3.identificacao Criminal Do Civilmente Identificado

PC-ES
Polícia Civil do Estado do Espírito Santo
Legislação Extravagante
Lei n. 12.037/2009 – Identificação Criminal do Civilmente
Identificado
Livro Eletrônico
© 01/2019
PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro
VICE-PRESIDENTE: Rodrigo Teles Calado
COORDENADORA PEDAGÓGICA: Élica Lopes
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PÉRICLES MENDONÇA
Péricles Mendonça de Rezende Júnior é Agente

da Polícia Civil do Distrito Federal (aprovado no
concurso realizado pelo CESPE em 2013).
Hoje, com 32 anos, tem em seu histórico apro-
vações em concursos como o do BRB, Serpro
(Analista), Secretaria de Educação (Analista de
Gestão Educacional), MPU (Técnico e Analista),
PMDF/2009 e PCDF/2013 (Agente e Escrivão).
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE
Lei n. 12.037/2009 – Identificação Criminal do Civilmente Identificado
Prof. Péricles Mendonça
Lei n. 12.037/2009......................................................................................5
Conceitos Iniciais.........................................................................................5
Identificação Civil........................................................................................7
Hipóteses que Autorizam a Identificação Criminal.......................................... 10
Constrangimento....................................................................................... 16
Formas de Identificação Criminal................................................................. 17
Sigilo....................................................................................................... 18
Retirada da Identificação............................................................................ 20
Regulamentação........................................................................................ 21
Resumo.................................................................................................... 23
Questões Comentadas em Aula................................................................... 26
Questões de Concurso................................................................................ 28
Gabarito................................................................................................... 42
Gabarito Comentado.................................................................................. 43
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LEI N. 12.037/2009
Meu(minha) querido(a), a nossa banca incluiu no edital a Lei n. 12.037/2009,
que trata da identificação criminal do civilmente identificado.
Essa é uma lei de poucos artigos e, por isso, recomendo mais uma vez a leitura
da legislação “seca”.
A leitura da legislação é importante para que você tenha uma melhor compreen-
são da aula e acerte aquelas questões que cobram o conhecimento da letra da lei.
Conceitos Iniciais
Antes da Constituição Federal de 1988, havia como regra a identificação crimi-
nal. Era comum que as pessoas fossem levadas para a delegacia de polícia para
uma “averiguação”, momento em que era feita a sua identificação criminal, passan-
do por constrangimentos desnecessários.
Esse era o entendimento da nossa Suprema Corte que, na Súmula n. 568
(superada), afirmava que “a identificação criminal não constitui constrangimento
ilegal, ainda que o indiciado já tenha sido identificado civilmente”.
Com a Constituição de 1988, o legislador estabeleceu expressamente o direito
daquele civilmente identificado não ser identificado criminalmente, salvo nas hipó-
teses previstas em lei.
Art. 5º, LVIII – o civilmente identificado não será submetido a identificação crimi-
nal, salvo nas hipóteses previstas em lei.
A lei a que se refere a Carta Magna é exatamente a Lei n. 12.037/2009, que
estudaremos nesta aula.
Art. 1º O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nos
casos previstos nesta Lei.
Professor, você colocou o mesmo artigo duas vezes?
Não, meu(minha) querido(a), o art. 1º da Lei n. 12.037/2009 apresenta a mes-
ma informação contida na Constituição Federal, alterando somente o final do arti-
go, no qual o legislador afirma que as exceções estarão previstas nessa lei.
Continuando o raciocínio anterior, no Brasil, já houve a identificação criminal
como regra, porém, hoje, essa identificação é a exceção.
Em regra, uma pessoa civilmente identificada não será identificada criminalmente.
É interessante que você saiba que a identificação criminal é composta pela iden-
tificação datiloscópica ou papiloscópica e pela identificação fotográfica.
Essa identificação datiloscópica é semelhante àquela que fazemos quando va-
mos nos registrar civilmente, ou seja, ao fazer a identidade civil.
Esse método é o mais seguro para a identificação de uma pessoa, isso porque
as minhas digitais não são iguais às suas, cada pessoa possui uma particularidade
e uma digital única.
A identificação fotográfica é aquela que vemos nos filmes. As pessoas são pre-
sas e tiram uma foto próximas a uma parede com uma espécie de fita métrica para
verificar a altura. Essa foto deve ser frontal e de ambos os lados.
Esse é só um exemplo de uma foto de identificação criminal. Na foto acima, está
o cantor Jim Morrison.
No Brasil, utilizamos esse mesmo modelo de identificação fotográfica. No ano
passado, foram divulgadas as imagens de identificação criminal de alguns presos
nas operações da Polícia Federal.
Identificação Civil
Como vimos até agora, o civilmente identificado não será submetido, em regra,
à identificação criminal.
Como identificar civilmente uma pessoa? A lei também especificou os casos nos
quais atestaremos a identificação civil de uma pessoa.
Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes documentos:

I – carteira de identidade;
II – carteira de trabalho;
III – carteira profissional;
IV – passaporte;
V – carteira de identificação funcional;

VI – outro documento público que permita a identificação do indiciado.
Parágrafo único. Para as finalidades desta Lei, equiparam-se aos documentos de identi-
ficação civis os documentos de identificação militares.
O art. 2º dispõe o rol de documentos capazes de atestar a identificação civil.
São eles: a carteira de identidade (RG), a carteira de trabalho, a carteira profissio-
nal (como, por exemplo, a carteira da OAB), o passaporte, a carteira de identifi-
cação funcional (os servidores públicos possuem uma identidade funcional, muito
semelhante à carteira de identidade), ou outro documento público que permita a
identificação do indiciado.
Exemplo: o outro documento público pode ser a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
No parágrafo único desse artigo, está a equiparação dos documentos de iden-
tificação militares aos civis. Por exemplo, o meu pai é policial militar da reserva e,
portanto, possui a sua identidade militar, assim como minha mãe possui uma iden-
tidade militar na condição de dependente.
Esses documentos também são utilizados para a identificação civil, até mesmo por-
que possuem um formato muito semelhante ao documento de identidade civil (RG).
Em relação ao legislador ter deixado aberto “outro documento público que per-
mita a identificação do indiciado”, é preciso tomar alguns cuidados. Por exemplo,
a certidão de nascimento é capaz de identificar uma pessoa civilmente? Não, já que
não possui uma foto para a identificação visual dela. Então, se o indiciado somente
possuir a certidão de nascimento como meio de identificação civil, poderá ser iden-
tificado criminalmente.
A Lei n. 10.054/2000, revogada pela lei que estamos estudando, previa que o
documento teria que ser original. A Lei n. 12.037/2009 foi omissa quanto a isso,
portanto, boa parte da doutrina entende que, caso o documento seja uma “fotocó-
pia” autenticada, deverá ser aceito como fim de identificação.
O Código de Processo Penal, no parágrafo único do art. 232, dispõe que “à foto-
grafia do documento, devidamente autenticada, se dará o mesmo valor do original”.
Questão 1 (CESPE/PC-ES/PERITO PAPILOSCÓPICO/2011) O rol de documentos
que atestam a identificação civil está taxativamente previsto na referida lei.
Errado.
Veja como foi cobrado esse assunto em prova. O examinador tentou confundir, já
que o art. 2º estabelece um rol de documentos capazes de identificar civilmente
uma pessoa.
Esse rol não é taxativo, pois o próprio legislador deixou em aberto no inciso VI:
“outro documento público que permita a identificação do indiciado”.
Questão 2 (CESPE/PC-ES/PERITO PAPILOSCÓPICO/2011) Acerca da identificação
criminal, julgue os itens a seguir à luz da Lei n. 12.037/2009.
Não se equiparam aos documentos de identificação civis os documentos de identi-
ficação militares.
Errado.
Questão bem direta, cobrando exatamente conforme escrito em lei. Esse tipo de
questão demonstra a importância da leitura da legislação. O examinador cobrou um
assunto que está previsto no parágrafo único do art. 2º.
O legislador equiparou os documentos de identificação militares aos documentos de
identificação civis, portanto, aqueles militares e dependentes que apresentarem a
identidade militar estarão civilmente identificados.
Hipóteses que Autorizam a Identificação Criminal

Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação
criminal quando:
I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação;
II – o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;
III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitan-
tes entre si;
IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho
da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação
da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa;
V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;
VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição
do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essen-
ciais.
Parágrafo único. As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos au-
tos do inquérito, ou outra forma de investigação, ainda que consideradas insuficientes
para identificar o indiciado.
A Lei n. 10.054/2000 apresentava um rol taxativo de crimes, segundo o qual o
indiciado em tais delitos seria obrigatoriamente identificado criminalmente, o que
não ocorreu com a Lei n. 12.037/2009.
Veja que, nesses casos, estamos falando em indiciado, ou seja, o indivíduo ain-
da não se tornou réu no processo penal.
Porque é importante essa informação? Porque sabemos que o indiciamento é
ato privativo da autoridade policial (delegado de polícia), então essa autoridade
deverá motivar, nos mesmos moldes do indiciamento, a identificação criminal,
para evitar possíveis questionamentos acerca do crime de abuso de autoridade.
Lei n. 4.898/1965, Art. 4º, b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame
ou a constrangimento não autorizado em lei.
Detalharei, agora, as possibilidades de identificação criminal do civilmente
identificado.
I – Rasura ou indício de falsificação no documento: a rasura consiste em
alguma raspagem ou risco feito na parte escrita do documento, de uma forma que
deixe ilegíveis as informações ali contidas. O indício de falsificação é aquele caso no
qual o agente policial desconfia da veracidade do documento.
