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Pós Graduação em Direito Público

Coordenação – Prof. Dr. Marcelino Fernandes da Silva

Érica Guimarães Lunardo Inácio - 08494755463


1ª Aula– Direito Material do Trabalho:

Relação de Trabalho e Relação de Emprego. Definição de Empregado e Empregador. Contrato de Trabalho. Contrato
de Trabalho na Administração Pública, por Concurso Público (servidor ou empregado público), por Nomeação para
Cargo em Comissão e por Contratação por Tempo Determinado, para suprir necessidade temporária.

DIREITO DO TRABALHO
Relação de Trabalho na Administração Pública
AGENTES PÚBLICOS
(Gênero)

Alcança todas as pessoas que trabalhem na Administração Pública.

Agentes Políticos: São os agentes públicos que titularizam um mandato, ou seja, não há vínculo de natureza profissional.
(Ex: Presidentes; Governadores; Prefeitos; Parlamentares em geral; Ministros e Secretários de Estado).

Agentes/Servidores Públicos: (Funcionários Públicos, Empregados Públicos e os Temporários):

São os agentes públicos que mantém com o Estado um vínculo de natureza profissional.

Diferença entre os Agentes Políticos e os Públicos, está no vínculo profissional.

Funcionários Públicos Empregados Públicos Temporários


São os servidores que ingressam, em São os servidores que ingressam São os servidores contratados sem
regra, através de concurso para através de concurso para titularizar concurso, por prazo determinado,
titularizar um CARGO público em um EMPREGO público, em caráter para titularizar uma FUNÇÃO
caráter permanente, submetido a permanente, submetendo-se a um pública, submetido a um regime
um vínculo profissional estatutário. vínculo profissional celetista. profissional híbrido. Regulamentada
Exceção à regra do concurso: cargos pela Lei nº 8.745/93.
em comissão.

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Funcionários Públicos ≠ Empregados Públicos

Relação de Trabalho e Relação de Emprego:

Quadro – vide anexo.

Definição de Empregador e Empregado:

Art. 2º da CLT - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite,
assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência,
as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.

Art. 3º da CLT - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência
deste e mediante salário.

Contrato de Trabalho – Regra Geral – Iniciativa Privada:

Art. 442 da CLT - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego.

Art. 443 da CLT - O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo
determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

Contrato de Trabalho - Administração Pública:

• por Concurso Público (servidor ou empregado público);


• por Nomeação para Cargo em Comissão e,
• por Contratação por Tempo Determinado, para suprir necessidade temporária.

Por Concurso Público:

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Art. 37 da CRFB - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
II - a investidura em CARGO OU EMPREGO PÚBLICO depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de
acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;

Regime Jurídico Único da União:

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990


Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

Ausência de Concurso Público:

Art. 37, § 2º da CRFB - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável,
nos termos da lei.

Reconhecida a nulidade da contratação. Efeitos:

Súmula nº 363 do TST


CONTRATO NULO. EFEITOS.
A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º,
somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o
valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS.

Art. 19-A da Lei n. 8.036/90 - É devido o depósito do FGTS na conta vinculada do trabalhador cujo contrato de trabalho seja declarado nulo
nas hipóteses previstas no art. 37, § 2º, da Constituição Federal, quando mantido o direito ao salário.

Súmula nº 331 do TST


CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE.
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração
Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988).

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Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista:

Art. 173, da CRFB - A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que
explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e
tributários;

Também são obrigadas a contratar por meio de concurso público, os quais, segundo alguns autores, não seriam propriamente “servidores públicos”,
sendo pois, empregados públicos (CLT).

Tal entendimento foi firmado pelo STF, em sua composição plenária, em 03.12.1992 (MS 21.322-1, Rel. Min. Paulo Brossard. DJU 23.04.93).

Além do requisito do Concurso Público:

Nos termos do art. 73, VI da Lei n. 9.504/97, as contratações não poderão ocorrer nos três meses que o antecedem os pleitos eleitorais até a posse
dos eleitos sob pena de nulidade de pleno direito.

Por Nomeação para Cargo em Comissão:

Art. 3º da lei 8.112/90 - Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser
cometidas a um servidor.
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos
cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.

Jurisprudência: Recurso Extraordinário – Tema 1010 – Processo RE 1.041.210 do STF

1010 - Controvérsia relativa aos requisitos constitucionais (art. 37, incs. II e V, da Constituição da República) para a criação de cargos em
comissão.
Decisão pela existência de repercussão geral, com reafirmação de jurisprudência. Título: Controvérsia relativa aos requisitos constitucionais
(art. 37, incs. II e V, da Constituição da República) para a criação de cargos em comissão.
Tese fixada:

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a) A criação de cargos em comissão somente se justifica para o exercício de funções de direção, chefia e assessoramento, não se prestando ao
desempenho de atividades burocráticas, técnicas ou operacionais;
b) tal criação deve pressupor a necessária relação de confiança entre a autoridade nomeante e o servidor nomeado;
c) o número de cargos comissionados criados deve guardar proporcionalidade com a necessidade que eles visam suprir e com o número de
servidores ocupantes de cargos efetivos no ente federativo que os criar; e
d) as atribuições dos cargos em comissão devem estar descritas, de forma clara e objetiva, na própria lei que os instituir.
(RE 1.041.210, Relatora Ministra Cármen Lúcia, julgamento finalizado no Plenário Virtual em 27.09.2018)

Por Contratação por Tempo Determinado, para suprir necessidade temporária:

Art. 37, IX da CRFB - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional
interesse público; (Vide Emenda constitucional nº 106, de 2020)

Emenda Constitucional nº 106, de 7 de Maio de 2020:

Institui regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações para enfrentamento de calamidade pública nacional decorrente de
pandemia.
Art. 2º da EC 106 - Com o propósito exclusivo de enfrentamento do contexto da calamidade e de seus efeitos sociais e econômicos, no seu
período de duração, o Poder Executivo federal, no âmbito de suas competências, poderá adotar processos simplificados de contratação de
pessoal, em caráter temporário e emergencial, e de obras, serviços e compras que assegurem, quando possível, competição e igualdade de
condições a todos os concorrentes, dispensada a observância do § 1º do art. 169 da Constituição Federal na contratação de que trata o inciso
IX do caput do art. 37 da Constituição Federal, limitada a dispensa às situações de que trata o referido inciso, sem prejuízo da tutela dos
órgãos de controle.

