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PORTUGUÊS PARA ANP (TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS)

MATÉRIA COMUM A TODOS OS CARGOS


PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA

Olá, prezado aluno!


Esta é a aula 1 do curso de Língua Portuguesa para o concurso da
ANP. Falaremos hoje sobre estrutura e formação de palavras.
Após uma varredura nos sites de busca e nos meus arquivos,
confirmei aquilo de que já desconfiava: esses assuntos atualmente são
raríssimos nas provas do Cespe, banca responsável pela elaboração da prova.
As quatro questões que encontrei são de 1997 e obviamente estão inseridas
neste material.
Em virtude do exposto acima, precisei adicionar exercícios de
provas de outras bancas examinadoras. Acredito que isso permitirá a você
estudar os assuntos satisfatoriamente.

Estrutura de Palavras

Vamos iniciar com um breve conceito sobre morfemas (elementos


estruturais das palavras). Observe: escol-a; pré-escol-a; escol-inh-a.
Percebeu que todas as palavras têm pelo menos um elemento comum entre si:
escol? Além disso, percebeu que cada elemento destacável é responsável por
um aspecto diferente do significado delas? Leia atentamente:

escol-: elemento básico da palavra, considerada sob o aspecto


gramatical e prático, dentro da Língua Portuguesa atual;
a-: elemento que, junto ao anterior, forma o tema do nome
“escola”;
pré-:indica aquilo que vem antes;
-inh-: denota ideia de diminutivo (em alguns casos, confere valor
depreciativo: povinho, gentinha).

As unidades mínimas de significação que compõem uma palavra


são chamadas de morfemas.

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• CLASSIFICAÇÃO DOS MORFEMAS

1. RADICAL – Morfema comum a uma mesma família de palavras e que


possui a significação básica delas. As palavras que possuem o mesmo radical
são chamadas de cognatas (pertencem à mesma família etimológica).

Ex.: ferro, ferreiro, ferradura – terra, terreno, terreiro – carro,


carroça, carruagem.

2. AFIXO (ou morfema derivacional) – Morfema capaz de alterar a


significação básica de um radical, podendo também alterar a classe gramatical.
Divide-se em prefixo (surge antes do radical) e sufixo (surge após o radical).

Ex.: desleal – infeliz – feliz (adj.) + mente = felizmente (adv.) –


favor (subst.) + ecer = favorecer (verbo).

3. VOGAL TEMÁTICA – Morfema que serve de ligação entre o radical e as


desinências; classifica-se em: nominal (“a”, “e”, “o”, quando átonas finais) e
verbal (“a”, “e”, “i”, designam as três conjugações verbais). O conjunto
radical + vogal temática denomina-se tema.

Ex.: lata, combate, livro – cantar (1ª conjug.), vender (2ª


conjug.), partir (3ª conjug.).

ATENÇÃO! 1 – Sofá, café, cipó, paz, lápis: os nomes terminados em vogais


tônicas, bem como os terminados em consoante, não possuem vogal temática,
tudo é radical.

2 – O verbo PÔR e seus derivados pertencem à segunda


conjugação: “pôr” vem do latim “poer”, cuja vogal temática é “e” (2ª conjug.).

4. DESINÊNCIA (ou morfema flexional) – Morfema que indica as flexões das


palavras variáveis, também se dividindo em: nominal (indica o gênero e o
número) e verbal (indica modo-tempo e número-pessoa).

Ex.: menino – menina; garoto – garota: desinência nominal de


gênero (conceito sustentado por Cegalla, Ernani Terra, Celso Cunha, Ulisses
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Infante e Pasquale Cipro Neto, por exemplo; outros autores, como João
Domingos Maia e Luiz Antônio Sacconi, dizem que a letra “o” em menino, por
exemplo, é vogal temática – as bancas não costumam entrar nessa discussão,
mas fica aqui o registro).

Ex.: mar – mares; giz – gizes: desinência nominal de número


(de acordo com Ulisses Infante e Pasquale Cipro Neto; já Luiz Antônio Sacconi
diz que a letra “e” classifica-se como vogal temática).

Ex.: estudá-va-mos: va = desinência verbal modo-temporal


(pretérito imperfeito do indicativo); mos = desinência verbal
número-pessoal (1ª pessoa do plural).

Ex.: vende-ríe-is: rie = desinência verbal modo-temporal; is =


desinência verbal número-pessoal.

ATENÇÃO! Desinência Nominal de Gênero X Vogal Temática Nominal

Ex.: moço – moça: as desinências nominais de gênero fazem


clara distinção entre masculino e feminino; mesa, dente, livro: como
percebemos, isso não acontece com as vogais temáticas nominais.

5. VOGAL E CONSOANTE DE LIGAÇÃO – Na verdade, não chegam a ser


essencialmente morfemas; pois não acrescentam nenhum significado à
palavra, mas apenas facilitam a sua pronúncia.

Ex.: guri + ada = guriZada – pau + ada = pauLada – café + eira =


cafeTeira

ágil + dade = agilIdade – gás + metro = gasÔmetro

Polícia

É uma função do Estado que se concretiza em uma instituição de


administração positiva e visa pôr em ação as limitações que a lei impõe à

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liberdade dos indivíduos e dos grupos, para salvaguarda e manutenção da


ordem pública, em suas várias manifestações: da segurança das pessoas à
segurança da propriedade, da tranqüilidade dos agregados humanos à
proteção de qualquer outro bem; tutelado com disposições penais. Esta
definição de Polícia não abrange o sentido que o termo teve no decorrer dos
séculos: derivando de um primeiro significado diretamente etimológico de
conjunto das instituições necessárias ao funcionamento e à conservação da
cidade-Estado, o termo indicou, na Idade Média, a boa ordem da sociedade
civil, da competência das autoridades políticas do Estado, em contraposição à
boa ordem moral, do cuidado exclusivo da autoridade religiosa. Na Idade
Moderna, seu significado chegou a compreender toda a atividade da
administração pública. [...]

1. (CESPE/PF/AGENTE/1997) Os termos “polícia”, “política” e “pública” têm a


mesma procedência etimológica: provêm da palavra grega “polis”, que era
a denominação dada à “cidade-Estado”.

Comentário – O erro tem a ver com a palavra “pública”, que tem origem no
latim (publicus) e exprime algo que diz respeito ao povo.
Resposta – Item errado.

2. (FGV/POTIGÁS/ADMINISTRADOR JÚNIOR/2006) Assinale a alternativa em


que a palavra contenha o mesmo número de radicais que beligerâncias.

(A) brasileira
(B) unilaterais
(C) livremente
(D) convivência
(E) civilizadamente

Comentário – Beligerância é o estado de beligerante (adjetivo que qualifica


algo ou alguém que está ou promove guerra). Nota-se a presença de dois

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elementos que trazem a significação básica do vocábulo: beli (bélico = que é


referente à guerra ou próprio dela) e ger (que também é encontrado em gerar;
gerente; gerir = dar existência, origem; causar).
Alternativa A: brasil é o único radical presente; eira é sufixo.
Alternativa B: aqui também temos dois elementos que trazem
a significação básica da palavra unilaterais (uni + lateral).
Alternativa C: o único radical é o elemento livr; e é vogal
temática e mente é sufixo.
Alternativa D: viv é o radical; con é prefixo que denota
companhia; ência é sufixo e indica resultado da ação de conviver.
Alternativa E: o radical é civ; il, ada e mente são sufixo; iz
representa vogal e consoante de ligação.
Resposta – B

3. (CESPE/PF/AGENTE/1997) As palavras “sociedade”, “autoridade”,


“comunidade”, “integridade” e “funcionalidade” apresentam o mesmo
sufixo formador de substantivos abstratos.

Comentário – Desprenda-se do texto um pouquinho, pois ele não é


necessário. O sufixo –dade realmente entra na formação de substantivos a
partir de adjetivos e verbos. Veja dois exemplos: feliz (adjetivo) > felicidade
(substantivo), orar (verbo)> oralidade (substantivo).
Resposta – Item certo.

4. (FGV/MINISTÉRIO DA CULTURA/AGENTE ADMINISTRATIVO/2006) Na palavra


fotografia, há dois radicais: "luz" + "escrever". Assinale a alternativa em
que tenha havido erro na indicação do sentido do primeiro radical.

