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Direito Administrativo

Visando à manutenção da saúde do servidor policial, bem como à preservação


de sua vida, a legislação pertinente garante que o funcionário policial terá
internação e tratamento por conta do Estado quando acidentado em serviço ou
acometido de doença profissional. É o que se extrai da inteligência do artigo 33
da Lei n. 4.878/1965. Ademais, a legislação não cita, em momento algum, o
cometimento de improbidade administrativa pelo responsável pela internação.
A legislação estabelece que, para que o servidor não venha a influir na
apuração de sua transgressão disciplinar, será preventivamente suspenso,
contudo, o prazo máximo de suspensão é de 90 (noventa dias) e não 30 (trinta
dias), conforme afirma a questão.
Não se trata de licitação inexigível, mas de licitação dispensável. Tal conclusão
é extraída da Lei n. 8.666/1993, que, ao estabelecer as regras de licitação
inexigível, expressamente ressaltou no caput do art. 25 que sua causa é a falta
de competição, como por
exemplo, em circunstâncias de fornecedor exclusivo (inciso I). A pandemia de
Coronavírus é causa de licitação dispensável, porque, na forma do inciso IV do
art. 24 da Lei n. 8.666/1993, autoriza o Poder Público, pela emergência, a
avaliar a oportunidade e conveniência da licitação e dispensá-la se preciso.
Fora todas as referências à Lei n. 8.666/1993 aqui empregadas, ainda existe a
Lei n. 13.979/2020, a qual dispõe sobre as medidas para enfrentamento da
emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do
coronavírus responsável pelo surto de 2019. Em seu art. 4º, o referido diploma
legal
assevera ser:
dispensável a licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de
engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de
saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus de
que trata esta Lei.

As organizações sociais são pessoas jurídicas de direito privado, as quais não


integram a Administração e não possuem fins lucrativos. Ademais, são criadas
por particulares para a execução de serviços públicos não exclusivos.

ide os artigos 24, caput, e 33, inciso VI, da Lei 8.112/90, que


dispõem exatamente que:
“Art. 24.  Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua
capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.
(...)Art. 33.  A vacância do cargo público decorrerá de:
(...)VI - readaptação;”

LEI 8429/92 
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento
ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do
exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades
mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:(...)
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo,
emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja
desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público;
O princípio da modicidade das tarifas está previsto, ao lado de outros, no art.
6º, §1º da Lei 8.987/95: “Art. 6oToda concessão ou permissão pressupõe a
prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme
estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato. §
1oServiço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade,
continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua
prestação e modicidade das tarifas.” Nesse sentido, a concessionária ou
permissionária prestarão um serviço adequado, quando observarem a
“modicidade das tarifas”. “Essa exigência permite que afirmemos que o valor
da tarifa deve ser tal que assegura à concessionária (ou permissionária) o
retorno satisfatório sobre o capital investido, restando, entretanto, afastada a
legitimidade de obtenção de lucros exorbitantes, extraordinários, superiores
àqueles tidos por razoáveis nas atividades econômicas privadas em geral.”
(Marcelo Alexandrino & Vicente Paulo. Direito Administrativo Descomplicado.
20ª ed. p. 727).

O cidadão NÃO tem legitimidade para ajuizar a ação de improbidade, apenas


de representar junto à autoridade competente. Vejamos o que diz a Lei
8.429/92:
" Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade
administrativa competente para que seja instaurada investigação
destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada,
conterá a qualificação do representante, as informações sobre o fato e sua
autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento."
A ação de improbidade só pode ser proposta pelo Ministério Público ou pela
pessoa jurídica interessada. In verbis:
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo
Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias
da efetivação da medida cautelar.