Temporários:

Art. 37, CF. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
(...)
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse
público; (Vide Emenda constitucional nº 106, de 07/05/2020)

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Institui regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações para enfrentamento de calamidade pública nacional decorrente de
pandemia.

Art. 1º Durante a vigência de estado de calamidade pública nacional reconhecido pelo Congresso Nacional em razão de emergência de saúde
pública de importância internacional decorrente de pandemia, a União adotará regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações para
atender às necessidades dele decorrentes, somente naquilo em que a urgência for incompatível com o regime regular, nos termos definidos
nesta Emenda Constitucional.
Art. 2º Com o propósito exclusivo de enfrentamento do contexto da calamidade e de seus efeitos sociais e econômicos, no seu período de
duração, o Poder Executivo federal, no âmbito de suas competências, poderá adotar processos simplificados de contratação de pessoal, em
caráter temporário e emergencial, e de obras, serviços e compras que assegurem, quando possível, competição e igualdade de condições a
todos os concorrentes, DISPENSADA A OBSERVÂNCIA do § 1º do art. 169 da Constituição Federal na contratação de que trata o inciso IX do
caput do art. 37 da Constituição Federal, limitada a dispensa às situações de que trata o referido inciso, sem prejuízo da tutela dos órgãos de
controle.

Art. 169, § 1º - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração
de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da
administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
(...)
Art. 37, IX, CF - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público; (Vide Emenda constitucional nº 106, de 07/05/2020)

Requisitos para contratação por tempo determinado.

Necessidade temporária de excepcional interesse público, portanto, não se admite contrato temporário para atividades habituais da Administração!

Jurisprudência: STF ADI 3.662

CONSTITUCIONAL. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE SERVIDORES (ART. 37, IX, CF). LEI COMPLEMENTAR 12/1992 DO ESTADO DO MATO
GROSSO. INCONSTITUCIONALIDADE. MODULAÇÃO DE EFEITOS. 1. A Constituição Federal é intransigente em relação ao princípio do concurso
público como requisito para o provimento de cargos públicos (art. 37, II, da CF). A exceção prevista no inciso IX do art. 37 da CF deve ser
interpretada restritivamente, cabendo ao legislador infraconstitucional a observância dos requisitos da reserva legal, da atualidade do

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excepcional interesse público justificador da contratação temporária e da temporariedade e precariedade dos vínculos contratuais. 2. A Lei
Complementar 12/1992 do Estado do Mato Grosso valeu-se de termos vagos e indeterminados para deixar ao livre arbítrio do
administrador a indicação da presença de excepcional interesse público sobre virtualmente qualquer atividade, admitindo ainda a
prorrogação dos vínculos temporários por tempo indeterminado, em franca violação ao art. 37, IX, da CF. 3. Ação direta julgada
procedente, para declarar inconstitucional o art. 264, inciso VI e § 1º, parte final, da Lei Complementar 4/90, ambos com redação conferida
pela LC 12/92, com efeitos ex nunc, preservados os contratos em vigor que tenham sido celebrados exclusivamente com fundamento nos
referidos dispositivos, por um prazo máximo de até 12 (doze) meses da publicação da ata deste julgamento. (ADI 3.662, Rel. Min. Marco
Aurélio, Redator para acórdão Min. Alexandre de Moraes, Tribunal Pleno, DJe 25.4.2018)

Jurisprudência: STF em Recurso Extraordinário

ADMINISTRATIVO – MANDADO DE SEGURANÇA – CONCURSO PÚBLICO – CANDIDATOS APROVADOS FORA DO NÚMERO DE VAGAS –
COMPROVAÇÃO DE CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA O MESMO CARGO A TÍTULO PRECÁRIO – DIREITO LÍQUIDO E CERTO À
NOMEAÇÃO. Os aprovados em concurso público na condição de excedentes possuem apenas expectativa de direito à nomeação. Entretanto,
uma vez atestada a existência de profissionais ocupando o mesmo cargo por meio de contrato precário, tal expectativa de direito se
transmuda em direito líquido e certo. (...) É posição pacífica da jurisprudência desta Suprema Corte que a ocupação precária, por comissão ou
terceirização, de atribuições próprias do exercício de cargo efetivo vago, para o qual há candidatos aprovados em concurso público vigente,
faz nascer para os concursados o direito à nomeação, por imposição do artigo 37, inciso IV, da Constituição Federal. Assim concluiu a Corte de
origem, ao analisar a pretensão da recorrida, posto que ela fora aprovada em concurso público para provimento de cargos de professor, não
tendo sido nomeada e que, mesmo assim, o órgão que promoveu o certame, reconhecendo a necessidade de novos professores, publicou
edital com vistas à contratação temporária desses profissionais, para a mesma disciplina e mesma área de atuação. Destarte, entendeu o
acórdão regional que houve preterição de direito da impetrante, a caracterizar seu direito líquido e certo à nomeação, concedendo, portanto,
a ordem impetrada. Ante o exposto, conheço do agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário. AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 659.921.

Direitos dos Temporários – Arregimentados pelo Estado: Regra

Art. 39, § 3º da CF - Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX,
XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.

Funcionário Público ocupa CARGO enquanto Temporário ocupa FUNÇÃO PÚBLICA.

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Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá
indenização compensatória, dentre outros direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família
com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que
lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa,
conforme definido em lei;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de
horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (Vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943)
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º)
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
XXIV - aposentadoria;

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XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando
incorrer em dolo ou culpa;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores
urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28,
de 2000)
a) (Revogada).(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 2000)
b) (Revogada).(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 2000)
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado
civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis
anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV,
XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação
do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os
previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 72, de 2013)

A redação do art. 39, § 3º da CF garante extensão dos incisos em destaque do art. 7º da Constituição – aos servidores ocupantes de cargo público -
NÃO contemplando aqueles contratados temporariamente.

Contudo, a interpretação do art. 7º CF, será gramatical?

