Você está na página 1de 10

Gabarito da Atividade

Boa Noite! ELIZEU

Selecione o Curso DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL

Gabarito da Atividade

1. Gusmão (2011) conceitua a Ciência do Direito como: “ os conhecimentos,


metodicamente coordenados, resultantes do estudo ordenado das normas jurídicas com o
propósito de apreender o significado objetivo das mesmas e de construir o sistema
jurídico, bem como de descobrir as suas raízes sociais e históricas” . (P. 3).
Epistemologicamente, é correto afirmar, EXCETO:

A) Pedro Manoel Abreu fala do momento epistemológico de Warat, e que, sua referência
teórica está no livro que publicou com Rosa Maria Cardoso da Cunha, Ensino e saber
jurídico, em que introduziu a problemática epistemológica no interior da pedagogia do
ensino do Direito, tornando-a intrínseca à metodologia do ensino

B) O autor continua seu texto, afirmando que Warat fez da epistemologia um conceito para
a reflexão sobre a metodologia do ensino e que, a partir de Bachelard, Warat argumenta
que realmente se aprende Direito quando se consegue aprender a desaprender o que a
tradição jurídica pretende ensinar.

C) Na ótica de Abreu, a epistemologia escondia as dimensões de poder do discurso


jurídico. Por ser um lugar que procura a certeza, a univocidade, o controle da
indeterminação, terminaria como discurso ideológico, que precisaria ser percebido pelos
alunos para que pudessem aprender num processo de desalienação epistemológica.
(ABREU, 2013).

D) Ainda, conforme Abreu (2013), para Warat, “ os epistemólogos teriam tentado


estratificar a ideia de que a instância epistêmica não permitira a criação de um discurso
absolutamente preservado dos embates ideológicos, diferente de um filtro mágico das
verdades” . E que ele, tentou provar o contrário a seus alunos. A episteme, cumpri esta
função.

E) Para Warat, a verdadeira ciência esconde-se nos mistérios do saber esquecido e que o
surrealismo é o que pode nos aproximar poeticamente. E o surrealismo significaria uma
rejeição consciente e justificada de todas as pobrezas espirituais da modernidade.
Sua resposta: D) Ainda, conforme Abreu (2013), para Warat, “ os epistemólogos teriam
tentado estratificar a ideia de que a instância epistêmica não permitira a criação de um
discurso absolutamente preservado dos embates ideológicos, diferente de um filtro mágico
das verdades” . E que ele, tentou provar o contrário a seus alunos. A episteme, cumpri
esta função.

Gabarito: D) Ainda, conforme Abreu (2013), para Warat, “ os epistemólogos


teriam tentado estratificar a ideia de que a instância epistêmica não permitira a
criação de um discurso absolutamente preservado dos embates ideológicos,
diferente de um filtro mágico das verdades” . E que ele, tentou provar o
contrário a seus alunos. A episteme, cumpri esta função.
Nota: 1
2. Ao consultarmos André Franco Montoro (2000), em seu livro “ Introdução ao Estudo do
Direito” logo de inicio nos deparamos com essa afirmação do autor, sobre o estudo da
ciência do direito em que, o mesmo, afirma que “ ao estudar o direito como ciência,
devemos naturalmente examinar sua definição, assim como o lugar que ele ocupa no
conjunto das ciências e a natureza de seu objeto. Tais problemas pertencem ao campo da
Epistemologia Jurídica” . E segue com a definição de epistemologia, “ do grego epistême
(ciência) e logos (estudo), significa etimologicamente teoria da ciência” . Na mesma
direção, utiliza de Machado Neto, para dizer, que "tratar da ciência do direito, ainda que
para o mister elementar de defini-lo, é fazer Epistemologia".
Nesse sentido, é incorreto afirmar, que,
A) Montoro (2000) segue afirmando que “ não há, entretanto, na linguagem filosófica, certa
imprecisão e diversidade de conceitos sobre a exata significação do vocábulo” . E utiliza
Lalande e sua definição de Epistemologia como "o estudo crítico dos princípios, das
hipóteses e dos resultados da ciência específica que é o Direito".