Exemplo: você está patrulhando e avista um sujeito, conhecido da equipe policial,
em atitude suspeita. Ao realizar a abordagem, o indivíduo apresenta uma identida-
de contendo o nome de “Alex”, porém, a equipe policial sabe que seu nome é “Ale-
xandre”. Nessas condições, devido ao indício de que esse documento é falso, esse
indivíduo poderá ser submetido à identificação criminal, sendo coletadas as suas
digitais, o famoso “tocar piano”, e feito o registro fotográfico.
II – Insuficiência do documento apresentado para fins de identificação
cabal do indivíduo: se o documento apresentado não for suficiente para a identi-
ficação do indivíduo, este poderá ser identificado criminalmente.
Exemplo: imagine que a pessoa somente possua uma carteira de trabalho antiga,
daquelas sem foto, ou a certidão de nascimento ou de casamento. Somente com
esses documentos não será possível identificar civilmente a pessoa. Por isso, poderá
ser submetida à identificação criminal.
III – Porte de documentos de identidade distintos, com informações
conflitantes: veja que o mero porte de diversos documentos de identidade não é
suficiente para a identificação criminal, é necessário que esses documentos possu-
am informações conflitantes.
Exemplo: imagine que um cidadão possui um registro de identidade no Distrito
Federal com o nome de “Marco Aurélio”, e que esse mesmo indivíduo tem um docu-
mento de identidade do estado do Paraná com o nome de “Marco Antônio”, ambos
com a mesma foto, porém, com essas informações conflitantes. Nesse caso, poderá
ser submetido à identificação criminal. Na prática, isso ocorre muito com os este-
lionatários. É muito comum eles possuírem diversos documentos de identificação
com informações diferentes.
IV – Essencialidade da identificação criminal para as investigações po-
liciais: a medida prevista nesse inciso é tida pela doutrina como uma verdadeira
medida cautelar de produção antecipada da prova.
Exemplo: imagine que, durante a investigação de um crime contra o patrimônio,
foram identificadas algumas impressões digitais do provável autor do delito. Nesse
caso, a autoridade policial poderá representar junto a autoridade judiciária para
que seja feita a identificação criminal de determinado suspeito a fim de que suas
digitais sejam confrontadas com as encontradas no local do crime, por exemplo.
O inciso IV afirma que o Ministério Público ou a defesa também poderão repre-
sentar para que seja feita essa coleta.
Você pode se perguntar qual seria o interesse da defesa na identificação cri-
minal de seu cliente. Ora, meu(minha) querido(a), a defesa poderá solicitar essa
identificação para comprovar que seu cliente não tem participação no crime.
V – Uso de outros nomes ou diferentes qualificações: alguns indivíduos
costumam utilizar nomes diferentes quando são detidos pela polícia. É muito co-
mum que o indivíduo apresente o nome do irmão ou de algum outro parente, vi-
sando driblar a ação policial.
Se nos bancos de dados policiais constarem nomes distintos para o mesmo in-
divíduo, este poderá ser submetido à identificação criminal para que essa dúvida
seja sanada.
VI – Impossibilidade da completa identificação dos caracteres essen-
ciais em virtude do estado de conservação ou da distância temporal ou da
localidade da expedição do documento apresentado: esse inciso estabeleceu
três possibilidades que permitem a identificação criminal.
Você já colocou a sua identidade no bolso e, depois, sem querer, colocou sua
calça para lavar? A identidade fica bem bonita, né? Rs...
A distância temporal foi colocada nesse inciso porque, dependendo da situação,
a foto não é capaz de identificar a pessoa. Por exemplo, eu tenho o meu RG desde
1999. A foto que consta nele é bem diferente da que está no documento de agora,
portanto, nesse caso, é autorizada a identificação criminal.
Essa distância da localidade do documento deverá ser justificada pela autorida-
de policial, no sentido de que a distância impossibilita uma consulta ao banco de
dados do local para a confirmação da veracidade do documento.
O parágrafo único afirma que as cópias dos documentos apresentados deverão
ser juntadas aos autos do inquérito, mesmo que consideradas insuficientes para
identificar o indivíduo.
Essa previsão serve até mesmo para resguardar a autoridade policial, pois
juntando o documento apresentado ficará demonstrada a necessidade da identifi-
cação criminal.
Questão 3 (CESPE/PC-ES/PERITO PAPILOSCÓPICO/2011) Mesmo que apresente
documento de identificação civil, o indiciado poderá ser submetido a identificação
criminal quando esta for essencial às investigações, segundo entendimento e des-
pacho da autoridade policial.
Errado.
Essa é aquela questão que o(a) candidato(a) costuma errar por pressa. Mas esse
não será o seu caso!
Veja que a questão está toda certinha, com a hipótese de identificação criminal do
civilmente identificado prevista no inciso IV do art. 3º, porém, “desliza” ao afirmar
que o despacho seria da autoridade policial, sendo que o correto é autoridade
judiciária competente.