Jurisprudência: STF tema 551 - Recurso Extraordinário 1.066.677

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CONTRATAÇÃO
TEMPORÁRIA. DIREITO A DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO E FÉRIAS REMUNERADAS, ACRESCIDAS DO TERÇO CONSTITUCIONAL.
1. A contratação de servidores públicos por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público,
prevista no art. 37, IX, da Constituição, submete-se ao regime jurídicoadministrativo, e não à Consolidação das Leis do Trabalho.
2. O direito a décimo terceiro salário e a férias remuneradas, acrescidas do terço constitucional, não decorre automaticamente da contratação
temporária, demandando previsão legal ou contratual expressa a respeito.
3. No caso concreto, o vínculo do servidor temporário perdurou de 10 de dezembro de 2003 a 23 de março de 2009.
4. Trata-se de notório desvirtuamento da finalidade da contratação temporária, que tem por consequência o reconhecimento do direito ao
13º salário e às férias remuneradas, acrescidas do terço.
5. Recurso extraordinário a que se nega provimento.
Tese de repercussão geral: "Servidores temporários não fazem jus a décimo terceiro salário e férias remuneradas acrescidas do terço
constitucional, SALVO
(I) expressa previsão legal e/ou contratual em sentido contrário, ou
(II) comprovado desvirtuamento da contratação temporária pela Administração Pública, em razão de sucessivas e reiteradas renovações e/ou
prorrogações”.

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR): SERVIDOR PÚBLICO – FUNÇÃO TEMPORÁRIA – DIREITOS – CARGO PÚBLICO –
EXTENSÃO – INADEQUAÇÃO. Servidores temporários não têm jus, inexistente previsão legal, a décimo terceiro salário e férias
remuneradas acrescidas de um terço.

O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES: Proponho a seguinte tese para o Tema 551 da repercussão geral: “Servidores
temporários não fazem jus a décimo terceiro salário e férias remuneradas acrescidas do terço constitucional, salvo (I) expressa previsão
legal e/ou contratual em sentido contrário, ou (II) comprovado desvirtuamento da contratação temporária pela Administração Pública,
em razão de sucessivas e reiteradas renovações e/ou prorrogações.”

Especificamente, Lei 8.745/93:

Dispõe sobre a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos
do inciso IX do art. 37 da Constituição Federal, e dá outras providências.

Art. 1º Para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, os órgãos da Administração Federal direta, as autarquias e as
fundações públicas poderão efetuar contratação de pessoal por tempo determinado, nas condições e prazos previstos nesta Lei.

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Art. 2º Considera-se necessidade temporária de excepcional interesse público:
I - assistência a situações de calamidade pública;
II - assistência a emergências em saúde pública;
III - realização de recenseamentos e outras pesquisas de natureza estatística efetuadas pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE;
IV - admissão de professor substituto e professor visitante;
V - admissão de professor e pesquisador visitante estrangeiro;
VI - atividades:
a) especiais nas organizações das Forças Armadas para atender à área industrial ou a encargos temporários de obras e serviços de
engenharia;
b) de identificação e demarcação desenvolvidas pela FUNAI;
b) de identificação e demarcação territorial;
d) finalísticas do Hospital das Forças Armadas;
e) de pesquisa e desenvolvimento de produtos destinados à segurança de sistemas de informações, sob responsabilidade do Centro de
Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações - CEPESC;
f) de vigilância e inspeção, relacionadas à defesa agropecuária, no âmbito do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, para atendimento
de situações emergenciais ligadas ao comércio internacional de produtos de origem animal ou vegetal ou de iminente risco à saúde animal,
vegetal ou humana;
g) desenvolvidas no âmbito dos projetos do Sistema de Vigilância da Amazônia - SIVAM e do Sistema de Proteção da Amazônia - SIPAM.
h) técnicas especializadas, no âmbito de projetos de cooperação com prazo determinado, implementados mediante acordos internacionais,
desde que haja, em seu desempenho, subordinação do contratado ao órgão ou entidade pública.
i) técnicas especializadas necessárias à implantação de órgãos ou entidades ou de novas atribuições definidas para organizações existentes ou
as decorrentes de aumento transitório no volume de trabalho que não possam ser atendidas mediante a aplicação do art. 74 da Lei nº 8.112,
de 11 de dezembro de 1990;
j) técnicas especializadas de tecnologia da informação, de comunicação e de revisão de processos de trabalho, não alcançadas pela alínea “i”
e que não se caracterizem como atividades permanentes do órgão ou entidade;
l) didático-pedagógicas em escolas de governo;
m) de assistência à saúde para comunidades indígenas;
n) com o objetivo de atender a encargos temporários de obras e serviços de engenharia destinados à construção, à reforma, à ampliação e ao
aprimoramento de estabelecimentos penais;
VII - admissão de professor, pesquisador e tecnólogo substitutos para suprir a falta de professor, pesquisador ou tecnólogo ocupante de cargo
efetivo, decorrente de licença para exercer atividade empresarial relativa à inovação.

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VIII - admissão de pesquisador, de técnico com formação em área tecnológica de nível intermediário ou de tecnólogo, nacionais ou
estrangeiros, para projeto de pesquisa com prazo determinado, em instituição destinada à pesquisa, ao desenvolvimento e à inovação;
IX - combate a emergências ambientais, na hipótese de declaração, pelo Ministro de Estado do Meio Ambiente, da existência de emergência
ambiental na região específica.
X - admissão de professor para suprir demandas decorrentes da expansão das instituições federais de ensino, respeitados os limites e as
condições fixados em ato conjunto dos Ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Educação.
XI - admissão de professor para suprir demandas excepcionais decorrentes de programas e projetos de aperfeiçoamento de médicos na área
de Atenção Básica em saúde em regiões prioritárias para o Sistema Único de Saúde (SUS), mediante integração ensino-serviço, respeitados os
limites e as condições fixados em ato conjunto dos Ministros de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, da Saúde e da Educação.
XII - admissão de profissional de nível superior especializado para atendimento a pessoas com deficiência, nos termos da legislação,
matriculadas regularmente em cursos técnicos de nível médio e em cursos de nível superior nas instituições federais de ensino, em ato
conjunto do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e do Ministério da Educação.
§ 1º A contratação de professor substituto de que trata o inciso IV do caput poderá ocorrer para suprir a falta de professor efetivo em razão
de:
I - vacância do cargo;
II - afastamento ou licença, na forma do regulamento; ou
III - nomeação para ocupar cargo de direção de reitor, vice-reitor, pró-reitor e diretor de campus.
§ 2º O número total de professores de que trata o inciso IV do caput não poderá ultrapassar 20% (vinte por cento) do total de docentes
efetivos em exercício na instituição federal de ensino.
§ 3º As contratações a que se refere a alínea h do inciso VI serão feitas exclusivamente por projeto, vedado o aproveitamento dos contratados
em qualquer área da administração pública.
§ 4º Ato do Poder Executivo disporá, para efeitos desta Lei, sobre a declaração de emergências em saúde pública.
§ 5º A contratação de professor visitante e de professor visitante estrangeiro, de que tratam os incisos IV e V do caput, tem por objetivo:
I - apoiar a execução dos programas de pós-graduação stricto sensu;
II - contribuir para o aprimoramento de programas de ensino, pesquisa e extensão;
III - contribuir para a execução de programas de capacitação docente; ou
IV - viabilizar o intercâmbio científico e tecnológico.
§ 6º A contratação de professor visitante e o professor visitante estrangeiro, de que tratam os incisos IV e V do caput, deverão:
I - atender a requisitos de titulação e competência profissional; ou
I - ter reconhecido renome em sua área profissional, atestado por deliberação do Conselho Superior da instituição contratante.
§ 7º São requisitos mínimos de titulação e competência profissional para a contratação de professor visitante ou de professor visitante
estrangeiro, de que tratam os incisos IV e V do caput:

