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Fundação Escola da

Magistratura do Trabalho
do RS - FEMARGS
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Responsabilidade na terceirização. O Poder Judiciário e a
Terceirização. Análise de decisões judiciais e perspectivas.

AULA 3
 Súmula 256 TST - CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE
(cancelada) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Salvo os casos de trabalho temporário e de serviço de vigilância, previstos nas
Leis nºs 6.019, de 03.01.1974, e 7.102, de 20.06.1983, é ilegal a contratação de
trabalhadores por empresa interposta, formando-se o vínculo empregatício
diretamente com o tomador dos serviços

- Súmula 331 do TST - CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE (nova


redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) - Res. 174/2011, DEJT
divulgado em 27, 30 e 31.05.2011
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal,
formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no
caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974).
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera
vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou
fundacional (art. 37, II, da CF/1988).
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de
vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de
serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a
pessoalidade e a subordinação direta.
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica
a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações,
desde que haja participado da relação processual e conste também do título
executivo judicial.
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso
evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei
n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento
das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como
empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero
inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa
regularmente contratada.
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas
as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação
laboral
* distinção arbitrária entre atividade-meio e atividade-fim:
a) a terceirização já invadiu as chamadas “atividades-fim”, havendo decisões que
chancelam a contratação de terceirizado para prestar serviços de motorista em
empresa de transporte, professor em escola, vendedor em loja, apenas para citar
alguns exemplos;
b) a terceirização na atividade-meio é igualmente nociva e precarizante, pois os
efeitos individuais e sociais desse repasse de força de trabalho em nada se
alteram, numa e noutra modalidade de terceirização;
c) seguir considerando o critério ilegal da súmula 331, quando diferencia
atividade-meio e atividade-fim, implica chancelar a intermediação de força de
trabalho e todos os seus efeitos deletérios, justamente para os trabalhadores que
mais sofrem com esse processo de precarização, notadamente os empregados em
serviço de limpeza e conservação, telemarketing e segurança.
- década de 1990 - ampla terceirização….

* em 1998 é proposto o PL 4302 -


arquivado a pedido do presidente em
2002

* em 2004 - Sandro Mabel apresenta o PL


4330/ depois PLC 30/2015
RESPONSABILIDADE

Responsabilidade na terceirização:

IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do


empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador
dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja
participado da relação processual e conste também do título
executivo judicial.

VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange


todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período
da prestação laboral.

** obs. todos os precedentes desses itens da súmula são posteriores à


súmula e citam a própria súmula como fundamento!!!
CLAUSULA GERAL DE RESPONSABILIDADE TRABALHISTA:
Artigo 2o, § 2o, da CLT – § 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo,
embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a
direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial,
comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os
efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa
principal e cada uma das subordinadas

CONSTITUIÇÃO:
Art. 170 da Constituição - A ordem econômica, fundada na valorização
do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos
existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os
seguintes princípios: (...) III - função social da propriedade.

Código Civil TÍTULO III - Dos Atos Ilícitos


Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo,
excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela
boa-fé ou pelos bons costumes.
CLAUSULA GERAL DE RESPONSABILIDADE CIVIL:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de
culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de
outrem.
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:

III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e


prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão
dele;

Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito


de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa
tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela
reparação.
Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os
co-autores e as pessoas designadas no art. 932.
CLAUSULAS SOBRE RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA:

CAPÍTULO VI. Das Obrigações Solidárias

Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação


concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um
com direito, ou obrigado, à dívida toda.

Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da


vontade das partes.
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de
alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o
pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam
obrigados solidariamente pelo resto.
Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a
propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos
devedores.

Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda


que a ação tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado
responde aos outros pela obrigação acrescida.
RESPONSABILIDADE E PROCESSO:

CLAUSULAS DO CPC:

Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza
da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos
que devam ser litisconsortes

Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz
tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes

Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu:

III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o


pagamento da dívida comum.

Art. 790. São sujeitos à execução os bens:


VII - do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade
jurídica

(Art. 513, § 5º. O cumprimento da sentença não poderá ser promovido


em face do fiador, do coobrigado ou do corresponsável que não tiver
participado da fase de conhecimento)

Art. 794. O fiador, quando executado, tem o direito de exigir que primeiro
sejam executados os bens do devedor situados na mesma comarca, livres
e desembargados, indicando-os pormenorizadamente à penhora.

§ 3º O disposto no caput não se aplica se o fiador houver renunciado ao


benefício de ordem.
Art. 795, § 1º O sócio réu, quando responsável pelo pagamento da
dívida da sociedade, tem o direito de exigir que primeiro sejam
excutidos os bens da sociedade.

