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SIMULADO GERAL
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SIMULADO GERAL GRATUITO - QUESTÕES
AGE MINAS GERAIS
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2. Comporte-se como se estivesse em uma prova real: sem interrupções, sem consulta, sem acesso
a qualquer material que não seja sua caneta e sua água.
a) Assinale apenas uma alternativa correta ou deixe em branco, caso não queira responder.
b) Lembre-se que o tempo de preenchimento do gabarito está incluído no tempo total de prova.
6. Estamos tratando do nosso simulado com muito profissionalismo, por isso pedimos a todos(as)
que correspondam mutuamente a essa expectativa de seriedade.
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AGE MINAS GERAIS
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SIMULADO 1 – AGE/MG
DIREITO CONSTITUCIONAL
1 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
A – CORRETA. O poder constituinte originário é o poder de criar uma Constituição. É político,
porque é um poder fático, metajurídico ou pré-jurídico, pois faz nascer a ordem jurídica. É inicial,
pois rompe com qualquer ordenamento jurídico anterior, sendo dele independente – todo o
ordenamento jurídico surge a partir dele. Quanto à forma de ser exercido, é incondicionado,
porquanto não está sujeito a qualquer forma prefixada para manifestar sua vontade. É permanente,
pois não se esgota no momento de seu exercício (na elaboração da constituição), podendo se
manifestar novamente a qualquer momento (diz-se que ele está em estado de latência).
C – INCORRETA. É a que deve ser assinalada. A anistia a que se refere a assertiva está prevista
nos arts. 8º e 9º do ADCT. Trata-se de tentativa de reparar aqueles que foram vítimas de atos de
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E – CORRETA. São as cláusulas pétreas previstas no art. 60, §4º, da Constituição, que representam
limitações materiais ao poder constituinte derivado.
LETRA C
2 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
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COMENTÁRIO
Lei 9868/1999:
D – ERRADA. Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da
matéria e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a
prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da União e
do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo
diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação.
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LETRA B
3 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
No que diz respeito ao entendimento jurisprudencial acerca dos direitos e garantias fundamentais,
pode-se afirmar que:
a) A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da CF só é exigível dos filiados ao sindicato
respectivo.
b) A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art. 5º, XXXVI, da CF/88 é invocável pela entidade
estatal que a tenha editado.
c) A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal no curso do mandato não afasta a
inelegibilidade prevista no §7º do art. 14 da CF/88.
d) São nulas as provas obtidas por meio de requisição do Ministério Público de informações
bancárias de titularidade de prefeitura municipal para fins de apurar supostos crimes praticados
por agentes públicos contra a Administração Pública.
e) Para que seja publicada uma biografia não é necessária autorização prévia do indivíduo
biografado, sendo, contudo, necessária a autorização dos seus familiares retratados na obra.
COMENTÁRIO
A- CORRETA. Súmula Vinculante 40: A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da
CF/88, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo.
B- INCORRETA. Súmula 654, STF: A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art. 5º, XXXVI,
CF/88, não é invocável pela entidade estatal que a tenha editado.
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LETRA A
4 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
I. CORRETO. CF, Art. 5º, LXXII - conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de
informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de
entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se
prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
II. INCORRETO. Súmula 202 do STJ - A impetração de segurança por terceiro, contra ato judicial,
não se condiciona a interposição de recurso.
DIZER O DIREITO:
• Válida, mas com ressalvas.
• Não se aplica a súmula se o impetrante já tinha ciência do processo e já tinha postulado no feito
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IV. INCORRETO. Só a ADO prevê medida liminar para tal efeito (art. 12-F, § 1º da Lei nº 9.868/99)
MANDADO DE INJUNÇÃO - LIMINAR. Os pronunciamentos da Corte são reiterados sobre a
impossibilidade de se implementar liminar em mandado de injunção - Mandados de Injunção nºs
283, 542, 631, 636, 652 e 694, relatados pelos ministros Sepúlveda Pertence, Celso de Mello,
Ilmar Galvão, Maurício Corrêa, Ellen Gracie e por mim, respectivamente. AÇÃO CAUTELAR -
LIMINAR. Descabe o ajuizamento de ação cautelar para ter-se, relativamente a mandado de
injunção, a concessão de medida acauteladora. (AC 124 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO,
Tribunal Pleno, julgado em 23/09/2004, DJ 12-11-2004 PP-00006 EMENT VOL-02172-01 PP-
00001 RT v. 94, n. 832, 2005, p. 153-154 RJADCOAS v. 6, n. 63, 2005, p. 35-36)
LETRA A
5 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
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COMENTÁRIO
I. CORRETO. É inconstitucional lei estadual que estabelece regras para a cobrança em
estacionamento de veículos. (STF, Info 835/2016. ADI 4862/PR. 2016.)
II. INCORRETO. No que tange à repartição de competências, o federalismo dual caracteriza-se por
uma rígida separação das competências entre a entidade central e os demais entes federados, a
exemplo do que ocorre nos EUA. Os entes federados têm competências próprias, exercidas
rigidamente por cada um dos entes, independentemente daquelas conferidas aos demais, ou seja,
sem qualquer comunicação. Por outro lado, o federalismo cooperativo é caracterizado por uma
divisão não rígida de competências entre a entidade central e os demais entes federados, de modo
que todos exercem as competências de maneira conjunta, como é caso da federação brasileira, que
adota as competências comuns (art. 23, CF/88) e concorrentes (art. 24, CF/88).
III. INCORRETO. Lei editada por Estado-membro, que disponha sobre número máximo de alunos
em sala de aula na educação infantil, fundamental e média, não usurpa a competência da União
para legislar sobre normas gerais de educação (CF, art. 24, IX, e § 3°). (STF, Info 775/2015. ADI
4060.)
IV. INCORRETO. O federalismo cooperativo é caracterizado por uma divisão não rígida de
competências entre a entidade central e os demais entes federados, havendo uma maior
proximidade maior entre os entes federativos.
LETRA A
6 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
Com relação aos mecanismos de defesa da CF e das Constituições estaduais, julgue os itens a
seguir:
I. Ante a constatação de que determinada lei municipal contraria princípio de intervenção
(princípio sensível) presente tanto na CF como na Constituição estadual, o governador do
estado poderá ajuizar ação de controle abstrato de normas tanto em relação à CF, perante o
STF, como em relação à Constituição estadual, perante o respectivo tribunal de justiça.
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COMENTÁRIO
I. CORRETO. É possível que lei municipal seja objeto de ADPF (Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental) proposta perante o STF. Por meio da ADPF, será realizado o controle
abstrato de constitucionalidade da lei municipal, tendo como parâmetro a Constituição Federal de
1988. O Tribunal de Justiça tem competência para processar e julgar, originariamente, ADI de lei ou
ato normativo estadual ou municipal. Assim, será realizado o controle abstrato de
constitucionalidade da lei municipal, tendo como parâmetro a Constituição Estadual. Os legitimados
para propor as ações do controle abstrato de constitucionalidade perante o STF estão elencados no
art. 103, CF, dentre os quais está o Governador de Estado.
II. CORRETO. As hipóteses de intervenção do Estado em seus municípios estão previstas no art.
35, CF/88.
III. CORRETO. Há 2 (dois) tipos de veto: o veto jurídico e o veto político. O veto jurídico se dá quando
o Chefe do Poder Executivo considera que o projeto de lei é inconstitucional; por sua vez, o veto
político acontece quando o Chefe do Poder Executivo considera que o projeto de lei é contrário ao
interesse público. No veto jurídico, os Governadores e Prefeitos podem alegar que há
incompatibilidade entre o projeto de lei e a Constituição Federal. Em outras palavras, o fundamento
do veto jurídico realizado pelos Prefeitos e Governadores pode, sim, ter como parâmetro a
Constituição Federal.
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Letra C
7 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
I. CORRETO. “Cinge-se a controvérsia a saber se desembargador que responde pela prática, em
tese, de delito de lesão corporal tem ou não prerrogativa de foro. O crime que é imputado ao réu
não tem relação com o exercício do cargo, de modo que, a princípio, aplicando-se o precedente do
Supremo Tribunal Federal no julgamento da QO na AP 937, não teria o réu foro no Superior
Tribunal de Justiça. Porém, quanto aos membros da magistratura nacional, pode-se afirmar que as
razões subjacentes à norma constitucional que estabelece foro por prerrogativa de função vão além
daquela considerada pelo STF (a de que o titular da prerrogativa de foro possa exercer suas
funções de forma livre e independente). É que, em se tratando de acusado e de julgador, ambos,
membros da magistratura nacional, pode-se afirmar que a prerrogativa de foro não se justifica
apenas para que o acusado pudesse exercer suas atividades funcionais de forma livre e
independente, pois é preciso também que o julgador possa reunir as condições necessárias ao
desempenho de suas atividades judicantes de forma imparcial. Esta necessidade não se revela
como um privilégio do julgador ou do acusado, mas como uma condição para que se realize justiça
criminal. Ser julgado por juiz com duvidosa condição de se posicionar de forma imparcial, afinal,
violaria a pretensão de realização de justiça criminal de forma isonômica e republicana. A partir
desta forma de colocação do problema, pode-se argumentar que, caso desembargadores,
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DIZER O DIREITO:
• O STF, ao analisar o art. 102, I, da CF/88 decidiu restringir o foro por prerrogativa de função para
Deputados Federais e Senadores. Em seguida, restringiu também para Ministros de Estado. A partir
dessa restrição, tais autoridades somente poderão ter foro no STF em caso de crimes cometidos
durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas.
• Diante dessa decisão do STF, eu (STJ) também irei restringir o foro por prerrogativa de função
para as autoridades que estão listadas no art. 105, I, “a”, da CF/88, aplicando o mesmo raciocínio.
• O fato de a regra de competência estar prevista no texto constitucional (art. 105 da CF/88) não
pode representar óbice à análise, por este STJ, de sua própria competência, sob pena de se
inviabilizar, nos casos como o dos autos, o exercício deste poder-dever básico de todo órgão
julgador, impedindo o imprescindível exame deste importante pressuposto de admissibilidade do
provimento jurisdicional. Em palavras mais simples, a restrição da competência do art. 105 da
CF/88 passa por uma nova intepretação do texto constitucional. A função precípua de interpretação
à Constituição Federal é do STF. No entanto, eu (STJ), assim como todo e qualquer magistrado,
também tenho a prerrogativa de interpretar as normas jurídicas, inclusive a Constituição da
República.
• Além disso, todo juiz é competente para analisar a sua própria competência (“kompetenz-
kompetenz”), de forma que eu (STJ) posso interpretar o art. 105 da CF/88 para dizer se sou ou não
competente para julgar determinada autoridade, podendo, assim, adotar a mesma restrição
construída pelo STF.
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• O art. 105, I, “a”, da CF/88 consubstancia exceção à regra geral de competência, de modo que,
partindo-se do pressuposto de que a Constituição é una, sem regras contraditórias, deve ser
realizada a interpretação restritiva das exceções, com base na análise sistemática e teleológica da
norma.
• As mesmas razões fundamentais (a mesma ratio decidendi) que levaram o STF, ao interpretar o
art. 102, I, “b” e “c”, da CF/88, a restringir as hipóteses de foro por prerrogativa de função devem
ser também aplicadas ao art. 105, I, “a”.
• Assim, é de se conferir ao art. 105, I, “a”, da CF/88, o mesmo sentido e alcance atribuído pelo STF
ao art. 102, I, “b” e “c”, restringindo-se, desse modo, as hipóteses de foro por prerrogativa de função
perante o STJ àquelas em que o crime for praticado em razão e durante o exercício do cargo ou
função.
PORÉM
O Superior Tribunal de Justiça é o tribunal competente para o julgamento nas hipóteses em que,
não fosse a prerrogativa de foro (art. 105, I, da Constituição Federal), o desembargador acusado
houvesse de responder à ação penal perante juiz de primeiro grau vinculado ao mesmo tribunal.
Assim, mesmo que o crime cometido pelo Desembargador não esteja relacionado com as suas
funções, ele será julgado pelo STJ se a remessa para a 1ª instância significar que o réu seria julgado
por um juiz de primeiro grau vinculado ao mesmo tribunal que o Desembargador.
STJ. Corte Especial QO na APn 878-DF, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 21/11/2018
(Info 639).
É uma espécie de “exceção” ao entendimento do STJ que restringe o foro por prerrogativa de
função.
O STJ entendeu que haveria um risco à imparcialidade caso o juiz de 1º instância julgasse um
Desembargador (autoridade que, sob o aspecto administrativo, está em uma posição
hierarquicamente superior ao juiz).
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A Corte Especial do STJ, no julgamento da QO na APN 878/DF reconheceu sua competência para
julgar Desembargadores acusados da prática de crimes com ou sem relação ao cargo, não
identificando simetria com o precedente do STF. Naquela oportunidade, firmou-se a compreensão
de que se Desembargadores fossem julgados por Juízo de Primeiro Grau vinculado ao Tribunal ao
qual ambos pertencem, criar-se-ia, em alguma medida, um embaraço ao Juiz de carreira
responsável pelo julgamento do feito. Em resumo, o STJ apontou discrímen relativamente aos
magistrados para manter interpretação ampla quanto ao foro por prerrogativa de função, aplicável
para crimes com ou sem relação com o cargo, com fundamento na necessidade de o julgador
desempenhar suas atividades judicantes de forma imparcial.
II. CORRETO. “Em conclusão de julgamento, o Plenário, por maioria, julgou improcedente pedido
formulado em ação direta de inconstitucionalidade ajuizada contra a Lei 13.060/2014, que
disciplina o uso de instrumentos de menor potencial ofensivo por agentes de segurança pública
em todo o território nacional (Informativo 922).
Prevaleceu o voto do ministro Edson Fachin, que assinalou inexistir invasão da autonomia
estadual, porque a União detém competência legislativa sobre a matéria. Esclareceu que a norma
objetiva regular o uso de instrumentos de menor potencial ofensivo, medida atinente à garantia do
direito à vida, competência comum atribuída à União, aos estados-membros e aos municípios
[Constituição Federal (CF), art. 23, I (1)]. As obrigações dirigidas aos órgãos públicos apenas
explicitam a proteção de direito e expõem o que está no texto constitucional. Por força da cláusula
material de abertura (CF, art. 5º, § 2º), ninguém poderá ser arbitrariamente privado de sua vida
(Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, art. 6º).
Noutro passo, o ministro assentou a improcedência da alegada usurpação da iniciativa do Poder
Executivo. Embora haja, de fato, dever imposto a servidores daquele Poder, a situação comporta
especificidade. Destina-se de forma genérica e abrangente a todos os quadros integrantes do
serviço de segurança pública. Além disso, regulamentar o uso da força não é atribuição exclusiva
do Poder Executivo. Tal como as práticas médicas são autorizadas por lei, reguladas por conselhos
profissionais e se aplicam a todos os médicos, servidores ou não, a regulação do uso da força
destina-se à totalidade dos agentes do Estado, que detém esse monopólio.
A seu ver, sob a ótica material, não há que se falar em usurpação da competência própria dos
órgãos policiais para definir os melhores padrões de atuação policial. O ato normativo adversado
limita-se a colher obrigações que decorrem da proteção do direito à vida, entre as quais está a de
impedir que qualquer um seja arbitrariamente dela privado. A arbitrariedade é aferida
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III. CORRETO. “A Primeira Turma resolveu questão de ordem no sentido de autorizar seus ministros
a julgarem monocraticamente os pleitos extradicionais sempre que o próprio extraditando
manifeste expressamente, de modo livre e voluntário, com assistência técnico-jurídica de seu
advogado, concordância com o pedido de sua extradição, desde que não tenha cometido crime no
território nacional e se preenchidos os demais requisitos. Na sequência, deferiu pedido de
extradição formulado pelo Governo da China.
O colegiado registrou que a declaração expressa do extraditando é exigida quando a extradição é
voluntária [Lei 13.445/2017, art. 87 (1)]. Embora seja condição inapta a afastar o controle de
legalidade do pedido de extradição, a anuência possibilita a apreciação do pleito pelo relator.” (Ext
1564/DF, rel. Min. Luiz Fux, julgamento em 21.5.2019. (Ext-1564) (Informativo 941, Primeira
Turma)
IV. CORRETO. “A Segunda Turma, diante de empate na votação, concedeu a ordem de habeas
corpus para convolar a compulsoriedade de comparecimento em facultatividade e deixar a cargo
do paciente a decisão de comparecer, ou não, à Câmara dos Deputados, perante comissão
parlamentar de inquérito (CPI), para ser ouvido na condição de investigado.
Além disso, a Turma assegurou ao paciente, caso queira comparecer ao ato: a) o direito ao silêncio,
ou seja, a não responder perguntas a ele direcionadas; b) o direito à assistência por advogado
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LETRA E
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COMENTÁRIO
I. CORRETO. É o que dispõe o art. 61, §1º, inciso II, alínea “a”, da Constituição:
“Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão
da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da
República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da
República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
(...)
II - disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou
aumento de sua remuneração;”
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LETRA D
9 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
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II. CORRETO. A garantia da inamovibilidade é conferida pela CF apenas aos magistrados, aos
membros do Ministério Público e aos membros da Defensoria Pública, não podendo ser estendida
aos procuradores do Estado.
[ADI 291, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 7-4-2010, P, DJE de 10-9-2010.]
III. INCORRETO. Só não pode haver alteração se for compatível com a LDO. [ADPF 307 MC-REF,
rel. min. Dias Toffoli, j. 19-12-2013, P, DJE de 27-3-2014.]