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I - ser portador do título de doutor, no mínimo, há 2 (dois) anos;
II - ser docente ou pesquisador de reconhecida competência em sua área; e
III - ter produção científica relevante, preferencialmente nos últimos 5 (cinco) anos .
§ 8º Excepcionalmente, no âmbito das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, poderão ser contratados
professor visitante ou professor visitante estrangeiro, sem o título de doutor, desde que possuam comprovada competência em ensino,
pesquisa e extensão tecnológicos ou reconhecimento da qualificação profissional pelo mercado de trabalho, na forma prevista pelo Conselho
Superior da instituição contratante.
§ 9º A contratação de professores substitutos, professores visitantes e professores visitantes estrangeiros poderá ser autorizada pelo dirigente
da instituição, condicionada à existência de recursos orçamentários e financeiros para fazer frente às despesas decorrentes da contratação e
ao quantitativo máximo de contratos estabelecido para a IFE.
§ 10. A contratação dos professores substitutos fica limitada ao regime de trabalho de 20 (vinte) horas ou 40 (quarenta) horas.

Quanto ao Prazo:

Art. 4º As contratações serão feitas por tempo determinado, observados os seguintes prazos máximos:
I - 6 (seis) meses, nos casos dos incisos I, II e IX do caput do art. 2º desta Lei;
I - assistência a situações de calamidade pública;
II - assistência a emergências em saúde pública;
X - admissão de professor para suprir demandas decorrentes da expansão das instituições federais de ensino, respeitados os limites e
as condições fixados em ato conjunto dos Ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Educação.
II - 1 (um) ano, nos casos dos incisos III e IV, das alíneas d e f do inciso VI e do inciso X do caput do art. 2º;
III - 2 (dois) anos, nos casos das alíneas b, e e m do inciso VI do art. 2º;
IV - 3 (três) anos, nos casos das alíneas “h” e “l” do inciso VI e dos incisos VII, VIII e XI do caput do art. 2º desta Lei;
V – 4 (quatro) anos, nos casos do inciso V e das alíneas a, g, i, j e n do inciso VI do caput do art. 2º desta Lei.
V - admissão de professor e pesquisador visitante estrangeiro;
VI - atividades:
a) especiais nas organizações das Forças Armadas para atender à área industrial ou a encargos temporários de obras e serviços de
engenharia;
g) desenvolvidas no âmbito dos projetos do Sistema de Vigilância da Amazônia - SIVAM e do Sistema de Proteção da Amazônia -
SIPAM.

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i) técnicas especializadas necessárias à implantação de órgãos ou entidades ou de novas atribuições definidas para organizações
existentes ou as decorrentes de aumento transitório no volume de trabalho que não possam ser atendidas mediante a aplicação do art.
74 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990;
j) técnicas especializadas de tecnologia da informação, de comunicação e de revisão de processos de trabalho, não alcançadas pela
alínea “i” e que não se caracterizem como atividades permanentes do órgão ou entidade;
n) com o objetivo de atender a encargos temporários de obras e serviços de engenharia destinados à construção, à reforma, à
ampliação e ao aprimoramento de estabelecimentos penais;

E a Prorrogação do Contrato Temporário:

Art. 4º, Parágrafo único. É admitida a prorrogação dos contratos:


I - no caso do inciso IV, das alíneas b, d e f do inciso VI e do inciso X do caput do art. 2o, desde que o prazo total não exceda a 2 (dois) anos;
II - no caso do inciso III e da alínea e do inciso VI do caput do art. 2o, desde que o prazo total não exceda a 3 (três) anos;
III – nos casos do inciso V, das alíneas a, h, l, m e n do inciso VI e do inciso VIII do caput do art. 2º desta Lei, desde que o prazo total não exceda
a 4 (quatro) anos;
IV - no caso das alíneas g, i e j do inciso VI do caput do art. 2o desta Lei, desde que o prazo total não exceda a 5 (cinco) anos;
V - no caso dos incisos VII e XI do caput do art. 2o, desde que o prazo total não exceda 6 (seis) anos; e
Art. 2º, VII - admissão de professor, pesquisador e tecnólogo substitutos para suprir a falta de professor, pesquisador ou tecnólogo
ocupante de cargo efetivo, decorrente de licença para exercer atividade empresarial relativa à inovação.
XI - admissão de professor para suprir demandas excepcionais decorrentes de programas e projetos de aperfeiçoamento de médicos na
área de Atenção Básica em saúde em regiões prioritárias para o Sistema Único de Saúde (SUS), mediante integração ensino-serviço,
respeitados os limites e as condições fixados em ato conjunto dos Ministros de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, da Saúde
e da Educação.
VI - nos casos dos incisos I e II do caput do art. 2o desta Lei, pelo prazo necessário à superação da situação de calamidade pública ou das
situações de emergências em saúde pública, desde que não exceda a 2 (dois) anos.

Termino do Contrato Temporário:

Art. 12. O contrato firmado de acordo com esta Lei extinguir-se-á, sem direito a indenizações:
I - pelo término do prazo contratual;
II - por iniciativa do contratado.
III - pela extinção ou conclusão do projeto, definidos pelo contratante, nos casos da alínea ‘h’ do inciso VI do art. 2º.

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§ 1º - A extinção do contrato, nos casos dos incisos II e III, será comunicada com a antecedência mínima de trinta dias.
§ 2º - A extinção do contrato, por iniciativa do órgão ou entidade contratante, decorrente de conveniência administrativa, importará no
pagamento ao contratado de indenização correspondente à metade do que lhe caberia referente ao restante do contrato.

Direitos dos Temporários – Contratados pela Iniciativa Privada: Regra

LEI 6.019/74; 13.429 e 13.467/2017

Altera dispositivos da Lei 6.019/74 (trabalho temporário) e dispõe sobre as relações de trabalho na empresa de prestação de serviços a terceiros.

