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MARATONA SENADO FEDERAL -

ANALISTA LEGISLATIVO
Professor: Claiton Natal
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

1 – Restritivas (em regra, não há vírgula) 2 – Explicativas (há vírgula)


Que = pronome relativo
1) oração subordinada adjetiva
2) admite substituição lexical por o qual ou variações
3) é um termo anafórico (referente anterior)
4) possui função sintática
1) Umberto Eco homenageia os cientistas que combatem o obscurantismo
fundamentalista.

2) O local em que ele atua é desconhecido da polícia.


3) O ministério realizou o levantamento de que resultou a publicação do livro.

4) A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala
só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta. É na escuta que o
amor começa. E é na não-escuta que ele termina.
Que= conjunção integrante
- Oração subordinada substantiva
- não possui função sintática
1) No partido do presidente, quatro deputados afirmaram que votarão pela
aceitação da peça do Ministério Público.

2) Os deputados de oposição não duvidam de que a proposta será aprovada.


3) O ministro da Justiça tem a convicção de que o armamento da sociedade é um
retrocesso.

4) O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário que


me faz companhia até
hoje, observou que o início da infelicidade humana se encontra na comparação.
IMPORTANTE!

Os alunos sabem o que eu fiz.

Em um rápido discurso, Temer comemorou o que considerou uma rápida


tramitação da reforma da Previdência
O QUE (o = pronome demonstrativo e que = pronome relativo)
Existem construções em que o pronome relativo “que” é antecedido pelos
pronomes demonstrativos “a, as, o, os”. Nestas construções, muitos candidatos
classificam a palavra “que” como conjunção – e não como pronome relativo.

Exemplo:
Todos sabem o que o deputado acusado fez.
Análise: no exemplo acima, o vocábulo “o” é um pronome demonstrativo – e o
“que”, um pronome relativo. Para chegar a esta classificação, devem-se seguir
alguns passos: 1) Faça a substituição lexical: “Todos sabem aquilo que o deputado
fez”. 2) Divida as orações entre o demonstrativo “o” e o relativo “que”: Todos
sabem o | que o deputado fez”. 3) Estabeleça a relação anafórica, ou seja, o “que”
pronome relativo, como já estudamos, retoma o termo imediatamente anterior –
que, neste caso, é o pronome demonstrativo “o” (aquilo). 4) Agora, depois da
retomada do antecedente, classifique sintaticamente o pronome relativo “que”:
“o deputado fez aquilo” (aquilo = objeto direto). Ressalte-se que a função do
vocábulo “aquilo”, na oração 2, é a função sintática do pronome relativo “que”
(objeto direto) , porquanto este pronome retoma o demonstrativo “o” (aquilo).
É QUE (locução expletiva)
A expressão “é que”, como locução expletiva ou de realce, é empregada para
evidenciar um termo da oração, e não lhe cabe função sintática nenhuma.

Os deputados é que saíram ganhando. (período simples)

Nós é que somos brasileiros. (período simples)

Foi por meio da teoria que o professor explicou a matéria.


Análise
Nos exemplos acima, a expressão “é que” pode ser retirada sem modificar as
relações sintáticas: “Os deputados saíram ganhando” – “Nós somos brasileiros” –
“Por meio da teoria o professor explicou a matéria”.
O qual

Este pronome concorda com o antecedente e pode substituir o “que” nas orações
subordinadas adjetivas.

A compaixão sincera, a qual gera o perdão, amadurece quando descobrimos onde


o inimigo chora.
1 - Em regra – quando o pronome estiver precedido de preposição com duas ou
mais sílabas –, deve-se empregarr “o qual”, em vez de “que”.

Exemplo:

Esta é uma questão contra que a população pobre não reage. (incorreta)
Esta é uma questão contra a qual a população pobre não reage. (correta)
2 – Empregam-se obrigatoriamente “o qual” e variações em vez de “que” quando
este promover ambiguidade.