(A) antropografia – corpo humano


(B) bibliografia – livro
(C) braquigrafia – redução

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(D) cinegrafia – movimento


(E) datilografia – mão

Comentário – Com exceção do elemento datilo, todos têm seu significado


expresso corretamente. Datilo (do grego dáktylos) tem a ver com dedo. O
examinador foi capcioso e disse “mão”.
Resposta – E

5. (FGV/MINISTÉRIO DA CULTURA/AGENTE ADMINISTRATIVO/2006) Assinale a


alternativa que não apresente a classificação correta de um dos elementos
mórficos do vocábulo deixasse

(A) deix- = radical


(B) -e = desinência número-pessoal
(C) -a = vogal temática verbal
(D) deixa = tema
(E) -sse = desinência modo-temporal

Comentário – Perceba que não há como as alternativas B e E estarem


corretas ao mesmo tempo. A letra e não pode ser analisada separadamente,
pois integra o morfema -sse, o qual designa o tempo e modo verbal: pretérito
imperfeito do subjuntivo. Portanto a letra B não apresenta classificação
correta.
Resposta – B

6. (FGV/MINISTÉRIO DA CULTURA/AGENTE ADMINISTRATIVO/2006) Assinale a


alternativa em que o prefixo tenha o mesmo sentido que o de imigrantes

(A) imberbe
(B) imergir
(C) incréu
(D) iníquo
(E) inválido
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Comentário – O prefixo referido é i-; que integra o grupo in-, en-, em-, e-.
Todos indicam movimento para dentro, conversão em, tornar (ingerir, imerso,
engarrafar, entristecer, engolir, embarcar, emudecer). Assim sendo, Se, por
exemplo, um estrangeiro entra em nosso país, ele é considerado pelos
brasileiros um imigrante. Imergir significa mergulhar, afundar, adentrar.
Fique atento, porque in-, im- e i- podem indica negação,
carência, ausência, falta (indelével, infelicidade, ilegal, irracional, irredutível,
impune). É isso o que ocorre nas demais palavras:
– imberbe: que não tem barba;
– incréu: que não tem fé;
– iníquo: que não tem senso de justiça;
– inválido: que não tem validade.
Resposta – B

7. (FGV/POLÍCIA CIVIL-RJ/INSPETOR/2008) Em xenofobia, há a seguinte


combinação de sentidos: estrangeiro + aversão. Assinale a alternativa em
que a explicação do sentido do elemento que antecede -fobia não tenha
sido feita corretamente.

(A) pantofobia (pantera)


(B) estasiofobia (permanecer de pé)
(C) fotofobia (luz)
(D) ictiofobia (peixe)
(E) gamofobia (casamento)

Comentário – Apenas o elemento “panto–” está com seu sentido indicado


erroneamente. Ele, na verdade, significa tudo, todo e provém do grego
pan–, pantós–. Está presente, por exemplo, nas palavras panteísmo,
pantógrafo, panaceia. Pantofobia expressa o estado de ansiedade que induz o
indivíduo a ter medo de tudo.
Resposta – A

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8. (FGV/CODESP/ADMINISTRADOR/2010) Assinale o par de vocábulos em


que seus elementos mórficos destacados NÃO tenham o mesmo sentido.

(A) metropolitana – metrologia


(B) economia – ecologia
(C) telecomunicações – telepatia
(D) petróleo – petrificar
(E) sintonia – sinergia

Comentário – Alternativa A: “metropolitana” remete-nos à metrópole (cidade


grande, principal, importante; do grego méter/metrós + pólis: mãe + cidade).
Já “metrologia” (estudo e descrição dos sistemas de pesos e medidas) nos
lança de volta ao grego métron (medida), também presente, por exemplo, nas
palavras métrico, quilômetro, termômetro. É esta a resposta da questão.
Alternativa B: o radical “eco–” traduz a ideia de casa;
habitação; meio ambiente; residência; bens; propriedade. Também está
presente nas seguintes palavras: ecodesenvolvimento, ecólogo, ecônomo,
ecosfera, ecossistema, ecossociológico, ecotoxicologia, ecoturismo, ecoturista
etc.
Alternativa C: o radical “tele–” significa longe, distanciamento.
Alternativa D: o radical “petr–” traduz a ideia de pedra,
rochedo: pétreo; petrificação.
Alternativa E: o prefixo “sin–” (ou sim–, si–) indica conjunto,
simultaneidade (sintaxe, síntese, sinfonia, simpatia, simetria etc.).
Resposta – A

9. (FGV/SAD-PE/ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA/2008) Essas


pessoas, portanto, costumam ser vítimas de si mesmas e de um estilo de
vida estressante auto-produzido.

Assinale a alternativa que contenha um vocábulo cuja forma auto assuma


valor diferente do que é veiculado em auto-produzido.
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(A) autobiografia
(B) autodidata
(C) auto-estrada
(D) auto-esterilidade
(E) auto-extermínio

Comentário – Em “auto-produzido”, utilizou-se o prefixo auto–, que significa


por si mesmo ou de si mesmo; próprio, independente e com ele se podem
formar muitas palavras: autobiografia, autodidata, autoesterelidade,
autoextermínio, autossuficiência (grafias conforme o novo Acordo Ortográfico),
autocombustão, autodomínio etc.
Em “auto-estrada” (a grafia também de acordo com o novo
sistema ortográfico é sem hífen: autoestrada), o elemento “auto” é forma
reduzida de automóvel e está presente com a mesmo ideia nas palavras:
autódromo, autoescola, autopista, autorama etc.
Resposta – C

10. (FGV/TRE-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) Assinale a palavra em que o


prefixo tenha o mesmo valor semântico que o de dissociação (L.23).

(A) dissolver
(B) dispor
(C) discordar
(D) disenteria
(E) dissimular

Comentário – Segundo o consagrado dicionário Houaiss, Em “dissociação”, o


prefixo dis- tem valor semântico de negação, oposição, como em discordar
(letra C).
Nas demais alternativas, segundo a mesma fonte de consulta,
os valores semânticos são os que se seguem abaixo:
- letra A: separação, disjunção – como em dissidência;
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- letra B: ordem, arranjo, seriação – como em distribuir;


- letra D: dificuldade, defeito – como em dislalia, dislexia,
dispneia, por exemplo.
- letra E: aumento, intensidade, reforço – como em distenso,
por exemplo.
Resposta – C

Processos de Formação de Palavras

Com relação ao radical, as palavras podem ser:

1. SIMPLES – possuem apenas um radical: velho, novo, Brasil, pé

2 COMPOSTA – possuem mais de um radical: ferro-velho, girassol

Quanto à origem de formação, as palavras podem ser:

1. PRIMITIVAS – não derivam de outras da Língua Portuguesa, mas podem


dar origem a outras palavras: pedra, pobre, ferro.

2. DERIVADAS – originam-se de outras palavras da Língua: pedreiro,


empobrecer, ferradura.

OS PRINCIPAIS PROCESSOS DE FORMAÇÃO

1. DERIVAÇÃO

1.1 PROGRESSIVA: com o acréscimo de afixos, dividindo-se em:

a) PREFIXAL: com o acréscimo de prefixo: desleal, infeliz, pré-história,


vice-diretor.

b) SUFIXAL: com o acréscimo de sufixo: lealdade, felicidade, historiador,


diretoria.

c) PREFIXAL E SUFIXAL: com o acréscimo de prefixo e sufixo: deslealdade,


infelicidade, pré-historiador, vice-diretoria.

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d) PARASSINTÉTICA: com o acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo:


empobrecer, ajoelhar, engavetar.

1.2 REGRESSIVA, DEVERBAL, PÓS-VERBAL: ocorre quando se retira a parte


final de uma palavra primitiva, obtendo por essa redução uma palavra
derivada; ocorre frequentemente na formação de substantivos abstratos a
partir de verbos (principalmente com os da 1ª e 2ª conjugações),
substituindo a terminação verbal pela vogal temática nominal.

Ex.: buscar – busca; cortar – corte; perder – perda; vender –


venda; sacar – saque; tocar – toque

ATENÇÃO! Os substantivos deverbais são nomes que denotam ação. Isso é


importante porque há casos em que o verbo se forma a partir do substantivo.
Quando a palavra denota algum objeto ou substância, é o verbo que deriva do
substantivo.

Ex.: planta – plantar (verbo deriv.); perfume – perfumar (verbo


deriv.); azeite – azeitar (verbo deriv.)