A subcontratação é proibida, mas pode ser admitida desde que haja previsão


contratual e segundo: a restrição da subcontratação decorre do caráter intuitu
personae dos contratos administração, e não do princípio da impessoalidade.
Vale lembrar que a natureza intuitu personae dos contratos administrativos diz
respeito às condições pessoais do contratado, apuradas no procedimento da
licitação. Não é por outra razão que a Lei nº 8.666/93 , no art.78, VI, veda a
subcontratação, total ou parcial, do seu objeto, a associação do contratado com
outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial Tais medidas somente são
possíveis se expressamente previstas no edital da licitação e no
contrato.Vejamos o que diz a Lei 8.666/93 especificamente a respeito da
subcontratação:
"Art. 72. O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das
responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra,
serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela
Administração."
De acordo com o art. 152, “o prazo para a conclusão do processo disciplinar
não excederá
60 (sessenta) dias, contados da data de publicação do ato que constituir a
comissão,
admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o
exigirem”.

"Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas
suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes,
supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de
direito privado.
§ 1o Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as
condições para sua execução, expressas em cláusulas que definam os
direitos, obrigações e responsabilidades das partes, em conformidade
com os termos da licitação e da proposta a que se vinculam.
§ 2o Os contratos decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de
licitação devem atender aos termos do ato que os autorizou e da
respectiva proposta.
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:
VIII - os casos de rescisão;
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do
contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas
as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação."

O Estado não responde civilmente pelos danos causados por atos praticados
por agrupamentos de pessoas ou multidões, já que se trata de atos de terceiros
que caracterizam uma excludente de causalidade, exceto quando se verificar
omissão do poder público em garantir a integridade do patrimônio danificado,
hipótese em que a responsabilidade civil é subjetiva. 
Observem só: "(...) A questão que se põe é a seguinte: o Estado é responsável
civilmente pelos danos produzidos pelas multidões ao patrimônio
privado? (...) No Brasil, não há lei que expressamente reconheça às vítimas de
danos causados por multidões. Desse modo, o deslinde da questão decorre de
trabalho doutrinário e jurisprudencial. (...) 

Lei n. 4.717, duas são as mencionadas situações:


Art. 2º, Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-
se-ão as seguintes normas:
d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de
direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou
juridicamente inadequada ao resultado obtido;

O art. 78 do Código Tributário Nacional.


Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração
pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a
prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente
à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do
mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão
ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.    

O cidadão não possui legitimidade ativa para a propositura da ação por


improbidade contra agente público que tenha praticado tal ato. A lei confere ao
Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da
efetivação da medida cautelar.
Lei n. 8.429/1992, art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será
proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de
trinta dias da efetivação da medida cautelar.

“É INCONSTITUCIONAL TODA MODALIDADE DE PROVIMENTO QUE


PROPICIE AO SERVIDOR INVESTIR-SE, SEM PRÉVIA APROVAÇÃO EM
CONCURSO PÚBLICO DESTINADO AO SEU PROVIMENTO, EM CARGO
QUE NÃO INTEGRA A CARREIRA NA QUAL ANTERIORMENTE
INVESTIDO”.

STF, ADI 2135-4, declarou-se inconstitucional o regime trazido pela EC/1998.


Na questão, com a expressão “a partir”, temos uma ideia de continuidade, ou
seja, sugere que até os dias atuais estaríamos sendo conduzidos pelo regime
trazido pela Reforma ADM citada.
O Poder de polícia não pode incidir sobre qualquer direito do cidadão sem
causar ofensa aos direitos fundamentais previstos no ordenamento jurídico, por
exemplo o poder de polícia não pode incidir sobre a vida ou integridade física
do cidadão.
LEI Nº 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE 1966.
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que,
limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato
ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança,
à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização
do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos
direitos individuais ou coletivos.

Lei 8.112/90. Vejamos:


Art. 20, § 2o  O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou,
se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o
disposto no parágrafo único do art. 29.
Art. 29.  Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo
anteriormente ocupado e decorrerá de:
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;
II - reintegração do anterior ocupante.
Parágrafo único.  Encontrando-se provido o cargo de origem, o
servidor será aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30.