B) Montoro (2000) diz que, “ da mesma forma, os italianos, em geral, não costumam
distinguir epistemologia e teoria do conhecimento” , afirmando que “ de qualquer forma, os
problemas citados: definição de direito, sua posição no quadro das ciências, a natureza de
seu objeto constituem inquestionavelmente temas de Epistemologia do Direito” .

C) Quanto ao conceito de Direito, Montoro afirma que seria o mesmo que defini-lo,
acrescentando que “ há duas espécies de definição” sendo uma a “ nominal, que
consiste em dizer o que uma palavra ou nome significa” e outra a “ real, que consiste em
dizer o que uma coisa ou realidade é. Em obediência à recomendação da lógica, é o que
vamos fazer em relação ao direito. Estudaremos, primeiramente, a significação da
palavra” .

D) O estudo das palavras e da linguagem em geral é da maior importância. Quando um


vocábulo é empregado durante várias gerações para designar uma realidade, ele se
apresenta cheio de conteúdo e significação. O nome é a experiência acumulada e
constitui, de certa forma, o limiar da ciência. (MONTORO, 2000).

E) Montoro pergunta: “ Que significa a palavra "direito"? Qual a sua origem?” E responde:
Nas línguas modernas encontramos dois conjuntos de termos utilizados para exprimir a
ideia de direito. Um primeiro conjunto liga-se ao vocábulo "direito", que encontra similar em
todas as línguas neolatinas e, de forma geral, nas línguas ocidentais modernas: Droit
(francês); Diritto (italiano); Derecho (espanhol); Recht (alemão); Right (inglês); Dreptu
(romeno). (MONTORO, 2000).
Sua resposta: A) Montoro (2000) segue afirmando que “ não há, entretanto, na linguagem
filosófica, certa imprecisão e diversidade de conceitos sobre a exata significação do
vocábulo” . E utiliza Lalande e sua definição de Epistemologia como "o estudo crítico dos
princípios, das hipóteses e dos resultados da ciência específica que é o Direito".

Gabarito: A) Montoro (2000) segue afirmando que “ não há, entretanto, na


linguagem filosófica, certa imprecisão e diversidade de conceitos sobre a exata
significação do vocábulo” . E utiliza Lalande e sua definição de Epistemologia
como "o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos resultados da ciência
específica que é o Direito".
Nota: 1
3. Sobre a sua origem, Montoro afirma que “ essas palavras têm sua origem num
vocábulo do baixo latim: directum ou rectum, que significa "direito" ou "reto". Rectum ou
directum é o que é conforme "Directum" a uma régua” .
E acrescenta que, “ ao lado desse, existe outro conjunto de palavras que, nas línguas
modernas, liga-se à noção de direito. Esse conjunto é representado pelos vocábulos:
"jurídico", "jurisconsulto", "judicial", "judiciário', "jurisprudência" etc., que encontram,
também, similar em quase todas as línguas modernas” . (MONTORO, 2000).
Nesse sentido, é incorreto afirmar, que,
A) Montoro não questiona a origem desses vocábulos, garantido ser “ visível que a
etimologia dessas palavras encontra-se no termo latino just Guri, que significa direito".

B) E continua, afirmando que “ se remontarmos um pouco além e formos investigar a


significação originária do vocábulo jus, encontraremos, pelo menos, duas origens
diferentes indicadas pelos filósofos” sendo que, ele diz, “ alguns pretendem que jus se
tenha constituído no idioma latino, como derivado de jussum, particípio passado do verbo
jubere, que significa mandar, ordenar” . "Jussum". (MONTORO, 2000).

C) E apontam, nesse sentido, certas fórmulas que eram usadas nas Assembleias Curiais
em Roma, nas quais os cidadãos, depois de discutirem as leis, decidiam sobre a sua
promulgação.

D) A fórmula usada, então, para encerramento da discussão, era a seguinte: jubeate


quirites (mandai cidadãos); ou então, adsentite jubere quirites (concordai em mandar,
cidadãos).

E) E afirmam que outros preferem ver no vocábulo jus uma derivação de justum, isto é,
aquilo que é justo ou conforme à justiça. "Jus dictum est quia est justum", diz Isidoro de
"Justum" Sevilha (Etymol., cap. 3). (MONTORO, 2000).