1.3 IMPRÓPRIA: ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer


acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical;
também pode acontecer de a palavra mudar a sua classificação dentro da
própria classe gramatical.

Ex.: Você aceita um não como resposta? (advérbio virou


substantivo)

O Dr. Leão é um bom médico. (substantivo comum virou


substantivo próprio)

José Oliveira (substantivo comum virou substantivo próprio)

Ele é inteligente e lido (adjetivo a partir do particípio verbal)

Ela pisava forte. (adjetivo virou advérbio)

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Silêncio! Bravo! Viva! (substantivo, adjetivo e verbo


viraram interjeição)

Quer... quer...; Já... já... (verbo e advérbio viraram


conjunção)

2. COMPOSIÇÃO

2.1 JUSTAPOSIÇÃO: as palavras são colocadas lado a lado, não há alteração


fonética em nenhuma delas, ambas conservam seu acento tônico:
segunda-feira; passatempo, democracia, agricultura.

2.2 AGLUTINAÇÃO: ocorre quando os elementos sofrem alterações fonéticas,


fundindo-se num só; neste caso só há um acento tônico: em + boa + hora
= embora; plano + alto = planalto; retilíneo; crucifixo; ambidestro;
demagogo.

OUTROS PROCESSOS DE FORMAÇÃO

1 ABREVIAÇÃO, REDUÇÃO VOCABULAR: emprega-se parte da palavra


no lugar da sua totalidade.

Ex.: cinematógrafo – cinema – cine; pneumático – pneu;


extraordinário – extra; pornográfico – pornô;
otorrinolaringologista – otorrino; poliomielite – pólio.

2 SIGLA: consiste na utilização das letras iniciais que formam a expressão.

Ex.: FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

ONU – Organizações das Nações Unidas

Embratur – Empresa Brasileira de Turismo

3 ONOMATOPEIA: ocorre quando se forma uma palavra por meio da


imitação de sons; procura-se reproduzir um determinado som,
adaptando-o ao conjunto de fonemas de que a língua dispõe.
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Ex.: miau, cacarejar, pingue-pongue, tique-taque, reco-reco,


zunzunzum, relinchar.

4 HIBRIDISMO: consiste na associação de elementos oriundos de línguas


distintas.

Ex.: abreugrafia (abreu – português; grafia – grego)

automóvel (auto – grego; móvel – latim)

sociologia (sócio – latim; logia – grego)

goiabeira (goiab – tupi; eira – português)

burocracia (buro – francês; cracia – grego)

sambódromo (sambo – africano; dromo – grego)

surfista (surf – inglês; ista – grego)

bígamo (bi – latim; gamo – grego)

endovenoso (endo – grego; venoso – latim)

monóculo (mono – grego; culo – latim)

televisão (tele – grego; visão – latim)

Agora que você já tem uma base teórica adequada, podemos


resolver outros exercícios de provas anteriores. Vamos a eles!

Polícia

[...] A orientação classista da atividade de polícia consentiu, além disso, que


normas claramente destinadas à salvaguarda da integridade física da
população contra inimigos naturais tenham sido utilizadas com fins
repressivos: pensemos, por exemplo, nas normas sobre a funcionalidade dos
locais destinados a espetáculos públicos (cinemas, teatros, estádios etc.) e no
uso que deles se fez em tempos e países diversos para impedir manifestações
ou reuniões antigovernamentais. É nesse sentido que se confirma a
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definição de Polícia acima apresentada, já que a defesa da segurança pública


é, na realidade, uma atividade orientada a consolidar a ordem pública e,
conseqüentemente, o estado das relações de força entre classes e grupos
sociais.

11. (CESPE/PF/AGENTE/1997) Em “salvaguarda” e “antigovernamentais”,


ocorrem distintos processos de formação vocabular.

Comentário – A palavra “salvaguarda” é formada por justaposição. A palavra


“antigovernamentais” é formada por prefixação e sufixação. Portanto os
processos são realmente distintos.
Resposta – Item certo.

Transplante de amor

1 Gastrite é uma inflamação do estômago. Apendicite


é uma inflamação do apêndice. Otite é uma inflamação dos
ouvidos. Paixonite é uma inflamação do quê? Do coração.
[...]

Martha Medeiros. Non-Stop. Porto Alegre: L & PM, 2001, p. 43.

12. (FUNIVERSA/TERRACAP/ADMINISTRADOR/2010) As palavras “Gastrite”,


“Apendicite”, “Otite” e “Paixonite”, usadas no primeiro parágrafo do texto,
são formadas pelo mesmo processo de derivação: a sufixal. Nessas
palavras, usou-se o sufixo -ite, que indica inflamação.

Comentário – Lembre-se sempre de que derivação sufixal é o processo que


forma palavras por meio do acréscimo de um afixo após o radical (lealdade,
passageiro).
Resposta – Item certo.

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13. (FGV/MINISTÉRIO DA CULTURA/AGENTE ADMINISTRATIVO/2006) Assinale a


alternativa em que a palavra tenha sido formada pelo mesmo processo
que infra-estrutura

(A) nova-iorquina
(B) Paraisópolis
(C) planejando
(D) sobreviver
(E) embora

Comentário – Como a questão é de 2006, a palavra “infra-estrutura” deveria


ser escrita com hífen. Diante de VOGAL, H, R e S, o prefixo infra- ligava-se ao
outro elemento por meio do hífen. Atualmente, o hífen será usado se o
segundo elemento iniciar por H ou por A (vogal idêntica à que finaliza o
prefixo).
Já deu, então, para você notar que o processo de formação
da palavra destacada é prefixação, semelhantemente ao que ocorre em
“sobreviver”. Nas outras opções, temos:
– “nova-iorquina”: composição por justaposição;
– “Paraisópolis”: sufixação;
– “planejando”: sufixação;
– “embora”: composição por aglutinação.
Resposta – D

14. (CONSULPLAN/SDS-SC/ANALISTA DE INFORMÁTIC/2010) A alternativa


em que todas as palavras são formadas pelo mesmo processo de
formação é:

(A) responsabilidade, musicalidade, defeituoso


(B) cativeiro, incorruptíveis, desfazer
(C) deslealdade, colunista, incrível
(D) anoitecer, festeiro, infeliz
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(E) reeducação, dignidade, enriquecer

Comentário – Na alternativa A, as palavras são formadas pelo processo de


sufixação.
Na alternativa B, temos: sufixação; prefixação e sufixação;
prefixação.
Na alternativa C, temos: prefixação e sufixação; sufixação;
prefixação.
Na alternativa D, temos: parassíntese; sufixação e prefixação.
Na alternativa E, temos: prefixação e sufixação; sufixação e
parassíntese.
Resposta – A

15. (CESPE/PF/AGENTE/1997) Internamente, os pares de vocábulos


“funcionamento”/“conseqüentemente” e “repressão”/“inimigos”
apresentam, semelhanças quanto ao processo de formação lexical: no
primeiro par, há derivação sufixal; no segundo, prefixal.

Comentário – O examinador tem razão. O primeiro par de palavras é formado


por derivação sufixal. Os sufixos –mento e –mente formaram o substantivo e o
advérbio, respectivamente. O segundo par é formado por derivação prefixal.
Os elementos re- e in- contribuem para esse tipo de formação.
Resposta – Item certo.

16. (FGV/MINISTÉRIO DA CULTURA/ENGENHEIRO CIVIL/2006) A palavra


Emudecendo (verso 13) foi formada pelo processo de:

(A) composição por aglutinação.


(B) derivação prefixal.
(C) derivação parassintética.
(D) derivação sufixal.

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(E) derivação imprópria.

Comentário – A partir do substantivo mudo, foram acrescentados


simultaneamente o prefixo – e o sufixo –ecendo, o que caracterizou derivação
parassintética.
Resposta – C

A hora da gestão pública

1 A crise mundial reabilitou o Estado. Até


recentemente o discurso dominante era: quanto menos
Estado, melhor. [...]
Marcelo Viana Estevão de Moraes. Internet: <HTTPS://conteudo.gespublica.
gov.br/folder_produtos/pasta.2009-05-15.4365295963/seges_artigo_
secretario_uma_janela_de_oportunidade_para_a_getão_publica.
pdf> (com adaptações). Acesso em 3/8/2009.

17. (FUNIVERSA/SEPLAG-DF/APO/2009) A palavra “recentemente” (linha 2) é


uma composição por justaposição.

