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Responsabilidade

Civil
DIREITO CIVIL VII

Profª Isadora Ribeiro


Profª Isadora Ribeiro
 Mãe;

 Advogada;

 Graduada em Direito pela FTC Itabuna;


 Pós-Graduada em Direito Constitucional Aplicado;
 Presidentada Comissão da Mulher Advogada da
Subseção Gandu-BA.
Contatos:

E-mail: isadora.ribeiro@ftc.edu.br

Whatsapp: (73) 9.9872-4969

Instagram: @profisadoraribeiro
Informações Importantes

Verifcação de Aprendizagem I: 30,0 pontos

Verifcação de Aprendizagem II: 30,0 pontos

OATs: 40,0 pontos

Somatório Final: 100,00 pontos


Informações Importantes

Substitutiva não existe mais!

Segunda Chamada:
- Motivo de Doença: Atestado Médico (requerimento);

- Outros Motivos

DATAS OATs - I unidade:

26/02/2024

11/03/2024

25/03/2024
Introdução
Código Civil Brasileiro de 2002 – Arts. 927 a 954.

a
“A palavra “responsabilidade” tem sua origem no verbo latino respondere, signifcando
obrigação que alguém tem de assumir com as consequências
jurídicas de sua atividade, contendo, ainda, a raiz latina de spondeo, fórmula
através da qual se vinculava, no Direito Romano, o devedor nos contratos verbais.” (GAGLIANO,
FILHO - 2023)

- Responsabilidade Jurídica x Responsabilidade Moral

- Responsabilidade é o mesmo que Obrigação?


Obrigação:

Relação jurídica pela qual o sujeito ativo pode exigir do sujeito passivo determinada
prestação.

Ex.: Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não
mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.

Responsabilidade Civil:

Obrigação de reparar danos causados a terceiros.

Ex.: Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência
ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Exemplifcando..
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:

I - os pais, pelos flhos menores que estiverem sob sua


autoridade e em sua companhia;

II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se


acharem nas mesmas condições;

III - o empregador ou comitente, por seus empregados,


serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes
competir, ou em razão dele;
Obrigação x Responsabilidade
2 elementos na Relação Obrigacional:

- Dívida
Dever jurídico Originário (cumprimento de pacto ou lei)

- Responsabilidade
Dever jurídico Sucessivo (responsabilidade pelo descumprimento)
Lei de
Talião e o
início da
Resp. Civil
Objetivo da Responsabilidade:
Restauração do status quo (estado anterior).
Outras funções da reparação: compensatória do
dano à vítima; punitiva do ofensor; desmotivação
social da conduta lesiva.

MAS SEMPRE SERÁ POSSÍVEL RESTAURAR


O BEM JURÍDICO OFENDIDO AO ESTADO
ANTERIOR?
Espécies de Responsabilidade
• CIVIL

• PENAL

• RESPONSABILIDADE CONTRATUAL
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos,
mais juros e atualização monetária segundo índices ofciais regularmente
estabelecidos, e honorários de advogado.

• RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL (LEX AQUILIA – CULPA


AQUILIANA – ART 927)
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fca obrigado a repará-lo.
• RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA (Art. 186)
Conduta Humana (comissiva ou omissiva)
Culpa*
Dano
Nexo de Causalidade

• RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA


Art. 927, § único: Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especifcados em lei, ou
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do
dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
* Desconsidera o elemento CULPA.
Elementos da Resp. Civil
1º - CONDUTA HUMANA

CONDUTA COMISSIVA:
• Ação positiva/ comportamento ativo que resulta em determinado resultado ou
dano.

Exemplos:
• Um motorista que ultrapassa um sinal vermelho e causa um acidente de
trânsito.
• Um médico que realiza uma cirurgia negligente, causando danos ao paciente.
• Um indivíduo que desfere um golpe em outra pessoa durante uma briga,
resultando em lesões.
CONDUTA OMISSIVA:
• Quando alguém deixa de fazer algo que deveria ser feito, ou
seja, quando há uma omissão de agir diante de uma obrigação
legal ou moral.

