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Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA

Das Disposições Preliminares

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Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA
Das Disposições Preliminares

Apresentação
Olá estudante!

Meu nome é Ronald Jean de Oliveira Henriques e sou professor de Direito Penal, Direito Penal
Militar, Direito Processual Penal Militar, Direitos Humanos, Legislação Penal Especial, Direito Constitucional,
Direito Administrativo, Direito Administrativo Militar, Legislação Institucional Militar, Execução Penal Militar.
Sou Doutorando em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC MINAS - conceito CAPES
6). Mestrado em Direito (2018) pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC MINAS - conceito
CAPES 6). Pós-graduado no Curso de Formação de Oficiais da Policia Militar de Minas Gerais (CFO-PMMG
2015), com Especialização em Gestão de Policiamento Ostensivo - CEGEPO (APM-PMMG). Pós-Graduado em
Direito Público (2014) pelo Instituto de Educação Continuada da PUCMINAS). Graduado em Direito (2013)
pela Universidade Fundação Mineira de Educação e Cultura de Minas Gerais (FUMEC). Aprovado no IX Exame
de Ordem Unificado da OAB - 2012.Autor de livros jurídicos. Sou professor de cursos de graduação e pós-
-graduação na área de Direito e Atualmente sou Oficial da Policial Militar da Polícia Militar de Minas Gerais
(PMMG).Também atuo como conteudista e, aqui no Aprova concursos, atuo como professor de diversas
disciplinas ligadas ao Direito.

Sumário
Das Disposições Preliminares................................................................................................................3
Caiu na Prova.........................................................................................................................................6

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Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA
Das Disposições Preliminares

Das Disposições Preliminares

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.


Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente
aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre
dezoito e vinte e um anos de idade.

CONCEITOS DE CRIANÇA E ADOLESCENTE (ART 2º)


CRIANÇA ADOLECENTE

ATÉ 12 (DOZE) ANOS DE IDADE ENTRE 12 (DOZE) ANOS COMPLETOS E 18


INCOMPLETOS (DEZOITO) ANOS DE IDADE INCOMPLETOS

Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às
pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.

“A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato


infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, in-
clusive na liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos.”(-
Súmula 605, Terceira Seção, julgado em 14/03/2018, DJe 19/03/2018)
EMENTA HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO PRÓPRIO. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA.
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. ATO INFRACIONAL EQUIPARADO AO DELITO DE TRÁ-
FICO DE ENTORPECENTES. MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE INTERNAÇÃO. REITERAÇÃO DE ATOS
INFRACIONAIS GRAVES. INTELIGÊNCIA DO artigo 122, II, DA LEI N. 8.069/1990. INTERNAÇÃO EM
LOCALIDADE DIVERSA DO DOMICÍLIO DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS. RELATIVIZAÇÃO DO artigo
124, VI, DO ECA E artigo 42, II, DO SINASE. POSSIBILIDADE EM RAZÃO DAS CIRCUNSTÂNCIAS DO
CASO CONCRETO. PRECEDENTES. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. HABEAS
CORPUS NÃO CONHECIDO. ?
A internação do adolescente está fundamentada na hipótese prevista no inciso II do artigo 122
do Estatuto da Criança e do Adolescente, tendo em vista o histórico infracional apresentado, cir-
cunstância devidamente enfatizada pelo magistrado na sentença, ao aplicar a medida extrema. ? De
outro lado, nos termos do artigo 124, VI, da Lei n. 8.069/1990 e artigo 49, II, da Lei n. 12.594/2012,
é direito do adolescente que praticou ato infracional sem violência ou grave ameaça permanecer
internado na mesma localidade ou naquela mais próxima ao domicílio de seus pais ou responsáveis.
Contudo, esta Corte Superior de Justiça tem assentado que referido direito não é absoluto e deve ser
analisado considerando-se as peculiaridades do caso concreto, tais como o histórico infracional do
paciente, o ato infracional praticado, a necessidade de manutenção da medida expressa no relatório
técnico, o plano individual de atendimento, o fato de o paciente estar cumprindo a medida aplicada
em distrito próximo aos genitores ou responsáveis ou a necessidade de afastá-lo do meio criminoso.
Precedentes. ? A definição de medida ressocializadora mais adequada deve ser capaz de retirar o
menor de eventual situação de risco, circunstância que se amolda ao caso em tela, tendo em vista