Comentário – Composição por justaposição ocorre quando dois radicais de


uma mesma língua aglutinam-se sem que um deles perca sua integridade
fonética, como em passatempo. O vocábulo “recentemente” deriva-se do
adjetivo recente, ao qual se acrescentou o sufixo –mente (recente + mente =
recentemente).
Resposta – Item errado.

18. (FGV/SENADO FEDERAL/ADVOGADO/2008) Assinale a alternativa em que


a palavra tenha sido formada por processo distinto das demais.

(A) autoconhecimento
(B) supersalários
(C) geométrica

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(D) insatisfação
(E) imprecisas

Comentário – Somente a palavra “geométrica” é formada por derivação


sufixal. O morfema ic(a)– foi adicionado à palavra geometria, já existente na
Língua.
Nos demais casos, o processo de formação de palavras é
derivação prefixal:
– “autoconhecimento”: acréscimo do morfema auto– à
palavra conhecimento.
– “supersalários”: acréscimo do morfema super– ao vocábulo
preexistente salários.
– “insatisfação”: a prefixação foi feita por meio do morfema
in– adicionado ao substantivo satisfação.
– “imprecisas”: o prefixo im– foi adicionado à palavra
precisas.
Resposta – C

[...]
Horas depois, você acorda. Coração novo. Tum-tum,
22 tum-tum, tum-tum. Um espetáculo. O médico lhe dá uma
sobrevida de cem anos. Nada mal. Visitas entram e saem do
quarto. Até que anunciam o Jorge. Que Jorge? O Jorge,
25 minha filha, o homem que você sempre amou. Eu????
Você não reconhece o Jorge. Acha ele meio
baixinho. Um tom de voz estridente. Usa uma camisa cor-de-
28 laranja que não lhe cai bem. Mas foi você mesma que deu a
ele de aniversário, minha filha. Eu????
Seu coração ignorou o tal de Jorge. O mesmo Jorge
31 que quase te levou à loucura, o mesmo Jorge que fez você

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passar noites insones, que fez você encher uma piscina


olímpica de lágrimas. Em compensação, aquele enfermeiro
34 ali é bem gracinha. Tem um sorriso cativante. E uma mão
que é uma pluma, você nem sentiu a aplicação da anestesia.
Bacana este cara. Quem é? O namorado da menina a quem
37 pertencia seu coração. Tum-tum, tum-tum, tum-tum.
[...]
Martha Medeiros. Non-Stop. Porto Alegre: L & PM, 2001, p. 43.

19. (FUNIVERSA/TERRACAP/ADMINISTRADOR/2010) Onomatopeia é uma


figura de linguagem que consiste na formação de palavras pela imitação
de sons e ruídos. Nas linhas 21, 22 e 37, aparece um exemplo dessa
figura. Na primeira entrada, ela deixa entrever a ideia de que o coração
passou a funcionar no novo peito. Já, na segunda, há a sugestão de que o
coração da antiga dona dispara no reconhecimento do namorado.

Comentário – A interpretação que o autor dá às duas entradas da


onomatopeia deve ser compreendida em relação ao contexto. Veja outros
exemplos dessa figura de linguagem: “Pedrinho, sem mais palavras, deu rédea
e, lept! lept! Arrancou estrada afora.” (Monteiro Lobato); “O som, mais longe,
retumba, morre.” (Gonçalves Dias).
Resposta – Item certo.

20. (FGV/MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO/ADMINISTRADOR DE BANCO DE


DADOS/2008)

Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada pela união de


dois radicais, ou seja, bases de sentido das palavras.
(A) autogeridas
(B) descolonização
(C) superendividamento
(D) ecossistema
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(E) desigualdades

Comentário – Em “ecossistema”, houve uma composição híbrida formada


pelo radical grego eco (= casa, habitat) e o substantivo “sistema”.
Alternativa A: “auto–” é prefixo, expressa ideia de por si
mesmo.
Alternativa B: “des–” é prefixo latino de valor semântico de
negação, contrariedade.
Alternativa C: o prefixo “super–” (= excesso, abundância) foi
acrescido ao substantivo “endividamento”, que é formado por parassíntese a
partir do substantivo dívida.
Alternativa E: novamente houve o acréscimo do prefixo
“des–”, que já foi objeto de comentário na presente questão.
Resposta – D

[...]
Uma época, no trabalho, inventei que era craque em
“dicionariomancia”, palavra que não encontrei nos
16 dicionários, pois eu mesmo havia criado naquele momento. A
primeira colega que quis ver como era pediu para eu fazer
uma dicionariomancia para ela.
[...]
Mouzar Benedito. In: Revista do Brasil. São Paulo: Abril,
n.º 46, abril/2010, p. 50 (com adaptações).

21. (FUNIVERSA/SESI-DF/ASSISTENTE PEDAGÓGICO/2010) O termo


“dicionariomancia” é um neologismo.

Comentário – Neologismo é a criação de palavras para, geralmente,


denominar modernos inventos da ciência e da tecnologia (deletar, clicar,
plugar etc.) decorrentes do progresso e do desenvolvimento da cultura

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humana. Novas invenções e ideias criam novas necessidades de expressão,


como aconteceu em relação à palavra “dicionariomancia”.
Resposta – Item certo.

22. (FGV/POLÍCIA CIVIL-RJ/INSPETOR/2008) Assinale a alternativa em que a


palavra indicada não seja formada pelo mesmo processo que as demais.

(A) ilegais
(B) desacompanhado
(C) incompatíveis
(D) demográfica
(E) inter-regionais

Comentário – O vocábulo “demográfica” decorre da união de dois radicais de


origem grega: dem (povo) e graf (escrita). Assim sendo, o processo de
formação dessa palavra é composição por justaposição.
Nos demais casos, temos acréscimo de prefixos:
– “ilegais” = i– + legais;
– “desacompanhado” = des– + acompanhado;
– “incompatíveis” = in– + compatíveis;
– “inter-regionais” = inter– + regionais.
Resposta – D

Projeto Brasil da Águas

1 A segunda campanha do Projeto Brasil das Águas


foi realizada pela região Centro-Oeste em novembro.
Testemunhamos que muitos rios sofrem de sérios problemas
4 de assoreamento, rios outrora cristalinos agora são rios de
areia. Mas também encontramos muitos outros ainda
transparentes, como o Juruena e o Arraias, e visitamos uma

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7 raridade, o rio Cristalino, perto de Alta Floresta (MT), ainda


intacto do começo (na Serra do Cachimbo) ao fim
(desemboca no rio Teles Pires).
10 Cientes da preocupação dos índios do Parque
Indígena do Xingu quanto à qualidade da água que bebem,
várias coletas foram feitas nos rios e em lagos do parque.
13 Ouvimos os comentários ansiosos dos caciques Aritana
(Yawalapiti) e Kotoky (Kamayurá) a respeito do
assoreamento e da deterioração dessas águas, algo que
16 percebem pela diminuição da quantidade de peixes. Nobre é
a preocupação demonstrada por eles, visando ao bem-estar
das futuras gerações; não pensando apenas na geração
19 presente.
No oeste do estado de Mato Grosso, descobrimos
rios belíssimos, como o Juruena, Papagaio e Buriti, faixas
22 azuis atravessando matas e cerrados intactos, descendo das
nascentes em áreas ainda não tomadas pela soja, na
Chapada dos Parecis. Brilhavam pequenas praias
25 convidativas. Bancos de areia submersa traçando desenhos
ondulados por baixo das águas transparentes. Corredeiras
alegres, cachoeiras escondidas e uma vegetação nativa
28 ainda intacta. No dia em que voamos de Alta Floresta para
Vilhena (RO), a tentação era grande demais. Fizemos pit stop
para almoçar em uma praia deserta colada a uma ilha verde
31 em pleno Juruena. Só nós dois e, na areia, as pegadas das
capivaras.
Decolando de Cuiabá no dia 16 de novembro, rumo
34 ao Araguaia, houve um incidente que deixou o Talha-mar na
Chapada dos Guimarães. Ele vai ficar alguns meses fora de

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serviço, mas o projeto não parou. O Brasil das Águas


37 continua. Já adotamos e adaptamos o Talha-marzinho.
Felizmente, nenhuma gota das amostras colhidas
durante a viagem perdeu-se durante o incidente na Chapada:
40 tudo foi entregue aos cientistas-parceiros para análise. Hoje,
podemos anunciar que 17% do projeto já está realizado!
Gérard e Margi Moss. Internet: <http://www.brasildasaguas.
com.br/brasil_das_aguas/centro_oeste> (com adaptações).

