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INSTRUÇÕES PARA A PROVA

1. Este caderno de prova contém 100 questões de MÚLTIPLA ESCOLHA.

2. Comporte-se como se estivesse em uma prova real: sem interrupções, sem consulta, sem acesso
a qualquer material que não seja sua caneta e sua água.

3. Instruções para a realização da prova:

a) Assinale apenas uma alternativa correta ou deixe em branco, caso não queira responder.
b) Lembre-se que o tempo de preenchimento do gabarito está incluído no tempo total de prova.

4. Instruções para o preenchimento do Cartão-Resposta:

 Utilize apenas caneta esferográfica preta ou azul.


 Assine no campo apropriado, sem ultrapassar os limites do espaço a que se destina.
 Marque as respostas preenchendo inteiramente o espaço a elas destinado no cartão resposta,
iniciando do centro para a periferia, para que a resposta seja considerada pela máquina leitora.
 Preencha o espaço corretamente porque não haverá, em hipótese alguma, substituição do
cartão resposta.

DURAÇÃO DESTA PROVA: 05h00

5. Anote, agora, o horário de início da prova: ___________.

Anote, ao final, o horário de sua finalização: ___________.

6. Estamos tratando do nosso simulado com muito profissionalismo, por isso pedimos a todos(as)
que correspondam mutuamente a essa expectativa de seriedade.

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GABARITO PRELIMINAR

ITEM RESP. ITEM RESP. ITEM RESP. ITEM RESP.


01 C 26 E 51 B 76 D
02 B 27 D 52 C 77 B
03 A 28 B 53 C 78 C
04 A 29 D 54 B 79 C
05 A 30 C 55 D 80 A
06 C 31 B 56 C 81 B
07 E 32 E 57 E 82 C
08 D 33 C 58 C 83 A
09 C 34 D 59 D 84 E
10 C 35 B 60 C 85 E
11 B 36 D 61 C 86 D
12 E 37 D 62 E 87 E
13 D 38 B 63 C 88 D
14 C 39 A 64 C 89 A
15 D 40 A 65 A 90 B
16 A 41 D 66 D 91 C
17 A 42 A 67 E 92 D
18 E 43 B 68 C 93 A
19 C 44 B 69 A 94 A
20 D 45 E 70 C 95 A
21 D 46 B 71 B 96 D
22 C 47 A 72 D 97 B
23 D 48 B 73 C 98 E
24 D 49 C 74 D 99 D
25 D 50 C 75 C 100 A

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SIMULADO 1 – AGE/MG
DIREITO CONSTITUCIONAL

1 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

A respeito da teoria do poder constituinte, assinale a alternativa incorreta:


a) Podem ser apontadas como características do poder constituinte originário o fato de ele ser político,
inicial, permanente e incondicionado.
b) O poder constituinte derivado é jurídico, limitado e condicionado, sendo que o poder constituinte
derivado decorrente é aquele atribuído pela Constituição aos Estados para se auto-organizarem,
elaborando as próprias Constituições estaduais.
c) A competência legislativa para a concessão de anistia àqueles que foram atingidos por atos estatais
de exceção, em decorrência de motivação exclusivamente política, à época da ditadura, não é
exclusiva do poder constituinte originário federal, podendo também ser concedida ou ampliada por
norma constitucional estadual.
d) As normas de reprodução obrigatória não podem ser afastadas pelo poder constituinte derivado
decorrente. Assim, a Constituição estadual não pode retirar da iniciativa privativa do chefe do Poder
Executivo normas que disciplinem a política remuneratória dos servidores públicos do Poder
Executivo.
e) Como limitação material ao poder constituinte reformador podem ser citados o voto direto, secreto,
universal e periódico, os direitos e garantias individuais, a separação dos Poderes e a forma federativa
de Estado.

COMENTÁRIO
A – CORRETA. O poder constituinte originário é o poder de criar uma Constituição. É político,
porque é um poder fático, metajurídico ou pré-jurídico, pois faz nascer a ordem jurídica. É inicial,
pois rompe com qualquer ordenamento jurídico anterior, sendo dele independente – todo o
ordenamento jurídico surge a partir dele. Quanto à forma de ser exercido, é incondicionado,
porquanto não está sujeito a qualquer forma prefixada para manifestar sua vontade. É permanente,
pois não se esgota no momento de seu exercício (na elaboração da constituição), podendo se
manifestar novamente a qualquer momento (diz-se que ele está em estado de latência).

B – CORRETA. O poder constituinte derivado é o poder de modificar a Constituição (reformador) e


o de elaborar as Constituições dos Estados (decorrente). É jurídico, pois decorre do direito, de
previsão constitucional. É derivado, pois é instituído pelo poder constituinte originário. É limitado,
pois encontra limitações constitucionais que deve respeitar, sob pena de inconstitucionalidade. É
condicionado, pois sua manifestação não é livre, devendo observar uma forma específica, prevista
na Constituição.

C – INCORRETA. É a que deve ser assinalada. A anistia a que se refere a assertiva está prevista
nos arts. 8º e 9º do ADCT. Trata-se de tentativa de reparar aqueles que foram vítimas de atos de

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exceção, institucionais ou complementares, e que, por isso, sofreram prejuízos em suas atividades
profissionais, em seus direitos ou por motivos políticos, mesmo que trabalhadores da iniciativa
privada, dirigentes e representantes sindicais. O STF tem jurisprudência firme no sentido de que a
competência da concessão legislativa da anistia, prevista nos arts. 8º e 9º do ADCT da CF/88, é
exclusiva do poder constituinte originário federal, razão pela qual não é possível que norma
constitucional estadual amplie tal benefício. Vejamos uma decisão do STF:

CONSTITUCIONAL. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. CONSTITUIÇÃO DO


PARANÁ (EC 14/2001). INDENIZAÇÃO POR ATOS DE EXCEÇÃO. TERCEIROS DE BOA-FÉ.
ARTS. 8º E 9º DO ADCT.
1. A anistia referida nos arts. 8º e 9º do ADCT foi prevista em benefício daqueles que foram vítimas
de atos de "exceção, institucionais ou complementares" que, de alguma forma, sofreram prejuízos
em suas atividades profissionais, em seus direitos ou por motivos políticos, mesmo que
trabalhadores da iniciativa privada, dirigentes e representantes sindicais.
2. A anistia dos arts. 8º e 9º do ADCT tem índole político-institucional e, por essa mesma natureza,
sua competência de concessão legislativa é exclusiva do poder constituinte originário federal. Isso
porque, muito embora seja previsão importante do ponto de vista da compensação financeira das
vítimas de atos de exceção, constitui-se também na aceitação excepcional de uma
responsabilidade civil extraordinária do Estado, quanto aos atos políticos do passado.
3. Essa repercussão política e financeira quando da concessão de anistia reveste o ato de absoluta
excepcionalidade e, por isso, não é possível que norma constitucional estadual amplie tal benefício.
ADI que se julga procedente.
(ADI 2639, Relator(a): Min. NELSON JOBIM, Tribunal Pleno, julgado em 08/02/2006, DJ 04-08-
2006 PP-00024 EMENT VOL-02240-01 PP-00085)

Recentemente, em 07/04/2017, o Plenário do STF reiterou esse entendimento ao julgar a AR


2013/RS:

AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO RESCISÓRIA. RECURSO INTERPOSTO EM 04.08.2010.


DIREITO ADMINISTRATIVO. ANISTIA. COMPATIBILIDADE DO ART. 9º DO ADCT DA
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL COM O CONTEÚDO DO ARTIGO 8º, §1º,
DO ADCT DA CONSTITUIÇÃO DE 1988. RETROATIVIDADE DOS EFEITOS FINANCEIROS.
IMPOSSIBILIDADE. COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO
FEDERAL. PRECEDENTES. 1. O Supremo Tribunal Federal já assentou que os efeitos financeiros
da anistia, nos termos do §1º do art. 8º do ADCT da CF/88, contam-se a partir da promulgação da
CF/88. 2. É firme a jurisprudência desta Corte no sentido de que a competência para concessão de
anistia é exclusiva do poder constituinte originário federal, razão pela qual não é possível que
norma constitucional estadual amplie tal benefício. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.
(AR 2013 AgR, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 07/04/2017,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-091 DIVULG 03-05-2017 PUBLIC 04-05-2017)
D – CORRETA. As normas de reprodução obrigatória não podem ser afastadas pelo exercício do
poder constituinte derivado decorrente, a exemplo do art. 60, §1º, II, “a”, da Constituição. Vejamos
a seguinte decisão do STF:

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AÇÃO DIRETA DE CONSTITUCIONALIDADE. ART. 47, CAPUT, DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO
DA BAHIA. ADITAMENTO À INICIAL. ANEXO IX, REFERIDO NOS ARTS. 1º E 2º DA LEI
ESTADUAL Nº 10.558/2007. DETERMINAÇÃO AO LEGISLADOR DE OBSERVÂNCIA DE
ISONOMIA REMUNERATÓRIA ENTRE POLICIAIS CIVIS E POLICIAIS MILITARES. BURLA À
INICIATIVA LEGISLATIVA DO PODER EXECUTIVO, INVIÁVEL INCLUSIVE NO EXERCÍCIO DO
PODER CONSTITUINTE DERIVADO. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL, POR AFRONTA AO
ART. 61, § 1º, II, “A”. VINCULAÇÃO ENTRE ESPÉCIES REMUNERATÓRIAS VEDADA PELA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL, POR VIOLAÇÃO DO ART.
37, XIII. CONFIGURAÇÃO DA INCONSTITUCIONALIDADE NA MERA AUTORIZAÇÃO AO
LEGISLADOR PARA EDITAR LEI QUE ESTABELEÇA A VINCULAÇÃO. NÃO CONHECIMENTO DO
PEDIDO FORMULADO NO ADITAMENTO, POR AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO (ART. 3º, I,
DA LEI Nº 9.868/99). 1. A inserção, no texto constitucional estadual, de matéria cuja veiculação por
lei se submeteria à iniciativa privativa do Poder Executivo subtrai a este último a possibilidade de
manifestação, uma vez que o rito de aprovação das Constituições de Estado e de suas emendas, a
exemplo do que se dá no modelo federal, não contempla sanção ou veto da chefia do Executivo. 2.
In casu, trata-se de dispositivo de Constituição Estadual que dispõe sobre política remuneratória
de servidores públicos do Poder Executivo, o que, como já reiteradas vezes decidido por esta Corte,
traduz-se em burla à reserva de iniciativa legislativa do tema à chefia do Poder Executivo estadual,
à luz do disposto no art. 61, § 1º, II, “a”, da Constituição Federal, norma de reprodução obrigatória
em sede estadual por força do princípio da independência e harmonia entre os Poderes (art. 2º) e
que não pode ser afastada nem mesmo no exercício do Poder Constituinte Decorrente. Precedentes
do STF: ADI 3295, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 30.06.2011; ADI 3930, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
j. 16.09.2009; ADI 4154, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 26.05.2010; ADI 3644, Rel. Min. Gilmar
Mendes, j. 04.03.2009; ADI 3555, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 04.03.2009 etc.. 3. A norma da
Constituição Estadual que determina ao legislador a observância da isonomia na remuneração
entre as carreiras de policiais civis e policiais militares viola a proibição de vinculação entre espécies
remuneratórias consagrada no art. 37, XIII, da Constituição Federal, tendo em vista a
dessemelhança entre as atribuições dos cargos e as organizações das carreiras e a impossibilidade
de o constituinte estadual atribuir ao legislador a competência para legislar em desacordo com a
Constituição da República. Precedente: ADI 761, Rel. Min. Néri da Silveira, j. 30.09.1993. 4. Pedido
julgado procedente, para declaração de inconstitucionalidade do art. 47, caput, da Constituição do
Estado da Bahia. Pedido de declaração de inconstitucionalidade do Anexo IX, referido nos arts. 1º
e 2º, da Lei Estadual nº 10.558/07, também do Estado da Bahia, em virtude da ausência de
apresentação dos fundamentos para o pedido, restando desatendido o art. 3º, I, da Lei nº 9.868/99,
especificamente quanto a este ponto. (ADI 3777, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno,
julgado em 19/11/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-026 DIVULG 06-02-2015 PUBLIC 09-02-
2015)

E – CORRETA. São as cláusulas pétreas previstas no art. 60, §4º, da Constituição, que representam
limitações materiais ao poder constituinte derivado.
LETRA C

2 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

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Acerca do controle de constitucionalidade, assinale a alternativa INCORRETA:


a) A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por advogado,
será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos
documentos necessários para comprovar a impugnação.
b) A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente
indeferidas pelo relator, cabendo apelação dessa decisão.
c) Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade.
d) Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de seu especial
significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá submeter o processo diretamente ao
Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação.
e) A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo
somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros.

COMENTÁRIO
Lei 9868/1999:

A – CORRETA. Art. 3o A petição indicará:


I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em
relação a cada uma das impugnações;
II - o pedido, com suas especificações.
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita
por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo
impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação.

B – ERRADA. Art. 4o A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente


serão liminarmente indeferidas pelo relator.
Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial.

C – CORRETA. Art. 7o Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de


inconstitucionalidade.

D – ERRADA. Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da
matéria e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a
prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da União e
do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo
diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação.

E – ERRADA. Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do


ato normativo somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros. (QUORUM
DE INSTALAÇÃO)
Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da
disposição ou da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo menos

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seis Ministros, quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de
constitucionalidade. (QUORUM DE VOTAÇÃO)
Parágrafo único. Se não for alcançada a maioria necessária à declaração de constitucionalidade ou
de inconstitucionalidade, estando ausentes Ministros em número que possa influir no julgamento,
este será suspenso a fim de aguardar-se o comparecimento dos Ministros ausentes, até que se
atinja o número necessário para prolação da decisão num ou noutro sentido.

LETRA B

3 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

No que diz respeito ao entendimento jurisprudencial acerca dos direitos e garantias fundamentais,
pode-se afirmar que:
a) A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da CF só é exigível dos filiados ao sindicato
respectivo.
b) A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art. 5º, XXXVI, da CF/88 é invocável pela entidade
estatal que a tenha editado.
c) A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal no curso do mandato não afasta a
inelegibilidade prevista no §7º do art. 14 da CF/88.
d) São nulas as provas obtidas por meio de requisição do Ministério Público de informações
bancárias de titularidade de prefeitura municipal para fins de apurar supostos crimes praticados
por agentes públicos contra a Administração Pública.
e) Para que seja publicada uma biografia não é necessária autorização prévia do indivíduo
biografado, sendo, contudo, necessária a autorização dos seus familiares retratados na obra.

COMENTÁRIO
A- CORRETA. Súmula Vinculante 40: A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da
CF/88, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo.

B- INCORRETA. Súmula 654, STF: A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art. 5º, XXXVI,
CF/88, não é invocável pela entidade estatal que a tenha editado.

C- INCORRETA. Súmula Vinculante 18: A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso


do mandato, afasta a inelegibilidade prevista no §7º do art. 14 da CF/88.

D- INCORRETA. Conforme decidiu a 5ª Turma do STJ no HC 308.493/CE, é lícita a requisição pelo


Ministério Público de informações bancárias de contas de titularidade da Prefeitura Municipal, com
o fim de proteger o patrimônio público, não se podendo falar em quebra ilegal de sigilo bancário.
(Informativo 572, STJ)

E- INCORRETA. Conforme decidiu o plenário do STF na ADI 4815/DF, é inexigível o consentimento


de pessoa biografada relativamente a obras biográficas literárias ou audiovisuais, sendo por igual

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desnecessária a autorização de pessoas retratadas como coadjuvantes ou de familiares, em caso
de pessoas falecidas ou ausentes. (Informativo 789, STF)

LETRA A

4 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Julgue os itens a seguir:


I. Habeas data é o remédio constitucional colocado à disposição da pessoa física ou jurídica com o
objetivo de lhe assegurar o conhecimento de registros concernentes ao requerente e constantes de
repartições públicas ou particulares acessíveis ao público, para retificação de seus dados pessoais,
quando não prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo, bem como para a
anotação, nos assentamentos do interessado, de contestação ou explicação sobre dado verdadeiro,
mas justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável.
II. A impetração de segurança por terceiro, contra ato judicial, condiciona-se a interposição de recurso.
III. O objeto da ação popular é o ato ilegal e lesivo ao patrimônio público e, dessa forma, essa ação se
presta a atacar lei em tese e lei de efeitos concretos
IV. Diferencia-se o Mandado de Injunção da Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão pois
aquele retrata processo subjetivo de controle de constitucionalidade, ao passo que este é processo
objetivo; mas se assemelham pois ambos preveem a medida liminar para suspender processos
judiciais ou procedimentos administrativos, ou ainda em outra providência a ser fixada pelo Poder
Judiciário.

Assinale a alternativa correta:


a) Somente I está correto.
b) Somente I e III estão corretos.
c) Somente II está correto.
d) Somente IV está correto.
e) Todos estão corretos.

COMENTÁRIO
I. CORRETO. CF, Art. 5º, LXXII - conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de
informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de
entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se
prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;

II. INCORRETO. Súmula 202 do STJ - A impetração de segurança por terceiro, contra ato judicial,
não se condiciona a interposição de recurso.

DIZER O DIREITO:
• Válida, mas com ressalvas.
• Não se aplica a súmula se o impetrante já tinha ciência do processo e já tinha postulado no feito

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Afasta-se a incidência da Súmula n. 202/STJ na hipótese em que a impetrante tenha tido ciência
do processo e já postulado no feito, inclusive requerendo a reconsideração da decisão impugnada
no writ.
É entendimento do STJ que o enunciado da Súmula n. 202 socorre tão somente aquele que não
teve condições de tomar ciência da decisão que lhe prejudicou, ficando impossibilitado de se utilizar
do recurso cabível.
STJ. 3ª Turma. RMS 42.593/RJ, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 08/10/2013.
• Outra observação importante é que esse enunciado deve ser interpretado em conjunto com a
Súmula 267 do STF
A Súmula 202 do STJ (“a impetração de segurança por terceiro, contra ato judicial, não se
condiciona a interposição de recurso”) deve ser conjugada com o teor do enunciado 267 da
Súmula do STF (“não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou
correição”).
Assim, é permitido que o terceiro se utilize da via mandamental sempre que não tenha obtido
condições de tomar ciência do ato judicial que lhe prejudicou, a impossibilitar a utilização do
recurso cabível.
STJ. 3ª Turma. AgInt no RMS 50.779/SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em
18/02/2019.

III. INCORRETO. É incabível a ação popular contra lei em tese.

IV. INCORRETO. Só a ADO prevê medida liminar para tal efeito (art. 12-F, § 1º da Lei nº 9.868/99)
MANDADO DE INJUNÇÃO - LIMINAR. Os pronunciamentos da Corte são reiterados sobre a
impossibilidade de se implementar liminar em mandado de injunção - Mandados de Injunção nºs
283, 542, 631, 636, 652 e 694, relatados pelos ministros Sepúlveda Pertence, Celso de Mello,
Ilmar Galvão, Maurício Corrêa, Ellen Gracie e por mim, respectivamente. AÇÃO CAUTELAR -
LIMINAR. Descabe o ajuizamento de ação cautelar para ter-se, relativamente a mandado de
injunção, a concessão de medida acauteladora. (AC 124 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO,
Tribunal Pleno, julgado em 23/09/2004, DJ 12-11-2004 PP-00006 EMENT VOL-02172-01 PP-
00001 RT v. 94, n. 832, 2005, p. 153-154 RJADCOAS v. 6, n. 63, 2005, p. 35-36)

LETRA A

5 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Sobre o regime constitucional de repartição de competências, julgue os itens a seguir:


I. Segundo o STF, é inconstitucional lei estadual que estabelece regras para a cobrança em
estacionamento de veículos.
II. O Brasil adota um federalismo dual.
III. Usurpa a competência da União para legislar sobre normas gerais de educação a lei editada por
Estado-membro, que disponha sobre número máximo de alunos em sala de aula na educação infantil,
fundamental e média.

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IV. O federalismo cooperativo é caracterizado por uma divisão mais rígida de competências entre a
entidade central e os demais entes federados, havendo um maior distanciamento entre os entes
federativos.

Assinale a alternativa correta:


a) Somente I está correto.
b) Somente II e IV estão corretos.
c) Somente I e III estão corretos.
d) Somente III está correto.
e) Todos estão corretos.

COMENTÁRIO
I. CORRETO. É inconstitucional lei estadual que estabelece regras para a cobrança em
estacionamento de veículos. (STF, Info 835/2016. ADI 4862/PR. 2016.)

II. INCORRETO. No que tange à repartição de competências, o federalismo dual caracteriza-se por
uma rígida separação das competências entre a entidade central e os demais entes federados, a
exemplo do que ocorre nos EUA. Os entes federados têm competências próprias, exercidas
rigidamente por cada um dos entes, independentemente daquelas conferidas aos demais, ou seja,
sem qualquer comunicação. Por outro lado, o federalismo cooperativo é caracterizado por uma
divisão não rígida de competências entre a entidade central e os demais entes federados, de modo
que todos exercem as competências de maneira conjunta, como é caso da federação brasileira, que
adota as competências comuns (art. 23, CF/88) e concorrentes (art. 24, CF/88).

III. INCORRETO. Lei editada por Estado-membro, que disponha sobre número máximo de alunos
em sala de aula na educação infantil, fundamental e média, não usurpa a competência da União
para legislar sobre normas gerais de educação (CF, art. 24, IX, e § 3°). (STF, Info 775/2015. ADI
4060.)

IV. INCORRETO. O federalismo cooperativo é caracterizado por uma divisão não rígida de
competências entre a entidade central e os demais entes federados, havendo uma maior
proximidade maior entre os entes federativos.

LETRA A

6 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Com relação aos mecanismos de defesa da CF e das Constituições estaduais, julgue os itens a
seguir:
I. Ante a constatação de que determinada lei municipal contraria princípio de intervenção
(princípio sensível) presente tanto na CF como na Constituição estadual, o governador do
estado poderá ajuizar ação de controle abstrato de normas tanto em relação à CF, perante o
STF, como em relação à Constituição estadual, perante o respectivo tribunal de justiça.

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II. No caso de representação com vistas à intervenção estadual em município para assegurar
a observância de princípios indicados na Constituição estadual, o provimento do pedido pelo
tribunal de justiça pode consistir na suspensão da execução do ato normativo impugnado,
mesmo que essa medida baste ao restabelecimento da normalidade.
III. No exercício da competência para o chamado veto jurídico no âmbito dos correspondentes
processos legislativos, governadores e prefeitos podem invocar violações às respectivas leis
fundamentais (Constituições estaduais e leis orgânicas municipais), vetando projetos de lei
com base na sua incompatibilidade com a CF.
IV. A lei orgânica municipal está subordinada aos termos da Constituição estadual
correspondente, podendo estabelecer condicionamentos ao poder de auto-organização dos
municípios.

Assinale a alternativa correta:


a) Somente I e III estão corretos.
b) Somente II, III e IV estão corretos.
c) Somente I, II e III estão corretos.
d) Somente IV está correto.
e) Todos estão corretos.

COMENTÁRIO
I. CORRETO. É possível que lei municipal seja objeto de ADPF (Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental) proposta perante o STF. Por meio da ADPF, será realizado o controle
abstrato de constitucionalidade da lei municipal, tendo como parâmetro a Constituição Federal de
1988. O Tribunal de Justiça tem competência para processar e julgar, originariamente, ADI de lei ou
ato normativo estadual ou municipal. Assim, será realizado o controle abstrato de
constitucionalidade da lei municipal, tendo como parâmetro a Constituição Estadual. Os legitimados
para propor as ações do controle abstrato de constitucionalidade perante o STF estão elencados no
art. 103, CF, dentre os quais está o Governador de Estado.

II. CORRETO. As hipóteses de intervenção do Estado em seus municípios estão previstas no art.
35, CF/88.

III. CORRETO. Há 2 (dois) tipos de veto: o veto jurídico e o veto político. O veto jurídico se dá quando
o Chefe do Poder Executivo considera que o projeto de lei é inconstitucional; por sua vez, o veto
político acontece quando o Chefe do Poder Executivo considera que o projeto de lei é contrário ao
interesse público. No veto jurídico, os Governadores e Prefeitos podem alegar que há
incompatibilidade entre o projeto de lei e a Constituição Federal. Em outras palavras, o fundamento
do veto jurídico realizado pelos Prefeitos e Governadores pode, sim, ter como parâmetro a
Constituição Federal.

IV. INCORRETO. O poder de auto-organização dos Municípios é, todavia, limitado pela


Constituição Federal (art. 29, CF/88). É unicamente a Constituição Federal que fixa os
parâmetros limitadores do poder de auto-organização dos Municípios. Segundo o STF, tais

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limites não podem ser atenuados nem agravados pela Constituição do Estado.

Letra C

7 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

De acordo com jurisprudência dos Tribunais Superiores, julgue os itens abaixo:


I. O Superior Tribunal de Justiça é o tribunal competente para o julgamento nas hipóteses em que,
não fosse a prerrogativa de foro (art. 105, I, da Constituição Federal), o desembargador acusado
houvesse de responder à ação penal perante juiz de primeiro grau vinculado ao mesmo tribunal.
II. É constitucional a norma federal que objetiva regular o uso de instrumentos de menor potencial
ofensivo, medida atinente à garantia do direito à vida, competência comum atribuída à União, aos
estados-membros e aos municípios.
III. Os ministros de turma do STF podem julgar monocraticamente os pleitos extradicionais sempre
que o próprio extraditando manifeste expressamente, de modo livre e voluntário, com assistência
técnico-jurídica de seu advogado, concordância com o pedido de sua extradição, desde que não tenha
cometido crime no território nacional, e se preenchidos os demais requisitos.
IV. No caso de CPI, é facultativo o comparecimento para ser ouvido na condição de investigado.

Assinale a alternativa correta:


a) Somente I, II e III estão corretos.
b) Somente II e IV estão corretos.
c) Somente I e III estão corretos.
d) Somente II está correto.
e) Todos estão corretos.

COMENTÁRIO
I. CORRETO. “Cinge-se a controvérsia a saber se desembargador que responde pela prática, em
tese, de delito de lesão corporal tem ou não prerrogativa de foro. O crime que é imputado ao réu
não tem relação com o exercício do cargo, de modo que, a princípio, aplicando-se o precedente do
Supremo Tribunal Federal no julgamento da QO na AP 937, não teria o réu foro no Superior
Tribunal de Justiça. Porém, quanto aos membros da magistratura nacional, pode-se afirmar que as
razões subjacentes à norma constitucional que estabelece foro por prerrogativa de função vão além
daquela considerada pelo STF (a de que o titular da prerrogativa de foro possa exercer suas
funções de forma livre e independente). É que, em se tratando de acusado e de julgador, ambos,
membros da magistratura nacional, pode-se afirmar que a prerrogativa de foro não se justifica
apenas para que o acusado pudesse exercer suas atividades funcionais de forma livre e
independente, pois é preciso também que o julgador possa reunir as condições necessárias ao
desempenho de suas atividades judicantes de forma imparcial. Esta necessidade não se revela
como um privilégio do julgador ou do acusado, mas como uma condição para que se realize justiça
criminal. Ser julgado por juiz com duvidosa condição de se posicionar de forma imparcial, afinal,
violaria a pretensão de realização de justiça criminal de forma isonômica e republicana. A partir
desta forma de colocação do problema, pode-se argumentar que, caso desembargadores,

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acusados da prática de qualquer crime (com ou sem relação com o cargo de Desembargador)
viessem a ser julgados por juiz de primeiro grau vinculado ao Tribunal ao qual ambos pertencem,
se criaria, em alguma medida, um embaraço ao juiz de carreira. Isso porque, consoante a disciplina
jurídica aplicável, os Tribunais locais (por meio de seus desembargadores) promovem sua própria
gestão (art. 96, I, "a", e art. 99 da Constituição) e correicionam as atividades dos juízes de primeiro
grau de jurisdição (art. 96, I, "b"), além de deliberarem sobre o vitaliciamento e efetuarem a
movimentação dos juízes na carreira, por antiguidade ou merecimento (art. 93, II e III) e, até,
autorizarem ou não o juiz a residir fora da comarca (art. 93, VII) e mesmo a fruição de licença, férias
ou outros afastamentos (art. 96, I, "f"). Neste contexto normativo constitucional, é de se questionar
se resultaria em credibilidade ou, eventualmente, em descrédito à justiça criminal a sentença penal
prolatada por juiz de primeiro grau que estivesse a apreciar se o desembargador que integra seu
tribunal há de ser considerado culpado ou não culpado pela infração a ele imputada. (Informativo
n. 639.)”
(QO na APn 878-DF, Rel. Min. Benedito Gonçalves, por maioria, julgado em 21/11/2018, DJe
19/12/2018)

DIZER O DIREITO:

O STJ disse o seguinte:

• O STF, ao analisar o art. 102, I, da CF/88 decidiu restringir o foro por prerrogativa de função para
Deputados Federais e Senadores. Em seguida, restringiu também para Ministros de Estado. A partir
dessa restrição, tais autoridades somente poderão ter foro no STF em caso de crimes cometidos
durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas.

• Diante dessa decisão do STF, eu (STJ) também irei restringir o foro por prerrogativa de função
para as autoridades que estão listadas no art. 105, I, “a”, da CF/88, aplicando o mesmo raciocínio.

• O fato de a regra de competência estar prevista no texto constitucional (art. 105 da CF/88) não
pode representar óbice à análise, por este STJ, de sua própria competência, sob pena de se
inviabilizar, nos casos como o dos autos, o exercício deste poder-dever básico de todo órgão
julgador, impedindo o imprescindível exame deste importante pressuposto de admissibilidade do
provimento jurisdicional. Em palavras mais simples, a restrição da competência do art. 105 da
CF/88 passa por uma nova intepretação do texto constitucional. A função precípua de interpretação
à Constituição Federal é do STF. No entanto, eu (STJ), assim como todo e qualquer magistrado,
também tenho a prerrogativa de interpretar as normas jurídicas, inclusive a Constituição da
República.

• Além disso, todo juiz é competente para analisar a sua própria competência (“kompetenz-
kompetenz”), de forma que eu (STJ) posso interpretar o art. 105 da CF/88 para dizer se sou ou não
competente para julgar determinada autoridade, podendo, assim, adotar a mesma restrição
construída pelo STF.

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• O foro especial no âmbito penal é prerrogativa destinada a assegurar a independência e o livre
exercício de determinados cargos e funções de especial importância, isto é, não se trata de
privilégio pessoal. O princípio republicano é condição essencial de existência do Estado de Direito
e impõe a supressão dos privilégios, devendo ser afastados da interpretação constitucional os
princípios e regras contrários à igualdade.

• O art. 105, I, “a”, da CF/88 consubstancia exceção à regra geral de competência, de modo que,
partindo-se do pressuposto de que a Constituição é una, sem regras contraditórias, deve ser
realizada a interpretação restritiva das exceções, com base na análise sistemática e teleológica da
norma.

• As mesmas razões fundamentais (a mesma ratio decidendi) que levaram o STF, ao interpretar o
art. 102, I, “b” e “c”, da CF/88, a restringir as hipóteses de foro por prerrogativa de função devem
ser também aplicadas ao art. 105, I, “a”.

• Assim, é de se conferir ao art. 105, I, “a”, da CF/88, o mesmo sentido e alcance atribuído pelo STF
ao art. 102, I, “b” e “c”, restringindo-se, desse modo, as hipóteses de foro por prerrogativa de função
perante o STJ àquelas em que o crime for praticado em razão e durante o exercício do cargo ou
função.

PORÉM

O Superior Tribunal de Justiça é o tribunal competente para o julgamento nas hipóteses em que,
não fosse a prerrogativa de foro (art. 105, I, da Constituição Federal), o desembargador acusado
houvesse de responder à ação penal perante juiz de primeiro grau vinculado ao mesmo tribunal.

Assim, mesmo que o crime cometido pelo Desembargador não esteja relacionado com as suas
funções, ele será julgado pelo STJ se a remessa para a 1ª instância significar que o réu seria julgado
por um juiz de primeiro grau vinculado ao mesmo tribunal que o Desembargador.

A manutenção do julgamento no STJ tem por objetivo preservar a isenção (imparcialidade e


independência) do órgão julgador.

STJ. Corte Especial QO na APn 878-DF, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 21/11/2018
(Info 639).

É uma espécie de “exceção” ao entendimento do STJ que restringe o foro por prerrogativa de
função.

O STJ entendeu que haveria um risco à imparcialidade caso o juiz de 1º instância julgasse um
Desembargador (autoridade que, sob o aspecto administrativo, está em uma posição
hierarquicamente superior ao juiz).

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De fato, o STF restringiu sua competência para julgar membros do Congresso Nacional somente
nas hipóteses de crimes praticados no exercício e em razão da função pública exercida. Todavia,
para o Min. Joel Ilan Paciornik, o referido precedente analisou expressamente apenas o foro por
prerrogativa de função referente a cargos eletivos, haja vista que o caso concreto tratava de ação
penal ajuizada em face de Deputado Federal.

A Corte Especial do STJ, no julgamento da QO na APN 878/DF reconheceu sua competência para
julgar Desembargadores acusados da prática de crimes com ou sem relação ao cargo, não
identificando simetria com o precedente do STF. Naquela oportunidade, firmou-se a compreensão
de que se Desembargadores fossem julgados por Juízo de Primeiro Grau vinculado ao Tribunal ao
qual ambos pertencem, criar-se-ia, em alguma medida, um embaraço ao Juiz de carreira
responsável pelo julgamento do feito. Em resumo, o STJ apontou discrímen relativamente aos
magistrados para manter interpretação ampla quanto ao foro por prerrogativa de função, aplicável
para crimes com ou sem relação com o cargo, com fundamento na necessidade de o julgador
desempenhar suas atividades judicantes de forma imparcial.

Nesse contexto, considerando que a previsão da prerrogativa de foro da Magistratura e do


Ministério Público encontra-se descrita no mesmo dispositivo constitucional (art. 96, III, da CF/88),
seria desarrazoado conferir-lhes tratamento diferenciado.