§ 2º Incumbe ao sócio que alegar o benefício do § 1º nomear quantos


bens da sociedade situados na mesma comarca, livres e
desembargados, bastem para pagar o débito.
LEI DOS EXECUTIVOS FISCAIS

Art 4º - A execução fiscal poderá ser promovida contra:


V - o responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de pessoas
físicas ou pessoas jurídicas de direito privado; e

§ 3º - Os responsáveis, inclusive as pessoas indicadas no § 1º deste artigo, poderão


nomear bens livres e desembaraçados do devedor, tantos quantos bastem para pagar
a dívida. Os bens dos responsáveis ficarão, porém, sujeitos à execução, se os do devedor
forem insuficientes à satisfação da dívida.

Art. 790. São sujeitos à execução os bens:


VII - do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica.)
** possibilidade de redirecionamento da execução contra a tomadora na
doutrina trabalhista:

“pensamos ser possível o chamamento do devedor subsidiário na


fase de execução, ainda que ele não tenha integrado a fase de
conhecimento. Com efeito, o dever subsidiário tem
responsabilidade patrimonial secundária. Seus bens podem estar
sujeitos à execução. Não se trata de responsabilidade pessoal e sim
patrimonial”.(...) uma vez penhorado seus bens, ele poderá
invocar o benefício de ordem, nos termos do art. 596, parágrafo
primeiro, da CPC, e também discutir sua responsabilidade em sede
de embargos de terceiros”. (SCHIAVI, Mauro. Manual de Direito
Processual do Trabalho. 5a edição. São Paulo: LTr, 2012, p. 932)
“Embora a coisa julgada, em princípio, esteja restrita às partes, deve-se admitir que a
sentença irradia efeitos que podem atingir as relações de terceiros com algum dos
litigantes. E tanto é assim que terceiros podem intervir no processo (...). No caso do
responsável subsidiário (vg empresa tomadora de serviços), a relação que restará
atingida pelos efeitos da sentença é a por ele mantida com o devedor (vg empresa
prestadora de serviços). Apenas essa relação sob ameaça de prejuízo pode ser objeto de
discussão pelo devedor subsidiário, não lhe sendo lícito ofertar contestação relativa à
relação de emprego, uma vez que dela não faz parte. (...) O direcionamento dos fatos
executivos em face do responsável subsidiário que não consta do título executivo,
portanto, não infringe os limites subjetivos da coisa julgada, nem os princípios do
devido processo legal e do contraditório”. (BEBBER, Júlio César. Processo do trabalho:
temas atuais. São Paulo: LTr, 2003, p. 181)
*** desnecessidade da tomadora CONCORDAR com a conciliação feita com a
empregadora – o cúmulo de pretensões diversas
RESPONSABILIDADE nos casos de Terceirização na Administração pública:

*** súmula 331:

II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera


vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou
fundacional (art. 37, II, da CF/1988).

V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem


subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta
culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993,
especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de
mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente
contratada.
Lei 8.666/93 –
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e
fiscalizada por um representante da Administração especialmente
designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e
subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.

Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados diretamente


à Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na
execução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa
responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão
interessado
Artigo 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas,
previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.
§ 1o A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas,
fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por
seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a
regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de
Imóveis

Art. 37 da Constituição. A administração pública direta e indireta de qualquer


dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá
aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
e, também, ao seguinte: (...)
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa.
· Súmula 11 do TRT da Quarta Região, Rio Grande do Sul:
“RESPONSABILIDADE SUBSIDIARIA DA ADMINISTRACAO PUBLICA DIRETA E
INDIRETA. CONTRATOS DE PRESTACAO DE SERVICOS. LEI 8666/93. A
norma do art. 71, par. 01, da L 8666/93 não afasta a responsabilidade
subsidiária das entidades da administração pública, direta e indireta,
tomadoras dos serviços. Resolução Administrativa no.007/99. Publicado
no DJE de 11/05/99”.
STF (a partir de 2014):

ADC nº 16 - proposta pelo então Governador do Distrito Federal, o hoje preso


por corrupção, José Roberto Arruda (DEM-DF), em março de 2007.
Pedido: declaração de constitucionalidade do art. 71, §1º da Lei de licitações,
a Lei nº 8.666/93, segundo o qual:
Lei nº 8.666/93, art. 71 – O contratado é responsável pelos encargos
trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da
execução do contrato.
§1º A inadimplência do contratado, com referência aos encargos
trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública
a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do
contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações,
inclusive perante o Registro de Imóveis
Decisão: os Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes, julgaram
procedente para compreender que o art. 71, §1º da Lei 8.666/93 é
constitucional
Ementa: RESPONSABILIDADE CONTRATUAL. Subsidiária. Contrato com a
administração pública. Inadimplência negocial do outro contraente.
Transferência consequente e automática dos seus encargos trabalhistas, fiscais e
comerciais, resultantes da execução do contrato, à administração.
Impossibilidade jurídica. Consequência proibida pelo art., 71, § 1º, da Lei
federal nº 8.666/93. Constitucionalidade reconhecida dessa norma. Ação direta
de constitucionalidade julgada, nesse sentido, procedente. Voto vencido. É
constitucional a norma inscrita no art. 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666, de 26 de
junho de 1993, com a redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995
 ADI 1923 (de 1998) - autoriza contratação de pessoal para a área da saúde,
educação, lazer, meio ambiente e cultura, por intermédio de contratações
com Organizações Sociais