Sua resposta: A) Montoro não questiona a origem desses vocábulos, garantido ser
“ visível que a etimologia dessas palavras encontra-se no termo latino just Guri, que
significa direito".

Gabarito: A) Montoro não questiona a origem desses vocábulos, garantido ser


“ visível que a etimologia dessas palavras encontra-se no termo latino just Guri,
que significa direito".
Nota: 1
4. O direito aparece, porém, para o vulgo, como um complicado mundo de contradições e
coerências, pois, em seu nome tanto se veem respaldadas as crenças em uma sociedade
ordenada, quanto se agitam a revolução e a desordem. O direito contém, ao mesmo
tempo, as filosofias da obediência e da revolta, servindo para expressar e produzir a
aceitação do status quo, da situação existente, mas aparecendo também como
sustentação moral da indignação e da rebelião. (FERRAZ, 2003, p. 24).
Sobre este tema, julgue as afirmações a seguir:
I.O mesmo autor continua a tentativa de definição não estrita, mas de aproximação do
fenômeno jurídico, e diz que, “ uma pista adequada parece encontrar-se na própria origem
da palavra direito em nossa cultura” ;
II.E vale-se, para tanto, da monografia de Sebastião Cruz (1971) onde o referido autor
trata do problema seguinte: por que, ao lado da palavra do latim clássico jus e significando
também direito, apareceu a palavra derectum (inicialmente, talvez, somente rectum e, mais
tarde, também a forma directum) e não alguma outra? Da palavra rectum - ou da indo
europeia rek-to' – derivou Rechts, right etc. e, da palavra derectum, direito, derecho,
diritto, droit etc. Qual seria, então, a convergência semântica entre jus e derectum;
III.Enfrentando a questão, o autor observa que ao direito vincula-se uma série de símbolos,
alguns mais eloquentes, outros menos, e que antecederam a própria palavra;
IV.De qualquer modo, o direito sempre teve um grande símbolo, bastante simples, que se
materializava, desde há muito, em uma balança com dois pratos colocados no mesmo
nível, com o fiel no meio - quando este existia - em posição perfeitamente vertical;
V.Havia, ainda, outra materialização simbólica, que varia de povo para povo e de época
para época. Assim, os gregos colocavam essa balança, com os dois pratos, mas sem o fiel
no meio, na mão esquerda da deusa Diké, filha de Zeus e Themis, em cuja mão direita
estava uma espada e que, estando em pé e tendo os olhos bem abertos, dizia (declarava
solenemente) existir o justo quando os pratos estavam em equilíbrio (íson, donde a palavra
isonomia). Daí, para a língua vulgar dos gregos, o justo (o direito) significar o que era visto
como igual (igualdade);
VI.O mesmo Ferraz, mais adiante em seu texto, afirma que, no correr dos séculos, porém,
a expressão jus foi, pouco a pouco, sendo substituída por derectum. Nos textos jurídicos
latinos, esta última, tendo caráter mais popular e vinculada ao equilíbrio da balança, não
aparecia, sendo encontrada apenas nas fontes não jurídicas, destinadas ao povo;
VII.Foi a partir do século IV d.C. que ela começou a ser usada também pelos juristas.
Guardou, porém, desde suas origens, um sentido moral e principalmente religioso, por sua
proximidade com a deificação da justiça. Nos séculos VI ao IX, as fórmulas derectum e
derectum passam a sobrepor-se ao uso de jus;
VIII.Depois do século IX, finalmente, derectum é a palavra consagrada, sendo usada para
indicar o ordenamento jurídico ou uma norma jurídica em geral;

Após julgar as afirmativas anteriores, marque a opção correta:


A) Todas as alternativas são verdadeiras;

B) Somente as alternativas I, II, III, e VI são verdadeiras;

C) Todas as alternativas são falsas;

D) Somente as alternativas I, III, V e VII são verdadeiras;

E) Somente a alternativa I é falsa.