II. CORRETO. “Em conclusão de julgamento, o Plenário, por maioria, julgou improcedente pedido
formulado em ação direta de inconstitucionalidade ajuizada contra a Lei 13.060/2014, que
disciplina o uso de instrumentos de menor potencial ofensivo por agentes de segurança pública
em todo o território nacional (Informativo 922).
Prevaleceu o voto do ministro Edson Fachin, que assinalou inexistir invasão da autonomia
estadual, porque a União detém competência legislativa sobre a matéria. Esclareceu que a norma
objetiva regular o uso de instrumentos de menor potencial ofensivo, medida atinente à garantia do
direito à vida, competência comum atribuída à União, aos estados-membros e aos municípios
[Constituição Federal (CF), art. 23, I (1)]. As obrigações dirigidas aos órgãos públicos apenas
explicitam a proteção de direito e expõem o que está no texto constitucional. Por força da cláusula
material de abertura (CF, art. 5º, § 2º), ninguém poderá ser arbitrariamente privado de sua vida
(Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, art. 6º).
Noutro passo, o ministro assentou a improcedência da alegada usurpação da iniciativa do Poder
Executivo. Embora haja, de fato, dever imposto a servidores daquele Poder, a situação comporta
especificidade. Destina-se de forma genérica e abrangente a todos os quadros integrantes do
serviço de segurança pública. Além disso, regulamentar o uso da força não é atribuição exclusiva
do Poder Executivo. Tal como as práticas médicas são autorizadas por lei, reguladas por conselhos
profissionais e se aplicam a todos os médicos, servidores ou não, a regulação do uso da força
destina-se à totalidade dos agentes do Estado, que detém esse monopólio.
A seu ver, sob a ótica material, não há que se falar em usurpação da competência própria dos
órgãos policiais para definir os melhores padrões de atuação policial. O ato normativo adversado
limita-se a colher obrigações que decorrem da proteção do direito à vida, entre as quais está a de
impedir que qualquer um seja arbitrariamente dela privado. A arbitrariedade é aferida

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objetivamente por meio de padrões mínimos de razoabilidade e proporcionalidade e também de
padrões internacionais de referência, como os Princípios Básicos sobre o Uso da Força e Armas de
Fogo pelos Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei, adotados em congresso das Nações
Unidas.
Em seu art. 9º, aquele documento preceitua que os responsáveis pela aplicação da lei não usarão
armas de fogo contra pessoas, exceto se outros meios menos extremados revelem-se insuficientes
em casos de legítima defesa própria ou de outrem contra ameaça iminente de morte ou ferimento
grave; para impedir a perpetração de crime particularmente grave que envolva séria ameaça à vida;
para efetuar a prisão de alguém que represente risco e resista à autoridade; ou para impedir a fuga
de tal indivíduo. Em qualquer hipótese, o uso letal intencional de armas de fogo somente poderá
ser feito quando estritamente inevitável à proteção da vida.
De acordo com o ministro Edson Fachin, as garantias previstas na Lei 13.060/2014 não podem ser
suplantadas, porque são substrato à proteção exigida constitucionalmente. Ao ser regulamentada,
a norma poderá ser pormenorizada e detalhada pelo Poder Executivo e pelas próprias forças
policiais.
O ministro Roberto Barroso registrou que a lei apenas estabelece diretrizes gerais para o uso de
armas de fogo em âmbito nacional, de acordo com critérios razoáveis de proporcionalidade.
Segundo ele, cuida-se da competência da União para edição de normas gerais [CF, art. 22, XXI e
XXVIII (2)], que podem até mesmo ser complementadas pelos estados-membros.
Vencidos os ministros Alexandre de Moraes (relator) e Marco Aurélio, que julgaram procedente a
pretensão veiculada nos autos. Vislumbraram a ocorrência de inconstitucionalidade formal, por
vício de iniciativa parlamentar, e material, por ofensa aos postulados da separação dos poderes e
da autonomia estadual.” (ADI 5243/DF, rel. orig. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o ac. Min. Edson
Fachin, julgamento em 11.4.2019. (ADI-5243) (Informativo 937, Plenário)

III. CORRETO. “A Primeira Turma resolveu questão de ordem no sentido de autorizar seus ministros
a julgarem monocraticamente os pleitos extradicionais sempre que o próprio extraditando
manifeste expressamente, de modo livre e voluntário, com assistência técnico-jurídica de seu
advogado, concordância com o pedido de sua extradição, desde que não tenha cometido crime no
território nacional e se preenchidos os demais requisitos. Na sequência, deferiu pedido de
extradição formulado pelo Governo da China.
O colegiado registrou que a declaração expressa do extraditando é exigida quando a extradição é
voluntária [Lei 13.445/2017, art. 87 (1)]. Embora seja condição inapta a afastar o controle de
legalidade do pedido de extradição, a anuência possibilita a apreciação do pleito pelo relator.” (Ext
1564/DF, rel. Min. Luiz Fux, julgamento em 21.5.2019. (Ext-1564) (Informativo 941, Primeira
Turma)

IV. CORRETO. “A Segunda Turma, diante de empate na votação, concedeu a ordem de habeas
corpus para convolar a compulsoriedade de comparecimento em facultatividade e deixar a cargo
do paciente a decisão de comparecer, ou não, à Câmara dos Deputados, perante comissão
parlamentar de inquérito (CPI), para ser ouvido na condição de investigado.
Além disso, a Turma assegurou ao paciente, caso queira comparecer ao ato: a) o direito ao silêncio,
ou seja, a não responder perguntas a ele direcionadas; b) o direito à assistência por advogado

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durante o ato; c) o direito de não ser submetido ao compromisso de dizer a verdade ou de
subscrever termos com esse conteúdo; e d) o direito de não sofrer constrangimentos físicos ou
morais decorrentes do exercício dos direitos anteriores.
No caso, o paciente foi convocado para comparecer à Câmara dos Deputados, perante CPI que está
investigando as causas do rompimento de barragem da empresa de mineração da qual foi
presidente.
O colegiado rememorou que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem entendido que, tal como ocorre
em depoimentos prestados perante órgãos do Poder Judiciário, é assegurado o direito de o
investigado não se incriminar perante as CPI (HC 79.812).
O direito ao silêncio, que assegura a não produção de prova contra si mesmo, constitui pedra
angular do sistema de proteção dos direitos individuais e materializa uma das expressões do
princípio da dignidade da pessoa humana.
Esse princípio proíbe a utilização ou a transformação do homem em objeto dos processos e ações
estatais. O Estado está vinculado ao dever de respeito e proteção do indivíduo contra exposição a
ofensas ou humilhações.
O direito à não autoincriminação tem fundamento mais amplo do que o expressamente previsto
no art. 5º, LXIII, da Constituição Federal. Em verdade, ele é derivado da união de diversos
enunciados constitucionais, entre os quais os dos arts. 1º, III (dignidade humana), e 5º, LIV (devido
processo legal), LV (ampla defesa) e LVII (presunção de inocência).
Ademais, o direito ao silêncio foi consagrado em tratados internacionais de direitos humanos dos
quais o Brasil é signatário, que enunciam o direito do acusado de não depor contra si mesmo (Pacto
Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, art. 14, 3, g, em execução por força do Decreto
592/1992; e Pacto de São José da Costa Rica, art. 8.2, g, em execução por força do Decreto
678/1992).
O ministro Gilmar Mendes (relator) entendeu que, por sua qualidade de investigado, o paciente
não pode ser convocado a comparecimento compulsório, menos ainda sob ameaça de
responsabilização penal, no que foi acompanhado pelo ministro Celso de Mello.
Para o relator, se o paciente não é obrigado a falar, não faz qualquer sentido que seja obrigado a
comparecer ao ato, a menos que a finalidade seja de registrar as perguntas que, de antemão, todos
já sabem que não serão respondidas, apenas como instrumento de constrangimento e intimidação.
O ministro Celso de Mello acompanhou o relator.
Os ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia deferiram o habeas corpus em menor extensão, pois
tão somente não convolaram a compulsoriedade do comparecimento em faculdade. Desse modo,
mantiveram a necessidade de comparecimento do paciente à CPI.” (HC 171438/DF, rel. Min. Gilmar
Mendes, julgamento 28.5.2019. (HC-171438) (Informativo 942, Segunda Turma))

LETRA E

8 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Julgue os itens a seguir:

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I. São de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo as leis que disponham sobre criação de
cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua
remuneração.
II. Pode ser objeto de medida provisória matéria que vise a detenção ou sequestro de bens, de
poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro.
III. As medidas provisórias perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo
de sessenta dias, prorrogável uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar,
por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. Não editado o decreto legislativo até
sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas
constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.
IV. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos. Suas imunidades subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas
mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora
do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida.

Assinale a alternativa correta:


a) Somente I e II estão corretos.
b) Somente III está correto.
c) Somente I está correto.
d) Somente I, III e IV estão corretos.
e) Todos estão corretos.

COMENTÁRIO
I. CORRETO. É o que dispõe o art. 61, §1º, inciso II, alínea “a”, da Constituição:
“Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão
da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da
República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da
República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
(...)
II - disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou
aumento de sua remuneração;”

II. INCORRETO. É o que dispõe o art. 62, §1º, II, da Constituição:


“Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria
(...)
II – que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo
financeiro;”

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III. CORRETO. É o que dispõem os §§ 3º e 11 do art. 62 da Constituição. Vejamos:
“Art. 62. (...)
§ 3º. As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a
edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do §
7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo,
as relações jurídicas delas decorrentes.
(...)
§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou
perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos
praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.”

IV. CORRETO. É o que dispõe o art. 53 e o seu §8º, da Constituição:


“Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas
opiniões, palavras e votos.
(...)
§ 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo
ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos
praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da
medida.”

LETRA D

9 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Sobre a Advocacia Pública e a Defensoria Pública, julgue os itens a seguir:


I. Ao titular do cargo de Procurador de autarquia não se exige a apresentação de instrumento de
mandato para representá-la em juízo.
II. A garantia da inamovibilidade é conferida pela CF apenas aos magistrados, aos membros do
Ministério Público e membros da Defensoria Pública.
III. Não é dado ao chefe do Poder Executivo estadual, de forma unilateral, reduzir a proposta
orçamentária da Defensoria Pública quando essa é incompatível com a LDO.
IV. São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a independência
funcional.

Assinale a alternativa correta:


a) Somente I está correto.
b) Somente II e IV estão corretos.
c) Somente I, II e IV estão corretos.
d) Somente III está correto.
e) Todos estão corretos.

COMENTÁRIO

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I. CORRETO. Súmula 644 do STF: Ao titular do cargo de procurador de autarquia não se exige a
apresentação de instrumento de mandato para representá-la em juízo.

II. CORRETO. A garantia da inamovibilidade é conferida pela CF apenas aos magistrados, aos
membros do Ministério Público e aos membros da Defensoria Pública, não podendo ser estendida
aos procuradores do Estado.
[ADI 291, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 7-4-2010, P, DJE de 10-9-2010.]

III. INCORRETO. Só não pode haver alteração se for compatível com a LDO. [ADPF 307 MC-REF,
rel. min. Dias Toffoli, j. 19-12-2013, P, DJE de 27-3-2014.]

DIZER O DIREITO :

Ao receber a proposta orçamentária da Defensoria, caso o Governador entendesse que as despesas


ali previstas estavam muito elevadas, ele poderia tomar alguma providência?
SIM, mas essa providência não era a redução unilateral dos valores, como foi feito.
Caso o Governador entendesse que o orçamento da Defensoria estava com números incompatíveis
com as capacidades atuais do Estado, ele deveria encaminhar o projeto de Lei Orçamentária Anual
à Assembleia Legislativa, com a proposta orçamentária da Defensoria na íntegra (como órgão
autônomo e nos valores por ela aprovados) e, a partir daí, pleitear, de forma democrática e plural,
junto ao Poder Legislativo que promovesse as reduções orçamentárias na proposição da Instituição.
No Parlamento, após as discussões pertinentes, poderiam (ou não) ser aprovadas as reduções
sugeridas.

IV. CORRETO. Art. 134, § 4º, CF- São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a
indivisibilidade e a independência funcional, aplicando-se também, no que couber, o disposto no
art. 93 e no inciso II do art. 96 desta Constituição Federal. (Incluído pela EC 80/2014)

LETRA C

10 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Sobre a Constituição do Estado de Minas Gerais, assinale a alternativa incorreta:


a) Incide na penalidade de destituição de mandato administrativo ou de cargo ou função de direção,
em órgão da administração direta ou entidade da administração indireta, o agente público que
deixar injustificadamente de sanar, dentro de noventa dias da data do requerimento do
interessado, omissão que inviabilize o exercício de direito constitucional.
b) São símbolos do Estado a bandeira, o hino e o brasão, definidos em lei.
c) Compete ao Estado explorar diretamente, ou mediante concessão, permissão ou autorização, os
serviços de transporte rodoviário estadual de passageiros e de transporte aquaviário que não
transponham os limites de seu território, e diretamente, ou mediante concessão, permissão ou
autorização, a infraestrutura e os serviços de transporte ferroviário que não transponham os
limites de seu território.

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d) A Assembleia Legislativa se reunirá, em sessão ordinária, na Capital do Estado,
independentemente de convocação, de primeiro de fevereiro a dezoito de julho e de primeiro de
agosto a vinte de dezembro de cada ano.
e) Compete privativamente ao Governador do Estado conferir condecoração e distinção honoríficas,
salvo o título de cidadão honorário do Estado.

COMENTÁRIO
A- CORRETA. CE/MG, Art. 4º – O Estado assegura, no seu território e nos limites de sua
competência, os direitos e garantias fundamentais que a Constituição da República confere aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País.
§ 1º – Incide na penalidade de destituição de mandato administrativo ou de cargo ou função de
direção, em órgão da administração direta ou entidade da administração indireta, o agente público
que deixar injustificadamente de sanar, dentro de noventa dias da data do requerimento do
interessado, omissão que inviabilize o exercício de direito constitucional.

B- CORRETA. Art. 7º – São símbolos do Estado a bandeira, o hino e o brasão, definidos em lei.

C- INCORRETA. Art. 10 – Compete ao Estado:


(...)
IX – explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços de transporte rodoviário estadual
de passageiros e de transporte aquaviário que não transponham os limites de seu território, e
diretamente, ou mediante concessão, permissão ou autorização, a infraestrutura e os serviços de
transporte ferroviário que não transponham os limites de seu território;
(Inciso com redação dada pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 105, de 4/12/2020.)

D- CORRETA. Art. 53 – A Assembleia Legislativa se reunirá, em sessão ordinária, na Capital do


Estado, independentemente de convocação, de primeiro de fevereiro a dezoito de julho e de
primeiro de agosto a vinte de dezembro de cada ano.
(Caput com redação dada pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 74, de 11/5/2006.)

E- CORRETA. Art. 90 – Compete privativamente ao Governador do Estado:


(...)
XVII – conferir condecoração e distinção honoríficas, ressalvado o disposto no inciso XXXIX do caput
do art. 62 desta Constituição;
(Inciso com redação dada pelo art. 2º da Emenda à Constituição nº 103, de 20/12/2019.)
(Vide Deliberação da Mesa da ALMG nº 2.753, de 28/9/2020.)

Art. 62 – Compete privativamente à Assembleia Legislativa:


XXXIX – conceder título de cidadão honorário do Estado.
(Inciso acrescentado pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 103, de 20/12/2019.)
(Inciso regulamentado pela Deliberação da Mesa da ALMG nº 2.753, de 28/9/2020.)

LETRA C

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DIREITO ADMINISTRATIVO

11 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Sobre a organização administrativa dos entes públicos, com base na jurisprudência dos tribunais
superiores, julgue os itens a seguir:
I. É constitucional norma de Constituição Estadual que exija prévia arguição e aprovação da
Assembleia Legislativa para que o Governador do Estado nomeie os dirigentes das autarquias e
fundações públicas.
II. É inconstitucional norma de Constituição Estadual que exija prévia arguição e aprovação da
Assembleia Legislativa para que o Governador do Estado nomeie os titulares da Procuradoria-Geral
do Estado.
III. É constitucional a suspensão realizada por conselho de fiscalização profissional do exercício
laboral de seus inscritos por inadimplência de anuidades.
IV. Recentemente, o STF entendeu que as anuidades cobradas pelos conselhos profissionais não se
caracterizam como tributos.

Assinale a alternativa correta:


a) Somente I está correto.
b) Somente II está correto.
c) Somente II e IV estão corretos.
d) Somente I e III estão corretos.
e) Todos estão corretos.

COMENTÁRIO
I. INCORRETO. É inconstitucional norma de Constituição Estadual que exija prévia arguição e
aprovação da Assembleia Legislativa para que o Governador do Estado nomeie os dirigentes das
autarquias e fundações públicas, os presidentes das empresas de economia mista e assemelhados,
os interventores de Municípios, bem como os titulares da Defensoria Pública e da Procuradoria-
Geral do Estado. STF. Plenário. ADI 2167/RR, rel. orig. Min. Ricardo Lewandowski, red. p/ o ac. Min.
Alexandre de Moraes, julgado em 3/6/2020 (Info 980).

Fonte: Dizer o Direito

II. CORRETO. Ver acima.


III. INCORRETO. O Estatuto da OAB (Lei nº 8.906/94) prevê que o advogado que deixar de pagar
as contribuições devidas à OAB (anuidades) pratica infração disciplinar (art. 34, XXIII, da Lei nº
8.906/94) e pode ser suspenso do exercício, ficando proibido de exercer a advocacia enquanto não
pagar integralmente a dívida, com correção monetária (art. 37, § 2º). O STF entendeu que esses
dispositivos são inconstitucionais porque representam medida desproporcional que caracteriza
sanção política, além de ofender a livre iniciativa e a liberdade profissional. É inconstitucional a

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suspensão realizada por conselho de fiscalização profissional do exercício laboral de seus inscritos
por inadimplência de anuidades, pois a medida consiste em sanção política em matéria tributária.
STF. Plenário. RE 647885, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 27/04/2020 (Repercussão Geral –
Tema 732) (Info 978).

Fonte: Dizer o Direito

IV. INCORRETO. A anuidade cobrada pela OAB possui natureza tributária? Os Tribunais Superiores
divergem sobre o tema: STJ: NÃO. Os créditos decorrentes da relação jurídica travada entre a OAB
e os advogados não compõem o erário e, consequentemente, não têm natureza tributária. STJ. 1ª
Turma. REsp 1574642/SC, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 16/02/2016. STF: SIM As anuidades
cobradas pelos conselhos profissionais caracterizam-se como tributos da espécie contribuições de
interesse das categorias profissionais, nos termos do art. 149 da Constituição da República. STF.
Plenário. RE 647885, Rel. Edson Fachin, julgado em 27/04/2020.

Depois do julgado acima, a Lei nº 14.195/2021 inseriu o parágrafo único ao art. 4º da Lei nº
12.514/2011 prevendo expressamente que não é possível a suspensão do exercício profissional
em razão do inadimplemento de anuidades devidas à entidade de classe:

Art. 4º (...) Parágrafo único. O inadimplemento ou o atraso no pagamento das anuidades previstas
no inciso II do caput deste artigo não ensejará a suspensão do registro ou o impedimento de
exercício da profissão.

Fonte: Dizer o Direito

LETRA B

12 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Tendo em vista os aspectos diversos relacionados ao direito administrativo, assinale a alternativa


incorreta.
a) O costume é fonte autônoma do Direito Administrativo.
b) O precedente administrativo que observou a legalidade e o interesse público, por ser fonte do
Direito Administrativo, deve ser observado em casos futuros e semelhantes pela mesma entidade da
Administração Pública.
c) A jurisprudência é fonte indireta do Direito Administrativo.
d) A doutrina pátria admite exceções ao princípio da legalidade, como, por exemplo, a medida
provisória.
e) O princípio da eficiência consta no texto originário da Constituição Federal de 1988 e exige que a
atividade administrativa seja exercida com presteza e perfeição, fundamentando uma administração
pública burocrática.

COMENTÁRIO

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A, B – CORRETAS. As fontes são os meios e as formas de revelação do Direito. As fontes do Direito
Administrativo são: lei (juridicidade), doutrina, jurisprudência, costumes e precedentes
administrativos.
Costumes: revelam o comportamento reiterado e constante da administração, com força coercitiva.
Existem dois elementos inerentes aos costumes: 1) objetivo: repetição da conduta; 2) subjetivo:
convicção de sua obrigatoriedade. A doutrina divide os costumes em três espécies: secundum
legem (previsto ou admitido pela lei), praeterlegem (preenche lacunas normativas) e contra legem
(opõe-se à norma legal). Para Rafael Carvalho Rezende Oliveira, ressalvado o costume contra
legem, o costume é fonte autônoma do Direito Administrativo. Os costumes podem derivar de
comportamentos reiterados da própria Administração (praxe administrativa).
Precedentes administrativos: podem ser conceituados como a norma jurídica retirada de decisão
administrativa anterior, válida e de acordo com o interesse público, que, após aplicação em
determinado caso concreto, deve ser observada em casos futuros e semelhantes pela mesma
Administração Pública. O precedente administrativo pode surgir da prática reiterada e uniforme de
atos administrativos em situações similares. A teoria dos precedentes administrativos é aplicada
em relações jurídicas distintas que apresentem identidade subjetiva (mesmo ente federativo ou
mesma entidade administrativa) e objetiva (semelhança entre os fatos do precedente e do caso
atual). A teoria pressupõe, também, a legalidade do precedente.

C – CORRETA.
Fontes imediatas ou diretas: têm força suficiente para a produção de normas jurídicas. Exemplo:
lei e costumes.
Fontes mediatas ou indiretas: não têm força suficiente para a produção de normas jurídicas, mas
condicionam ou influenciam essa produção. Exemplo: doutrina e jurisprudência.
Curso de Direito Administrativo – Rafael Carvalho Rezende Oliveira – 2017.

D- CORRETA.

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPRESSOS: são aqueles expressamente mencionados no texto


da Constituição, citados no art. 37; e

IMPLÍCITOS: são os princípios reconhecidos pela doutrina e pela jurisprudência a partir da


interpretação sistemática do ordenamento jurídico.

 LEGALIDADE
PRINCÍPIOS  IMPESSOALIDADE
CONSTITUCIONAIS  MORALIDADE
EXPRESSOS  PUBLICIDADE
 EFICIÊNCIA
 RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE
OUTROS PRINCÍPIOS  AUTOTUTELA
 PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE
 MOTIVAÇÃO

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(podem ser encontrados na  SEGURANÇA JURÍDICA
Lei 9.784/99 e na Lei  CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA
8.666/93)  IGUALDADE
 FINALIDADE PÚBLICA

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: a legalidade administrativa se concretiza como uma garantia aos


administrados, que podem exigir a consonância do ato administrativo com a lei, sob pena de sua
invalidação. A legalidade estrita evoluiu ao longo da história e gerou duas novas concepções:

LEGITIMIDADE: deriva do enfraquecimento do positivismo. Não basta que a conduta esteja


aparentemente de acordo com a lei; tal princípio exige também a obediência à moralidade e à
finalidade pública. Permite uma maior amplitude no controle do ato administrativo pelo poder
judiciário, que pode, para invalidá-lo, avaliar sua adequação à finalidade pública e aos princípios
que regem a Administração Pública.

JURIDICIDADE: é um conceito maior, que extrapola a compreensão tradicional da legalidade


estrita, pois vincula a Administração Pública ao ordenamento jurídico como um todo (lei +
constituição + princípios). O Direito Administrativo se vincula não apenas à lei, mas ao Direito como
um todo.

ATENÇÃO!
Para Celso Antônio Bandeira de Mello, o princípio da legalidade pode sofrer restrições
excepcionais, admitida pela própria Constituição, em caso de:
 medida provisória
 decretação do estado de defesa e do estado de sítio.

E – ERRADA. O princípio da eficiência foi inserido no texto constitucional pela EC 19/98. Exige que
a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional. Sua
aplicação orienta e serve de fundamento para a construção de uma administração pública gerencial,
que se sucedeu ao paradigma da administração burocrática.

LETRA E

13 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Acerca dos poderes administrativos:


a) O poder de polícia é sempre discricionário, segundo o entendimento da doutrina, pois prevalece a
supremacia do interesse público de forma a condicionar o exercício das liberdades individuais.
b) A multa, como sanção decorrente do exercício do poder de polícia, possui autoexecutoriedade,
visto que independe da vontade do Poder Judiciário.
c) A ação punitiva do ente estatal prescreve em 5 anos, contados da data em que a Administração
conhece quem é o autor da prática do ato.

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d) Caso um servidor pratique um ilícito administrativo de forma continuada, não cabe a sanção com
um aumento de quantum sancionatório, por aplicação analógica do art. 71, caput, do Código Penal.
e) Compete ao Município fixar o horário de funcionamento bancário para atendimento ao público, em
razão do exercício do poder de polícia.

COMENTÁRIO
A- INCORRETA. Embora, via de regra, seja discricionário, o poder de polícia pode ser vinculado,
segundo o entendimento doutrinário, a exemplo da concessão de licença para construção.

B- INCORRETA. O atributo da autoexecutoriedade se verifica quando a lei permite, ou em situações


urgentes.

C- INCORRETA. A lei nº 9.873/99 prevê o prazo de 5 anos a contar da data do fato.

D- CORRETA. Segundo o STJ, a aplicação da legislação penal ao processo administrativo restringe-


se aos ilícitos que, cometidos por servidores, também possuam tipificação penal (RMS nº
19.853/MS). Recentemente, o STJ reafirmou esse posicionamento no REsp 1471760-GO.

E- INCORRETA. Compete à União (Súmula 19 do STJ), como ressalva à Súmula Vinculante 38, por
se tratar de interesse nacional.
Súmula Vinculante 38: É competente o município para fixar o horário de funcionamento de
estabelecimento comercial.

LETRA D

14 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Acerca da organização da Administração Pública, é correto afirmar:


a) As autarquias são decorrência da desconcentração administrativa.
b) Na descentralização por colaboração ocorre a transferência da titularidade e da execução do
serviço público.
c) As agências reguladoras têm natureza de autarquia especial, com certa independência em
relação ao Poder Executivo, regime especial e mandato fixo.
d) As sociedades de economia mista podem ser constituídas sob qualquer forma de organização
empresarial.
e) As empresas públicas apenas podem ter como objeto a exploração de atividade econômica.

COMENTÁRIO
A – ERRADA. A Administração Pública indireta compreende as entidades administrativas que
exercem funções administrativas, a partir da descentralização legal, e que estão vinculadas ao
respectivo Ente Federativo.

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DESCONCENTRAÇÃO  ocorre dentro de uma mesma pessoa. Cria os órgãos (centros de
competência desprovidos de personalidade jurídica). Há uma relação de subordinação e
hierarquia.
DESCENTRALIZAÇÃO  cria uma nova pessoa jurídica, de direito público ou de direito privado.
Não há subordinação. Há apenas vinculação e controle finalístico da atividade (também chamado
de supervisão ministerial).

B – ERRADA.
A doutrina apresenta três modalidades de descentralização:
DESCENTRALIZAÇÃO TERRITORIAL OU Quando se atribui à entidade local,
GEOGRÁFICA geograficamente delimitada, personalidade
jurídica de direito público, com capacidade
administrativa genérica. Ex: territórios federais
(não existem atualmente).
O Poder Público cria uma nova Pessoa Jurídica,
de direto público ou de direito privado, que
DESCENTRALIZAÇÃO POR SERVIÇOS, recebe a titularidade e a execução de serviços
FUNCIONAL OU TÉCNICA públicos. Ex: autarquias, estatais e fundações.
Também é chamada de OUTORGA.
É feita por meio de LEI.
A transferência da execução da atividade
DESCENTRALIZAÇÃO POR ocorre por meio de contrato ou ato
COLABORAÇÃO administrativo unilateral para pessoa jurídica
de direito privado, previamente existente,
permanecendo o Poder Público com a
titularidade do serviço. Ex: concessão e
permissão de serviço público.
Também é chamada de DELEGAÇÃO.
É feita por meio de CONTRATO ou ATO
ADMINISTRATIVO.

C – CORRETA.
As agências reguladoras são inspiradas no modelo norte-americano, em que as agências desfrutam
de ampla independência no exercício de suas atribuições. Têm natureza jurídica de autarquia
especial, pois desfrutam de regime especial e mandato fixo para seus dirigentes. As agências
reguladoras possuem natureza técnica, e suas decisões não se submetem à revisão de outro órgão
integrante do Poder Executivo, mas apenas ao controle de legitimidade exercido pelo Poder
Judiciário. A função regulatória das agências reguladoras é a competência para expedirem normas
com o intuito de regularem a prestação, a fiscalização e a fruição dos serviços públicos.
RELACIONADO AO TEMA:
As agências executivas são as autarquias ou fundações públicas, assim qualificadas por ato do
chefe do executivo, o que permite a celebração, com o ministério supervisor, de um contrato de
gestão, passando a gozar de maiores privilégios. Visa a assegurar maior eficiência no desempenho

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de suas atividades e redução dos custos. Os dirigentes NÃO dispõem de estabilidade. Poderão
dispensar a licitação na contratação de bens, serviços e obras pelo dobro do limite estipulado na
lei de licitações.

D – ERRADA.
E – ERRADA.

EMPRESA PÚBLICA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA


Pessoa jurídica de direito privado Pessoa jurídica de direito privado
Criada mediante autorização legal Criada mediante autorização legal
Capital exclusivamente público Capital público e privado (o Poder Público
detém a maioria do capital votante)
Prestação de serviço público ou exploração de Prestação de serviço público ou exploração de
atividade econômica atividade econômica
Qualquer forma de organização empresarial Sob a forma de sociedade anônima
Foro federal (para as federais) Foro comum

Direito Administrativo. Vol.9. Fernando F. Baltar Neto e Ronny Charles L. Torres. 2018.

RESPOSTA: C

15 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Assinale a alternativa incorreta de acordo com a Constituição do Estado de Minas Gerais:

a) A atividade de administração pública dos Poderes do Estado e a de entidade descentralizada se


sujeitarão aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e
razoabilidade.
b) A atividade administrativa do Estado se organizará em sistemas, principalmente a de
planejamento, a de finanças e a de administração geral.
c) É facultado ao Estado criar órgão, dotado de autonomia financeira e administrativa, segundo a lei,
sob a denominação de órgão autônomo.
d) As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
e) Os bens do patrimônio estadual devem ser cadastrados, zelados e tecnicamente identificados,
especialmente as edificações de interesse administrativo, as terras públicas e a documentação dos
serviços públicos.

COMENTÁRIO
A- CORRETA. CE/MG, art. 13 – A atividade de administração pública dos Poderes do Estado

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e a de entidade descentralizada se sujeitarão aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade, eficiência e razoabilidade. (Caput com redação dada pelo art. 1º da Emenda
à Constituição nº 49, de 13/6/2001.)

B- CORRETA. CE/MG, art. 14, § 2º – A atividade administrativa do Estado se organizará em


sistemas, principalmente a de planejamento, a de finanças e a de administração geral.

C- CORRETA. CE/MG, art. 14, § 3º – É facultado ao Estado criar órgão, dotado de autonomia
financeira e administrativa, segundo a lei, sob a denominação de órgão autônomo.

D- INCORRETA. A assertiva traz a literalidade do conhecido § 6º do artigo 37 da Constituição


Federal; porém, o enunciado exigia respostas de acordo com a Constituição Estadual de Minas
Gerais, que traz texto ligeiramente diferente na parte final:

CE/MG, art. 16 – As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de


serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, sendo obrigatória a regressão, no prazo estabelecido em lei, contra o responsável, nos
casos de dolo ou culpa. (Vide Lei nº 11.813, de 23/1/1995.)

E- CORRETA. CE/MG, art. 18, § 3º – Os bens do patrimônio estadual devem ser cadastrados,
zelados e tecnicamente identificados, especialmente as edificações de interesse administrativo, as
terras públicas e a documentação dos serviços públicos. (Vide Lei nº 11.020, de 8/1/1993.)

LETRA D

16 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

De acordo com jurisprudência dos Tribunais Superiores, julgue os itens abaixo cerca do exercício do
poder de autotutela da Administração Pública:
I. Não é possível a anulação do ato de anistia pela administração pública quando já decorrido o prazo
decadencial contido na Lei nº 9.784/1999.
II. O decurso do lapso temporal de 5 (cinco) anos não é causa impeditiva bastante para inibir a
Administração Pública de revisar determinado ato, haja vista que a ressalva da parte final da cabeça
do art. 54 da Lei nº 9.784/99 autoriza a anulação do ato a qualquer tempo, uma vez demonstrada, no
âmbito do procedimento administrativo, com observância do devido processo legal, a má-fé do
beneficiário.
III. Ainda que determinado ato da Administração Pública seja flagrantemente inconstitucional, para
que haja a sua anulação deve-se observar o prazo decadencial previsto no art. 54 da Lei nº 9.784/99.
IV. A administração pública não pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.

Assinale a alternativa correta:


a) Somente II está correto.
b) Somente I e III estão corretos.

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c) Somente IV está correto.
d) Somente II e IV estão corretos.
e) Todos estão corretos.

COMENTÁRIO
I. INCORRETO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA.
ANULAÇÃO DE ANISTIA. DECADÊNCIA. INEXISTÊNCIA. REVISÃO DE ENTENDIMENTO DO STJ.
APLICAÇÃO DA ORIENTAÇÃO FIRMADA PELO STF SOB O REGIME DA REPERCUSSÃO GERAL.
TEMA 839/STF. SEGURANÇA DENEGADA.
1. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 817.338, submetido ao rito da repercussão
geral, definiu a tese segundo a qual, "no exercício do seu poder de autotutela, poderá a
Administração Pública rever os atos de concessão de anistia a cabos da Aeronáutica com
fundamento na Portaria n. 1.104/1964, quando se comprovar a ausência de ato com motivação
exclusivamente política, assegurando-se ao anistiado, em procedimento administrativo, o devido
processo legal e a não devolução das verbas já recebidas" (Tema 839/STF).
2. De acordo com a orientação do Pretório Excelso, ocorrendo violação direta do art. 8º da ADCT, é
possível a anulação do ato de anistia pela administração pública, mesmo quando decorrido o prazo
decadencial contido na Lei N. 9.784/1999.
3. No caso, a impetração procura demonstrar a decadência administrativa para o processo de
revisão da anistia e a necessidade de ser observado o princípio da segurança jurídica. A inicial não
traz argumentação específica no tocante à existência de vício do processo administrativo instaurado
em relação ao impetrante, o que impossibilita, na presente seara, o avanço sobre a existência ou
não de violação do princípio do devido processo legal.
4. Segurança denegada.
(MS 19.070/DF, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, Rel. p/ Acórdão Ministro OG
FERNANDES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/02/2020, DJe 27/03/2020)

EMENTA Direito Constitucional. Repercussão geral. Direito Administrativo. Anistia política.


Revisão. Exercício de autotutela da administração pública. Decadência. Não ocorrência.
Procedimento administrativo com devido processo legal. Ato flagrantemente inconstitucional.
Violação do art. 8º do ADCT. Não comprovação de ato com motivação exclusivamente política.
Inexistência de inobservância do princípio da segurança jurídica. Recursos extraordinários providos,
com fixação de tese. 1. A Constituição Federal de 1988, no art. 8º do ADCT, assim como os
diplomas que versam sobre a anistia, não contempla aqueles militares que não foram vítimas de
punição, demissão, afastamento de suas atividades profissionais por atos de motivação política, a
exemplo dos cabos da Aeronáutica que foram licenciados com fundamento na legislação disciplinar
ordinária por alcançarem o tempo legal de serviço militar (Portaria nº 1.104-GM3/64). 2. O decurso
do lapso temporal de 5 (cinco) anos não é causa impeditiva bastante para inibir a Administração
Pública de revisar determinado ato, haja vista que a ressalva da parte final da cabeça do art. 54 da
Lei nº 9.784/99 autoriza a anulação do ato a qualquer tempo, uma vez demonstrada, no âmbito do
procedimento administrativo, com observância do devido processo legal, a má-fé do beneficiário.
3. As situações flagrantemente inconstitucionais não devem ser consolidadas pelo transcurso do
prazo decadencial previsto no art. 54 da Lei nº 9.784/99, sob pena de subversão dos princípios, das

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regras e dos preceitos previstos na Constituição Federal de 1988. Precedentes. 4. Recursos
extraordinários providos. 5. Fixou-se a seguinte tese: “No exercício de seu poder de autotutela,
poderá a Administração Pública rever os atos de concessão de anistia a cabos da Aeronáutica
relativos à Portaria nº 1.104, editada pelo Ministro de Estado da Aeronáutica, em 12 de outubro de
1964 quando se comprovar a ausência de ato com motivação exclusivamente política,
assegurando-se ao anistiado, em procedimento administrativo, o devido processo legal e a não
devolução das verbas já recebidas.”
(RE 817338, Relator(a): DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 16/10/2019, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-190 DIVULG 30-07-2020 PUBLIC 31-07-2020)
Súmula 346-STF: A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
Súmula 473-STF: A administração pode anular os seus próprios atos, quando eivados de vícios
que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos,
a apreciação judicial.

II. CORRETO. Vide acima.

III. INCORRETO. Vide acima.

IV. INCORRETO. Vide acima.

LETRA A

17 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

De acordo com a Lei 14.133/2021 (Nova Lei de Licitações), assinale a alternativa que traz a sequência
de fases correta do processo licitatório:
a) preparatória, de divulgação do edital de licitação, de apresentação de propostas e lances, quando
for o caso, de julgamento, de habilitação, recursal e de homologação.
b) de divulgação do edital de licitação, preparatória, de apresentação de propostas e lances, quando
for o caso, de julgamento, de habilitação, recursal e de homologação.
c) preparatória, de divulgação do edital de licitação, de apresentação de propostas e lances, quando
for o caso, de julgamento, de habilitação, de homologação e recursal.
d) de divulgação do edital de licitação, preparatória, de apresentação de propostas e lances, quando
for o caso, de habilitação, de julgamento, recursal e de homologação.
e) preparatória, de divulgação do edital de licitação, de apresentação de propostas e lances, quando
for o caso, de habilitação, de julgamento, de homologação e recursal.

