analisemos o que o texto original afirma:
Por conseguinte, grandes mudanças na cobertura florestal têm importantes implicações
quanto à perda de biodiversidade e à prosperidade da sociedade da amazônia,  a longo
prazo.
Note-se que a expressão "a longo prazo" está alocada no final do período. No texto, o
sentido é de que "a perda da biodiversidade e a prosperidade da sociedade da amazônia"
serão gradativas, em função da mudança  na cobertura florestal. Esse sentido, ainda,
permaneceria idêntico se o termo viesse em ordem direta, como a seguir:
Por conseguinte, grandes mudanças na cobertura florestal têm importantes implicações  a
longo prazo  quanto à perda de biodiversidade e à prosperidade da sociedade da amazônia.
Acontece que se o trecho sublinhado fosse deslocado para o início do período, como
sugere a questão, não seria possível identificar o que ocorreria "a longo prazo". Seria as
"grandes mudanças na cobertura florestal" ou "[a] perda de biodiversidade e [a]
prosperidade da sociedade da amazônia"?
Vejamos a proposta do examinador:
A longo prazo, por conseguinte, grandes mudanças na cobertura florestal têm importantes
implicações quanto à perda de biodiversidade e à prosperidade da sociedade da amazônia.
Ou seja, as implicações em relação à perda de biodiversidade e à prosperidade seriam "a
longo prazo"? Ou elas aconteceriam se as mudanças na cobertura florestal fossem "a longo
prazo"? Percebeu?

A coerência e a coesão do texto não seriam prejudicadas se o trecho “se o medo não
fosse constante, as pessoas (...) a humanidade.” (l.3-4) fosse reescrito da seguinte forma:
se o medo não for constante, as pessoas se unirão mais e incendiarão de entusiasmo a
humanidade. A questão trata da correlação entre os tempos verbais.
Observe:

 Se eu passasse na prova, eu ficarei feliz (correlação inadequada).


 Se eu passe na prova, eu ficaria feliz (correlação adequada).
Observação: como você pode observar, deve ocorrer correlação lógica
entre modo e tempo verbal. Observe outro exemplo.

 Se eu viajasse, serei feliz (correlação inadequada).


 Se eu viajar, serei feliz (correlação adequada).
O verbo “viajasse” indica possibilidade no passado. Logo o verbo da construção relacionada
não pode indicar futuro. Por isso, está inadequado (a forma adequada é “seria”). Na
segunda construção, “viajar” indica futuro. Logo o verbo da oração relacionada também
deve manter lógica no tempo verbal.
Correlação verbal, assim, pede atenção ao modo e ao tempo verbal. Observe as principais
correlações.
*Correlações verbais corretas
Presente do indicativo + presente do subjuntivo:
Exijo que você faça o dever.
Pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo:
Exigi que ele fizesse o dever.
Presente do indicativo + pretérito perfeito composto do subjuntivo:
Espero que ele tenha feito o dever.
Pretérito imperfeito do indicativo + mais-que-perfeito composto do subjuntivo:
Queria que ele tivesse feito o dever.
Futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo:
Se você fizer o dever, eu ficarei feliz.
Pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo:
Se você fizesse o dever, eu leria suas respostas.
Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito composto do
indicativo:
Se você tivesse feito o dever, eu teria lido suas respostas.
Futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo:
Quando você fizer o dever, dormirei.
Futuro do subjuntivo + futuro do presente composto do indicativo:
Quando você fizer o dever, já terei dormido.
*  Exemplos dados pelo Prof. Marcelo Paiva
NA QUESTÃO, TEMOS:
Pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo:
se o medo não  fosse  constante, as pessoas se  uniriam  mais e incendiarão de entusiasmo a
humanidade.
Futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo:
se o medo não  for  constante, as pessoas se  unirão  mais e incendiarão de entusiasmo a
humanidade.

As palavras “juízes” e “constituía” são acentuadas em função da mesma regra. Ambas são
hiatos formados por vogal i tônica formando sílaba sozinha.
- ju-í-zes;
- cons-ti-tu-í-a.
Os hiatos com vogal i tônica recebem acento gráfico.

De acordo com o texto, o acesso ao conhecimento recrudesceu a percepção do homem


sobre si mesmo, o autoconhecimento. “Recrudescer” significa aumentar. O texto afirma o
contrário: há muito conhecimento de mundo e pouco autoconhecimento.

O trecho “de dormir uma noite inteira dentro do cemitério.” (l. 6) complementa o sentido do
adjetivo “capaz” (l. 6).  adjetivo ‘capaz’ pede um complemento introduzido pela preposição
‘de’.