DIZER O DIREITO :
IV. CORRETO. Art. 134, § 4º, CF- São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a
indivisibilidade e a independência funcional, aplicando-se também, no que couber, o disposto no
art. 93 e no inciso II do art. 96 desta Constituição Federal. (Incluído pela EC 80/2014)
LETRA C
10 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
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COMENTÁRIO
A- CORRETA. CE/MG, Art. 4º – O Estado assegura, no seu território e nos limites de sua
competência, os direitos e garantias fundamentais que a Constituição da República confere aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País.
§ 1º – Incide na penalidade de destituição de mandato administrativo ou de cargo ou função de
direção, em órgão da administração direta ou entidade da administração indireta, o agente público
que deixar injustificadamente de sanar, dentro de noventa dias da data do requerimento do
interessado, omissão que inviabilize o exercício de direito constitucional.
B- CORRETA. Art. 7º – São símbolos do Estado a bandeira, o hino e o brasão, definidos em lei.
LETRA C
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DIREITO ADMINISTRATIVO
11 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
Sobre a organização administrativa dos entes públicos, com base na jurisprudência dos tribunais
superiores, julgue os itens a seguir:
I. É constitucional norma de Constituição Estadual que exija prévia arguição e aprovação da
Assembleia Legislativa para que o Governador do Estado nomeie os dirigentes das autarquias e
fundações públicas.
II. É inconstitucional norma de Constituição Estadual que exija prévia arguição e aprovação da
Assembleia Legislativa para que o Governador do Estado nomeie os titulares da Procuradoria-Geral
do Estado.
III. É constitucional a suspensão realizada por conselho de fiscalização profissional do exercício
laboral de seus inscritos por inadimplência de anuidades.
IV. Recentemente, o STF entendeu que as anuidades cobradas pelos conselhos profissionais não se
caracterizam como tributos.
COMENTÁRIO
I. INCORRETO. É inconstitucional norma de Constituição Estadual que exija prévia arguição e
aprovação da Assembleia Legislativa para que o Governador do Estado nomeie os dirigentes das
autarquias e fundações públicas, os presidentes das empresas de economia mista e assemelhados,
os interventores de Municípios, bem como os titulares da Defensoria Pública e da Procuradoria-
Geral do Estado. STF. Plenário. ADI 2167/RR, rel. orig. Min. Ricardo Lewandowski, red. p/ o ac. Min.
Alexandre de Moraes, julgado em 3/6/2020 (Info 980).
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IV. INCORRETO. A anuidade cobrada pela OAB possui natureza tributária? Os Tribunais Superiores
divergem sobre o tema: STJ: NÃO. Os créditos decorrentes da relação jurídica travada entre a OAB
e os advogados não compõem o erário e, consequentemente, não têm natureza tributária. STJ. 1ª
Turma. REsp 1574642/SC, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 16/02/2016. STF: SIM As anuidades
cobradas pelos conselhos profissionais caracterizam-se como tributos da espécie contribuições de
interesse das categorias profissionais, nos termos do art. 149 da Constituição da República. STF.
Plenário. RE 647885, Rel. Edson Fachin, julgado em 27/04/2020.
Depois do julgado acima, a Lei nº 14.195/2021 inseriu o parágrafo único ao art. 4º da Lei nº
12.514/2011 prevendo expressamente que não é possível a suspensão do exercício profissional
em razão do inadimplemento de anuidades devidas à entidade de classe:
Art. 4º (...) Parágrafo único. O inadimplemento ou o atraso no pagamento das anuidades previstas
no inciso II do caput deste artigo não ensejará a suspensão do registro ou o impedimento de
exercício da profissão.
LETRA B
12 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
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C – CORRETA.
Fontes imediatas ou diretas: têm força suficiente para a produção de normas jurídicas. Exemplo:
lei e costumes.
Fontes mediatas ou indiretas: não têm força suficiente para a produção de normas jurídicas, mas
condicionam ou influenciam essa produção. Exemplo: doutrina e jurisprudência.
Curso de Direito Administrativo – Rafael Carvalho Rezende Oliveira – 2017.
D- CORRETA.
LEGALIDADE
PRINCÍPIOS IMPESSOALIDADE
CONSTITUCIONAIS MORALIDADE
EXPRESSOS PUBLICIDADE
EFICIÊNCIA
RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE
OUTROS PRINCÍPIOS AUTOTUTELA
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE
MOTIVAÇÃO
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ATENÇÃO!
Para Celso Antônio Bandeira de Mello, o princípio da legalidade pode sofrer restrições
excepcionais, admitida pela própria Constituição, em caso de:
medida provisória
decretação do estado de defesa e do estado de sítio.
E – ERRADA. O princípio da eficiência foi inserido no texto constitucional pela EC 19/98. Exige que
a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional. Sua
aplicação orienta e serve de fundamento para a construção de uma administração pública gerencial,
que se sucedeu ao paradigma da administração burocrática.
LETRA E
13 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
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COMENTÁRIO
A- INCORRETA. Embora, via de regra, seja discricionário, o poder de polícia pode ser vinculado,
segundo o entendimento doutrinário, a exemplo da concessão de licença para construção.
E- INCORRETA. Compete à União (Súmula 19 do STJ), como ressalva à Súmula Vinculante 38, por
se tratar de interesse nacional.
Súmula Vinculante 38: É competente o município para fixar o horário de funcionamento de
estabelecimento comercial.
LETRA D
14 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
A – ERRADA. A Administração Pública indireta compreende as entidades administrativas que
exercem funções administrativas, a partir da descentralização legal, e que estão vinculadas ao
respectivo Ente Federativo.
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B – ERRADA.
A doutrina apresenta três modalidades de descentralização:
DESCENTRALIZAÇÃO TERRITORIAL OU Quando se atribui à entidade local,
GEOGRÁFICA geograficamente delimitada, personalidade
jurídica de direito público, com capacidade
administrativa genérica. Ex: territórios federais
(não existem atualmente).
O Poder Público cria uma nova Pessoa Jurídica,
de direto público ou de direito privado, que
DESCENTRALIZAÇÃO POR SERVIÇOS, recebe a titularidade e a execução de serviços
FUNCIONAL OU TÉCNICA públicos. Ex: autarquias, estatais e fundações.
Também é chamada de OUTORGA.
É feita por meio de LEI.
A transferência da execução da atividade
DESCENTRALIZAÇÃO POR ocorre por meio de contrato ou ato
COLABORAÇÃO administrativo unilateral para pessoa jurídica
de direito privado, previamente existente,
permanecendo o Poder Público com a
titularidade do serviço. Ex: concessão e
permissão de serviço público.
Também é chamada de DELEGAÇÃO.
É feita por meio de CONTRATO ou ATO
ADMINISTRATIVO.
C – CORRETA.
As agências reguladoras são inspiradas no modelo norte-americano, em que as agências desfrutam
de ampla independência no exercício de suas atribuições. Têm natureza jurídica de autarquia
especial, pois desfrutam de regime especial e mandato fixo para seus dirigentes. As agências
reguladoras possuem natureza técnica, e suas decisões não se submetem à revisão de outro órgão
integrante do Poder Executivo, mas apenas ao controle de legitimidade exercido pelo Poder
Judiciário. A função regulatória das agências reguladoras é a competência para expedirem normas
com o intuito de regularem a prestação, a fiscalização e a fruição dos serviços públicos.
RELACIONADO AO TEMA:
As agências executivas são as autarquias ou fundações públicas, assim qualificadas por ato do
chefe do executivo, o que permite a celebração, com o ministério supervisor, de um contrato de
gestão, passando a gozar de maiores privilégios. Visa a assegurar maior eficiência no desempenho
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D – ERRADA.
E – ERRADA.
Direito Administrativo. Vol.9. Fernando F. Baltar Neto e Ronny Charles L. Torres. 2018.
RESPOSTA: C
15 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
A- CORRETA. CE/MG, art. 13 – A atividade de administração pública dos Poderes do Estado
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C- CORRETA. CE/MG, art. 14, § 3º – É facultado ao Estado criar órgão, dotado de autonomia
financeira e administrativa, segundo a lei, sob a denominação de órgão autônomo.
E- CORRETA. CE/MG, art. 18, § 3º – Os bens do patrimônio estadual devem ser cadastrados,
zelados e tecnicamente identificados, especialmente as edificações de interesse administrativo, as
terras públicas e a documentação dos serviços públicos. (Vide Lei nº 11.020, de 8/1/1993.)
LETRA D
16 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
De acordo com jurisprudência dos Tribunais Superiores, julgue os itens abaixo cerca do exercício do
poder de autotutela da Administração Pública:
I. Não é possível a anulação do ato de anistia pela administração pública quando já decorrido o prazo
decadencial contido na Lei nº 9.784/1999.
II. O decurso do lapso temporal de 5 (cinco) anos não é causa impeditiva bastante para inibir a
Administração Pública de revisar determinado ato, haja vista que a ressalva da parte final da cabeça
do art. 54 da Lei nº 9.784/99 autoriza a anulação do ato a qualquer tempo, uma vez demonstrada, no
âmbito do procedimento administrativo, com observância do devido processo legal, a má-fé do
beneficiário.
III. Ainda que determinado ato da Administração Pública seja flagrantemente inconstitucional, para
que haja a sua anulação deve-se observar o prazo decadencial previsto no art. 54 da Lei nº 9.784/99.
IV. A administração pública não pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
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COMENTÁRIO
I. INCORRETO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA.
ANULAÇÃO DE ANISTIA. DECADÊNCIA. INEXISTÊNCIA. REVISÃO DE ENTENDIMENTO DO STJ.
APLICAÇÃO DA ORIENTAÇÃO FIRMADA PELO STF SOB O REGIME DA REPERCUSSÃO GERAL.
TEMA 839/STF. SEGURANÇA DENEGADA.
1. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 817.338, submetido ao rito da repercussão
geral, definiu a tese segundo a qual, "no exercício do seu poder de autotutela, poderá a
Administração Pública rever os atos de concessão de anistia a cabos da Aeronáutica com
fundamento na Portaria n. 1.104/1964, quando se comprovar a ausência de ato com motivação
exclusivamente política, assegurando-se ao anistiado, em procedimento administrativo, o devido
processo legal e a não devolução das verbas já recebidas" (Tema 839/STF).
2. De acordo com a orientação do Pretório Excelso, ocorrendo violação direta do art. 8º da ADCT, é
possível a anulação do ato de anistia pela administração pública, mesmo quando decorrido o prazo
decadencial contido na Lei N. 9.784/1999.
3. No caso, a impetração procura demonstrar a decadência administrativa para o processo de
revisão da anistia e a necessidade de ser observado o princípio da segurança jurídica. A inicial não
traz argumentação específica no tocante à existência de vício do processo administrativo instaurado
em relação ao impetrante, o que impossibilita, na presente seara, o avanço sobre a existência ou
não de violação do princípio do devido processo legal.
4. Segurança denegada.
(MS 19.070/DF, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, Rel. p/ Acórdão Ministro OG
FERNANDES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/02/2020, DJe 27/03/2020)
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LETRA A
17 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
De acordo com a Lei 14.133/2021 (Nova Lei de Licitações), assinale a alternativa que traz a sequência
de fases correta do processo licitatório:
a) preparatória, de divulgação do edital de licitação, de apresentação de propostas e lances, quando
for o caso, de julgamento, de habilitação, recursal e de homologação.
b) de divulgação do edital de licitação, preparatória, de apresentação de propostas e lances, quando
for o caso, de julgamento, de habilitação, recursal e de homologação.
c) preparatória, de divulgação do edital de licitação, de apresentação de propostas e lances, quando
for o caso, de julgamento, de habilitação, de homologação e recursal.
d) de divulgação do edital de licitação, preparatória, de apresentação de propostas e lances, quando
for o caso, de habilitação, de julgamento, recursal e de homologação.
e) preparatória, de divulgação do edital de licitação, de apresentação de propostas e lances, quando
for o caso, de habilitação, de julgamento, de homologação e recursal.
COMENTÁRIO
A- CORRETA.
Lei 14.133/2021. Art. 17. O processo de licitação observará as seguintes fases, em sequência:
I - preparatória;
II - de divulgação do edital de licitação;
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B, C, D, E - INCORRETAS.
Lei 14.133/2021. Vide letra A.
LETRA A
18 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
A - INCORRETA. CF/ 88, Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido
com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
(...)
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e
mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
B - INCORRETA. Lei 14.133/2021, Art. 8º. A licitação será conduzida por agente de contratação,
pessoa designada pela autoridade competente, entre servidores efetivos ou empregados
públicos dos quadros permanentes da Administração Pública, para tomar decisões, acompanhar
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DIZER O DIREITO:
Essa regra do inciso XI que diz que o teto dos Procuradores é o do Poder Judiciário, aplica-se
também aos Procuradores do Município?
A interpretação puramente literal não resolve a dúvida, havendo argumentos para as duas
soluções:
• Argumento favorável à aplicação aos Procuradores do Município: o fato de o inciso XI utilizar uma
expressão genérica “Procuradores”, não restringindo aos Procuradores do Estado e do DF.
• Argumento contrário: o fato de essa regra estar na parte em que o inciso está tratando do teto
nos Estados-membros.
Diante dessa polêmica, o STF foi chamado a dar a resposta ao tema. O que decidiu a Corte? Essa
regra do inciso XI que diz que o teto dos Procuradores é o do Poder Judiciário, aplica-se também
aos Procuradores do Município?
SIM.
A expressão “Procuradores”, contida na parte final do inciso XI do art. 37 da Constituição da
República, compreende os procuradores municipais, uma vez que estes se inserem nas funções
essenciais à Justiça, estando, portanto, submetidos ao teto de noventa inteiros e vinte e cinco
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
STF. Plenário. RE 663696/MG, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 28/2/2019 (Info 932).
O termo “Procuradores”, na axiologia do STF, engloba:
• os Procuradores do Estado e do DF;
• os procuradores autárquicos (que ainda existam validamente);
• assim como os procuradores municipais.
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Essa decisão do STF significa que os Procuradores do Município devem receber, obrigatoriamente,
90,25% do subsídio mensal, em espécie, dos ministros do STF?
NÃO. O constituinte não obriga que os Municípios estipulem como subsídio dos Procuradores do
Município o valor de 90,25% do subsídio mensal, em espécie, dos ministros do STF. Trata-se de
um teto (e não de um piso).
Logo, talvez, em Municípios pequenos do interior do Estado, com baixa arrecadação, esse valor seja
alto, o que não se verifica, por outro lado, em grandes capitais.
A definição do subsídio dos Procuradores Municipais é feita por meio de lei cujo projeto é de
iniciativa privativa do Prefeito, nos termos do art. 61, §1º, II, “c”, da CF/88.
Dessa forma, cabe ao Prefeito avaliar politicamente, diante das circunstâncias orçamentárias e da
sua política de recursos humanos, a conveniência de permitir que um procurador de município
receba mais do que o chefe do Poder Executivo municipal.
Tabela atualizada
Diante dessa importante decisão do STF, podemos atualizar a tabela do teto remuneratório:
Teto NACIONAL: subsídio dos Ministros do STF
Ninguém poderá receber acima desse valor; as Constituições estaduais e leis orgânicas
podem fixar subtetos para Estados/DF e Municípios; tais subtetos também deverão
respeitar o teto nacional.
Subteto Subteto nos
Subteto nos Estados/DF
na União Municípios
Subsídio Existem duas opções: Subsídio do
dos Opção 1 (subtetos diferentes para cada um dos Poderes): Prefeito
Ministros Executivo: subsídio do Governador.
do STF Legislativo: subsídio dos Deputados Estaduais. Obs: os
procu-
radores
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LETRA E
19 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
Alternativa “a” e “e” incorretas.
Aplica-se o princípio da função social da propriedade, em grau diferenciado, em relação aos bens
dominicais. Esse entendimento surgiu a partir do reconhecimento do STJ de que é possível o manejo
de interditos possessórios em litígio entre particulares sobre bem público dominical.
RECURSO ESPECIAL. POSSE. DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. BEM PÚBLICO DOMINICAL.
LITÍGIO ENTRE PARTICULARES. INTERDITO POSSESSÓRIO. POSSIBILIDADE. FUNÇÃO SOCIAL.
OCORRÊNCIA.
1. Na ocupação de bem público, duas situações devem ter tratamentos distintos: i) aquela em que
o particular invade imóvel público e almeja proteção possessória ou indenização/retenção em face
do ente estatal e ii) as contendas possessórias entre particulares no tocante a imóvel situado em
terras públicas.
2. A posse deve ser protegida como um fim em si mesma, exercendo o particular o poder fático
sobre a res e garantindo sua função social, sendo que o critério para aferir se há posse ou detenção
não é o estrutural e sim o funcional. É a afetação do bem a uma finalidade pública que dirá se pode
ou não ser objeto de atos possessórias por um particular.
3. A jurisprudência do STJ é sedimentada no sentido de que o particular tem apenas detenção em
relação ao Poder Público, não se cogitando de proteção possessória.
4. É possível o manejo de interditos possessórios em litígio entre particulares sobre bem público
dominical, pois entre ambos a disputa será relativa à posse.
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Impende registrar que a aplicação do princípio da função social da propriedade sobre o domínio
público e sobre a partícula é diferente, pois aquele possui características que mitigam a aplicação
(inalienabilidade, impenhorabilidade, imprescritibilidade e não onerabilidade).
Alternativa “b” incorreta porque, como visto acima, há exceção à regra de impenhorabilidade dos
bens públicos (CF, art. 100, §6º), razão pela qual não é absoluta.
Portanto, embora os bens públicos realmente sejam impenhoráveis, é possível, nas restritas
hipóteses constitucionalmente previstas, ocorrer o sequestro de dinheiro público necessário à
satisfação de dívidas constantes de precatórios judiciais (Alexandrino, Marcelo. Paulo, Vicente.
Direito Administrativo Descomplicado, pg. 1007-1008, 2014).
