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Resumo
A Administração Pública pode fazer um contrato com empresa prestadora de serviço e empresa de trabalho
temporário.
Antigamente, a redação da Súmula 331, TST, afirmava que, independentemente da natureza da empresa
tomadora de serviços (empresa privada ou Administração Pública), todas deveriam ser responsabilizadas de
forma subsidiária por verbas não adimplidas pelo empregador direto.
Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais
resultantes da execução do contrato.
§ 1o A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não
transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do
contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de
Imóveis.
§ 2o A Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos encargos previdenciários
resultantes da execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de
1991.
O STF declarou a constitucionalidade desse artigo, mas a decisão do STF não isenta a Administração
Pública, totalmente, de responsabilidade, pois haverá responsabilidade subsidiária da Administra pública,
direta ou indireta, se ficar evidenciada a sua conduta culposa na formação do contrato (culpa in eligendo) e na
sua fiscalização (culpa in vigilando). Houve, então, necessidade de ser dada nova redação à súmula 331,
TST:
Não basta o mero inadimplemento da empresa contratada para que se atinja o patrimônio da Administração
Pública. É necessário que se comprove a culpa in eligendo e culpa in vigilando da Administração, nos termos
do art. 331, V, TST:
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego
com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988).
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102,
1
de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-
meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.
A quem compete comprovas essas falhas? Para o STF, cabe ao reclamante, comprovar a culpa in vigilando e
culpa in eligendo da Administração Pública.