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o fato de que o paciente apresenta histórico infracional, elementos devidamente enfatizados pelo
Juízo de 1º grau na sentença. ? Habeas corpus não conhecido. (HC 430507 - REYNALDO SOARES
DA FONSECA 18/04/2018)
RECURSO ESPECIAL. PROPOSTA DE AFETAÇÃO DO PROCESSO AO RITO DOS RECURSOS RE-
PETITIVOS (RISTJ, artigo 257-C). LEI N. 8.069/1990. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCEN-
TE. MEDIDA SOCIOEDUCATIVA. MAIORIDADE CIVIL, 18 ANOS, ADQUIRIDA POSTERIORMENTE AO
FATO EQUIPARADO A DELITO PENAL. RELEVÂNCIA PARA A CONTINUIDADE DO CUMPRIMENTO DA
MEDIDA ATÉ 21 ANOS. AFETADO O RECURSO AO RITO DOS RECURSOS ESPECIAIS REPETITIVOS,
NOS TERMOS DO artigo 1.036 E SEGUINTES DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015 E DA RESOLUÇÃO
STJ N. 8/2008, PARA CONSOLIDAR O ENTENDIMENTO ACERCA DA QUESTÃO JURÍDICA DISPOSTA
NOS AUTOS. SÚMULA 605/STJ.
1. Recurso representativo da controvérsia para atender ao disposto no artigo 1.036 e seguintes do CPC/2015
e na Resolução STJ n. 8/2008.
2. TESE: a superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato infracional nem na aplicabi-
lidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na liberdade assistida, enquanto não atingida a idade
de 21 anos.
3. CASO CONCRETO: a despeito da maioridade civil (18 anos) adquirida posteriormente, o agente era menor
de idade na data em que cometeu o ato infracional análogo ao delito tipificado no artigo 157 do Código
Penal, portanto se faz possível o cumprimento da liberdade assistida cumulada com prestação de serviços
à comunidade até os 21 anos de idade nos termos da Lei n. 8.069/1990 (Súmula 605/STJ).
4. Recurso especial provido para, ao cassar o acórdão a quo, determinar o imediato prosseguimento da execu-
ção da medida protetiva em desfavor do recorrido - medida socioeducativa de liberdade assistida cumulada
com prestação de serviços à comunidade - ou até que seja realizada a audiência de reavaliação da medida,
consoante o disposto neste voto. Acórdão submetido ao regime do artigo 1.036 e seguintes do Código de
Processo Civil/2015 e da Resolução STJ n. 8/2008.
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em
condições de liberdade e de dignidade.
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem dis-
criminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência,
condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e
local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem.
(incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
DIREITO PREVIDENCIÁRIO E HUMANITÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. PRO-
CESSAMENTO NOS TERMOS DO artigo 543-C DO CPC E DA RESOLUÇÃO 08/STJ. DIREITO DO MENOR SOB GUARDA
À PENSÃO POR MORTE DO SEU MANTENEDOR. EMBORA A LEI 9.528/97 O TENHA EXCLUÍDO DO ROL DOS DE-
PENDENTES PREVIDENCIÁRIOS NATURAIS OU LEGAIS DOS SEGURADOS DO INSS. PROIBIÇÃO DE RETROCESSO.
DIRETRIZES CONSTITUCIONAIS DE ISONOMIA, PRIORIDADE ABSOLUTA E PROTEÇÃO INTEGRAL À CRIANÇA E AO
ADOLESCENTE (artigo 227 DA CF). APLICAÇÃO PRIORITÁRIA OU PREFERENCIAL DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE (LEI 8.069/90), POR SER ESPECÍFICA, PARA ASSEGURAR A MÁXIMA EFETIVIDADE DO PRECEITO
CONSTITUCIONAL DE PROTEÇÃO. PARECER DO MPF PELO NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO, A TEOR DA SÚMULA
126/STJ. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO, PORÉM DESPROVIDO.