Nos termos do art. 6º, IX e X da lei 8666/93:


IX - Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficientes, com
nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou
complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas
indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade
técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e
que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do
prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos:
X - Projeto Executivo - o conjunto dos elementos necessários e
suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas
pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT;
 

A delegação por contrato administrativo consiste em modelo de


descentralização de serviços públicos específicos para que a pessoa delegada,
sem a titularidade desses serviços, os preste à população, por sua conta e
risco.
A descentralização, segundo a maioria da doutrina administrativista, pode
ocorrer por duas formas:
- por outorga (ou descentralização por serviços)
- por delegação (ou descentralização por colaboração).
Na delegação, o Estado transfere por contrato (concessão ou permissão de
serviços públicos) ou ato unilateral, unicamente a execução do serviço, para
que a pessoa delegada preste à população, em seu próprio nome e por sua
conta e risco.
Por meio da outorga, o Estado cria uma entidade (pessoa jurídica) e a ela
transfere determinado serviço público. A outorga pressupõe a edição de uma
lei que institua a entidade ou autorize sua criação. É o que ocorre na criação
das entidades da administração indireta: o Estado descentraliza a prestação de
serviços, outorgando-os a outras pessoas jurídicas (autarquias, fundações
públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas).

Os atos de improbidade administrativa podem ser de 3 naturezas: atos


que importem em enriquecimento ilícito, atos que causam prejuízo ao erário e
os atos que atentam contra os princípios da Administração Pública,
respectivamente, artigos 9º, 10 e 11 da Lei 8.429/92. 

É considerada integrante da administração pública a entidade qualificada com


natureza de pessoa jurídica de direito privado que, embora se constitua como
sociedade de economia mista, exerça atividade tipicamente econômica.
O Decreto-Lei 200/67, ao dispor sobre a organização da Administração
Federal, no seu art. 5º, inciso III, assim conceituou a Sociedade de Economia
Mista: “a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada
por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade
anônima, cujas as ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União
ou a entidade da Administração indireta”.

O caso concreto trata de hipótese de licitação inexigível, e não dispensável.


Vejamos o art. 25, inciso III, da lei 8.666/93:
Art. 25.  É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição,
em especial:
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser
fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada
a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita
através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em
que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação
ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de
natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização,
vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou
através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica
especializada ou pela opinião pública.
§ 1o  Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo
conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior,
estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe
técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita
inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à
plena satisfação do objeto do contrato.
§ 2o  Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, se
comprovado superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado
à Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público
responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis.

Um particular vinculado à administração pública por meio de um contrato


descumpra as obrigações contratuais que assumiu. A administração pode, no
exercício do poder disciplinar, punir o particular.
O poder disciplinar é o poder dado à Administração Pública para apurar
infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e todos os demais
sujeitos à disciplina administrativa (como é o caso dos estudantes de uma
escola pública). Tal poder não abrange as sanções impostas a particulares não
sujeitos à disciplina interna administrativa, uma vez que nesse caso, as
medidas punitivas fundamentam-se no poder de polícia do Estado.

Um dos atributos do poder de polícia é a autoexecutoriedade: a execução


direta e imediata de certos atos administrativos, independentemente de ordem
ou autorização judicial. Vale lembrar que nem todos os atos administrativos são
autoexecutáveis: a cobrança de multas decorrentes de poder de polícia quando
resistida pelo particular somente poderão ser cobradas se realizadas por meio
de ação judicial.

"Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício


irregular de suas atribuições.(...)
Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se,
sendo independentes entre si."
Vale lembrar que a responsabilidade administrativa somente será afastada
caso haja absolvição criminal por negativa de autoria ou inexistência do fato.
Assim determina a Lei:
"Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no
caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria."

Lei 8.429/92. Vejamos:


Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao
erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda
patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou
haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao
patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou
valores públicos transferidos pela administração pública a entidades privadas
mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais
ou regulamentares aplicáveis à espécie;    
Art. 12.  Independentemente das sanções penais, civis e administrativas
previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade
sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou
cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: 
II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou
valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância,
perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito
anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição
de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica
da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;

As modalidades de licitação são aquelas expressamente previstas no rol do art.


22 da lei 8666/93. Vejamos:

Art. 22.  São modalidades de licitação:


I - concorrência;
II - tomada de preços;
III - convite;
IV - concurso;
 V - leilão.

