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LEI N. 11.

34306
Lei de Entorpecentes

LEI DE ENTORPECENTES

Dando continuidade à análise da lei antidrogas, este bloco será iniciado com o estudo
sobre o crime que a doutrina chama de tráfico de maquinário.

9 Tráfico de Maquinário (art. 34)

Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título,
possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qual-
quer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, sem autori-
zação ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.

Obs.: é preciso ter cuidado, pois se a pessoa estiver diante de algo que não seja utilizado
para tal finalidade; por exemplo, o homem foi encontrado com um pente de cabelo,
que ele utiliza para separar cocaína, ou com uma lâmina de barbear. Observa-se que
esses itens não são utilizados para fabricar, preparar, produzir ou transformar, mas
sim para separar a droga, então não é esse instrumento destinado a essas finalida-
des. É preciso conectar esses aparelhos com a finalidade que eles tem.

Pena – reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois
mil) dias-multa.

• Maquinário, aparelho, instrumento, qualquer objeto → fabricação, preparação, produ-


ção ou transformação.
• Lâmina de barbear, papelotes, sacos plásticos, fita adesiva, pente de cabelo, tampa
de caneta podem ser considerados? Em hipótese nenhuma, porque esses dispositivos
servem apenas para separar ou acondicionar a droga.
• Há divergência doutrinária no sentido de ser equiparado, ou não, a hediondo. Uma
parte da doutrina considera o crime do art. 34 como equiparado a hediondo, mas outra
parte não considera, e ainda não há jurisprudência sobre isso.
• Absorção pelo art. 33: princípio da consunção. Caderno 131, 18) É possível a aplica-
ção do princípio da consunção entre os crimes previstos no § 1º do art. 33 e/ou no art.
34 pelo tipificado no caput do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, desde que não caracteri-
zada a existência de contextos autônomos e coexistentes, aptos a vulnerar o bem
jurídico tutelado de forma distinta.

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Exemplo: quando a pessoa tiver, por exemplo, uma balança de precisão, maquinários que
sejam utilizados para o próprio tráfico, então esses aparelhos são um meio necessário. Neste
caso, o 33 absorve o 34, no princípio da consunção, no qual o crime-fim absorve o crime meio.
Mas não é sempre que isso vai acontecer, porque há duas jurisprudências do STJ.
Em dois precedentes de 2013, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) discutiu se o art. 34 da
Lei de Drogas era ou não absorvido pelo art. 33. Foram expostas duas conclusões:

I – A prática do crime previsto no art. 33, caput, da Lei de Drogas absorve o delito capitulado no
art. 34 da mesma lei, desde que não fique caracterizada a existência de contextos autônomos
e coexistentes aptos a vulnerar o bem jurídico tutelado de forma distinta. Assim, responderá
apenas pelo crime do art. 33 (sem concurso com o art. 34), o agente que, além de preparar para
venda certa quantidade de drogas ilícitas em sua residência, mantiver, no mesmo local, uma balan-
ça de precisão e um alicate de unha utilizados na preparação das substâncias. Isso porque,
na situação em análise, não há autonomia necessária a embasar a condenação em ambos os tipos
penais simultaneamente, sob pena de “bis in idem”. STJ. 5ª Turma. REsp 1196334-PR, Rel. Min.
Marco Aurélio Bellizze, julgado em 19/9/2013 (Info 531).

Exemplo: se a pessoa tem um laboratório, não apenas uma balança de precisão, neste
caso, como ele tem um contexto autônomo, ele responderá pelo 33 e pelo 34.

II – Responderá pelo crime de tráfico de drogas (art. 33) em concurso com o art. 34 o agente
que, além de ter em depósito certa quantidade de drogas ilícitas em sua residência para fins de
mercancia, possuir, no mesmo local e em grande escala, objetos maquinário e utensílios que
constituam laboratório utilizado para a produção, preparo, fabricação e transformação de
drogas ilícitas em grandes quantidades. Não se pode aplicar o princípio da consunção porque
nesse caso existe autonomia de condutas e os objetos encontrados não seriam meios necessários
nem constituíam fase normal de execução daquele delito de tráfico de drogas, possuindo lesividade
autônoma para violar o bem jurídico. STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 303213-SP, Rel. Min. Marco
Aurélio Bellizze, julgado em 8/10/2013 (Info 531).

DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/PC-SE/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) Situação hipotética: Em um mesmo
contexto fático, um cidadão foi preso em flagrante por manter em depósito grande variedade
de drogas, entre elas, cocaína, maconha, haxixe e crack, todas para fins de mercancia.
Foram apreendidos também maquinários para o preparo de drogas, entre eles, uma balança
digital e uma serra portátil. Assertiva: Nessa situação, afastada a existência de contextos
autônomos entre as condutas delitivas, o crime será único.

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Não se pode afirmar, baseando-se na questão, que o cidadão possui um verdadeiro


laboratório, pois é algo que ele utiliza para a própria finalidade imediata da traficância. Neste
caso, realmente o crime será único, porque se afasta a existência de contextos autônomos.

10 Associação para o Tráfico (art. 35)

Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não,
qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei.
Pena – reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e du-
zentos) dias-multa.

É preciso ter cuidado para não confundir:


Associação Criminosa (CP) (finalidade genérica).

Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes.
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.

Obs.: se o indivíduo tiver, por exemplo, três pessoas associadas para traficância, se tem uma
finalidade específica, não se enquadrando no Código Penal, mas na lei antidrogas.

Lei de Organização Criminosa (dependendo do grau de sofisticação).

§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estrutu-


ralmente ordenada (hierarquia) e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informal-
mente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante
a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, OU
que sejam de caráter transnacional.

Exemplo: PCC e Comando Vermelho, sendo mais sofisticados.


• Crime plurissubjetivo ou de concurso necessário (duas ou mais pessoas).
• Especial fim de agir: art. 33, caput, §1º, e 34. É preciso que os agentes efetivamente
pratiquem esses crimes (é isso que distingue a associação do CP para o crime do
art. 35)?

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• Permanência e Estabilidade: Caderno 131, Tese 26 (STJ) – Para a caracterização do


crime de associação para o tráfico de drogas (art. 35, da Lei n. 11.343/2006) é impres-
cindível o dolo de se associar com estabilidade e permanência.
• Especial fim de agir: art. 33, caput, §1º, e 34.

Obs.: é indispensável que essa associação para o tráfico efetivamente pratique os crimes do
art. 33, caput, §1º, e 34, para se ter uma consumação de um crime de associação para
o tráfico? Não, porque a prática do art. 33, caput, §1º, e 34, é uma especial finalidade,
é o especial fim do agir. O crime se consuma no momento em que há a associação
dessas pessoas com um certo vínculo de estabilidade, com essa finalidade. Por mais
que esses crimes ainda não tenham sido praticados, se a associação tiver sido consti-
tuída com esse caráter de permanência e de estabilidade, já consumou o crime do art.
35. Então não é indispensável que os crimes de tráfico sejam praticados.
Obs.: se não há esse dolo de estabilidade e permanência, se é algo meramente eventual,
tem-se um concurso de pessoas, no máximo um concurso de pessoas para a prática
de crimes de tráfico, e não um crime autônomo de associação criminosa. Por isso que
o que diferencia os dois é esse dolo, elemento subjetivo relacionado à estabilidade e
à permanência.

• Possibilidade de concurso com o art. 33.

Obs.: o art. 33 não absorve o art. 35, e vice-versa. Existe a possibilidade de o sujeito respon-
der pelos dois artigos, porque tem bens jurídicos diversos sendo afetados, condutas
autônomas, de um lado a conduta do tráfico, e do outro lado a conduta de se associar
para traficar, são condutas com elementos subjetivos autônomos, existe a possibilida-
de de concurso, não há a consunção.

• Caderno 131, Tese 27 (STJ) – Para a configuração do crime de associação para o trá-
fico de drogas, previsto no art. 35 da Lei n. 11.343/2006, é irrelevante apreensão de
drogas na posse direta do agente (se você tiver elementos probatórios que demons-
trem a formação deste vínculo, desta associação, com dolo de permanência e estabili-
dade, se tem consumado o 35, já que é um crime formal).

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• Caderno 131, Tese 28 (STJ) – O crime de associação para o tráfico de entorpecentes


(art. 35 da Lei n. 11.343/2006) NÃO figura no rol taxativo de crimes hediondos ou de
delitos a eles equiparados (o 35 não é figura equiparada a crime hediondo).

DIRETO DO CONCURSO
2. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO /CONSULTOR LEGIS-
LATIVO ÁREA V/2014) O delito de associação para o tráfico é considerado crime hediondo
na legislação penal brasileira.

O STJ já se posicionou quanto a isso.

