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SEMANA 03

AULA 01 e 02 - CIVIL – PESSOAS JURÍDICAS, DOMICILIO E BENS

1. São bens acessórios:

a) os frutos: utilidades que a coisa principal periodicamente produz, cuja


percepção não diminui a sua substância (ex.: a soja, a maçã, o bezerro, os
juros, o aluguel). Os rendimentos consistem em frutos civis, a exemplo do
aluguel, dos juros e dos dividendos;

b) os produtos: utilidades que a coisa principal produz, cuja percepção ou


extração diminui a sua substância (ex.: pedras e metais que se extraem das
minas e das pedreiras);" (GAGLIANO, 2023, p.253)

2. DESCONSIDERAÇÃO DA PJ:
A Legitimidade do Ministério Público precede às alterações promovidas pela Lei
de Liberdade Econômica (Fundamento: art. 50, caput, CC, redação original).

As alterações promovidas pela Lei de Liberdade Econômica (Lei n. 13.874/2019)


limitaram apenas às figuras do sócio ou administrador que houver sido
beneficiado, direta ou indiretamente, pelo abuso da personalidade.

O rol de confusão patrimonial previsto no §2º do art. 50 é exemplificativo (vide


redação do inciso III "outros atos de descumprimento da autonomia
patrimonial.").

O CPC/2015 já estabeleceu incidente para desconsideração da personalidade


jurídica, ou seja, antes das alterações promovidas pela Lei de Liberdade
Econômica, em 2019. Ainda, antes do CPC/2015, bastava uma decisão
fundamentada nos autos de um processo para que ocorresse a
despersonalização de pessoa jurídica.