Alternativa “d” incorreta, porque os bens municipais precedidos de concessão mediante contrato
de direito público, de forma remunerada ou gratuita ou a título e direito resolúvel, não são "bens
de domínio público" "afetados" a uma "destinação específica", mas sim bens públicos de uso
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Bens dominicais são os que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como
objeto de direito pessoal ou real de cada uma dessas entidades. São todos aqueles que não têm
uma destinação pública definida, que podem ser utilizados pelo Estado para fazer renda. Enfim,
todos os bens que não se enquadram como de uso comum do povo ou de uso especial são bens
dominicais. Exemplos de bens dominicais: as terras devolutas e todas as terras que não possuem
uma destinação pública específica; os terrenos de marinha; os prédios públicos desativados; os
móveis inservíveis; a dívida ativa, etc.
LETRA C
20 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
I. CORRETO. O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e registradores oficiais
que, no exercício de suas funções, causem dano a terceiros, assentado o dever de regresso contra
o responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de improbidade administrativa. O Estado
possui responsabilidade civil direta, primária e objetiva pelos danos que notários e oficiais de
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II. CORRETO. O STF decidiu que a responsabilização objetiva do Estado em caso de morte de
detento somente ocorre quando houver inobservância do dever específico de proteção previsto no
art. 5º, inciso XLIX, da Constituição Federal (RE 841526/RS). Não haverá responsabilidade civil do
Estado se o Tribunal de origem, com base nas provas apresentadas, decide que não se comprovou
que a morte do detento foi decorrente da omissão do Poder Público e que o Estado não tinha como
montar vigilância a fim de impedir que o preso ceifasse sua própria vida. Tendo o acórdão do
Tribunal de origem consignado expressamente que ficou comprovada causa impeditiva da atuação
estatal protetiva do detento, rompeu-se o nexo de causalidade entre a suposta omissão do Poder
Público e o resultado danoso. STJ. 2ª Turma. REsp 1305259/SC, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, julgado em 08/02/2018.
DIZER O DIREITO:
Qual o termo inicial do prazo prescricional? A partir de quando se inicia essa contagem?
A partir da data do deferimento da aposentadoria.
O termo inicial do prazo prescricional para ajuizamento da ação de indenização contra o Estado em
razão da demora na concessão da aposentadoria conta-se a partir do seu deferimento.
STJ. 1ª Turma. REsp 1.840.570-RS, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 16/11/2021 (Info
720).
O termo inicial do prazo prescricional para o ajuizamento de ação de indenização contra ato do
Estado ocorre no momento em que constatada a lesão e os seus efeitos, ou seja, a partir do
deferimento do pedido voluntário de aposentaria do servidor, conforme o princípio da actio nata.
APROFUNDANDO
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O Tribunal de Contas possui um prazo para o julgamento da legalidade do ato de concessão inicial
de aposentadoria, reforma ou pensão?
SIM. O prazo é de 5 anos, contados do dia em que o processo chega ao Tribunal de Contas:
O termo inicial do prazo prescricional para ajuizamento da ação de indenização contra o Estado em
razão da demora na análise do pedido é contado a partir da data da concessão inicial da
aposentadoria ou somente se inicia quando o Tribunal de Contas faz o registro do ato?
Com a concessão inicial da aposentadoria.
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LETRA D
21 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
Todas as citações abaixo são provenientes do Manual de Direito Tributário de Ricardo Alexandre.
A – INCORRETA. “O tributo possui finalidade parafiscal quando a lei tributária nomeia sujeito ativo
diverso da pessoa que a expediu, atribuindo-lhe a disponibilidade dos recursos arrecadados para
o implemento de seus objetivos.”
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São reais os tributos que, em sua incidência, não levam em consideração aspectos pessoais,
subjetivos. Eles incidem objetivamente sobre coisas. A título de exemplo, se "X” e "B" possuem
veículos idênticos, devem pagar o mesmo valor de IPVA, independentemente das respectivas
características pessoais, pois o imposto somente leva em consideração a coisa e não a pessoa.
Em contrapartida, são pessoais os tributos que incidem de forma subjetiva, considerando os
aspectos pessoais do contribuinte. Nessa linha de raciocínio, o imposto de renda é pessoal, pois
sua incidência leva em consideração características pessoais do sujeito passivo, como a quantidade
de dependentes, e os gastos com saúde, educação, previdência social etc.
D – CORRETA. São indiretos os tributos que, em virtude de sua configuração jurídica, permitem
translação do seu encargo econômico-financeiro para uma pessoa diferente daquela definida em
lei como sujeito passivo.
A definição aqui exposta inclui apenas os tributos que já foram tecnicamente concebidos como
aptos à transferência do encargo, visto que sob o ponto de vista econômico a translação se verifica
em praticamente todo tributo.
São diretos os tributos que não permitem tal translação, de forma que a pessoa definida em lei
como sujeito passivo é a mesma que sofre o impacto econômico-financeiro do tributo.
São tributos privativos aqueles em que a Constituição Federal defere a determinado ente político
competência exclusiva para sua instituição, não sendo possível delegação, quer expressa, quer
tácita.
LETRA D
22 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
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COMENTÁRIO
A – CORRETA. Segundo Eduardo Sabbag (Manual de Direito Tributário, 2017, p. 960), “são
elementos da obrigação tributária: o sujeito ativo (arts. 119 e 120, CTN), o sujeito passivo (arts.
121 a 123, CTN), o objeto (art. 113, CTN) e a causa (arts. 114 e 115, CTN)”.
B – CORRETA. CTN – Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
C – INCORRETA. CTN – Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público,
titular da competência para exigir o seu cumprimento.
E – CORRETA. Para Eduardo Sabbag (Manual de Direito Tributário, 2017, p. 963), “a solidariedade
tributária não comporta benefício de ordem, podendo o Estado escolher que um dos codevedores
responda pelo cumprimento total da obrigação tributária, não observando qualquer ordem de
vocação. Assim, não fica o Fisco adstrito a uma ordem de preferência, cobrando inicialmente de um
para, depois, fazê-lo com relação a outro devedor solidário, sendo defeso a estes, destinatários da
solidariedade tributária, invocar o “benefício de ordem”, como ocorre em determinadas situações
regidas pelo Direito Civil”.
Também, o art. 124, III, do CTN: São solidariamente obrigadas:
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação
principal;
II - as pessoas expressamente designadas por lei.
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.
LETRA C
23 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
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COMENTÁRIO
A - ERRADA. CTN, art. 156. Extinguem o crédito tributário: V - a prescrição e a decadência.
B - ERRADA. CTN, art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos,
contados da data da sua constituição definitiva.
C - ERRADA. CTN, art. 150, § 1º. O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo
extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento.
LETRA D
24 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
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COMENTÁRIO
A – CTN - Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu
começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário
regularmente inscrito como dívida ativa. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)
DIZER O DIREITO:
O art. 185-A do CTN prevê a possibilidade de ser decretada a indisponibilidade dos bens e direitos
do devedor tributário na execução fiscal.
Vale ressaltar, no entanto, que a indisponibilidade de que trata o art. 185-A do CTN só pode ser
decretada se forem preenchidos três requisitos:
1) deve ter havido prévia citação do devedor;
2) o executado deve não ter pago a dívida nem apresentado bens à penhora no prazo legal;
3) não terem sido localizados bens penhoráveis do executado mesmo após a Fazenda Pública
esgotar as diligências nesse sentido.
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DIZER O DIREITO:
Segundo explica o Min. Mauro Campbell Marques ao comentar a origem da súmula, “o sócio-
gerente tem o dever de manter atualizados os registros empresariais e comerciais, em especial
quanto à localização da empresa e a sua dissolução. Ocorre aí uma presunção da ocorrência de
ilícito. Este ilícito é justamente a não obediência ao rito próprio para a dissolução empresarial (...)”
(REsp 1.371.128-RS).
Vale ressaltar que a própria Fazenda Nacional aceita esse entendimento, conforme se percebe pelo
art. 2º, parágrafo único, da Portaria PGFN nº 180/2010, alterada pela Portaria PGFN nº 713/2011:
Art. 2º (...)
Parágrafo único. Na hipótese de dissolução irregular da pessoa jurídica, deverão ser considerados
responsáveis solidários:
I - os sócios-gerentes e os terceiros não sócios com poderes de gerência à época da dissolução
irregular;
II - os sócios-gerentes e os terceiros não sócios com poderes de gerência à época da dissolução
irregular, bem como os à época do fato gerador, quando comprovado que a saída destes da pessoa
jurídica é fraudulenta.
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E – Lei 6.830/80 – Art. 16 - O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados:
I - do depósito;
II - da juntada da prova da fiança bancária;
II - da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro garantia; (Redação dada pela Lei nº 13.043,
de 2014)
III - da intimação da penhora.
LETRA D
25 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
A – CTN – Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito
tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a
ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular
o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da
penalidade cabível.
C – Segundo Eduardo Sabbag (Manual de Direito Tributário, 2017, p. 1088), “(...) é defensável a
natureza jurídica mista ou dúplice para o lançamento, isto é, constitutiva do crédito tributário e
declaratória da obrigação tributária”.
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E - CTN - Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e
rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
LETRA D
26 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
A – ERRADO.
Art. 167. São vedados:
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual.
B – ERRADO.
Art. 167. São vedados:
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais;
C – ERRADO.
Art. 167. São vedados:
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa;
D – ERRADO.
Art. 167. São vedados:
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem
indicação dos recursos correspondentes;
52
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LETRA E
27 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
A - ERRADO. Os gastos com inativos e pensionistas são classificados como transferências
correntes, consoante classificação estabelecida no art. 13 da Lei nº 4.320/64, uma vez que não
geram contraprestação em favor do Estado.
C - ERRADO. Art. 60, § 1º, da Lei nº 4.320/64: É vedada a realização de despesa sem prévio
empenho.
§ 1º Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da nota de
empenho.
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Assim, o empenho global é utilizado para despesas com valores definidos, mas que serão pagos
de modo parcelado. É dizer, o empenho abrange todo o exercício, mas o pagamento ocorre mês a
mês, a exemplo dos aluguéis. Por outro lado, quando não se puder determinar o valor, como, por
exemplo, nas contas de água e luz, far-se-á o empenho por estimativa.
LETRA D
28 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
A - ERRADO. "Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras concessão de
subvenções sociais visará a prestação de serviços essenciais de assistência social, médica e
educacional, sempre que a suplementação de recursos de origem privada aplicados a esses
objetivos, revelar-se mais econômica." (Art. 16 da Lei nº 4.320/64).
C - ERRADO. "A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza
autárquica ou não, far-se-á mediante subvenções econômicas expressamente incluídas nas
despesas correntes do orçamento da União, do Estado, do Município ou do Distrito Federal." (Art.
18, caput, da Lei nº 4.320/64).
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E - ERRADO. "A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, a empresa
de fins lucrativos, salvo quando se tratar de subvenções cuja concessão tenha sido expressamente
autorizada em lei especial." (Art. 19 da Lei nº 4.320/64).
LETRA B
29 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
Todas as afirmativas estão corretas, conforme art. 17, § 1o e § 7º, da Lei Complementar n° 101,
de 4 de maio de 2000.
I. CORRETO.
Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000.
Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei,
medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de
sua execução por um período superior a dois exercícios. (Vide ADI 6357)
II. CORRETO.
Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000.
Art. 17, § 7o Considera-se aumento de despesa a prorrogação daquela criada por prazo
determinado.
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III. CORRETO.
Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000.
Art. 17, § 1o Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata o caput deverão ser
instruídos com a estimativa prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos recursos
para seu custeio. (Vide Lei Complementar nº 176, de 2020)
LETRA D
30 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
A. CORRETA. Essa atividade não pode ser enquadrada no conceito de ação social da Lei
10.522/02.
B. CORRETA. O art. 11 da Lei 4320/64 classifica as receitas de capital, nelas incluídas as
operações de crédito. Perceba, ainda, que as multas tributárias não são consideradas receitas
tributárias para a lei 4320.
C. INCORRETA. Os fundos são exceção ao princípio da especificação, que diz que as despesas
devem ser individualizadas ao máximo, a fim de que não haja dotação genérica. O fundo não tem
as suas despesas especificadas na conformidade do orçamento. Quanto ao princípio da unidade
da tesouraria, todas as receitas são levadas ao tesouro e após são utilizados no orçamento. Como
fundo tem-se a individualização prévia da receita, que nem chega a ser levada ao caixa geral para
sua utilização.
D. CORRETA. É a redação do art. 9º da LRF.
E. CORRETA. É a dicção legal do art. 58 da Lei 4320/64.
LETRA C
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31 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
a) Ao Estado compete instituir imposto sobre contribuição de seus servidores, ativos e inativos, bem
como de seus pensionistas, para custeio de regime próprio de previdência, sendo que a alíquota de
tal contribuição não poderá ser inferior à alíquota da contribuição dos servidores titulares de cargos
efetivos da União, exceto se demonstrado que o respectivo regime próprio de previdência social não
possui déficit atuarial, nem, em nenhuma hipótese, inferior às alíquotas aplicáveis ao regime geral de
previdência social;
b) A saída de carvão vegetal será acobertada por documento fiscal emitido no Município produtor e,
ainda que destinada a industrialização neste Estado, o imposto não poderá ser diferido.
c) A microempresa, assim definida em lei, gozará de isenção do Imposto sobre Operações Relativas
à Circulação de Mercadorias para destinatário localizado neste ou em outro Estado e sobre Prestações
de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.
d) É vedada a retenção ou a restrição à entrega ou ao emprego dos recursos atribuídos aos Municípios,
não estando impedido o Estado de condicionar a entrega de recursos ao pagamento de seus créditos,
inclusive de suas autarquias.
e) O plano plurianual e os programas estaduais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição
serão elaborados em consonância com o Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado e submetidos
à apreciação da Assembleia Legislativa.
COMENTÁRIO
A - CORRETO. CE/MG, Art. 144 – Ao Estado compete instituir:
I – imposto sobre:
(...)
IV – contribuição de seus servidores, ativos e inativos, bem como de seus pensionistas, para custeio
de regime próprio de previdência;
(Inciso com redação dada pelo art. 4º da Emenda à Constituição nº 104, de 14/9/2020.)
(Inciso acrescentado pelo art. 39 da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.)
(...)
§ 4º – A alíquota da contribuição a que se refere o inciso IV do caput não poderá ser inferior à
alíquota da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União, exceto se
demonstrado que o respectivo regime próprio de previdência social não possui déficit atuarial, nem,
em nenhuma hipótese, inferior às alíquotas aplicáveis ao regime geral de previdência social.
(Parágrafo acrescentado pelo art. 4º da Emenda à Constituição nº 104, de 14/9/2020.)
B - INCORRETO. Art. 147 – A saída de carvão vegetal será acobertada por documento fiscal
emitido no Município produtor e, quando destinada a industrialização neste Estado, seu imposto
poderá ser diferido.
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E - CORRETO. Art. 154 – A lei que instituir o plano plurianual de ação governamental estabelecerá,
de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública para as despesas
de capital e outras delas decorrentes e para as relativas a programas de duração continuada.
Parágrafo único – O plano plurianual e os programas estaduais, regionais e setoriais previstos nesta
Constituição serão elaborados em consonância com o Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado
e submetidos à apreciação da Assembleia Legislativa.
LETRA B
32 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
De acordo com o CTN, a Lei de Execuções fiscais (Lei 6.830/90) e jurisprudência do STJ, a certidão da
dívida ativa não precisa indicar:
a) A data em que foi inscrita.
b) A origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja
fundado.
c) A quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos.
d) O nome do devedor.
e) Demonstrativo de cálculo da totalidade do débito.
COMENTÁRIO
A/B/C/D – CTN - Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade
competente, indicará obrigatoriamente:
I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível,
o domicílio ou a residência de um e de outros;
II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que
seja fundado;
IV - a data em que foi inscrita;
V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.
Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da
folha da inscrição
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Súmula 559/STJ – Em ações de execução fiscal, é desnecessária a instrução da petição inicial com
o demonstrativo de cálculo do débito, por tratar-se de requisito não previsto no art. 6º da Lei n.
6.830/1980.
LETRA E
33 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
LEI COMPLEMENTAR 87/1996 – LEI KANDIR
A – CORRETA.
Art. 12. Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:
I - da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro
estabelecimento do mesmo titular; (Vide ADC 49)
CUIDADO! Súmula 166 do STJ: Não constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de
mercadoria de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte.
Em hipótese de mero deslocamento físico da mercadoria, como ocorre na transferência da filial para
a matriz e vice-versa, indevida é a existência do imposto, visto incorrer aí a circulação econômica
ou jurídica.
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C – ERRADA. Art. 18. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o
valor ou o preço de mercadorias, bens, serviços ou direitos, a autoridade lançadora, mediante
processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé
as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo
ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória,
administrativa ou judicial.
ATENÇÃO!
PAUTA FISCAL: não se admite a fixação prévia de valores por parte da administração
pública sem levar em consideração as peculiaridades atinentes a cada caso concreto,
regime conhecido como pauta fiscal. Súmula 431 do STJ: é ilegal a cobrança de ICMS
com base no valor da mercadoria submetido ao regime de pauta fiscal.
X
REFERÊNCIA FISCAL: amparada em critérios legalmente estabelecidos, poderá a
Administração Pública estabelecer de maneira antecipada aos valores de operações
ainda não ocorridas.
D – CORRETA. Art. 19. O imposto é não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada
operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual
e intermunicipal e de comunicação com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou por
outro Estado.
E – CORRETA. Art. 20. Para a compensação a que se refere o artigo anterior, é assegurado ao
sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado em operações de que
tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento, inclusive a
destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo permanente, ou o recebimento de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal ou de comunicação.