3. (CESPE/TJ-RO/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA/2012/ADAPTADA) O requi-


sito normativo indispensável à configuração do delito de associação para o tráfico consiste
na prática dos crimes previstos na legislação de drogas pela societas criminis, aplicando-
-se o mesmo requisito para a caracterização do crime de quadrilha ou bando.

O requisito normativo indispensável não é a prática de crimes, tanto é que pode nem ter
praticado crime de tráfico. O requisito indispensável é a associação com a ideia, com o
vínculo, o dolo de estabilidade e permanência.

11 Associação para o Financiamento ou Custeio do Tráfico (art. 35, Par.Único)

Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a prática
reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei (crime de financiamento ou custeio).

Obs.: enquanto no caput, do art. 35, está escrito “reiteradamente ou não”; no parágrafo único
está escrito “prática reiterada”, então se é uma associação para o financiamento ou
custeio, essa prática deve ser reiterada, não eventual.

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12 Financiamento ou Custeio do Tráfico (art. 36)

Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e §
1º, e 34 desta Lei.

Qual é a diferença entre financiar e custear? O indivíduo pode financiar a atividade, mas
não obter resultado diretamente dela, é como se fosse um resultado financeiro. Por exemplo,
quando a pessoa empresta dinheiro e obtém um valor maior do que o que ela emprestou, ou
quando ela faz uma aplicação financeira, de R$ 1000 e recebe depois R$ 1.200, então o finan-
ciamento tem mais a ver com o retorno financeiro. Já o custeio é um retorno da própria droga,
é o resultado de uma própria conduta de tráfico que vai gerar em virtude daquele momento,
daquele tráfico especificamente.
Por exemplo, no financiamento, se o indivíduo emprestou R$ 10 mil para um traficante,
esperando que ele pagasse depois de um tempo R$ 15 mil, não há interesse se ele vendeu
ou não a droga. No custeio, é o indivíduo que emprestou o dinheiro é que decide custear a
droga e, com a venda dessa droga, ele exige uma quantidade. Então, de um lado é o resultado
financeiro, do outro é o resultado da exploração do próprio tráfico.

Pena – reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000
(quatro mil) dias-multa.

• Financiamento x Custeio.
• Exceção pluralista à teoria monista (em tese, financiar ou custear, faria o indivíduo
responder por participação no crime de tráfico, todo mundo respondendo pelo mesmo
crime. Mas na exceção pluralista, o legislador colocou um dispositivo autônomo, a figura
de financiar ou custear, que seria considerado participação no concurso de pessoas).
• Estabilidade e Reiteração (porque se for algo meramente eventual, o indivíduo respon-
derá a título de concurso de pessoas, pelo art. 33).
• Financiamento Esporádico – art. 33 c/c art. 40, VII (o agente financiar ou custear a prá-
tica do crime) (em uma das majorantes do art. 40, que pode aumentar de 1/6 a 2/3 é o
de o agente financiar ou custear a prática do crime).
• Autofinanciamento – art. 33 c/c art. 40, VII.
O sujeito financia sua própria prática criminosa. Nesse caso, não é possível responder
pelo 36 (financiando a prática de outrem); existe a possibilidade de responder pelo 33
com a causa de aumento de pena do art. 40, que é financiar ou custear a prática do crime.

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• A doutrina considera como “equiparado a hediondo” (não tem jurisprudência).

Obs.: se a pessoa financia ou custeia apenas uma vez, algo esporádico, responderá pelo art.
33, mas se tem estabilidade e permanência desse custeio e financiamento, responde-
rá pelo art. 36.
Obs.: não tem como fazer a pessoa responder pelo art. 36 com essa causa de aumento,
porque seria bis in idem, porque o financiamento ou custeio já faz parte do próprio tipo
penal do art. 36. Então se a pessoa for responder pelo 36, a majorante não será colo-
cada, mas se for um financiamento esporádico, a pessoa responderá pelo 33 (crime
de tráfico) com a majorante, que, nessa conduta de traficância, passa por financiando
ou custeando, então será o 33 em conjunto com a majorante do art.40.