23. (FUNIVERSA/ADASA-DF/TÉCNICO EM REGULAÇÃO/2009) Acerca da


expressão destacada em “Fizemos um pit stop para almoçar em uma praia
deserta” (linhas 29 e 30), é correto afirmar que

(A) é evidente e exagerado o uso de palavras estrangeiras, pois o texto foi


escrito por estrangeiros.
(B) foi utilizado o estrangeirismo, uso de construções com palavras
estrangeiras.
(C) a língua estrangeira é predominante nos textos brasileiros.
(D) a expressão estrangeira poderia ser substituída pela expressão brasileira
“uma vaquinha”, ato de recolher dinheiro entre os presentes para custear
algo, sem acarretar prejuízo semântico para o texto.
(E) a expressão em estudo já foi introduzida no vocabulário da língua
portuguesa, portanto não deve ser considerada como estrangeirismo.

Comentário – Não há exagero de vocabulário estrangeiro, que apareceu


apenas uma vez. É um absurdo pensar que nos textos brasileiros predomina a
língua estrangeira. A expressão “pit stop”, comum na fórmula 1, significa
parada rápida para trocar pneus e/ou colocar combustível; por extensão pode
significar qualquer intervenção rápida em uma atividade de rotina, seja para
almoçar, descansar, ir ao banheiro etc. Finalmente, a expressão ainda não
consta oficialmente no vocabulário da língua portuguesa.
Resposta – B

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24. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DO ICMS/2009) Com relação aos processos de


formação de palavras, analise as afirmativas a seguir:

I. estruturador, civilizacional e renováveis são adjetivos formados por


derivação sufixal.
II. hominização, dilapidação e autodestruição são substantivos formados por
composição e derivação.
III. autodestruição, contrapartida e responsabilidade são substantivos
formados por composição.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.


(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentário – Item I: certo. À palavra estrutura, foi adicionado o sufixo


–dor (que denota profissão, ofício, agente). Ao já existente vocábulo civilização
– que também é formado por sufixação –, foi posto o sufixo –al (interessante
que, para isso, a forma erudita foi evocada: civilizacion). Por último, houve a
utilização do sufixo –vel (que foi pluralizado em –veis) a partir da forma verbal
renovar.
Item II: errado. Não existe composição, que se caracteriza
pela união de dois radicais. O que existe é derivação sufixal (hominizar + ção;
dilapidar + ção) e derivação prefixal e sufixal (auto + destruir + ção).
Item III: errado. Já bastaria a explicação anterior para você
constatar que “autodestruição” não é formada por composição. Mas analisemos
também as demais palavras.
– “contrapartida”: houve o acréscimo do prefixo contra– ao
vocábulo partida.

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– “responsabilidade”: houve o emprego do sufixo –(i)dade à


palavra preexistente responsável.
Resposta – A

25. (CETRO/PREF. DE MAIRINQUE-SP/ALMOXARIFE/2009) Observe o trecho


abaixo.

“Os bons são aqueles que conseguem aproveitar uma descoberta para
utilizar em sua vida prática.”

No que se refere à formação das palavras, o termo grifado apresenta o


processo de

(A) derivação regressiva, pois a classe gramatical da palavra permanece a


mesma, porém foi acrescido o artigo.
(B) derivação imprópria, pois mudou-se a classe gramatical da palavra,
estendendo-lhe a significação.
(C) redução, já que foi omitido o substantivo a que se refere o adjetivo
destacado, diminuindo o campo de significação da frase.
(D) parassíntese, no qual há a mudança de classe gramatical sem alterar a
significação da nova palavra.
(E) neologismo, já que há transformação em relação à significação da palavra
que, até então, era utilizada com um único sentido.

Comentário – Naturalmente, “bons” é adjetivo. Com a anteposição ao artigo,


essa palavra tornou-se substantivo. A mudança de classe gramatical
caracteriza derivação imprópria.
Resposta – B

26. (FGV/SEFAZ-AP/FISCAL DO ICMS/2010) Com relação aos processos de


formação de palavras, analise as afirmativas a seguir:

I. Na palavra jeitinho, o sufixo -inho significa “diminuição”.


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II. Denomina-se composição o processo de formação da palavra utilitarista.


III. A palavra analfabetismo forma-se por derivação prefixal e sufixal, a partir
do radical alfabet-.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.


(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentário – Item I: errado. Nem sempre os sufixos –(z)inho e –(z)ito


indicam diminuição física de algo. Às vezes, eles expressam o sentimento do
interlocutor em relação ao ser nomeado (amorzinho, docinho, benzinho etc.);
não é raro conferir valor semântico depreciativo (carrinho, golzinho, povinho,
gentinha, juizinho etc.), como também ocorreu aqui.
Item II: errado. Tal palavra é formada por sufixação, ou seja,
com o emprego do morfema –ista (participante, seguidor de doutrina, escola,
religião, esporte, profissão) ao vocábulo preexistente utilitário.
Item III: certo. Para efeito de esclarecimento, é bom saber
que o prefixo grego an– traz a ideia de negação, carência, e o sufixo grego
–ismo forma substantivo que traduz ciência, escola, sistema político, religioso
(romantismo, modernismo, socialismo, catolicismo etc.). Saiba também que já
existe o substantivo “alfabetismo” (= sistema de escrita pelo alfabeto)
Resposta – C

27. (FUNRIO/MDIC/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/2009) Avalie as


afirmações a propósito da formação das seguintes palavras:

I. megausina” e “ictiólogo” são formadas por composição.


II. “perda” é deverbal de “perder”.
III. “inviável” é derivada por prefixação.
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IV. “economicamente” é derivada por sufixação.

Está correto o que se afirma na alternativa

A) todas estão corretas.


B) apenas I e II estão corretas.
C) apenas III e IV estão corretas.
D) apenas I, II e III estão corretas.
E) apenas II, III e IV estão corretas.

Comentário – Item I: a união entre os radicais mega– (do grego) e usin– deu
origem à primeira composição (ainda que híbrida). A segunda composição é
formada pelos elementos gregos ictio– (ichthýs–; ichthyos–) e –logo (–lógos).
Item correto.
Item II: observe que a terminação verbal –er foi substituída
pela vogal temática nominal –a: perder > perda. Além disso, a nova palavra é
um substantivo que exprime ação. Tudo isso caracteriza a derivação deverbal.
Item correto.
Item III: entendeu o examinador que o prefixo in– foi
acrescentado ao adjetivo viável, caracterizando a derivação prefixal. Item
correto.
Item IV: ao adjetivo econômico(a) foi acrescentado o sufixo
–mente.
Resposta – A

28. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DO ICMS/2010) Quanto à estrutura e formação do


vocábulo meta-ética, é correto afirmar que:

(A) forma-se pelo processo de composição por aglutinação.


(B) tem agregada ao radical étic- uma desinência nominal de gênero
feminino.
(C) contém um prefixo de origem grega também presente na palavra
“metafísica”.
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(D) apresenta uma vogal de ligação –a, necessária em razão do hífen.


(E) constitui-se por meio da justaposição de dois substantivos.

Comentário – Alternativa A: errada. Na aglutinação, unem-se dois ou mais


vocábulos ou radicais e há supressão de um ou mais de um de seus elementos
fonéticos (fidalgo = filho de algo; quintessência = quinta essência; boquiaberto
= boca aberto etc.). Esse fato linguístico não ocorreu na palavra “meta-ética”.
Meta– é prefixo, não possui autonomia.
Alternativa B: errada. Muito cuidado aqui! Ética (conjunto de
princípios, normas e regras que devem ser seguidos para que se estabeleça
um comportamento moral exemplar) é substantivo feminino. Não é possível
fazer-se oposição de gênero (masculino/feminino); portanto o a é vogal
temática nominal. Não confunda o emprego desse vocábulo como adjetivo, em
que o a passa a ser desinência nominal de gênero feminino, pois é possível
estabelecer-se a distinção entre os gêneros: ele é ético/ela é ética.
Alternativa C: certa. O prefixo grego meta– pode exprimir
mudança, além, depois de, no meio (metamorfose, metáfora, metonímia,
metacarpo, metatarso).
Alternativa D: errada. Completamente descabida. Não existe a
tal vogal de ligação para unir palavras por meio do hífen. O “a” integra, como
já vimos, o prefixo.
Alternativa E: errada. Na justaposição ocorre a união de duas
ou mais palavras (ou radicais) sem que haja alteração em suas estruturas.
Como vimos, meta- é prefixo, não tem autonomia.
Resposta – C

29. (FUNRIO/FIOTEC/AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE/2010) No vocábulo


“amamentar”, ocorre o processo de formação de palavras por derivação

A) sufixal.
B) prefixal.