Decisão: O Tribunal, por maioria, julgou parcialmente procedente o pedido,


apenas para conferir interpretação conforme à Constituição à Lei nº 9.637/98 e
ao art. 24, XXIV da Lei nº 8.666/93, incluído pela Lei nº 9.648/98, para que: (i)
o procedimento de qualificação seja conduzido de forma pública, objetiva e
impessoal, com observância dos princípios do caput do art. 37 da Constituição
Federal, e de acordo com parâmetros fixados em abstrato segundo o que prega
o art. 20 da Lei nº 9.637/98; (ii) a celebração do contrato de gestão seja
conduzida de forma pública, objetiva e impessoal, com observância dos
princípios do caput do art. 37 da Constituição Federal;
(iii) as hipóteses de dispensa de licitação para contratações (Lei nº 8.666/93, art. 24,
XXIV) e outorga de permissão de uso de bem público (Lei nº 9.637/98, art. 12, § 3º)
sejam conduzidas de forma pública, objetiva e impessoal, com observância dos
princípios do caput do art. 37 da Constituição Federal; (iv) os contratos a serem
celebrados pela Organização Social com terceiros, com recursos públicos, sejam
conduzidos de forma pública, objetiva e impessoal, com observância dos princípios do
caput do art. 37 da Constituição Federal, e nos termos do regulamento próprio a ser
editado por cada entidade; (v) a seleção de pessoal pelas Organizações Sociais seja
conduzida de forma pública, objetiva e impessoal, com observância dos princípios do
caput do art. 37 da CF, e nos termos do regulamento próprio a ser editado por cada
entidade;
e (vi) para afastar qualquer interpretação que restrinja o controle, pelo Ministério
Público e pelo Tribunal de Contas da União, da aplicação de verbas públicas, nos
termos do voto do Ministro Luiz Fux, que redigirá o acórdão, vencidos, em parte, o
Ministro Ayres Britto (Relator) e, julgando procedente o pedido em maior extensão,
os Ministros Marco Aurélio e Rosa Weber. Não votou o Ministro Roberto Barroso por
suceder ao Ministro Ayres Britto. Impedido o Ministro Dias Toffoli. Presidiu o
julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 16.04.2015
 ARE 791.932: terceirização em serviços de telefonia
Decisão: O Tribunal, por maioria, apreciando o tema 739 da repercussão geral,
conheceu do agravo e deu provimento ao recurso extraordinário, nos termos do
voto do Relator, vencidos os Ministros Rosa Weber e Ricardo Lewandowski, que a
ele negavam provimento. Acompanharam o Relator com outros fundamentos e
sem aderir ao item 1 da sua conclusão os Ministros Edson Fachin e Cármen
Lúcia. Em seguida, por maioria, fixou-se a seguinte tese: “É nula a decisão de
órgão fracionário que se recusa a aplicar o art. 94, II, da Lei 9.472/1997, sem
observar a cláusula de reserva de Plenário (CF, art. 97), observado o artigo 949
do CPC”, vencida a Ministra Rosa Weber. Impedido o Ministro Roberto Barroso.
Ausente, justificadamente, o Ministro Celso de Mello. Presidência do Ministro
Dias Toffoli. Plenário, 11.10.2018
- ARE 713211: discute o conceito de atividade-fim - reconhecida
repercussão geral

2018 - ADPF 324 - STF

Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator,


apreciando o tema 725 da repercussão geral, deu provimento ao recurso
extraordinário, vencidos os Ministros Edson Fachin, Rosa Weber, Ricardo
Lewandowski e Marco Aurélio. Em seguida, o Tribunal fixou a seguinte tese:
"É lícita a terceirização ou qualquer outra forma de divisão do trabalho
entre pessoas jurídicas distintas, independentemente do objeto social das
empresas envolvidas, mantida a responsabilidade subsidiária da empresa
contratante", vencida a Ministra Rosa Weber. O Ministro Marco Aurélio não se
pronunciou quanto à tese. Ausentes os Ministros Dias Toffoli e Gilmar
Mendes no momento da fixação da tese. Presidiu o julgamento a Ministra
Cármen Lúcia. Plenário, 30.8.2018

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