LETRA C
34 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
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COMENTÁRIO
Alternativa “A” correta. Art. 156, 3º, I, da CF:
Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar:
I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 37,
de 2002)
LETRA D
35 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
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Alternativa “c” errada porque a anistia é hipótese de EXCLUSÃO do crédito tributário (CTN, art.
175, II).
LETRA B
DIREITO CIVIL
36 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, assinale a alternativa correta:
a) A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela
incompatível ou quando regule inteiramente ou parcialmente a matéria de que tratava a lei anterior.
b) As correções a texto de lei já em vigor não se consideram lei nova.
c) Salvo disposição em contrário, a lei revogada se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
d) Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o
prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
e) Pode-se escusar de cumprir a lei, alegando seu não conhecimento.
COMENTÁRIO
A- INCORRETA. LINB. Art. 2º, § 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o
declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava
a lei anterior.
B- INCORRETA. LINB. Art. 1º, § 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
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C- INCORRETA. LINB. Art. 2º, § 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura
por ter a lei revogadora perdido a vigência.
D- CORRETA. LINB. Art. 1º, § 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu
texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da
nova publicação.
E- INCORRETA. LINB. Art. 3º Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
LETRA D
37 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
Assertiva “A” – Correta. Literalidade do art. 475 do CC.
Assertiva “B” – Correta. Como faltou muito pouco do contrato a ser cumprido pela parte devedora,
o desfazimento do pacto seria medida exagerada, desproporcional e injusta, que violaria a boa-fé
objetiva.
Assertiva “D” – Incorreta. STJ. REsp 1.622.555-MG, julgado em 22/2/2017. Não se aplica a teoria
do adimplemento substancial aos contratos de alienação fiduciária em garantia regidos pelo
Decreto-Lei 911/69.
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LETRA D
38 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
I. ERRADO. Art. 389 do CC. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos,
mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e
honorários de advogado.
II. ERRADO. Art. 390 do CC. Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde
o dia em que executou o ato de que se devia abster.
III. CORRETO. Art. 392 do CC. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante,
a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos,
responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei.
IV. ERRADO. Art. 393 do CC. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito
ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não
era possível evitar ou impedir.
LETRA B
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39 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
I. CORRETO. O condomínio, independentemente de previsão em regimento interno, não pode
proibir, em razão de inadimplência, condômino e seus familiares de usar áreas comuns, ainda que
destinadas apenas a lazer. STJ. 3ª Turma. REsp 1.564.030-MG, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze,
julgado em 9/8/2016 (Info 588).
III. INCORRETO. Caracteriza abuso de direito ou ação passível de gerar responsabilidade civil pelos
danos causados a impetração do habeas corpus por terceiro com o fim de impedir a interrupção,
deferida judicialmente, de gestação de feto portador de síndrome incompatível com a vida
extrauterina. STJ. 3ª Turma. REsp 1.467.888-GO, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 20/10/2016
(Info 592).
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LETRA A
40 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
I. INCORRETO. É indevida a indenização relativa ao seguro obrigatório – DPVAT, na hipótese em
que o acidente de trânsito que vitimou o segurado tenha ocorrido no momento de prática de ilícito
penal doloso. STJ. 3ª Turma. REsp 1.661.120-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 9/5/2017
(Info 604).
II. INCORRETO. O art. 1.023 do CC, que trata da responsabilidade subsidiária dos sócios da
sociedade simples, não se aplica às associações civis. As associações civis são caracterizadas pela
união de pessoas que se organizam para a execução de atividades sem fins lucrativos. Sociedades
simples são formas de execução de atividade empresária, com finalidade lucrativa. STJ. 3ª Turma.
REsp 1.398.438-SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 4/4/2017 (Info 602).
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IV. CORRETO. A interrupção do prazo prescricional operada contra o devedor principal prejudica o
fiador. Em regra, o ato interruptivo da prescrição apresenta caráter pessoal e somente aproveitará
a quem o promover ou prejudicará aquele contra quem for dirigido (persona ad personam non fit
interruptio). Isso está previsto no art. 204 do CC. Exceção a esta regra: interrompida a prescrição
contra o devedor afiançado, por via de consequência, estará interrompida a prescrição contra o
fiador em razão do princípio da gravitação jurídica (o acessório segue o principal), nos termos do
art. 204, § 3º, do CC: § 3º A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador. A
interrupção do prazo prescricional operada contra o fiador não prejudica o devedor afiançado, salvo
nas hipóteses em que os devedores sejam solidários Como regra, a interrupção operada contra o
fiador não prejudica o devedor afiançado. Isso porque o principal não segue a sorte do acessório.
Existe, no entanto, uma exceção: a interrupção em face do fiador poderá, sim, excepcionalmente,
acabar prejudicando o devedor principal nas hipóteses em que a referida relação for reconhecida
como de devedores solidários, ou seja, caso o fiador tenha renunciado ao benefício ou se obrigue
como principal pagador ou devedor solidário. STJ. 4ª Turma. STJ. 4ª Turma. REsp 1.276.778-MS,
Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 28/3/2017 (Info 602).
Letra A
41 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
A - ERRADO. Art. 235, CC: Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor
resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu.
B - ERRADO. Art. 249, CC: Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-
lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível.
C - ERRADO. Art. 252, CC: Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa
não se estipulou.
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E - ERRADO. Art. 275, CC: O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos
devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os
demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.
RESPOSTA: D
42 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
A – INCORRETA. Art. 1.412 do CC. O usuário usará da coisa e perceberá os seus frutos, quanto o
exigirem as necessidades suas e de sua família.
§ 1o Avaliar-se-ão as necessidades pessoais do usuário conforme a sua condição social e o lugar
onde viver.
§ 2o As necessidades da família do usuário compreendem as de seu cônjuge, dos filhos solteiros e
das pessoas de seu serviço doméstico.
B – CORRETA. Art. 1.390 do CC. O usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis,
em um patrimônio inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e
utilidades.
C – CORRETA. Art. 1.393 do CC. Não se pode transferir o usufruto por alienação; mas o seu
exercício pode ceder-se por título gratuito ou oneroso.
D – CORRETA. Art. 1.395 do CC. Quando o usufruto recai em títulos de crédito, o usufrutuário tem
direito a perceber os frutos e a cobrar as respectivas dívidas. Parágrafo único. Cobradas as dívidas,
o usufrutuário aplicará, de imediato, a importância em títulos da mesma natureza, ou em títulos da
dívida pública federal, com cláusula de atualização monetária segundo índices oficiais
regularmente estabelecidos.
E – CORRETA. Art. 1.371 do CC. O superficiário responderá pelos encargos e tributos que incidirem
sobre o imóvel.
LETRA A
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43 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
À luz das disposições do direito civil pertinentes à prescrição e à decadência, julgue o item a seguir.
I – Prescreve em 3 anos a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou
vitalícias, porém as partes podem negociar para alterar o prazo prescricional para até 5 anos.
II - A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita.
III - Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou
representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.
IV - A prescrição iniciada contra uma pessoa não continua a correr contra o seu sucessor.
Estão corretas:
a) Apenas I e II
b) Apenas II e III
c) Apenas I e IV
d) I, II, III
e) Todas.
COMENTÁRIO
I – ERRADA. Art. 206. Prescreve:
§ 3o Em três anos:
II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias.
Entretanto, cabe lembrar que É POSSÍVEL A RENÚNCIA da prescrição, depois que esta se
consumar:
Art. 191 do CC. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem
prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume
de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.
II – CORRETA. Art. 193 do CC. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela
parte a quem aproveita.
III – CORRETA. Art. 195 do CC. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra
os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem
oportunamente.
IV – ERRADA. Art. 196 do CC. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o
seu sucessor.
RESPOSTA: B
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44 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
A- CORRETA. ECA. Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde,
mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o
desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.
C- CORRETA. ECA. Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde
da criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, observado o princípio da
equidade no acesso a ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde. (Redação
dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
E- CORRETA. ECA. Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento
cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente
comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências
legais. (Redação dada pela Lei nº 13.010, de 2014)
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45 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
A- CORRETA. CDC. Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não
acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e
previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer
hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito.
B- CORRETA. CDC. Art. 8°, § 1º Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar
as informações a que se refere este artigo, através de impressos apropriados que devam
acompanhar o produto. (Redação dada pela Lei nº 13.486, de 2017)
D- CORRETA. CDC. Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou
serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde
ou segurança.
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LETRA E
46 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
A - O princípio da ação (ou da demanda) atribui à parte a iniciativa de provocar o exercício da
demanda processual. De acordo com Elpídio Donizete (Curso Didático de Processo Civil, 2017),
“Esse princípio, pacificamente reconhecido pela doutrina e pela jurisprudência, foi positivado no art.
2º do novo Código, segundo o qual “o processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por
impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei”. As ressalvas ao princípio da demanda estão,
por exemplo, na execução trabalhista (art. 872 da CLT) e na decretação de falência de empresa
sob regime de recuperação judicial (arts. 73 e 74 da Lei nº 11.101/2005). Em ambos os casos, tais
medidas podem ser adotadas de ofício pelo magistrado”.
C – CPC/2015 – Art. 951. O conflito de competência pode ser suscitado por qualquer das partes,
pelo Ministério Público ou pelo juiz.
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LETRA B
47 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
I. INCORRETO. É admissível, assegurado o contraditório, a prova emprestada vinda de processo
do qual não participaram as partes do processo para o qual a prova será trasladada. Assim decidiu
a Corte Especial do STJ no EREsp 617428/SP, julgado em 04/06/2014 (Informativo 543, STJ). Tal
entendimento foi consignado no art. 372 do Novo Código de Processo Civil.
“A prova pode ser emprestada mesmo que a parte contra a qual será utilizada não tenha
participado do processo originário onde foi produzida? Ex: no processo 1, foi produzida determinada
prova. Em uma ação de “A” contra “B” (processo 2), “A” deseja trazer essa prova emprestada.
Ocorre que “B” não participou do processo 1. Será possível trazer essa prova mesmo assim?
SIM. É admissível, assegurado o contraditório, a prova emprestada vinda de processo do qual não
participaram as partes do processo para o qual a prova será trasladada.
A prova emprestada não pode se restringir a processos em que figurem partes idênticas, sob pena
de se reduzir excessivamente sua aplicabilidade sem justificativa razoável para isso.
Quando se diz que deve assegurar o contraditório, significa que a parte deve ter o direito de se
insurgir contra a prova trazida e de impugná-la.”
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III. INCORRETO. Art. 380, Parágrafo Único: Poderá o juiz, em caso de descumprimento, determinar,
além da imposição de multa, outras medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-
rogatórias.
IV. CORRETO. Art. 381, §3º, CPC: A produção antecipada da prova não previne a competência do
juízo para a ação que venha a ser proposta.
LETRA A
48 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
À luz das disposições do CPC relativas aos atos processuais, é correto afirmar:
a) Os atos e os termos processuais sempre dependem de forma determinada, salvo quando a lei
expressamente a dispensar.
b) Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente
capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e
convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o
processo.
c) Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade, sempre
dependem de homologação judicial para que se efetive a constituição, modificação ou extinção de
direitos processuais.
d) Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 18 (dezoito) horas.
e) Com a devida autorização judicial, será possível a realização das citações, intimações e penhoras
no período de férias forenses, onde as houver e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido.
COMENTÁRIO
A – ERRADA. Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo
quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo,
lhe preencham a finalidade essencial.
B – CORRETA. Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito
às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres
processuais, antes ou durante o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas
neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em
contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.
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D –ERRADA. Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte)
horas.
RESPOSTA: B
49 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
A – ERRADA. Art. 73, § 2o - Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu
somente é indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado.
C – CORRETA. Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo
para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.
§ 1o Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a
procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz.
§ 2o O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado,
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D –ERRADA. Art. 109. A alienação da coisa ou do direito litigioso por ato entre vivos, a título
particular, não altera a legitimidade das partes.
E –ERRADA. Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto,
ativa ou passivamente, quando:
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir;
III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito.
RESPOSTA: C
50 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
Sobre o recurso especial e o recurso extraordinário, com base nas disposições do CPC e da
Constituição Federal, é correto:
a) Serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, podendo ambos
os recursos ser apresentados em petição única.
b) O STF ou o STJ não poderá simplesmente desconsiderar vício formal de recurso tempestivo por
não reputar grave.
c) Quando, por ocasião do processamento do incidente de resolução de demandas repetitivas, o
presidente do STF ou do STJ receber requerimento de suspensão de processos em que se discuta
questão federal constitucional ou infraconstitucional, poderá, considerando razões de segurança
jurídica ou de excepcional interesse social, estender a suspensão a todo o território nacional, até
ulterior decisão do recurso extraordinário ou do recurso especial a ser interposto.
d) Na hipótese de interposição conjunta de recurso extraordinário e recurso especial, os autos serão
remetidos ao STF.
e) Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso especial versa sobre questão
constitucional, deverá extinguir o recuso sem resolução de mérito.
COMENTÁRIO
A – ERRADA. Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na
Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal
recorrido, em petições distintas que conterão:
I - a exposição do fato e do direito;
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.
B –ERRADA. Art. 1.029, § 3o O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá
desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que não o
repute grave.
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E – ERRADA. Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso
especial versa sobre questão constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze) dias para que o
recorrente demonstre a existência de repercussão geral e se manifeste sobre a questão
constitucional. Parágrafo único. Cumprida a diligência de que trata o caput, o relator remeterá o
recurso ao Supremo Tribunal Federal, que, em juízo de admissibilidade, poderá devolvê-lo ao
Superior Tribunal de Justiça.
RESPOSTA: C
51 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
A – Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação
do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de
competência.
B –Art. 138 – § 3o O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de
demandas repetitivas.
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LETRA B
52 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
I. INCORRETO. Essa assertiva corresponde à literalidade do art. 29, parágrafo único, da Lei
6.830/1980 e da Súmula 497 do STJ:
Art. 29 - A cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública não é sujeita a concurso de credores
ou habilitação em falência, concordata, liquidação, inventário ou arrolamento
Parágrafo Único - O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito
público, na seguinte ordem:
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Súmula 497/STJ: Os créditos das autarquias federais preferem aos créditos da Fazenda estadual
desde que coexistam penhoras sobre o mesmo bem.
Porém, recentemente o STF alterou seu entendimento. Vejamos a explicação detalhada do DIZER
O DIREITO:
A Fazenda Pública não é obrigada a habilitar seus créditos fiscais no processo falimentar ou de
recuperação judicial. Isso porque o CTN e a Lei nº 6.830/80 afirmam que o crédito tributário não é
sujeito a concurso de credores. Veja:
CTN
Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação
em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento.
Lei nº 6.830/80
Art. 29. A cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública não é sujeita a concurso de credores
ou habilitação em falência, concordata, liquidação, inventário ou arrolamento.
O STJ entende, contudo, que esses dois dispositivos não proíbem que a Fazenda Pública faça a
habilitação dos créditos tributários na falência. Esses dispositivos garantem ao ente público a
prerrogativa de escolher entre receber o pagamento de seu crédito pelo rito da execução fiscal ou
mediante habilitação nos autos da falência.
Assim, muito embora o processamento e o julgamento das execuções fiscais não se submetam ao
juízo universal da falência, compete à Fazenda Pública optar por ingressar com a cobrança judicial
ou requerer a habilitação de seu crédito na ação falimentar.
O caput do art. 187 do CTN e o caput do art. 29 da Lei nº 6.830/80 são constitucionais, não
possuindo qualquer vício de inconstitucionalidade.
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O parágrafo único do art. 187 do CTN e o parágrafo único do art. 29 da Lei nº 6.830/80 afirmam
que, se uma mesma pessoa estiver devendo a União, o Estado-membro (DF) e o Município, a União
terá preferência em receber. Em segundo lugar, o Estado terá preferência e, se sobrarem recursos,
o Município terá direito ao crédito. Veja:
Art. 187. (...)
Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito
público, na seguinte ordem:
I - União;
II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata;
III - Municípios, conjuntamente e pró rata.
Esses dispositivos são anteriores à Constituição Federal de 1988. O CTN é de 1966 e a Lei nº 6.830
foi publicada em 1980.
Vale ressaltar que, mesmo antes da CF/88, vários doutrinadores já diziam que essa previsão seria
inconstitucional porque violaria o art. 9º, I, da Constituição Federal de 1967, que dizia o seguinte:
O STF, contudo, naquela época, não concordou com a tese e editou uma súmula dizendo que essa
previsão seria constitucional:
Súmula 563-STF: O concurso de preferência a que se refere o parágrafo único, do art. 187, do
Código Tributário Nacional, é compatível com o disposto no art. 9º, inciso I, da Constituição Federal.
Aprovada em 15/12/1976.
Em 1988 foi promulgada a nossa atual Constituição Federal, que trouxe dispositivo semelhante ao
art. 9º, I, da CF/67. Veja o que diz a Carta de 1988:
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
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Assim, a doutrina majoritária continuou sustentando que o parágrafo único do art. 187 do CTN e o
parágrafo único do art. 29 da Lei nº 6.830/80 violariam a igualdade entre os entes federativos e,
portanto, não teriam sido recepcionados pela CF/88.
O STF finalmente concordou com a doutrina?
SIM.
O Plenário do STF decidiu que a preferência da União em relação a Estados, Municípios e Distrito
Federal na cobrança judicial de créditos da dívida ativa não foi recepcionada pela Constituição
Federal de 1988.
Essa previsão de “hierarquia” na cobrança judicial dos créditos da dívida pública da União aos
Estados e Distrito Federal ameaça o pacto federativo e contraria o inciso III do art. 19 da CF/88.
A autonomia e a isonomia dos entes federados são os alicerces para a manutenção do modelo
jurídico-constitucional adotado.
Somente pela Constituição, e quando houver finalidade constitucional adequadamente
demonstrada, pode-se criar distinções entre os entes federados na cobrança judicial dos créditos
tributários e não tributários.