Questão 4 (CESPE/PC-ES/PERITO PAPILOSCÓPICO/2011) Considere a seguinte
situação hipotética. Antônia foi presa em flagrante quando praticava furto em uma
loja de eletrodomésticos. Encaminhada ao distrito policial mais próximo, apresen-
tou à autoridade policial duas identidades com sobrenomes distintos, esclarecendo
que seu nome de solteira fora alterado quando se casou.
Nessa situação, seria legalmente permitido se fazer a identificação criminal de Antônia.
Certo.
Na situação hipotética apresentada pelo examinador, Antônia apresentou docu-
mentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si, exatamente
como prevê o art. 3º, III.
Mesmo sendo afirmado por ela que a troca de sobrenomes nos documentos era
devido ao fato de ter se casado, a autoridade policial poderá submetê-la à identi-
ficação criminal.
Questão 5 (CESPE/PC-ES/PERITO PAPILOSCÓPICO/2011) O mau estado de con-
servação do documento civil de pessoa indiciada, mesmo que não possibilite a
completa identificação dos caracteres essenciais, impedirá a autoridade policial de
realizar a identificação criminal da referida pessoa.
Errado.
Exatamente ao contrário. Como vimos em nossa aula, se o cidadão estiver portan-
do um documento que não possibilite sua completa identificação, devido ao seu
mau estado, como na questão, a autoridade policial poderá realizar a identi-
ficação criminal da referida pessoa.
Questão 6 (CESPE/PC-BA/DELEGADO DE POLÍCIA/2013) João, preso em flagrante
pela prática do crime de roubo, foi encaminhado à delegacia de polícia, onde apre-
sentou a carteira nacional de habilitação para identificar-se, visto que não portava
sua carteira de identidade. Ainda assim, o delegado determinou que João fosse
submetido à perícia dactiloscópica.
Com base nessa situação hipotética, julgue o item que se segue à luz do disposto
na Lei n. 12.037/2009.
Nos termos da Lei n. 12.037/2009, a identificação criminal de João se justifica pelo
fato de ele estar sendo indiciado pela prática de crime de roubo.
Errado.
Analisando as informações apresentadas pelo examinador, podemos concluir que
João, ao ser preso em flagrante, apresentou um documento válido para realizar a
sua identificação civil, que foi a sua CNH.
A Lei n. 12.037/2009 não especificou um rol de crimes que autoriza a identificação
criminal, como fazia a Lei n. 10.054/2000 e, por isso, a identificação criminal de João
não se justifica pelo fato de estar sendo indiciado pela prática de crime de roubo.
Constrangimento
Art. 4º Quando houver necessidade de identificação criminal, a autoridade encarregada
tomará as providências necessárias para evitar o constrangimento do identificado.
O artigo inicia afirmando que houve a necessidade da identificação criminal,
mas não é por isso que o indivíduo deverá ser constrangido, tendo sua imagem
divulgada “tocando piano”, por exemplo.
A autoridade policial deverá providenciar um ambiente propício para que seja
feito esse registro, sem expor a pessoa que está sendo identificada, sob pena de
incorrer em abuso de autoridade.
A título de curiosidade, aqui no Distrito Federal, quando um indivíduo é subme-
tido à identificação criminal, esse registro é feito no Instituto de Identificação.
Formas de Identificação Criminal

Art. 5º A identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico, que
serão juntados aos autos da comunicação da prisão em flagrante, ou do inquérito poli-
cial ou outra forma de investigação.
Parágrafo único. Na hipótese do inciso IV do art. 3º, a identificação criminal pode-
rá incluir a coleta de material biológico para a obtenção do perfil genético
Como vimos em nossa aula, a identificação criminal é composta pela identifica-
ção datiloscópica e fotográfica.
A identificação datiloscópica é a principal forma de identificação de um indiví-
duo, pois desde o 3º mês de vida fetal são formados alguns pontos característicos
que poderão ser encontrados mesmo após a morte.
Já a identificação fotográfica funciona mais como uma forma auxiliar de identi-
ficação, pois, com o passar do tempo, mudamos algumas características físicas. Eu
mesmo estou ficando careca (rs).
A Lei n. 12.654/2012 estabeleceu uma inovação ao permitir a coleta de material
biológico para a obtenção de um perfil genético do indivíduo. Portanto, se a identi-
ficação genética for essencial para as investigações policiais, a autoridade judiciária
poderá determinar a coleta de material biológico.
Quando pensamos nesse tipo de identificação criminal, é mais comum nos lem-
brarmos dos crimes que deixam vestígios, ou seja, os crimes não transeuntes.
Os crimes contra a dignidade sexual são o maior exemplo da doutrina, já que
podemos encontrar vestígios de esperma na vítima, ou ainda, sangue do autor.
A coleta do material biológico deverá ser precedida de prévia autorização judi-
ciária competente, semelhante a outros institutos como a interceptação telefônica.