§ 8o  É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a


combinação das referidas neste artigo.

Nos termos do art. 70 da CF/1988, a fiscalização contábil, financeira,


orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da
Administração direta e indireta, quanto a legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será
exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema
de controle interno de cada Poder. Já o art. 71 dispõe que o controle externo, a
cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas da União. Observa-se assim que não se trata de competência exclusiva
do Congresso Nacional, que está prevista no art. 49 da CF/1988.

Lei n. 8.429/1992, art. 10, XII – Constitui ato de prejuízo ao erário. Permitir,
facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente. A conduta
citada determina ato de improbidade que aponta prejuízo ao erário.
Lei de Improbidade são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade
ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. Art. 3° As
disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade
ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

Art. 133, § 5º A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa
configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá automaticamente em
pedido de exoneração do outro cargo.
A ação de improbidade administrativa deve ser processada e julgada nas
instâncias ordinárias, ainda que proposta contra agente político que tenha foro
privilegiado. Segundo o STJ, não existe foro privilegiado na ação de
improbidade.
Processo de rito sumário só pode ser instaurado para averiguar acumulação
ilegal de cargos, abandono de cargo e inassiduidade habitual.
A configuração da improbidade administrativa de enriquecimento ilícito exige a
comprovação de dolo do agente infrator, não se admitindo forma culposa.

Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada


senão quando a lei expressamente a exigir. Art. 22. Os atos do processo
administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei
expressamente a exigir.

Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando neguem, limitem ou afetem direitos ou
interesses.
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos
fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I – neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II – imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III – decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V – decidam recursos administrativos;
VI – decorram de reexame de ofício;
VII – deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de
pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII – importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato
administrativo.

É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da licença por


motivo de doença em pessoa da família.
“Art. 81, § 3º É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período
da licença prevista no inciso I (licença por motivo de doença em pessoa da
família deste artigo).” 

O decreto editado pelo chefe do executivo deve complementar, e nunca alterar


uma lei.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:(...)
IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e
regulamentos para sua fiel execução;

Leilão não é tipo de licitação, mas sim modalidade, segundo o art. 22 da Lei n.
8.666/1993. O tipo de licitação adequado para alienação de bens móveis é o
maior lance ou oferta, previsto juntamente com o menor preço, melhor técnica,
ou ainda, técnica e preço, todos no art. 45, § 1º, do mesmo diploma legal.
Modalidade é o procedimento em si, composto de atos processuais que
podem ser realizados de formas diferentes, segundo as regras da lei
(procedimento é a forma como os atos do processo se manifestam). 
Tipo de licitação é o critério de julgamento objetivo a ser empregado na etapa
do procedimento de nominada julgamento e classificação. Combinando os dois,
tem-se o seguinte raciocínio:  o leilão é a modalidade adequada para
alienação de bens móveis apreendidos pela Administração (art. 22, § 5º)
àquele que oferecer o maior lance ou oferta – tipo de licitação.

"Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar acordo
de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei
que colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo, sendo que
dessa colaboração resulte:(...)
§ 8o  Em caso de descumprimento do acordo de leniência, a pessoa jurídica ficará
impedida de celebrar novo acordo pelo prazo de 3 (três) anos contados do
conhecimento pela administração pública do referido descumprimento."

O acordo de leniência não tem o poder de reduzir as penas privativas de


liberdade. Os benefícios da celebração do acordo podem ser mais bem visualizados
no gráfico abaixo:

De acordo de leniência. Conforme da Lei 12.846/2013:


"Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar acordo
de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei
que colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo, sendo que
dessa colaboração resulte:(...)
§ 1o  O acordo de que trata o caput  somente poderá ser celebrado se preenchidos,
cumulativamente, os seguintes requisitos:
I - a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em
cooperar para a apuração do ato ilícito;
II - a pessoa jurídica cesse completamente seu envolvimento na infração
investigada a partir da data de propositura do acordo;
III - a pessoa jurídica admita sua participação no ilícito e coopere plena e
permanentemente com as investigações e o processo administrativo,
comparecendo, sob suas expensas, sempre que solicitada, a todos os atos
processuais, até seu encerramento."