COMENTÁRIO
A- CORRETA.
Lei 14.133/2021. Art. 17. O processo de licitação observará as seguintes fases, em sequência:
I - preparatória;
II - de divulgação do edital de licitação;

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III - de apresentação de propostas e lances, quando for o caso;
IV - de julgamento;
V - de habilitação;
VI - recursal;
VII - de homologação.

B, C, D, E - INCORRETAS.
Lei 14.133/2021. Vide letra A.

LETRA A

18 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Assinale a alternativa correta:


a) Julgar as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte
prejuízo ao erário público não se inclui na competência do Tribunal de Contas da União, determinada
pela Constituição Federal, enquanto órgão auxiliar do Congresso Nacional na realização do controle
externo da administração pública federal.
b) A nova lei de licitações prevê a figura do agente de contratação, pessoa designada pela autoridade
competente, dentre os servidores efetivos, para tomar decisões, acompanhar o trâmite da licitação,
dar impulso ao procedimento licitatório e executar quaisquer outras atividades necessárias ao bom
andamento do certame, até a homologação.
c) A Constituição do Estado de Minas Gerais prevê a possibilidade de contratação por tempo
determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público,
independentemente do cargo, emprego ou função.
d) Podem qualificar-se como OSCIP as pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que
tenham sido constituídas e se encontrem em funcionamento regular há, no mínimo, 2 anos, desde
que os respectivos objetivos sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos instituídos na Lei.
e) De acordo com o entendimento do STF, o art. 37, inciso XI, da Constituição Federal, que estabelece
o teto remuneratório do Poder Judiciário aos Procuradores, engloba os Procuradores do Município.

COMENTÁRIO
A - INCORRETA. CF/ 88, Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido
com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
(...)
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e
mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

B - INCORRETA. Lei 14.133/2021, Art. 8º. A licitação será conduzida por agente de contratação,
pessoa designada pela autoridade competente, entre servidores efetivos ou empregados
públicos dos quadros permanentes da Administração Pública, para tomar decisões, acompanhar

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o trâmite da licitação, dar impulso ao procedimento licitatório e executar quaisquer outras
atividades necessárias ao bom andamento do certame até a homologação.

C – INCORRETA. CE/MG, Art. 22 – A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo


determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. (Vide Lei nº
18.185, de 4/6/2009.)
Parágrafo único – O disposto neste artigo não se aplica a funções de magistério.

D- INCORRETA. Lei 9.790/1999. Art. 1o Podem qualificar-se como Organizações da Sociedade


Civil de Interesse Público as pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que tenham
sido constituídas e se encontrem em funcionamento regular há, no mínimo, 3 (três) anos, desde
que os respectivos objetivos sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos instituídos por
esta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.019, de 2014)
E - CORRETO. IMPORTANTE!!! A expressão "Procuradores", contida na parte final do inciso XI
do art. 37 da Constituição da República, compreende os procuradores municipais, uma vez que
estes se inserem nas funções essenciais à Justiça, estando, portanto, submetidos ao teto de
90,25% (noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento) do subsídio mensal, em espécie,
dos ministros do STF. STF. Plenário. RE 663696/MG, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 28/2/2019
(Info 932).

DIZER O DIREITO:
Essa regra do inciso XI que diz que o teto dos Procuradores é o do Poder Judiciário, aplica-se
também aos Procuradores do Município?
A interpretação puramente literal não resolve a dúvida, havendo argumentos para as duas
soluções:
• Argumento favorável à aplicação aos Procuradores do Município: o fato de o inciso XI utilizar uma
expressão genérica “Procuradores”, não restringindo aos Procuradores do Estado e do DF.
• Argumento contrário: o fato de essa regra estar na parte em que o inciso está tratando do teto
nos Estados-membros.

Diante dessa polêmica, o STF foi chamado a dar a resposta ao tema. O que decidiu a Corte? Essa
regra do inciso XI que diz que o teto dos Procuradores é o do Poder Judiciário, aplica-se também
aos Procuradores do Município?
SIM.
A expressão “Procuradores”, contida na parte final do inciso XI do art. 37 da Constituição da
República, compreende os procuradores municipais, uma vez que estes se inserem nas funções
essenciais à Justiça, estando, portanto, submetidos ao teto de noventa inteiros e vinte e cinco
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
STF. Plenário. RE 663696/MG, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 28/2/2019 (Info 932).
O termo “Procuradores”, na axiologia do STF, engloba:
• os Procuradores do Estado e do DF;
• os procuradores autárquicos (que ainda existam validamente);
• assim como os procuradores municipais.

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É indiscutível que os Procuradores Municipais integram a categoria da advocacia pública a que a
Constituição denomina de “funções essenciais à Justiça” e, quanto ao teto remuneratório, devem
estar sujeitos ao subsídio dos desembargadores dos tribunais de justiça estaduais.
Assim, é inconstitucional a hermenêutica que exclua da categoria “Procuradores” os “defensores
dos municípios” *, que desempenham idênticas atribuições dos procuradores congêneres no âmbito
da União, dos Estados e do Distrito Federal.
Desse modo, não haveria fundamento para referido discrímen (discriminação) entre os
procuradores.
Ao assim proceder, os procuradores municipais estariam sujeitos às mais diversas contingências
políticas, distantes do subteto de 90,25% do subsídio mensal, em espécie, dos ministros do STF.
Assim, o teto dos Procuradores Municipais não é o subsídio do Prefeito, mas sim o teto de 90,25%
do subsídio mensal dos Ministros do STF.
* “defensores dos municípios”: essa expressão foi utilizada no voto do Min. Fux no sentido de
“advogados” (“procuradores”) dos municípios. Não tem nada a ver com Defensoria Pública
municipal que, segundo a maioria da doutrina, não pode existir.

Essa decisão do STF significa que os Procuradores do Município devem receber, obrigatoriamente,
90,25% do subsídio mensal, em espécie, dos ministros do STF?
NÃO. O constituinte não obriga que os Municípios estipulem como subsídio dos Procuradores do
Município o valor de 90,25% do subsídio mensal, em espécie, dos ministros do STF. Trata-se de
um teto (e não de um piso).
Logo, talvez, em Municípios pequenos do interior do Estado, com baixa arrecadação, esse valor seja
alto, o que não se verifica, por outro lado, em grandes capitais.
A definição do subsídio dos Procuradores Municipais é feita por meio de lei cujo projeto é de
iniciativa privativa do Prefeito, nos termos do art. 61, §1º, II, “c”, da CF/88.
Dessa forma, cabe ao Prefeito avaliar politicamente, diante das circunstâncias orçamentárias e da
sua política de recursos humanos, a conveniência de permitir que um procurador de município
receba mais do que o chefe do Poder Executivo municipal.

Tabela atualizada
Diante dessa importante decisão do STF, podemos atualizar a tabela do teto remuneratório:
Teto NACIONAL: subsídio dos Ministros do STF
Ninguém poderá receber acima desse valor; as Constituições estaduais e leis orgânicas
podem fixar subtetos para Estados/DF e Municípios; tais subtetos também deverão
respeitar o teto nacional.
Subteto Subteto nos
Subteto nos Estados/DF
na União Municípios
Subsídio Existem duas opções: Subsídio do
dos Opção 1 (subtetos diferentes para cada um dos Poderes): Prefeito
Ministros Executivo: subsídio do Governador.
do STF Legislativo: subsídio dos Deputados Estaduais. Obs: os
procu-
radores

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Judiciário (inclui MP, Defensoria e Procuradoria): subsídio dos munici-pais
Desembargadores do TJ, limitado a 90,25% do subsídio estão sub-
mensal, em espécie, dos Ministros do STF.* metidos ao
teto de
Opção 2 (subteto único para todos os Poderes): o valor 90,25% do
máximo seria o subsídio dos Desembargadores do TJ, subsídio
limitado a 90,25% do subsídio mensal, em espécie, dos men-sal, em
Ministros do STF.* espécie, dos
ministros do
O subsídio dos Deputados Estaduais/Distritais seguirá regras STF.
próprias (§ 2º do art. 27), não estando sujeito ao subsídio dos
Desembargadores mesmo que se adote esta 2ª opção.

Vale ressaltar que quem define se o Estado-membro adotará


subtetos diferentes ou único é a Constituição estadual.

* A CF/88 dá a entender que o subsídio dos


Desembargadores e dos juízes estaduais não poderia ser
maior que 90,25% do subsídio do Ministro do STF. O STF,
contudo, declarou que esta interpretação é inconstitucional
(STF ADI 3.854). O teto para os Desembargadores e juízes
estaduais é 100% do subsídio dos Ministros do STF, ou seja,
eles podem, em tese, receber o mesmo que os Ministros do
STF. Vale ressaltar, no entanto, que o limite de 90,25% do
subsídio dos Ministros do STF aplica-se sim para os
servidores do Poder Judiciário estadual (na opção 1) e para
os servidores dos três Poderes estaduais (na opção 2).

Concursados e organizados em carreira


Apesar de não ter constado na tese fixada, no voto do Relator foi feita menção a um aspecto muito
importante. Para o Ministro Luiz Fux, essa equiparação entre o teto dos Procuradores do
Estado/DF com os Procuradores Municipais somente é permitida se, naquele Município, os
Procuradores forem concursados e organizados em carreira.
Assim, pelo voto do Relator, não seria admitido o teto de 90,25% dos Ministros do STF para
advogados contratados, sem concurso público, para o exercício de funções de defesa jurídica
do Município.
Essa ressalva também foi feita pelo Min. Gilmar Mendes:
“Apesar de a Constituição não fazer menção expressa aos procuradores municipais, há que se
reconhecer que, quando organizados em carreira, também exercem a atribuição de advogados
públicos, realizando as atividades congêneres àquelas desempenhadas pelos advogados da União
e pelos procuradores federais, estaduais e distritais, prestando consultoria jurídica e representando
judicial e extrajudicialmente a municipalidade”.

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Espero que essa informação conste expressamente na ementa porque se trata de algo de elevado
interesse público.

LETRA E

19 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Quanto ao regime jurídico dos bens públicos, é correto afirmar:


a) Aplica-se o princípio da função social da propriedade, com grau diferenciado, em relação aos bens
de uso comum do povo.
b) A impenhorabilidade dos bens públicos tem natureza absoluta por decorrer da inalienabilidade
que os caracteriza.
c) A possibilidade de sequestro de valores públicos necessários à satisfação de dívidas de precatórios
judiciais, nos casos de preterição do direito de precedência e não alocação orçamentária, configura-
se como uma exceção ao regime de impenhorabilidade dos bens públicos.
d) Consideram-se bens de domínio público os bens municipais afetados para destinação específica
precedida de concessão mediante contrato de direito público, remunerada ou gratuita, ou a título e
direito resolúvel.
e) Aplica-se o princípio da função social da propriedade, que incide indistintamente e com mesmo
grau de intensidade, dada sua função normativa, sobre o ordenamento jurídico e sobre o domínio
público e particular.

COMENTÁRIO
Alternativa “a” e “e” incorretas.
Aplica-se o princípio da função social da propriedade, em grau diferenciado, em relação aos bens
dominicais. Esse entendimento surgiu a partir do reconhecimento do STJ de que é possível o manejo
de interditos possessórios em litígio entre particulares sobre bem público dominical.

RECURSO ESPECIAL. POSSE. DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. BEM PÚBLICO DOMINICAL.
LITÍGIO ENTRE PARTICULARES. INTERDITO POSSESSÓRIO. POSSIBILIDADE. FUNÇÃO SOCIAL.
OCORRÊNCIA.
1. Na ocupação de bem público, duas situações devem ter tratamentos distintos: i) aquela em que
o particular invade imóvel público e almeja proteção possessória ou indenização/retenção em face
do ente estatal e ii) as contendas possessórias entre particulares no tocante a imóvel situado em
terras públicas.
2. A posse deve ser protegida como um fim em si mesma, exercendo o particular o poder fático
sobre a res e garantindo sua função social, sendo que o critério para aferir se há posse ou detenção
não é o estrutural e sim o funcional. É a afetação do bem a uma finalidade pública que dirá se pode
ou não ser objeto de atos possessórias por um particular.
3. A jurisprudência do STJ é sedimentada no sentido de que o particular tem apenas detenção em
relação ao Poder Público, não se cogitando de proteção possessória.
4. É possível o manejo de interditos possessórios em litígio entre particulares sobre bem público
dominical, pois entre ambos a disputa será relativa à posse.

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5. À luz do texto constitucional e da inteligência do novo Código Civil, a função social é base
normativa para a solução dos conflitos atinentes à posse, dando-se efetividade ao bem comum,
com escopo nos princípios da igualdade e da dignidade da pessoa humana.
6. Nos bens do patrimônio disponível do Estado (dominicais), despojados de destinação pública,
permite-se a proteção possessória pelos ocupantes da terra pública que venham a lhe dar função
social.
7. A ocupação por particular de um bem público abandonado/desafetado - isto é, sem destinação
ao uso público em geral ou a uma atividade administrativa -, confere justamente a função social da
qual o bem está carente em sua essência.
8. A exegese que reconhece a posse nos bens dominicais deve ser conciliada com a regra que veda
o reconhecimento da usucapião nos bens públicos (STF, Súm 340; CF, arts. 183, § 3°; e 192; CC,
art.
102); um dos efeitos jurídicos da posse - a usucapião - será limitado, devendo ser mantido, no
entanto, a possibilidade de invocação dos interditos possessórios pelo particular.
9. Recurso especial não provido. (REsp 1296964/DF, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO,
QUARTA TURMA, julgado em 18/10/2016, DJe 07/12/2016)

Impende registrar que a aplicação do princípio da função social da propriedade sobre o domínio
público e sobre a partícula é diferente, pois aquele possui características que mitigam a aplicação
(inalienabilidade, impenhorabilidade, imprescritibilidade e não onerabilidade).

Alternativa “b” incorreta porque, como visto acima, há exceção à regra de impenhorabilidade dos
bens públicos (CF, art. 100, §6º), razão pela qual não é absoluta.

Alternativa “c” correta, nos termos do art. 100, §6º, da CF/88.


Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e
Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de
apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos
ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder
Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o
pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de
preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à
satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva.

Portanto, embora os bens públicos realmente sejam impenhoráveis, é possível, nas restritas
hipóteses constitucionalmente previstas, ocorrer o sequestro de dinheiro público necessário à
satisfação de dívidas constantes de precatórios judiciais (Alexandrino, Marcelo. Paulo, Vicente.
Direito Administrativo Descomplicado, pg. 1007-1008, 2014).

Alternativa “d” incorreta, porque os bens municipais precedidos de concessão mediante contrato
de direito público, de forma remunerada ou gratuita ou a título e direito resolúvel, não são "bens
de domínio público" "afetados" a uma "destinação específica", mas sim bens públicos de uso

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especial. Ademais, não é necessário um bem público ser precedido de contrato para que seja
caracterizado como tal. A sua natureza jurídica é dada por lei (art. 98 do Código Civil), e não por
contrato. A questão induziu o candidato ao erro ao embaralhar as possibilidades da utilização do
bem público: concessão de uso, permissão e autorização, com o próprio conceito de bem público.

Bens dominicais são os que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como
objeto de direito pessoal ou real de cada uma dessas entidades. São todos aqueles que não têm
uma destinação pública definida, que podem ser utilizados pelo Estado para fazer renda. Enfim,
todos os bens que não se enquadram como de uso comum do povo ou de uso especial são bens
dominicais. Exemplos de bens dominicais: as terras devolutas e todas as terras que não possuem
uma destinação pública específica; os terrenos de marinha; os prédios públicos desativados; os
móveis inservíveis; a dívida ativa, etc.

LETRA C

20 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Sobre a responsabilidade civil extracontratual do estado, de acordo com a jurisprudência dos


Tribunais Superiores, julgue os itens a seguir:
I. O Estado possui responsabilidade civil direta, primária e objetiva pelos danos que notários e oficiais
de registro, no exercício de serviço público por delegação, causem a terceiros.
II. A responsabilização objetiva do Estado em caso de morte de detento somente ocorre quando
houver inobservância do dever específico de proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da Constituição
Federal.
III. Mesmos nos casos em que há demora injustificada da Administração em analisar o pedido de
aposentadoria do servidor público, não há dever de indenizá-lo, ainda que, por causa disso, ele tenha
sido obrigado a continuar exercendo suas funções por mais tempo do que o necessário.
IV. A União e os municípios têm legitimidade passiva solidária em ação de indenização por danos
decorrentes de erro médico ocorrido em hospital da rede privada durante atendimento custeado pelo
Sistema Único de Saúde (SUS).

Assinale a alternativa correta:


a) Somente II está correto.
b) Somente I e III estão corretos.
c) Somente I e IV estão corretos.
d) Somente I e II estão corretos.
e) Todos estão corretos.

COMENTÁRIO
I. CORRETO. O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e registradores oficiais
que, no exercício de suas funções, causem dano a terceiros, assentado o dever de regresso contra
o responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de improbidade administrativa. O Estado
possui responsabilidade civil direta, primária e objetiva pelos danos que notários e oficiais de

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registro, no exercício de serviço público por delegação, causem a terceiros. STF. Plenário. RE
842846/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 27/2/2019 (repercussão geral) (Info 932).

II. CORRETO. O STF decidiu que a responsabilização objetiva do Estado em caso de morte de
detento somente ocorre quando houver inobservância do dever específico de proteção previsto no
art. 5º, inciso XLIX, da Constituição Federal (RE 841526/RS). Não haverá responsabilidade civil do
Estado se o Tribunal de origem, com base nas provas apresentadas, decide que não se comprovou
que a morte do detento foi decorrente da omissão do Poder Público e que o Estado não tinha como
montar vigilância a fim de impedir que o preso ceifasse sua própria vida. Tendo o acórdão do
Tribunal de origem consignado expressamente que ficou comprovada causa impeditiva da atuação
estatal protetiva do detento, rompeu-se o nexo de causalidade entre a suposta omissão do Poder
Público e o resultado danoso. STJ. 2ª Turma. REsp 1305259/SC, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, julgado em 08/02/2018.

III. INCORRETO. A demora injustificada da Administração em analisar o pedido de aposentadoria


do servidor público gera o dever de indenizá-lo, considerando que, por causa disso, ele foi obrigado
a continuar exercendo suas funções por mais tempo do que o necessário. Exemplo de demora
excessiva: mais de 1 ano. STJ. 2ª Turma. AgRg no REsp 1469301/SC, Rel. Min. Assusete
Magalhães, julgado em 21/10/2014. STJ. 1ª Turma. AgInt no AREsp 483398/PR, Rel. Min. Benedito
Gonçalves, julgado em 11/10/2016.

DIZER O DIREITO:

Qual é o prazo prescricional neste caso?


5 anos, nos termos do art. 1º do Decreto nº 20.910/1932.

Qual o termo inicial do prazo prescricional? A partir de quando se inicia essa contagem?
A partir da data do deferimento da aposentadoria.

O termo inicial do prazo prescricional para ajuizamento da ação de indenização contra o Estado em
razão da demora na concessão da aposentadoria conta-se a partir do seu deferimento.
STJ. 1ª Turma. REsp 1.840.570-RS, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 16/11/2021 (Info
720).

O termo inicial do prazo prescricional para o ajuizamento de ação de indenização contra ato do
Estado ocorre no momento em que constatada a lesão e os seus efeitos, ou seja, a partir do
deferimento do pedido voluntário de aposentaria do servidor, conforme o princípio da actio nata.

APROFUNDANDO

Como funciona o procedimento de concessão da aposentadoria, reforma ou pensão no serviço


público?

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O departamento de pessoal do órgão ou entidade ao qual o servidor está vinculado analisa se ele
preenche os requisitos legais para a aposentadoria e em caso afirmativo, concede o benefício. Esse
momento, no entanto, é chamado de “concessão inicial” da aposentadoria, considerando que ainda
haverá um controle de legalidade a ser feito pelo Tribunal de Contas. Somente após passar por
esse controle do Tribunal de Contas é que a aposentadoria poderá ser considerada definitivamente
concedida.

Diante disso, qual é a natureza jurídica do ato de aposentadoria?


Trata-se de um ato administrativo complexo (segundo o STJ e o STF).
O ato administrativo complexo é aquele que, para ser formado, necessita da manifestação de
vontade de dois ou mais diferentes órgãos.
Assim a concessão de aposentadoria ou pensão constitui ato administrativo complexo, que
somente se aperfeiçoa após o julgamento de sua legalidade pela Corte de Contas.
Obs: a doutrina critica bastante esse enquadramento, mas foi como decidiram os Tribunais
Superiores.

O Tribunal de Contas possui um prazo para o julgamento da legalidade do ato de concessão inicial
de aposentadoria, reforma ou pensão?
SIM. O prazo é de 5 anos, contados do dia em que o processo chega ao Tribunal de Contas:

Em atenção aos princípios da segurança jurídica e da confiança legítima, os Tribunais de Contas


estão sujeitos ao prazo de cinco anos para o julgamento da legalidade do ato de concessão inicial
de aposentadoria, reforma ou pensão a contar da chegada do processo à respectiva Corte de
Contas.
STF. Plenário. RE 636553/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 19/2/2020 (repercussão geral
– Tema 445) (Info 967).

O termo inicial do prazo prescricional para ajuizamento da ação de indenização contra o Estado em
razão da demora na análise do pedido é contado a partir da data da concessão inicial da
aposentadoria ou somente se inicia quando o Tribunal de Contas faz o registro do ato?
Com a concessão inicial da aposentadoria.

Exemplo do caso concreto:


O requerimento da aposentadoria ocorreu em 31/5/2002.
A publicação do ato de aposentadoria se deu em 18/10/2004 (“concessão inicial”).
O Tribunal de Contas ordenou o registro do ato de aposentadoria apenas em 01/11/2016.
A ação de indenização foi proposta em 01/11/2015.
Entre a publicação do ato de aposentadoria, ocorrida em 18/10/2004, e o ajuizamento da ação de
indenização por dano em 01/11/2015, transcorreram mais de 11 anos, superando, e muito o prazo
legal previsto no artigo 1º do Decreto nº 20.910/1932.
STJ. 1ª Turma. REsp 1.840.570-RS, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 16/11/2021 (Info
720).

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IV. INCORRETO. A União não tem legitimidade passiva em ação de indenização por danos
decorrentes de erro médico ocorrido em hospital da rede privada durante atendimento custeado
pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a Lei 8.080/90, a responsabilidade pela
fiscalização dos hospitais credenciados ao SUS é do Município, a quem compete responder em tais
casos. STJ. 1ª Seção. EREsp 1388822-RN, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 13/5/2015 (Info
563).

LETRA D

DIREITO TRIBUTÁRIO, FINANCEIRO E LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

21 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Sobre a classificação dos tributos, assinale a alternativa correta:


a) São tributos fiscais aqueles que têm por finalidade preferencial a arrecadação; extrafiscais aqueles
que objetivam fundamentalmente intervir numa situação social ou econômica; e parafiscais aqueles
em que a lei tributária nomeia sujeito passivo diverso do responsável.
b) São tributos vinculados aqueles cujo fato gerador seja um “fato do Estado”, como as taxas; são não
vinculados os tributos que têm por fato gerador um “fato do contribuinte”, como os impostos e as
contribuições de melhoria.
c) São reais os tributos que, em sua incidência, não levam em consideração aspectos pessoais, como
o imposto de renda; em contrapartida, são pessoais os tributos que incidem de forma subjetiva,
considerando os aspectos pessoais do contribuinte, como o IPVA.
d) São indiretos os tributos que permitem translação do seu encargo econômico-financeiro para uma
pessoa diferente daquela definida em lei como sujeito passivo; são diretos os tributos que não
permitem tal translação.
e) São privativos os tributos em que a Constituição defere à União competência exclusiva para sua
instituição; comuns, aqueles cuja competência é deferida pela Constituição Federal a todos os entes
políticos; residuais, os novos impostos (art. 154, I da CF) e as novas contribuições para a seguridade
social (art. 195, §4º).

COMENTÁRIO
Todas as citações abaixo são provenientes do Manual de Direito Tributário de Ricardo Alexandre.

A – INCORRETA. “O tributo possui finalidade parafiscal quando a lei tributária nomeia sujeito ativo
diverso da pessoa que a expediu, atribuindo-lhe a disponibilidade dos recursos arrecadados para
o implemento de seus objetivos.”

B – INCORRETA. Embora as definições estejam corretas, as contribuições de melhoria são tributos


vinculados:

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São vinculados os tributos cujo fato gerador seja um "fato do Estado", de forma que, para justificar
a cobrança, o sujeito ativo precisa realizar uma atividade específica relativa ao sujeito passivo. São
vinculadas, portanto, as taxas e contribuições de melhoria. Nestas, o sujeito ativo precisa realizar
uma obra da qual decorra valorização em imóvel dos sujeitos passivos; naquelas é necessária a
prestação de um serviço público específico e divisível ou o exercício do poder de polícia.
São não vinculados os tributos que têm por fato gerador um "fato do contribuinte”, não sendo
necessário que o Estado desempenhe qualquer atividade específica voltada para o sujeito passivo
para legitimar a cobrança.
Todos os impostos são não vinculados, uma vez que seus fatos geradores são manifestações de
riqueza dos contribuintes (renda, patrimônio, consumo) independentes de atividade estatal.

C – INCORRETA. O imposto de renda é pessoal e o IPVA é real:

São reais os tributos que, em sua incidência, não levam em consideração aspectos pessoais,
subjetivos. Eles incidem objetivamente sobre coisas. A título de exemplo, se "X” e "B" possuem
veículos idênticos, devem pagar o mesmo valor de IPVA, independentemente das respectivas
características pessoais, pois o imposto somente leva em consideração a coisa e não a pessoa.
Em contrapartida, são pessoais os tributos que incidem de forma subjetiva, considerando os
aspectos pessoais do contribuinte. Nessa linha de raciocínio, o imposto de renda é pessoal, pois
sua incidência leva em consideração características pessoais do sujeito passivo, como a quantidade
de dependentes, e os gastos com saúde, educação, previdência social etc.

D – CORRETA. São indiretos os tributos que, em virtude de sua configuração jurídica, permitem
translação do seu encargo econômico-financeiro para uma pessoa diferente daquela definida em
lei como sujeito passivo.
A definição aqui exposta inclui apenas os tributos que já foram tecnicamente concebidos como
aptos à transferência do encargo, visto que sob o ponto de vista econômico a translação se verifica
em praticamente todo tributo.
São diretos os tributos que não permitem tal translação, de forma que a pessoa definida em lei
como sujeito passivo é a mesma que sofre o impacto econômico-financeiro do tributo.

E – INCORRETA. São privativos os tributos que competem exclusivamente a certa categoria de


entes federados, não necessariamente à União:

São tributos privativos aqueles em que a Constituição Federal defere a determinado ente político
competência exclusiva para sua instituição, não sendo possível delegação, quer expressa, quer
tácita.

LETRA D

22 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Quanto à obrigação tributária, analise a alternativa incorreta:

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a) São elementos da obrigação tributária: o sujeito ativo, o sujeito passivo, o objeto, e a causa (ou
fato gerador).
b) Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária.
c) De acordo com o CTN, sujeito ativo da obrigação é a pessoa física ou jurídica de direito público
interno ou externo, titular da competência para exigir o seu cumprimento.
d) A Confederação Nacional da Agricultura tem legitimidade ativa para a cobrança da contribuição
sindical rural.
e) A solidariedade tributária não comporta benefício de ordem, podendo o Estado escolher que
um dos codevedores responda pelo cumprimento total da obrigação tributária.

COMENTÁRIO
A – CORRETA. Segundo Eduardo Sabbag (Manual de Direito Tributário, 2017, p. 960), “são
elementos da obrigação tributária: o sujeito ativo (arts. 119 e 120, CTN), o sujeito passivo (arts.
121 a 123, CTN), o objeto (art. 113, CTN) e a causa (arts. 114 e 115, CTN)”.

B – CORRETA. CTN – Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.

C – INCORRETA. CTN – Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público,
titular da competência para exigir o seu cumprimento.

D – CORRETA. Súmula 396/STJ-A Confederação Nacional da Agricultura tem legitimidade ativa


para a cobrança da contribuição sindical rural.

E – CORRETA. Para Eduardo Sabbag (Manual de Direito Tributário, 2017, p. 963), “a solidariedade
tributária não comporta benefício de ordem, podendo o Estado escolher que um dos codevedores
responda pelo cumprimento total da obrigação tributária, não observando qualquer ordem de
vocação. Assim, não fica o Fisco adstrito a uma ordem de preferência, cobrando inicialmente de um
para, depois, fazê-lo com relação a outro devedor solidário, sendo defeso a estes, destinatários da
solidariedade tributária, invocar o “benefício de ordem”, como ocorre em determinadas situações
regidas pelo Direito Civil”.
Também, o art. 124, III, do CTN: São solidariamente obrigadas:
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação
principal;
II - as pessoas expressamente designadas por lei.
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.

LETRA C

23 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Sobre a prescrição e a decadência tributárias, assinale a alternativa correta:

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a) a prescrição e a decadência excluem o crédito tributário.
b) a ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua
constituição.
c) nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, o decurso do prazo quinquenal após o
pagamento antecipado extingue o crédito tributário em razão da decadência.
d) a reclamação contra exclusão de parcelamento não suspende o crédito tributário.
e) a prescrição se interrompe em razão do ajuizamento da execução fiscal.

COMENTÁRIO
A - ERRADA. CTN, art. 156. Extinguem o crédito tributário: V - a prescrição e a decadência.

B - ERRADA. CTN, art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos,
contados da data da sua constituição definitiva.

C - ERRADA. CTN, art. 150, § 1º. O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo
extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento.

D - CORRETA. RESP 1372368/PR: Reclamação contra exclusão de parcelamento NÃO suspende o


crédito tributário. Segundo o STJ, as reclamações e recursos que suspendem a exigibilidade do CT
são aquelas que discutem o LANÇAMENTO, apenas.

E - ERRADA. Art. 174, parágrafo único, do CTN.


Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada pela Lcp nº 118,
de 2005)

LETRA D

24 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Quanto ao procedimento de cobrança judicial do crédito tributário, é incorreto afirmar:


a) Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito
passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como
dívida ativa.
b) O STJ entende que a decretação de indisponibilidade de bens do devedor, prevista no art. 185-A
do CTN, somente pode ocorrer, dentre outros requisitos, quando houver a não localização de bens
penhoráveis após o esgotamento das diligências realizadas pela Fazenda.
c) Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal,
sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para
o sócio-gerente.
d) Na execução fiscal (Lei 6.830/80), o executado será citado para, no prazo de 3 (três) dias, pagar a
dívida com os juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a
execução.

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e) O Executado poderá oferecer embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da intimação da
penhora.

COMENTÁRIO
A – CTN - Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu
começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário
regularmente inscrito como dívida ativa. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)

B – STJ – TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART.


543-C DO CPC E RESOLUÇÃO STJ N. 8/2008. EXECUÇÃO FISCAL. ART. 185-A DO CTN.
INDISPONIBILIDADE DE BENS E DIREITOS DO DEVEDOR. ANÁLISE RAZOÁVEL DO
ESGOTAMENTO DE DILIGÊNCIAS PARA LOCALIZAÇÃO DE BENS DO DEVEDOR.
NECESSIDADE.
1. Para efeitos de aplicação do disposto no art. 543-C do CPC, e levando em consideração o
entendimento consolidado por esta Corte Superior de Justiça, firma-se compreensão no sentido de
que a indisponibilidade de bens e direitos autorizada pelo art. 185-A do CTN depende da
observância dos seguintes requisitos: (i) citação do devedor tributário; (ii) inexistência de
pagamento ou apresentação de bens à penhora no prazo legal; e (iii) a não localização de bens
penhoráveis após esgotamento das diligências realizadas pela Fazenda, caracterizado quando
houver nos autos (a) pedido de acionamento do Bacen Jud e consequente determinação pelo
magistrado e (b) a expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado e ao
Departamento Nacional ou Estadual de Trânsito - DENATRAN ou DETRAN. (REsp 1377507/SP,
Rel. Ministro OG FERNANDES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 26/11/2014, DJe 02/12/2014)

Posteriormente, o STJ editou súmula com esse entendimento:

Súmula 560-STJ: A decretação da indisponibilidade de bens e direitos, na forma do art. 185-A do


CTN, pressupõe o exaurimento das diligências na busca por bens penhoráveis, o qual fica
caracterizado quando infrutíferos o pedido de constrição sobre ativos financeiros e a expedição de
ofícios aos registros públicos do domicílio do executado, ao Denatran ou Detran.
STJ. 1ª Seção. Aprovada em 09/12/2015. DJe 15/12/2015.

DIZER O DIREITO:
O art. 185-A do CTN prevê a possibilidade de ser decretada a indisponibilidade dos bens e direitos
do devedor tributário na execução fiscal.
Vale ressaltar, no entanto, que a indisponibilidade de que trata o art. 185-A do CTN só pode ser
decretada se forem preenchidos três requisitos:
1) deve ter havido prévia citação do devedor;
2) o executado deve não ter pago a dívida nem apresentado bens à penhora no prazo legal;
3) não terem sido localizados bens penhoráveis do executado mesmo após a Fazenda Pública
esgotar as diligências nesse sentido.

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Obs.: para que a Fazenda Pública prove que esgotou todas as diligências na tentativa de achar
bens do devedor, basta que ela tenha adotado duas providências:
a) pedido de acionamento do Bacen Jud (penhora “on line”) e consequente determinação pelo
magistrado;
b) expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado e ao Departamento
Nacional ou Estadual de Trânsito — DENATRAN ou DETRAN.
STJ. 1ª Seção. REsp 1377507-SP, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 26/11/2014 (recurso
repetitivo) (Info 552).

C - Súmula 435/STJ: "Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no


seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da
execução fiscal para o sócio-gerente."

DIZER O DIREITO:
Segundo explica o Min. Mauro Campbell Marques ao comentar a origem da súmula, “o sócio-
gerente tem o dever de manter atualizados os registros empresariais e comerciais, em especial
quanto à localização da empresa e a sua dissolução. Ocorre aí uma presunção da ocorrência de
ilícito. Este ilícito é justamente a não obediência ao rito próprio para a dissolução empresarial (...)”
(REsp 1.371.128-RS).

O redirecionamento da execução fiscal, quando fundado na dissolução irregular da pessoa jurídica


executada ou na presunção de sua ocorrência, não pode ser autorizado contra o sócio ou o terceiro
não sócio que, embora exercessem poderes de gerência ao tempo do fato gerador, sem incorrer em
prática de atos com excesso de poderes ou infração à lei, ao contrato social ou aos estatutos, dela
regularmente se retirou e não deu causa à sua posterior dissolução irregular, conforme art. 135, III
do CTN.
STJ. 1ª Seção. REsp 1.377.019-SP, Rel. Min. Assusete Magalhães, julgado em 24/11/2021
(Recurso Repetitivo - Tema 962) (Info 719).

Vale ressaltar que a própria Fazenda Nacional aceita esse entendimento, conforme se percebe pelo
art. 2º, parágrafo único, da Portaria PGFN nº 180/2010, alterada pela Portaria PGFN nº 713/2011:

Art. 2º (...)
Parágrafo único. Na hipótese de dissolução irregular da pessoa jurídica, deverão ser considerados
responsáveis solidários:
I - os sócios-gerentes e os terceiros não sócios com poderes de gerência à época da dissolução
irregular;
II - os sócios-gerentes e os terceiros não sócios com poderes de gerência à época da dissolução
irregular, bem como os à época do fato gerador, quando comprovado que a saída destes da pessoa
jurídica é fraudulenta.

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D – Lei 6.830/80 – Art. 8º - O executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida
com os juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a
execução (...).

E – Lei 6.830/80 – Art. 16 - O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados:
I - do depósito;
II - da juntada da prova da fiança bancária;
II - da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro garantia; (Redação dada pela Lei nº 13.043,
de 2014)
III - da intimação da penhora.

LETRA D

25 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

A respeito do lançamento, marque a alternativa incorreta:


a) Lançamento é o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador
da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido,
identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
b) A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito
tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.
c) É possível entender que o lançamento tem uma natureza dúplice, tendo em vista que ele
constitui o crédito tributário, bem assim declara a obrigação tributária.
d) No lançamento por homologação, o pagamento antecipado suspende o crédito tributário,
sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento.
e) O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela
lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.