Art. 5º-A Os dados relacionados à coleta do perfil genético deverão ser armazenados
em banco de dados de perfis genéticos, gerenciado por unidade oficial de pe-
rícia criminal.
§ 1º As informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos não
poderão revelar traços somáticos ou comportamentais das pessoas, exceto de-
terminação genética de gênero, consoante as normas constitucionais e internacionais
sobre direitos humanos, genoma humano e dados genéticos.
§ 2º Os dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos terão caráter sigi-
loso, respondendo civil, penal e administrativamente aquele que permitir ou promover
sua utilização para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão judicial.
§ 3º As informações obtidas a partir da coincidência de perfis genéticos deverão ser
consignadas em laudo pericial firmado por perito oficial devidamente habilitado
O legislador dispôs expressamente a previsão de que esses perfis genéticos
sejam armazenados em banco de dados oficiais de perícia criminal e que tenham
caráter sigiloso.
Outro ponto garantido pelo legislador foi de que esses dados não poderão conter
traços somáticos ou comportamentais, até mesmo para evitar a elaboração de um
perfil criminoso.
A pessoa responsável pela utilização desses dados para fins diversos poderá
responder nas três esferas (civil, penal e administrativa).
Sigilo
Art. 6º É vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de
antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito
em julgado da sentença condenatória.
O legislador utilizou a expressão “atestados de antecedentes”, mas é o mesmo
que certidão de antecedentes.
Quando você for entregar a sua documentação, será necessária a entrega de
várias certidões negativas, dentre elas, a de antecedentes criminais.
Antes do trânsito em julgado, não poderá constar, nesse atestado, a realização de
identificação criminal, porém, se por acaso esse atestado for requerido pelo juiz crimi-
nal, não existe qualquer ilegalidade se a certidão vier acompanhada dessas informações.
Questão 7 (CESPE/PC-ES/PERITO PAPILOSCÓPICO/2011) É vedado mencionar
a identificação criminal do indiciado em atestados de antecedentes ou em infor-
mações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado da sen-
tença condenatória.
Certo.
Não há muito o que comentar sobre essa questão. Veja que o examinador apresen-
tou o previsto no art. 6º da Lei n. 12.037/2009.
Antes do trânsito em julgado, fica vedado mencionar a identificação criminal do
indiciado nos atestados de antecedentes (certidões criminais), salvo se for uma
informação destinada à autoridade judiciária competente.
Retirada da Identificação
Art. 7º No caso de não oferecimento da denúncia, ou sua rejeição, ou absolvição,
é facultado ao indiciado ou ao réu, após o arquivamento definitivo do inquérito, ou trân-
sito em julgado da sentença, requerer a retirada da identificação fotográfica do
inquérito ou processo, desde que apresente provas de sua identificação civil.
O legislador especificou três situações nas quais a pessoa poderá requerer a
retirada de sua identificação fotográfica dos autos do inquérito ou do processo.
A primeira hipótese é no caso do não oferecimento da denúncia, ou seja, o pro-
motor de Justiça não oferece a denúncia por entender que não há indícios suficien-
tes de autoria e materialidade.
Outra situação é quando o Ministério Público entende que existem indícios de
autoria e materialidade e denúncia, porém, o magistrado rejeita a denúncia.
Agora, imagine que o processo teve seu trâmite normal, houve denúncia, esta
foi aceita, o réu foi citado para apresentar resposta à acusação, foi feita a audiência
de instrução e julgamento, porém, ao final, o réu foi absolvido.
Nesses três casos, poderá solicitar a retirada de sua identificação fotográfica dos
autos, desde que apresente sua identificação civil.
Questão 8 (CESPE/PC-ES/PERITO PAPILOSCÓPICO/2011) No caso de não ofere-
cimento da denúncia, é facultado ao indiciado, após o arquivamento definitivo do
inquérito, requerer a retirada de sua identificação fotográfica, independentemente
de ele apresentar provas de sua identificação civil.
Errado.
Como acabamos de ver, é realmente facultado ao indiciado, caso não ocorra o ofe-
recimento da denúncia, ou caso ela seja rejeitada, ou ainda, o réu seja absolvido,
requerer a retirada de sua identificação fotográfica dos autos.
Porém, ele precisa apresentar provas de sua identificação civil, diferentemente do
que afirmou o examinador.
Art. 7º-A A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá no término do
prazo estabelecido em lei para a prescrição do delito.
Agora o legislador já trata da hipótese de exclusão dos perfis genéticos, que é
no caso da prescrição do crime.
Vamos voltar um pouco para a parte geral do Código Penal e nos lembrar de que
o art. 109 do CP estabelece os prazos prescricionais para os delitos.
Regulamentação
Art. 7º-B A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigilo-
so, conforme regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo
O Decreto n. 7.950/2013 instituiu o Banco Nacional de Perfis Genéticos e a Rede
Integrada de Bancos de Perfis Genéticos.