Art. 2º - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca
à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente
ou à demanda complementar de serviços.

Caso de Greve e Contratação de Temporário:

§ 1º É proibida a contratação de trabalho temporário para a substituição de trabalhadores em greve, salvo nos casos previstos em
lei.

Por outro lado, o art. 7º, parágrafo único da Lei n. 7.783/1989 veda rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de
trabalhadores substitutos.

Art. 4º - Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela
colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente.

Na qualidade de empregadora, a empresa de trabalho temporário é a responsável por pagamento de salários, bem como oferecimento e entrega de
benefícios, como vale transporte e auxílio alimentação.

Art. 5º Empresa tomadora de serviços é a pessoa jurídica ou entidade a ela equiparada que celebra contrato de prestação de
trabalho temporário com a empresa definida no art. 4o desta Lei.

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PJ x PJ - Empresa Tomadora de Serviços é a PJ que contrata outra PJ, Empresa de Trabalho Temporário.

§ 3º O contrato de trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimento de atividades-meio e atividades-fim a serem
executadas na empresa tomadora de serviços.

Garantida a Remuneração do Temporário:

Art. 12 - Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos:


a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente calculados à base
horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional;
b) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não excedentes de duas, com acréscimo de 20% (vinte por cento);
c) férias proporcionais, nos termos do artigo 25 da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966;
d) repouso semanal remunerado;
e) adicional por trabalho noturno;
f) indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento
recebido;
g) seguro contra acidente do trabalho;
h) proteção previdenciária nos termos do disposto na Lei Orgânica da Previdência Social, com as alterações introduzidas pela Lei nº
5.890, de 8 de junho de 1973 (art. 5º, item III, letra "c" do Decreto nº 72.771, de 6 de setembro de 1973).
§ 1º - Registrar-se-á na Carteira de Trabalho e Previdência Social do trabalhador sua condição de temporário.
§ 2º - A empresa tomadora ou cliente é obrigada a comunicar à empresa de trabalho temporário a ocorrência de todo acidente cuja
vítima seja um assalariado posto à sua disposição, considerando-se local de trabalho, para efeito da legislação específica, tanto
aquele onde se efetua a prestação do trabalho, quanto a sede da empresa de trabalho temporário.

Prazo no Contrato de Trabalho Temporário:

§ 1º O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias,
consecutivos ou não.

O prazo do contrato temporário, com o mesmo empregador, poderá ser de 180 dias, consecutivos ou não.

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§ 2º O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não, além do prazo estabelecido no § 1º deste artigo,
quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram.

Poderá ainda, ser prorrogado por mais 90 dias, ou seja, no total poderá ser de 270 dias, independentemente de autorização administrativa, mas
desde que mantidos os motivos que determinaram a pactuação.

Após os 270 dias? Vínculo?

§ 5º O trabalhador temporário que cumprir o período estipulado nos §§ 1º e 2º deste artigo somente poderá ser colocado à
disposição da mesma tomadora de serviços em novo contrato temporário, após noventa dias do término do contrato anterior.

§ 6º A contratação anterior ao prazo previsto no § 5o deste artigo caracteriza vínculo empregatício com a tomadora.

E o contrato de Experiência?

§ 4º Não se aplica ao trabalhador temporário, contratado pela tomadora de serviços, o contrato de experiência previsto no
parágrafo único do art. 445 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943.

Responsabilidade Subsidiária!

§ 7º A contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer o trabalho
temporário, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de
1991.

E nos casos de Falência?

Art. 16 - No caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora ou cliente é solidariamente responsável pelo
recolhimento das contribuições previdenciárias, no tocante ao tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens, assim como em
referência ao mesmo período, pela remuneração e indenização previstas nesta Lei.

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JORNADA DE TRABALHO

• Limitação à Jornada de Trabalho.


• Prorrogação da Jornada de Trabalho e
• Compensação de Jornada.
• O Regime 12 x 36 horas.

Limitação à Jornada de Trabalho:

Os fundamentos da Limitação da Jornada:

É fazer com que se obedeça o limite de trabalho e não que se extrapole o limite.

1º Biológicos - na medida em que a limitação da jornada autoriza o descanso, como meio de evitar a fadiga.

2º Sociais - como meio de propiciar o convívio social, já que o Homem é um ser eminentemente social (família, amigos, lazer, religião, educação, etc).

3º Econômicos - na medida em que a limitação da jornada gera mais oportunidade de empregos.

O termo Jornada está intimamente ligado à ideia de tempo.

Jornada de Trabalho é o lapso de tempo no qual o empregado está à disposição do empregador, executando ou aguardando ordens.

Além do tempo efetivamente trabalhado, o conceito abrange o tempo à disposição, aguardando ordens.

Regra Geral – Empregado Público:

A Lei 9.962/2000 regula o Regime de Emprego Público (CLT):

Disciplina o regime de emprego público do pessoal da Administração federal direta, autárquica e fundacional, e dá outras providências.

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Art. 1º O pessoal admitido para emprego público na Administração federal direta, autárquica e fundacional terá sua relação de trabalho
regida pela Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e legislação trabalhista correlata,
naquilo que a lei não dispuser em contrário.
§ 1º Leis específicas disporão sobre a criação dos empregos de que trata esta Lei no âmbito da Administração direta, autárquica e fundacional
do Poder Executivo, bem como sobre a transformação dos atuais cargos em empregos.
Art. 2º A contratação de pessoal para emprego público deverá ser precedida de concurso público de provas ou de provas e títulos, conforme
a natureza e a complexidade do emprego.

Na CLT:

Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde
que não seja fixado expressamente outro limite.

Prevista no art. 7º, inciso XIII da Constituição Federal, que fixa a jornada de trabalho normal em 08 horas diárias e 44 horas semanais.

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários
e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

Especificamente Funcionário Público Estatutário:

A jornada de trabalho dos servidores públicos federais está prevista na Lei n. 8.112/90, que estabelece o Regime Jurídico Único dos Servidores
Públicos, mais precisamente em seu art. 19, assim redigido:

Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a
duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias,
respectivamente.
1º. O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado o disposto no
art. 120, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração.
2º. O disposto neste artigo não se aplica a duração de trabalho estabelecida em leis especiais.

Acordo de Prorrogação de Jornada de Trabalho:

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Tem que ser escrito e o limite máximo DIÁRIO de prorrogação são 02 horas diárias.

Empregado que se recusa a prorrogar comete infração disciplinar.