COMENTÁRIO
A – CTN – Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito
tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a
ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular
o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da
penalidade cabível.

B – Súmula 436/STJ – A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal


constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.

C – Segundo Eduardo Sabbag (Manual de Direito Tributário, 2017, p. 1088), “(...) é defensável a
natureza jurídica mista ou dúplice para o lançamento, isto é, constitutiva do crédito tributário e
declaratória da obrigação tributária”.

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D - CTN – Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação
atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade
administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da
atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
§ 1º - O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob
condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento.

E - CTN - Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e
rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.

LETRA D

26 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

No âmbito das finanças públicas, a Constituição Federal veda, entre outros:


a) o início de programas ou projetos não incluídos na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
b) a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos
extraordinários.
c) a instituição de fundos de qualquer natureza, independentemente de prévia autorização legislativa.
d) a abertura de crédito suplementar ou extraordinário sem prévia autorização legislativa e sem
indicação dos recursos correspondentes.
e) a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.

COMENTÁRIO
A – ERRADO.
Art. 167. São vedados:
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual.
B – ERRADO.
Art. 167. São vedados:
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais;

C – ERRADO.
Art. 167. São vedados:
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa;

D – ERRADO.
Art. 167. São vedados:
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem
indicação dos recursos correspondentes;

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E – CERTO.
Art. 167. São vedados:
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; (Vide Emenda constitucional nº 106, de
2020)

LETRA E

27 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Sobre a despesa pública, assinale a alternativa correta:


a) Os gastos com inativos e pensionistas são classificados como despesas de custeio.
b) Empenho é o procedimento que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não
de implemento de condição.
c) É vedada a realização de despesa sem prévio empenho, bem como a dispensa da emissão da
nota de empenho.
d) A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base
os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
e) O empenho da despesa cujo montante não se possa determinar será feito de forma global.

COMENTÁRIO
A - ERRADO. Os gastos com inativos e pensionistas são classificados como transferências
correntes, consoante classificação estabelecida no art. 13 da Lei nº 4.320/64, uma vez que não
geram contraprestação em favor do Estado.

B - ERRADO. Art. 58 da Lei nº 4.320/64: O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade


competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de
condição.

C - ERRADO. Art. 60, § 1º, da Lei nº 4.320/64: É vedada a realização de despesa sem prévio
empenho.
§ 1º Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da nota de
empenho.

D - CORRETO. Art. 63 da Lei nº 4.320/64: A liquidação da despesa consiste na verificação do direito


adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo
crédito.

E - ERRADO. Art. 60, §§ 2º e 3º, da Lei nº 4.320/64:


Art. 60. [...].
§ 2º Será feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante não se possa determinar.
§ 3º É permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento.

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Assim, o empenho global é utilizado para despesas com valores definidos, mas que serão pagos
de modo parcelado. É dizer, o empenho abrange todo o exercício, mas o pagamento ocorre mês a
mês, a exemplo dos aluguéis. Por outro lado, quando não se puder determinar o valor, como, por
exemplo, nas contas de água e luz, far-se-á o empenho por estimativa.

LETRA D

28 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

De acordo com a Lei 4.320/1964, marque a opção correta:

a) A concessão de subvenções econômicas visará a prestação de serviços essenciais de


assistência social, médica e educacional, sempre que a suplementação de recursos de origem
privada aplicados a esses objetivos, revelar-se mais econômica.
b) Somente à instituição cujas condições de funcionamento forem julgadas satisfatórias pelos
órgãos oficiais de fiscalização serão concedidas subvenções.
c) A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica ou não,
far-se-á mediante subvenções sociais expressamente incluídas nas despesas correntes do
orçamento da União, do Estado, do Município ou do Distrito Federal.
d) As dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados gêneros
ou materiais são consideradas subvenções sociais.
e) A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, a empresa de fins
lucrativos, ainda quando se tratar de subvenções cuja concessão tenha sido expressamente
autorizada em lei especial.

COMENTÁRIO
A - ERRADO. "Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras concessão de
subvenções sociais visará a prestação de serviços essenciais de assistência social, médica e
educacional, sempre que a suplementação de recursos de origem privada aplicados a esses
objetivos, revelar-se mais econômica." (Art. 16 da Lei nº 4.320/64).

B - CORRETO. Art. 17 da Lei nº 4.320/64: “Somente à instituição cujas condições de funcionamento


forem julgadas satisfatórias pelos órgãos oficiais de fiscalização serão concedidas subvenções.”

C - ERRADO. "A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza
autárquica ou não, far-se-á mediante subvenções econômicas expressamente incluídas nas
despesas correntes do orçamento da União, do Estado, do Município ou do Distrito Federal." (Art.
18, caput, da Lei nº 4.320/64).

D - ERRADO. "Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas: a) as dotações


destinadas a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo,
de gêneros alimentícios ou outros materiais; b) as dotações destinadas ao pagamento de

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bonificações a produtores de determinados gêneros ou materiais." (art. 18, parágrafo único, alíneas
a e b, da Lei nº 4.320/64).

E - ERRADO. "A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, a empresa
de fins lucrativos, salvo quando se tratar de subvenções cuja concessão tenha sido expressamente
autorizada em lei especial." (Art. 19 da Lei nº 4.320/64).

LETRA B

29 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Sobre a despesa obrigatória de caráter continuado da Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de


2000, analise as afirmativas:

I. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida


provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução
por um período superior a dois exercícios.
II. Considera-se aumento de despesa a prorrogação daquela criada por prazo determinado.
III. Os atos que criarem ou aumentarem despesa obrigatória de caráter continuado deverão ser
instruídos com a estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em
vigor e nos dois subsequentes e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio.

Estão corretas as afirmativas:


a) I e II.
b) II e III.
c) I e III.
d) I, II e III.
e) Nenhuma das alternativas.

COMENTÁRIO
Todas as afirmativas estão corretas, conforme art. 17, § 1o e § 7º, da Lei Complementar n° 101,
de 4 de maio de 2000.

I. CORRETO.
Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000.
Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei,
medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de
sua execução por um período superior a dois exercícios. (Vide ADI 6357)

II. CORRETO.
Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000.
Art. 17, § 7o Considera-se aumento de despesa a prorrogação daquela criada por prazo
determinado.

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III. CORRETO.
Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000.
Art. 17, § 1o Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata o caput deverão ser
instruídos com a estimativa prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos recursos
para seu custeio. (Vide Lei Complementar nº 176, de 2020)

LETRA D

30 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

De acordo com o entendimento dos Tribunais Superiores, assinale a alternativa incorreta:


a) A restrição para transferência de recursos federais a ente que possui pendências no Cadastro Único
de Exigências para Transferências Voluntarias (CAUC) não pode ser suspensa sob a justificativa de
que os recursos se destinam a reforma de prédio público.
b) A obtenção de recursos financeiros decorrentes de operações de crédito classifica-se como receita
de capital, e as multas tributarias não são classificadas como receitas tributárias.
c) Os fundos são exceção ao princípio da especificação, mas não ao princípio da unidade da tesouraria.
d) Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais,
os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos 30
dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados
pela lei de diretrizes orçamentárias.
e) São fases da despesa pública: o empenho, a liquidação e o pagamento, sendo que o empenho é
ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente
ou não de implemento de condição.

COMENTÁRIO
A. CORRETA. Essa atividade não pode ser enquadrada no conceito de ação social da Lei
10.522/02.
B. CORRETA. O art. 11 da Lei 4320/64 classifica as receitas de capital, nelas incluídas as
operações de crédito. Perceba, ainda, que as multas tributárias não são consideradas receitas
tributárias para a lei 4320.
C. INCORRETA. Os fundos são exceção ao princípio da especificação, que diz que as despesas
devem ser individualizadas ao máximo, a fim de que não haja dotação genérica. O fundo não tem
as suas despesas especificadas na conformidade do orçamento. Quanto ao princípio da unidade
da tesouraria, todas as receitas são levadas ao tesouro e após são utilizados no orçamento. Como
fundo tem-se a individualização prévia da receita, que nem chega a ser levada ao caixa geral para
sua utilização.
D. CORRETA. É a redação do art. 9º da LRF.
E. CORRETA. É a dicção legal do art. 58 da Lei 4320/64.

LETRA C

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31 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Assinale a alternativa incorreta, com base na Constituição do Estado de Minas Gerais:

a) Ao Estado compete instituir imposto sobre contribuição de seus servidores, ativos e inativos, bem
como de seus pensionistas, para custeio de regime próprio de previdência, sendo que a alíquota de
tal contribuição não poderá ser inferior à alíquota da contribuição dos servidores titulares de cargos
efetivos da União, exceto se demonstrado que o respectivo regime próprio de previdência social não
possui déficit atuarial, nem, em nenhuma hipótese, inferior às alíquotas aplicáveis ao regime geral de
previdência social;
b) A saída de carvão vegetal será acobertada por documento fiscal emitido no Município produtor e,
ainda que destinada a industrialização neste Estado, o imposto não poderá ser diferido.
c) A microempresa, assim definida em lei, gozará de isenção do Imposto sobre Operações Relativas
à Circulação de Mercadorias para destinatário localizado neste ou em outro Estado e sobre Prestações
de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.
d) É vedada a retenção ou a restrição à entrega ou ao emprego dos recursos atribuídos aos Municípios,
não estando impedido o Estado de condicionar a entrega de recursos ao pagamento de seus créditos,
inclusive de suas autarquias.
e) O plano plurianual e os programas estaduais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição
serão elaborados em consonância com o Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado e submetidos
à apreciação da Assembleia Legislativa.

COMENTÁRIO
A - CORRETO. CE/MG, Art. 144 – Ao Estado compete instituir:
I – imposto sobre:
(...)
IV – contribuição de seus servidores, ativos e inativos, bem como de seus pensionistas, para custeio
de regime próprio de previdência;
(Inciso com redação dada pelo art. 4º da Emenda à Constituição nº 104, de 14/9/2020.)
(Inciso acrescentado pelo art. 39 da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.)
(...)
§ 4º – A alíquota da contribuição a que se refere o inciso IV do caput não poderá ser inferior à
alíquota da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União, exceto se
demonstrado que o respectivo regime próprio de previdência social não possui déficit atuarial, nem,
em nenhuma hipótese, inferior às alíquotas aplicáveis ao regime geral de previdência social.
(Parágrafo acrescentado pelo art. 4º da Emenda à Constituição nº 104, de 14/9/2020.)

B - INCORRETO. Art. 147 – A saída de carvão vegetal será acobertada por documento fiscal
emitido no Município produtor e, quando destinada a industrialização neste Estado, seu imposto
poderá ser diferido.

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C - CORRETO. Art. 148 – A microempresa, assim definida em lei, gozará de isenção do Imposto
sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias para destinatário localizado neste ou em
outro Estado e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação.

D - CORRETO. Art. 150, § 3º – É vedada a retenção ou a restrição à entrega ou ao emprego dos


recursos atribuídos aos Municípios e previstos nesta subseção, não estando impedido o Estado de
condicionar a entrega de recursos ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias.
(Parágrafo com redação dada pelo art. 3º da Emenda à Constituição nº 10, de 2/9/1993.)

E - CORRETO. Art. 154 – A lei que instituir o plano plurianual de ação governamental estabelecerá,
de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública para as despesas
de capital e outras delas decorrentes e para as relativas a programas de duração continuada.
Parágrafo único – O plano plurianual e os programas estaduais, regionais e setoriais previstos nesta
Constituição serão elaborados em consonância com o Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado
e submetidos à apreciação da Assembleia Legislativa.

LETRA B

32 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

De acordo com o CTN, a Lei de Execuções fiscais (Lei 6.830/90) e jurisprudência do STJ, a certidão da
dívida ativa não precisa indicar:
a) A data em que foi inscrita.
b) A origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja
fundado.
c) A quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos.
d) O nome do devedor.
e) Demonstrativo de cálculo da totalidade do débito.

COMENTÁRIO
A/B/C/D – CTN - Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade
competente, indicará obrigatoriamente:
I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível,
o domicílio ou a residência de um e de outros;
II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que
seja fundado;
IV - a data em que foi inscrita;
V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.
Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da
folha da inscrição

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Lei 6.830 – Art. 6º - A petição inicial indicará apenas:
I - o Juiz a quem é dirigida;
II - o pedido; e
III - o requerimento para a citação.
§ 1º - A petição inicial será instruída com a Certidão da Dívida Ativa, que dela fará parte integrante,
como se estivesse transcrita.
§ 2º - A petição inicial e a Certidão de Dívida Ativa poderão constituir um único documento,
preparado inclusive por processo eletrônico.
§ 3º - A produção de provas pela Fazenda Pública independe de requerimento na petição inicial.
§ 4º - O valor da causa será o da dívida constante da certidão, com os encargos legais.

Súmula 559/STJ – Em ações de execução fiscal, é desnecessária a instrução da petição inicial com
o demonstrativo de cálculo do débito, por tratar-se de requisito não previsto no art. 6º da Lei n.
6.830/1980.

LETRA E

33 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Com base na lei Kandir, é INCORRETO afirmar:


a) Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento da saída de mercadoria de
estabelecimento de contribuinte.
b) A base de cálculo do imposto é, na saída de mercadoria, o valor da operação.
c) Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de
mercadorias, bens, serviços ou direitos, a autoridade lançadora não poderá arbitrar o valor ou preço,
mesmo que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados,
sendo vedado o regime de pauta fiscal.
d) O imposto é não-cumulativo.
e) É assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado em
operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento.

COMENTÁRIO
LEI COMPLEMENTAR 87/1996 – LEI KANDIR
A – CORRETA.
Art. 12. Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:
I - da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro
estabelecimento do mesmo titular; (Vide ADC 49)

CUIDADO! Súmula 166 do STJ: Não constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de
mercadoria de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte.
Em hipótese de mero deslocamento físico da mercadoria, como ocorre na transferência da filial para
a matriz e vice-versa, indevida é a existência do imposto, visto incorrer aí a circulação econômica
ou jurídica.

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Para que incida o ICMS é indispensável a caracterização daquilo que a doutrina e jurisprudência
chamam de “circulação jurídica do bem”, não dando ensejo à tributação a mera circulação física da
mercadoria. Por circulação jurídica entende-se aquela que envolve a transferência de propriedade
do bem.

B – CORRETA. Art. 13. A base de cálculo do imposto é:


I - na saída de mercadoria prevista nos incisos I, III e IV do art. 12, o valor da operação.

C – ERRADA. Art. 18. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o
valor ou o preço de mercadorias, bens, serviços ou direitos, a autoridade lançadora, mediante
processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé
as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo
ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória,
administrativa ou judicial.

ATENÇÃO!
PAUTA FISCAL: não se admite a fixação prévia de valores por parte da administração
pública sem levar em consideração as peculiaridades atinentes a cada caso concreto,
regime conhecido como pauta fiscal. Súmula 431 do STJ: é ilegal a cobrança de ICMS
com base no valor da mercadoria submetido ao regime de pauta fiscal.
X
REFERÊNCIA FISCAL: amparada em critérios legalmente estabelecidos, poderá a
Administração Pública estabelecer de maneira antecipada aos valores de operações
ainda não ocorridas.

D – CORRETA. Art. 19. O imposto é não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada
operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual
e intermunicipal e de comunicação com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou por
outro Estado.

E – CORRETA. Art. 20. Para a compensação a que se refere o artigo anterior, é assegurado ao
sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado em operações de que
tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento, inclusive a
destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo permanente, ou o recebimento de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal ou de comunicação.

LETRA C

34 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Em relação ao imposto sobre serviços de qualquer natureza - ISS, assinale a alternativa


INCORRETA:
a) Compete a lei complementar fixar suas alíquotas máximas e mínimas.

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b) É inconstitucional a incidência do imposto sobre serviços de qualquer natureza sobre operações de
locação de bens móveis.
c) A lista de serviços da Lei Complementar 116/03 é taxativa. Admite-se, todavia, uma leitura
extensiva de cada item, consoante entendimento do Superior Tribunal de Justiça.
d) Segundo o STJ, é possível incluir no valor dos serviços importâncias que não serão revertidas para
o prestador, mas simplesmente repassadas a terceiros.
e) No tocante à base de cálculo, o ISSQN incide apenas sobre a taxa de agenciamento quando o
serviço presado por sociedade empresária de trabalho temporário for de intermediação, devendo,
entretanto, englobar também os valores dos salários e encargos sociais dos trabalhadores por ela
contratados na hipótese de fornecimento de mão de obra.

COMENTÁRIO
Alternativa “A” correta. Art. 156, 3º, I, da CF:
Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar:
I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 37,
de 2002)

Alternativa “B” correta. Redação literal da Súmula Vinculante nº 31.

Alternativa “C” correta. Entendimento pacífico do STJ.

Alternativa “D” incorreta. É justamente o contrário: os valores intermediários, que circulam


transitoriamente na conta do contribuinte e que serão posteriormente repassados a terceiros não
se incluem no valor do serviço, e, por consequência, na base de cálculo do ISS. STJ. REsp 621.067.

Alternativa “E” correta. Redação literal da Súmula 524 do STJ.

LETRA D

35 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Em relação à anistia tributária, é correto afirmar que:


a) A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas posteriormente à vigência da lei que a
concede.
b) A anistia não se aplica aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções.
c) A anistia é hipótese de extinção do crédito tributário.
d) A anistia pode ser concedida em caráter geral ou limitadamente sob condição do pagamento
de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída por outra lei à
autoridade administrativa.
e) A anistia, salvo disposição em contrário, se aplica às infrações resultantes de conluio entre
duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas.

COMENTÁRIO

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Alternativa “a” errada. Art. 180, do CTN: A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas
anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando:
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa
qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro
em benefício daquele;
II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas
naturais ou jurídicas.

Alternativa “b” correta (CTN, art. 180, I). Vide acima.

Alternativa “c” errada porque a anistia é hipótese de EXCLUSÃO do crédito tributário (CTN, art.
175, II).

Alternativa “d’ errada. Art. 181. A anistia pode ser concedida:


I - em caráter geral;
II - limitadamente:
d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação
seja atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa.

Alternativa “e’ errada. Vide acima.

LETRA B

DIREITO CIVIL

36 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, assinale a alternativa correta:
a) A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela
incompatível ou quando regule inteiramente ou parcialmente a matéria de que tratava a lei anterior.
b) As correções a texto de lei já em vigor não se consideram lei nova.
c) Salvo disposição em contrário, a lei revogada se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
d) Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o
prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
e) Pode-se escusar de cumprir a lei, alegando seu não conhecimento.

COMENTÁRIO
A- INCORRETA. LINB. Art. 2º, § 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o
declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava
a lei anterior.

B- INCORRETA. LINB. Art. 1º, § 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.

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C- INCORRETA. LINB. Art. 2º, § 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura
por ter a lei revogadora perdido a vigência.

D- CORRETA. LINB. Art. 1º, § 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu
texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da
nova publicação.

E- INCORRETA. LINB. Art. 3º Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.

LETRA D

37 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Sobre contratos e alienação fiduciária em garantia, assinale a alternativa INCORRETA:


a) a parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe
o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.
b) pela teoria do adimplemento substancial, se a parte devedora cumpriu quase todo o contrato, a
parte credora não terá direito de pedir a resolução contratual.
c) a alienação fiduciária em garantia é negócio jurídico que não necessariamente será celebrado por
instituições financeiras.
d) aplica-se a teoria do adimplemento substancial aos contratos de alienação fiduciária em garantia
regidos pelo Decreto-Lei 911/69.
e) não se admite a prisão do depositário infiel do bem alienado fiduciariamente.

COMENTÁRIO
Assertiva “A” – Correta. Literalidade do art. 475 do CC.

Assertiva “B” – Correta. Como faltou muito pouco do contrato a ser cumprido pela parte devedora,
o desfazimento do pacto seria medida exagerada, desproporcional e injusta, que violaria a boa-fé
objetiva.

Assertiva “C” – Correta. Inclusive, as disposições do CC sobre o tema aplicam-se quando a


alienação fiduciária envolver bens móveis infungíveis e quando o credor fiduciário for pessoa
natural ou jurídica (e não banco). Para alienação fiduciária de bens móveis fungíveis ou infungíveis
quando o credor fiduciário for instituição financeira, aplicam-se a Lei nº 4.728/65 e o Decreto-Lei
nº 911/69.

Assertiva “D” – Incorreta. STJ. REsp 1.622.555-MG, julgado em 22/2/2017. Não se aplica a teoria
do adimplemento substancial aos contratos de alienação fiduciária em garantia regidos pelo
Decreto-Lei 911/69.

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Assertiva “E” – Correta. Súmula Vinculante 25: É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer
que seja a modalidade de depósito.

LETRA D

38 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Acerca do inadimplemento das obrigações, julgue os itens abaixo:


I. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização
monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, mas não responde por honorários de
advogado.
II. Nas obrigações negativas, o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que se obrigou a
não executar o ato de que se devia abster.
III. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a quem o contrato aproveite,
e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por
culpa, salvo as exceções previstas em lei.
IV. O devedor sempre responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior.

Assinale a alternativa correta:


a) Somente II está correto.
b) Somente III está correto.
c) Somente I, II e III estão corretos.
d) Somente II e IV estão corretos.
e) Somente IV está correto.

COMENTÁRIO
I. ERRADO. Art. 389 do CC. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos,
mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e
honorários de advogado.

II. ERRADO. Art. 390 do CC. Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde
o dia em que executou o ato de que se devia abster.

III. CORRETO. Art. 392 do CC. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante,
a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos,
responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei.

IV. ERRADO. Art. 393 do CC. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito
ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não
era possível evitar ou impedir.

LETRA B

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39 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Segundo entendimento Superior Tribunal de Justiça, julgue os itens a seguir:


I. O condomínio, independentemente de previsão expressa em regimento interno, não pode proibir,
em razão de inadimplência, condômino e seus familiares de usar áreas comuns, ainda que destinadas
apenas a lazer.
II. É válida a penhora da integralidade de imóvel submetido ao regime de multipropriedade (time-
sharing) em decorrência de dívida de condomínio de responsabilidade do organizador do
compartilhamento.
III. Não caracteriza abuso de direito ou ação passível de gerar responsabilidade civil pelos danos
causados a impetração do habeas corpus por terceiro com o fim de impedir a interrupção, deferida
judicialmente, de gestação de feto portador de síndrome incompatível com a vida extrauterina.
IV. É penhorável o único imóvel comercial do devedor que esteja alugado quando o valor do aluguel
é destinado unicamente ao pagamento de locação residencial por sua entidade familiar.

Assinale a alternativa correta:


a) Somente I está correto.
b) Somente II e IV estão corretos.
c) Somente III está correto.
d) Somente I e II estão corretos.
e) Todos estão corretos.

COMENTÁRIO
I. CORRETO. O condomínio, independentemente de previsão em regimento interno, não pode
proibir, em razão de inadimplência, condômino e seus familiares de usar áreas comuns, ainda que
destinadas apenas a lazer. STJ. 3ª Turma. REsp 1.564.030-MG, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze,
julgado em 9/8/2016 (Info 588).

II. INCORRETO. É inválida a penhora da integralidade de imóvel submetido ao regime de


multipropriedade (time-sharing) em decorrência de dívida de condomínio de responsabilidade do
organizador do compartilhamento. A multipropriedade imobiliária, mesmo não efetivamente
codificada, possui natureza jurídica de DIREITO REAL, harmonizando-se com os institutos
constantes do rol previsto no art. 1.225 do Código Civil. STJ. 3ª Turma. REsp 1.546.165-SP, Rel.
Min. Ricardo Villas BôasCueva, Rel. para acórdão Min. João Otávio de Noronha, julgado em
26/4/2016 (Info 589).

III. INCORRETO. Caracteriza abuso de direito ou ação passível de gerar responsabilidade civil pelos
danos causados a impetração do habeas corpus por terceiro com o fim de impedir a interrupção,
deferida judicialmente, de gestação de feto portador de síndrome incompatível com a vida
extrauterina. STJ. 3ª Turma. REsp 1.467.888-GO, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 20/10/2016
(Info 592).

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IV. INCORRETO. É impenhorável o único imóvel comercial do devedor que esteja alugado quando
o valor do aluguel é destinado unicamente ao pagamento de locação residencial por sua entidade
familiar. STJ. 2ª Turma. REsp 1.616.475-PE, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 15/9/2016
(Info 591).

LETRA A

40 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Julgue os itens a seguir:


I. É devida a indenização relativa ao seguro obrigatório – DPVAT, na hipótese em que o acidente de
trânsito que vitimou o segurado tenha ocorrido no momento de prática de ilícito penal doloso.
II. O art. 1.023 do CC, que trata da responsabilidade subsidiária dos sócios da sociedade simples, se
aplica às associações civis.
III. O termo inicial em caso de abuso de mandato é a data da ciência do ato cometido pelo mandatário.
IV. A interrupção do prazo prescricional operada contra o devedor principal prejudica o fiador.

Assinale a alternativa correta:


a) Somente IV está correto.
b) Somente I e II estão corretos.
c) Somente II e IV estão corretos.
d) Somente III está correto.
e) Nenhum está correto.

COMENTÁRIO
I. INCORRETO. É indevida a indenização relativa ao seguro obrigatório – DPVAT, na hipótese em
que o acidente de trânsito que vitimou o segurado tenha ocorrido no momento de prática de ilícito
penal doloso. STJ. 3ª Turma. REsp 1.661.120-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 9/5/2017
(Info 604).

II. INCORRETO. O art. 1.023 do CC, que trata da responsabilidade subsidiária dos sócios da
sociedade simples, não se aplica às associações civis. As associações civis são caracterizadas pela
união de pessoas que se organizam para a execução de atividades sem fins lucrativos. Sociedades
simples são formas de execução de atividade empresária, com finalidade lucrativa. STJ. 3ª Turma.
REsp 1.398.438-SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 4/4/2017 (Info 602).

III. INCORRETO. Reconhecido o abuso de mandato por desacerto contratual, em razão de o


advogado ter repassado valores a menor para seu mandatário, o marco inicial dos juros moratórios
é a data da citação. O termo inicial dos juros moratórios deve ser determinado a partir da natureza
da relação jurídica mantida entre as partes. No caso, tratando-se de mandato, a relação jurídica tem
natureza contratual, sendo o termo inicial dos juros moratórios a data da citação (art. 405 do CC).
STJ. 3ª Turma. REsp 1.403.005-MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 6/4/2017
(Info 602).

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IV. CORRETO. A interrupção do prazo prescricional operada contra o devedor principal prejudica o
fiador. Em regra, o ato interruptivo da prescrição apresenta caráter pessoal e somente aproveitará
a quem o promover ou prejudicará aquele contra quem for dirigido (persona ad personam non fit
interruptio). Isso está previsto no art. 204 do CC. Exceção a esta regra: interrompida a prescrição
contra o devedor afiançado, por via de consequência, estará interrompida a prescrição contra o
fiador em razão do princípio da gravitação jurídica (o acessório segue o principal), nos termos do
art. 204, § 3º, do CC: § 3º A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador. A
interrupção do prazo prescricional operada contra o fiador não prejudica o devedor afiançado, salvo
nas hipóteses em que os devedores sejam solidários Como regra, a interrupção operada contra o
fiador não prejudica o devedor afiançado. Isso porque o principal não segue a sorte do acessório.
Existe, no entanto, uma exceção: a interrupção em face do fiador poderá, sim, excepcionalmente,
acabar prejudicando o devedor principal nas hipóteses em que a referida relação for reconhecida
como de devedores solidários, ou seja, caso o fiador tenha renunciado ao benefício ou se obrigue
como principal pagador ou devedor solidário. STJ. 4ª Turma. STJ. 4ª Turma. REsp 1.276.778-MS,
Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 28/3/2017 (Info 602).

Letra A

41 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Acerca das modalidades das obrigações, pode-se afirmar que:


a) Na obrigação de dar coisa certa, deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, deverá o credor
resolver a obrigação.
b) Na obrigação de fazer, se o fato puder ser executado por terceiro, o credor dependerá de
autorização judicial para mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste,
sem prejuízo da indenização cabível.
c) Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao credor, se outra coisa não se estipulou.
d) Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos.
e) Em caso de obrigação solidária, sendo a solidariedade passiva, o credor pode exigir o cumprimento
da obrigação a um ou a alguns dos devedores apenas de forma total.

COMENTÁRIO
A - ERRADO. Art. 235, CC: Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor
resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu.

B - ERRADO. Art. 249, CC: Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-
lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível.

C - ERRADO. Art. 252, CC: Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa
não se estipulou.

D - CERTO. Art. 263, CC.

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E - ERRADO. Art. 275, CC: O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos
devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os
demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.
RESPOSTA: D

42 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Acerca dos direitos reais de uso, usufruto e superfície, é incorreto:


a) O usuário usará da coisa e perceberá os seus frutos quanto o exigirem as necessidades suas e de
sua família. A condição social e o lugar onde viver o usuário, não é critério para a avaliação da
necessidade.
b) O usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio inteiro, ou parte
deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades.
c) Não se pode transferir o usufruto por alienação.
d) Quando o usufruto recai em títulos de crédito, o usufrutuário poderá cobrar as respectivas dívidas.
e) O superficiário responderá pelos encargos e tributos que incidirem sobre o imóvel.

COMENTÁRIO
A – INCORRETA. Art. 1.412 do CC. O usuário usará da coisa e perceberá os seus frutos, quanto o
exigirem as necessidades suas e de sua família.
§ 1o Avaliar-se-ão as necessidades pessoais do usuário conforme a sua condição social e o lugar
onde viver.
§ 2o As necessidades da família do usuário compreendem as de seu cônjuge, dos filhos solteiros e
das pessoas de seu serviço doméstico.

B – CORRETA. Art. 1.390 do CC. O usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis,
em um patrimônio inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e
utilidades.

C – CORRETA. Art. 1.393 do CC. Não se pode transferir o usufruto por alienação; mas o seu
exercício pode ceder-se por título gratuito ou oneroso.

D – CORRETA. Art. 1.395 do CC. Quando o usufruto recai em títulos de crédito, o usufrutuário tem
direito a perceber os frutos e a cobrar as respectivas dívidas. Parágrafo único. Cobradas as dívidas,
o usufrutuário aplicará, de imediato, a importância em títulos da mesma natureza, ou em títulos da
dívida pública federal, com cláusula de atualização monetária segundo índices oficiais
regularmente estabelecidos.

E – CORRETA. Art. 1.371 do CC. O superficiário responderá pelos encargos e tributos que incidirem
sobre o imóvel.

LETRA A

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43 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

À luz das disposições do direito civil pertinentes à prescrição e à decadência, julgue o item a seguir.
I – Prescreve em 3 anos a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou
vitalícias, porém as partes podem negociar para alterar o prazo prescricional para até 5 anos.
II - A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita.
III - Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou
representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.
IV - A prescrição iniciada contra uma pessoa não continua a correr contra o seu sucessor.

Estão corretas:
a) Apenas I e II
b) Apenas II e III
c) Apenas I e IV
d) I, II, III
e) Todas.

COMENTÁRIO
I – ERRADA. Art. 206. Prescreve:
§ 3o Em três anos:
II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias.

Os prazos prescricionais NÃO PODEM SER ALTERADOS pelas partes:


Art. 192 do CC. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.

Entretanto, cabe lembrar que É POSSÍVEL A RENÚNCIA da prescrição, depois que esta se
consumar:
Art. 191 do CC. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem
prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume
de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.

II – CORRETA. Art. 193 do CC. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela
parte a quem aproveita.

III – CORRETA. Art. 195 do CC. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra
os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem
oportunamente.

IV – ERRADA. Art. 196 do CC. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o
seu sucessor.

RESPOSTA: B

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44 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a alternativa incorreta:


a) A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas
sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições
dignas de existência.
b) O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao
aleitamento materno, salvo aos filhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade.
c) É assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde da criança e do adolescente,
por intermédio do Sistema Único de Saúde, observado o princípio da equidade no acesso a ações e
serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde.
d) Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva
e de cuidados intermediários, deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral
de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente.
e) Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de
maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar
da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.

COMENTÁRIO
A- CORRETA. ECA. Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde,
mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o
desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.

B- INCORRETA. ECA. Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão


condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida
privativa de liberdade.

C- CORRETA. ECA. Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde
da criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, observado o princípio da
equidade no acesso a ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde. (Redação
dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

D- CORRETA. ECA. Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades


neonatais, de terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão proporcionar condições para
a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de
criança ou adolescente. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

E- CORRETA. ECA. Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento
cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente
comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências
legais. (Redação dada pela Lei nº 13.010, de 2014)

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LETRA B

45 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

De acordo com o Código de Defesa e Proteção do Consumidor, assinale a alternativa incorreta:


a) Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou
segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua
natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações
necessárias e adequadas a seu respeito.
b) Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar as informações a que se refere
este artigo, através de impressos apropriados que devam acompanhar o produto.
c) O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança
deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou periculosidade,
sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto.
d) O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe ou deveria
saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança.
e) O fornecedor deverá higienizar os equipamentos e utensílios utilizados no fornecimento de
produtos ou serviços, ou colocados à disposição do consumidor, mas não deverá informar, de maneira
ostensiva sobre o risco de contaminação.

COMENTÁRIO
A- CORRETA. CDC. Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não
acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e
previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer
hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito.

B- CORRETA. CDC. Art. 8°, § 1º Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar
as informações a que se refere este artigo, através de impressos apropriados que devam
acompanhar o produto. (Redação dada pela Lei nº 13.486, de 2017)

C- CORRETA. CDC. Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou


perigosos à saúde ou segurança deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da
sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em cada caso
concreto.

D- CORRETA. CDC. Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou
serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde
ou segurança.

E- INCORRETA. CDC. Art. 8º, § 2º O fornecedor deverá higienizar os equipamentos e utensílios


utilizados no fornecimento de produtos ou serviços, ou colocados à disposição do consumidor, e
informar, de maneira ostensiva e adequada, quando for o caso, sobre o risco de
contaminação. (Incluído pela Lei nº 13.486, de 2017)

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LETRA E

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

46 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Assinale a alternativa incorreta quanto aos princípios da demanda e da inércia:


a) Pode ser entendido como exceção ao princípio da ação (ou da demanda) a possibilidade de o juiz
decretar a falência, de ofício, durante o processo de recuperação judicial.
b) No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer,
o juiz poderá, para a efetivação da tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático
equivalente, determinar, se o exequente requerer, as medidas necessárias à satisfação de seu direito.
c) O conflito de competência pode ser suscitado de ofício pelo juiz.
d) O Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas pode ser instaurado de ofício pelo juiz.
e) De forma distinta do que era previsto no CPC/73, o CPC/2015 não mais admite a instauração de
inventário ex officio.

COMENTÁRIO
A - O princípio da ação (ou da demanda) atribui à parte a iniciativa de provocar o exercício da
demanda processual. De acordo com Elpídio Donizete (Curso Didático de Processo Civil, 2017),
“Esse princípio, pacificamente reconhecido pela doutrina e pela jurisprudência, foi positivado no art.
2º do novo Código, segundo o qual “o processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por
impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei”. As ressalvas ao princípio da demanda estão,
por exemplo, na execução trabalhista (art. 872 da CLT) e na decretação de falência de empresa
sob regime de recuperação judicial (arts. 73 e 74 da Lei nº 11.101/2005). Em ambos os casos, tais
medidas podem ser adotadas de ofício pelo magistrado”.

B – CPC/2015 - Art. 536. No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação


de fazer ou de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela
específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas
necessárias à satisfação do exequente.

C – CPC/2015 – Art. 951. O conflito de competência pode ser suscitado por qualquer das partes,
pelo Ministério Público ou pelo juiz.

D – CPC/2015 - Art. 977. O pedido de instauração do incidente será dirigido ao presidente de


tribunal:
I - pelo juiz ou relator, por ofício;
II - pelas partes, por petição;
III - pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública, por petição.