Conclusão
Com base nesse entendimento, o Plenário do STF, por maioria, julgou procedente o pedido
formulado em arguição de descumprimento de preceito fundamental para declarar a não recepção,
pela CF/88, das normas previstas no parágrafo único do art. 187 do CTN e no parágrafo único do
art. 29 da Lei nº 6.830/80.
O concurso de preferência entre os entes federados na cobrança judicial dos créditos tributários e
não tributários, previsto no parágrafo único do art. 187 da Lei nº 5.172/66 (Código Tributário
Nacional) e no parágrafo único do art. 29 da Lei nº 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais), não foi
recepcionado pela Constituição Federal de 1988.
STF. Plenário. ADPF 357/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 24/6/2021 (Info 1023).
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Vale ressaltar que, além do cancelamento da Súmula 563 do STF, com a decisão acima explicada
também fica superado o entendimento exposto na Súmula 497 do STJ:
Súmula 497-STJ: Os créditos das autarquias federais preferem aos créditos da Fazenda estadual
desde que coexistam penhoras sobre o mesmo bem.
O entendimento está superado porque essa súmula era também baseada no art. 187, parágrafo
único, do CTN e art. 29, da Lei nº 6.830/80.
II. INCORRETO. Embora esse direito exista, a fiança (ou seguro garantia) deve ser em valor superior
ao do débito da inicial em 30%:
CPC, Art. 835, § 2° Para fins de substituição da penhora, equiparam-se a dinheiro a fiança bancária
e o seguro garantia judicial, desde que em valor não inferior ao do débito constante da inicial,
acrescido de trinta por cento.
LETRA C
53 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
I. CORRETO. Conforme os seguintes dispositivos do CPC (especialmente §4° do art. 828 do CPC):
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Art. 828. O exequente poderá obter certidão de que a execução foi admitida pelo juiz, com
identificação das partes e do valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, de
veículos ou de outros bens sujeitos a penhora, arresto ou indisponibilidade.
§ 1° No prazo de 10 (dez) dias de sua concretização, o exequente deverá comunicar ao juízo as
averbações efetivadas.
§ 2° Formalizada penhora sobre bens suficientes para cobrir o valor da dívida, o exequente
providenciará, no prazo de 10 (dez) dias, o cancelamento das averbações relativas àqueles não
penhorados.
§ 3° O juiz determinará o cancelamento das averbações, de ofício ou a requerimento, caso o
exequente não o faça no prazo.
§ 4° Presume-se em fraude à execução a alienação ou a oneração de bens efetuada após a
averbação.
§ 5° O exequente que promover averbação manifestamente indevida ou não cancelar as averbações
nos termos do § 2° indenizará a parte contrária, processando-se o incidente em autos apartados.
II. INCORRETO. Diferente da fraude contra credores, a fraude à execução gera a ineficácia do ato
para o exequente, e não a nulidade:
Art. 792, § 1° A alienação em fraude à execução é ineficaz em relação ao exequente.
IV. INCORRETO. Conforme §3° do art. 792 do CPC, o marco temporal será a citação da pessoa
jurídica cuja personalidade se pretende desconsiderar (e não a citação do sócio no incidente de
desconsideração!).
Art. 792, § 3° Nos casos de desconsideração da personalidade jurídica, a fraude à execução verifica-
se a partir da citação da parte cuja personalidade se pretende desconsiderar.
LETRA C
54 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
Sobre o cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa
pela fazenda pública, podemos afirmar:
a) No cumprimento de sentença que impuser à Fazenda Pública o dever de pagar quantia certa,
o exequente ficará dispensado de apresentar demonstrativo discriminado e atualizado do crédito
contendo.
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COMENTÁRIO
A – ERRADA. B – CORRETA.
Art. 534 do CPC. No cumprimento de sentença que impuser à Fazenda Pública o dever de pagar
quantia certa, o exequente apresentará demonstrativo discriminado e atualizado do crédito
contendo:
I - o nome completo e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica do exequente;
II - o índice de correção monetária adotado;
III - os juros aplicados e as respectivas taxas;
IV - o termo inicial e o termo final dos juros e da correção monetária utilizados;
V - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso;
VI - a especificação dos eventuais descontos obrigatórios realizados.
C – ERRADA. Art. 534, § 2o do CPC. A multa prevista no § 1o do art. 523 não se aplica à Fazenda
Pública.
Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão
sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do
exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido
de custas, se houver.
§ 1o Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será acrescido de multa de
dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento.
D, E – ERRADAS. Art. 535 do CPC. A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu
representante judicial, por carga, remessa ou meio eletrônico, para, querendo, no prazo de 30
(trinta) dias e nos próprios autos, impugnar a execução, podendo arguir:
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia;
II - ilegitimidade de parte;
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
IV - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
V - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VI - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação,
compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes ao trânsito em julgado da
sentença.
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55 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
A, B e C- CORRETAS.
O efeito translativo é o aspecto vertical do efeito devolutivo, de forma que a matéria submetida à
análise do julgador poderá ser analisada com a maior profundidade possível, incluindo todas as
questões referentes à matéria devolvida. Refere-se à possibilidade de conhecer de ofício as
matérias de ordem pública.
Sobre o tema, o entendimento do STJ é o seguinte:
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Didier afirma a existência de efeito translativo em sede de recurso excepcional (Volume III do Didier,
pág.145, do ano de 2016), notadamente em razão do que dispõe o NCPC, vejamos:
Art. 1.034, Parágrafo único. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial por um
fundamento, devolve-se ao tribunal superior o conhecimento dos demais fundamentos para a
solução do capítulo impugnado.
Contudo, parece que o STJ vai continuar seguindo a sua jurisprudência defensiva, afastando o efeito
translativo dos recursos, pois continua sendo necessária a existência de prequestionamento para
o conhecimento dos recursos excepcionais.
O próprio Didier afirma, na pág. 310, que o pré-questionamento é uma exigência que compõe a
análise do cabimento dos recursos extraordinários e decorre da interpretação que se deu,
historicamente, à expressão “causas decididas”, constante dos art. 102, III e 105, III da CF.
Observe-se que a preclusão consumativa, diversamente do que ocorre nas instâncias ordinárias,
aplica-se nesta instância até mesmo às chamadas questões de ordem pública, dentre as quais
inserem-se as chamadas nulidades absolutas. Caberia ao recorrente ter suscitado a questão da
intempestividade recursal nas razões de seu recurso especial, não podendo suscitar questões
novas sob a singela alegação de que seriam nulidade absolutas e que poderiam ser conhecidas em
qualquer momento. Repita-se, a inaplicabilidade da preclusão consumativa quanto às nulidades
absolutas restringe-se às instâncias ordinárias.
E – Correto. Dispõe o CPC:
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RESPOSTA: D
DIREITO EMPRESARIAL
56 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
A – Correta. É o que dispõe o art. 990 do CC/02: “Todos os sócios respondem solidária e
ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024,
aquele que contratou pela sociedade.”
B – Correta. É o que dispõe o art. 991 do CC/02: “Na sociedade em conta de participação, a atividade
constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e
sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados
correspondentes.”
C – Incorreta. Deve ser assinalada. O STJ, no julgamento do REsp 1.332.766/SP, decidiu que a
dissolução parcial de sociedade limitada por perda da affectio societatis pode ser requerida pelo
sócio retirante, limitada a apuração de haveres às suas quotas livres de ônus reais. Para melhor
elucidar, vejamos os termos do Informativo 608: “A questão controvertida consiste em saber se é
possível, em ação de dissolução parcial de sociedade limitada, para o exercício do direito de retirada
do sócio, por perda da affectio societatis, o requerimento de haveres correspondentes apenas às
quotas livres de ônus reais, em vista da existência de penhor de parte das quotas do sócio retirante.
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D – Correta. É o que dispõe o art. 974 do CC/02: “Poderá o incapaz, por meio de representante ou
devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais
ou pelo autor de herança”.
E – Correta. É o que dispõe o parágrafo único do art. 966 do CC/02: “Não se considera empresário
quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso
de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.”
RESPOSTA: C
57 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
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COMENTÁRIO
I. CORRETO. "A participação de trabalhadores ativos e aposentados no conselho de administração
de sociedades anônimas ou na gestão de qualquer sociedade empresária é garantida na parte final
do inciso XI do art. 7º da Constituição da República como direito excepcional dos trabalhadores.
Sendo um direito trabalhista extraordinário, não poderá a lei que venha a instituí-lo e regulamentá-
lo, concretizando a previsão constitucional, impô-lo como regra; terá, ao invés, de estabelecê-lo
como exceção.
Então, ao ser instituído por lei aquele direito excepcional em favor dos trabalhadores, seu exercício
se dará conforme ali disciplinado, observadas as restrições decorrentes da previsão constitucional.
Atenta a esses condicionantes e à ausência de lei especial regulamentadora da previsão
constitucional é que a jurisprudência da Segunda Seção entende que a definição da competência
em hipóteses assemelhadas fica a depender do contexto das demandas consideradas, ante a
natureza especializada da Justiça Trabalhista.
Na hipótese, não trata propriamente da discussão do direito trabalhista estrito senso, ou seja, de
controvérsias decorrentes da relação de trabalho ou de representação sindical, ou mesmo de
"outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho". A causa de pedir das ações originárias
gravita em torno de relação de natureza estatutária, civil e empresarial.
Como se sabe, o Conselho de Administração das Companhias, como órgão de deliberação
colegiada, é regulado pelo direito empresarial, na Lei das Sociedades Anônimas (Lei n.
6.404/1976), enquanto o direito facultativo e excepcional de participação dos empregados no
aludido conselho tem expressa previsão no parágrafo único do art. 140 da Lei das S/A.
A legislação de Direito Empresarial, a Lei das S/A, rege a vida das companhias que disputam o
mercado, especialmente das chamadas companhias abertas que angariam recursos no mercado de
ações, de modo a
cumprirem requisitos de governança e transparência para enfrentar adequadamente a acirrada
concorrência no mercado nacional e internacional, no qual atuem.
A referida lei ao estabelecer, em seu art. 139, parágrafo único, que o estatuto poderá prever a
participação dos empregados no conselho de administração, faculta às companhias ensejar esse
direito excepcional aos trabalhadores, mediante previsão nos respectivos estatutos, por ato de
liberalidade dessas empresas.
Assim, a criação desse direito trabalhista, de índole não obrigatória e extraordinária, não pode ser
imposta às sociedades anônimas. Fica a depender destas a concepção do benefício no âmbito de
cada sociedade empresária.
Uma vez criado o direito pelo respectivo estatuto social, os representantes dos empregados
deverão ser escolhidos pelo voto destes, em eleição direta, organizada pela própria companhia, em
conjunto com as entidades sindicais representativa da categoria.” (Informativo n. 694 do STJ)
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IV. CORRETO. SÚMULA 600 do STF: Cabe ação executiva contra o emitente e seus avalistas, ainda
que não apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, desde que não prescrita a ação cambiária.
LETRA E
58 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
a) Alternativa correta, conforme art. 8º da Lei 9.279.
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COMENTÁRIO
A- CORRETA. São extraconcursais os créditos originários de negócios jurídicos realizados após a
data em que foi deferido o pedido de processamento de recuperação judicial.
(…)
Desse modo, afigura-se razoável concluir que conferir precedência na ordem de pagamentos na
hipótese de quebra do devedor foi a maneira encontrada pelo legislador para compensar aqueles
que participem ativamente do processo de soerguimento da empresa. Não se pode perder de vista
que viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira da sociedade devedora –
objetivo do instituto da recuperação judicial – é pré-condição necessária para promoção do princípio
maior da Lei 11.101/2005 consagrado em seu art. 47: o de preservação da empresa e de sua função
social.
REsp 1.398.092-SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 6/5/2014. 3ª Turma.
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D- INCORRETA. A duplicata virtual protestada por indicação é título executivo apto a instruir
pedido de falência com base na impontualidade do devedor.
REsp 1.354.776-MG, Min. Rel. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 26/8/2014. 3ª Turma.
LETRA D
60 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
Conforme as disposições da Lei n.º 11.101/2005 e da jurisprudência do STJ, julgue os itens a seguir:
I. A ação de compensação por danos morais movida contra empresa em recuperação judicial deve
permanecer suspensa até o trânsito em julgado da decisão final proferida no processo de
soerguimento.
II. O crédito derivado de fato ocorrido em momento anterior àquele em que requerida a recuperação
judicial não deve sujeitar-se ao plano de soerguimento da sociedade devedora.
III. A competência para processar e julgar demandas cíveis com pedidos ilíquidos contra massa falida,
quando em litisconsórcio passivo com pessoa jurídica de direito público, é do juízo cível no qual for
proposta a ação de conhecimento, competente para julgar ações contra a Fazenda Pública, de acordo
as respectivas normas de organização judiciária.
IV. A recuperação judicial tem por objetivo apenas viabilizar a manutenção do emprego dos
trabalhadores e os interesses dos credores.
COMENTÁRIO
I. INCORRETO. A ação de compensação por danos morais movida contra empresa em recuperação
judicial não deve permanecer suspensa até o trânsito em julgado da decisão final proferida no
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II. INCORRETO. O crédito derivado de fato ocorrido em momento anterior àquele em que requerida
a recuperação judicial deve sujeitar-se ao plano de soerguimento da sociedade devedora. STJ. 3ª
Turma. REsp 1.727.771-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15/05/2018 (Info 626).
III. CORRETO. A competência para processar e julgar demandas cíveis com pedidos ilíquidos contra
massa falida, quando em litisconsórcio passivo com pessoa jurídica de direito público, é do juízo
cível no qual for proposta a ação de conhecimento, competente para julgar ações contra a Fazenda
Pública, de acordo as respectivas normas de organização judiciária. STJ. 1ª Seção. REsp 1643856-
SP, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 13/12/2017 (recurso repetitivo) (Info 617).
IV. INCORRETO. Art. 47 da Lei 11.101/05. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a
superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção
da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo,
assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.
LETRA C
61 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
No que concerne ao Direito Empresarial, assinale a alternativa correta sobre títulos de crédito:
a) A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito,
implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem.
b) A transferência do título de crédito não implica a de todos os direitos que lhe são inerentes.
c) O portador de título representativo de mercadoria tem o direito de transferi-lo, de conformidade
com as normas que regulam a sua circulação, ou de receber aquela independentemente de quaisquer
formalidades, além da entrega do título devidamente quitado.
d) Enquanto o título de crédito estiver em circulação, ele poderá ser dado em garantia, ou ser objeto
de medidas judiciais, e, separadamente, os direitos ou mercadorias que representa.
e) O aval somente deve ser dado no verso do próprio título.
COMENTÁRIO
A- INCORRETA. CC. Art. 888. A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua
validade como título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem.
B- INCORRETA. CC. Art. 893. A transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que
lhe são inerentes.
C- CORRETA. CC. Art. 894. O portador de título representativo de mercadoria tem o direito de
transferi-lo, de conformidade com as normas que regulam a sua circulação, ou de receber aquela
independentemente de quaisquer formalidades, além da entrega do título devidamente quitado.
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D- INCORRETA. CC. Art. 895. Enquanto o título de crédito estiver em circulação, só ele poderá ser
dado em garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e não, separadamente, os direitos ou
mercadorias que representa.
E- INCORRETA. CC. Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título.
LETRA C
62 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
a) Alternativa correta, conforme Súmula 369 STJ: No contrato de arrendamento mercantil (leasing),
ainda que haja cláusula resolutiva expressa, é necessária a notificação prévia do arrendatário para
constituí-lo em mora.
b) Alternativa correta, conforme Súmula 581 STJ: A recuperação judicial do devedor principal não
impede o prosseguimento das ações e execuções ajuizadas contra terceiros devedores solidários
ou coobrigados em geral, por garantia cambial, real ou fidejussória.
c) Alternativa correta, conforme Súmula 475 STJ: Responde pelos danos decorrentes de protesto
indevido o endossatário que recebe por endosso translativo título de crédito contendo vício formal
extrínseco ou intrínseco, ficando ressalvado seu direito de regresso contra os endossantes e
avalistas.
d) Alternativa correta, conforme Súmula 476 STJ: O endossatário de título de crédito por endosso-
mandato só responde por danos decorrentes de protesto indevido se extrapolar os poderes de
mandatário.
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e) Alternativa incorreta, pois, de acordo com o STJ, os pedidos de falência baseados em título ou
títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-
mínimos não precisam demonstração de indícios de insolvência.
Nesse sentido, vejamos a ementa do REsp 1.532.154-SC, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino,
por unanimidade, julgado em 18/10/2016, DJe 3/2/2017:
RESPOSTA: E
63 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
A- INCORRETA. CC. Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade,
exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no
que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples.
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C- CORRETA. CC. Art. 988. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os
sócios são titulares em comum.
D- INCORRETA. CC. Art. 989. Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por
qualquer dos sócios, salvo pacto expresso limitativo de poderes, que somente terá eficácia contra
o terceiro que o conheça ou deva conhecer.
E- INCORRETA. CC. Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas
obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou
pela sociedade.
LETRA C
64 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
De acordo com o Código Civil, assinale a alternativa correta sobre as Sociedades Simples:
a) Nos 60 dias subsequentes à sua constituição, a sociedade deverá requerer a inscrição do contrato
social no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede.
b) A sociedade simples que instituir sucursal, filial ou agência na circunscrição de outro Registro Civil
das Pessoas Jurídicas, neste não precisará inscrevê-la.
c) O sócio não pode ser substituído no exercício das suas funções, sem o consentimento dos demais
sócios, expresso em modificação do contrato social.
d) Até 5 anos depois de averbada a modificação do contrato, responde o cedente solidariamente com
o cessionário, perante a sociedade e terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio.
e) Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às contribuições estabelecidas no contrato
social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos 15 dias seguintes ao da notificação pela sociedade,
responderá perante esta pelo dano emergente da mora.