Sua resposta: A) Todas as alternativas são verdadeiras;

Gabarito: A) Todas as alternativas são verdadeiras;


Nota: 1
5. Podemos dizer que existe na linguagem filosófica, certa imprecisão e diversidade de
conceitos sobre a exata significação do vocábulo, mas, que poderíamos tentar defini-lo
como sendo o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos resultados de cada
ciência. De qualquer forma, os problemas citados: definição de direito, sua posição no
quadro das ciências, a natureza de seu objeto constituem inquestionavelmente temas de
Epistemologia do Direito.
Quanto à natureza científica do estudo do direito, reconhecida pela maioria dos
estudiosos, há alguns opositores, EXCETO:
A) Desde 1848, foi-lhe negado o caráter científico, quando Kirchmann (O caráter a-
científico da chamada ciência do direito) em conferência célebre, disse: “ A ciência do
direito, tendo por objeto o contingente, é também contingente: três palavras retificadoras
do legislador tornam inúteis, uma inteira biblioteca jurídica” . Assim, segundo Kirchmann,
uma simples lei derrogadora de um sistema jurídico inutilizaria a ciência jurídica.

B) Mas tal contingência, comum ao histórico, só tornaria anacrônica uma forma de saber
jurídico, que seria substituída por outra tendo por objeto o novo direito.

C) Anacrônico e sem validade, por não ter valor histórico. Capograssi (O problema da
ciência do direito), em 1937, respondendo a essa objeção clássica, admitiu poder ser
sustentada a natureza científica do estudo do direito, apesar de sua mutabilidade, desde
que se considere a norma jurídica, que é imutável, como o objeto da ciência do direito.

D) Não é a norma que é mutável, mas o seu conteúdo. Gény (Ciência e Tecnologia do
Direito Privado Positivo, 1914-24), antes de Capograssi, sem se impressionar com
Kirchmann, reduziu o estudo científico do direito à transformação da matéria não-jurídica
em matéria jurídica, deixando à técnica a tarefa de torná-la precisa e eficaz.

E) O direito pode ser estudado como uma ciência jurídica teórica, que formula conceitos e
princípios gerais do direito, denominada Teoria Geral do Direito, síntese do conhecimento
jurídico de uma época, e ciência jurídica particularizada, ou ciência do direito positivo (leis,
códigos, jurisprudência, costumes, etc.), também denominada dogmática jurídica, que,
versando sobre o conteúdo das normas jurídicas, interpretando-as e sistematizando-as, se
subdivide em tantas ciências quantos forem os ramos do direito (ciência do direito penal,
ciência do direito constitucional, etc.).

Sua resposta: C) Anacrônico e sem validade, por não ter valor histórico. Capograssi (O
problema da ciência do direito), em 1937, respondendo a essa objeção clássica, admitiu
poder ser sustentada a natureza científica do estudo do direito, apesar de sua
mutabilidade, desde que se considere a norma jurídica, que é imutável, como o objeto da
ciência do direito.

Gabarito: C) Anacrônico e sem validade, por não ter valor histórico.


Capograssi (O problema da ciência do direito), em 1937, respondendo a essa
objeção clássica, admitiu poder ser sustentada a natureza científica do estudo
do direito, apesar de sua mutabilidade, desde que se considere a norma
jurídica, que é imutável, como o objeto da ciência do direito.
Nota: 1
6. Considerando o humano um ser psicosociocultural, ele é influenciado, em que pese não
determinado, pelo contexto no qual emerge, assim como exerce modificações sobre esse
mesmo contexto. Trata-se, por conseguinte, de uma relação dialógica entre os humanos,
individualmente considerados, e o seu meio ambiente.
Nesse sentido, por ser parte constitutiva do meio, embora com ele não se confunda
(manutenção da identidade individual dentro da unicidade ambiental), o humano é
permeado pela sua complexidade antropológica, filosófica (narrativas), ecológica, social,
política, econômica, cultural, ambiental. Em suma, é um ser contextual, temporal e
geograficamente. Além disso, enquanto espécie, os humanos transcendem seu tempo e
seu lugar, são também históricos.
Daí porque, conforme delinearemos sequencialmente, todo o estudo ou pesquisa que
verse sobre um tema relacionado à vida humana (em sociedade), como o Direito, por
exemplo, importa numa análise complexa, que se preocupe com as relações entre as
facetas que permeiam essa vida, visto que os fenômenos são inter-relacionados, sob pena
de uma análise reducionista do objeto de pesquisa e de uma caracterização de não
cientificidade.
Para entendermos o que é precisamente essa nova visão de mundo, devemos começar
por perceber a necessidade de um pensamento complexo. Para Morin, esse pensamento
se resume ao “ [...] conjunto de princípios de inteligibilidade que, ligados uns aos outros,
poderiam determinar as condições de uma visão complexa do universo (físico, biológico,
antropossocial).”
Isso quer dizer que não existe um paradigma da complexidade. O que existe é uma
complexidade de fenômenos que ocasionam efeitos concretos na vida humana e que
precisam também ser considerados pela ciência, em seu processo de produção de
conhecimento. Diante disso, podemos falar de um pensamento da complexidade ou
pensamento complexo, que seja constituído na e pela conjunção de alguns princípios de
inteligibilidade.
Em síntese, são eles, EXCETO:
A) A dialógica, para a compreensão da inteligibilidade entre o princípio de universalidade e
o de singularidade (localidade). Em resumo, o “ [...] termo dialógico quer dizer duas
lógicas, dois princípios, estão unidos sem que a dualidade se perca nessa unidade: daí
vem a ideia de ‘ unidualidade’ [...]; desse modo, o homem é um ser unidual, totalmente
biológico e também cultural a um só tempo.” (MORIN, 2010, p. 189);