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E - De acordo com Elpídio Donizete (Curso Didático de Processo Civil, 2017), “o novo CPC não
repete a redação do art. 989 do CPC/1973, de modo que não mais se admite a instauração de
inventário ex officio caso os legitimados não o façam no prazo legal”.

LETRA B

47 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Levando em consideração a jurisprudência e a disciplina legal acerca da instrução probatória no


Processo Civil, julgue os itens a seguir:
I. É inadmissível a prova emprestada vinda de processo do qual não participaram as partes do
processo para o qual a prova será trasladada.
II. A carta precatória e a carta rogatória não devolvidas no prazo ou concedidas sem efeito suspensivo
não poderão ser juntadas aos autos a qualquer momento.
III. É defeso ao juiz impor medidas indutivas ou coercitivas em face de terceiro que não cumprir a
determinação judicial de exibir coisa que esteja em seu poder.
IV. Ainda que anterior, a produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a
ação que venha a ser proposta.

Assinale a alternativa correta:


a) Somente IV está correto.
b) Somente I e II estão corretos.
c) Somente III está correto.
d) Somente I está correto.
e) Todos estão corretos.

COMENTÁRIO
I. INCORRETO. É admissível, assegurado o contraditório, a prova emprestada vinda de processo
do qual não participaram as partes do processo para o qual a prova será trasladada. Assim decidiu
a Corte Especial do STJ no EREsp 617428/SP, julgado em 04/06/2014 (Informativo 543, STJ). Tal
entendimento foi consignado no art. 372 do Novo Código de Processo Civil.
“A prova pode ser emprestada mesmo que a parte contra a qual será utilizada não tenha
participado do processo originário onde foi produzida? Ex: no processo 1, foi produzida determinada
prova. Em uma ação de “A” contra “B” (processo 2), “A” deseja trazer essa prova emprestada.
Ocorre que “B” não participou do processo 1. Será possível trazer essa prova mesmo assim?
SIM. É admissível, assegurado o contraditório, a prova emprestada vinda de processo do qual não
participaram as partes do processo para o qual a prova será trasladada.
A prova emprestada não pode se restringir a processos em que figurem partes idênticas, sob pena
de se reduzir excessivamente sua aplicabilidade sem justificativa razoável para isso.
Quando se diz que deve assegurar o contraditório, significa que a parte deve ter o direito de se
insurgir contra a prova trazida e de impugná-la.”

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II. INCORRETO. Art. 377, Parágrafo Único: A carta precatória e a carta rogatória não devolvidas no
prazo ou concedidas sem efeito suspensivo poderão ser juntadas aos autos a qualquer momento.

III. INCORRETO. Art. 380, Parágrafo Único: Poderá o juiz, em caso de descumprimento, determinar,
além da imposição de multa, outras medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-
rogatórias.

IV. CORRETO. Art. 381, §3º, CPC: A produção antecipada da prova não previne a competência do
juízo para a ação que venha a ser proposta.

LETRA A

48 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

À luz das disposições do CPC relativas aos atos processuais, é correto afirmar:
a) Os atos e os termos processuais sempre dependem de forma determinada, salvo quando a lei
expressamente a dispensar.
b) Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente
capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e
convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o
processo.
c) Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade, sempre
dependem de homologação judicial para que se efetive a constituição, modificação ou extinção de
direitos processuais.
d) Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 18 (dezoito) horas.
e) Com a devida autorização judicial, será possível a realização das citações, intimações e penhoras
no período de férias forenses, onde as houver e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido.

COMENTÁRIO
A – ERRADA. Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo
quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo,
lhe preencham a finalidade essencial.

B – CORRETA. Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito
às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres
processuais, antes ou durante o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas
neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em
contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.

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C – ERRADA. Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais
de vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos
processuais. Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial.

D –ERRADA. Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte)
horas.

E – ERRADA. Art. 212, 2o Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e


penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias
úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da
Constituição Federal.

RESPOSTA: B

49 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Considerando as disposições do CPC pertinentes aos sujeitos do processo, assinale a alternativa


correta.
a) Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu é dispensável nas hipóteses
de composse.
b) Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz sem
suspender o processo, designará prazo razoável para que seja sanado o vício.
c) O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão,
decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente. Nesses casos, o advogado
deverá, independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável
por igual período por despacho do juiz.
d) A alienação da coisa ou do direito litigioso por ato entre vivos, a título particular, altera a
legitimidade das partes.
e) Não autoriza a formação de litisconsórcio a afinidade de questões por ponto comum de fato ou de
direito.

COMENTÁRIO
A – ERRADA. Art. 73, § 2o - Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu
somente é indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado.

B – ERRADA. Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação


da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício.

C – CORRETA. Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo
para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.
§ 1o Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a
procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz.
§ 2o O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado,

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respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos.

D –ERRADA. Art. 109. A alienação da coisa ou do direito litigioso por ato entre vivos, a título
particular, não altera a legitimidade das partes.

E –ERRADA. Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto,
ativa ou passivamente, quando:
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir;
III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito.

RESPOSTA: C

50 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Sobre o recurso especial e o recurso extraordinário, com base nas disposições do CPC e da
Constituição Federal, é correto:
a) Serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, podendo ambos
os recursos ser apresentados em petição única.
b) O STF ou o STJ não poderá simplesmente desconsiderar vício formal de recurso tempestivo por
não reputar grave.
c) Quando, por ocasião do processamento do incidente de resolução de demandas repetitivas, o
presidente do STF ou do STJ receber requerimento de suspensão de processos em que se discuta
questão federal constitucional ou infraconstitucional, poderá, considerando razões de segurança
jurídica ou de excepcional interesse social, estender a suspensão a todo o território nacional, até
ulterior decisão do recurso extraordinário ou do recurso especial a ser interposto.
d) Na hipótese de interposição conjunta de recurso extraordinário e recurso especial, os autos serão
remetidos ao STF.
e) Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso especial versa sobre questão
constitucional, deverá extinguir o recuso sem resolução de mérito.

COMENTÁRIO
A – ERRADA. Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na
Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal
recorrido, em petições distintas que conterão:
I - a exposição do fato e do direito;
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.

B –ERRADA. Art. 1.029, § 3o O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá
desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que não o
repute grave.

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C – CORRETA. Art. 1.029, § 4o Quando, por ocasião do processamento do incidente de resolução
de demandas repetitivas, o presidente do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de
Justiça receber requerimento de suspensão de processos em que se discuta questão federal
constitucional ou infraconstitucional, poderá, considerando razões de segurança jurídica ou de
excepcional interesse social, estender a suspensão a todo o território nacional, até ulterior decisão
do recurso extraordinário ou do recurso especial a ser interposto.

D – ERRADA. Art. 1.031. Na hipótese de interposição conjunta de recurso extraordinário e recurso


especial, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça.

E – ERRADA. Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso
especial versa sobre questão constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze) dias para que o
recorrente demonstre a existência de repercussão geral e se manifeste sobre a questão
constitucional. Parágrafo único. Cumprida a diligência de que trata o caput, o relator remeterá o
recurso ao Supremo Tribunal Federal, que, em juízo de admissibilidade, poderá devolvê-lo ao
Superior Tribunal de Justiça.

RESPOSTA: C

51 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Quanto ao Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR), assinale a alternativa incorreta:


a) Nas causas que dispensem fase instrutória, o juiz julgará liminarmente improcedente o pedido que
contrariar entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção
de competência.
b) O amicus curiae não possui legitimidade recursal para impugnar decisão que julga o incidente de
resolução de demandas repetitivas.
c) Não se aplica a Remessa Necessária nas sentenças proferidas contra a União, Estados, DF e
Municípios quando a decisão estiver fundada em entendimento firmado em incidente de resolução de
demandas repetitivas.
d) Do julgamento do mérito do IRDR caberá recurso extraordinário ou especial, conforme o caso.
e) São legitimados para propor o IRDR o juiz ou relator, as partes, o Ministro Público e a Defensoria
Pública.

COMENTÁRIO
A – Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação
do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de
competência.

B –Art. 138 – § 3o O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de
demandas repetitivas.

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C – Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de
confirmada pelo tribunal, a sentença:
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas
autarquias e fundações de direito público;
§ 4o Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em:
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de
competência.

D – Art. 987. Do julgamento do mérito do incidente caberá recurso extraordinário ou especial,


conforme o caso.

E – Art. 977. O pedido de instauração do incidente será dirigido ao presidente de tribunal


I - pelo juiz ou relator, por ofício
II - pelas partes, por petição;
III - pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública, por petição.

LETRA B

52 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Acerca da penhora, julgue os itens a seguir:


I. Havendo múltiplas penhoras decorrentes de execuções de créditos de bens públicos sobre um
mesmo bem, os créditos de uma autarquia federal terão preferência sobre o crédito de um Estado da
Federação.
II. Na execução de título extrajudicial, é direito do executado substituir a penhora em dinheiro por
fiança bancária em valor igual ao do débito constante da inicial.
III. Ainda que sob o regime de separação absoluta de bens, somente é possível requerer a substituição
da penhora por bem imóvel com o consentimento do cônjuge.

Assinale a alternativa correta:


a) Somente I está correto.
b) Somente II e III estão corretos.
c) Todos estão incorretos.
d) Somente III está correto.
e) Todos estão corretos.

COMENTÁRIO
I. INCORRETO. Essa assertiva corresponde à literalidade do art. 29, parágrafo único, da Lei
6.830/1980 e da Súmula 497 do STJ:
Art. 29 - A cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública não é sujeita a concurso de credores
ou habilitação em falência, concordata, liquidação, inventário ou arrolamento
Parágrafo Único - O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito
público, na seguinte ordem:

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I - União e suas autarquias;
II - Estados, Distrito Federal e Territórios e suas autarquias, conjuntamente e pro rata;
III - Municípios e suas autarquias, conjuntamente e pro rata.

Súmula 497/STJ: Os créditos das autarquias federais preferem aos créditos da Fazenda estadual
desde que coexistam penhoras sobre o mesmo bem.

Porém, recentemente o STF alterou seu entendimento. Vejamos a explicação detalhada do DIZER
O DIREITO:

A Fazenda Pública não é obrigada a habilitar seus créditos fiscais no processo falimentar ou de
recuperação judicial. Isso porque o CTN e a Lei nº 6.830/80 afirmam que o crédito tributário não é
sujeito a concurso de credores. Veja:
CTN
Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação
em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento.

Lei nº 6.830/80
Art. 29. A cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública não é sujeita a concurso de credores
ou habilitação em falência, concordata, liquidação, inventário ou arrolamento.

O STJ entende, contudo, que esses dois dispositivos não proíbem que a Fazenda Pública faça a
habilitação dos créditos tributários na falência. Esses dispositivos garantem ao ente público a
prerrogativa de escolher entre receber o pagamento de seu crédito pelo rito da execução fiscal ou
mediante habilitação nos autos da falência.
Assim, muito embora o processamento e o julgamento das execuções fiscais não se submetam ao
juízo universal da falência, compete à Fazenda Pública optar por ingressar com a cobrança judicial
ou requerer a habilitação de seu crédito na ação falimentar.

A Lei nº 14.112/2020, alterando a Lei nº 11.101/2005, criou, inclusive, um incidente de classificação


de crédito público para que a Fazenda Pública informe ao juízo da falência a relação completa de
seus créditos inscritos em dívida ativa:
Art. 7º-A.Na falência, após realizadas as intimações e publicado o edital, conforme previsto,
respectivamente, no inciso XIII do caput e no § 1º do art. 99 desta Lei, o juiz instaurará, de ofício,
para cada Fazenda Pública credora, incidente de classificação de crédito público e determinará a
sua intimação eletrônica para que, no prazo de 30 (trinta) dias, apresente diretamente ao
administrador judicial ou em juízo, a depender do momento processual, a relação completa de seus
créditos inscritos em dívida ativa, acompanhada dos cálculos, da classificação e das informações
sobre a situação atual. (Incluído pela Lei nº 14.112/2020)
(...)

O caput do art. 187 do CTN e o caput do art. 29 da Lei nº 6.830/80 são constitucionais, não
possuindo qualquer vício de inconstitucionalidade.

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O problema está no parágrafo único desses artigos.

O parágrafo único do art. 187 do CTN e o parágrafo único do art. 29 da Lei nº 6.830/80 afirmam
que, se uma mesma pessoa estiver devendo a União, o Estado-membro (DF) e o Município, a União
terá preferência em receber. Em segundo lugar, o Estado terá preferência e, se sobrarem recursos,
o Município terá direito ao crédito. Veja:
Art. 187. (...)
Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito
público, na seguinte ordem:
I - União;
II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata;
III - Municípios, conjuntamente e pró rata.

Art. 29. (...)


Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito
público, na seguinte ordem:
I - União e suas autarquias;
II - Estados, Distrito Federal e Territórios e suas autarquias, conjuntamente e pro rata;
III - Municípios e suas autarquias, conjuntamente e pro rata.

Esses dispositivos são anteriores à Constituição Federal de 1988. O CTN é de 1966 e a Lei nº 6.830
foi publicada em 1980.

Vale ressaltar que, mesmo antes da CF/88, vários doutrinadores já diziam que essa previsão seria
inconstitucional porque violaria o art. 9º, I, da Constituição Federal de 1967, que dizia o seguinte:

Art. 9º A União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios é vedado:


I - criar distinções entre brasileiros ou preferências em favor de uns contra outros Estados ou
Municípios;
(...)

O STF, contudo, naquela época, não concordou com a tese e editou uma súmula dizendo que essa
previsão seria constitucional:

Súmula 563-STF: O concurso de preferência a que se refere o parágrafo único, do art. 187, do
Código Tributário Nacional, é compatível com o disposto no art. 9º, inciso I, da Constituição Federal.
Aprovada em 15/12/1976.

Em 1988 foi promulgada a nossa atual Constituição Federal, que trouxe dispositivo semelhante ao
art. 9º, I, da CF/67. Veja o que diz a Carta de 1988:

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

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(...)
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

Assim, a doutrina majoritária continuou sustentando que o parágrafo único do art. 187 do CTN e o
parágrafo único do art. 29 da Lei nº 6.830/80 violariam a igualdade entre os entes federativos e,
portanto, não teriam sido recepcionados pela CF/88.
O STF finalmente concordou com a doutrina?
SIM.
O Plenário do STF decidiu que a preferência da União em relação a Estados, Municípios e Distrito
Federal na cobrança judicial de créditos da dívida ativa não foi recepcionada pela Constituição
Federal de 1988.
Essa previsão de “hierarquia” na cobrança judicial dos créditos da dívida pública da União aos
Estados e Distrito Federal ameaça o pacto federativo e contraria o inciso III do art. 19 da CF/88.

A autonomia e a isonomia dos entes federados são os alicerces para a manutenção do modelo
jurídico-constitucional adotado.
Somente pela Constituição, e quando houver finalidade constitucional adequadamente
demonstrada, pode-se criar distinções entre os entes federados na cobrança judicial dos créditos
tributários e não tributários.

Nova ordem constitucional


A Ministra Relatora Rosa Weber afirmou que “o tema é sensível e merece ser reapreciado à luz das
normas constitucionais inauguradas pela Constituição de 1988”. Para ela, após a promulgação da
Constituição de 1988, os entes federativos se tornaram autônomos, e o tratamento entre eles
passou a ser isonômico.
De acordo com a ministra, a repartição de competências é o “coração da Federação” que, diante da
complexidade política e geográfica do território brasileiro, deve se pautar pela autonomia dos entes.
No plano internacional, a União é soberana. Porém, no plano interno, ela “é autônoma e iguala-se
aos demais entes federados, sem hierarquia, com competências próprias”.

Conclusão
Com base nesse entendimento, o Plenário do STF, por maioria, julgou procedente o pedido
formulado em arguição de descumprimento de preceito fundamental para declarar a não recepção,
pela CF/88, das normas previstas no parágrafo único do art. 187 do CTN e no parágrafo único do
art. 29 da Lei nº 6.830/80.

O STF, na mesma assentada, decidiu cancelar a Súmula 563.

O concurso de preferência entre os entes federados na cobrança judicial dos créditos tributários e
não tributários, previsto no parágrafo único do art. 187 da Lei nº 5.172/66 (Código Tributário
Nacional) e no parágrafo único do art. 29 da Lei nº 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais), não foi
recepcionado pela Constituição Federal de 1988.
STF. Plenário. ADPF 357/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 24/6/2021 (Info 1023).

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Vale ressaltar que, além do cancelamento da Súmula 563 do STF, com a decisão acima explicada
também fica superado o entendimento exposto na Súmula 497 do STJ:
Súmula 497-STJ: Os créditos das autarquias federais preferem aos créditos da Fazenda estadual
desde que coexistam penhoras sobre o mesmo bem.
O entendimento está superado porque essa súmula era também baseada no art. 187, parágrafo
único, do CTN e art. 29, da Lei nº 6.830/80.

II. INCORRETO. Embora esse direito exista, a fiança (ou seguro garantia) deve ser em valor superior
ao do débito da inicial em 30%:
CPC, Art. 835, § 2° Para fins de substituição da penhora, equiparam-se a dinheiro a fiança bancária
e o seguro garantia judicial, desde que em valor não inferior ao do débito constante da inicial,
acrescido de trinta por cento.

III. INCORRETO. Conforme art. 847, CPC:


Art. 847, § 3° O executado somente poderá oferecer bem imóvel em substituição caso o requeira
com a expressa anuência do cônjuge, salvo se o regime for o de separação absoluta de bens.

LETRA C

53 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Acerca da fraude à execução, julgue os itens a seguir:


I. Há presunção absoluta de fraude à execução na hipótese de ser alienado um imóvel em cujo registro
havia sido averbado a pendência do processo de execução.
II. O negócio jurídico de alienação em fraude à execução é nulo.
III. No caso de alienação em fraude à execução de um bem sujeito a registro, o ônus de comprovar
que a alienação foi fraudulenta é exclusivamente do exequente, que deve demonstrar a má-fé do
terceiro adquirente.
IV. Caso se alegue a fraude à execução no caso de desconsideração da personalidade jurídica, o marco
temporal para que se considere a alienação fraudulenta é o trânsito em julgado da decisão que
desconsiderou a personalidade jurídica.

Assinale a alternativa correta:


a) Somente II está correto.
b) Somente I e III estão corretos.
c) Somente I está correto.
d) Somente IV está correto.
e) Todos estão corretos.

COMENTÁRIO
I. CORRETO. Conforme os seguintes dispositivos do CPC (especialmente §4° do art. 828 do CPC):

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Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução:
II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução, na forma
do art. 828;

Art. 828. O exequente poderá obter certidão de que a execução foi admitida pelo juiz, com
identificação das partes e do valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, de
veículos ou de outros bens sujeitos a penhora, arresto ou indisponibilidade.
§ 1° No prazo de 10 (dez) dias de sua concretização, o exequente deverá comunicar ao juízo as
averbações efetivadas.
§ 2° Formalizada penhora sobre bens suficientes para cobrir o valor da dívida, o exequente
providenciará, no prazo de 10 (dez) dias, o cancelamento das averbações relativas àqueles não
penhorados.
§ 3° O juiz determinará o cancelamento das averbações, de ofício ou a requerimento, caso o
exequente não o faça no prazo.
§ 4° Presume-se em fraude à execução a alienação ou a oneração de bens efetuada após a
averbação.
§ 5° O exequente que promover averbação manifestamente indevida ou não cancelar as averbações
nos termos do § 2° indenizará a parte contrária, processando-se o incidente em autos apartados.

II. INCORRETO. Diferente da fraude contra credores, a fraude à execução gera a ineficácia do ato
para o exequente, e não a nulidade:
Art. 792, § 1° A alienação em fraude à execução é ineficaz em relação ao exequente.

III. INCORRETO. O CPC imputa esse ônus ao terceiro adquirente:


Art. 792, § 2° No caso de aquisição de bem não sujeito a registro, o terceiro adquirente tem o ônus
de provar que adotou as cautelas necessárias para a aquisição, mediante a exibição das certidões
pertinentes, obtidas no domicílio do vendedor e no local onde se encontra o bem.

IV. INCORRETO. Conforme §3° do art. 792 do CPC, o marco temporal será a citação da pessoa
jurídica cuja personalidade se pretende desconsiderar (e não a citação do sócio no incidente de
desconsideração!).

Art. 792, § 3° Nos casos de desconsideração da personalidade jurídica, a fraude à execução verifica-
se a partir da citação da parte cuja personalidade se pretende desconsiderar.

LETRA C
54 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Sobre o cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa
pela fazenda pública, podemos afirmar:
a) No cumprimento de sentença que impuser à Fazenda Pública o dever de pagar quantia certa,
o exequente ficará dispensado de apresentar demonstrativo discriminado e atualizado do crédito
contendo.

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b) No cumprimento de sentença que impuser à Fazenda Pública o dever de pagar quantia certa,
o exequente apresentará demonstrativo discriminado e atualizado do crédito contendo, em outras
exigências, o índice de correção monetária adotado, os juros aplicados e as respectivas taxas, bem
como a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso.
c) Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo, o débito será acrescido de multa de dez por
cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento.
d) A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu representante judicial, por carga, remessa
ou meio eletrônico, para, querendo, no prazo de 15 dias e nos próprios autos, impugnar a execução.
e) Na sua impugnação, a Fazenda Pública não poderá alegar incompetência absoluta ou relativa
do juízo da execução.

COMENTÁRIO
A – ERRADA. B – CORRETA.
Art. 534 do CPC. No cumprimento de sentença que impuser à Fazenda Pública o dever de pagar
quantia certa, o exequente apresentará demonstrativo discriminado e atualizado do crédito
contendo:
I - o nome completo e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica do exequente;
II - o índice de correção monetária adotado;
III - os juros aplicados e as respectivas taxas;
IV - o termo inicial e o termo final dos juros e da correção monetária utilizados;
V - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso;
VI - a especificação dos eventuais descontos obrigatórios realizados.

C – ERRADA. Art. 534, § 2o do CPC. A multa prevista no § 1o do art. 523 não se aplica à Fazenda
Pública.
Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão
sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do
exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido
de custas, se houver.
§ 1o Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será acrescido de multa de
dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento.
D, E – ERRADAS. Art. 535 do CPC. A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu
representante judicial, por carga, remessa ou meio eletrônico, para, querendo, no prazo de 30
(trinta) dias e nos próprios autos, impugnar a execução, podendo arguir:
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia;
II - ilegitimidade de parte;
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
IV - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
V - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VI - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação,
compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes ao trânsito em julgado da
sentença.

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RESPOSTA: B

55 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Sobre o efeito translativo dos recursos, é possível afirmar, salvo:


a) está presente nos embargos de declaração.
b) está presente no recurso ordinário constitucional.
c) não está presente nos recursos excepcionais, pois é necessária a existência de prequestionamento.
d) é possível a alegação inédita nos autos de intempestividade em sede de agravo em recurso
especial, por ser matéria de ordem pública, permitindo a aplicação do efeito translativo.
e) Na apelação, serão objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas
e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo
impugnado.

COMENTÁRIO
A, B e C- CORRETAS.
O efeito translativo é o aspecto vertical do efeito devolutivo, de forma que a matéria submetida à
análise do julgador poderá ser analisada com a maior profundidade possível, incluindo todas as
questões referentes à matéria devolvida. Refere-se à possibilidade de conhecer de ofício as
matérias de ordem pública.
Sobre o tema, o entendimento do STJ é o seguinte:

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS DE DEVEDOR. 1.


FALTA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DO ACÓRDÃO RECORRIDO. INCIDÊNCIA DA
SÚMULA 283 DO STF. 2. EFEITO TRANSLATIVO. INSTÂNCIA ESPECIAL. INAPLICABILIDADE. 3.
PREQUESTIONAMENTO. PRESSUPOSTO. NECESSIDADE. 4. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL
NÃO DEMONSTRADO. 5. AGRAVO IMPROVIDO.
1. Não tendo havido impugnação expressa do fundamento do acórdão recorrido, mostra-se
inviável o processamento do especial, ante o óbice da Súmula 283 do STF.
2. Aplicação do efeito translativo ao recurso especial. Necessário esclarecer que tal efeito é
próprio dos recursos ordinários (apelação, agravo, embargos infringentes, embargos de declaração
e recurso ordinário constitucional), e não aos recursos excepcionais, como é o caso do recurso
especial.
3. É inadmissível o recurso especial acerca de questão não prequestionada pelo Tribunal de
origem, ainda que seja matéria de ordem pública.
4. O dissídio jurisprudencial não foi demonstrado, em razão da ausência indispensável de similitude
fática entre o acórdão recorrido e aquele indicado como paradigma.
5. Agravo interno a que se nega provimento.
(AgInt no AREsp 1021641/MG, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA,
julgado em 02/05/2017, DJe 19/05/2017)

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL (CPC/1973).


RECURSO ESPECIAL. RECURSO COM FUNDAMENTAÇÃO VINCULADA DESTINADO A

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ASSEGURAR A BOA APLICAÇÃO DAS NORMAS E A HOMOGEINIZAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA.
VERIFICAÇÃO QUE SOMENTE PODE OCORRER SE HOUVER MANIFESTAÇÃO ACERCA DA
QUESTÃO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. QUESTÕES NÃO ANALISADAS APESAR DA
OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. IMPRESCINDIBILIDADE DE QUE SE ALEGUE
VIOLAÇÃO AO ARTIGO 535 DO CPC/1973. EFEITO TRANSLATIVO. EFEITO RESTRITO ÀS
INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS. NECESSIDADE DE PREQUESTIONAMENTO MESMO DAS
QUESTÕES DE ORDEM PÚBLICA. FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA NÃO
INFIRMADOS. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
(AgInt no REsp 1448134/SP, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA,
julgado em 15/08/2017, DJe 29/08/2017)

Didier afirma a existência de efeito translativo em sede de recurso excepcional (Volume III do Didier,
pág.145, do ano de 2016), notadamente em razão do que dispõe o NCPC, vejamos:

Art. 1.034, Parágrafo único. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial por um
fundamento, devolve-se ao tribunal superior o conhecimento dos demais fundamentos para a
solução do capítulo impugnado.

Contudo, parece que o STJ vai continuar seguindo a sua jurisprudência defensiva, afastando o efeito
translativo dos recursos, pois continua sendo necessária a existência de prequestionamento para
o conhecimento dos recursos excepcionais.

O próprio Didier afirma, na pág. 310, que o pré-questionamento é uma exigência que compõe a
análise do cabimento dos recursos extraordinários e decorre da interpretação que se deu,
historicamente, à expressão “causas decididas”, constante dos art. 102, III e 105, III da CF.

Em síntese, o prequestionamento é requisito de admissibilidade intrínseco, por compor o


cabimento, com previsão constitucional e não pode ser afastado.

D – Incorreto. Consta no voto do AgInt no REsp 1448134/SP:

Observe-se que a preclusão consumativa, diversamente do que ocorre nas instâncias ordinárias,
aplica-se nesta instância até mesmo às chamadas questões de ordem pública, dentre as quais
inserem-se as chamadas nulidades absolutas. Caberia ao recorrente ter suscitado a questão da
intempestividade recursal nas razões de seu recurso especial, não podendo suscitar questões
novas sob a singela alegação de que seriam nulidade absolutas e que poderiam ser conhecidas em
qualquer momento. Repita-se, a inaplicabilidade da preclusão consumativa quanto às nulidades
absolutas restringe-se às instâncias ordinárias.
E – Correto. Dispõe o CPC:

Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.

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§ 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas
e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo
impugnado.

RESPOSTA: D

DIREITO EMPRESARIAL

56 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Sobre as sociedades no direito empresarial brasileiro, assinale a alternativa incorreta:


a) Na sociedade em comum, todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações
sociais, excluído do benefício de ordem aquele que contratou pela sociedade.
b) Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida
unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva
responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes.
c) Na dissolução parcial da sociedade limitada por perda da affectio societatis, requerida pelo sócio
ao exercer o direito de retirada, a apuração de haveres não se restringirá às suas quotas livres de
ônus reais.
d) Embora o incapaz não possa dar início à atividade empresarial, ele poderá, por meio de
representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida pelo autor da herança.
e) Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou
artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão
constituir elemento de empresa.

COMENTÁRIO
A – Correta. É o que dispõe o art. 990 do CC/02: “Todos os sócios respondem solidária e
ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024,
aquele que contratou pela sociedade.”

B – Correta. É o que dispõe o art. 991 do CC/02: “Na sociedade em conta de participação, a atividade
constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e
sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados
correspondentes.”

C – Incorreta. Deve ser assinalada. O STJ, no julgamento do REsp 1.332.766/SP, decidiu que a
dissolução parcial de sociedade limitada por perda da affectio societatis pode ser requerida pelo
sócio retirante, limitada a apuração de haveres às suas quotas livres de ônus reais. Para melhor
elucidar, vejamos os termos do Informativo 608: “A questão controvertida consiste em saber se é
possível, em ação de dissolução parcial de sociedade limitada, para o exercício do direito de retirada
do sócio, por perda da affectio societatis, o requerimento de haveres correspondentes apenas às
quotas livres de ônus reais, em vista da existência de penhor de parte das quotas do sócio retirante.

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Ressalta-se que a peculiaridade do caso reside no fato de o sócio retirante deter 13,68% do capital
social, sendo que 6,08% se encontram empenhadas em favor de terceiros, que não são parte no
feito de dissolução. Segundo a doutrina, para a constituição do penhor, a lei requer a tradição da
coisa empenhada, a posse por parte do credor do bem dado em garantia da obrigação assumida
pelo devedor, não permitindo que se aperfeiçoe o penhor pelo constituto possessório, isto é,
ficando a posse da coisa com o devedor. Somente nos casos especiais, mencionados no Código
Civil, é admitido o penhor com a cláusula constituti: no penhor rural, industrial, mercantil e de
veículos, as coisas empenhadas continuam em poder do devedor, por efeito da cláusula constituti.
Com efeito, em linha de princípio, não caracterizando modalidade prevista em lei de penhor
especial (hipóteses supramencionadas), não parece mesmo possível ao dador requerer a
dissolução parcial da sociedade limitada, para apurar também os haveres correspondentes às
quotas sociais empenhadas, pois, pelo penhor, ocorre a transferência da posse, em garantia do
débito ao credor ou a quem o represente. É pertinente rememorar que, à luz do art. 14 do
CPC/1973, são deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do
processo proceder com lealdade e boa-fé [art. 5º do NCPC]. Nessa esteira de raciocínio, não se
mostraria razoável o pleito para apuração de haveres das quotas empenhadas, por aquele que
delas não pode dispor, pois caracterizaria verdadeira defraudação do instituto de garantia real.”

D – Correta. É o que dispõe o art. 974 do CC/02: “Poderá o incapaz, por meio de representante ou
devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais
ou pelo autor de herança”.

E – Correta. É o que dispõe o parágrafo único do art. 966 do CC/02: “Não se considera empresário
quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso
de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.”

RESPOSTA: C

57 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

De acordo com a jurisprudência pátria, assinale a alternativa correta:


I. Compete à Justiça Comum julgar a participação de trabalhadores ativos e aposentados no conselho
de administração de sociedades anônimas.
II. O endossatário de título de crédito por endosso-mandato só responde por danos decorrentes de
protesto indevido se extrapolar os poderes de mandatário.
III. Responde pelos danos decorrentes de protesto indevido o endossatário que recebe por endosso
translativo título de crédito contendo vício formal extrínseco ou intrínseco, ficando ressalvado seu
direito de regresso contra os endossantes e avalistas.
IV. Cabe ação executiva contra o emitente e seus avalistas, ainda que não apresentado o cheque ao
sacado no prazo legal, desde que não prescrita a ação cambiária.

Assinale a alternativa correta:


a) Somente I e II estão corretos.

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b) Somente II e IV estão corretos.
c) Somente I, II e III estão corretos.
d) Somente III está correto.
e) Todos estão corretos.

COMENTÁRIO
I. CORRETO. "A participação de trabalhadores ativos e aposentados no conselho de administração
de sociedades anônimas ou na gestão de qualquer sociedade empresária é garantida na parte final
do inciso XI do art. 7º da Constituição da República como direito excepcional dos trabalhadores.
Sendo um direito trabalhista extraordinário, não poderá a lei que venha a instituí-lo e regulamentá-
lo, concretizando a previsão constitucional, impô-lo como regra; terá, ao invés, de estabelecê-lo
como exceção.
Então, ao ser instituído por lei aquele direito excepcional em favor dos trabalhadores, seu exercício
se dará conforme ali disciplinado, observadas as restrições decorrentes da previsão constitucional.
Atenta a esses condicionantes e à ausência de lei especial regulamentadora da previsão
constitucional é que a jurisprudência da Segunda Seção entende que a definição da competência
em hipóteses assemelhadas fica a depender do contexto das demandas consideradas, ante a
natureza especializada da Justiça Trabalhista.
Na hipótese, não trata propriamente da discussão do direito trabalhista estrito senso, ou seja, de
controvérsias decorrentes da relação de trabalho ou de representação sindical, ou mesmo de
"outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho". A causa de pedir das ações originárias
gravita em torno de relação de natureza estatutária, civil e empresarial.
Como se sabe, o Conselho de Administração das Companhias, como órgão de deliberação
colegiada, é regulado pelo direito empresarial, na Lei das Sociedades Anônimas (Lei n.
6.404/1976), enquanto o direito facultativo e excepcional de participação dos empregados no
aludido conselho tem expressa previsão no parágrafo único do art. 140 da Lei das S/A.
A legislação de Direito Empresarial, a Lei das S/A, rege a vida das companhias que disputam o
mercado, especialmente das chamadas companhias abertas que angariam recursos no mercado de
ações, de modo a
cumprirem requisitos de governança e transparência para enfrentar adequadamente a acirrada
concorrência no mercado nacional e internacional, no qual atuem.
A referida lei ao estabelecer, em seu art. 139, parágrafo único, que o estatuto poderá prever a
participação dos empregados no conselho de administração, faculta às companhias ensejar esse
direito excepcional aos trabalhadores, mediante previsão nos respectivos estatutos, por ato de
liberalidade dessas empresas.
Assim, a criação desse direito trabalhista, de índole não obrigatória e extraordinária, não pode ser
imposta às sociedades anônimas. Fica a depender destas a concepção do benefício no âmbito de
cada sociedade empresária.
Uma vez criado o direito pelo respectivo estatuto social, os representantes dos empregados
deverão ser escolhidos pelo voto destes, em eleição direta, organizada pela própria companhia, em
conjunto com as entidades sindicais representativa da categoria.” (Informativo n. 694 do STJ)

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II. CORRETO. Súmula 476 do STJ - O endossatário de título de crédito por endosso-mandato só
responde por danos decorrentes de protesto indevido se extrapolar os poderes de mandatário.
III. CORRETO. Súmula 475 do STJ - Responde pelos danos decorrentes de protesto indevido o
endossatário que recebe por endosso translativo título de crédito contendo vício formal extrínseco
ou intrínseco, ficando ressalvado seu direito de regresso contra os endossantes e avalistas.

IV. CORRETO. SÚMULA 600 do STF: Cabe ação executiva contra o emitente e seus avalistas, ainda
que não apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, desde que não prescrita a ação cambiária.

LETRA E

58 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Sobre os direitos e obrigações relativos à propriedade industrial, assinale a alternativa incorreta:


a) É patenteável a invenção que atenda aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação
industrial.
b) Ao pedido de patente depositado em país que mantenha acordo com o Brasil, ou em organização
internacional, que produza efeito de depósito nacional, será assegurado direito de prioridade, nos
prazos estabelecidos no acordo, não sendo o depósito invalidado nem prejudicado por fatos ocorridos
nesses prazos.
c) O pedido de patente de invenção ou de modelo de utilidade depositado originalmente no Brasil,
sem reivindicação de prioridade e não publicado, assegurará o direito de prioridade ao pedido
posterior sobre a mesma matéria depositado no Brasil pelo mesmo requerente ou sucessores, dentro
do prazo de 10 (dez) anos.
d) O pedido de patente será mantido em sigilo durante 18 (dezoito) meses contados da data de
depósito ou da prioridade mais antiga.
e) O pedido de patente de invenção terá de se referir a uma única invenção ou a um grupo de
invenções inter-relacionadas de maneira a compreenderem um único conceito inventivo.