De acordo com as disposições da Lei 12.846/2013:


"Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar acordo
de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei
que colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo, sendo que
dessa colaboração resulte: (...)
2o  A celebração do acordo de leniência isentará a pessoa jurídica das sanções
previstas no inciso II do art. 6o  e no inciso IV do art. 19 e reduzirá em até 2/3 (dois
terços) o valor da multa aplicável."

A multa é aplicada com base no faturamento bruto da pessoa jurídica.


Art. 6º Na esfera administrativa, serão aplicadas às pessoas jurídicas consideradas
responsáveis pelos atos lesivos previstos nesta Lei as seguintes
sanções:
I – multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento) do faturamento
bruto do último exercício anterior ao da instauração do processo administrativo, excluídos
os tributos, a qual nunca será inferior à vantagem auferida, quando
for possível sua estimação; e
II – publicação extraordinária da decisão condenatória.

Lei: “Art. 2º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas OBJETIVAMENTE, nos âmbitos


administrativo e civil, pelos atos lesivos previstos nesta Lei praticados em seu interesse ou
benefício, exclusivo ou não.”

O art. 16, §5º, da lei 12.846/13. Vejamos: § 5º Os efeitos do acordo de leniência serão
estendidos às pessoas jurídicas que integram o mesmo grupo econômico, de fato e de
direito, desde que firmem o acordo em conjunto, respeitadas as condições nele
estabelecidas.

O art. 2º da mencionada Lei, “as pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetivamente,


nos âmbitos administrativo e civil, pelos atos lesivos previstos nesta Lei praticados em seu
interesse ou benefício, exclusivo ou não.” 

De acordo com a Lei n. 12.846/2013, não importará em reconhecimento da prática do ato


ilícito investigado a proposta de acordo de leniência rejeitada. É o que o § 7º do art. 16 da
Lei.

Lei 12.846/13.
Art. 5º Constituem atos lesivos à administração pública, nacional ou estrangeira, para os
fins desta Lei, todos aqueles praticados pelas pessoas jurídicas mencionadas no parágrafo
único do art. 1º , que atentem contra o patrimônio público nacional ou estrangeiro, contra
princípios da administração pública ou contra os compromissos internacionais assumidos
pelo Brasil, assim definidos:
IV - no tocante a licitações e contratos:
d) fraudar licitação pública ou contrato dela decorrente;

Superior Tribunal de Justiça:“Embora não caiba ao Judiciário se


imiscuir no mérito do ato administrativo de expulsão, pode
realizar o controle de sua legalidade, examinando se o
procedimento expulsório observou os princípios da legalidade,
devido processo legal, contraditório e ampla defesa. Pode, ainda,
verificar se incide, no caso concreto, qualquer das causas
excludentes de expulsabilidade previstas no art. 55 da Lei
13.445/2017.” (HC 516576 / DF HABEAS CORPUS 2019/0177217-9,
grifo nosso)
Nesse sentido, o Poder Judiciário não tem competência para
apreciar o mérito dos atos discricionários exarados pela
administração pública, devendo restringir-se à análise da legalidade
desses atos.
Ao outorgar determinada atribuição a pessoa não integrante de sua administração direta, o
Estado serve-se da denominada descentralização administrativa.
DesCOncentração: CRIA ÓRGÃO; DesCEntralizaçao: CRIA ENTIDADE.
A descentralização pode ser por outorga ou por delegação. Na primeira há a
transferência da execução e da titularidade do serviço a outra entidade; é feita
somente às pessoas jurídicas de direito público integrantes da Administração
indireta, especializadas na execução destas atividades; é realizada mediante lei
específica que cria as entidades. Já na segunda há a transferência da execução
dos serviços públicos, sendo a titularidade mantida sob a custódia do Estado; é
feita às entidades de direito privado da Administração indireta ou à particulares;
é realizada mediante contrato (de concessão e permissão de serviços públicos),
quando a transferência se dá a particulares e mediante lei, quando se dá aos
entes da Administração indireta de direito privado.