B) O reconhecimento da reversibilidade do tempo da física, conforme o quarto princípio da


termodinâmica, assim como o reconhecimento da ontogênese, da filogênese e da
evolução da química;

C) O reconhecimento da impossibilidade de cientificamente isolarmos unidades


elementares na base do universo físico, pois existe uma interconexão de energia. Esse
fato nos leva à necessidade da dialógica entre o conhecimento dos elementos e dos
conjuntos que os constituem. Em suma, nos leva a reconhecer que todos os fatos e entes
possuem um contexto no qual estão inseridos;

D) O princípio da causalidade complexa: existe um mútuo e inter-relacionamento dos


acontecimentos no mundo;

E) O princípio da distinção, em contrapartida ao da separação reducionista existente na


ciência clássica. O princípio da distinção busca estudar o ente dialogicamente com o seu
meio ambiente, pois reconhece que todo o conhecimento de uma organização física
implica no conhecimento das suas interações com o ambiente. De igual forma, todo o
conhecimento de organizações biológicas exige o conhecimento das suas interações
ecossistêmicas.

Sua resposta: B) O reconhecimento da reversibilidade do tempo da física, conforme o


quarto princípio da termodinâmica, assim como o reconhecimento da ontogênese, da
filogênese e da evolução da química;

Gabarito: B) O reconhecimento da reversibilidade do tempo da física,


conforme o quarto princípio da termodinâmica, assim como o reconhecimento
da ontogênese, da filogênese e da evolução da química;
Nota: 1
7. De maneira simplificada, o pensamento da complexidade é, acima de tudo, um
incentivo para o pesquisador alcançar uma nova visão do mundo, que seja dialógica e que
perceba tudo, inclusive os fenômenos humanos (nas ciências humanas) de maneira inter-
relacionada. Em suma, para que ele considere a complexidade da questão a ser
estudada.
Nesse sentido, podemos afirmar que,
A) A complexidade nos leva a distinguir, mas paradoxalmente a nos fazer comunicar todos
os elementos possíveis. Trata-se de adotarmos uma postura reducionista do isolamento e
da separação do objeto a ser estudado do seu meio. Em última instância, implica em
reconhecermos todos os possíveis traços singulares, históricos e originais dos fenômenos
que queremos estudar, sem liga-los a determinações ou leis gerais.

B) Embora, aparentemente, paradoxal esse é um pensamento que nos leva a um princípio


dialógico, que percebe a unidade e a multiplicidade conjuntamente: a existência de uma
unidade (o meio ambiente) e as multiplicidades coletivas que estão nela englobados. Por
isso, existe a percepção dos caracteres multidimensionais de uma parte da realidade.

C) Quando Morin nos fala de um conhecimento ou princípio dialógico, devemos entender


que não existe o problema da contradição. Ou seja, na lógica clássica, a contradição era
sinal de acerto e de validade da teoria científica. (2010, p. 182-185).