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3. Quanto ao mérito, verifica-se que, nos termos do artigo 227 da CF, foi imposto não só à família, mas também
à sociedade e ao Estado o dever de, solidariamente, assegurar à criança e ao adolescente os direitos fun-
damentais com absoluta prioridade. Além disso, foi imposto ao legislador ordinário a obrigação de garantir
ao menor os direitos previdenciários e trabalhistas, bem como o estímulo do Poder Público ao acolhimento,
sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado.
4. A alteração do artigo 16, § 2o. da Lei 8.213/91, pela Lei 9.528/97, ao retirar o menor sob guarda da con-
dição de dependente previdenciário natural ou legal do Segurado do INSS, não elimina o substrato fático
da dependência econômica do menor e representa, do ponto de vista ideológico, um retrocesso normativo
incompatível com as diretrizes constitucionais de isonomia e de ampla e prioritária proteção à criança e
ao adolescente.
RECURSO ESPECIAL. PROCESSAMENTO SOB O RITO DO artigo 543-C DO CPC. RECURSO REPRESENTATIVO DA
CONTROVÉRSIA. ESTUPRO DE VULNERÁVEL. VÍTIMA MENOR DE 14 ANOS. FATO POSTERIOR À VIGÊNCIA DA LEI
12.015/09. CONSENTIMENTO DA VÍTIMA. IRRELEVÂNCIA. ADEQUAÇÃO SOCIAL. REJEIÇÃO. PROTEÇÃO LEGAL E
CONSTITUCIONAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. RECURSO ESPECIAL PROVIDO.
1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça assentou o entendimento
de que, sob a normativa anterior à Lei nº 12.015/09, era absoluta a presunção de violência no estupro e
no atentado violento ao pudor (referida na antiga redação do artigo 224, "a", do CPB), quando a vítima não
fosse maior de 14 anos de idade, ainda que esta anuísse voluntariamente ao ato sexual (EREsp 762.044/
SP, Rel. Min. Nilson Naves, Rel. para o acórdão Ministro Felix Fischer, 3ª Seção, DJe 14/4/2010).
2. No caso sob exame, já sob a vigência da mencionada lei, o recorrido manteve inúmeras relações sexuais com
a ofendida, quando esta ainda era uma criança com 11 anos de idade, sendo certo, ainda, que mantinham
um namoro, com troca de beijos e abraços, desde quando a ofendida contava 8 anos.
4. A vítima foi etiquetada pelo "seu grau de discernimento", como segura e informada sobre os assuntos da
sexualidade, que "nunca manteve relação sexual com o acusado sem a sua vontade". Justificou-se, enfim,
a conduta do réu pelo "discernimento da vítima acerca dos fatos e o seu consentimento", não se atribuindo
qualquer relevo, no acórdão vergastado, sobre o comportamento do réu, um homem de idade, então, superior
a 25 anos e que iniciou o namoro - "beijos e abraços" - com a ofendida quando esta ainda era uma criança
de 8 anos.
8. Não afasta a responsabilização penal de autores de crimes a aclamada aceitação social da conduta impu-
tada ao réu por moradores de sua pequena cidade natal, ou mesmo pelos familiares da ofendida, sob pena
de permitir-se a sujeição do poder punitivo estatal às regionalidades e diferenças socioculturais existentes
em um país com dimensões continentais e de tornar írrita a proteção legal e constitucional outorgada a
específicos segmentos da população.
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. AÇÃO DE ALIMENTOS. LEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO.
DIREITO INDIVIDUAL INDISPONÍVEL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. artigo 543-C
DO CPC.
1. Para efeitos do artigo 543-C do CPC, aprovam-se as seguintes teses: 1.1. O Ministério Público tem legiti-
midade ativa para ajuizar ação de alimentos em proveito de criança ou adolescente. 1.2. A legitimidade
do Ministério Público independe do exercício do poder familiar dos pais, ou de o menor se encontrar nas
situações de risco descritas no artigo 98 do Estatuto da Criança e do Adolescente, ou de quaisquer outros
questionamentos acerca da existência ou eficiência da Defensoria Pública na comarca.
2. Recurso especial não provido.

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Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta
prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
a. primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b. precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
c. preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d. destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à
juventude.
2. Dever de Garantia dos Direitos das Crianças e Adolescentes (Art. 4º)
1. FAMÍLIA;
2. COMUNIDADE;
3. DA SOCIEDADE EM GERAL; E
4. PODER PÚBLICO (ESTADO).
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos
fundamentais.

Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem
comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como
pessoas em desenvolvimento.
4. Finalidade do ECA (Art. 6º) – Lei Protetiva
• FINS SOCIAIS;
• BEM COMUM;
• DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS;
• CONDIÇÃO PECULIAR DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE COMO PESSOAS EM DESENVOLVIMENTO.

Caiu na Prova

1. Prova: AMEOSC - 2020 - Prefeitura de São José do Cedro - SC - Professor de Português


Para efeitos da Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), é certo dizer que é considerado como
adolescente:
a) A pessoa entre doze e dezoito anos de idade.
b) A pessoa entre treze e dezoito anos de idade.
c) A pessoa entre quatorze e dezoito anos de idade.
d) A pessoa entre doze e dezessete anos de idade.

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Gabarito

1. Letra A.

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