Caderno 131, Tese 30 (STJ) – O crime de financiar ou custear o tráfico ilícito de drogas
(art. 36 da Lei n. 11.343/2006) é delito autônomo aplicável ao agente que não tem partici-
pação direta na execução do tráfico, limitando-se a fornecer os recursos necessários para
subsidiar as infrações a que se referem os art. 33, caput e § 1º, e art. 34 da Lei de Drogas.
Caderno 131, Tese 17 (STJ) – O agente que atua diretamente na traficância e que
também financia ou custeia a aquisição de drogas deve responder pelo crime previsto no
art. 33, caput, da Lei n. 11.343/2006 com a incidência da causa de aumento de pena pre-
vista no art. 40, VII, da Lei n. 11.343/2006, afastando-se, por conseguinte, a conduta autô-
noma prevista no art. 36 da referida legislação.

DIRETO DO CONCURSO

4. (CESPE/2014/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO /CONSULTOR LE-


GISLATIVO ÁREA XXII) De acordo com o entendimento do STJ, aquele que importar e
vender substância entorpecente no mercado interno e utilizar os recursos assim arreca-
dados para financiar a própria atividade praticará os crimes de tráfico ilícito de drogas e
financiamento ao tráfico, em concurso material.

Não, pois ele praticará o crime de tráfico majorado com a majorante do art. 40, por isso a
questão está errada.

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13 Colaboração com o Tráfico (art. 37)


(também chamado pela doutrina de crime de tráfico de fogueteiro)

Art. 37. Colaborar, COMO INFORMANTE, com grupo, organização ou associação destinados à
prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei.
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos)
dias-multa.

• Na qualidade de INFORMANTE (verbalmente, por sinais, soltando pipas, fogos de arti-


fício etc.).
• Exceção pluralista à teoria monista.
• Distinção em relação ao art. 35.

Obs.: se o agente está informando, mas ele já faz parte da própria organização, ele não irá
responder pelo art. 37, mas pelo 35. Então é necessário que essa conduta seja algo
desvinculado da própria associação para o tráfico, se ele tiver alguma posição dentro
dessa associação não vai responder pelo crime do art. 37.

Caderno 131, Tese 31 (STJ) - O crime de colaboração com o tráfico, art. 37 da Lei n.
11.343/2006, é um tipo penal subsidiário em relação aos delitos dos arts. 33 e 35 da
referida lei e tem como destinatário o agente que colabora como informante, de forma espo-
rádica, eventual, sem vínculo efetivo, para o êxito da atividade de grupo, de associação ou
de organização criminosa destinados à prática de qualquer dos delitos previstos nos arts. 33,
caput e § 1º, e 34 da Lei de Drogas.
É possível que alguém seja condenado pelo art. 35 e, ao mesmo tempo, pelo art. 37, da
Lei de Drogas em concurso material, sob o argumento de que o réu era associado ao grupo
criminoso e que, além disso, atuava também como “olheiro”? NÃO. Segundo decidiu o STJ,
nesse caso, ele deverá responder apenas pelo crime do art. 35 (sem concurso material
com o art. 37). Considerar que o informante possa ser punido duplamente (pela associação e
pela colaboração com a própria associação da qual faça parte), contraria o princípio da subsi-
diariedade e revela indevido bis in idem, punindo-se, de forma extremamente severa, aquele
que exerce função que não pode ser entendida como a mais relevante na divisão de tarefas
do mundo do tráfico. STJ. 5ª Turma. HC 224849-RJ, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado
em 11/6/2013 (Info 527).

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DIRETO DO CONCURSO

5. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/AGENTE FEDERAL DA POLÍCIA FEDERAL/2009) É atípica,


por falta de previsão na legislação pertinente ao assunto, a conduta do agente que sim-
plesmente colabora, como informante, com grupo ou associação destinada ao tráfico ilícito
de entorpecentes.

Se ele simplesmente colabora como informante, essa conduta estará tipificada no art. 37.

6. (CESPE/TJ-RO/ANALISTA JUDICIÁRIO/ OFICIAL DE JUSTIÇA/2012/ADAPTADA) É puni-


do em tipo autônomo o agente que colaborar, como informante, com grupo, organização
ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos na Lei Antidrogas,
desde que a colaboração seja permanente e estável.

Muito cuidado com isso! O primeiro problema é que não é qualquer dos crimes, porque
o próprio tipo penal fala arts. 33, caput e § 1º, e 34. Outro problema é essa situação da
colaboração permanente e estável, porque se for assim, ele responderá provavelmente pelo
art. 35, e não pelo art. 37, e é por isso que a questão está errada.

GABARITO

1. C
2. E
3. E
4. E
5. E
6. E

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Diego Fontes.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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