COMENTÁRIO
A- INCORRETA. CC. Art. 998. Nos trinta dias subseqüentes à sua constituição, a sociedade deverá
requerer a inscrição do contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede.
B- INCORRETA. CC. Art. 1.000. A sociedade simples que instituir sucursal, filial ou agência na
circunscrição de outro Registro Civil das Pessoas Jurídicas, neste deverá também inscrevê-la, com
a prova da inscrição originária.
C- CORRETA. CC. Art. 1.002. O sócio não pode ser substituído no exercício das suas funções, sem
o consentimento dos demais sócios, expresso em modificação do contrato social.
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E- INCORRETA. CC. Art. 1.004. Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às
contribuições estabelecidas no contrato social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos trinta dias
seguintes ao da notificação pela sociedade, responderá perante esta pelo dano emergente da mora.
LETRA C
65 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
I. CORRETO. O falido tem capacidade para propor ação rescisória para desconstituir a sentença
transitada em julgado que decretou a sua falência.
(…)
Entretanto, no caso em que se pretenda rescindir decisão que decreta falência, a situação é
diferente. Nesse caso, nem a massa nem os credores têm interesse na desconstituição da
decretação de falência. Realmente, o falido é o único interessado. Por isso, se a legitimidade deste
para propor a rescisão do decreto falimentar fosse retirada, ele ficaria eternamente falido, ainda
que injustamente, ainda que contrariamente à ordem legal. Com efeito, a decisão que decreta a
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II. CORRETO. Quando houver a liquidação extrajudicial de instituição financeira na qual estejam
aplicadas reservas técnicas de entidade fechada de previdência privada, o Fundo Garantidor de
Créditos (FGC), para fins de cálculo do valor da garantia dos investimentos realizados na instituição
liquidanda, considerará como investidor garantido a entidade de previdência como um todo – e não
cada um dos participantes desta, como se estes fossem vários investidores.
(…)
Nessa medida, o mecanismo de suporte operado pelo FGC, em consonância com o seu
regulamento, não alcança todo e qualquer fato a causar prejuízo a investidores, mas, apenas, a
falência, a liquidação extrajudicial ou a declaração de insolvência de instituição financeira pelo
Bacen.
(…)
Nesse passo, quando do recolhimento das contribuições dos participantes e patrocinadores à
entidade de previdência privada, esses valores passam a ser por esta titularizados e investidos em
nome dos participantes do plano de previdência e em cotas de fundos de investimento. Isto é, cada
um dos integrantes do plano de previdência não figura como investidor individual da instituição
financeira em liquidação.
REsp 1.453.957-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 2/6/2015, DJe 26/6/2015.
3ª Turma.
III. CORRETO. O deferimento do processamento de recuperação judicial, por si só, não enseja a
suspensão ou o cancelamento da negativação do nome do devedor nos cadastros de restrição ao
crédito e nos tabelionatos de protestos.
(…)
Nessa linha, o Enunciado 54 da I Jornada de Direito Comercial do CJF estabelece que: "O
deferimento do processamento da recuperação judicial não enseja o cancelamento da negativação
do nome do devedor nos órgãos de proteção ao crédito e nos tabelionatos de protestos". Ademais,
destaca-se que essa também foi a conclusão acolhida pela Terceira Turma do STJ, que, apesar de
não ter analisado a questão à luz da decisão de processamento (arts. 6° e 52), estabeleceu que
somente após a concessão da recuperação judicial, com a homologação do plano e a novação dos
créditos (arts. 58 e 59), é que pode haver a retirada do nome da recuperanda dos cadastros de
inadimplentes (REsp 1.260.301-DF, DJe 21/8/2012).
REsp 1.374.259-MT, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 2/6/2015, DJe
18/6/2015. 4ª Turma.
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LETRA A
66 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
I. INCORRETO.
CLT. Art. 443: “O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente,
verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de
trabalho intermitente. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)”
II. INCORRETO.
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III. CORRETO.
CLT. Art. 448-A: “Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts.
10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em
que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do
sucessor. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”
IV. INCORRETO.
CLT. Art. 449, § 1º: “Na falência constituirão créditos privilegiados a totalidade dos salários devidos
ao empregado e a totalidade das indenizações a que tiver direito.”
LETRA D
67 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros,
dispuserem sobre, exceto:
a) adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei no 13.189, de 19 de novembro de
2015.
b) regulamento empresarial.
c) remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e remuneração
por desempenho individual.
d) troca do dia de feriado.
e) banco de horas mensal.
COMENTÁRIO
A- CORRETA.
CLT. Art. 611-A: “A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (...) IV - adesão ao
Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei no 13.189, de 19 de novembro de 2015;
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”
B- CORRETA.
CLT. Art. 611-A: “A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (...) VI - regulamento
empresarial; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”
C- CORRETA.
CLT. Art. 611-A: “A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (...) IX -
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D- CORRETA.
CLT. Art. 611-A: “A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (...) XI - troca do
dia de feriado; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”
E- INCORRETA.
CLT. Art. 611-A: “A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre
a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (...) II -
banco de horas anual; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”
LETRA E
68 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
De acordo com o entendimento do TST, assinale a alternativa correta acerca da equiparação salarial:
a) Para os fins previstos no § 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de pessoal organizado em
carreira quando homologado pelo Ministério do Trabalho, incluindo-se nessa exigência, o quadro de
carreira das entidades de direito público da administração direta, autárquica e fundacional aprovado
por ato administrativo da autoridade competente.
b) Para efeito de equiparação de salários em caso de trabalho igual, conta-se o tempo de serviço no
emprego e não na função.
c) A equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma exercerem a mesma função,
desempenhando as mesmas tarefas, não importando se os cargos têm, ou não, a mesma
denominação.
d) É desnecessário que, ao tempo da reclamação sobre equiparação salarial, reclamante e paradigma
estejam a serviço do estabelecimento, independentemente se o pedido se relacione com situação
pretérita.
e) A cessão de empregados exclui a equiparação salarial, quando exercida a função em órgão
governamental estranho à cedente, se esta responde pelos salários do paradigma e do reclamante
COMENTÁRIO
A- INCORRETA.
Súmula nº 6 do TST: EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT (redação do item VI alterada)
– Res. 198/2015, republicada em razão de erro material – DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015
I - Para os fins previstos no § 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de pessoal organizado
em carreira quando homologado pelo Ministério do Trabalho, excluindo-se, apenas, dessa
exigência o quadro de carreira das entidades de direito público da administração direta, autárquica
e fundacional aprovado por ato administrativo da autoridade competente. (ex-Súmula nº 06 –
alterada pela Res. 104/2000, DJ 20.12.2000) (...)
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C- CORRETA.
Súmula nº 6 do TST: EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT (redação do item VI alterada)
– Res. 198/2015, republicada em razão de erro material – DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015
(...)
III - A equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma exercerem a mesma função,
desempenhando as mesmas tarefas, não importando se os cargos têm, ou não, a mesma
denominação. (ex-OJ da SBDI-1 nº 328 - DJ 09.12.2003) (...)
D- INCORRETA.
Súmula nº 6 do TST: EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT (redação do item VI alterada)
– Res. 198/2015, republicada em razão de erro material – DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015
(...)
IV - É desnecessário que, ao tempo da reclamação sobre equiparação salarial, reclamante e
paradigma estejam a serviço do estabelecimento, desde que o pedido se relacione com situação
pretérita. (ex-Súmula nº 22 - RA 57/1970, DO-GB 27.11.1970) (...)
E- INCORRETA.
Súmula nº 6 do TST: EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT (redação do item VI alterada)
– Res. 198/2015, republicada em razão de erro material – DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015
(...)
V - A cessão de empregados não exclui a equiparação salarial, embora exercida a função em órgão
governamental estranho à cedente, se esta responde pelos salários do paradigma e do reclamante.
(ex-Súmula nº 111 - RA 102/1980, DJ 25.09.1980) (...)
LETRA C
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COMENTÁRIO
A- INCORRETA.
CLT. Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (...)III - intervalo
intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis
horas; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”
B- CORRETA.
CLT. Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (...) VIII -
teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”
C- CORRETA.
CLT. Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (...) XV -
participação nos lucros ou resultados da empresa. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”
D- CORRETA.
CLT. Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (...)V - plano de
cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem como
identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança; (Incluído pela Lei nº 13.467,
de 2017)”
E- CORRETA.
CLT. Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (...) XIII -
prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes
do Ministério do Trabalho; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”
LETRA A
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COMENTÁRIO
A- INCORRETA.
CLT. Art. 462: “Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado,
salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositvos de lei ou de contrato coletivo.”
B- INCORRETA.
CLT. Art. 462, § 1º: “Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de
que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado.”
C- CORRETA.
CLT. Art. 462, § 2º: “É vedado à emprêsa que mantiver armazém para venda de mercadorias
aos empregados ou serviços estimados a proporcionar-lhes prestações " in natura " exercer
qualquer coação ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou
dos serviços.”
D- INCORRETA.
CLT. Art. 462, § 3º: “Sempre que não fôr possível o acesso dos empregados a armazéns ou serviços
não mantidos pela Emprêsa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas
adequadas, visando a que as mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços
razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefício das empregados.”
E- INCORRETA.
CLT. Art. 462: “Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado,
salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositvos de lei ou de contrato coletivo.”
LETRA C
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WESLEY COUTINHO 04234108650 WESLEY COUTINHO 04234108650 WESLEY COUTINHO 04234108650 WESLEY CO
COMENTÁRIO
A- CORRETA.
CLT. Art. 11-A: “Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”
B- INCORRETA.
CLT. Art. 11: “A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)”
C- CORRETA.
CLT. Art. 11, § 3º: “A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação
trabalhista, mesmo que em juízo incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do
mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos pedidos idênticos. (Incluído pela Lei nº 13.467,
de 2017)”
D- CORRETA.
CLT. Art. 11-A, § 2º: “A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada de
ofício em qualquer grau de jurisdição. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”
E- CORRETA.
CLT. Art. 11, § 2º: “Tratando-se de pretensão que envolva pedido de prestações sucessivas
decorrente de alteração ou descumprimento do pactuado, a prescrição é total, exceto quando o
direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei. (Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017)”
LETRA B
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COMENTÁRIO
A- CORRETA.
Súmula nº 459 do TST
RECURSO DE REVISTA. NULIDADE POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 219/2017, DEJT divulgado
em 28, 29 e 30.06.2017 – republicada - DEJT divulgado em 12, 13 e 14.07.2017
O conhecimento do recurso de revista, quanto à preliminar de nulidade, por negativa de prestação
jurisdicional, supõe indicação de violação do art. 832 da CLT, do art. 489 do CPC de 2015 (art. 458
do CPC de 1973) ou do art. 93, IX, da CF/1988.
B- CORRETA.
Súmula nº 458 do TST
EMBARGOS. PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO. CONHECIMENTO. RECURSO INTERPOSTO
APÓS VIGÊNCIA DA LEI Nº 11.496, DE 22.06.2007, QUE CONFERIU NOVA REDAÇÃO AO ART.
894, DA CLT. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 405 da SBDI-1 com nova redação) – Res.
194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014
Em causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, em que pese a limitação imposta no art. 896, §
6º, da CLT à interposição de recurso de revista, admitem-se os embargos interpostos na vigência
da Lei nº 11.496, de 22.06.2007, que conferiu nova redação ao art. 894 da CLT, quando
demonstrada a divergência jurisprudencial entre Turmas do TST, fundada em interpretações
diversas acerca da aplicação de mesmo dispositivo constitucional ou de matéria sumulada.
C- CORRETA.
Súmula nº 457 do TST
HONORÁRIOS PERICIAIS. BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA. RESPONSABILIDADE DA
UNIÃO PELO PAGAMENTO. RESOLUÇÃO Nº 66/2010 DO CSJT. OBSERVÂNCIA. (conversão da
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D- INCORRETA.
Súmula nº 456 do TST
REPRESENTAÇÃO. PESSOA JURÍDICA. PROCURAÇÃO. INVALIDADE. IDENTIFICAÇÃO DO
OUTORGANTE E DE SEU REPRESENTANTE. (inseridos os itens II e III em decorrência do CPC
de 2015) - Res. 211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016
I - É inválido o instrumento de mandato firmado em nome de pessoa jurídica que não contenha,
pelo menos, o nome do outorgante e do signatário da procuração, pois estes dados constituem
elementos que os individualizam.
E- CORRETA.
Súmula nº 454 do TST: COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. EXECUÇÃO DE OFÍCIO.
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL REFERENTE AO SEGURO DE ACIDENTE DE TRABALHO (SAT). ARTS.
114, VIII, E 195, I, “A”, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. (conversão da Orientação
Jurisprudencial nº 414 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014
Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de
Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a seguridade social (arts. 114,
VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do
empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº 8.212/1991).
LETRA D
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COMENTÁRIO
I. INCORRETA.
CLT. Art. 897-A, § 1º: “Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de
qualquer das partes.”
II. INCORRETA.
CLT. Art. 897-A: “Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco
dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subseqüente a sua
apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão
e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso.”
III. INCORRETA.
CLT. Art. 897-A, § 3º: “Os embargos de declaração interrompem o prazo para interposição de
outros recursos, por qualquer das partes, salvo quando intempestivos, irregular a representação
da parte ou ausente a sua assinatura.”
IV. CORRETA.
CLT. Art. 897-A, § 2º: “Eventual efeito modificativo dos embargos de declaração somente
poderá ocorrer em virtude da correção de vício na decisão embargada e desde que ouvida a
parte contrária, no prazo de 5 (cinco) dias.”
LETRA C
74 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
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COMENTÁRIO
I - INCORRETO.
CLT. Art. 878: “A execução será promovida pelas partes, permitida a execução de ofício pelo juiz
ou pelo Presidente do Tribunal apenas nos casos em que as partes não estiverem representadas
por advogado. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)”
II - INCORRETO.
CLT. Art. 879: “Sendo ilíquida a sentença exeqüenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação,
que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos.”
III - INCORRETO.
CLT. Art. 879, § 3º: “Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho,
o juiz procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de
preclusão. (Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007)”
IV - CORRETO.
CLT. Art. 879, § 2º: “Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo deverá abrir às partes prazo comum
de oito dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da
discordância, sob pena de preclusão. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)”
LETRA D
75 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
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COMENTÁRIO
Alternativa “I” correta, segundo as alterações promovidas pela Lei nº 13.467/2017 (CLT, art. 11-
A).
Art. 11-A. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos.
LETRA C
76 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
110
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E – CORRETA. Art. 12, VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou
em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia
familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros a título de mútua colaboração, na condição
de:
a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados,
comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade:
1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais;
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do
caput do art. 2o da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio
de vida;
b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou principal
meio de vida; e
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este
equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente,
trabalhem com o grupo familiar respectivo.
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LETRA D
77 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
A, B, C, D e E:
A maioria dos princípios informadores da seguridade social encontra-se arrolada no art. 194 da CF:
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos
Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à
previdência e à assistência social. Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei,
organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - eqüidade na forma de participação no custeio;
VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis específicas para
cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social,
preservado o caráter contributivo da previdência social; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos
colegiados.
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RESPOSTA: B
78 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
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COMENTÁRIO
Assertiva “A”- Art. 23 da Lei 8.213/1991.
Assertiva “C” – Doença do trabalho e doença profissional não são expressões sinônimas: Doença
profissional: É a doença típica de determinada profissão. (Ex: caixa bancário com LER) Doença do
trabalho: Não se relaciona com a profissão, mas com as condições que o trabalho é exercido. (Ex:
segurança com perda auditiva que trabalha em boate - não é a profissão que causa, mas a condição)
vide art. 20, I e II, da Lei n. 8.213/1991.
LETRA C
79 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
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COMENTÁRIO
Assertiva “A” - art. 195, §4º, CF. Contribuição social residual.
Assertiva “C” - Vide art. 195, §7º, da CF e Vide RMS 27545, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, julgado
em 25/09/2013, publicado em DJe-193 DIVULG 01/10/2013 PUBLIC 02/10/2013.
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(RMS 27904 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 28/08/2012,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-181 DIVULG 13-09-2012 PUBLIC 14-09-2012)
Assertiva “D” - art. 195, §14, CF : O segurado somente terá reconhecida como tempo de
contribuição ao Regime Geral de Previdência Social a competência cuja contribuição seja igual ou
superior à contribuição mínima mensal exigida para sua categoria, assegurado o agrupamento de
contribuições. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Assertiva “E” - art. 149, §2º, I. Não incidirá sobre as receitas decorrentes de exportação.
LETRA C
80 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
Assertiva “A” - Conforme a Súmula 336 do STJ, “a mulher que renunciou aos alimentos na
separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a
necessidade econômica superveniente”. Entretanto, essa necessidade econômica é superveniente
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Assertiva “C” - Trata-se do decidido no Resp 1.596.774-RS – Informativo 600 STJ. A previsão do
art. 112 se aplica tanto aos pedidos administrativos quanto aos casos judiciais.
PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO 2/STJ.
HABILITAÇÃO DOS HERDEIROS PARA O RECEBIMENTOS DOS VALORES NÃO PAGOS EM
VIDA AO SEGURADO. ARTIGO 112 DA LEI 8.213/1991. RECURSO ESPECIAL NÃO PROVIDO.
1. A aplicação do artigo 112 da Lei 8.213/1991 não se restringe à Administração Pública,
sendo aplicável também no âmbito judicial. Precedentes. 2. O valor não recebido em vida
pelo segurado só será pago aos seus sucessores na forma da lei civil, na falta de
dependentes habilitados à pensão por morte. Inteligência do artigo 112 da Lei nº 8.213/1991.