COMENTÁRIO
a) Alternativa correta, conforme art. 8º da Lei 9.279.

b) Alternativa correta, conforme art. 16 da Lei 9.279.

c) Alternativa incorreta. Conforme art. 17 da Lei 9.279, o pedido de patente de invenção ou de


modelo de utilidade depositado originalmente no Brasil, sem reivindicação de prioridade e não
publicado, assegurará o direito de prioridade ao pedido posterior sobre a mesma matéria
depositado no Brasil pelo mesmo requerente ou sucessores, dentro do prazo de 1 (um) ano.

d) Alternativa correta, conforme art. 30 da Lei 9.279.

e) Alternativa correta, conforme art. 22 da Lei 9.279.

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RESPOSTA: C

59 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Marque a alternativa incorreta, de acordo com a jurisprudência dos Tribunais Superiores:


a) São extraconcursais os créditos originários de negócios jurídicos realizados após a data em que foi
deferido o pedido de processamento de recuperação judicial.
b) É eficaz em relação à massa falida o ato de transferência de imóvel ocorrido em virtude de
arrematação em praça pública e realizado após a decretação da falência.
c) É desnecessário o prévio ajuizamento de execução forçada para se requerer falência com
fundamento na impontualidade do devedor.
d) A duplicata virtual protestada por indicação não constitui título executivo apto a instruir pedido de
falência.
e) No processo falimentar, especialmente no tocante aos créditos habilitados, o princípio norteador é
o da par conditio creditorum, na esteira do qual os credores do falido devem ser tratados em
igualdade de condições, salvo se a lei expressamente dispuser de forma contrária, como ocorre com
os créditos com preferências e privilégios eleitos pelo legislador como dignos de prioridade no
pagamento.

COMENTÁRIO
A- CORRETA. São extraconcursais os créditos originários de negócios jurídicos realizados após a
data em que foi deferido o pedido de processamento de recuperação judicial.
(…)
Desse modo, afigura-se razoável concluir que conferir precedência na ordem de pagamentos na
hipótese de quebra do devedor foi a maneira encontrada pelo legislador para compensar aqueles
que participem ativamente do processo de soerguimento da empresa. Não se pode perder de vista
que viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira da sociedade devedora –
objetivo do instituto da recuperação judicial – é pré-condição necessária para promoção do princípio
maior da Lei 11.101/2005 consagrado em seu art. 47: o de preservação da empresa e de sua função
social.
REsp 1.398.092-SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 6/5/2014. 3ª Turma.

B- CORRETA. É eficaz em relação à massa falida o ato de transferência de imóvel ocorrido em


virtude de arrematação em praça pública e realizado após a decretação da falência.
(...)
Nesse contexto, é necessário consignar que a arrematação não constitui ato cuja prática pode ser
imputada à falida, pois se trata de negócio jurídico estabelecido entre o Estado e o arrematante. A
doutrina atual, nesse sentido, a conceitua como sendo o negócio jurídico de direito público pelo
qual o Estado, no exercício de sua soberania, transfere, ao licitante vencedor, o domínio da coisa
penhorada mediante o pagamento do preço. Há, além do mais, precedente do STJ (REsp 533.108-
SP, Terceira Turma, DJ 17/12/2004) no qual já se afirmou que a ineficácia prevista no art. 52, VIII,
do Decreto-Lei 7.661/45 não abrange as hipóteses de arrematação de bem da falida.
REsp 1.447.271-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 22/5/2014. 3ª Turma.

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C- CORRETA. É desnecessário o prévio ajuizamento de execução forçada para se requerer falência


com fundamento na impontualidade do devedor.
REsp 1.354.776-MG, Min. Rel. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 26/8/2014. 3ª Turma.

D- INCORRETA. A duplicata virtual protestada por indicação é título executivo apto a instruir
pedido de falência com base na impontualidade do devedor.
REsp 1.354.776-MG, Min. Rel. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 26/8/2014. 3ª Turma.

E- CORRETA. No processo falimentar, especialmente no tocante aos créditos habilitados, o


princípio norteador é o da par conditio creditorum, na esteira do qual os credores do falido devem
ser tratados em igualdade de condições, salvo se a lei expressamente dispuser de forma contrária,
como ocorre com os créditos com preferências e privilégios eleitos pelo legislador como dignos de
prioridade no pagamento.
REsp 1.185.336-RS, Rel. Luis Felipe Salomão, julgado em 2/9/2014. 4ª Turma.

LETRA D

60 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Conforme as disposições da Lei n.º 11.101/2005 e da jurisprudência do STJ, julgue os itens a seguir:
I. A ação de compensação por danos morais movida contra empresa em recuperação judicial deve
permanecer suspensa até o trânsito em julgado da decisão final proferida no processo de
soerguimento.
II. O crédito derivado de fato ocorrido em momento anterior àquele em que requerida a recuperação
judicial não deve sujeitar-se ao plano de soerguimento da sociedade devedora.
III. A competência para processar e julgar demandas cíveis com pedidos ilíquidos contra massa falida,
quando em litisconsórcio passivo com pessoa jurídica de direito público, é do juízo cível no qual for
proposta a ação de conhecimento, competente para julgar ações contra a Fazenda Pública, de acordo
as respectivas normas de organização judiciária.
IV. A recuperação judicial tem por objetivo apenas viabilizar a manutenção do emprego dos
trabalhadores e os interesses dos credores.

Assinale a alternativa correta:


a) Somente I está correto.
b) Somente II e III estão corretos.
c) Somente III está correto.
d) Somente IV está correto.
e) Todos estão corretos.

COMENTÁRIO
I. INCORRETO. A ação de compensação por danos morais movida contra empresa em recuperação
judicial não deve permanecer suspensa até o trânsito em julgado da decisão final proferida no

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processo de soerguimento. STJ. 3ª Turma. REsp 1710750-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado
em 15/05/2018 (Info 627).

II. INCORRETO. O crédito derivado de fato ocorrido em momento anterior àquele em que requerida
a recuperação judicial deve sujeitar-se ao plano de soerguimento da sociedade devedora. STJ. 3ª
Turma. REsp 1.727.771-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15/05/2018 (Info 626).

III. CORRETO. A competência para processar e julgar demandas cíveis com pedidos ilíquidos contra
massa falida, quando em litisconsórcio passivo com pessoa jurídica de direito público, é do juízo
cível no qual for proposta a ação de conhecimento, competente para julgar ações contra a Fazenda
Pública, de acordo as respectivas normas de organização judiciária. STJ. 1ª Seção. REsp 1643856-
SP, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 13/12/2017 (recurso repetitivo) (Info 617).

IV. INCORRETO. Art. 47 da Lei 11.101/05. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a
superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção
da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo,
assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.

LETRA C

61 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

No que concerne ao Direito Empresarial, assinale a alternativa correta sobre títulos de crédito:
a) A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito,
implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem.
b) A transferência do título de crédito não implica a de todos os direitos que lhe são inerentes.
c) O portador de título representativo de mercadoria tem o direito de transferi-lo, de conformidade
com as normas que regulam a sua circulação, ou de receber aquela independentemente de quaisquer
formalidades, além da entrega do título devidamente quitado.
d) Enquanto o título de crédito estiver em circulação, ele poderá ser dado em garantia, ou ser objeto
de medidas judiciais, e, separadamente, os direitos ou mercadorias que representa.
e) O aval somente deve ser dado no verso do próprio título.

COMENTÁRIO
A- INCORRETA. CC. Art. 888. A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua
validade como título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem.

B- INCORRETA. CC. Art. 893. A transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que
lhe são inerentes.

C- CORRETA. CC. Art. 894. O portador de título representativo de mercadoria tem o direito de
transferi-lo, de conformidade com as normas que regulam a sua circulação, ou de receber aquela
independentemente de quaisquer formalidades, além da entrega do título devidamente quitado.

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D- INCORRETA. CC. Art. 895. Enquanto o título de crédito estiver em circulação, só ele poderá ser
dado em garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e não, separadamente, os direitos ou
mercadorias que representa.

E- INCORRETA. CC. Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título.

LETRA C

62 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

De acordo com o entendimento do STJ, marque a assertiva incorreta:


a) No contrato de arrendamento mercantil (leasing), ainda que haja cláusula resolutiva expressa, é
necessária a notificação prévia do arrendatário para constituí-lo em mora.
b) A recuperação judicial do devedor principal não impede o prosseguimento das ações e execuções
ajuizadas contra terceiros devedores solidários ou coobrigados em geral, por garantia cambial, real
ou fidejussória.
c) Responde pelos danos decorrentes de protesto indevido o endossatário que recebe por endosso
translativo título de crédito contendo vício formal extrínseco ou intrínseco, ficando ressalvado seu
direito de regresso contra os endossantes e avalistas.
d) O endossatário de título de crédito por endosso-mandato só responde por danos decorrentes de
protesto indevido se extrapolar os poderes de mandatário.
e) Caso o credor apresente indícios da insolvência ou da insuficiência patrimonial do devedor, é
possível a apresentação do pedido de falência baseado em título ou títulos executivos protestados
cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos.

COMENTÁRIO
a) Alternativa correta, conforme Súmula 369 STJ: No contrato de arrendamento mercantil (leasing),
ainda que haja cláusula resolutiva expressa, é necessária a notificação prévia do arrendatário para
constituí-lo em mora.

b) Alternativa correta, conforme Súmula 581 STJ: A recuperação judicial do devedor principal não
impede o prosseguimento das ações e execuções ajuizadas contra terceiros devedores solidários
ou coobrigados em geral, por garantia cambial, real ou fidejussória.

c) Alternativa correta, conforme Súmula 475 STJ: Responde pelos danos decorrentes de protesto
indevido o endossatário que recebe por endosso translativo título de crédito contendo vício formal
extrínseco ou intrínseco, ficando ressalvado seu direito de regresso contra os endossantes e
avalistas.

d) Alternativa correta, conforme Súmula 476 STJ: O endossatário de título de crédito por endosso-
mandato só responde por danos decorrentes de protesto indevido se extrapolar os poderes de
mandatário.

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e) Alternativa incorreta, pois, de acordo com o STJ, os pedidos de falência baseados em título ou
títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-
mínimos não precisam demonstração de indícios de insolvência.

Nesse sentido, vejamos a ementa do REsp 1.532.154-SC, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino,
por unanimidade, julgado em 18/10/2016, DJe 3/2/2017:

RECURSO ESPECIAL. DIREITO FALIMENTAR E PROCESSUAL CIVIL. PEDIDO DE FALÊNCIA.


IMPONTUALIDADE DO DEVEDOR. INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL. UTILIZAÇÃO DO
PROCESSO FALIMENTAR COM FINALIDADE DE COBRANÇA. NÃO OCORRÊNCIA. DÍVIDA DE
VALOR CONSIDERÁVEL. DESNECESSIDADE DE APRESENTAÇÃO DE INDÍCIOS DE
INSOLVÊNCIA DA DEVEDORA. PRECEDENTE ESPECÍFICO DO STJ.
1. Controvérsia acerca do indeferimento da petição inicial de um pedido de falência instruído com
título executivo extrajudicial de valor superior a um milhão de reais.
2. Aplicação do disposto no art. 94, I, da Lei 11.101/2005, autorizando a decretação da falência do
devedor que, "sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida
materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma
ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência".
3. Doutrina e jurisprudência desta Corte no sentido de não ser exigível do autor do pedido de
falência a apresentação de indícios da insolvência ou da insuficiência patrimonial do devedor.
4. Não caracterização no caso de exercício abusivo do direito de requerer a falência pelo devedor.
5. RECURSO ESPECIAL PROVIDO.

RESPOSTA: E

63 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Assinale a alternativa correta sobre a Sociedade em Comum:


a) Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, inclusive por ações em
organização, subsidiariamente e no que forem compatíveis, as normas da sociedade simples.
b) Os sócios e os terceiros somente por escrito podem provar a existência da sociedade.
c) Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os sócios são titulares em comum.
d) Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por qualquer dos sócios, inclusive
quando de pacto expresso limitativo de poderes.
e) Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, havendo o
benefício de ordem, previsto no art. 1.024, para aquele que contratou pela sociedade.

COMENTÁRIO
A- INCORRETA. CC. Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade,
exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no
que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples.

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B- INCORRETA. CC. Art. 987. Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito
podem provar a existência da sociedade, mas os terceiros podem prová-la de qualquer modo.

C- CORRETA. CC. Art. 988. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os
sócios são titulares em comum.

D- INCORRETA. CC. Art. 989. Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por
qualquer dos sócios, salvo pacto expresso limitativo de poderes, que somente terá eficácia contra
o terceiro que o conheça ou deva conhecer.

E- INCORRETA. CC. Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas
obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou
pela sociedade.

LETRA C

64 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

De acordo com o Código Civil, assinale a alternativa correta sobre as Sociedades Simples:
a) Nos 60 dias subsequentes à sua constituição, a sociedade deverá requerer a inscrição do contrato
social no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede.
b) A sociedade simples que instituir sucursal, filial ou agência na circunscrição de outro Registro Civil
das Pessoas Jurídicas, neste não precisará inscrevê-la.
c) O sócio não pode ser substituído no exercício das suas funções, sem o consentimento dos demais
sócios, expresso em modificação do contrato social.
d) Até 5 anos depois de averbada a modificação do contrato, responde o cedente solidariamente com
o cessionário, perante a sociedade e terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio.
e) Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às contribuições estabelecidas no contrato
social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos 15 dias seguintes ao da notificação pela sociedade,
responderá perante esta pelo dano emergente da mora.

COMENTÁRIO
A- INCORRETA. CC. Art. 998. Nos trinta dias subseqüentes à sua constituição, a sociedade deverá
requerer a inscrição do contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede.

B- INCORRETA. CC. Art. 1.000. A sociedade simples que instituir sucursal, filial ou agência na
circunscrição de outro Registro Civil das Pessoas Jurídicas, neste deverá também inscrevê-la, com
a prova da inscrição originária.

C- CORRETA. CC. Art. 1.002. O sócio não pode ser substituído no exercício das suas funções, sem
o consentimento dos demais sócios, expresso em modificação do contrato social.

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D- INCORRETA. CC. Art. 1.003, Parágrafo único. Até dois anos depois de averbada a modificação
do contrato, responde o cedente solidariamente com o cessionário, perante a sociedade e terceiros,
pelas obrigações que tinha como sócio.

E- INCORRETA. CC. Art. 1.004. Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às
contribuições estabelecidas no contrato social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos trinta dias
seguintes ao da notificação pela sociedade, responderá perante esta pelo dano emergente da mora.

LETRA C

65 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

De acordo com a jurisprudência dos Tribunais Superiores, julgue os itens a seguir:


I. O falido tem capacidade para propor ação rescisória para desconstituir a sentença transitada em
julgado que decretou a sua falência.
II. Quando houver a liquidação extrajudicial de instituição financeira na qual estejam aplicadas
reservas técnicas de entidade fechada de previdência privada, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC),
para fins de cálculo do valor da garantia dos investimentos realizados na instituição liquidanda,
considerará como investidor garantido a entidade de previdência como um todo – e não cada um dos
participantes desta, como se estes fossem vários investidores.
III. O deferimento do processamento de recuperação judicial, por si só, não enseja a suspensão da
negativação do nome do devedor nos cadastros de restrição ao crédito e nos tabelionatos de
protestos.
IV. Após a aprovação do plano de recuperação judicial pela assembleia de credores e a posterior
homologação pelo juízo competente, deverão ser apenas suspensas as execuções individuais até
então propostas contra a recuperanda nas quais se busca a cobrança de créditos constantes do plano.

Assinale a alternativa correta:


a) Somente I, II e III estão corretos.
b) Somente II e IV estão corretos.
c) Somente I e III estão corretos.
d) Somente I está correto.
e) Todos estão corretos.

COMENTÁRIO
I. CORRETO. O falido tem capacidade para propor ação rescisória para desconstituir a sentença
transitada em julgado que decretou a sua falência.
(…)
Entretanto, no caso em que se pretenda rescindir decisão que decreta falência, a situação é
diferente. Nesse caso, nem a massa nem os credores têm interesse na desconstituição da
decretação de falência. Realmente, o falido é o único interessado. Por isso, se a legitimidade deste
para propor a rescisão do decreto falimentar fosse retirada, ele ficaria eternamente falido, ainda
que injustamente, ainda que contrariamente à ordem legal. Com efeito, a decisão que decreta a

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falência, conquanto acarrete ao falido uma capitis diminutio em relação aos seus bens, não o torna
incapaz, de sorte que ele mantém a legitimidade para a propositura de ações pessoais.
REsp 1.126.521-MT, Rel. originário Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Rel. para acórdão Min. João
Otávio de Noronha, julgado em 17/3/2015, DJe 26/3/2015. Terceira Turma.

II. CORRETO. Quando houver a liquidação extrajudicial de instituição financeira na qual estejam
aplicadas reservas técnicas de entidade fechada de previdência privada, o Fundo Garantidor de
Créditos (FGC), para fins de cálculo do valor da garantia dos investimentos realizados na instituição
liquidanda, considerará como investidor garantido a entidade de previdência como um todo – e não
cada um dos participantes desta, como se estes fossem vários investidores.
(…)
Nessa medida, o mecanismo de suporte operado pelo FGC, em consonância com o seu
regulamento, não alcança todo e qualquer fato a causar prejuízo a investidores, mas, apenas, a
falência, a liquidação extrajudicial ou a declaração de insolvência de instituição financeira pelo
Bacen.
(…)
Nesse passo, quando do recolhimento das contribuições dos participantes e patrocinadores à
entidade de previdência privada, esses valores passam a ser por esta titularizados e investidos em
nome dos participantes do plano de previdência e em cotas de fundos de investimento. Isto é, cada
um dos integrantes do plano de previdência não figura como investidor individual da instituição
financeira em liquidação.
REsp 1.453.957-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 2/6/2015, DJe 26/6/2015.
3ª Turma.

III. CORRETO. O deferimento do processamento de recuperação judicial, por si só, não enseja a
suspensão ou o cancelamento da negativação do nome do devedor nos cadastros de restrição ao
crédito e nos tabelionatos de protestos.
(…)
Nessa linha, o Enunciado 54 da I Jornada de Direito Comercial do CJF estabelece que: "O
deferimento do processamento da recuperação judicial não enseja o cancelamento da negativação
do nome do devedor nos órgãos de proteção ao crédito e nos tabelionatos de protestos". Ademais,
destaca-se que essa também foi a conclusão acolhida pela Terceira Turma do STJ, que, apesar de
não ter analisado a questão à luz da decisão de processamento (arts. 6° e 52), estabeleceu que
somente após a concessão da recuperação judicial, com a homologação do plano e a novação dos
créditos (arts. 58 e 59), é que pode haver a retirada do nome da recuperanda dos cadastros de
inadimplentes (REsp 1.260.301-DF, DJe 21/8/2012).
REsp 1.374.259-MT, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 2/6/2015, DJe
18/6/2015. 4ª Turma.

IV. INCORRETO. Após a aprovação do plano de recuperação judicial pela assembleia de


credores e a posterior homologação pelo juízo competente, deverão ser extintas - e não apenas
suspensas – as execuções individuais até então propostas contra a recuperanda nas quais se
busca a cobrança de créditos constantes do plano.

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(…)
Isso porque, uma vez ocorrida a novação, com a constituição de título executivo judicial, caso haja
inadimplemento da obrigação assumida por ocasião da aprovação do plano, não há mais
possibilidade de as execuções antes suspensas retomarem o curso normal. Nesse caso, abrem-se
três possibilidades: (i) se o inadimplemento ocorrer durante os 2 anos a que se refere o caput do
art. 61 da Lei 11.101/2005, o juiz deve convolar a recuperação em falência; (ii) se o
descumprimento ocorrer depois de escoado o prazo de 2 anos, qualquer credor poderá pedir a
execução específica assumida no plano de recuperação; ou (iii) requerer a falência com base no art.
94 da Lei.
REsp 1.272.697-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 2/6/2015, DJe 18/6/2015. 4ª Turma.

LETRA A

DIREITO DO TRABALHO, PROCESSUAL DO TRABALHO E PREVIDENCIÁRIO

66 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Acerca do contrato de trabalho, julgue os itens a seguir:


I. O contrato individual de trabalho só poderá ser acordado expressamente e por escrito.
II. O contrato por prazo determinado não será válido em se tratando de atividades empresariais de
caráter transitório.
III. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores, as obrigações trabalhistas, inclusive
as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de
responsabilidade do sucessor.
IV. Na falência, não constituirão créditos privilegiados a totalidade dos salários devidos ao empregado
e a totalidade das indenizações a que tiver direito.

Assinale a alternativa correta:


a) Somente I e III estão corretos.
b) Somente II e IV estão corretos.
c) Somente I, II e III estão corretos.
d) Somente III está correto.
e) Todos estão corretos.

COMENTÁRIO
I. INCORRETO.
CLT. Art. 443: “O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente,
verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de
trabalho intermitente. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)”

II. INCORRETO.

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CLT. Art. 443, § 2º: “O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: (...) b) de
atividades empresariais de caráter transitório;”

III. CORRETO.
CLT. Art. 448-A: “Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts.
10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em
que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do
sucessor. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”

IV. INCORRETO.
CLT. Art. 449, § 1º: “Na falência constituirão créditos privilegiados a totalidade dos salários devidos
ao empregado e a totalidade das indenizações a que tiver direito.”

LETRA D

67 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros,
dispuserem sobre, exceto:
a) adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei no 13.189, de 19 de novembro de
2015.
b) regulamento empresarial.
c) remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e remuneração
por desempenho individual.
d) troca do dia de feriado.
e) banco de horas mensal.

COMENTÁRIO
A- CORRETA.
CLT. Art. 611-A: “A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (...) IV - adesão ao
Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei no 13.189, de 19 de novembro de 2015;
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”

B- CORRETA.
CLT. Art. 611-A: “A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (...) VI - regulamento
empresarial; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”

C- CORRETA.
CLT. Art. 611-A: “A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (...) IX -

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remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e remuneração
por desempenho individual; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”

D- CORRETA.
CLT. Art. 611-A: “A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (...) XI - troca do
dia de feriado; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”

E- INCORRETA.
CLT. Art. 611-A: “A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre
a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (...) II -
banco de horas anual; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”

LETRA E

68 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

De acordo com o entendimento do TST, assinale a alternativa correta acerca da equiparação salarial:
a) Para os fins previstos no § 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de pessoal organizado em
carreira quando homologado pelo Ministério do Trabalho, incluindo-se nessa exigência, o quadro de
carreira das entidades de direito público da administração direta, autárquica e fundacional aprovado
por ato administrativo da autoridade competente.
b) Para efeito de equiparação de salários em caso de trabalho igual, conta-se o tempo de serviço no
emprego e não na função.
c) A equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma exercerem a mesma função,
desempenhando as mesmas tarefas, não importando se os cargos têm, ou não, a mesma
denominação.
d) É desnecessário que, ao tempo da reclamação sobre equiparação salarial, reclamante e paradigma
estejam a serviço do estabelecimento, independentemente se o pedido se relacione com situação
pretérita.
e) A cessão de empregados exclui a equiparação salarial, quando exercida a função em órgão
governamental estranho à cedente, se esta responde pelos salários do paradigma e do reclamante

COMENTÁRIO
A- INCORRETA.
Súmula nº 6 do TST: EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT (redação do item VI alterada)
– Res. 198/2015, republicada em razão de erro material – DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015
I - Para os fins previstos no § 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de pessoal organizado
em carreira quando homologado pelo Ministério do Trabalho, excluindo-se, apenas, dessa
exigência o quadro de carreira das entidades de direito público da administração direta, autárquica
e fundacional aprovado por ato administrativo da autoridade competente. (ex-Súmula nº 06 –
alterada pela Res. 104/2000, DJ 20.12.2000) (...)

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B- INCORRETA.
Súmula nº 6 do TST: EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT (redação do item VI alterada)
– Res. 198/2015, republicada em razão de erro material – DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015
(...)
II - Para efeito de equiparação de salários em caso de trabalho igual, conta-se o tempo de serviço
na função e não no emprego. (ex-Súmula nº 135 - RA 102/1982, DJ 11.10.1982 e DJ 15.10.1982)
(...)

C- CORRETA.
Súmula nº 6 do TST: EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT (redação do item VI alterada)
– Res. 198/2015, republicada em razão de erro material – DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015
(...)
III - A equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma exercerem a mesma função,
desempenhando as mesmas tarefas, não importando se os cargos têm, ou não, a mesma
denominação. (ex-OJ da SBDI-1 nº 328 - DJ 09.12.2003) (...)

D- INCORRETA.
Súmula nº 6 do TST: EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT (redação do item VI alterada)
– Res. 198/2015, republicada em razão de erro material – DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015
(...)
IV - É desnecessário que, ao tempo da reclamação sobre equiparação salarial, reclamante e
paradigma estejam a serviço do estabelecimento, desde que o pedido se relacione com situação
pretérita. (ex-Súmula nº 22 - RA 57/1970, DO-GB 27.11.1970) (...)

E- INCORRETA.
Súmula nº 6 do TST: EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT (redação do item VI alterada)
– Res. 198/2015, republicada em razão de erro material – DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015
(...)
V - A cessão de empregados não exclui a equiparação salarial, embora exercida a função em órgão
governamental estranho à cedente, se esta responde pelos salários do paradigma e do reclamante.
(ex-Súmula nº 111 - RA 102/1980, DJ 25.09.1980) (...)

LETRA C

69 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Assinale a alternativa incorreta acerca das Convenções Coletivas de Trabalho.


A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros,
dispuserem sobre:
a) Intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de 1 hora para jornadas superiores a 6 horas.
b) Teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente.
c) Participação nos lucros ou resultados da empresa.

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d) Plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem como
identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança.
e) Prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes
do Ministério do Trabalho.

COMENTÁRIO
A- INCORRETA.
CLT. Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (...)III - intervalo
intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis
horas; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”

B- CORRETA.
CLT. Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (...) VIII -
teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”

C- CORRETA.
CLT. Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (...) XV -
participação nos lucros ou resultados da empresa. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”

D- CORRETA.
CLT. Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (...)V - plano de
cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem como
identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança; (Incluído pela Lei nº 13.467,
de 2017)”

E- CORRETA.
CLT. Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (...) XIII -
prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes
do Ministério do Trabalho; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”

LETRA A

70 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Assinale a alternativa correta acerca da remuneração:


a) Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, inclusive quando
este resultar de adiantamentos.

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b) Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será ilícito, ainda que esta possibilidade
tenha sido acordada.
c) É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou
serviços estimados a proporcionar-lhes prestações " in natura " exercer qualquer coação ou
induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou dos
serviços.
d) Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazéns ou serviços não mantidos pela
Empresa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas adequadas, para que as
mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, com intuito de lucro e sempre
em benefício das empresas.
e) Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, inclusive este
resultar de contrato coletivo.

COMENTÁRIO
A- INCORRETA.
CLT. Art. 462: “Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado,
salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositvos de lei ou de contrato coletivo.”

B- INCORRETA.
CLT. Art. 462, § 1º: “Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de
que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado.”

C- CORRETA.
CLT. Art. 462, § 2º: “É vedado à emprêsa que mantiver armazém para venda de mercadorias
aos empregados ou serviços estimados a proporcionar-lhes prestações " in natura " exercer
qualquer coação ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou
dos serviços.”

D- INCORRETA.
CLT. Art. 462, § 3º: “Sempre que não fôr possível o acesso dos empregados a armazéns ou serviços
não mantidos pela Emprêsa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas
adequadas, visando a que as mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços
razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefício das empregados.”

E- INCORRETA.
CLT. Art. 462: “Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado,
salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositvos de lei ou de contrato coletivo.”

LETRA C

71 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Assinale a alternativa incorreta sobre a prescrição:

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a) Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos.
b) A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em 2 anos para os
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de 5 anos após a extinção do contrato de
trabalho.
c) A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, mesmo
que em juízo incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito, produzindo efeitos
apenas em relação aos pedidos idênticos.
d) A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada de ofício em qualquer
grau de jurisdição.
e) Tratando-se de pretensão que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de alteração
ou descumprimento do pactuado, a prescrição é total, exceto quando o direito à parcela esteja
também assegurado por preceito de lei.

COMENTÁRIO
A- CORRETA.
CLT. Art. 11-A: “Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”

B- INCORRETA.
CLT. Art. 11: “A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)”

C- CORRETA.
CLT. Art. 11, § 3º: “A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação
trabalhista, mesmo que em juízo incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do
mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos pedidos idênticos. (Incluído pela Lei nº 13.467,
de 2017)”

D- CORRETA.
CLT. Art. 11-A, § 2º: “A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada de
ofício em qualquer grau de jurisdição. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”

E- CORRETA.
CLT. Art. 11, § 2º: “Tratando-se de pretensão que envolva pedido de prestações sucessivas
decorrente de alteração ou descumprimento do pactuado, a prescrição é total, exceto quando o
direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei. (Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017)”

LETRA B

72 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

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De acordo com o entendimento do TST, assinale a alternativa incorreta:
a) O conhecimento do recurso de revista, quanto à preliminar de nulidade, por negativa de prestação
jurisdicional, supõe indicação de violação do art. 832 da CLT, do art. 489 do CPC de 2015 (art. 458
do CPC de 1973) ou do art. 93, IX, da CF/1988.
b) Em causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, em que pese a limitação imposta no art. 896, §
6º, da CLT à interposição de recurso de revista, admitem-se os embargos interpostos na vigência da
Lei nº 11.496, de 22.06.2007, que conferiu nova redação ao art. 894 da CLT, quando demonstrada a
divergência jurisprudencial entre Turmas do TST, fundada em interpretações diversas acerca da
aplicação de mesmo dispositivo constitucional ou de matéria sumulada.
c) A União é responsável pelo pagamento dos honorários de perito quando a parte sucumbente no
objeto da perícia for beneficiária da assistência judiciária gratuita.
d) É válido o instrumento de mandato firmado em nome de pessoa jurídica, ainda que não contenha,
pelo menos, o nome do outorgante e do signatário da procuração, pois estes dados constituem
elementos genéricos.
e) Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de
Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a seguridade social.

COMENTÁRIO
A- CORRETA.
Súmula nº 459 do TST
RECURSO DE REVISTA. NULIDADE POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 219/2017, DEJT divulgado
em 28, 29 e 30.06.2017 – republicada - DEJT divulgado em 12, 13 e 14.07.2017
O conhecimento do recurso de revista, quanto à preliminar de nulidade, por negativa de prestação
jurisdicional, supõe indicação de violação do art. 832 da CLT, do art. 489 do CPC de 2015 (art. 458
do CPC de 1973) ou do art. 93, IX, da CF/1988.

B- CORRETA.
Súmula nº 458 do TST
EMBARGOS. PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO. CONHECIMENTO. RECURSO INTERPOSTO
APÓS VIGÊNCIA DA LEI Nº 11.496, DE 22.06.2007, QUE CONFERIU NOVA REDAÇÃO AO ART.
894, DA CLT. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 405 da SBDI-1 com nova redação) – Res.
194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014
Em causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, em que pese a limitação imposta no art. 896, §
6º, da CLT à interposição de recurso de revista, admitem-se os embargos interpostos na vigência
da Lei nº 11.496, de 22.06.2007, que conferiu nova redação ao art. 894 da CLT, quando
demonstrada a divergência jurisprudencial entre Turmas do TST, fundada em interpretações
diversas acerca da aplicação de mesmo dispositivo constitucional ou de matéria sumulada.

C- CORRETA.
Súmula nº 457 do TST
HONORÁRIOS PERICIAIS. BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA. RESPONSABILIDADE DA
UNIÃO PELO PAGAMENTO. RESOLUÇÃO Nº 66/2010 DO CSJT. OBSERVÂNCIA. (conversão da

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Orientação Jurisprudencial nº 387 da SBDI-1 com nova redação) – Res. 194/2014, DEJT divulgado
em 21, 22 e 23.05.2014
A União é responsável pelo pagamento dos honorários de perito quando a parte sucumbente no
objeto da perícia for beneficiária da assistência judiciária gratuita, observado o procedimento
disposto nos arts. 1º, 2º e 5º da Resolução n.º 66/2010 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho
– CSJT.

D- INCORRETA.
Súmula nº 456 do TST
REPRESENTAÇÃO. PESSOA JURÍDICA. PROCURAÇÃO. INVALIDADE. IDENTIFICAÇÃO DO
OUTORGANTE E DE SEU REPRESENTANTE. (inseridos os itens II e III em decorrência do CPC
de 2015) - Res. 211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016
I - É inválido o instrumento de mandato firmado em nome de pessoa jurídica que não contenha,
pelo menos, o nome do outorgante e do signatário da procuração, pois estes dados constituem
elementos que os individualizam.

E- CORRETA.
Súmula nº 454 do TST: COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. EXECUÇÃO DE OFÍCIO.
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL REFERENTE AO SEGURO DE ACIDENTE DE TRABALHO (SAT). ARTS.
114, VIII, E 195, I, “A”, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. (conversão da Orientação
Jurisprudencial nº 414 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014
Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de
Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a seguridade social (arts. 114,
VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do
empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº 8.212/1991).

LETRA D

73 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Julgue os itens abaixo:


I. Os erros materiais só poderão ser corrigidos a requerimento de qualquer das
partes. II. Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de 8
dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subsequente a sua
apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão
e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso.
III. Os embargos de declaração suspendem o prazo para interposição de outros recursos, por
qualquer das partes, salvo quando intempestivos, irregular a representação da parte ou ausente a
sua assinatura.
IV. Eventual efeito modificativo dos embargos de declaração somente poderá ocorrer em virtude da
correção de vício na decisão embargada e desde que ouvida a parte contrária, no prazo de 5
dias.

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Assinale a alternativa correta:
a) Somente I e II estão corretos.
b) Somente I está correto.
c) Somente IV está correto.
d) Somente III e IV estão corretos.
e) Todos estão corretos.

COMENTÁRIO
I. INCORRETA.
CLT. Art. 897-A, § 1º: “Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de
qualquer das partes.”

II. INCORRETA.
CLT. Art. 897-A: “Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco
dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subseqüente a sua
apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão
e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso.”

III. INCORRETA.
CLT. Art. 897-A, § 3º: “Os embargos de declaração interrompem o prazo para interposição de
outros recursos, por qualquer das partes, salvo quando intempestivos, irregular a representação
da parte ou ausente a sua assinatura.”

IV. CORRETA.
CLT. Art. 897-A, § 2º: “Eventual efeito modificativo dos embargos de declaração somente
poderá ocorrer em virtude da correção de vício na decisão embargada e desde que ouvida a
parte contrária, no prazo de 5 (cinco) dias.”

LETRA C

74 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Julgue os itens abaixo:


I. A execução será promovida pelas partes, vedada a execução de ofício pelo juiz ou pelo Presidente
do Tribunal em qualquer caso.
II. Sendo ilíquida a sentença exequenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que poderá ser
feita apenas por cálculo ou por arbitramento.
III. Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz procederá à
intimação da União para manifestação, no prazo de 8 dias, sob pena de preclusão.
IV. Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo deverá abrir às partes prazo comum de oito dias para
impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de
preclusão.

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Assinale a alternativa correta:
a) Somente II está correto.
b) Somente III e IV estão corretos.
c) Somente I e III estão corretos.
d) Somente IV está correto.
e) Nenhum está correto.

COMENTÁRIO
I - INCORRETO.
CLT. Art. 878: “A execução será promovida pelas partes, permitida a execução de ofício pelo juiz
ou pelo Presidente do Tribunal apenas nos casos em que as partes não estiverem representadas
por advogado. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)”

II - INCORRETO.
CLT. Art. 879: “Sendo ilíquida a sentença exeqüenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação,
que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos.”

