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Art. 128, CTN. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo
expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato
gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou
atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida
obrigação.
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a
propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a
taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de
melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste
do título a prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre
sobre o respectivo preço.
Art. 130, parágrafo único, CTN. Contexto: arrematação de bens (móveis e imóveis) em
leilão judicial/ hasta pública. Aqui a sub-rogação é sobre o preço, e não sobre a
pessoa do arrematante.
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou
incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do
ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou
incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas
jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja
continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra
razão social, ou sob firma individual.
OBS: Casos de cisão (Lei das S.As)
Art. 132, “caput”, CTN. Respons. por Sucessão Empresarial. Contexto: Operações
societárias e extinção de PJ (parágrafo único).
Classificação: Resp. por Sucessão e Resp. por Transferência
RESPONSÁVEL: Unidade resultante da operação societária
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra , por
qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou
profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social
ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou
estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou
atividade;
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar
dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em
outro ramo de comércio, indústria ou profissão. (...)
Análise:
- Responsabilidade por Sucessão Comercial;
- Situação: uma PF ou uma PJ adquirindo uma PJ (fundo de comércio ou
estabelecimento comercial);
- RESPONSÁVEL = quem adquire, ou seja, o ADQUIRENTE;
- Condição: deve haver a continuidade da exploração comercial.
EXEMPLOS:
1. Responsabilidade do ADQUIRENTE (art. 133, I, CTN) - TIPO: INTEGRAL;
CONDIÇÃO: se o alienante cessar a prática comercial.
2. Responsabilidade do ADQUIRENTE (art. 133, II, CTN) - TIPO: SUBSIDIÁRIA
(alienante/1º; adquirente/2º). CONDIÇÃO: se o alienante continuar a prática
comercial ou, interrompendo-a, retomá-la em até seis meses.
Súmula 554, STJ: Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da
sucessora abrange não apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as
multas moratórias ou punitivas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da
sucessão.
TESTE OAB 2018 – FGV: “A pessoa jurídica Sigma teve lavrado contra si um auto de
infração. A autuação fiscal lhe impôs multa pela falta de exibição de notas fiscais
durante um determinado período. Após ser citada em sede de execução fiscal, a
pessoa jurídica Sigma alegou, em embargos à execução, que não apresentou as
notas fiscais porque elas haviam sido furtadas por seu antigo gerente geral, que, com
elas, praticara ilícito criminal, tendo sido, por isso, condenado na esfera penal por
sonegação fiscal e furto daquelas notas.”
ALTERNATIVA CORRETA: A responsabilidade é pessoal do antigo gerente por
ter cometido infração conceituada na lei como crime.