D) Todavia, ainda segundo Morin, com Bohr e a concepção ondulatória, a consciência dos
limites da lógica fez com que surgisse a aceitação da noção de contradição entre duas
noções complementares. Citamos como exemplo dessa mudança de concepção a teoria
do Big-Bang, que se refere à existência de um absurdo lógico, no qual o tempo nasce da
ausência de tempo, o espaço da ausência de espaço e a energia do nada.

E) No âmbito da ciência, principalmente no campo da física, emergiu a ideia de que os


antagonismos podem ser estimuladores mas, não reguladores. A dialógica, então, nos faz
renunciar ao mito da elucidação parcial do universo e nos desencoraja a prosseguir na
aventura do conhecimento que não é o diálogo com o universo

Sua resposta: D) Todavia, ainda segundo Morin, com Bohr e a concepção ondulatória, a
consciência dos limites da lógica fez com que surgisse a aceitação da noção de
contradição entre duas noções complementares. Citamos como exemplo dessa mudança
de concepção a teoria do Big-Bang, que se refere à existência de um absurdo lógico, no
qual o tempo nasce da ausência de tempo, o espaço da ausência de espaço e a energia
do nada.

Gabarito: D) Todavia, ainda segundo Morin, com Bohr e a concepção


ondulatória, a consciência dos limites da lógica fez com que surgisse a
aceitação da noção de contradição entre duas noções complementares.
Citamos como exemplo dessa mudança de concepção a teoria do Big-Bang,
que se refere à existência de um absurdo lógico, no qual o tempo nasce da
ausência de tempo, o espaço da ausência de espaço e a energia do nada.
Nota: 1
8. Apesar de o pensamento complexo perceber os fenômenos do mundo em sua
contextualidade, ou, em outras palavras, em suas múltiplas relações, não devemos
confundi-lo com o pensamento holístico, no qual importa a compreensão do todo.
Sobre o pensamento holístico é correto afirmar, que,
A) O pensamento complexo não é holista.

B) Além de não intentar a compreensão do todo, mas das conexões, percebe a


impossibilidade de conhecermos o todo ou a verdade, visto que todas as teorias e
conhecimentos são falíveis.
C) Para Morin, apesar de o conhecimento holístico se opor à concepção reducionista que
remete à ciência clássica – procura a explicação nos elementos de base (isoladamente)
– , recai igualmente em reducionismo ao buscar a explicação dos fenômenos no nível da
totalidade, que não passa de uma ideia simplificada do todo, por fazer da totalidade uma
ideia à qual se reduzem as demais. (2010, p. 259).

D) Por isso, complexamente, se atribui importância ao todo ao mesmo tempo em que se


concede importância às partes, pois que, em ultima instância, a grande importância reside
no movimento (conexões) de dupla via entre o todo e as partes.

E) Todas as alternativas anteriores são verdadeiras.

Sua resposta: A) O pensamento complexo não é holista.

Gabarito: E) Todas as alternativas anteriores são verdadeiras.


Nota: 0
9. Considerando que somos todos seres humanos psicosocioculturais, nossa
complexidade diz respeito, dentre outros elementos, ao nosso corpo - elementos físicos,
biológicos, químicos – , ao nosso contexto – social, político, econômico, cultural, ambiental
– , à nossa subjetividade – psíquica, religiosa, ideológica – , à nossa formação objetiva –
escola, universidade. Portanto, o problema da complexidade é justamente a incompletude
e a incerteza do conhecimento.
Nesse sentido é incorreto afirmar, que,
A) Nesse ponto, intenta-se conceber a articulação, mas também a identidade e a diferença
entre as complexidades humanas.

B) O pensamento complexo detém uma metodologia, mas não um método, que é um


lembrete para pensarmos em conceitos, mas nunca concluí-los em pontos fechados, e que
nos leva a pensar articulações entre o que foi previamente separado pelo pensamento da
disjunção dos fenômenos, a fim de compreendermos a multidimensionalidade, a
singularidade, a localidade, a temporalidade, todas sempre de maneira integrada consigo e
com as demais.

C) O imperativo da complexidade, em ultima instância, é o uso da dialógica.

