Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
- Por esse modelo de constatação, adotado nos EUA (beyond any reasonable
doubt - D), especialmente para os casos de trial by jury, e também na Itália (art. 533,
do CPP, italiano – “al de la oltre ragionevole dubbio”), o juiz para considerar o réu
culpado deve ava- liar as provas além da d vida razoável, signi cando dizer que tal
grau de convicção quanto às provas produzidas é superior aos standards:
preponderância de prova, prova clara convincente ou convincente/ inequívoca.
- Na Espanha e nno Brasil não se aplica, expressamente, tal standard
probatório, subsistindo na primeira as “reglas da sana crítica”, dos arts. 316, 2, e 376
, da Lei de Enjuiciamento civil, equivalente ao livre convencimento motivado no Brasil
(art. 381, do CPP; 458, II, CPC), exigindo-se apenas a motivação de fato e de direito
das decisões sem, contudo, exigir qual o modelo de confirmação fático utilizado pelo
julgador para ser considerado provado tal fato, havendo ampla discricionariedade
judicial.
- O raciocínio judicial deve ser guiado não só por regras lógicas (indutivas,
dedutivas) mas também por certos modelos de confirmação ou standards probatórios,
a legitimar seu convencimento e possibilitar o controle pelas partes e pelo duplo grau
de jurisdição.
CONCLUSÃO
Embora o nosso sistema legal não aponte precisamente a exis- tência desses
standards de prova, não há como negar a exist ncia de diversos graus que se podem
exigir do julgador para que considere um fato provado ou mesmo para que se tenha
como satisfeito um requi- sito legal de mera probabilidade ou de “certeza”.
No Brasil, não se exige que o juiz enuncie o modelo probatório ou de
constatação nas suas decisões, exigindo-se apenas que a decisão seja motivada com
base nas provas dos autos. Contudo, a jurisprudên- cia brasileira já se pronunciou,
ainda que esparsamente, sobre a neces- sidade de identi cação do modelo de
constatação judicial.
Contudo, a inquestionável subjetividade do modelo de constata- ção ou critério
de decisão do BARD (ou da regra “além da dúvida ra- zoável , evidenciada na
mencionada crítica de Laudan, não leva à exist ncia de um modelo seguro, mas
passível de falhas, e por isso necessário identi car o raciocínio l gico judicial e o critério
de decisão adotado, em consonância com a prova dos autos, para evitar o arbítrio das
decisões judiciais.