O primeiro tem o objetivo de armazenar os dados de perfis genéticos coletados
e o segundo visa permitir o compartilhamento e a comparação de perfis genéticas
constantes dos bancos de perfis genéticos da União, estados e DF.
Meu(minha) querido(a), termino aqui o nosso assunto. Espero que tenha gos-
tado da aula.
Desejo a você uma boa prova e que em breve possamos trabalhar no combate
à criminalidade. Estou à disposição para qualquer esclarecimento por meio da pla-
taforma do Gran Cursos Online, pelo meu e-mail profpericlesrezende@gmail.com e
também pelo Instagram @vemserpolicial.
Um grande abraço!
RESUMO
Vamos iniciar nossa revisão com a regra prevista na Constituição Federal e na
Lei n. 12.037/2009.
Obs.: o civilmente identificado não será submetido à identificação criminal,
salvo nas hipóteses previstas em lei.
A identificação civil poderá ser atestada pelos seguintes documentos:
Como vimos, a regra é que o civilmente identificado não seja identificado crimi-
nalmente, porém, existem exceções:
Os dados serão armazenados em banco de dados de perfis genéticos, gerenciado
por unidade oficial de perícia criminal, sendo que essas informações não poderão
revelar traços somáticos ou comportamentais, e terão caráter sigiloso.
É vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de an-
tecedentes ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trân-
sito em julgado da sentença condenatória.
Caso não ocorra o oferecimento da denúncia, ou sua rejeição, ou absol-
vição, é facultado ao indiciado ou ao réu, após o arquivamento definitivo do in-
quérito, ou trânsito em julgado da sentença, requerer a retirada da identifi-
cação fotográfica do inquérito ou processo, desde que apresente provas
de sua identificação civil.
QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

Questão 1 (CESPE/PC-ES/PERITO PAPILOSCÓPICO/2011) O rol de documentos
que atestam a identificação civil está taxativamente previsto na referida lei.
Questão 2 (CESPE/PC-ES/PERITO PAPILOSCÓPICO/2011) Acerca da identificação
criminal, julgue os itens a seguir à luz da Lei n. 12.037/2009.
Não se equiparam aos documentos de identificação civis os documentos de iden-
tificação militares.
Questão 3 (CESPE/PC-ES/PERITO PAPILOSCÓPICO/2011) Mesmo que apresente
documento de identificação civil, o indiciado poderá ser submetido a identificação
criminal quando esta for essencial às investigações, segundo entendimento e des-
pacho da autoridade policial.
Questão 4 (CESPE/PC-ES/PERITO PAPILOSCÓPICO/2011) Considere a seguinte
situação hipotética. Antônia foi presa em flagrante quando praticava furto em uma
loja de eletrodomésticos. Encaminhada ao distrito policial mais próximo, apresen-
tou à autoridade policial duas identidades com sobrenomes distintos, esclarecendo
que seu nome de solteira fora alterado quando se casou.
Nessa situação, seria legalmente permitido se fazer a identificação criminal de Antônia.
Questão 5 (CESPE/PC-ES/PERITO PAPILOSCÓPICO/2011) O mau estado de con-
servação do documento civil de pessoa indiciada, mesmo que não possibilite a
completa identificação dos caracteres essenciais, impedirá a autoridade policial de
realizar a identificação criminal da referida pessoa.
Questão 6 (CESPE/PC-BA/DELEGADO DE POLÍCIA/2013) João, preso em flagrante
pela prática do crime de roubo, foi encaminhado à delegacia de polícia, onde apre-
sentou a carteira nacional de habilitação para identificar-se, visto que não portava
sua carteira de identidade. Ainda assim, o delegado determinou que João fosse
submetido à perícia dactiloscópica.
Com base nessa situação hipotética, julgue o item que se segue à luz do disposto
na Lei n. 12.037/2009.
Nos termos da Lei n. 12.037/2009, a identificação criminal de João se justifica pelo
fato de ele estar sendo indiciado pela prática de crime de roubo.
Questão 7 (CESPE/PC-ES/PERITO PAPILOSCÓPICO/2011) É vedado mencionar
a identificação criminal do indiciado em atestados de antecedentes ou em in-
formações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado da
sentença condenatória.
Questão 8 (CESPE/PC-ES/PERITO PAPILOSCÓPICO/2011) No caso de não ofere-
cimento da denúncia, é facultado ao indiciado, após o arquivamento definitivo do
inquérito, requerer a retirada de sua identificação fotográfica, independentemente
de ele apresentar provas de sua identificação civil.
QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 9 (VUNESP/PC-SP/AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA/2018) Segundo a Lei
Federal no 12.037/2009, em seu artigo 3º, embora apresentado documento de iden-
tificação, poderá ocorrer identificação criminal quando
a) o documento for emitido em Unidade da Federação diferente da que está sendo
apresentada.
b) a identificação civil for essencial às investigações policiais, segundo despacho da
autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação
da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa.
c) constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações.
d) o indiciado portar documentos de identidade fornecendo sua qualificação.
e) o documento apresentar data de emissão anterior à publicação da Lei Federal.