3. Recurso especial não provido.
(REsp 1596774/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado
em 21/03/2017, DJe 27/03/2017)
LETRA A
81 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
118
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A) INCORRETA.
Nos termos do art. 6o do Código Penal, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação
ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. O
teor do dispositivo, portanto, mostra que o Código Penal adotou a teoria mista ou da ubiquidade, que
preconiza que é lugar do crime tanto aquele em que foi praticada a conduta quanto aquele em que se
produziu ou deveria produzir-se o resultado.
B) CORRETA.
Tal previsão se encontra no art. 7º, I, “d”, do Código Penal. Pelo princípio do domicílio, o agente deve
ser punido de acordo com a lei do país em que ele for domiciliado, pouco importando a sua
nacionalidade.
C) INCORRETA.
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D) INCORRETA.
A hipótese do enunciado é de extraterritorialidade incondicionada, prevista no art. 7o, I, “b”, do Código
Penal, razão pela qual inexistem condições para que fique sujeito à lei brasileira.
E) INCORRETA.
A hipótese do enunciado é de extraterritorialidade condicionada, prevista no art. 7o, II, “c”, do Código
Penal, razão pela qual, para que fique sujeito à lei brasileira, deve obedecer às condições estabelecidas
no art. 7o, §2º, do CP.
LETRA B
82 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
a) I e II
b) I e III.
c) III.
d) II, III e IV.
e) III e IV.
COMENTÁRIO
I – INCORRETA.
A tentativa não integra o “iter criminis”. A doutrina aponta que o crime possui quatro etapas diferentes,
quais sejam:
1) Cogitação: Trata-se da fase interna, em que o agente pensa no crime, sem qualquer início de
execução. Vai desde o primeiro instante em que, voluntariamente ou não, espontaneamente ou não,
surge no agente a ideia criminosa. É uma fase interna porque não pode ser vista por pessoa alguma. A
cogitação nunca foi e nunca será punível em Direito Penal;
2) Preparação: A partir da fase de preparação, tem-se a fase externa. Trata-se da prática dos atos
imprescindíveis à execução do crime. Os atos preparatórios são puníveis? Em regra, não, porque o
Código Penal dispõe, ao definir a tentativa: “Diz-se o crime tentado, quando, iniciada a execução...” O
início da execução, portanto, é pressuposto de punibilidade do crime tentado. No entanto, o legislador
muitas vezes puniu como crime consumado uma etapa que seria preparatória de um outro crime. Ex.:
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II – INCORRETA.
Apesar de haver certa divergência quanto ao tema, prevalece o entendimento de que o
reconhecimento da desistência voluntária ou de arrependimento eficaz leva ao afastamento da
tipicidade da conduta originalmente realizada ou pretendida.
III – CORRETA.
A assertiva está correta. Prevalece o posicionamento de que os efeitos da desistência voluntária ou de
arrependimento eficaz em relação a um dos coautores se estendem aos demais.
IV – INCORRETA.
A desistência deve ser voluntária, mas não precisa ser necessariamente espontânea. Assim, admite-
se interferência externa, por exemplo, quando o autor é induzido por um amigo a desistir. Da mesma
forma, o arrependimento deve ser voluntário, mas não necessariamente espontâneo, podendo haver a
influência de um amigo ou familiar, por exemplo.
LETRA C
83 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
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COMENTÁRIO
I. CORRETA
Súmula 599 do STJ - O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração
pública.
DIZER O DIREITO:
Conforme já decidiu o STJ, em determinadas hipóteses, nas quais for ínfima a lesão ao bem jurídico
tutelado - como na espécie -, admite-se afastar a aplicação do entendimento sedimentado na
Súmula n. 599/STJ, pois a subsidiariedade do direito penal não permite tornar o processo criminal
instrumento de repressão moral, de condutas típicas que não produzam efetivo dano.
STJ. 6ª Turma. RHC 153.480/SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 24/05/2022.
(...)
O princípio da insignificância pode ser aplicado aos crimes contra a Administração Pública?
Para o STJ, não. Não se aplica o princípio da insignificância aos crimes contra a Administração
Pública, ainda que o valor da lesão possa ser considerado ínfimo.
Segundo o STJ, os crimes contra a Administração Pública têm como objetivo resguardar não apenas
o aspecto patrimonial, mas, principalmente, a moral administrativa. Logo, mesmo que o valor do
prejuízo seja insignificante, deverá haver a sanção penal considerando que houve uma afronta à
moralidade administrativa, que é insuscetível de valoração econômica.
Exceção
Existe uma exceção. A jurisprudência é pacífica em admitir a aplicação do princípio da insignificância
ao crime de descaminho (art. 334 do CP), que, topograficamente, está inserido no Título XI do
Código Penal, que trata sobre os crimes contra a Administração Pública.
De acordo com o STJ, “a insignificância nos crimes de descaminho tem colorido próprio, diante das
disposições trazidas na Lei n. 10.522/2002”, o que não ocorre com outros delitos, como o peculato
etc. (AgRg no REsp 1346879/SC, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 26/11/2013).
II. INCORRETA
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III – CORRETA
O simples fato de o réu exercer um mandato popular não é suficiente para fazer incidir a causa de
aumento do art. 327, § 2º, do CP. É necessário que ele ocupe uma posição de superior hierárquico
(o STF chamou de "imposição hierárquica"). STF. Plenário. Inq 3983/DF, Rel. Min. Teori Zavascki,
julgado em 02 e 03/03/2016 (Info 816).
RESPOSTA: A
84 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
Quanto ao crime de corrupção ativa, previsto no artigo 333 do Código Penal, assinale a opção
INCORRETA:
a) O crime de corrupção ativa não é próprio, podendo ser praticado por qualquer pessoa.
b) Não resta configurado o crime de corrupção ativa quando a vantagem indevida é oferecida após
a prática do ato de ofício que o agente queria que o funcionário público praticasse.
c) O particular que entrega vantagem cedendo à exigência por parte do funcionário público não
comete crime de corrupção ativa.
d) A corrupção ativa constitui crime de consumação antecipada.
e) Para que haja a configuração do crime de corrupção passiva, exige-se que a vantagem indevida
esteja relacionada com atos que se inserem nas atribuições do funcionário público.
COMENTÁRIO
A) CORRETA.
O crime de corrupção ativa está previsto no art. 333 do Código Penal, consistindo em “oferecer ou
prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar
ato de ofício”. Como se extrai do tipo penal, trata-se de crime comum, podendo ser praticado por
qualquer pessoa.
B) CORRETA.
Conforme leciona a doutrina pátria, ao contrário do delito de corrupção passiva, que pode ser
posterior à prática do ato, a corrupção ativa somente se configura antes desse momento, uma vez
que o tipo penal é expresso ao dispor que a entrega da vantagem se dá para determinar ao servidor
que pratique o ato, o retarde ou deixe de praticá-lo. Sendo assim, não há corrupção se o oferecimento
da vantagem sucede a prática do ato.
C) CORRETA.
123
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D) CORRETA.
Afinal, a corrupção ativa é crime formal, de consumação antecipada ou de resultado cortado porque
se consuma com a oferta ou promessa de vantagem indevida ao funcionário público,
independentemente da sua aceitação. Também é prescindível a prática, omissão ou retardamento do
ato de ofício.
E) INCORRETA.
O crime de corrupção passiva consuma-se ainda que a vantagem indevida esteja relacionada com
atos que formalmente não se inserem nas atribuições do funcionário público. O crime de corrupção
passiva consuma-se ainda que a solicitação ou recebimento de vantagem indevida, ou a aceitação
da promessa de tal vantagem, esteja relacionada com atos que formalmente não se inserem nas
atribuições do funcionário público, mas que, em razão da função pública, materialmente implicam
alguma forma de facilitação da prática da conduta almejada. Ao contrário do que ocorre no crime de
corrupção ativa, o tipo penal de corrupção passiva não exige a comprovação de que a vantagem
indevida solicitada, recebida ou aceita pelo funcionário público esteja causalmente vinculada à
prática, omissão ou retardamento de “ato de ofício”. A expressão “ato de ofício” aparece apenas no
caput do art. 333 do CP, como um elemento normativo do tipo de corrupção ativa, e não no caput do
art. 317 do CP, como um elemento normativo do tipo de corrupção passiva. Ao contrário, no que se
refere a este último delito, a expressão “ato de ofício” figura apenas na majorante do art. 317, § 1.º,
do CP e na modalidade privilegiada do § 2.º do mesmo dispositivo. STJ. 6ª Turma. REsp 1745410-
SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Rel. Acd. Min. Laurita Vaz, julgado em 02/10/2018 (Info 635).
LETRA E
85 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
124
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B) CORRETA.
O artigo 311 do Código Penal assim dispõe: “Adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer
sinal identificador de veículo automotor, de seu componente ou equipamento”. Em conformidade com
o enunciado da afirmativa, o STJ já expôs que: “conforme orientação desta Corte Superior, a conduta
de ‘suprimir’ sinal identificador está abrangida pelo verbo ‘adulterar’ da figura típica do art. 311 do
CP, cuja redação assim dispõe: ‘adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal
identificador de veículo automotor, de seu componente ou equipamento’” (STJ, HC 480.670/SC, Rel.
Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 18/02/2020, DJe 02/03/2020). Assim,
embora não haja previsão expressa do verbo “suprimir”, deve-se entender que se encontra abrangido
pelo verbo “adulterar” (modalidade de adulteração). Em linha de reforço, ROGÉRIO SANCHES,
citando precedentes do STJ, ensina que a “simples substituição de placas de um veículo pelas de
outro (sem adulterar ou remarcar número)” configura o crime do art. 311 do CP (Manual de Direito
Penal, Parte Especial, 2020, p. 828). Por fim, NUCCI lembra que a falsificação grosseira não constitui
crime, ocorrendo mera infração administrativa.
C) CORRETA.
A assertiva está de acordo com a classificação doutrinária, encontrando respaldo na jurisprudência
do STJ. Sobre o ponto, confira-se: “O delito de falsidade ideológica é crime formal, que se consuma
com a prática de uma das figuras típicas previstas, independente da ocorrência de qualquer resultado
ou de efetivo prejuízo para terceiro” (AgRg no AREsp 1583094/SP, Rel. Ministro JOEL ILAN
PACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 13/04/2020, DJe 16/04/2020). No mesmo sentido, a
Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que a falsidade ideológica é crime
formal e instantâneo, cujos efeitos podem vir a se protrair no tempo. A despeito dos efeitos que
possam, ou não, vir a gerar, ela se consuma no momento em que é praticada a conduta delituosa: “A
falsidade ideológica é crime formal e instantâneo, cujos efeitos podem vir a se protrair no tempo. A
despeito dos efeitos que possam, ou não, vir a gerar, ela se consuma no momento em que é praticada
a conduta” (RvCr 5.233/DF, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, TERCEIRA SEÇÃO,
julgado em 13/05/2020, DJe 25/05/2020).
Ainda sobre o crime do art. 299 do Código Penal, ANDRÉ ESTEFAM (Direito Penal, Parte Especial.
Saraiva, 2015, p. 161) destaca: “Dá-se o falso ideal, moral ou intelectual quando alguém mente ou
omite a verdade no tocante ao conteúdo de documento verdadeiro. Não é o exterior que é falso, mas
o interior, a ideia exposta no documento”. O autor arremata: “cuida-se a falsidade ideológica,
portanto, da mentira registrada em documento físico ou eletrônico”.
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D) CORRETA.
Para responder a assertiva de modo correto, deve-se considerar o que foi exposto pelo STJ, por
exemplo, no AgRg no RHC 112.730/SP, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado
em 03/03/2020, DJe 10/03/2020. Na ocasião, asseverou-se que “o uso de documento falsificado (CP,
art. 304) deve ser absorvido pela falsificação do documento público ou privado (CP, arts. 297 e 298),
quando praticado pelo mesmo agente, caracterizando o delito de uso post factum não punível, ou
seja, mero exaurimento do crime de falso, não respondendo o falsário pelos dois crimes, em concurso
material”. Assim, o Tribunal da Cidadania entende que, caso o USO seja realizado pelo agente que
praticou a FALSIFICAÇÃO, haverá absorção, de tal sorte que o USO será considerado POST FACTUM
NÃO PUNÍVEL.
E) INCORRETA.
Deve-se atentar para o tipo penal especial previsto no art. 302 do CP, que afasta a incidência do
crime previsto no art. 299 do CP: “Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso. Pena
– detenção, de um mês a um ano. Parágrafo único – Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-
se também multa”. Nesse contexto, o tipo penal tem como sujeito próprio o médico que, no exercício
da sua profissão, fornece atestado falso. Trata-se de infração de menor potencial ofensivo, de modo
que é cabível transação penal (art. 76 da Lei 9.099/1995), desde que presentes os demais requisitos
legais.
LETRA E.
86 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
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B) INCORRETA.
Art. 10, §3º, CPP
§ 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer
ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo
juiz.
C) INCORRETA.
Cumpre destacar que não competirá à autoridade policial arquivar autos de inquérito. Da redação do
art. 17 do CPP, extrai-se o princípio da indisponibilidade do inquérito policial: Art. 17. A autoridade
policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.
D) CORRETA.
Trata-se da redação literal do art. 13-A do Código de Processo Penal.
E) INCORRETA.
Nos termos do art. 23 do CPP, “ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a
autoridade policial oficiará ao Instituto de Identificação e Estatística, ou repartição congênere,
mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e os dados relativos à infração penal e à pessoa
do indiciado”.
LETRA D
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87 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
A) INCORRETA.
Está em desconformidade com o art. 25 do CPP, que dispõe: “Art. 25. A representação será
irretratável, depois de oferecida a denúncia”.
Cuidado para não confundir com a retratação na Lei Maria da Penha. Esta sim poderá ser feita até o
recebimento da denúncia! Porém, deve ser seguido procedimento específico, conforme explicação do
DIZER O DIREITO:
A Lei Maria da Penha disciplina procedimento próprio para que a vítima possa eventualmente se
retratar de representação já apresentada. Dispõe o art. 16 da Lei nº 11.340/2006 que, “só será
admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal
finalidade” (STJ. 5ª Turma. HC 371.470/RS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em
17/11/2016).
Assim, a informação prestada em cartório de que a vítima não mais pretendia processar o autor da
ameaça deveria ter sido confirmada perante o juiz, em audiência especialmente designada para essa
finalidade.
B) INCORRETA.
Embora o art. 145, parágrafo único, do CP informe que, em havendo crime contra a honra de
funcionário público praticado no exercício de suas funções, a ação é penal pública condicionada à
representação do ofendido, a Súmula 714 do STF afirma que haverá um caso de legitimação
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C) INCORRETA.
Afinal, a ação penal pública é regida pelo princípio da divisibilidade, uma vez que o membro do
Ministério Público pode sempre, até a sentença final (art. 569, CPP), incluir novos autores do delito
por meio de aditamento à denúncia ou oferecer contra os mesmos uma nova ação penal, caso já
tenha sido prolatada sentença final do feito.
Na ação penal pública não vigora o princípio da indivisibilidade. Assim, o MP não está obrigado a
denunciar todos os envolvidos no fato tido por delituoso, não se podendo falar em arquivamento
implícito em relação a quem não foi denunciado. Isso porque o Parquet é livre para formar sua
convicção, incluindo na denúncia as pessoas que ele entenda terem praticado o crime, mediante a
constatação de indícios de autoria e materialidade. STJ. 6ª Turma. RHC 34233-SP, Rel. Min. Maria
Thereza de Assis Moura, julgado em 6/5/2014 (Info 540). Fonte: Dizer o Direito
D) INCORRETA.
Segundo Renato Brasileiro de Lima, “(…) há doutrinadores que entendem que, verificando a ausência
deliberada de determinado coautor e/ou partícipe, deve o Ministério Público promover o aditamento
da queixa-crime para inseri-lo no processo penal. A nosso ver, tal posicionamento apresenta-se
equivocado, porquanto o órgão ministerial não é dotado de legitimatio ad causam para aditar queixa-
crime com o objetivo de incluir coautores, partícipes e outros fatos delituosos em crimes de ação
penal exclusivamente privada e de ação penal privada personalíssima. Com fundamento no art. 45
do CPP, o Parquet pode até corrigir ou complementar a queixa-crime, porém trabalhando apenas os
elementos trazidos a juízo pelo querelante, incluindo, por exemplo, circunstâncias relativas ao tempo,
lugar ou modus operandi do crime (...)” (Manual de Processo Penal, Renato Brasileiro de Lima, 3ª
edição, p. 234).
E) CORRETA.
A assertiva está correta pelo fato de a prescrição virtual não ser aceita no ordenamento jurídico
brasileiro, motivo pelo qual não pode ser invocada para rejeitar a denúncia. Nesse sentido, tem-se a
Súmula 438 do STJ: é inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva
com fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do processo penal.
LETRA E
88 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
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COMENTÁRIO
A) A alternativa trouxe o preciso conceito de interpretação autêntica, também conhecida como
legislativa.
C) Art. 3º do CPP A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem
como o suplemento dos princípios gerais de direito.
D) No DIREITO PENAL apenas admite-se analogia se for para beneficiar o réu (in bonam partem). Já
no PROCESSO PENAL a analogia pode ser feita livremente, sem restrição, ou seja, in bonam partem
ou in malam partem, pois não envolverá uma norma penal incriminadora, mas sim, instrumental.
LETRA D
89 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
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B) CORRETA.