Administração em sentido formal, subjetivo ou orgânico “é o


conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes que o nosso
ordenamento jurídico identifica como Administração
Pública, não importa a atividade que exerçam”. Nesse sentido, é
correto afirmar que pelo critério formal somente é administração pública
aquilo determinado como tal pelo ordenamento jurídico
brasileiro, independentemente da atividade exercida. Assim, a
administração pública é composta exclusivamente pelos órgãos
integrantes da administração direta e pelas entidades da administração
indireta.

Segundo a Lei 8666:


Art. 60, parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração,
salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não
superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei,
feitas em regime de adiantamento.
 
O referido dispositivo admite importante exceção a tal regra, autorizando a celebração de
contrato verbal para pequenas compras de pronto pagamento feitas em regime de
adiantamento.

Serviços públicos gerais (uti universi) ou indivisíveis são aqueles prestados a toda
coletividade, indistintamente, ou seja, seus usuários são indeterminados ou
indetermináveis. Não é possível identificar, de forma individualizada, as pessoas
beneficiadas pelo serviço prestado, nem mensurar a utilização por parte de cada
usuário. Exemplos: serviços de iluminação pública, conservação de ruas, policiamento
urbano, defesa das fronteiras. Segundo Hely Lopes Meireles, como se tratam de
serviços indivisíveis, isto é, não mensuráveis na sua utilização, normalmente deverão
ser mantidos por imposto (tributo geral) e não por taxa ou tarifa (Hely Lopes
Meireles. Direito Administrativo Brasileiro. 29ª ed. 2004. p.323.)

O poder regulamentar permite que o Chefe do Executivo edite decretos para a garantia da
fiel execução da lei. Cabe privativamente ao Presidente da República. Art. 84, IV, da
CF. Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e
regulamentos para sua fiel execução;

Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente,
recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente,
cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação. art. 130, § 1º.

A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a


sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar,
assegurada ao acusado ampla defesa (Lei n. 8.112/1990, art. 143). 

Não se incluem no conceito de colegiado as diretorias colegiadas de autarquias e


fundações e as comissões de sindicância e de processo disciplinar. O texto refere-se ao
art. 2, parágrafo único, incisos I e II do Decreto.
Parágrafo único. Não se incluem no conceito de colegiado de que trata o caput:
I – as diretorias colegiadas de autarquias e fundações;
II – as comissões de sindicância e de processo disciplinar;

Ao aplicar penalidade a servidor público, em processo administrativo, o Estado exerce seu


poder o poder disciplinar, que consiste no poder de fiscalizar as atividades por seus
servidores e demais pessoas ligadas à Administração. É um poder discricionário, aplicado
aos servidores e também para quem tem um vínculo jurídico específico.
O poder regulamentar é a prerrogativa conferida ao chefe do Poder Executiva para editar
decretos e regulamentos para a fiel execução das leis.
Ao falar genericamente em dispensa de licitação, abrange todas as hipóteses em que,
apesar de existir a viabilidade jurídica de competição, a lei autoriza a celebração direta do
contrato (licitação dispensável) ou mesmo determina a não realização do procedimento
licitatório (licitação dispensada).
Já a inexigibilidade de licitação ocorre quando a competição torna-se inviável. A lei elencou
algumas situações na qual isso pode acontecer, nos termos do art. 25:
“Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos
por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de
marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido
pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o
serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades
equivalentes;
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza
singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a
inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de
empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião
pública.”

Nos termos do art. 1º da Lei 10.520/2002: “Art. 1º Para  aquisição de bens e serviços
comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida por esta
Lei. Parágrafo único.  Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste
artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos
pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado”.
Portanto, a referida lei não fala em obras e serviços de engenharia.

A lei, o ressarcimento será integral.


“Art. 5º Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do
agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.”

A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de


declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser
arquivada no serviço de pessoal competente.

Qualquer pessoa pode representar à autoridade competente visando à instauração de


investigação para apuração de ato de improbidade administrativa.

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