Questão 10 (VUNESP/PC-SP/AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA/2018) De acordo

com a Lei Federal no 12.037/2009, artigo 2º, a identificação civil é atestada, entre
outros, pelo seguinte documento:
a) escritura pública de posse de imóvel urbano.
b) certidão negativa expedida por entidades de proteção ao crédito.
c) histórico escolar acompanhado do respectivo certificado de conclusão de esco-
laridade.
d) certificado de propriedade de veículos automotores.
e) carteira de identificação funcional.
Questão 11 (VUNESP/PC-SP/PAPILOSCOPISTA/2018) A Lei Federal n. 12.037/2009,

que dispõe sobre a identificação criminal do civilmente identificado e regulamenta
em seu art. 5º-A, par. 1º, a coleta do perfil genético e armazenamento em banco
de dados, afirma que
a) as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos de-
vem incluir traços somáticos ou comportamentais das pessoas, principalmente a
determinação genética de gênero.
b) as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos de-
vem incluir traços físicos ou comportamentais das pessoas, principalmente a deter-
minação genética de hereditariedade.
c) as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos não
poderão revelar traços físicos ou comportamentais das pessoas, exceto determina-
ção de doenças psicossomáticas.
d) os perfis genéticos devem ser disponibilizados para pesquisa civil e criminal.
e) as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos não
poderão revelar traços somáticos ou comportamentais das pessoas, exceto deter-
minação genética de gênero.
Questão 12 (VUNESP/DPE-RO/DEFENSOR PÚBLICO/2017) A respeito da identifi-
cação criminal do civilmente identificado, assinale a alternativa correta.
a) É obrigatório mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de

antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsi-
to em julgado da sentença condenatória.
b) Em sendo processado criminalmente, o civilmente identificado será sempre sub-
metido à identificação criminal.
c) A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados, sem re-
serva de sigilo.
d) No caso de absolvição, é facultado ao réu, após o trânsito em julgado da sen-
tença, requerer a retirada da identificação fotográfica do processo, desde que apre-
sente provas de sua identificação civil.
e) É facultada na identificação criminal a realização do processo datiloscópico.
Questão 13 (UFMT/POLITEC-MT/PAPILOSCOPISTA/2017) Quanto à possibilidade
de identificação criminal, regulamentada pela Lei n. 12.037/2009, assinale a afir-
mativa correta.
a) O indiciado será identificado criminalmente se, no momento do flagrante, portar
passaporte emitido pela Polícia Federal e não portar a carteira de identidade emiti-
da por órgão estadual de Segurança Pública.
b) A identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico.
c) O indiciado deverá ser identificado criminalmente se constar registro criminal
anteriormente com o mesmo nome registrado no documento civil apresentado.
d) A identificação criminal em nenhuma hipótese incluirá a coleta de material bio-
lógico para a obtenção do perfil genético e inclusão no Banco de dados de DNA.
Questão 14 (FUNCAB/PC-PA/PAPILOSCOPISTA/2016) Quanto à Lei n. 12.037, de
2009, que dispõe sobre a identificação criminal do civilmente identificado, é correto
afirmar que um dos processos a ser juntado aos autos da comunicação da prisão
em flagrante ou do inquérito policial ou outra forma de investigação é o processo:
a) de identificação do padrão de voz.
b) fotográfico.
c) de mensuração de partes do rosto.
d) de medição e anotação de dados relacionados com os olhos.
e) do sistema de identificação através da rusgocopia palatina.
Questão 15 (FUNCAB/PC-PA/PAPILOSCOPISTA/2016) Quanto à identificação do ci-
vilmente identificado, nos termos da Lei n. 12.037, de 2009, é correto afirmar que:
a) a identificação criminal do indicado constará em atestados de antecedentes ou
em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado da
b) os dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos terão caráter sigi-
loso, respondendo civil, penal e administrativamente aquele que permitir ou promo-
ver sua utilização para fins diversos dos previstos nesta lei ou em decisão judicial.
c) as informações obtidas a partir da coincidência de perfis genéticos deverão ser
consignadas em laudo médico firmado por geneticista, regularmente inscrito no
conselho regional de medicina.
d) as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos
minação genética de gênero, consoante as normas constitucionais e internacionais
e) a exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá no momento do
trânsito em julgado da sentença condenatória irrecorrível.