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C) regressiva.
D) imprópria.
E) parassintética.

Comentário – Foram anexados ao mesmo tempo prefixo (a-) e sufixo (entar-)


ao radical. Os vocábulos parassintéticos são quase sempre verbos e têm como
base um substantivo ou um adjetivo: alistar (a + lista + ar;
em + fileira + ar).
Resposta – E

30. (FGV/CAERN/AGENTE ADMINISTRATIVO/2010) Assinale a palavra que


seja formada pelo mesmo processo que megalópoles.

(A) internacional
(B) sustentabilidade
(C) saneamento
(D) obrigatoriedade
(E) olímpicos

Comentário – A rigor, em “megalópoles” houve composição por justaposição,


pois os elementos mega– (= grande; presente em megalomania, megaton,
megaevento etc.) e –póles (= cidade; presente em acrópole, Petrópolis,
metrópole etc.) nos remetem aos radicais gregos megás e polis. Entretanto,
parece que, na passagem para o Português, mega– cristalizou-se como prefixo
(ou falso prefixo). E foi assim que a banca entendeu para justificar o gabarito e
evidenciar a derivação prefixal, como em internacional (inter– + nacional).
Nessas horas, o candidato deve escolher a melhor resposta.
Nas demais alternativas, temos derivação sufixal:
– sustentável + –(i)dade;
– sanear + –mento;
– obrigatório + –(e)dade
– olimp– (ref. à cidade de Olímpia, na Grécia) + –ico.
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Resposta – A

31. (FUNRIO/FURP/ANALISTA DE CONTRATOS/2010) Observe as seguintes


palavras retiradas do texto: “desempregado”, “ganhar”, “pós-graduação”,
“contracheque”. Considerando o processo de formação das palavras em
Português, afirma-se que

A) um dos vocábulos é formado por justaposição.


B) um dos vocábulos resulta de derivação regressiva.
C) um dos vocábulos resulta de derivação imprópria.
D) três dos vocábulos são formados pro prefixação.
E) dois dos vocábulos são formados por aglutinação.

Comentário – As três palavras que receberam prefixos são: des +


empregado; pós + graduação e contra + cheque.
Cuidado para não assinalar a letra B por achar que ganhar
exemplifica derivação regressiva (ou deverbal). Lembre-se de que, nesse tipo
de formação de palavras,
– o verbo perde sua terminação e ganha vogal temática
nominal (–a, –e ou –o);
– o substantivo deriva do verbo, e não o contrário;
– o substantivo formado é abstrato e indica ação.
Exemplos: mudar > muda; combater > combate;
castigar > castigo etc.
Resposta – D

32. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DO ICMS/2008) Assinale a alternativa em que a


palavra indicada não seja formada pelo mesmo processo que injustiça.

(A) tecnologias
(B) auto-organização

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(C) antielisão
(D) ilícito
(E) internacional

Comentário – A palavra “injustiça” é formada por derivação prefixal (in– +


justiça), bem como as palavras: “auto-organização” (auto–), “antielisão”
(anti–), “ilícito” (i–) e “internacional” (inter–).
A palavra “tecnologias” é formada por derivação sufixal:
teknos (radical grego) + log (outro radical grego) + –ia (sufixo nominal).
Resposta – A

33. (FUNRIO/PREFEITURA DE SÃO JOÃO DA BARRA/ASSISTENTE


SOCIAL/2010)

– Creio que ali irá mais comodamente do que na garupa do cavalinho


pangaré.

A estrutura mórfica das palavras “comodamente” e “cavalinho” está


corretamente comentada na seguinte alternativa:

A) apenas a primeira é formada por sufixação, pois “cavalinho” é um caso de


derivação imprópria.
B) ambas são formadas por sufixação e derivam de um adjetivo e de um
substantivo, respectivamente.
C) apenas a segunda é formada por sufixação, pois “comodamente” é um
caso de composição por aglutinação.
D) as duas palavras são formadas por hibridismo, pois empregam morfemas
de origem latina e grega.
E) ambas são formadas por derivação parassintética a partir de “modo” e
“vale”, respectivamente.

Comentário – O sufixo –mente é muito utilizado na formação de advérbios


oriundos de adjetivos: cômodo(a) + mente; infeliz + mente etc.

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O sufixo diminutivo –inh foi usado no substantivo cavalo. Aqui,


é bom ter um pouco de cuidado, pois esse sufixo nem sempre exprime
diminuição de tamanho. Às vezes, o uso dele serve para indicar afetividade e
acentuada tonalidade depreciativa: filhinho, amorzinho; povinho, gentinha.
Resposta – B

São essas as questões sobre ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE


PALAVRAS que julguei pertinentes.
Sugiro que você dê ênfase à formação de palavras.
Ficarei aguardando as dúvidas, as sugestões e os comentários no
fórum. Não deixe de interagir. O êxito deste curso também depende da sua
participação.
Até a próxima!

Albert Iglésia

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Lista das Questões Comentadas

Polícia

É uma função do Estado que se concretiza em uma instituição de


administração positiva e visa pôr em ação as limitações que a lei impõe à
liberdade dos indivíduos e dos grupos, para salvaguarda e manutenção da
ordem pública, em suas várias manifestações: da segurança das pessoas à
segurança da propriedade, da tranqüilidade dos agregados humanos à
proteção de qualquer outro bem; tutelado com disposições penais. Esta
definição de Polícia não abrange o sentido que o termo teve no decorrer dos
séculos: derivando de um primeiro significado diretamente etimológico de
conjunto das instituições necessárias ao funcionamento e à conservação da
cidade-Estado, o termo indicou, na Idade Média, a boa ordem da sociedade
civil, da competência das autoridades políticas do Estado, em contraposição à
boa ordem moral, do cuidado exclusivo da autoridade religiosa. Na Idade
Moderna, seu significado chegou a compreender toda a atividade da
administração pública. [...]

1. (CESPE/PF/AGENTE/1997) Os termos “polícia”, “política” e “pública” têm a


mesma procedência etimológica: provêm da palavra grega “polis”, que era
a denominação dada à “cidade-Estado”.

2. (FGV/POTIGÁS/ADMINISTRADOR JÚNIOR/2006) Assinale a alternativa em


que a palavra contenha o mesmo número de radicais que beligerâncias.

(A) brasileira
(B) unilaterais
(C) livremente
(D) convivência
(E) civilizadamente

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3. (CESPE/PF/AGENTE/1997) As palavras “sociedade”, “autoridade”,


“comunidade”, “integridade” e “funcionalidade” apresentam o mesmo
sufixo formador de substantivos abstratos.

4. (FGV/MINISTÉRIO DA CULTURA/AGENTE ADMINISTRATIVO/2006) Na palavra


fotografia, há dois radicais: "luz" + "escrever". Assinale a alternativa em
que tenha havido erro na indicação do sentido do primeiro radical.

(A) antropografia – corpo humano


(B) bibliografia – livro
(C) braquigrafia – redução
(D) cinegrafia – movimento
(E) datilografia – mão

5. (FGV/MINISTÉRIO DA CULTURA/AGENTE ADMINISTRATIVO/2006) Assinale a


alternativa que não apresente a classificação correta de um dos elementos
mórficos do vocábulo deixasse

(A) deix- = radical


(B) -e = desinência número-pessoal
(C) -a = vogal temática verbal
(D) deixa = tema
(E) -sse = desinência modo-temporal

6. (FGV/MINISTÉRIO DA CULTURA/AGENTE ADMINISTRATIVO/2006) Assinale a


alternativa em que o prefixo tenha o mesmo sentido que o de imigrantes

(A) imberbe
(B) imergir
(C) incréu
(D) iníquo
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(E) inválido

7. (FGV/POLÍCIA CIVIL-RJ/INSPETOR/2008) Em xenofobia, há a seguinte


combinação de sentidos: estrangeiro + aversão. Assinale a alternativa em
que a explicação do sentido do elemento que antecede -fobia não tenha
sido feita corretamente.