Não é necessariamente 10 horas dia!

Jornalista, as 05 horas diárias do art. 304 da CLT, podem ser prorrogadas até o limite de 07 horas.

Jornada de trabalho. Trabalho extraordinário.

A jornada de trabalho classifica-se em normal ou ordinária e em extraordinária, sendo esta última conhecida como hora extra.

Será normal a jornada que respeitar os limites fixados na norma jurídica incidente ao contrato de trabalho em exame.

Como funciona:

Art. 7º, XIII, CF - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias E quarenta e quatro semanais, facultada a compensação
de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

Art. 59, CLT - A duração DIÁRIA do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo
individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

Será extraordinária a jornada que superar os Limites DIÁRIOS fixados para o contrato de trabalho que está sob análise.

Os Limites são aplicados simultaneamente, mas não cumulativamente!

A hora extra pode ocorrer pelo desrespeito ao limite inicial da jornada, com a antecipação do horário, ou ao limite final, com a prorrogação do
horário.

Acordo de Compensação de Jornada de Trabalho:

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Regra Geral – Empregado Público.

O art. 7º, inciso XIII da Constituição Federal, ressalva a possibilidade de compensação da jornada, mediante “acordo ou convenção coletiva”.

Art. 7º, XIII, CF - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação
de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

Art. 58, CLT - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias,
desde que não seja fixado expressamente outro limite.

Súmula nº 85 do TST COMPENSAÇÃO DE JORNADA


I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva.

Compensação no mesmo MÊS: Acordo Individual Tácito!!

Art. 59, § 6o É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no
mesmo mês. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

A compensação em regra, deve ser escrita, via acordo individual, CCT ou ACT e o limite máximo DIÁRIO de prorrogação é de 02 horas diárias.

Acordo de Compensação Semanal do Sábado.

Efetivamente trabalhada Legal Compensadas


Segunda-feira 9h dia 8 diária - 1h
Terça-feira 9h dia 8 diária - 1h
Quarta-feira 9h dia 8 diária - 1h
Quinta-feira 9h dia 8 diária - 1h
Sexta-feira 8h dia 8 diária - 0h
Sábado 0h dia 4 diária - 0h (compensada)
Domingo DSR

Especificamente Funcionário Público na Compensação de Jornada:

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IN/SGP/MPDG n. 2/2018 –
(IN) - Instrução Normativa n. 2, (SGP) editada pela Secretaria de Gestão de Pessoas do (MPDG) Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão.

A compensação deverá feita até o mês subsequente, limitada a duas horas diárias (art. 12, § 2º da IN).

Art. 12. As saídas antecipadas e os atrasos deverão ser comunicados antecipadamente à chefia imediata e poderão ser compensados no
controle eletrônico de frequência até o término do mês subsequente ao da sua ocorrência.
1º As ausências justificadas somente poderão ser compensadas no controle eletrônico de frequência até o término do mês subsequente ao da
sua ocorrência, desde que tenham anuência da chefia imediata.
2º A compensação de horário deverá ser estabelecida pela chefia imediata, sendo limitada a 2 (duas) horas diárias da jornada de trabalho.
3º Eventuais atrasos ou saídas antecipadas decorrentes de interesse do serviço poderão ser abonados pela chefia imediata.

Jurisprudência – Funcionário Público (Estatutário)

De forma unânime, a Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da Primeira Região não deu provimento ao recurso de apelação
interposto pela União Federal em desfavor de sentença proferida pela Justiça Federal do Distrito Federal, que a condenou a limitar a
jornada semanal do autor, servidor público, em 40 (quarenta) horas e lhe reconheceu o direito ao pagamento das parcelas não pagas
do adicional de serviço extraordinário.
Em seu recurso de apelação, a União Federal sustentou que no caso de jornada 12×36, a realização de serviço extraordinário deve
ser apurada com base mensal e não semanal; que não existe situação excepcional, entretanto de fixação de jornada mais favorável ao
servidor público. Afirmou que não existe permissão para a realização de serviço extraordinário.
Afirmou o relator que, como demonstrado nos autos e reconhecidamente comprovado, o demandante de fato laborou no período não
prescrito no regime de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso, o que resultou na superação do limite máximo semanal de 40
horas. “Diferente seria se houvesse a instituição de regime de compensação de horários, que previsse a compensação das horas
semanais excedentes a 40, o que não ficou demonstrado nos autos.
Assim, o autor faz jus ao recebimento das horas extras nos termos da sentença”. (Com informações do TRF1)
Processo nº: 0017272-41.2011.4.01.3400/DF

Acordo de Compensação Banco de Horas – Regra Geral

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Permanece como era antes da Reforma Trabalhista, via CCT ou ACT.

Art 59, § 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em
um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma
das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.

Novidade Reforma Trabalhista, Acordo Individual no Banco de Horas.

Art 59, § 5º O banco de horas de que trata o § 2o deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação
ocorra no período máximo de seis meses. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

Acordo de Compensação Banco de Horas nas Rescisórias:

Art 59, § 3º - Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na
forma dos §§ 2o e 5o deste artigo, o trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da
remuneração na data da rescisão. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

Especificamente Funcionário Público no Banco de Horas:

IN/SGP/MPDG n. 2/2018 –
(IN) - Instrução Normativa n. 2, (SGP) editada pela Secretaria de Gestão de Pessoas do (MPDG) Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão.

Do banco de horas
Art. 23. No interesse da Administração, como ferramenta de gestão, os dirigentes máximos dos órgãos e entidades poderão adotar o banco
de horas para execução de tarefas, projetos, programas, dentre outros, de relevância para o serviço público.
1º Nas situações de que trata o caput, serão computadas como crédito as horas excedentes realizadas além da jornada regular do servidor e
as não trabalhadas como débito, contabilizadas no sistema eletrônico de apuração de frequência disponibilizado pelo Órgão Central do SIPEC.
2º A permissão para realização de banco de horas é facultada à Administração Pública e se dará em função da conveniência, do interesse e
da necessidade do serviço, não se constituindo direito do servidor.

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3º Os órgãos e entidades que desejarem implementar o banco de horas deverão utilizar o sistema de controle eletrônico diário de frequência -
SISREF, disponibilizado pelo órgão central do SIPEC.
4º Os órgãos e entidades que já possuem sistemas próprios de controle eletrônico de frequência deverão integrar seus sistemas ao SISREF para
a adoção do banco de horas.
5º Para fins de aferição do banco de horas, o sistema de controle eletrônico diário de frequência - SISREF conterá as seguintes funcionalidades:
I - compensação automática do saldo negativo de horas apurado com o saldo positivo existente no banco de horas; e
II - consulta do quantitativo de horas acumuladas.