III - INCORRETO.
CLT. Art. 879, § 3º: “Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho,
o juiz procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de
preclusão. (Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007)”

IV - CORRETO.
CLT. Art. 879, § 2º: “Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo deverá abrir às partes prazo comum
de oito dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da
discordância, sob pena de preclusão. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)”

LETRA D
75 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Analise as assertivas abaixo e marque a alternativa correta:


I. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos.
II. Os dissídios individuais em que seja parte a Administração Pública direta cujo valor não exceda a
quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao
procedimento sumaríssimo.
III. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo, o pedido precisa ser certo e admite-
se a citação por edital.
IV. No procedimento sumaríssimo, é possível convocar até o máximo de duas testemunhas por parte,
as quais comparecerão independentemente de intimação.

Estão CORRETAS apenas as afirmativas:


a) II e IV
b) III

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c) I e IV
d) I e II
e) I, III e IV

COMENTÁRIO
Alternativa “I” correta, segundo as alterações promovidas pela Lei nº 13.467/2017 (CLT, art. 11-
A).
Art. 11-A. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos.

Alternativa “II” incorreta (CLT, art. 852-A, parágrafo único).


Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a
Administração Pública direta, autárquica e fundacional.

Alternativa “III” incorreta (CLT, art. 852-B, I e II).


Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo:
I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente;
II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do
reclamado;
Alternativa “IV” correta (CLT, art. 852-H, §2º).
Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que
não requeridas previamente.
§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução
e julgamento independentemente de intimação.

LETRA C

76 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas, EXCETO:


a) Como empregado, aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter
não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado.
b) Como empregado, o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar
como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior.
c) Como contribuinte individual, a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade
agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 módulos
fiscais.
d) Como empregado, o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada,
de congregação ou de ordem religiosa.
e) Como segurado especial, a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou
rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio
eventual de terceiros a título de mútua colaboração, na condição de pescador artesanal ou a este
assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida.

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COMENTÁRIO
Lei 8.212/1991:
A, B – CORRETAS. Art. 12. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas
físicas:
I - como empregado:
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob
sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica,
presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e
permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas;
c) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado
em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior;

C – CORRETA. D – ERRADA. O ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida


consagrada, de congregação ou de ordem religiosa, devem contribuir na condição de contribuinte
individual.
Art. 12, V - como contribuinte individual:
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em
caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em
área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de
empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 10 e 11 deste
artigo;
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo, em
caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o
auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua;
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação
ou de ordem religiosa;

E – CORRETA. Art. 12, VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou
em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia
familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros a título de mútua colaboração, na condição
de:
a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados,
comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade:
1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais;
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do
caput do art. 2o da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio
de vida;
b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou principal
meio de vida; e
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este
equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente,
trabalhem com o grupo familiar respectivo.

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LETRA D

77 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

São princípios constitucionais que orientam a seguridade social, exceto:


a) A diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis específicas para
cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social,
preservado o caráter contributivo da previdência social.
b) O caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão tripartite, com
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos
colegiados.
c) A universalidade da cobertura e do atendimento.
d) A seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços.
e) A irredutibilidade do valor dos benefícios.

COMENTÁRIO
A, B, C, D e E:

A maioria dos princípios informadores da seguridade social encontra-se arrolada no art. 194 da CF:

Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos
Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à
previdência e à assistência social. Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei,
organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - eqüidade na forma de participação no custeio;
VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis específicas para
cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social,
preservado o caráter contributivo da previdência social; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos
colegiados.

Vamos detalhar alguns desses PRINCÍPIOS:

UNIVERSALIDADE A seguridade social deverá atender a todos os necessitados,


DA COBERTURA E especialmente através da assistência social e da saúde
DO ATENDIMENTO pública. Ao revés, a previdência terá a sua universalidade

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mitigada por sua necessária contributividade, pois se limita
aos segurados e seus dependentes.
A universalidade da cobertura e do atendimento não é
absoluta, pois inexistem recursos suficientes para
atendimento de todos os riscos sociais existentes.
Esse princípio possui duas vertentes:
 Subjetiva: que a seguridade alcance o maior número de
pessoas.
 Objetiva: compele o legislador e o administrador a adotarem
as medidas possíveis para cobrir o maior número de riscos
sociais.
UNIFORMIDADE E É corolário do princípio da isonomia. Não é possível a distinção
EQUIVALÊNCIA negativa em desfavor das populações rurais como ocorreu no
DOS BENEFÍCIOS E passado. Isso não quer dizer que não possa existir um
SERVIÇOS ÀS tratamento diferenciado, desde que haja um fator de
POPULAÇÕES discrímen justificável.
URBANAS E
RURAIS
SELETIVIDADE E Seletividade lastreia a escolha do legislador dos benefícios
DISTRIBUTIVIDADE e serviços integrantes da seguridade social e os requisitos
NA PRESTAÇÃO para sua concessão. É limitadora da universalidade da
DOS BENEFÍCIOS E seguridade social. Não há recursos financeiros para cobrir
SERVIÇOS todos os eventos desejados, devendo ser selecionados os
riscos mais relevantes. O legislador também escolherá as
pessoas destinatárias das prestações.
Distributividade coloca a seguridade social como sistema
realizador de justiça social, sendo instrumento de
desconcentração de riquezas.

IRREDUTIBILIDADE Não é possível a redução nominal de benefícios da


DO VALOR DOS seguridade, vendando-se o retrocesso securitário. Não é
BENEFÍCIOS possível que o Poder Público reduza o valor das prestações
mesmo durante o período de crise econômica, ao contrário do
que poderia ocorrer com o salário dos trabalhadores (art. 7º,
VI, CF).
O reajuste para manter o valor real dos benefícios conforme
os índices definidos em lei (art. 201, parágrafo 4º da CF),
reflete uma irredutibilidade material.
A Constituição apenas fala do reajustamento dos benefícios
previdenciários, pois estes possuem caráter contributivo, o
que não ocorre nas demais áreas.
Então:
Saúde e assistência  irredutibilidade pelo valor nominal.

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Previdência social  irredutibilidade pelo valor nominal e
real.
OBS: O STJ admite a incidência de índices negativos de
inflação, desde que ao final da atualização o valor nominal
não sofra redução.

EQUIDADE NA Deve contribuir de maneira mais acentuada aqueles que


FORMA DE dispuserem de mais recursos financeiros, bem como os que
PARTICIPAÇÃO DO mais provocarem a cobertura da seguridade social.
CUSTEIO É corolário do princípio da isonomia e da capacidade
contributiva.

DIVERSIDADE DA O financiamento da seguridade social deverá ter múltiplas


BASE DE fontes, a fim de garantir a solvibilidade do sistema.
FINANCIAMENTO É tradicional do Brasil o tríplice custeio, com participação do
Poder Público, empresas e dos trabalhadores em geral.

GESTÃO A gestão da seguridade social será quadripartite, de índole


QUADRIPARTITE democrática e descentralizada, envolvendo os trabalhadores,
empregadores, aposentados e o Poder Público.

SOLIDARIEDADE É objetivo da República Federativa do Brasil.


Essencialmente a seguridade social é solidária, há uma
verdadeira socialização dos riscos com toda a sociedade.
Fundamenta a criação de um fundo único de previdência
social.
No âmbito do RPPS há expressa previsão do princípio da
solidariedade no art. 40 da CF.

PRECEDÊNCIA DA Nenhum benefício ou serviço poderá ser criado, majorado ou


FONTE DE estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
CUSTEIO
ORÇAMENTO Existe uma peça orçamentária exclusiva para a seguridade
DIFERENCIADO social.

RESPOSTA: B

78 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Considerando a legislação previdenciária e a jurisprudência dos Tribunais Superiores, assinale a


alternativa INCORRETA:

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a) Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início
da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória,
ou o dia em que for realizado o diagnóstico, o que ocorrer primeiro.
b) A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência prevista em lei,
completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher.
c) Conforme a Lei nº 8.213/1991, doença profissional e doença do trabalho são expressões sinônimas,
sendo equiparadas ao acidente do trabalho, assim como o acidente ligado ao trabalho que, embora
não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução
ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua
recuperação.
d) A aposentadoria por idade pode ser requerida pela empresa, desde que o segurado empregado
tenha cumprido o período de carência e completado 70 (setenta) anos de idade, se do sexo masculino,
ou 65 (sessenta e cinco) anos, se do sexo feminino, caso em que será garantida ao empregado a
indenização prevista na legislação trabalhista, considerada como data da rescisão do contrato de
trabalho a imediatamente anterior à do início da aposentadoria.
e) A perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão das aposentadorias por
tempo de contribuição e especial e, na hipótese de aposentadoria por idade, a perda da qualidade de
segurado não será considerada para a concessão desse benefício, desde que o segurado conte com,
no mínimo, o tempo de contribuição correspondente ao exigido para efeito de carência na data do
requerimento do benefício.

COMENTÁRIO
Assertiva “A”- Art. 23 da Lei 8.213/1991.

Assertiva “B” – art. 48 da Lei 8.213/1991.

Assertiva “C” – Doença do trabalho e doença profissional não são expressões sinônimas: Doença
profissional: É a doença típica de determinada profissão. (Ex: caixa bancário com LER) Doença do
trabalho: Não se relaciona com a profissão, mas com as condições que o trabalho é exercido. (Ex:
segurança com perda auditiva que trabalha em boate - não é a profissão que causa, mas a condição)
vide art. 20, I e II, da Lei n. 8.213/1991.

Assertiva “D” – Art. 51 da Lei n. 8.213/1991.

Assertiva “E” - Art. 3º da Lei nº 10.666/2003.

LETRA C

79 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Acerca do custeio da seguridade social, marque o item correto.


a) A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e

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dos Municípios, e das contribuições sociais, não sendo possível que norma infraconstitucional
institua outras fontes de custeio além das previstas na Constituição Federal.
b) Incide contribuição social sobre as aposentadorias e pensões concedidas pelo regime geral de
previdência social.
c) São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência
social que atendam às exigências estabelecidas em lei. Entretanto, o Supremo Tribunal Federal
entende que não há direito adquirido a esta imunidade, sendo possível que a lei exija comprovação
periódica de preenchimento das exigências legais.
d) O segurado somente terá reconhecida como tempo de contribuição ao Regime Geral de
Previdência Social a competência cuja contribuição seja igual ou superior à contribuição mínima
mensal exigida para sua categoria, não sendo possível o agrupamento de contribuições.
e) As contribuições sociais incidirão sobre as receitas decorrentes de importação e exportação, bem
como sobre a receita de concursos de prognósticos.

COMENTÁRIO
Assertiva “A” - art. 195, §4º, CF. Contribuição social residual.

Assertiva “B” - art. 195, II, CF:


Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide Emenda Constitucional nº
20, de 1998)
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas
progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

Assertiva “C” - Vide art. 195, §7º, da CF e Vide RMS 27545, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, julgado
em 25/09/2013, publicado em DJe-193 DIVULG 01/10/2013 PUBLIC 02/10/2013.

EMENTA Agravo regimental em recurso ordinário em mandado de segurança. Renovação do


Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS). Inexistência de direito
adquirido. Constitucionalidade da exigência do cumprimento de condições para renovação do
certificado. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento. 1. A jurisprudência desta
Corte é firme no sentido de que não existe direito adquirido à regime jurídico de imunidade
tributária. A Constituição Federal de 1988, no seu art. 195, § 7º, conferiu imunidade às entidades
beneficentes de assistência social, desde que atendidos os requisitos definidos por lei. Não há
imunidade tributária absoluta. Precedentes. 2. O cumprimento das exigências para a atribuição da
proteção conferida pela imunidade tributária deve ser aferido no período imposto pelo sistema
jurídico e de acordo com os critérios estabelecidos para a atual conjuntura, observando-se a
evolução constante da sociedade e das relações pessoais. Admitir que o cumprimento das
condições vigentes e válidas em dado período, por exemplo, antes do advento do Decreto-Lei
1.572/77, valeria para todo e qualquer período subsequente implicaria o reconhecimento da

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existência de direito adquirido a regime jurídico e o beneficiamento de entidades apenas pela sua
data de constituição. 3. O acórdão proferido na medida cautelar da ADI nº 2.028/DF trata de matéria
diversa da discutida no presente recurso ordinário em mandado de segurança. Constitucionalidade
dos Decretos nº 2.536/98 e nº 752/93. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.

(RMS 27904 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 28/08/2012,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-181 DIVULG 13-09-2012 PUBLIC 14-09-2012)

Assertiva “D” - art. 195, §14, CF : O segurado somente terá reconhecida como tempo de
contribuição ao Regime Geral de Previdência Social a competência cuja contribuição seja igual ou
superior à contribuição mínima mensal exigida para sua categoria, assegurado o agrupamento de
contribuições. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

Assertiva “E” - art. 149, §2º, I. Não incidirá sobre as receitas decorrentes de exportação.

LETRA C

80 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Acerca dos dependentes e da pensão por morte, assinale a alternativa INCORRETA:


a) Conforme o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a mulher que renunciou aos alimentos
na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a
necessidade econômica superveniente ao óbito.
b) Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a
qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses
com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual será
assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa.
c) Conforme o entendimento do STJ, caso o segurado venha a óbito antes do recebimento de valores
previdenciários, devem estes ser pagos aos seus dependentes previdenciários e, somente na
inexistência destes, aos herdeiros, ainda que o direito ao recebimento dos valores tenha sido
reconhecido apenas judicialmente.
d) Os beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado,
são classificados por classe, e a existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui
do direito às prestações os das classes seguintes.
e) A dependência econômica é presumida para o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não
emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave e a dos demais dependentes deve ser
comprovada.

COMENTÁRIO
Assertiva “A” - Conforme a Súmula 336 do STJ, “a mulher que renunciou aos alimentos na
separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a
necessidade econômica superveniente”. Entretanto, essa necessidade econômica é superveniente

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à renúncia, mas não ao óbito do segurado. A necessidade econômica deve ser contemporânea ao
óbito.

Assertiva “B” - Art. 74, §1º, Lei nº 8.213/1991.

Assertiva “C” - Trata-se do decidido no Resp 1.596.774-RS – Informativo 600 STJ. A previsão do
art. 112 se aplica tanto aos pedidos administrativos quanto aos casos judiciais.
PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO 2/STJ.
HABILITAÇÃO DOS HERDEIROS PARA O RECEBIMENTOS DOS VALORES NÃO PAGOS EM
VIDA AO SEGURADO. ARTIGO 112 DA LEI 8.213/1991. RECURSO ESPECIAL NÃO PROVIDO.
1. A aplicação do artigo 112 da Lei 8.213/1991 não se restringe à Administração Pública,
sendo aplicável também no âmbito judicial. Precedentes. 2. O valor não recebido em vida
pelo segurado só será pago aos seus sucessores na forma da lei civil, na falta de
dependentes habilitados à pensão por morte. Inteligência do artigo 112 da Lei nº 8.213/1991.
3. Recurso especial não provido.
(REsp 1596774/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado
em 21/03/2017, DJe 27/03/2017)

Assertiva “D” - art. 16, §1º, da Lei nº 8.213/1991.

Assertiva “E” - art. 16, §4º, da Lei nº 8.213/1991.

LETRA A

DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL

81 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

A respeito da aplicação da lei penal no espaço, marque a afirmativa verdadeira:


a) O Código Penal, quanto ao lugar do crime, consagrou a teoria do resultado.
b) O crime de genocídio, quando o agente, estrangeiro ou brasileiro, é domiciliado no Brasil, fica
sujeito à lei brasileira, em decorrência do princípio do domicílio.
c) O crime cometido no estrangeiro contra a liberdade do Presidente da República sujeita-se à lei
brasileira como expressão do princípio da personalidade.
d) O crime de corrupção passiva ocorrido em prejuízo ao patrimônio da Petrobrás no exterior está
sujeito, para ser julgado no Brasil, ao preenchimento das condições descritas no Código Penal, a
exemplo da entrada do agente no território nacional.
e) Os crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade
privada, quando em território estrangeiro, ficam sujeitos à lei brasileira como expressão da
extraterritorialidade incondicionada.

COMENTÁRIO

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Lugar do crime - Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão,
no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. [TEORIA DA
UBIQUIDADE]
EXTRATERRITORIALIDADE
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes: EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de
Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo
Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;

II - os crimes: EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA


a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
b) praticados por brasileiro;
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando
em território estrangeiro e aí não sejam julgados.
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro.
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade,
segundo a lei mais favorável.

A) INCORRETA.
Nos termos do art. 6o do Código Penal, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação
ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. O
teor do dispositivo, portanto, mostra que o Código Penal adotou a teoria mista ou da ubiquidade, que
preconiza que é lugar do crime tanto aquele em que foi praticada a conduta quanto aquele em que se
produziu ou deveria produzir-se o resultado.

B) CORRETA.
Tal previsão se encontra no art. 7º, I, “d”, do Código Penal. Pelo princípio do domicílio, o agente deve
ser punido de acordo com a lei do país em que ele for domiciliado, pouco importando a sua
nacionalidade.

C) INCORRETA.

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O crime cometido no estrangeiro contra a liberdade do Presidente da República sujeita-se à lei
brasileira como expressão do princípio da defesa, real ou da proteção, que levam em conta o bem
jurídico tutelado independentemente da nacionalidade do agente ou do local do delito.

D) INCORRETA.
A hipótese do enunciado é de extraterritorialidade incondicionada, prevista no art. 7o, I, “b”, do Código
Penal, razão pela qual inexistem condições para que fique sujeito à lei brasileira.

E) INCORRETA.
A hipótese do enunciado é de extraterritorialidade condicionada, prevista no art. 7o, II, “c”, do Código
Penal, razão pela qual, para que fique sujeito à lei brasileira, deve obedecer às condições estabelecidas
no art. 7o, §2º, do CP.
LETRA B

82 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Analise as assertivas a seguir e marque a alternativa correta:


I - A tentativa é elemento integrante do “iter criminis”.
II - O reconhecimento da ocorrência de desistência voluntária ou de arrependimento eficaz conduz à
exclusão de ilicitude da conduta.
III - Os efeitos decorrentes do reconhecimento da desistência voluntária ou do arrependimento eficaz
em relação a um dos coautores se estendem aos demais.
IV – A desistência voluntária e o arrependimento eficaz precisam ser voluntários e espontâneos.

a) I e II
b) I e III.
c) III.
d) II, III e IV.
e) III e IV.

COMENTÁRIO
I – INCORRETA.
A tentativa não integra o “iter criminis”. A doutrina aponta que o crime possui quatro etapas diferentes,
quais sejam:
1) Cogitação: Trata-se da fase interna, em que o agente pensa no crime, sem qualquer início de
execução. Vai desde o primeiro instante em que, voluntariamente ou não, espontaneamente ou não,
surge no agente a ideia criminosa. É uma fase interna porque não pode ser vista por pessoa alguma. A
cogitação nunca foi e nunca será punível em Direito Penal;
2) Preparação: A partir da fase de preparação, tem-se a fase externa. Trata-se da prática dos atos
imprescindíveis à execução do crime. Os atos preparatórios são puníveis? Em regra, não, porque o
Código Penal dispõe, ao definir a tentativa: “Diz-se o crime tentado, quando, iniciada a execução...” O
início da execução, portanto, é pressuposto de punibilidade do crime tentado. No entanto, o legislador
muitas vezes puniu como crime consumado uma etapa que seria preparatória de um outro crime. Ex.:

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No art. 288 do Código Penal. O legislador pune a associação de pessoas que almeja a prática de crimes
futuros. Só que, no caso, o legislador destacou um ato preparatório e o elevou à condição de conduta
típica.
3) Execução: É quando começa a agressão ao bem jurídico. Nessa fase, o agente inicia a realização do
núcleo do tipo, e o crime já se torna punível. O crime sai da preparação e entra na fase de execução
com a prática do primeiro ato idôneo e inequívoco à consumação. Ato idôneo é o capaz de produzir o
resultado, enquanto inequívoco é o que está diretamente ligado ao verbo do núcleo do tipo. Iniciada a
fase de execução, é possível a ocorrência da tentativa, se o tipo penal permitir.
4) Consumação: Ocorre quando todos os elementos do fato típico são realizados.
Com a ocorrência de tais atos, há ainda o exaurimento do crime, o que, para a doutrina e jurisprudência
majoritária, é um irrelevante penal e não integra a noção de iter criminis.

II – INCORRETA.
Apesar de haver certa divergência quanto ao tema, prevalece o entendimento de que o
reconhecimento da desistência voluntária ou de arrependimento eficaz leva ao afastamento da
tipicidade da conduta originalmente realizada ou pretendida.

III – CORRETA.
A assertiva está correta. Prevalece o posicionamento de que os efeitos da desistência voluntária ou de
arrependimento eficaz em relação a um dos coautores se estendem aos demais.

IV – INCORRETA.
A desistência deve ser voluntária, mas não precisa ser necessariamente espontânea. Assim, admite-
se interferência externa, por exemplo, quando o autor é induzido por um amigo a desistir. Da mesma
forma, o arrependimento deve ser voluntário, mas não necessariamente espontâneo, podendo haver a
influência de um amigo ou familiar, por exemplo.

LETRA C

83 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

A respeito dos crimes contra a administração pública, analise as seguintes assertivas:


I - Segundo o entendimento consolidado do STJ, o princípio da insignificância é inaplicável aos crimes
cometidos contra a Administração Pública, ainda que o valor seja irrisório, porquanto a norma penal
busca tutelar não somente o patrimônio, mas também a moral administrativa.
II - Os advogados dativos, nomeados para exercer a defesa de acusado necessitado nos locais onde
não existe Defensoria Pública, não são considerados funcionários públicos para fins penais, nos
termos do art. 327 do Código Penal.
III - A prática de crime contra a Administração Pública por ocupantes de cargos de elevada
responsabilidade ou por membros de poder justifica a majoração da pena-base.

a) As alternativas I e III estão corretas.


b) As alternativas II e III estão corretas

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c) Somente a alternativa I está correta.
d) Somente a alternativa III está correta
e) Todas as alternativas estão corretas.

COMENTÁRIO
I. CORRETA
Súmula 599 do STJ - O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração
pública.

DIZER O DIREITO:
Conforme já decidiu o STJ, em determinadas hipóteses, nas quais for ínfima a lesão ao bem jurídico
tutelado - como na espécie -, admite-se afastar a aplicação do entendimento sedimentado na
Súmula n. 599/STJ, pois a subsidiariedade do direito penal não permite tornar o processo criminal
instrumento de repressão moral, de condutas típicas que não produzam efetivo dano.
STJ. 6ª Turma. RHC 153.480/SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 24/05/2022.

(...)
O princípio da insignificância pode ser aplicado aos crimes contra a Administração Pública?
Para o STJ, não. Não se aplica o princípio da insignificância aos crimes contra a Administração
Pública, ainda que o valor da lesão possa ser considerado ínfimo.
Segundo o STJ, os crimes contra a Administração Pública têm como objetivo resguardar não apenas
o aspecto patrimonial, mas, principalmente, a moral administrativa. Logo, mesmo que o valor do
prejuízo seja insignificante, deverá haver a sanção penal considerando que houve uma afronta à
moralidade administrativa, que é insuscetível de valoração econômica.

Exceção
Existe uma exceção. A jurisprudência é pacífica em admitir a aplicação do princípio da insignificância
ao crime de descaminho (art. 334 do CP), que, topograficamente, está inserido no Título XI do
Código Penal, que trata sobre os crimes contra a Administração Pública.
De acordo com o STJ, “a insignificância nos crimes de descaminho tem colorido próprio, diante das
disposições trazidas na Lei n. 10.522/2002”, o que não ocorre com outros delitos, como o peculato
etc. (AgRg no REsp 1346879/SC, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 26/11/2013).

O STF concorda com a Súmula 599 do STJ?


NÃO. No STF, há julgados admitindo a aplicação do princípio mesmo em outras hipóteses além do
descaminho, como foi o caso do HC 107370, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 26/04/2011 e
do HC 112388, Rel. p/ Acórdão Min. Cezar Peluso, julgado em 21/08/2012.
Segundo o entendimento que prevalece no STF, a prática de crime contra a Administração Pública,
por si só, não inviabiliza a aplicação do princípio da insignificância, devendo haver uma análise do
caso concreto para se examinar se incide ou não o referido postulado.

II. INCORRETA

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Embora não sejam servidores públicos propriamente ditos, pois não são membros da Defensoria
Pública, os advogados dativos, nomeados para exercer a defesa de acusado necessitado nos locais
onde o referido órgão não se encontra instituído, são considerados funcionários públicos para fins
penais, nos termos do artigo 327 do Código Penal.
STJ. 5ª Turma. HC 264.459-SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 10/3/2016 (Info
579).

III – CORRETA
O simples fato de o réu exercer um mandato popular não é suficiente para fazer incidir a causa de
aumento do art. 327, § 2º, do CP. É necessário que ele ocupe uma posição de superior hierárquico
(o STF chamou de "imposição hierárquica"). STF. Plenário. Inq 3983/DF, Rel. Min. Teori Zavascki,
julgado em 02 e 03/03/2016 (Info 816).

RESPOSTA: A

84 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Quanto ao crime de corrupção ativa, previsto no artigo 333 do Código Penal, assinale a opção
INCORRETA:
a) O crime de corrupção ativa não é próprio, podendo ser praticado por qualquer pessoa.
b) Não resta configurado o crime de corrupção ativa quando a vantagem indevida é oferecida após
a prática do ato de ofício que o agente queria que o funcionário público praticasse.
c) O particular que entrega vantagem cedendo à exigência por parte do funcionário público não
comete crime de corrupção ativa.
d) A corrupção ativa constitui crime de consumação antecipada.
e) Para que haja a configuração do crime de corrupção passiva, exige-se que a vantagem indevida
esteja relacionada com atos que se inserem nas atribuições do funcionário público.

COMENTÁRIO
A) CORRETA.
O crime de corrupção ativa está previsto no art. 333 do Código Penal, consistindo em “oferecer ou
prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar
ato de ofício”. Como se extrai do tipo penal, trata-se de crime comum, podendo ser praticado por
qualquer pessoa.

B) CORRETA.
Conforme leciona a doutrina pátria, ao contrário do delito de corrupção passiva, que pode ser
posterior à prática do ato, a corrupção ativa somente se configura antes desse momento, uma vez
que o tipo penal é expresso ao dispor que a entrega da vantagem se dá para determinar ao servidor
que pratique o ato, o retarde ou deixe de praticá-lo. Sendo assim, não há corrupção se o oferecimento
da vantagem sucede a prática do ato.

C) CORRETA.

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Nesse caso, não haverá crime de corrupção, mas sim de concussão por parte do funcionário público,
nos termos do art. 316 do Código Penal: “Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,
ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida”.

D) CORRETA.
Afinal, a corrupção ativa é crime formal, de consumação antecipada ou de resultado cortado porque
se consuma com a oferta ou promessa de vantagem indevida ao funcionário público,
independentemente da sua aceitação. Também é prescindível a prática, omissão ou retardamento do
ato de ofício.

E) INCORRETA.
O crime de corrupção passiva consuma-se ainda que a vantagem indevida esteja relacionada com
atos que formalmente não se inserem nas atribuições do funcionário público. O crime de corrupção
passiva consuma-se ainda que a solicitação ou recebimento de vantagem indevida, ou a aceitação
da promessa de tal vantagem, esteja relacionada com atos que formalmente não se inserem nas
atribuições do funcionário público, mas que, em razão da função pública, materialmente implicam
alguma forma de facilitação da prática da conduta almejada. Ao contrário do que ocorre no crime de
corrupção ativa, o tipo penal de corrupção passiva não exige a comprovação de que a vantagem
indevida solicitada, recebida ou aceita pelo funcionário público esteja causalmente vinculada à
prática, omissão ou retardamento de “ato de ofício”. A expressão “ato de ofício” aparece apenas no
caput do art. 333 do CP, como um elemento normativo do tipo de corrupção ativa, e não no caput do
art. 317 do CP, como um elemento normativo do tipo de corrupção passiva. Ao contrário, no que se
refere a este último delito, a expressão “ato de ofício” figura apenas na majorante do art. 317, § 1.º,
do CP e na modalidade privilegiada do § 2.º do mesmo dispositivo. STJ. 6ª Turma. REsp 1745410-
SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Rel. Acd. Min. Laurita Vaz, julgado em 02/10/2018 (Info 635).

LETRA E

85 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Acerca dos crimes contra a fé pública, assinale a afirmativa INCORRETA:


a) A conduta de se atribuir falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que praticada
em situação de alegada autodefesa.
b) Segundo a jurisprudência do STJ, a conduta de “suprimir” sinal identificador de veículo automotor
está abarcada no crime do art. 311 do CP.
c) O crime de falsidade ideológica, previsto no art. 299 do CP, é de natureza formal, de modo que a
consumação independe da ocorrência de qualquer resultado ou de efetivo prejuízo a terceiros.
d) O uso de documento falso (art. 304 do CP), quando praticado pelo agente que realizou a
falsificação (arts. 297 e 298, ambos do CP), deve ser absorvido por esta, caracterizando post factum
não punível.
e) Caso o médico, no exercício da sua profissão, forneça atestado falso, praticará o crime de falsidade
ideológica previsto no art. 299 do CP.

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COMENTÁRIO
A) CORRETA.
A assertiva expõe o teor da súmula 522 do STJ, segundo o qual “a conduta de atribuir-se falsa
identidade perante autoridade policial é típica, ainda que em situação de alegada autodefesa”. No
mesmo sentido, o enunciado não materializa violação à ampla defesa (art. 5º, LV, da CRFB), sobretudo
na vertente da autodefesa, já que se trata de exercício abusivo da autodefesa, por meio da prática de
conduta típica (o exercício regular dos direitos constitucionais não pode estimular a prática de ilícitos
– sobretudo de natureza criminal, como é o caso da conduta que se amolda ao crime do art. 307 do
CP).

B) CORRETA.
O artigo 311 do Código Penal assim dispõe: “Adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer
sinal identificador de veículo automotor, de seu componente ou equipamento”. Em conformidade com
o enunciado da afirmativa, o STJ já expôs que: “conforme orientação desta Corte Superior, a conduta
de ‘suprimir’ sinal identificador está abrangida pelo verbo ‘adulterar’ da figura típica do art. 311 do
CP, cuja redação assim dispõe: ‘adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal
identificador de veículo automotor, de seu componente ou equipamento’” (STJ, HC 480.670/SC, Rel.
Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 18/02/2020, DJe 02/03/2020). Assim,
embora não haja previsão expressa do verbo “suprimir”, deve-se entender que se encontra abrangido
pelo verbo “adulterar” (modalidade de adulteração). Em linha de reforço, ROGÉRIO SANCHES,
citando precedentes do STJ, ensina que a “simples substituição de placas de um veículo pelas de
outro (sem adulterar ou remarcar número)” configura o crime do art. 311 do CP (Manual de Direito
Penal, Parte Especial, 2020, p. 828). Por fim, NUCCI lembra que a falsificação grosseira não constitui
crime, ocorrendo mera infração administrativa.

C) CORRETA.
A assertiva está de acordo com a classificação doutrinária, encontrando respaldo na jurisprudência
do STJ. Sobre o ponto, confira-se: “O delito de falsidade ideológica é crime formal, que se consuma
com a prática de uma das figuras típicas previstas, independente da ocorrência de qualquer resultado
ou de efetivo prejuízo para terceiro” (AgRg no AREsp 1583094/SP, Rel. Ministro JOEL ILAN
PACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 13/04/2020, DJe 16/04/2020). No mesmo sentido, a
Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que a falsidade ideológica é crime
formal e instantâneo, cujos efeitos podem vir a se protrair no tempo. A despeito dos efeitos que
possam, ou não, vir a gerar, ela se consuma no momento em que é praticada a conduta delituosa: “A
falsidade ideológica é crime formal e instantâneo, cujos efeitos podem vir a se protrair no tempo. A
despeito dos efeitos que possam, ou não, vir a gerar, ela se consuma no momento em que é praticada
a conduta” (RvCr 5.233/DF, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, TERCEIRA SEÇÃO,
julgado em 13/05/2020, DJe 25/05/2020).
Ainda sobre o crime do art. 299 do Código Penal, ANDRÉ ESTEFAM (Direito Penal, Parte Especial.
Saraiva, 2015, p. 161) destaca: “Dá-se o falso ideal, moral ou intelectual quando alguém mente ou
omite a verdade no tocante ao conteúdo de documento verdadeiro. Não é o exterior que é falso, mas
o interior, a ideia exposta no documento”. O autor arremata: “cuida-se a falsidade ideológica,
portanto, da mentira registrada em documento físico ou eletrônico”.

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D) CORRETA.
Para responder a assertiva de modo correto, deve-se considerar o que foi exposto pelo STJ, por
exemplo, no AgRg no RHC 112.730/SP, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado
em 03/03/2020, DJe 10/03/2020. Na ocasião, asseverou-se que “o uso de documento falsificado (CP,
art. 304) deve ser absorvido pela falsificação do documento público ou privado (CP, arts. 297 e 298),
quando praticado pelo mesmo agente, caracterizando o delito de uso post factum não punível, ou
seja, mero exaurimento do crime de falso, não respondendo o falsário pelos dois crimes, em concurso
material”. Assim, o Tribunal da Cidadania entende que, caso o USO seja realizado pelo agente que
praticou a FALSIFICAÇÃO, haverá absorção, de tal sorte que o USO será considerado POST FACTUM
NÃO PUNÍVEL.

E) INCORRETA.
Deve-se atentar para o tipo penal especial previsto no art. 302 do CP, que afasta a incidência do
crime previsto no art. 299 do CP: “Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso. Pena
– detenção, de um mês a um ano. Parágrafo único – Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-
se também multa”. Nesse contexto, o tipo penal tem como sujeito próprio o médico que, no exercício
da sua profissão, fornece atestado falso. Trata-se de infração de menor potencial ofensivo, de modo
que é cabível transação penal (art. 76 da Lei 9.099/1995), desde que presentes os demais requisitos
legais.
LETRA E.

86 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Acerca da investigação criminal e do inquérito policial, assinale a alternativa correta:


a) Não compete à autoridade policial colher informações sobre a existência de filhos, respectivas
idades e se possuem alguma deficiência.
b) Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade policial poderá
requerer a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado
pelo Ministério Público.
c) A autoridade policial poderá arquivar autos de inquérito quando verificar manifesta causa
excludente de ilicitude.
d) Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no §3º do art. 158 e no art. 159 do Código
Penal e no art. 239 do Estatuto da Criança e do Adolescente, o membro do Ministério Público ou o
Delegado de Polícia poderão requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da
iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos, independentemente de
autorização judicial.
e) Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a autoridade policial oficiará ao
Instituto de Identificação e Estatística, ou repartição congênere, mencionando a Promotoria a que
tiverem sido distribuídos, e os dados relativos à infração penal, à pessoa do indiciado e eventual
presença de antecedentes criminais.

COMENTÁRIO

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A) INCORRETA.
Alternativa colide com o art. 6º, inciso X, do Código de Processo Penal:
Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até
a chegada dos peritos criminais;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título VII,
deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a
leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos
autos sua folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua
condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer
outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma
deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela
pessoa presa. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

B) INCORRETA.
Art. 10, §3º, CPP
§ 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer
ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo
juiz.

C) INCORRETA.
Cumpre destacar que não competirá à autoridade policial arquivar autos de inquérito. Da redação do
art. 17 do CPP, extrai-se o princípio da indisponibilidade do inquérito policial: Art. 17. A autoridade
policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.

D) CORRETA.
Trata-se da redação literal do art. 13-A do Código de Processo Penal.

E) INCORRETA.
Nos termos do art. 23 do CPP, “ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a
autoridade policial oficiará ao Instituto de Identificação e Estatística, ou repartição congênere,
mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e os dados relativos à infração penal e à pessoa
do indiciado”.

LETRA D

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87 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Sobre a ação penal no Código de Processo Penal, assinale a alternativa correta:


a) A representação é irretratável depois de recebida a denúncia.
b) O processamento dos crimes contra a honra de funcionário público em razão de suas funções
somente se procede mediante ação penal pública condicionada à representação do ofendido.
c) Prevalece no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça o entendimento de
que a ação penal pública é regida pelo princípio da indivisibilidade.
d) Na ação penal privada, o Ministério Público poderá aditar a queixa para incluir fatos criminosos
esquecidos pelo querelante.
e) Não é possível rejeitar a denúncia com base na prescrição virtual do crime objeto da acusação.