(A) pantofobia (pantera)


(B) estasiofobia (permanecer de pé)
(C) fotofobia (luz)
(D) ictiofobia (peixe)
(E) gamofobia (casamento)

8. (FGV/CODESP/ADMINISTRADOR/2010) Assinale o par de vocábulos em


que seus elementos mórficos destacados NÃO tenham o mesmo sentido.

(A) metropolitana – metrologia


(B) economia – ecologia
(C) telecomunicações – telepatia
(D) petróleo – petrificar
(E) sintonia – sinergia

9. (FGV/SAD-PE/ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA/2008) Essas


pessoas, portanto, costumam ser vítimas de si mesmas e de um estilo de
vida estressante auto-produzido.

Assinale a alternativa que contenha um vocábulo cuja forma auto assuma


valor diferente do que é veiculado em auto-produzido.

(A) autobiografia
(B) autodidata

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(C) auto-estrada
(D) auto-esterilidade
(E) auto-extermínio

10. (FGV/TRE-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) Assinale a palavra em que o


prefixo tenha o mesmo valor semântico que o de dissociação (L.23).

(A) dissolver
(B) dispor
(C) discordar
(D) disenteria
(E) dissimular

Polícia

[...] A orientação classista da atividade de polícia consentiu, além disso, que


normas claramente destinadas à salvaguarda da integridade física da
população contra inimigos naturais tenham sido utilizadas com fins
repressivos: pensemos, por exemplo, nas normas sobre a funcionalidade dos
locais destinados a espetáculos públicos (cinemas, teatros, estádios etc.) e no
uso que deles se fez em tempos e países diversos para impedir manifestações
ou reuniões antigovernamentais. É nesse sentido que se confirma a
definição de Polícia acima apresentada, já que a defesa da segurança pública
é, na realidade, uma atividade orientada a consolidar a ordem pública e,
conseqüentemente, o estado das relações de força entre classes e grupos
sociais.

11. (CESPE/PF/AGENTE/1997) Em “salvaguarda” e “antigovernamentais”,


ocorrem distintos processos de formação vocabular.

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Transplante de amor

1 Gastrite é uma inflamação do estômago. Apendicite


é uma inflamação do apêndice. Otite é uma inflamação dos
ouvidos. Paixonite é uma inflamação do quê? Do coração.
[...]
Martha Medeiros. Non-Stop. Porto Alegre: L & PM, 2001, p. 43.

12. (FUNIVERSA/TERRACAP/ADMINISTRADOR/2010) As palavras “Gastrite”,


“Apendicite”, “Otite” e “Paixonite”, usadas no primeiro parágrafo do texto,
são formadas pelo mesmo processo de derivação: a sufixal. Nessas
palavras, usou-se o sufixo -ite, que indica inflamação.

13. (FGV/MINISTÉRIO DA CULTURA/AGENTE ADMINISTRATIVO/2006) Assinale a


alternativa em que a palavra tenha sido formada pelo mesmo processo
que infra-estrutura

(A) nova-iorquina
(B) Paraisópolis
(C) planejando
(D) sobreviver
(E) embora

14. (CONSULPLAN/SDS-SC/ANALISTA DE INFORMÁTIC/2010) A alternativa


em que todas as palavras são formadas pelo mesmo processo de
formação é:

(A) responsabilidade, musicalidade, defeituoso


(B) cativeiro, incorruptíveis, desfazer
(C) deslealdade, colunista, incrível
(D) anoitecer, festeiro, infeliz
(E) reeducação, dignidade, enriquecer
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15. (CESPE/PF/AGENTE/1997) Internamente, os pares de vocábulos


“funcionamento”/“conseqüentemente” e “repressão”/“inimigos”
apresentam, semelhanças quanto ao processo de formação lexical: no
primeiro par, há derivação sufixal; no segundo, prefixal.

16. (FGV/MINISTÉRIO DA CULTURA/ENGENHEIRO CIVIL/2006) A palavra


Emudecendo (verso 13) foi formada pelo processo de:

(A) composição por aglutinação.


(B) derivação prefixal.
(C) derivação parassintética.
(D) derivação sufixal.
(E) derivação imprópria.

A hora da gestão pública

1 A crise mundial reabilitou o Estado. Até


recentemente o discurso dominante era: quanto menos
Estado, melhor. [...]
Marcelo Viana Estevão de Moraes. Internet: <HTTPS://conteudo.gespublica.
gov.br/folder_produtos/pasta.2009-05-15.4365295963/seges_artigo_
secretario_uma_janela_de_oportunidade_para_a_getão_publica.
pdf> (com adaptações). Acesso em 3/8/2009.

17. (FUNIVERSA/SEPLAG-DF/APO/2009) A palavra “recentemente” (linha 2) é


uma composição por justaposição.

18. (FGV/SENADO FEDERAL/ADVOGADO/2008) Assinale a alternativa em que


a palavra tenha sido formada por processo distinto das demais.

(A) autoconhecimento
(B) supersalários
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(C) geométrica
(D) insatisfação
(E) imprecisas

[...]
Horas depois, você acorda. Coração novo. Tum-tum,
22 tum-tum, tum-tum. Um espetáculo. O médico lhe dá uma
sobrevida de cem anos. Nada mal. Visitas entram e saem do
quarto. Até que anunciam o Jorge. Que Jorge? O Jorge,
25 minha filha, o homem que você sempre amou. Eu????
Você não reconhece o Jorge. Acha ele meio
baixinho. Um tom de voz estridente. Usa uma camisa cor-de-
28 laranja que não lhe cai bem. Mas foi você mesma que deu a
ele de aniversário, minha filha. Eu????
Seu coração ignorou o tal de Jorge. O mesmo Jorge
31 que quase te levou à loucura, o mesmo Jorge que fez você
passar noites insones, que fez você encher uma piscina
olímpica de lágrimas. Em compensação, aquele enfermeiro
34 ali é bem gracinha. Tem um sorriso cativante. E uma mão
que é uma pluma, você nem sentiu a aplicação da anestesia.
Bacana este cara. Quem é? O namorado da menina a quem
37 pertencia seu coração. Tum-tum, tum-tum, tum-tum.
[...]

Martha Medeiros. Non-Stop. Porto Alegre: L & PM, 2001, p. 43.

19. (FUNIVERSA/TERRACAP/ADMINISTRADOR/2010) Onomatopeia é uma


figura de linguagem que consiste na formação de palavras pela imitação
de sons e ruídos. Nas linhas 21, 22 e 37, aparece um exemplo dessa
figura. Na primeira entrada, ela deixa entrever a ideia de que o coração

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passou a funcionar no novo peito. Já, na segunda, há a sugestão de que o


coração da antiga dona dispara no reconhecimento do namorado.

20. (FGV/MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO/ADMINISTRADOR DE BANCO DE


DADOS/2008)

Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada pela união de dois
radicais, ou seja, bases de sentido das palavras.
(A) autogeridas
(B) descolonização
(C) superendividamento
(D) ecossistema
(E) desigualdades

[...]
Uma época, no trabalho, inventei que era craque em
“dicionariomancia”, palavra que não encontrei nos
16 dicionários, pois eu mesmo havia criado naquele momento. A
primeira colega que quis ver como era pediu para eu fazer
uma dicionariomancia para ela.
[...]
Mouzar Benedito. In: Revista do Brasil. São Paulo: Abril,
n.º 46, abril/2010, p. 50 (com adaptações).

21. (FUNIVERSA/SESI-DF/ASSISTENTE PEDAGÓGICO/2010) O termo


“dicionariomancia” é um neologismo.

22. (FGV/POLÍCIA CIVIL-RJ/INSPETOR/2008) Assinale a alternativa em que a


palavra indicada não seja formada pelo mesmo processo que as demais.