3. Enunciados das Jornadas de Direito Civil (JDC) sobre desconsideração da


personalidade jurídica:
4. JDC7: Só se aplica a desconsideração da personalidade jurídica quando houver
a prática de ato irregular e, limitadamente, aos administradores ou sócios que
nela hajam incorrido.
5. JDC51: A teoria da desconsideração da personalidade jurídica – disregard
doctrine – fica positivada no novo Código Civil, mantidos os parâmetros
existentes nos microssistemas legais e na construção jurídica sobre o tema.
6. JDC145: Nas relações civis, interpretam-se restritivamente os parâmetros de
desconsideração da personalidade jurídica previstos no art. 50 (desvio de
finalidade social ou confusão patrimonial).
7. JDC281: A aplicação da teoria da desconsideração, descrita no art. 50 do Código
Civil, prescinde da demonstração de insolvência da pessoa jurídica.
8. JDC282: O encerramento irregular das atividades da pessoa jurídica, por si só,
não basta para caracterizar abuso da personalidade jurídica.
9. JDC283: É cabível a desconsideração da personalidade jurídica denominada
“inversa” para alcançar bens de sócio que se valeu da pessoa jurídica para
ocultar ou desviar bens pessoais, com prejuízo a terceiros – positivado com o
NCPC.
10. JDC284: As pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos ou de fins
não econômicos estão abrangidas no conceito de abuso da personalidade
jurídica.
11. JDC285: A teoria da desconsideração, prevista no art. 50 do Código Civil, PODE
SER INVOCADA PELA PESSOA JURÍDICA, EM SEU FAVOR.
12. JDC406: A desconsideração da personalidade jurídica alcança os grupos de
sociedade quando estiverem presentes os pressupostos do art. 50 do Código
Civil e houver prejuízo para os credores até o limite transferido entre as
sociedades.
13. Segundo entendimento do STJ no REsp 1.315.592 - RS (...) 6. Conquanto a duplicata
mercantil seja causal na emissão, a circulação - após o aceite do sacado, ou, na sua
falta, pela comprovação do negócio mercantil subjacente e o protesto - rege-se pelo
princípio da abstração, desprendendo-se de sua causa original, sendo, por isso,
inoponíveis exceções pessoais a terceiros de boa-fé, como a ausência da prestação de
serviços ou a entrega das mercadorias compradas. (REsp 774.304/MT, Rel. Ministro
LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 5/10/2010, DJe 14/10/2010). Os
títulos de crédito regem-se pelo princípio da autonomia. Que se divide em abstração e
Inoponibilidade das exceções pessoais em face de terceiro de boa fé. O princípio da
autonomia se desdobra em dois subprincípios: abstração e Inoponibilidade das
exceções pessoais aos terceiros de boa-fé.
1) Princípio da abstração: o título de crédito e o negócio jurídico que lhe deu origem
se desvinculam através do endosso. A aplicação desse princípio está condicionada à
circulação do título por endosso. Isto porque, se o título não circular por endosso, não
há que se falar em abstração e o devedor poderá opor ao seu credor originário as
exceções pessoais que possuir em face deste.
Se o título for endossado, ele se abstrai do negócio jurídico que lhe originou. Sendo
assim, qualquer vício no negócio jurídico que lhe deu origem não poderá ser alegado
para que o devedor direto deixe de pagar a terceiros de boa-fé. Logo, essa
desvinculação do negócio jurídico que deu origem também está ligada à
Inoponibilidade. Para incidência do princípio da abstração é necessário a circulação do
título por endosso (que seja nominal à ordem) e o portador ser um terceiro de boa-fé.
2) Inoponibilidade das exceções em relação a terceiros de boa-fé: o devedor principal
do título de crédito (devedor), não poderá alegar a terceiro de boa-fé (portador do
título) defeitos no negócio jurídico com o seu credor originário (obrigado
anterior). Dispõe o art. 17, LUG, que as pessoas acionadas em virtude de uma letra
não podem opor ao portador exceções fundadas sobre as relações pessoais delas com
o sacador ou com os portadores anteriores, a menos que o portador, ao adquirir a
letra, tenha procedido conscientemente em detrimento do devedor.
Ou seja, o portador do título de crédito exerce direito próprio, que não é derivado das
relações anteriores (arts. 916, CC, e art. 17, LUG). Para incidência do princípio da
Inoponibilidade é necessário que o título tenha circulado por endosso e o credor deve
estar de boa-fé. Se restar comprovado que o portador agiu de má-fé, não haverá
incidência desse princípio e o devedor principal poderá opor exceções pessoais.
14. As obrigações contidas no título são autônomas e independentes entre si, tendo em
vista que os títulos nascem com a função de fazer circular o crédito. Havendo um vício
na cadeia cambial, as demais declarações cambiais serão válidas, não invalidando o
título, tendo em vista que as declarações são autônomas, exceto se for um vício de
forma. Esse princípio encontra-se se expresso no art. 887, CC e art. 13, LC.
Fábio Ulhoa Coelho menciona que no “princípio da autonomia das obrigações
cambiais, os vícios que comprometem a validade de uma relação jurídica,
documentada em título de crédito, não se estendem às demais relações
abrangidas no mesmo documento”.

15.

PROCESSO DO TRABALHO – FASE DE CONHECIMENTO: SENTENÇA.

1. Processo do Trabalho: Art. 770, parágrafo único, CLT: A penhora poderá


realizar-se em domingo ou dia feriado, mediante autorização expressa do
juiz ou presidente.

Processo Civil: Art. 212, § 2º: CPC: Independentemente de autorização


judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de
férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário
estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5º, inciso XI, da
Constituição Federal.

2. Art. 793. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus
representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do
Trabalho [MPT], pelo Sindicato, pelo MPE ou Curador nomeado em juízo.