D) Trata-se de um conhecimento multidimensional que não sugere a possibilidade de se


possuir todas as informações sobre o fenômeno estudado, mas em respeitar suas
múltiplas dimensões.

E) Existem complexidades e não uma complexidade. Isso porque, para Morin, cada
fenômeno a ser estudado é, em si mesmo, um unitas multiplex (um e múltiplo).

Sua resposta: B) O pensamento complexo detém uma metodologia, mas não um método,
que é um lembrete para pensarmos em conceitos, mas nunca concluí-los em pontos
fechados, e que nos leva a pensar articulações entre o que foi previamente separado pelo
pensamento da disjunção dos fenômenos, a fim de compreendermos a
multidimensionalidade, a singularidade, a localidade, a temporalidade, todas sempre de
maneira integrada consigo e com as demais.

Gabarito: B) O pensamento complexo detém uma metodologia, mas não um


método, que é um lembrete para pensarmos em conceitos, mas nunca concluí-
los em pontos fechados, e que nos leva a pensar articulações entre o que foi
previamente separado pelo pensamento da disjunção dos fenômenos, a fim de
compreendermos a multidimensionalidade, a singularidade, a localidade, a
temporalidade, todas sempre de maneira integrada consigo e com as demais.
Nota: 1
10. Devemos entender o nosso próprio objeto de estudo, que é o Direito, sob pena de
preconizarmos visões equivocadas de um ente social, na medida em que o restringimos à
esfera abstrata das normas (direito positivo ou positivado).
Ora, se reduzimos o Direito à lei, a pesquisa científica ou o fazer Ciência do Direito se
simplifica à, metaforicamente, estudar um membro do corpo humano, como se os demais
não existissem. Nesse sentido, comparamos a norma – produto social, econômico,
político, cultural, ambiental, e abstração humana – ao cérebro que pensa. Contudo,
identificando o Direito à norma, falamos de um cérebro que pensa e que existe
independentemente dos demais membros e tecidos do corpo.
Existe um cérebro sem sangue? E sem um coração para bombear o sangue até ele?
Quer dizer, assim como o corpo humano é complexo – nele todos os tecidos convergem
para um funcionamento harmônico – , o próprio Direito também é um ente complexo, que
vai muito além da esfera formal (direito positivado), e que existe na medida em que é
permeado por diversas esferas da vida humana em sociedade.
Por isso, a definição do estatuto epistemológico da Ciência do Direito, estabelecendo os
critérios de demarcação que possibilitem identificar o que é o conhecimento científico e
diferenciá-lo dos demais saberes jurídicos é de vital importância para a qualificação da
pesquisa científica do Direito.
Nesse sentido, fazer pesquisa em Direito é, EXCETO:
A) Somente a partir de estratégias metodológicas é que nos é permitido – respeitados os
critérios de demarcação – fazer pesquisa e construir a Ciência do Direito em bases
sólidas.

B) Sem a definição clara do que é fazer Ciência na área jurídico-social e de como se faz
pesquisa científica nessa área, continuaremos pouco produzindo e pouco conhecendo
sobre o nosso próprio objeto de estudo.

C) Para falarmos numa pesquisa científica do Direito, considerando a complexidade, em


primeiro lugar, devemos entender o que é o Ética.

D) Existem distintas maneiras de perceber o Direito, sendo uma delas, a visão de que o
Direito se reduz ao código normativo, ou seja, o Direito enquanto direito positivado (lei).

E) Implica em admitir que, muito embora exista o direito como um código normativo ou, em
outras palavras, o direito positivado, essa não é a única dimensão do Direito, que é, em
ultima instância, um ente social altamente complexo, no qual encontram-se as dimensões
social, política, econômica, cultural e ambiental – todas dentro de contextos espaciais e
temporais, ou seja, histórica e geograficamente situadas.

Sua resposta: C) Para falarmos numa pesquisa científica do Direito, considerando a


complexidade, em primeiro lugar, devemos entender o que é o Ética.

Gabarito: C) Para falarmos numa pesquisa científica do Direito, considerando


a complexidade, em primeiro lugar, devemos entender o que é o Ética.
Nota: 1

Nota Final: 9
Situação: Aprovado
Parabéns! Você foi aprovado.
Clique aqui para voltar a sala de aula.

Você também pode gostar