(A) ilegais

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(B) desacompanhado
(C) incompatíveis
(D) demográfica
(E) inter-regionais

Projeto Brasil da Águas

1 A segunda campanha do Projeto Brasil das Águas


foi realizada pela região Centro-Oeste em novembro.
Testemunhamos que muitos rios sofrem de sérios problemas
4 de assoreamento, rios outrora cristalinos agora são rios de
areia. Mas também encontramos muitos outros ainda
transparentes, como o Juruena e o Arraias, e visitamos uma
7 raridade, o rio Cristalino, perto de Alta Floresta (MT), ainda
intacto do começo (na Serra do Cachimbo) ao fim
(desemboca no rio Teles Pires).
10 Cientes da preocupação dos índios do Parque
Indígena do Xingu quanto à qualidade da água que bebem,
várias coletas foram feitas nos rios e em lagos do parque.
13 Ouvimos os comentários ansiosos dos caciques Aritana
(Yawalapiti) e Kotoky (Kamayurá) a respeito do
assoreamento e da deterioração dessas águas, algo que
16 percebem pela diminuição da quantidade de peixes. Nobre é
a preocupação demonstrada por eles, visando ao bem-estar
das futuras gerações; não pensando apenas na geração
19 presente.
No oeste do estado de Mato Grosso, descobrimos
rios belíssimos, como o Juruena, Papagaio e Buriti, faixas
22 azuis atravessando matas e cerrados intactos, descendo das
nascentes em áreas ainda não tomadas pela soja, na

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Chapada dos Parecis. Brilhavam pequenas praias


25 convidativas. Bancos de areia submersa traçando desenhos
ondulados por baixo das águas transparentes. Corredeiras
alegres, cachoeiras escondidas e uma vegetação nativa
28 ainda intacta. No dia em que voamos de Alta Floresta para
Vilhena (RO), a tentação era grande demais. Fizemos pit stop
para almoçar em uma praia deserta colada a uma ilha verde
31 em pleno Juruena. Só nós dois e, na areia, as pegadas das
capivaras.
Decolando de Cuiabá no dia 16 de novembro, rumo
34 ao Araguaia, houve um incidente que deixou o Talha-mar na
Chapada dos Guimarães. Ele vai ficar alguns meses fora de
serviço, mas o projeto não parou. O Brasil das Águas
37 continua. Já adotamos e adaptamos o Talha-marzinho.
Felizmente, nenhuma gota das amostras colhidas
durante a viagem perdeu-se durante o incidente na Chapada:
40 tudo foi entregue aos cientistas-parceiros para análise. Hoje,
podemos anunciar que 17% do projeto já está realizado!
Gérard e Margi Moss. Internet: <http://www.brasildasaguas.
com.br/brasil_das_aguas/centro_oeste> (com adaptações).

23. (FUNIVERSA/ADASA-DF/TÉCNICO EM REGULAÇÃO/2009) Acerca da


expressão destacada em “Fizemos um pit stop para almoçar em uma praia
deserta” (linhas 29 e 30), é correto afirmar que

(A) é evidente e exagerado o uso de palavras estrangeiras, pois o texto foi


escrito por estrangeiros.
(B) foi utilizado o estrangeirismo, uso de construções com palavras
estrangeiras.
(C) a língua estrangeira é predominante nos textos brasileiros.

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(D) a expressão estrangeira poderia ser substituída pela expressão brasileira


“uma vaquinha”, ato de recolher dinheiro entre os presentes para custear
algo, sem acarretar prejuízo semântico para o texto.
(E) a expressão em estudo já foi introduzida no vocabulário da língua
portuguesa, portanto não deve ser considerada como estrangeirismo.

24. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DO ICMS/2009) Com relação aos processos de


formação de palavras, analise as afirmativas a seguir:

I. estruturador, civilizacional e renováveis são adjetivos formados por


derivação sufixal.
II. hominização, dilapidação e autodestruição são substantivos formados por
composição e derivação.
III. autodestruição, contrapartida e responsabilidade são substantivos
formados por composição.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.


(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

25. (CETRO/PREF. DE MAIRINQUE-SP/ALMOXARIFE/2009) Observe o trecho


abaixo.

“Os bons são aqueles que conseguem aproveitar uma descoberta para
utilizar em sua vida prática.”

No que se refere à formação das palavras, o termo grifado apresenta o


processo de

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(A) derivação regressiva, pois a classe gramatical da palavra permanece a


mesma, porém foi acrescido o artigo.
(B) derivação imprópria, pois mudou-se a classe gramatical da palavra,
estendendo-lhe a significação.
(C) redução, já que foi omitido o substantivo a que se refere o adjetivo
destacado, diminuindo o campo de significação da frase.
(D) parassíntese, no qual há a mudança de classe gramatical sem alterar a
significação da nova palavra.
(E) neologismo, já que há transformação em relação à significação da palavra
que, até então, era utilizada com um único sentido.

26. (FGV/SEFAZ-AP/FISCAL DO ICMS/2010) Com relação aos processos de


formação de palavras, analise as afirmativas a seguir:

I. Na palavra jeitinho, o sufixo -inho significa “diminuição”.


II. Denomina-se composição o processo de formação da palavra utilitarista.
III. A palavra analfabetismo forma-se por derivação prefixal e sufixal, a partir
do radical alfabet-.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.


(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

27. (FUNRIO/MDIC/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/2009) Avalie as


afirmações a propósito da formação das seguintes palavras:

I. megausina” e “ictiólogo” são formadas por composição.


II. “perda” é deverbal de “perder”.
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III. “inviável” é derivada por prefixação.


IV. “economicamente” é derivada por sufixação.

Está correto o que se afirma na alternativa

A) todas estão corretas.


B) apenas I e II estão corretas.
C) apenas III e IV estão corretas.
D) apenas I, II e III estão corretas.
E) apenas II, III e IV estão corretas.

28. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DO ICMS/2010) Quanto à estrutura e formação do


vocábulo meta-ética, é correto afirmar que:

(A) forma-se pelo processo de composição por aglutinação.


(B) tem agregada ao radical étic- uma desinência nominal de gênero
feminino.
(C) contém um prefixo de origem grega também presente na palavra
“metafísica”.
(D) apresenta uma vogal de ligação –a, necessária em razão do hífen.
(E) constitui-se por meio da justaposição de dois substantivos.

29. (FUNRIO/FIOTEC/AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE/2010) No vocábulo


“amamentar”, ocorre o processo de formação de palavras por derivação

A) sufixal.
B) prefixal.
C) regressiva.
D) imprópria.
E) parassintética.

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30. (FGV/CAERN/AGENTE ADMINISTRATIVO/2010) Assinale a palavra que


seja formada pelo mesmo processo que megalópoles.

(A) internacional
(B) sustentabilidade
(C) saneamento
(D) obrigatoriedade
(E) olímpicos

31. (FUNRIO/FURP/ANALISTA DE CONTRATOS/2010) Observe as seguintes


palavras retiradas do texto: “desempregado”, “ganhar”, “pós-graduação”,
“contracheque”. Considerando o processo de formação das palavras em
Português, afirma-se que

A) um dos vocábulos é formado por justaposição.


B) um dos vocábulos resulta de derivação regressiva.
C) um dos vocábulos resulta de derivação imprópria.
D) três dos vocábulos são formados pro prefixação.
E) dois dos vocábulos são formados por aglutinação.

32. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DO ICMS/2008) Assinale a alternativa em que a


palavra indicada não seja formada pelo mesmo processo que injustiça.

(A) tecnologias
(B) auto-organização
(C) antielisão
(D) ilícito
(E) internacional

33. (FUNRIO/PREFEITURA DE SÃO JOÃO DA BARRA/ASSISTENTE


SOCIAL/2010)
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– Creio que ali irá mais comodamente do que na garupa do cavalinho


pangaré.

A estrutura mórfica das palavras “comodamente” e “cavalinho” está


corretamente comentada na seguinte alternativa:

A) apenas a primeira é formada por sufixação, pois “cavalinho” é um caso de


derivação imprópria.
B) ambas são formadas por sufixação e derivam de um adjetivo e de um
substantivo, respectivamente.
C) apenas a segunda é formada por sufixação, pois “comodamente” é um
caso de composição por aglutinação.
D) as duas palavras são formadas por hibridismo, pois empregam morfemas
de origem latina e grega.
E) ambas são formadas por derivação parassintética a partir de “modo” e
“vale”, respectivamente.

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Gabarito das Questões Comentadas

1. Item errado 30. A


2. B 31. D
3. Item certo 32. A
4. E 33. B
5. B
6. B
7. A
8. A
9. C
10. C
11. Item certo
12. Item certo
13. D
14. A
15. Item certo
16. C
17. Item errado
18. C
19. Item certo
20. D
21. Item certo
22. D
23. B
24. A
25. B
26. C
27. A
28. C
29. E
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