Encontrei o autor da lei a que o professor fez referência. (construção ambígua)


Observe que, na construção acima, há dupla possibilidade de interpretação. Pode-
se entender: “o professor fez referência ao autor da lei” ou “o professor fez
referência à lei”. A fim de evitar a ambiguidade, recomendam-se as seguintes
construções: Encontrei o autor da lei à qual o professor fez referência (retoma
“lei”); Encontrei o autor da lei ao qual o professor fez referência (retoma “autor”).
É fato que, neste período, o emprego do relativo “o qual” esclarece o antecedente.
Não devemos, então, empregar o pronome “que” quando houver mais de um
antecedente.
QUESTÕES DE PROVAS

1 - (FGV/2018)
“Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da internet, que se
ressente ainda da falta de uma legislação específica que coíba não somente os usos mas
os abusos deste importante e eficaz veículo de comunicação”. Sobre as ocorrências do
vocábulo que, nesse segmento do texto, é correto afirmar que:
(A) são pronomes relativos com o mesmo antecedente;
(B) exemplificam classes gramaticais diferentes;
(C) mostram diferentes funções sintáticas;
(D) são da mesma classe gramatical e da mesma função sintática;
(E) iniciam o mesmo tipo de oração subordinada.
A invenção das técnicas para controlar o fogo, o início da agricultura e do pastoreio
na Mesopotâmia, a organização da democracia na Grécia, as grandes descobertas
científicas e geográficas entre os séculos XII e XVI, o advento da sociedade
industrial no século XIX, tudo isso representa saltos de época, que desorientaram
gerações inteiras.
2 - (CESPE/PGE/PE/2019)
Na linha 3, o vocábulo “que” retoma o termo “saltos de época”.
“Ao longo dos últimos anos, a participação de pessoas com idade superior aos 60
anos vem aumentando na força de trabalho do país. Além do envelhecimento da
população, os idosos estão adiando a saída do mercado. E para protegê-los, o
Estatuto do Idoso, que completou 15 anos no dia 1º de outubro, também trata de
direitos relativos a trabalho e renda. Entretanto, alguns ainda não saíram do
papel.”
3. (FGV/PMS/BA/2019)
Assinale a opção que apresenta a substituição adequada de um segmento desse
texto.
(A) “Ao longo dos últimos anos” / após os últimos anos.
(B) “força de trabalho do país” / força de trabalho dos países.
(C) “para protegê-los” / a fim de proteger-lhes.
(D) “que completou” / o qual completou.
(E) “alguns ainda não saíram” / alguns até agora não saíram.
Estudar é semelhante ao trabalho de um detetive que investiga um determinado assunto. O bom
detetive é aquele que considera o maior número de hipóteses e escolhe aquelas que julgar mais
convincentes. Para fazer isso, ao contrário do que se pode pensar, é importante ter dúvidas.
Todos têm dúvidas. Do mais importante cientista ao mais humilde trabalhador.
O que faz um trabalho de investigação ser bom é a capacidade de organizar essas dúvidas e
tentar solucionar o maior número delas”.
4 – (FGV/Câmara de Salvador/2018)
Nesse segmento do texto 3 há cinco ocorrências do vocábulo QUE, que se encontram
sublinhadas.
Sobre essas ocorrências, é correto afirmar que:
(A) pertencem a duas classes gramaticais diferentes;
(B) relacionam-se a vocábulos anteriores de valor substantivo;
(C) exemplificam casos de anáfora e de catáfora;
(D) substituem palavras ou orações anteriores;
(E) introduzem segmentos de valor adjetivo ou adverbial.
A constitucionalização dos remédios contra o abuso do poder ocorreu por meio de
dois institutos típicos: o da separação dos poderes e o da subordinação de todo
poder estatal (e, no limite, também do poder dos próprios órgãos legislativos) ao
direito (o chamado “constitucionalismo”). O segundo processo foi o que deu lugar
à figura — verdadeiramente dominante em todas as teorias políticas do século
passado
5 – (CESPE/STF/Analista 2013)
No trecho “o que deu lugar à figura” (linha 7), a partícula “o” classifica-se como
pronome demonstrativo e exerce a função de sujeito da oração subordinada
adjetiva.