Limite de horas no Banco:

Art. 24. As horas excedentes à jornada diária devem ser prestadas no interesse do serviço e computadas no banco de horas, de forma
individualizada, mediante prévia e expressa autorização da chefia imediata, observados os seguintes critérios:
I - as horas de trabalho excedentes à jornada diária não serão remuneradas como serviço extraordinário;
II - a chefia imediata deverá previamente, por meio do SISREF, justificar a necessidade e informar a relação nominal dos servidores autorizados
à realização das horas excedentes para inserção em banco de horas; e
III - as horas armazenadas não poderão exceder:
a) 2 (duas) horas diárias;
b) 40 (quarenta) horas no mês; e
c) 100 (cem) horas no período de 12 meses.

Jornada 12X36 - Reforma 13.467/17:

Regra Geral Empregado Público:

Turno Ininterrupto de Revezamento limitado a 06 horas, salvo CCT/ACT:

Art. 7º, XIV CF - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

Súmula 423 do TST - Limitando o Turno Ininterrupto a 8 horas diárias

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Súmula nº 423 do TST TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA.
VALIDADE. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 169 da SBDI-1) Res. 139/2006 – DJ 10, 11 e 13.10.2006)
Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a
turnos ininterruptos de revezamento não têm direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras.

Reforma Trabalhista:

Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes, mediante ACORDO INDIVIDUAL ESCRITO, convenção
coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de
descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo
descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho
noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

Especificamente Funcionário Público 12x36 horas:

IN/SGP/MPDG n. 2/2018 –
(IN) - Instrução Normativa n. 2, (SGP) editada pela Secretaria de Gestão de Pessoas do (MPDG) Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão.

Art. 16. Os plantões serão de 12 (doze) horas de trabalho, com 36 (trinta e seis) horas de descanso, observados a demanda e os recursos
humanos disponíveis.
1º Excepcionalmente, poderão ser adotados plantões de 24 (vinte e quatro) horas de trabalho, com 72 (setenta e duas) horas de descanso,
desde que haja justificativa que considere, inclusive, os aspectos relativos à segurança, à saúde, à qualidade de vida do servidor público e à
qualidade do serviço prestado.
2º Nas jornadas previstas neste artigo estão incluídos os intervalos para alimentação.

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INTERVALOS

• Os intervalos inter e intrajornada.


• Repouso Semanal Remunerado.
• Jornada noturna e redução da jornada noturna.
• Férias. Fundamentos. Concessão e remuneração.

O ordenamento jurídico estabelece períodos de descanso para o empregado de várias formas.

Em REGRA NÃO integram a jornada (suspensão do contrato de trabalho).

Art. 71, §2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.

• Há INTERVALOS que são intrajornada e interjornada; (CT suspenso)

• Há REPOUSOS semanais (RSR) e as férias anuais. (CT interrompido)

Intervalo Interjornada:

Refere-se à paralisação entre duas jornadas de trabalho distintas (inter).

O intervalo interjornada é de 11 horas e deve ser observado entre o término de uma jornada e o início da jornada seguinte.

Art. 66, CLT - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso.

Intervalo Intrajornada:

Regra Geral – Empregado Público:

A Lei 9.962/2000 regula o Regime de Emprego Público (CLT):

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Art. 1º O pessoal admitido para emprego público na Administração federal direta, autárquica e fundacional terá sua relação de trabalho
regida pela Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e legislação trabalhista correlata,
naquilo que a lei não dispuser em contrário.

É aquele que deve ser concedido dentro da jornada de trabalho do empregado e é assim dividido:

• Até 04 horas de trabalho, nenhum intervalo;


• De 04 a 06 horas de trabalho – 15 minutos de intervalo;

Art. 71, § 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a
duração ultrapassar 4 (quatro) horas.

• Acima de 06 horas de trabalho – de 01 hora (no mínimo) a 02 horas (no máximo) de intervalo.

Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou
alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2
(duas) horas.

E a Redução do Intra por ato do MTE:

Art. 71, § 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e
Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às
exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho
prorrogado a horas suplementares.

Redução do Intrajornada, agora, via CCT ou ACT:

Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017)
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas; (Incluído pela Lei nº 13.467,
de 2017)

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Da NÃO Concessão ou Concessão Parcial do Intra:

Reforma Trabalhista:

Art. 71, § 4o A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e
rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o
valor da remuneração da hora normal de trabalho. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

Especificamente Funcionário Público – NÃO há Previsão Legal, e agora?

Como vimos, para jornada que exceder 06 horas diárias é devido um intervalo para alimentação e descanso, tendo em vista as medidas que
diminuam os riscos inerentes a saúde.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

Por sua vez, o § 3º do artigo 39 da CF equipara os direitos dos celetistas aos direitos dos funcionários públicos, no tocante ao item REDUÇÃO DOS
RISCOS INERENTES AO TRABALHO.

Art. 39 da CRFB - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico
único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.
(...)§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX,
XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.

É comum que entre os militares (bombeiros, polícia), vigia e agentes de segurança (agentes de trânsito, porteiro), no serviço de vigilância; no
trabalho com a saúde (médicos, enfermeiros, instrumentalistas, biomédicos, agentes de saúde), esses profissionais não gozarem de intervalo para
descanso.

DSR- RSR - Descanso ou Repouso Semanal Remunerado:

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Regra Geral – Empregado Público:.

A Lei 9.962/2000 regula o Regime de Emprego Público (CLT):

Art. 1º O pessoal admitido para emprego público na Administração federal direta, autárquica e fundacional terá sua relação de trabalho
regida pela Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e legislação trabalhista correlata,
naquilo que a lei não dispuser em contrário.

É espécie de repouso, ao fundamento das razões biológicas, sociais e econômicas.

Historicamente o descanso semanal tem origem religiosa. Descanso do sétimo dia.

No Estado moderno, foi instituído pela Convenção 14 da OIT em 1.921.

É regulado no direito brasileiro pela Lei 605/49.

Trabalhador Urbano:

Art. 1º Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte e quatro horas consecutivas, preferentemente aos
domingos e, nos limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local.

Está também garantido no art. 7º, inciso XV da Constituição Federal.

Art. 7º, XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

RSR tem que ser fruído dentro do modulo semanal que vai de domingo à sábado.