Até a edição da Lei nº 13.257/16, a prisão domiciliar substitutiva da preventiva podia ser aplicada em
favor da gestante a partir do sétimo mês de gravidez ou sendo esta de alto risco. Atualmente, no
entanto, basta a gravidez (art. 318, inciso IV, do CPP). O art. 318-A, acrescentado no CPP pela Lei nº
13.769/18, estabelece que a prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou
responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que:
I – não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; II – não tenha cometido o crime
contra seu filho ou dependente.
Cumpre referir que, não obstante a redação do dispositivo, segundo a qual a prisão será substituída
nas circunstâncias mencionadas, tem-se decidido que o juiz deve analisar o caso concreto e, em
situações excepcionais, pode negar a referida substituição. Confira: “2. O entendimento do Supremo
Tribunal Federal – STF que concedeu habeas corpus coletivo às presas preventivamente, mães de
crianças, nos termos do art. 2º do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, comporta três situações
de exceção à sua abrangência, quais sejam: a) crimes cometidos mediante violência ou grave ameaça,
b) delitos perpetrados contra os descendentes ou c) em situações excepcionalíssimas, as quais
deverão ser devidamente fundamentadas. 3. Da situação evidenciada nos autos verifica-se a
excepcionalidade prevista no mencionado julgado, tendo em vista que, conforme fundamentado pelas
instâncias ordinárias, a paciente é apontada como líder do tráfico de entorpecentes na região, exercia
suas atividades mediante utilização de arma de fogo, e foi apreendida grande quantidade de drogas
sob sua responsabilidade (470g de maconha e 857g de cocaína). Saliente-se que a agravante
mantinha o funcionamento de “boca de fumo” ligada ao Comando Vermelho. Tais fatos justificam o
afastamento da incidência da benesse” (STJ: AgRg no HC 426.526/RJ, j. 12/02/2019).
C) CORRETA.
De acordo com o que estabelece o art. 2º da Lei nº 7.960/89, a prisão temporária será decretada pelo
juiz após representação da autoridade policial ou a requerimento do Ministério Público. A regra é a
mesma aplicável atualmente à prisão preventiva. A redação original do art. 311 do CPP permitia que
o juiz decretasse a prisão preventiva de ofício, quer durante as investigações, quer no processo
criminal. Essa possibilidade, antes do advento da Lei nº 12.403/11, já era objeto de crítica por violação
do sistema acusatório. Corrigindo a imperfeição, a Lei nº 12.403/11 limitou esse poder durante as
investigações. Nessa fase, vedou a decretação da prisão preventiva de ofício, devendo o juiz aguardar
provocação do Ministério Público ou da autoridade policial. Já no curso do processo, o juiz podia
decretar a prisão independentemente de pedido ou representação nesse sentido. A Lei nº 13.964/19,
conhecida como “Pacote Anticrime”, prestigiando o sistema acusatório, alterou novamente o art. 311
do CPP, agora proibindo que o juiz atue de ofício em qualquer das fases da persecução. Com efeito, a
decretação da prisão preventiva, a exemplo da temporária, dependerá sempre de provocação.
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D) CORRETA.
A prisão temporária é uma prisão própria da fase pré-processual, só podendo ser decretada durante
o curso do inquérito policial. Por esse motivo, não há que se falar em prisão temporária após o
recebimento da denúncia.
Nesse sentido, confira: “HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. INQUÉRITO POLICIAL. ART. 12 DA
LEI 6.368/76. PRISÃO TEMPORÁRIA. OFERECIMENTO DE DENÚNCIA. INSUBSISTÊNCIA DO
DECRETO. 1. Uma vez oferecida a denúncia, não mais subsiste o decreto de prisão temporária, que
visa resguardar, tão somente, a integridade das investigações. 2. Ordem concedida para revogar a
prisão temporária decretada nos autos do processo n.º 274/2006, em trâmite na Vara Única da
Comarca de Ipauçu/SP. (STJ - HC: 78437 SP 2007/0050077-9, Relator: Ministra LAURITA VAZ, Data
de Julgamento: 28/06/2007, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJ 13/08/2007 p. 401)”.
E) CORRETA.
Os crimes hediondos e equiparados são inafiançáveis (art. 5º, XLIII, CF, e art. 323, II, CPP). No entanto,
o STF, no HC 104.339, decidiu que é inconstitucional qualquer vedação à liberdade com base na
gravidade em abstrato do delito. Assim, embora inafiançáveis, autorizam a concessão de liberdade
provisória sem fiança (STJ, HC 233.626).
Obs.: Atenção à modificação trazida pelo denominado “Pacote Anticrime”, que constitui uma exceção
à regra geral: Agora não são todos os crimes que admitem a liberdade provisória. Trata-se do art. 310,
§2º, do CPP: “Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integre organização criminosa
armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, DEVERÁ denegar a liberdade provisória,
com ou sem medidas cautelares”.
GABARITO A
90 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
O Código de Processo Penal e a Lei de Execução Penal disciplinam a prisão domiciliar, embora de
maneiras distintas. É requisito comum a ambas as normas:
a) Ser o homem preso o único responsável pelos cuidados de criança de até 12 anos de idade.
b) A presa ser gestante, independentemente do período de gestação.
c) A pessoa beneficiada ser maior de 70 anos.
d) Estar o(a) preso(a) extremamente debilitado(a) por motivo de doença grave.
e) A prisão domiciliar substituir a prisão em regime fechado.
COMENTÁRIO
A) INCORRETA.
132
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Art. 318. O juiz poderá substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:
I — maior de 80 anos;
II — extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III — imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 anos de idade ou com deficiência;
IV — gestante;
V — mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
VI — homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade
incompletos.
Obs.: Os magistrados, membros do MP, da Defensoria e da advocacia têm direito à prisão cautelar
em sala de Estado-Maior. Caso não exista, devem ficar em prisão domiciliar.
Por outro lado, a prisão domiciliar na Lei de Execução Penal está prevista em seu art. 117 e se refere
à possibilidade de a pessoa já condenada e que esteja no regime aberto cumprir a pena privativa
de liberdade em sua própria residência. Confira:
Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência
particular quando se tratar de:
I — maior de 70 anos;
II — acometido de doença grave;
III — com filho menor ou deficiente físico ou mental;
IV — gestante.
Por essa razão, a assertiva não corresponde a uma hipótese em comum aos dois casos.
B) CORRETA.
Nos termos do art. 318, IV do CPP e 117, IV da LEP, verifica-se que o caso da gestante é hipótese
comum a ambos os casos.
C, D, E) INCORRETAS.
Vide explicações da assertiva “A”.
LETRA B
DIREITO AMBIENTAL
91 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
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COMENTÁRIO
A – CERTO. Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
XIV - populações indígenas;
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
B – CERTO. Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
proteção do meio ambiente e controle da poluição.
C – ERRADO. A Competência é concorrente, nos termos do art. 24, inciso VIII da CF/88: VIII -
responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico.
E – CERTO. Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
proteção do meio ambiente e controle da poluição.
LETRA C
92 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
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COMENTÁRIO
I. CORRETO. No âmbito nacional, o princípio da informação pode ser encontrado em vários textos
legais, tais como: arts. 220, 221 225, § 1º, VI da Constituição Federal; arts. 6º e 10 da Lei 9.795/99
(Lei de Política Nacional do Meio Ambiente); e até da Lei 7.802/89 (Lei de Agrotóxicos). O Estudo
de Impacto Ambiental deve ser acompanhado do RIMA, que tem por objetivo transformar a
linguagem técnica em leitura acessível para todos os interessados.
II. CORRETO. Nesse sentido: “As autoridades nacionais devem procurar assegurar a internalização
dos custos ambientais e o uso dos instrumentos econômicos, levando em conta o critério de que
quem contamina deve, em princípio, arcar com os custos da contaminação, levando-se em conta
o interesse público sem distorcer o comércio e os investimentos internacionais” RODRIGUES,
Melissa Cachoni; ARANTES, Olívia Márcia. Direito Ambiental e Biotecnologia: uma abordagem
sobre os transgênicos sociais. 3º tir. Curitiba: Juruá, 2006. p. 63.
III. CORRETO. Tal princípio está inserto no Art. 225, caput, CF/88: “Todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para
as presentes e futuras gerações”.
IV. INCORRETO. Ao lado do princípio do poluidor pagador está o Princípio do Usuário Pagador,
que busca evitar que o “custo zero” dos serviços e recursos naturais acabe por conduzir o sistema
de marcado a uma exploração desenfreada do meio ambiente.
LETRA D
93 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
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COMENTÁRIO
Lei 12.651/2012
A – CORRETA. Art. 4o Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas,
para os efeitos desta Lei: X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros,
qualquer que seja a vegetação;
B – ERRADA. Art. 4º, § 1o Não será exigida Área de Preservação Permanente no entorno de
reservatórios artificiais de água que não decorram de barramento ou represamento de cursos
d’água naturais. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).
D – ERRADA. Art. 19. A inserção do imóvel rural em perímetro urbano definido mediante lei
municipal não desobriga o proprietário ou posseiro da manutenção da área de Reserva Legal, que
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E – ERRADA. Art. 17, § 1º Admite-se a exploração econômica da Reserva Legal mediante manejo
sustentável, previamente aprovado pelo órgão competente do Sisnama, de acordo com as
modalidades previstas no art. 20.
LETRA A
94 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
Com base no Código Florestal — Lei n.º 12.651/2012 —, assinale a opção correta.
a) É princípio estabelecido no código florestal a responsabilidade comum da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, em colaboração com a sociedade civil, na criação de políticas para a preservação
e restauração da vegetação nativa e de suas funções ecológicas e sociais nas áreas urbanas e rurais.
b) As obrigações previstas na referida Lei têm natureza pessoal e não se transmitem ao sucessor.
c) Não podem ser consideradas como de preservação permanente, quando declaradas de interesse
social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas cobertas com florestas ou outras formas de
vegetação destinadas a conter erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de terra
e de rocha.
d) A vegetação situada em Área de Preservação Permanente deverá ser mantida pelo proprietário
da área, apenas quando este for pessoa física ou jurídica privada.
e) Não é permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação Permanente para
obtenção de água e para realização de atividades, mesmo que de baixo impacto ambiental.
COMENTÁRIO
A – CORRETA. Art. 1o-A da Lei 12.651/2012. Esta Lei estabelece normas gerais sobre a proteção
da vegetação, áreas de Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal; a exploração
florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o controle da origem dos produtos florestais e
o controle e prevenção dos incêndios florestais, e prevê instrumentos econômicos e financeiros
para o alcance de seus objetivos. Parágrafo único. Tendo como objetivo o desenvolvimento
sustentável, esta Lei atenderá aos seguintes princípios: IV - responsabilidade comum da União,
Estados, Distrito Federal e Municípios, em colaboração com a sociedade civil, na criação de políticas
para a preservação e restauração da vegetação nativa e de suas funções ecológicas e sociais nas
áreas urbanas e rurais.
B – ERRADA. Art. 2º, § 2o As obrigações previstas nesta Lei têm natureza real e são transmitidas
ao sucessor, de qualquer natureza, no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural.
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D – ERRADA. Art. 7o A vegetação situada em Área de Preservação Permanente deverá ser mantida
pelo proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de
direito público ou privado.
RESPOSTA: A
95 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
COMENTÁRIO
I. INCORRETO.
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II. INCORRETO.
Lei 6.938/81 - Art 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis
pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente da República
na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os
recursos ambientais; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
III. CORRETO.
Lei 6.938/81 - Art 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis
pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
IV - órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto
Chico Mendes, com a finalidade de executar e fazer executar a política e as diretrizes
governamentais fixadas para o meio ambiente, de acordo com as respectivas competências;
(Redação dada pela Lei nº 12.856, de 2013)
IV. INCORRETO.
Lei 6.938/81 - Art 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis
pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de
programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação
ambiental; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
Letra A
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COMENTÁRIO
I. CORRETO.
Lei 6.938/81. Art. 9o-B. A servidão ambiental poderá ser onerosa ou gratuita, temporária ou
perpétua. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
II. CORRETO.
Lei 6.938/81. Art. 9o-B, § 1o O prazo mínimo da servidão ambiental temporária é de 15 (quinze)
anos. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
III. INCORRETO.
Lei 6.938/81. Art. 9o-A, § 2o A servidão ambiental não se aplica às Áreas de Preservação
Permanente e à Reserva Legal mínima exigida. (Redação dada pela Lei nº 12.651, de 2012).
IV. CORRETO.
Lei 6.938/81. Art. 9o-B, § 3o O detentor da servidão ambiental poderá aliená-la, cedê-la ou
transferi-la, total ou parcialmente, por prazo determinado ou em caráter definitivo, em favor de
outro proprietário ou de entidade pública ou privada que tenha a conservação ambiental como fim
social. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).
Letra D
97 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
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COMENTÁRIO
LEI 9.985/2000
I. CORRETO. Art. 4o O SNUC tem os seguintes objetivos:
XII - favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a recreação em
contato com a natureza e o turismo ecológico;
III. INCORRETO. Art. 6o O SNUC será gerido pelos seguintes órgãos, com as respectivas
atribuições:
I – Órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama, com as
atribuições de acompanhar a implementação do Sistema;
II - Órgão central: o Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de coordenar o Sistema;
IV. CORRETO. Art. 6º, Parágrafo único. Podem integrar o SNUC, excepcionalmente e a critério do
Conama, unidades de conservação estaduais e municipais que, concebidas para atender a
peculiaridades regionais ou locais, possuam objetivos de manejo que não possam ser
satisfatoriamente atendidos por nenhuma categoria prevista nesta Lei e cujas características
permitam, em relação a estas, uma clara distinção.
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COMENTÁRIO
A- CORRETA. Lei 12.651/2012. Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por: (...)
II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa,
com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e
a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar
das populações humanas;
B- CORRETA. Lei 12.651/2012. Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por: (...)VII - manejo
sustentável: administração da vegetação natural para a obtenção de benefícios econômicos, sociais
e ambientais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo e
considerando-se, cumulativa ou alternativamente, a utilização de múltiplas espécies madeireiras
ou não, de múltiplos produtos e subprodutos da flora, bem como a utilização de outros bens e
serviços;
C- CORRETA. Lei 12.651/2012. Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por: (...)XV - apicum:
áreas de solos hipersalinos situadas nas regiões entremarés superiores, inundadas apenas pelas
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D- CORRETA. Lei 12.651/2012. Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por: (...)XVI - restinga:
depósito arenoso paralelo à linha da costa, de forma geralmente alongada, produzido por
processos de sedimentação, onde se encontram diferentes comunidades que recebem influência
marinha, com cobertura vegetal em mosaico, encontrada em praias, cordões arenosos, dunas e
depressões, apresentando, de acordo com o estágio sucessional, estrato herbáceo, arbustivo e
arbóreo, este último mais interiorizado;
E- INCORRETA. Lei 12.651/2012. Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por: (...)XXIV -
pousio: prática de interrupção temporária de atividades ou usos agrícolas, pecuários ou
silviculturais, por no máximo 5 (cinco) anos, para possibilitar a recuperação da capacidade de uso
ou da estrutura física do solo; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
LETRA E
99 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE
Com base na jurisprudência dos Tribunais Superiores sobre a responsabilidade ambiental, julgue os
itens abaixo:
I. Quanto ao dano ambiental, não é admitida a condenação do réu à obrigação de fazer ou à de não
fazer cumulada com a de indenizar.
II. Não se aplica às ações de degradação ambiental a inversão do ônus da prova.
III. Na hipótese de ação civil pública proposta em razão de dano ambiental, não é cabível a condenação
em dinheiro a título de compensação por dano moral coletivo.
IV. A responsabilidade por dano ambiental é objetiva, informada pela teoria do risco integral, não
sendo admitidas excludentes de responsabilidade.
COMENTÁRIO
I. ERRADO. Súmula 629-STJ: Quanto ao dano ambiental, é admitida a condenação do réu à
obrigação de fazer ou à de não fazer cumulada com a de indenizar. STJ. 1ª Seção. Aprovada em
12/12/2018, DJe 17/12/2018.
II. ERRADO. Súmula 618-STJ: A inversão do ônus da prova aplica-se às ações de degradação
ambiental. STJ. Corte Especial. Aprovada em 24/10/2018, DJe 30/10/2018.
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III. ERRADO. Na hipótese de ação civil pública proposta em razão de dano ambiental, é possível
que a sentença condenatória imponha ao responsável, cumulativamente, as obrigações de
recompor o meio ambiente degradado e de pagar quantia em dinheiro a título de compensação por
dano moral coletivo. STJ. 2ª Turma. REsp 1328753-MG, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em
28/5/2013 (Info 526).
IV. CORRETO. A responsabilidade por dano ambiental é OBJETIVA, informada pela teoria do
RISCO INTEGRAL. Não são admitidas excludentes de responsabilidade, tais como o caso fortuito,
a força maior, fato de terceiro ou culpa exclusiva da vítima. O registro de pescador profissional e o
comprovante do recebimento do seguro-defeso são documentos idôneos para demonstrar que a
pessoa exerce a atividade de pescador. Logo, com tais documentos é possível ajuizar a ação de
indenização por danos ambientais que impossibilitaram a pesca na região. Se uma empresa causou
dano ambiental e, em decorrência de tal fato, fez com que determinada pessoa ficasse privada de
pescar durante um tempo, isso configura dano moral. O valor a ser arbitrado como dano moral não
deverá incluir um caráter punitivo. É inadequado pretender conferir à reparação civil dos danos
ambientais caráter punitivo imediato, pois a punição é função que incumbe ao direito penal e
administrativo. Assim, não há que se falar em danos punitivos (punitive damages) no caso de danos
ambientais. STJ. 2ª Seção. REsp 1354536-SE, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 26/3/2014
(recurso repetitivo) (Info 538).
LETRA D
COMENTÁRIO
I. INCORRETO. Segundo a Lei 9.433/97:
Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos:
I - a água é um bem de domínio público;
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LETRA A
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