O sinal de dois pontos, na linha 48, tem o papel de explicitar a expressão “mesma lição”.
No trecho “pode-se extrair de ambas a mesma lição: o preconceito não surge,
exclusivamente, de uma dicotomia”, o sinal de dois pontos serve basicamente para
introduzir uma explicação; portanto, a alternativa está correta, visto que o que é afirmado
após o sinal reitera qual seja essa “mesma lição”.

A redação atividade que atender à defesa da comunidade, em lugar do original


“atividade tendente a assegurar a defesa da comunidade” (l. 23), acarreta alteração
semântico-sintática, embora não implique prejuízo sintático. A alteração semântica
(mudança de sentido) decorre da supressão de “tendente” e da troca de “assegurar”
(sentido de garantir) por “atender” (sentido de dar atenção, satisfazer, contemplar).
A alteração sintática (mudança de função sintática) decorre da troca do objeto direto “a
defesa da comunidade” pelo objeto indireto “à defesa da comunidade” (o verbo “atender”
tanto admite objeto direto, ao escrevermos sem preposição e sem crase “atender a defesa”,
quanto admite objeto indireto, ao escrevermos com preposição e com crase “atender à
defesa”). O prejuízo sintático (erro gramatical) realmente não ocorre, porque ambas as
redações são gramaticalmente corretas.

Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, a forma verbal “está” (l. 25) poderia ser
flexionada no plural. No trecho “Maior parte das pessoas em conflito com a lei está presa
por envolvimento com drogas”, a concordância é facultativa, pois há a possibilidade de
tanto concordar com o núcleo do sujeito partitivo “parte” quanto concordar com a
expressão pluralizada “das pessoas em conflito com a lei”. Lembre-se de que isso ocorrerá
quando houver um sujeito partitivo (parte, maioria, minoria) seguido de uma expressão
pluralizada. 

A coerência textual está prejudicada no texto pelo emprego da vírgula presente


imediatamente antes de “Daise” (l. 3). Daise não é a única investigadora de polícia que
existe no Mato Grosso (o texto informa que são 559). No entanto, essa vírgula acarreta o
sentido de que ela seria a única. Essa vírgula indicou aposto explicativo no texto. Para o
texto ser coerente com o fato de que Daise é uma das investigadoras, e não a única, essa
vírgula deve ser retirada. Resultado: teremos o nome “Daise Beckmann Morel Luck” na
função de aposto restritivo.

Verbo "haver", com sentido de "existir", é impessoal. Portanto, não tem sujeito.

No trecho “Houve um tempo em que eu comia um monte de coisas (…)”, a forma verbal
“houve” indica um valor existencial e não poderá ser substituído pelo verbo “ter”. Note-se
que o verbo “ter” indica um valor de posse, e jamais significará uma existência. Por isso, o
item está incorreto.

A inserção de vírgula logo após o travessão da linha 29 implica inadequação às normas de


pontuação. O trecho entre travessões constitui aposto enumerativo. Antes dos travessões,
aparece o verbo “avisar” com seu objeto direto “outros cinco países”. Após os travessões,
aparece o objeto indireto desse verbo: “sobre o envolvimento...” (regência: avisar alguém
sobre algo, ou avisar algo a alguém). É errado separar objeto direto e objeto indireto do
mesmo verbo, na ordem direta. Vírgula proibida.

O período completo é: “Apesar de tecnologias como caneleiras eletrônicas já permitirem


que a amamentação seja feita em prisão domiciliar, isso raramente acontece.” Existem aí
três orações: (1) Apesar de tecnologias como caneleiras eletrônicas já permitirem; (2) que a
amamentação seja feita em prisão domiciliar; (3) isso raramente acontece. A locução
“apesar de” estabeleceu relação das orações (1) e (2), juntas, com a oração (3). A questão
afirmou que a relação se dava com oração anterior. Além disso, ao empregar a conjunção
“Embora”, será preciso ajustar a forma do verbo da oração (1) e escrever: permitam. O
sentido é o mesmo.

Visto que se pode perceber no decorrer do texto um encadeamento de fatos, o texto é


preponderantemente narrativo; logo.
A locução “dado que” informa causa. A locução “na medida em que” também informa
causa. Além disso, está escrita corretamente. Seria errado escrever “na medida que”.
Cuidado para não confundir com “à medida que”, locução com sentido de proporção. 

Na linha 1 do texto, em lugar de “Desde o advento”, é correto escrever “À partir do


advento”. É ERRADO! Crase proibida antes de verbo (“partir”).