6 - (FGV SENADO)
“É com uma ação eficiente do governo e do setor privado que certamente
poderemos promover o desenvolvimento dos países.”
Ao fazermos a seguinte alteração no período acima: É com uma ação eficiente do
governo e do setor privado que certamente promoveremos o desenvolvimento
dos países, é correto afirmar que:
(A) tem duas orações.
(B) é composto por subordinação somente.
(C) é composto por coordenação e subordinação.
(D) é simples.
(E) é composto por coordenação somente.
Nesse contexto, a Lei Maria da Penha teria o papel de assegurar o reconhecimento
das mulheres em situação de violências (incluída a psicológica) pelo direito; afinal,
é constatando as obrigações que temos diante do direito alheio que chegamos a
uma compreensão de cada um(a) de nós como sujeitos de direitos.
7- (CESPE/PGE/2019)
Sem prejuízo da correção gramatical do texto, os vocábulos “é” (linha 2) e “que”
(linha 3) poderiam ser suprimidos, desde que fosse inserida uma vírgula
imediatamente após a palavra “alheio” (linha 3)
O gosto da maravilha e do mistério, quase inseparável da literatura de viagens na
era dos grandes descobrimentos marítimos, ocupa espaço singularmente reduzido
nos escritos quinhentistas dos portugueses sobre o Novo Mundo. Ou porque a
longa prática das navegações do Mar Oceano e o assíduo trato das terras e gentes
estranhas já tivessem amortecido neles a sensibilidade para o exótico, ou porque
o fascínio do Oriente ainda absorvesse em demasia os seus cuidados sem deixar
margem a maiores surpresas, a verdade é que não os inquietam, aqui, os
extraordinários portentos, nem a esperança deles
8. (CESPE/IRBR/2018)
Nas linhas 11 e 12, “é que” caracteriza-se como expressão expletiva, empregada
para realçar o conteúdo “não os inquietam, aqui, os extraordinários portentos,
nem a esperança deles” (linha 12).
Cerca de três séculos depois, Portugal lançou-se em uma expansão de conquistas
que, à imagem do que Roma fizera, levou a língua portuguesa a remotas regiões:
Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Cingapura, Índia e Brasil, para citar uns poucos
exemplos em três continentes.
9. (CESPE/DPF/Escrivão/2018)
A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas caso a forma
verbal “levou” (linha 3) fosse substituída por levaram.
Sei que fazer o inconexo aclara as loucuras.
Sou formado em desencontros.
A sensatez me absurda.
Os delírios verbais me terapeutam.
Posso dar alegria ao esgoto (palavra aceita tudo).
(E sei de Baudelaire que passou muitos meses tenso porque não encontrava um
título para os seus poemas. Um título que harmonizasse os seus conflitos. Até que
apareceu Flores do mal. A beleza e a dor. Essa antítese o acalmou.)
As antíteses congraçam.
Manoel de Barros. Livro sobre nada. Rio de Janeiro: Record, 1997, p. 49.
10 - (CESPE/IRBr/Diplomata/2015)
No trecho “E sei de Baudelaire que passou muitos meses tenso” (v.6), a omissão
da vírgula necessária para isolar a oração adjetiva explicativa introduzida pelo
pronome “que” é desvio da norma gramatical circunscrito à denominada licença
poética.
O mais plausível é imaginar que essa tarefa caiba a sensores fotoelétricos
espalhados pelos bairros. Mas e antes dos sensores, como é que se fazia? Imagino
que algum funcionário trepava na antena mais alta no
O Juca era da categoria das chamadas pessoas sensíveis, dessas a que tudo lhes

toca e tange. Se a gente lhe perguntasse: “Como vais, Juca?”, ao que qualquer

pessoa normal responderia “Bem, obrigado!” — com o Juca a coisa não era assim

tão simples. Primeiro fazia uma cara de indecisão, depois um sorriso triste

contrabalançado por um olhar heroicamente exultante, até que esse exame de

consciência era cortado pela voz do interlocutor, que começava a falar chãmente

em outras coisas, que, aliás, o Juca não estava ouvindo...


11. (CESPE/EMAP/2018)
É correto estabelecer a referência do pronome “que” (linha 5) tanto com “voz do
interlocutor” quanto com “outras coisas”.

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