Remuneração do RSR:

Art 10. A remuneração dos dias de repouso obrigatório, tanto o do repouso obrigatório, tanto o do repouso semanal como aquêles
correspondentes aos feriados, integrará o salário para todos os efeitos legais e com êle deverá ser paga.
§ 1º A remuneração do dia de repouso corresponderá, qualquer que seja a forma de pagamento do salário:

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a) para os contratados por semana, dia ou hora à de um dia normal de trabalho não computadas as horas extraordinárias;

Especificamente Funcionário Público:

Art. 39, § 3º CF - Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX,
XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.

Art. 7º, XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

Jornada Noturna:

Regra Geral Empregado Público:

A Lei 9.962/2000 regula o Regime de Emprego Público (CLT):

Art. 1º O pessoal admitido para emprego público na Administração federal direta, autárquica e fundacional terá sua relação de trabalho
regida pela Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e legislação trabalhista correlata,
naquilo que a lei não dispuser em contrário.

Adicional:

Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito,
sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.

O trabalho noturno, por ser mais gravoso ao empregado, é remunerado com um adicional, denominado de adicional noturno que é de 20%
sobre o valor da hora normal.

Período:

Estabelece o § 2º art. 73 da CLT:

§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.

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Hora Noturna Reduzida:

§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos.

Por ficção legal, a hora noturna é reduzida em relação à diurna, de modo que para cada 52 minutos e 30 segundos de trabalho efetivamente
realizado dentro da jornada noturna será computada, para fins jurídicos, 01 hora trabalhada.

Diante desta redução é que a jornada noturna, composta de fato por 07 horas (das 22:00 às 5:00 horas) é, juridicamente, considerada como
sendo de 08 horas.

Prorrogação:

§ 5º Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste capítulo.

Súmula nº 60 do TST. ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO


II – Cumprida integralmente a jornada no período noturno E prorrogada esta, devido é também (hora noturna reduzida) o adicional quanto
às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT.

Isto significa que o empregado, ao passar pelo marco das 5:00 horas em prorrogação, terá direito ao adicional noturno e à redução da jornada
noturna pelas horas seguintes.

Terá direito após as 5h da manhã ao adicional noturno E a redução ficta e as horas extras além da 8ªh diária e 44ª semanal.

Especificamente Funcionário Público Estatutário:

O Adicional Noturno dos servidores públicos federais está prevista na Lei n. 8.112/90, que estabelece o Regime Jurídico Único dos Servidores
Públicos (RJU), mais precisamente em seu art. 75, assim redigido:

Do Adicional Noturno

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Art. 75. O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia
seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como cinqüenta e dois minutos e
trinta segundos.
Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre a remuneração prevista
no art. 73.

Adicional de 25% com hora noturna reduzida 52’30’’.

O percentual dependerá de estatuto próprio do servidor!

Férias:

Regra Geral – Empregado Público:

A Lei 9.962/2000 regula o Regime de Emprego Público (CLT):

Art. 1º O pessoal admitido para emprego público na Administração federal direta, autárquica e fundacional terá sua relação de trabalho
regida pela Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e legislação trabalhista correlata,
naquilo que a lei não dispuser em contrário.

Período Aquisitivo:

O período aquisitivo de férias ocorre ao fechamento do ciclo de 12 meses do contrato de trabalho. Este ciclo não é afetado pela sucessão
trabalhista.

Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte
proporção:

Concessão das Férias:

Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o
empregado tiver adquirido o direito.

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§ 3o É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)

Lei 810/1949:

Art. 1º Considera-se ano o período de doze meses contado do dia do início ao dia e mês correspondentes do ano seguinte.

1º Período Aquisitivo (PA)


Ex.: 01/04/2017 (01 ano) 01/04/2018 2º PA corre junto com o 1º Período Concessivo
01/04/2018 (02 ano) 01/04/2019
Se concedida férias em 23/03/2019 até 01/04/2019 (10 dias dentro do prazo) (20 dias fora que deverão ser pagos em dobro)

Tem que ser pago em dobro os 20 dias, pois ultrapassou o 2º período concessivo sem fruir as férias do 1º período aquisitivo.

Pagamento em Dobro das Férias:

Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva
remuneração.

Fracionamento das Férias – Reforma Trabalhista:

§ 1o Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá
ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. (Redação dada pela Lei nº
13.467, de 2017)

Altera a divisão da concessão de dois para três períodos.


(14 dias + 02 períodos não inferiores a 05 dias cada)

Obrigação do Empregado:

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Art. 138 - Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em
virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele.

Justa causa se trabalhar no período de férias.

Com relação a anotação da Férias na CTPS: ALTERAÇÃO LEI LIBERDADE ECONÔMICA

Artigo 135 da CLT

Nos casos em que o empregado possua a CTPS em meio digital, a anotação das férias erá feita nos sistemas informatizados da CTPS gerados pelo
empregador, dispensadas as anotações no livro ou nas fichas de registro dos empregados.

Art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa
participação o interessado dará recibo.
§ 1º - O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência Social,
para que nela seja anotada a respectiva concessão.
§ 2º - A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas fichas de registro dos empregados.
§ 3º Nos casos em que o empregado possua a CTPS em meio digital, a anotação será feita nos sistemas a que se refere o § 7º do art. 29
desta Consolidação, na forma do regulamento, dispensadas as anotações de que tratam os §§ 1º e 2º deste artigo. (Incluído pela Lei nº
13.874, de 2019)

Art. 29, § 7º - Os registros eletrônicos gerados pelo empregador nos sistemas informatizados da CTPS em meio digital equivalem às
anotações a que se refere esta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)

Especificamente Funcionário Público:

Art. 39, § 3º CF - Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX,
XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.

Art. 7º, XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;

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As Férias dos servidores públicos federais está prevista na Lei n. 8.112/90, que estabelece o Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos (RJU),
mais precisamente em seu art. 77 e seguintes, assim redigido:

Das Férias
Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do
serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.
§ 1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.
§ 2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.
§ 3º As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração
pública.

Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de
férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.
Parágrafo único. O servidor referido neste artigo não fará jus ao abono pecuniário de que trata o artigo anterior.

SALÁRIO. CONCEITO.

Salário. Conceito. Elementos que integram o salário. Elementos que não integram o salário. Incorporação de
vantagens. Verbas declaradas ilegais ou inconstitucionais não incorporação. A questão da devolução das vantagens
recebidas de boa-fé.

Diz-se que a palavra “salário” advém da época em que o pagamento era feito em pacotes de sal, num tempo em que o papel-moeda ainda não havia
se firmado.

Especificamente – Vencimento do Funcionário Público:

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