Depreende-se do texto uma visão negativamente crítica tanto da pura ética das boas
intenções quanto do isolamento esplêndido, comportamentos que se afastam da ideia de
responsabilidade. Afirmação validada no primeiro parágrafo, na linha 9 a 11, especialmente
no trecho que declara “trata-se de evitar” (seguido da menção a esses comportamentos).

Há registros da associação de pessoas para o cometimento de crimes desde a


Antiguidade. O texto afirma que encontramos indícios, e não registros; dessa
forma, a questão está errada.

Segundo o autor, o “crime organizado” sempre existiu na sociedade. De acordo com a


interpretação do texto, o crime organizado não é algo recente; no entanto, as informações
são insuficientes para afirmar que sempre existiu. Por isso, o item está errado.

O trecho “ao encontrar um agouro” (l. 28) indica a causa de o tenente Souza sorrir e
passar tranquilamente. “AO” seguido de infinitivo denota ideia de tempo. 

Na linha 25, a substituição do vocábulo “Ademais” por “Demais” mantém a correção e o


sentido original do texto. Os vocábulos ademais e demais são sinônimos e equivalem
a além disso.

A conjunção “mas” indica uma adversidade, assim como “porém”, “contudo” e “todavia”. Já
a conjunção “conquanto” se trata de um valor concessivo.

É correto inferir do texto que operações de GLO podem ocorrer inclusive em casos que
não caracterizaram esgotamento dos meios de segurança pública. O último parágrafo
informa o uso de operações de GLO em processos eleitorais de municípios sob risco de
perturbação da ordem, ou seja, basta o risco de perturbação em época eleitoral, sem
necessidade de ter havido esgotamento dos meios de segurança pública.

Preserva-se a correção gramatical e a coerência textual, substituindo-se “Harry e


Dumbledore travam o seguinte diálogo” (L.8) por se trava, entre Harry e Dumbledore, o
seguinte diálogoO pronome “se” foi anteposto ao verbo (trava), porque ocorre, no início
da linha 8, o pronome relativo “que”, palavra atrativa (próclise obrigatória). O tempo verbal
foi mantido como presente do indicativo, agora na voz passiva sintética, com o sujeito
paciente “o seguinte diálogo”. O termo entre vírgulas (entre Harry e Dumbledore) funciona
agora como adjunto adverbial, mas ainda conserva a informação sobre quem estabelece o
diálogo. Atenção! A questão pediu coerência – não pediu exatamente o mesmo sentido,
nem exatamente a mesma análise sintática. Para ser coerente, basta preservar adequação
de relações lógicas do texto.

As vírgulas do terceiro parágrafo não podem ser justificadas com base em uma mesma
regra de pontuação. A terceira vírgula se justifica por uma inversão na ordem da frase: “E a
vida, que valor terá?” As outras duas vírgulas se justificam pela elipse da forma verbal
“tiver”, expressa em “quando meu vestido tiver mais valor”: “Um carro [tiver] mais valor...”;
“Uma casa [tiver] mais valor...”. 

É correta e textualmente coerente a substituição de “Quererá” (l. 8) por “Quereria”. o


sentido de “quererá” perde o valor de um futuro seguro (que seria o sentido do futuro do
presente do indicativo) e passa a assumir, no contexto, o valor de um futuro incerto,
questionável (que é o sentido típico do futuro do pretérito: quereria).

O texto, predominantemente descritivo, caracteriza os principais atributos de Mario


Quintana. Por mais que haja alguns traços de descrição no texto, o objetivo principal é
narrar a história de acontecimentos na vida de Mario Quintana. Por tratar-se de um texto
essencialmente narrativo, o item está errado.

O emprego da vírgula imediatamente após “quatrocentos anos de ciência” (l. 11) justifica-
se pela enumeração de elementos na frase. Não ocorreu enumeração. Ocorreu explicação,
equivalência ou tradução do sentido de “quatrocentos anos de ciência” como sentido
equivalente a “quatrocentos anos de desenvolvimento de uma metodologia (a ciência) que
transformou e continua transformando o mundo.”

Na oração “disse-me que havia emprestado o livro a outra menina”, será proibido o
emprego do sinal indicativo de crase, visto que o termo “outra” é um pronome indefinido, e
sabemos que não há crase diante de pronomes indefinidos.

Por mais que haja alguns traços de descrição no texto, o objetivo principal é narrar a
história do astronauta que se encontra com o diabo no espaço. Podemos entender que se
trata de uma narrativa ficcional. Por afirmar que o objetivo é caracterizar, o item está
errado.

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