Exemplos:
• Um proprietário de estabelecimento que não toma medidas de
segurança adequadas e não instala saídas de emergência,
resultando em ferimentos graves em caso de incêndio.
• Um pai que deixa de prover alimentos e cuidados adequados
para seu flho, violando o dever de sustento familiar.
• Um socorrista que, estando presente em um local de acidente,
se abstém de prestar os primeiros socorros necessários à vítima.
2º - NEXO DE CAUSALIDADE
• O nexo de causalidade é o vínculo que estabelece a relação de causa e efeito entre
a conduta do agente (ou evento) e o dano sofrido pela vítima.

Exemplo:

Suponha que João esteja dirigindo em alta velocidade em uma rua residencial. Ele não
está prestando atenção à estrada porque está distraído com o celular. Como
resultado, ele não percebe um pedestre atravessando a rua em uma faixa de
pedestres. João acaba atropelando o pedestre, causando ferimentos graves.

Vamos analisar os elementos presentes até aqui?

- Qual foi a conduta de João?

- Qual dano foi causado?

- Existe uma relação de causa e efeito? Qual?


3º elemento: CULPA

• Elemento que surge a partir da conduta humana.

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

• Pergunta: O agente poderia agir de outro modo afim de evitar o resultado?


• Culpa lato senso (dolo);
• Culpa stricto sensu (culpa aquiliana – responsabilidade extracontratual).

• GRAUS DA CULPA – Código Civil não faz distinção*

Culpa grave (assemelha ao dolo – ex.: acidentes de trânsito por embriaguez)

Culpa leve

Culpa levíssima
• QUANTUM INDENIZATÓRIO: A indenização não será calculada com base no grau de culpa,
mas sim de acordo com a extensão do dano.

Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.

Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá
o juiz reduzir, equitativamente, a indenização.

 Teoria do Risco: não há que se falar em culpa, basta provar nexo de causalidade com o
dano sofrido.* Aplicada em alguns casos (lembrar da responsabilidade objetiva).

- Risco Criado / Equilíbrio de Interesses

Exemplo:

Art. 26, Decreto nº 2.681/1912: As estradas de ferro responderão por todos os danos que a
exploração de suas linhas causar aos proprietários marginais.

Cessará, porém, a responsabilidade, se o fato danoso for consequência direta da infração, por
parte do proprietário, de alguma disposição legal ou regulamentar relativa a edificações,
plantações, escavações, depósito de materiais ou guarda de gado à beira das estradas de ferro
• CULPA CONCORRENTE – Há culpa do autor e réu
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização
será fxada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.

Exemplo: transeunte fora da faixa e motorista em velocidade acima da permitida na via.

CULPA NO CÍVEL E NO CRIME


Art. 935, CC - A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo
questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando
estas questões se acharem decididas no juízo criminal.

Art. 91, CP - São efeitos da condenação:

I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime;

Art. 63, CPP - Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe


a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu
representante legal ou seus herdeiros. (Execução de sentença - título judicial)
Art. 64. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para ressarcimento do dano poderá ser
proposta no juízo cível, contra o autor do crime e, se for caso, contra o responsável civil. (Vide Lei nº
5.970, de 1973) (Ação de Indenização)

Parágrafo único. Intentada a ação penal, o juiz da ação civil poderá suspender o curso desta, até o
julgamento definitivo daquela.

“A sentença condenatória na esfera criminal, com trânsito em julgado, sempre faz, assim, coisa
julgada no cível, visto que estariam comprovados a autoria, a materialidade do fato ou dano, o nexo
etiológico e a culpa (dolo ou culpa stricto sensu) do agente.

A ação civil que se intenta visando à satisfação do dano produzido pela infração penal é comumente
denominada de ACTIO CIVILIS EX DELICTO.” (Gonçalves, 2023)

Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória:

IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos
sofridos pelo ofendido;

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