3. Art. 774 - Parágrafo único - Tratando-se de notificação postal, no caso de não


ser encontrado o destinatário ou no de recusa de recebimento, o Correio ficará
obrigado, sob pena de responsabilidade do servidor, a devolvê-la, no prazo
de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal de origem.
4. Art. 791 - § 2º - Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a
assistência por advogado.
5. Art. 791-A - § 1 Os honorários são devidos também nas ações contra a
Fazenda Pública e nas ações em que a parte estiver assistida ou substituída
pelo sindicato de sua categoria.
6. O que é o reexame necessário ou remessa necessária?
Basicamente, é quando uma decisão desfavorável contra fazenda pública é
levada a segunda instancia AINDA que o advogado publico não faça o recurso.
Vale lembrar que o reexame necessário não tem natureza de recurso, apesar
de ser conhecendo também como "recurso voluntario".
Quanto o reexame necessário na justiça do trabalho de acordo com o TST os
critérios utilizados são os mesmos do CPC.
Sumula 303 TST
FAZENDA PÚBLICA. REEXAME NECESSÁRIO.
I - Em dissídio individual, está sujeita ao reexame necessário, mesmo na
vigência da Constituição Federal de 1988, decisão contrária à Fazenda Pública,
salvo quando a condenação não ultrapassar o valor correspondente a: a) 1.000
(mil) salários mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de
direito público; b) 500 (quinhentos) salários mínimos para os Estados, o Distrito
Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os
Municípios
que constituam capitais dos Estados; c) 100 (cem) salários mínimos para todos
os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público.
II - Também não se sujeita ao duplo grau de jurisdição a decisão fundada em:
a) súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior
do Trabalho em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas
ou de assunção de competência;
d) entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito
administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer
ou súmula administrativa.
III - Em ação rescisória, a decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho
está sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório quando desfavorável ao
ente público, exceto nas hipóteses dos incisos anteriores. (ex-OJ nº 71 da SBDI-
1 - inserida em 03.06.1996)
IV - Em mandado de segurança, somente cabe reexame necessário se, na
relação processual, figurar pessoa jurídica de direito público como parte
prejudicada pela concessão da ordem. Tal situação não ocorre na hipótese de
figurar no feito como impetrante e terceiro interessado pessoa de direito
privado, ressalvada a hipótese de matéria administrativa. (ex-OJs nºs 72 e 73 da
SBDI-1 - inseridas, respectivamente, em 25.11.1996 e 03.06.1996).
Observação: (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 211/2016,
DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016
Fonte: https://jurisprudencia.tst.jus.br/

7. Art. 853 - Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra
empregado garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação
por escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da
data da suspensão do empregado." – prazo decadencial

8. a) Art. 819 - O depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a
língua nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz ou
presidente. § 2º As despesas decorrentes do disposto neste artigo correrão por
conta da parte sucumbente, salvo se beneficiária de justiça gratuita. (Correta)
9. b) Art. 820 - As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou
presidente, podendo ser reinquiridas, por seu intermédio, a requerimento
dos vogais, das partes, seus representantes ou advogados.
10. c) Art. 830. Parágrafo único. Impugnada a autenticidade da cópia, a parte que a
produziu será intimada para apresentar cópias devidamente autenticadas ou o
original, cabendo ao serventuário competente proceder à conferência e
certificar a conformidade entre esses documentos.
11. d) Art. 818. § 2 A decisão referida no § 1 deste artigo deverá ser proferida
antes da abertura da instrução e, a requerimento da parte, implicará o
adiamento da audiência e possibilitará provar os fatos por qualquer meio em
direito admitido.
12. e) Art. 818.§ 1 Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa
relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo
nos termos deste artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato
contrário, poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que
o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a
oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
13. Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação
das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de
falar em audiência ou nos autos. § 1º - Deverá, entretanto, ser declarada
ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro.
14. Art. 796 - A nulidade não será pronunciada: b) quando arguida por quem
lhe tiver dado causa.
15. Art. 798 - A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele
dependam ou sejam consequência.
16. Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação
das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de
falar em audiência ou nos autos.
17. A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto
com a confissão ficta, não implicando cerceamento de defesa o indeferimento
de provas posteriores. (sumula do TST)
18. PC, Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código,
incumbindo-lhe: (...) VIII - determinar, a qualquer tempo, o comparecimento
pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que
não incidirá a pena de confesso;
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