COMENTÁRIO
A) INCORRETA.
Está em desconformidade com o art. 25 do CPP, que dispõe: “Art. 25. A representação será
irretratável, depois de oferecida a denúncia”.

Cuidado para não confundir com a retratação na Lei Maria da Penha. Esta sim poderá ser feita até o
recebimento da denúncia! Porém, deve ser seguido procedimento específico, conforme explicação do
DIZER O DIREITO:

A Lei Maria da Penha disciplina procedimento próprio para que a vítima possa eventualmente se
retratar de representação já apresentada. Dispõe o art. 16 da Lei nº 11.340/2006 que, “só será
admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal
finalidade” (STJ. 5ª Turma. HC 371.470/RS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em
17/11/2016).

Assim, a informação prestada em cartório de que a vítima não mais pretendia processar o autor da
ameaça deveria ter sido confirmada perante o juiz, em audiência especialmente designada para essa
finalidade.

Existem outros julgados do STJ no mesmo sentido:


É irrelevante que exista carta de retratação redigida pela vítima à autoridade policial com o fim de
impedir as investigações, pois o art. 16 da Lei nº 11.340/2006 - que prevê a possibilidade de
renunciar à representação nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida - só
admite a renúncia perante o Juiz, em audiência especialmente designada.
STJ. 6ª Turma.HC 458.835/GO, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 02/10/2018.

B) INCORRETA.
Embora o art. 145, parágrafo único, do CP informe que, em havendo crime contra a honra de
funcionário público praticado no exercício de suas funções, a ação é penal pública condicionada à
representação do ofendido, a Súmula 714 do STF afirma que haverá um caso de legitimação

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concorrente, podendo o próprio funcionário público ingressar com a ação penal privada, sem prejuízo
da legitimidade conferida ao Ministério Público para oferecer a ação penal pública condicionada à
representação do ofendido. Registre-se que o STF entende que, se o funcionário público optar por
representar ao MP, estará preclusa a possibilidade de oferecimento da ação privada (HC 84659/MS,
Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgado em 29/06/2005).

C) INCORRETA.
Afinal, a ação penal pública é regida pelo princípio da divisibilidade, uma vez que o membro do
Ministério Público pode sempre, até a sentença final (art. 569, CPP), incluir novos autores do delito
por meio de aditamento à denúncia ou oferecer contra os mesmos uma nova ação penal, caso já
tenha sido prolatada sentença final do feito.

Na ação penal pública não vigora o princípio da indivisibilidade. Assim, o MP não está obrigado a
denunciar todos os envolvidos no fato tido por delituoso, não se podendo falar em arquivamento
implícito em relação a quem não foi denunciado. Isso porque o Parquet é livre para formar sua
convicção, incluindo na denúncia as pessoas que ele entenda terem praticado o crime, mediante a
constatação de indícios de autoria e materialidade. STJ. 6ª Turma. RHC 34233-SP, Rel. Min. Maria
Thereza de Assis Moura, julgado em 6/5/2014 (Info 540). Fonte: Dizer o Direito

D) INCORRETA.
Segundo Renato Brasileiro de Lima, “(…) há doutrinadores que entendem que, verificando a ausência
deliberada de determinado coautor e/ou partícipe, deve o Ministério Público promover o aditamento
da queixa-crime para inseri-lo no processo penal. A nosso ver, tal posicionamento apresenta-se
equivocado, porquanto o órgão ministerial não é dotado de legitimatio ad causam para aditar queixa-
crime com o objetivo de incluir coautores, partícipes e outros fatos delituosos em crimes de ação
penal exclusivamente privada e de ação penal privada personalíssima. Com fundamento no art. 45
do CPP, o Parquet pode até corrigir ou complementar a queixa-crime, porém trabalhando apenas os
elementos trazidos a juízo pelo querelante, incluindo, por exemplo, circunstâncias relativas ao tempo,
lugar ou modus operandi do crime (...)” (Manual de Processo Penal, Renato Brasileiro de Lima, 3ª
edição, p. 234).

E) CORRETA.
A assertiva está correta pelo fato de a prescrição virtual não ser aceita no ordenamento jurídico
brasileiro, motivo pelo qual não pode ser invocada para rejeitar a denúncia. Nesse sentido, tem-se a
Súmula 438 do STJ: é inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva
com fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do processo penal.

LETRA E

88 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Sobre a interpretação da lei processual penal, assinale a alternativa INCORRETA:

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a) Considera-se interpretação autêntica a realizada pelo próprio legislador que, através de outro
texto de lei, faz os esclarecimentos necessários sobre determinado assunto, podendo ser contextual,
leia-se, aquela realizada no corpo do próprio texto interpretado, ou posterior, é dizer, em outro
diploma subsequente à norma interpretada.
b) A interpretação teleológica concentra suas preocupações no fim a que a norma se dirige.
Nesta, o intérprete deve levar em consideração valores como a exigência do bem comum, o ideal de
justiça, a ética, a liberdade, a igualdade, etc.
c) A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o
suplemento dos princípios gerais de direito.
d) A lei processual penal admite a aplicação analógica apenas in bonam partem.
e) A analogia não é um método de interpretação, mas sim de integração, uma vez que o caso a
ser solucionado não está compreendido na hipótese de incidência da regra a ser aplicada.

COMENTÁRIO
A) A alternativa trouxe o preciso conceito de interpretação autêntica, também conhecida como
legislativa.

B) A alternativa trouxe o preciso conceito de interpretação teleológica.

C) Art. 3º do CPP A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem
como o suplemento dos princípios gerais de direito.

D) No DIREITO PENAL apenas admite-se analogia se for para beneficiar o réu (in bonam partem). Já
no PROCESSO PENAL a analogia pode ser feita livremente, sem restrição, ou seja, in bonam partem
ou in malam partem, pois não envolverá uma norma penal incriminadora, mas sim, instrumental.

LETRA D

89 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

No que concerne ao Direito Processual Penal, assinale a assertiva INCORRETA:


a) Configura-se o flagrante fabricado ou forjado na situação em que o sujeito passivo é induzido ou
instigado por outro a cometer a prática delituosa. Nessa situação, sendo impossível a consumação do
delito, a prisão será considerada inválida ou ilegal.
b) O juiz pode substituir a prisão preventiva por prisão domiciliar quando a agente for gestante, desde
que a análise do caso concreto demonstre a viabilidade da medida.
c) A prisão temporária, como a preventiva, não pode ser decretada de ofício pelo juiz.
d) Conforme o STJ, a prisão temporária não pode ser mantida após o recebimento da denúncia pelo
juiz.
e) A inafiançabilidade nos casos de crimes hediondos não impede a concessão judicial de liberdade
provisória, impedindo apenas a concessão de fiança como instrumento de obtenção dessa liberdade.

COMENTÁRIO

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A) INCORRETA.
A assertiva traz o conceito de “flagrante preparado”. Atenção para a diferença:
- Flagrante preparado, provocado ou crime de ensaio: Ocorre quando alguém instiga o agente a
praticar o delito;
- Flagrante forjado, fabricado, maquinado ou urdido: É aquele armado, realizado para incriminar pessoa
inocente. É uma modalidade ilícita de flagrante, onde o infrator é o agente que forja o delito.

B) CORRETA.
Até a edição da Lei nº 13.257/16, a prisão domiciliar substitutiva da preventiva podia ser aplicada em
favor da gestante a partir do sétimo mês de gravidez ou sendo esta de alto risco. Atualmente, no
entanto, basta a gravidez (art. 318, inciso IV, do CPP). O art. 318-A, acrescentado no CPP pela Lei nº
13.769/18, estabelece que a prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou
responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que:
I – não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; II – não tenha cometido o crime
contra seu filho ou dependente.
Cumpre referir que, não obstante a redação do dispositivo, segundo a qual a prisão será substituída
nas circunstâncias mencionadas, tem-se decidido que o juiz deve analisar o caso concreto e, em
situações excepcionais, pode negar a referida substituição. Confira: “2. O entendimento do Supremo
Tribunal Federal – STF que concedeu habeas corpus coletivo às presas preventivamente, mães de
crianças, nos termos do art. 2º do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, comporta três situações
de exceção à sua abrangência, quais sejam: a) crimes cometidos mediante violência ou grave ameaça,
b) delitos perpetrados contra os descendentes ou c) em situações excepcionalíssimas, as quais
deverão ser devidamente fundamentadas. 3. Da situação evidenciada nos autos verifica-se a
excepcionalidade prevista no mencionado julgado, tendo em vista que, conforme fundamentado pelas
instâncias ordinárias, a paciente é apontada como líder do tráfico de entorpecentes na região, exercia
suas atividades mediante utilização de arma de fogo, e foi apreendida grande quantidade de drogas
sob sua responsabilidade (470g de maconha e 857g de cocaína). Saliente-se que a agravante
mantinha o funcionamento de “boca de fumo” ligada ao Comando Vermelho. Tais fatos justificam o
afastamento da incidência da benesse” (STJ: AgRg no HC 426.526/RJ, j. 12/02/2019).

C) CORRETA.
De acordo com o que estabelece o art. 2º da Lei nº 7.960/89, a prisão temporária será decretada pelo
juiz após representação da autoridade policial ou a requerimento do Ministério Público. A regra é a
mesma aplicável atualmente à prisão preventiva. A redação original do art. 311 do CPP permitia que
o juiz decretasse a prisão preventiva de ofício, quer durante as investigações, quer no processo
criminal. Essa possibilidade, antes do advento da Lei nº 12.403/11, já era objeto de crítica por violação
do sistema acusatório. Corrigindo a imperfeição, a Lei nº 12.403/11 limitou esse poder durante as
investigações. Nessa fase, vedou a decretação da prisão preventiva de ofício, devendo o juiz aguardar
provocação do Ministério Público ou da autoridade policial. Já no curso do processo, o juiz podia
decretar a prisão independentemente de pedido ou representação nesse sentido. A Lei nº 13.964/19,
conhecida como “Pacote Anticrime”, prestigiando o sistema acusatório, alterou novamente o art. 311
do CPP, agora proibindo que o juiz atue de ofício em qualquer das fases da persecução. Com efeito, a
decretação da prisão preventiva, a exemplo da temporária, dependerá sempre de provocação.

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D) CORRETA.
A prisão temporária é uma prisão própria da fase pré-processual, só podendo ser decretada durante
o curso do inquérito policial. Por esse motivo, não há que se falar em prisão temporária após o
recebimento da denúncia.

Lei 7960/89. Art. 1° Caberá prisão temporária:


I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;

Nesse sentido, confira: “HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. INQUÉRITO POLICIAL. ART. 12 DA
LEI 6.368/76. PRISÃO TEMPORÁRIA. OFERECIMENTO DE DENÚNCIA. INSUBSISTÊNCIA DO
DECRETO. 1. Uma vez oferecida a denúncia, não mais subsiste o decreto de prisão temporária, que
visa resguardar, tão somente, a integridade das investigações. 2. Ordem concedida para revogar a
prisão temporária decretada nos autos do processo n.º 274/2006, em trâmite na Vara Única da
Comarca de Ipauçu/SP. (STJ - HC: 78437 SP 2007/0050077-9, Relator: Ministra LAURITA VAZ, Data
de Julgamento: 28/06/2007, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJ 13/08/2007 p. 401)”.

E) CORRETA.
Os crimes hediondos e equiparados são inafiançáveis (art. 5º, XLIII, CF, e art. 323, II, CPP). No entanto,
o STF, no HC 104.339, decidiu que é inconstitucional qualquer vedação à liberdade com base na
gravidade em abstrato do delito. Assim, embora inafiançáveis, autorizam a concessão de liberdade
provisória sem fiança (STJ, HC 233.626).

Obs.: Atenção à modificação trazida pelo denominado “Pacote Anticrime”, que constitui uma exceção
à regra geral: Agora não são todos os crimes que admitem a liberdade provisória. Trata-se do art. 310,
§2º, do CPP: “Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integre organização criminosa
armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, DEVERÁ denegar a liberdade provisória,
com ou sem medidas cautelares”.

GABARITO A

90 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

O Código de Processo Penal e a Lei de Execução Penal disciplinam a prisão domiciliar, embora de
maneiras distintas. É requisito comum a ambas as normas:
a) Ser o homem preso o único responsável pelos cuidados de criança de até 12 anos de idade.
b) A presa ser gestante, independentemente do período de gestação.
c) A pessoa beneficiada ser maior de 70 anos.
d) Estar o(a) preso(a) extremamente debilitado(a) por motivo de doença grave.
e) A prisão domiciliar substituir a prisão em regime fechado.

COMENTÁRIO
A) INCORRETA.

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A prisão domiciliar no Código de Processo Penal está prevista nos arts. 317, 318 e 318-A. O CPP,
ao tratar da prisão domiciliar, está se referindo à possibilidade de o réu, ao invés de ficar em prisão
preventiva, permanecer recolhido em sua residência. Confira:

Art. 318. O juiz poderá substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:
I — maior de 80 anos;
II — extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III — imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 anos de idade ou com deficiência;
IV — gestante;
V — mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
VI — homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade
incompletos.
Obs.: Os magistrados, membros do MP, da Defensoria e da advocacia têm direito à prisão cautelar
em sala de Estado-Maior. Caso não exista, devem ficar em prisão domiciliar.

Por outro lado, a prisão domiciliar na Lei de Execução Penal está prevista em seu art. 117 e se refere
à possibilidade de a pessoa já condenada e que esteja no regime aberto cumprir a pena privativa
de liberdade em sua própria residência. Confira:
Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência
particular quando se tratar de:
I — maior de 70 anos;
II — acometido de doença grave;
III — com filho menor ou deficiente físico ou mental;
IV — gestante.
Por essa razão, a assertiva não corresponde a uma hipótese em comum aos dois casos.

B) CORRETA.
Nos termos do art. 318, IV do CPP e 117, IV da LEP, verifica-se que o caso da gestante é hipótese
comum a ambos os casos.

C, D, E) INCORRETAS.
Vide explicações da assertiva “A”.

LETRA B

DIREITO AMBIENTAL

91 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Sobre as competências no âmbito do direito ambiental, assinale a alternativa incorreta:


a) Compete privativamente à União legislar sobre águas, populações indígenas e atividades
nucleares.

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b) É concorrente a competência para legislar sobre controle da poluição.
c) Compete exclusivamente à União legislar sobre responsabilidade por danos ocasionados ao meio
ambiente.
d) Embora não conste expressamente no art. 24 da Constituição Federal, os Municípios podem
legislar sobre meio ambiente, quando o assunto envolver interesse local e desde que respeitadas as
competências dos Estados e da União.
e) É concorrente a competência para legislar sobre florestas, caça, pesca e fauna.

COMENTÁRIO
A – CERTO. Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
XIV - populações indígenas;
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;

B – CERTO. Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
proteção do meio ambiente e controle da poluição.

C – ERRADO. A Competência é concorrente, nos termos do art. 24, inciso VIII da CF/88: VIII -
responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico.

D – CERTO. Art. 30, I e II, da CF/88.


Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
“O Município é competente para legislar sobre o meio ambiente, com a União e o Estado-membro,
no limite do seu interesse local e desde que esse regramento seja harmônico com a disciplina
estabelecida pelos demais entes federados (CF, art. 24, VI, c/c o art. 30, I e II). [Informativo 776 do
STF. RE 586.224/SP. Órgão Julgador: Tribunal Pleno. Rel: Min. Luiz Fux. DJe 08.05.2015].

E – CERTO. Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
proteção do meio ambiente e controle da poluição.
LETRA C

92 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Em relação aos princípios ambientais, julgue os itens abaixo:


I. Como decorrência do Princípio da Informação, as informações ambientais recebidas pelos órgãos
públicos devem ser transmitidas à sociedade civil. Como exemplo da aplicação deste princípio, temos

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WESLEY COUTINHO 04234108650 WESLEY COUTINHO 04234108650 WESLEY COUTINHO 04234108650 WESLEY CO

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a necessidade de elaboração do EIA/RIMA.
II. O princípio do poluidor pagador busca realizar a internalização dos custos na atividade do poluidor.
III. O princípio da cooperação parte da premissa de que não só um Estado, isoladamente, mas todos,
envolvendo suas populações, solidarizem-se na proteção do meio ambiente.
IV. Em razão do princípio do poluidor pagador, caso uma empresa utilize-se de recursos ambientais
sem, no entanto, causar poluição, não há o que se falar em pagamento pelo simples uso de recursos
ambientais.

Assinale a alternativa correta:


a) Somente I e III estão corretos.
b) Somente IV está correto.
c) Somente II, III e IV estão corretos.
d) Somente I, II e III estão corretos.
e) Somente I está correto.

COMENTÁRIO
I. CORRETO. No âmbito nacional, o princípio da informação pode ser encontrado em vários textos
legais, tais como: arts. 220, 221 225, § 1º, VI da Constituição Federal; arts. 6º e 10 da Lei 9.795/99
(Lei de Política Nacional do Meio Ambiente); e até da Lei 7.802/89 (Lei de Agrotóxicos). O Estudo
de Impacto Ambiental deve ser acompanhado do RIMA, que tem por objetivo transformar a
linguagem técnica em leitura acessível para todos os interessados.

II. CORRETO. Nesse sentido: “As autoridades nacionais devem procurar assegurar a internalização
dos custos ambientais e o uso dos instrumentos econômicos, levando em conta o critério de que
quem contamina deve, em princípio, arcar com os custos da contaminação, levando-se em conta
o interesse público sem distorcer o comércio e os investimentos internacionais” RODRIGUES,
Melissa Cachoni; ARANTES, Olívia Márcia. Direito Ambiental e Biotecnologia: uma abordagem
sobre os transgênicos sociais. 3º tir. Curitiba: Juruá, 2006. p. 63.

III. CORRETO. Tal princípio está inserto no Art. 225, caput, CF/88: “Todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para
as presentes e futuras gerações”.

IV. INCORRETO. Ao lado do princípio do poluidor pagador está o Princípio do Usuário Pagador,
que busca evitar que o “custo zero” dos serviços e recursos naturais acabe por conduzir o sistema
de marcado a uma exploração desenfreada do meio ambiente.

LETRA D

93 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Sobre as áreas de preservação permanente (APP) e a área de reserva legal, é correto:

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a) Considera-se APP, em zonas rurais ou urbanas, as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e
oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação.
b) Será exigida APP no entorno de reservatórios artificiais de água, ainda que não decorram de
barramento ou represamento de cursos d’água naturais.
c) Na implantação de reservatório d’água artificial destinado a geração de energia ou abastecimento
público fica dispensada a instituição de APP.
d) A inserção do imóvel rural em perímetro urbano definido mediante lei municipal desobriga o
proprietário ou posseiro da manutenção da área de Reserva Legal, que só será extinta
concomitantemente ao registro do parcelamento do solo para fins urbanos aprovado segundo a
legislação específica e consoante as diretrizes do plano diretor.
e) É vedada a exploração econômica da Reserva Legal.

COMENTÁRIO
Lei 12.651/2012
A – CORRETA. Art. 4o Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas,
para os efeitos desta Lei: X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros,
qualquer que seja a vegetação;

B – ERRADA. Art. 4º, § 1o Não será exigida Área de Preservação Permanente no entorno de
reservatórios artificiais de água que não decorram de barramento ou represamento de cursos
d’água naturais. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).

C – ERRADA. Art. 5o Na implantação de reservatório d’água artificial destinado a geração de


energia ou abastecimento público, é obrigatória a aquisição, desapropriação ou instituição de
servidão administrativa pelo empreendedor das Áreas de Preservação Permanente criadas em seu
entorno, conforme estabelecido no licenciamento ambiental, observando-se a faixa mínima de 30
(trinta) metros e máxima de 100 (cem) metros em área rural, e a faixa mínima de 15 (quinze) metros
e máxima de 30 (trinta) metros em área urbana. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).
§ 1 Na implantação de reservatórios d’água artificiais de que trata o caput, o empreendedor, no
o

âmbito do licenciamento ambiental, elaborará Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno


do Reservatório, em conformidade com termo de referência expedido pelo órgão competente do
Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama, não podendo o uso exceder a 10% (dez por cento)
do total da Área de Preservação Permanente. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de
2012). (Vide ADC Nº 42)
§ 2o O Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial, para os
empreendimentos licitados a partir da vigência desta Lei, deverá ser apresentado ao órgão
ambiental concomitantemente com o Plano Básico Ambiental e aprovado até o início da operação
do empreendimento, não constituindo a sua ausência impedimento para a expedição da licença de
instalação. (Vide ADC Nº 42)
§ 3o (VETADO).

D – ERRADA. Art. 19. A inserção do imóvel rural em perímetro urbano definido mediante lei
municipal não desobriga o proprietário ou posseiro da manutenção da área de Reserva Legal, que

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só será extinta concomitantemente ao registro do parcelamento do solo para fins urbanos
aprovado segundo a legislação específica e consoante as diretrizes do plano diretor de que trata o
§ 1o do art. 182 da Constituição Federal.

E – ERRADA. Art. 17, § 1º Admite-se a exploração econômica da Reserva Legal mediante manejo
sustentável, previamente aprovado pelo órgão competente do Sisnama, de acordo com as
modalidades previstas no art. 20.

LETRA A

94 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Com base no Código Florestal — Lei n.º 12.651/2012 —, assinale a opção correta.
a) É princípio estabelecido no código florestal a responsabilidade comum da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, em colaboração com a sociedade civil, na criação de políticas para a preservação
e restauração da vegetação nativa e de suas funções ecológicas e sociais nas áreas urbanas e rurais.
b) As obrigações previstas na referida Lei têm natureza pessoal e não se transmitem ao sucessor.
c) Não podem ser consideradas como de preservação permanente, quando declaradas de interesse
social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas cobertas com florestas ou outras formas de
vegetação destinadas a conter erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de terra
e de rocha.
d) A vegetação situada em Área de Preservação Permanente deverá ser mantida pelo proprietário
da área, apenas quando este for pessoa física ou jurídica privada.
e) Não é permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação Permanente para
obtenção de água e para realização de atividades, mesmo que de baixo impacto ambiental.

COMENTÁRIO
A – CORRETA. Art. 1o-A da Lei 12.651/2012. Esta Lei estabelece normas gerais sobre a proteção
da vegetação, áreas de Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal; a exploração
florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o controle da origem dos produtos florestais e
o controle e prevenção dos incêndios florestais, e prevê instrumentos econômicos e financeiros
para o alcance de seus objetivos. Parágrafo único. Tendo como objetivo o desenvolvimento
sustentável, esta Lei atenderá aos seguintes princípios: IV - responsabilidade comum da União,
Estados, Distrito Federal e Municípios, em colaboração com a sociedade civil, na criação de políticas
para a preservação e restauração da vegetação nativa e de suas funções ecológicas e sociais nas
áreas urbanas e rurais.
B – ERRADA. Art. 2º, § 2o As obrigações previstas nesta Lei têm natureza real e são transmitidas
ao sucessor, de qualquer natureza, no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural.

C – ERRADA. Art. 6o Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando declaradas de


interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas cobertas com florestas ou outras
formas de vegetação destinadas a uma ou mais das seguintes finalidades:
I - conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de terra e de rocha;

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II - proteger as restingas ou veredas;
III - proteger várzeas;
IV - abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção;
V - proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou histórico;
VI - formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;
VII - assegurar condições de bem-estar público;
VIII - auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades militares.
IX - proteger áreas úmidas, especialmente as de importância internacional.

D – ERRADA. Art. 7o A vegetação situada em Área de Preservação Permanente deverá ser mantida
pelo proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de
direito público ou privado.

E – ERRADA. Art. 9o É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação


Permanente para obtenção de água e para realização de atividades de baixo impacto ambiental.

RESPOSTA: A

95 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Julgue os itens a seguir:


I. O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) possui a função de assessorar o Presidente da
República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente
e os recursos ambientais
II. O Conselho de Governo a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo,
diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no
âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente
ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida.
III. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes - possui a
finalidade de executar e fazer executar a política e as diretrizes governamentais fixadas para o meio
ambiente, de acordo com as respectivas competências.
IV. Órgãos Seccionais são os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e
fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições

Assinale a alternativa correta:


a) Somente III está correto.
b) Somente I e II estão corretos.
c) Somente I está correto.
d) Somente IV está correto.
e) Todos estão corretos.

COMENTÁRIO
I. INCORRETO.

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Lei 6.938/81 - Art 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis
pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), com a
finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas
governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua
competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente
equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)

II. INCORRETO.
Lei 6.938/81 - Art 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis
pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente da República
na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os
recursos ambientais; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)

III. CORRETO.
Lei 6.938/81 - Art 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis
pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
IV - órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto
Chico Mendes, com a finalidade de executar e fazer executar a política e as diretrizes
governamentais fixadas para o meio ambiente, de acordo com as respectivas competências;
(Redação dada pela Lei nº 12.856, de 2013)

IV. INCORRETO.
Lei 6.938/81 - Art 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis
pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de
programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação
ambiental; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)

Letra A

96 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

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Julgue os itens a seguir:
I. A servidão ambiental poderá ser onerosa ou gratuita, temporária ou perpétua.
II. O prazo mínimo da servidão ambiental temporária é de 15 (quinze) anos.
III. A servidão ambiental se aplica às Áreas de Preservação Permanente e à Reserva Legal mínima
exigida.
IV. O detentor da servidão ambiental poderá aliená-la, cedê-la ou transferi-la, total ou
parcialmente, por prazo determinado ou em caráter definitivo, em favor de outro proprietário ou de
entidade pública ou privada que tenha a conservação ambiental como fim social.

Assinale a alternativa correta:


a) Somente II e III estão corretos.
b) Somente I e IV estão corretos.
c) Somente II está correto.
d) Somente I, II e IV estão corretos.
e) Todos estão corretos.

COMENTÁRIO
I. CORRETO.
Lei 6.938/81. Art. 9o-B. A servidão ambiental poderá ser onerosa ou gratuita, temporária ou
perpétua. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).

II. CORRETO.
Lei 6.938/81. Art. 9o-B, § 1o O prazo mínimo da servidão ambiental temporária é de 15 (quinze)
anos. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).

III. INCORRETO.
Lei 6.938/81. Art. 9o-A, § 2o A servidão ambiental não se aplica às Áreas de Preservação
Permanente e à Reserva Legal mínima exigida. (Redação dada pela Lei nº 12.651, de 2012).

IV. CORRETO.
Lei 6.938/81. Art. 9o-B, § 3o O detentor da servidão ambiental poderá aliená-la, cedê-la ou
transferi-la, total ou parcialmente, por prazo determinado ou em caráter definitivo, em favor de
outro proprietário ou de entidade pública ou privada que tenha a conservação ambiental como fim
social. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).

Letra D

97 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Julgue os itens a seguir:


I. Um dos objetivos do SNUC é favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental,
a recreação em contato com a natureza e o turismo ecológico

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II. O SNUC será regido por diretrizes que busquem proteger grandes áreas por meio de um conjunto
integrado de unidades de conservação de diferentes categorias, próximas ou contíguas, e suas
respectivas zonas de amortecimento e corredores ecológicos, integrando as diferentes atividades de
preservação da natureza, uso sustentável dos recursos naturais e restauração e recuperação dos
ecossistemas.
III. O Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama - é o órgão central do SNUC, enquanto que o
Ministério do Meio Ambiente é o órgão consultivo e deliberativo.
IV. Podem integrar o SNUC, excepcionalmente e a critério do Conama, unidades de conservação
estaduais e municipais que, concebidas para atender a peculiaridades regionais ou locais, possuam
objetivos de manejo que não possam ser satisfatoriamente atendidos por nenhuma categoria prevista
nesta Lei e cujas características permitam, em relação a estas, uma clara distinção.

Assinale a alternativa correta:


a) Somente I e III estão corretos.
b) Somente I, II e IV estão corretos.
c) Somente II, III e IV estão corretos.
d) Somente II está correto.
e) Todos estão corretos.

COMENTÁRIO
LEI 9.985/2000
I. CORRETO. Art. 4o O SNUC tem os seguintes objetivos:
XII - favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a recreação em
contato com a natureza e o turismo ecológico;

II. CORRETO. Art. 5o O SNUC será regido por diretrizes que:


XIII - busquem proteger grandes áreas por meio de um conjunto integrado de unidades de
conservação de diferentes categorias, próximas ou contíguas, e suas respectivas zonas de
amortecimento e corredores ecológicos, integrando as diferentes atividades de preservação da
natureza, uso sustentável dos recursos naturais e restauração e recuperação dos ecossistemas.

III. INCORRETO. Art. 6o O SNUC será gerido pelos seguintes órgãos, com as respectivas
atribuições:
I – Órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama, com as
atribuições de acompanhar a implementação do Sistema;
II - Órgão central: o Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de coordenar o Sistema;

IV. CORRETO. Art. 6º, Parágrafo único. Podem integrar o SNUC, excepcionalmente e a critério do
Conama, unidades de conservação estaduais e municipais que, concebidas para atender a
peculiaridades regionais ou locais, possuam objetivos de manejo que não possam ser
satisfatoriamente atendidos por nenhuma categoria prevista nesta Lei e cujas características
permitam, em relação a estas, uma clara distinção.

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LETRA B

98 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

De acordo com o Código Florestal, assinale a alternativa incorreta:


a) Área de Preservação Permanente é a área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a
função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a
biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das
populações humanas.
b) Manejo sustentável é a administração da vegetação natural para a obtenção de benefícios
econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema
objeto do manejo e considerando-se, cumulativa ou alternativamente, a utilização de múltiplas
espécies madeireiras ou não, de múltiplos produtos e subprodutos da flora, bem como a utilização de
outros bens e serviços.
c) Apicum se refere a áreas de solos hipersalinos situadas nas regiões entremarés superiores,
inundadas apenas pelas marés de sizígias, que apresentam salinidade superior a 150 partes por
1.000, desprovidas de vegetação vascular.
d) Restinga é o depósito arenoso paralelo à linha da costa, de forma geralmente alongada, produzido
por processos de sedimentação, onde se encontram diferentes comunidades que recebem influência
marinha, com cobertura vegetal em mosaico, encontrada em praias, cordões arenosos, dunas e
depressões, apresentando, de acordo com o estágio sucessional, estrato herbáceo, arbustivo e
arbóreo, este último mais interiorizado.
e) Pousio é a prática de interrupção temporária de atividades ou usos agrícolas, pecuários ou
silviculturais, por no máximo 15 anos, para possibilitar a recuperação da capacidade de uso ou da
estrutura física do solo.

COMENTÁRIO
A- CORRETA. Lei 12.651/2012. Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por: (...)
II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa,
com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e
a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar
das populações humanas;

B- CORRETA. Lei 12.651/2012. Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por: (...)VII - manejo
sustentável: administração da vegetação natural para a obtenção de benefícios econômicos, sociais
e ambientais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo e
considerando-se, cumulativa ou alternativamente, a utilização de múltiplas espécies madeireiras
ou não, de múltiplos produtos e subprodutos da flora, bem como a utilização de outros bens e
serviços;

C- CORRETA. Lei 12.651/2012. Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por: (...)XV - apicum:
áreas de solos hipersalinos situadas nas regiões entremarés superiores, inundadas apenas pelas

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marés de sizígias, que apresentam salinidade superior a 150 (cento e cinquenta) partes por 1.000
(mil), desprovidas de vegetação vascular;

D- CORRETA. Lei 12.651/2012. Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por: (...)XVI - restinga:
depósito arenoso paralelo à linha da costa, de forma geralmente alongada, produzido por
processos de sedimentação, onde se encontram diferentes comunidades que recebem influência
marinha, com cobertura vegetal em mosaico, encontrada em praias, cordões arenosos, dunas e
depressões, apresentando, de acordo com o estágio sucessional, estrato herbáceo, arbustivo e
arbóreo, este último mais interiorizado;

E- INCORRETA. Lei 12.651/2012. Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por: (...)XXIV -
pousio: prática de interrupção temporária de atividades ou usos agrícolas, pecuários ou
silviculturais, por no máximo 5 (cinco) anos, para possibilitar a recuperação da capacidade de uso
ou da estrutura física do solo; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

LETRA E

99 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Com base na jurisprudência dos Tribunais Superiores sobre a responsabilidade ambiental, julgue os
itens abaixo:
I. Quanto ao dano ambiental, não é admitida a condenação do réu à obrigação de fazer ou à de não
fazer cumulada com a de indenizar.
II. Não se aplica às ações de degradação ambiental a inversão do ônus da prova.
III. Na hipótese de ação civil pública proposta em razão de dano ambiental, não é cabível a condenação
em dinheiro a título de compensação por dano moral coletivo.
IV. A responsabilidade por dano ambiental é objetiva, informada pela teoria do risco integral, não
sendo admitidas excludentes de responsabilidade.

Assinale a alternativa correta:


a) Somente I está correto.
b) Somente II e IV estão corretos.
c) Somente III está correto.
d) Somente IV está correto.
e) Todos estão corretos.

COMENTÁRIO
I. ERRADO. Súmula 629-STJ: Quanto ao dano ambiental, é admitida a condenação do réu à
obrigação de fazer ou à de não fazer cumulada com a de indenizar. STJ. 1ª Seção. Aprovada em
12/12/2018, DJe 17/12/2018.

II. ERRADO. Súmula 618-STJ: A inversão do ônus da prova aplica-se às ações de degradação
ambiental. STJ. Corte Especial. Aprovada em 24/10/2018, DJe 30/10/2018.

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III. ERRADO. Na hipótese de ação civil pública proposta em razão de dano ambiental, é possível
que a sentença condenatória imponha ao responsável, cumulativamente, as obrigações de
recompor o meio ambiente degradado e de pagar quantia em dinheiro a título de compensação por
dano moral coletivo. STJ. 2ª Turma. REsp 1328753-MG, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em
28/5/2013 (Info 526).

IV. CORRETO. A responsabilidade por dano ambiental é OBJETIVA, informada pela teoria do
RISCO INTEGRAL. Não são admitidas excludentes de responsabilidade, tais como o caso fortuito,
a força maior, fato de terceiro ou culpa exclusiva da vítima. O registro de pescador profissional e o
comprovante do recebimento do seguro-defeso são documentos idôneos para demonstrar que a
pessoa exerce a atividade de pescador. Logo, com tais documentos é possível ajuizar a ação de
indenização por danos ambientais que impossibilitaram a pesca na região. Se uma empresa causou
dano ambiental e, em decorrência de tal fato, fez com que determinada pessoa ficasse privada de
pescar durante um tempo, isso configura dano moral. O valor a ser arbitrado como dano moral não
deverá incluir um caráter punitivo. É inadequado pretender conferir à reparação civil dos danos
ambientais caráter punitivo imediato, pois a punição é função que incumbe ao direito penal e
administrativo. Assim, não há que se falar em danos punitivos (punitive damages) no caso de danos
ambientais. STJ. 2ª Seção. REsp 1354536-SE, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 26/3/2014
(recurso repetitivo) (Info 538).

LETRA D

100 - EXCLUSIVO @APROVACAOPGE

Sobre o regime constitucional e legal das águas, julgue os itens:


I. A legislação prevê que a água é um bem de domínio público e um recurso natural ilimitado, sem
valor econômico.
II. Compete aos municípios e aos estados legislar sobre águas.
III. As águas subterrâneas são bens do Estado como regra geral.
IV. Em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o uso industrial.

Assinale a alternativa correta:


a) Somente III está correto.
b) Somente I e IV estão corretos.
c) Somente I está correto.
d) Somente II está correto.
e) Todos estão corretos.

COMENTÁRIO
I. INCORRETO. Segundo a Lei 9.433/97:
Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos:
I - a água é um bem de domínio público;

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WESLEY COUTINHO 04234108650 WESLEY COUTINHO 04234108650 WESLEY COUTINHO 04234108650 WESLEY CO

AGE MINAS GERAIS


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COM COMENTÁRIOS
II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;

II. INCORRETO. Segundo a CF:


Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;

III. CORRETO. Afirmação correta. Segundo a CF:


Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste
caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;

IV. INCORRETO. Segundo a Lei 9.433/97:

Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos:


III - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a
dessedentação de animais;

LETRA A

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