Questão 16 (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE/PERITO PAPILOSCOPISTA/2016) De
acordo com a Lei n. 12.037/2009, e considerando que um indivíduo, no momento
em que estiver sendo indiciado pela prática de crimes contra o patrimônio, apresente
sua carteira profissional como documento de identificação, assinale a opção correta.
a) Na situação em apreço, ainda que seja constatada rasura na carteira profissio-
nal, a apresentação desse documento garante ao indivíduo o direito de não ser
identificado criminalmente.
b) Na situação considerada, o indivíduo deverá ser identificado criminalmente, já
que a identificação civil somente pode ser atestada pela apresentação de carteira
de identidade ou passaporte.
c) A lei em apreço determina que os acusados ou indiciados por crimes contra o
patrimônio terão de ser submetidos a identificação criminal.
d) O indivíduo em questão não poderá ser identificado criminalmente, uma vez que
a referida lei não contempla exceções à determinação de que o civilmente identifi-
cado por documento original não será submetido a identificação criminal.
e) Na situação considerada, o indivíduo poderá ser identificado criminalmente se,
contra ele, houver registro policial dando conta do uso de outros nomes ou diferen-
tes qualificações.
Questão 17 (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE/PERITO PAPILOSCOPISTA/2016)
Considerando que um indivíduo indiciado pela prática de homicídio doloso tenha
apresentado documento de identificação militar com indícios de falsificação, assi-
nale a opção correta à luz da Lei n. 12.037/2009.
a) Caso o referido indiciado seja submetido a identificação criminal, esta deverá ser
mencionada nos atestados de antecedentes antes mesmo do trânsito em julgado
da sentença condenatória.
b) A cópia do documento em questão não deverá ser juntada aos autos do inquéri-
to, pois os mencionados indícios de falsificação, independentemente de sua nature-
za e de sua extensão, tornam o documento insuficiente para identificar o indiciado.
c) Na situação em apreço, caso haja necessidade de identificação criminal, a auto-
ridade encarregada desse procedimento terá de tomar as providências necessárias
para evitar o constrangimento do identificado.
d) O indivíduo deverá ser informado de que os documentos de identificação milita-
res, para as finalidades da Lei n. 12.037/2009, diferem dos documentos de identi-
ficação civis.
e) Na situação considerada, caso o indivíduo seja submetido a identificação crimi-
nal, esta incluirá o processo datiloscópico, mas excluirá o processo fotográfico e a
coleta de material biológico por tratar-se da prática de crime por militar.
Questão 18 (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE/MÉDICO LEGISTA/2016) De acordo
com a Lei n. 12.037/2009 e suas alterações, a identificação criminal com coleta de
material biológico para a obtenção do perfil genético do indiciado pode ocorrer quando
a) for essencial a investigações policiais, de acordo com despacho da autoridade
b) o documento apresentado for insuficiente para identificá-lo.
c) o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações confli-
tantes entre si.
d) constar de registros policiais o uso, pelo indiciado, de outros nomes ou diferen-
e) o documento apresentado pelo indiciado tiver rasura.
Questão 19 (MPE-GO/MPE-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2016) Marque a alternati-
va correta acerca dos procedimentos de identificação criminal:
a) Na condução do inquérito policial, o delegado pode determinar, nas hipóteses
previstas em lei, três formas de identificação criminal, a saber: datiloscópica; foto-
gráfica e por coleta do material biológico para a obtenção do perfil genético.
b) Uma vez extraído o DNA e realizada a identificação do perfil genético do conde-
nado por crime hediondo, na forma do art. 9º-A da Lei de Execução Penal, o futuro
acesso ao banco de dados pode se dar independentemente de autorização judicial.
c) A retirada dos autos da identificação datiloscópica pode ocorrer, a requerimen-
to do interessado, em caso de arquivamento do inquérito; rejeição da denúncia;
absolvição.
d) A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá no término do
Questão 20 (AROEIRA/PC-TO/PAPILOSCOPISTA/2014) Em uma abordagem rea-
lizada pela PM, um cidadão suspeito de praticar um delito criminal foi conduzido
até a delegacia de polícia onde o delegado, em obediência ao inciso VIII do Art. 6º
do CPC, determinou a sua identificação. O suspeito, por sua vez, apresentou uma
carteira de identidade com rasura e defeito, pois, quando detido estava sob um
forte temporal que molhou todos os seus pertences, inclusive a identidade, o que
dificultava a sua identificação civil. Neste caso, com base no que dispõe a Lei n.
12.037/2009, o investigado a) deixará de ser identificado criminalmente, uma vez
que não teve culpa quanto à danificação do seu documento de identidade.
b) deverá ser identificado criminalmente, mas a identificação ficará limitada à jun-
tada do processo datiloscópico ao auto de prisão em flagrante ou inquérito policial.
c) deixará de ser identificado criminalmente, pois esse é um direito que lhe é asse-
gurado pela Constituição Federal.
d) poderá ser identificado criminalmente, desde que não seja possível a sua iden-
tificação civil.
Questão 21 (AROEIRA/PC-TO/PAPILOSCOPISTA/2014) A. M. B. foi indiciada em
inquérito policial (IP) por crime de estelionato (Art. 171 do CP). Após a instauração
do IP, quando de sua oitiva na delegacia, o delegado determinou sua identificação
criminal, pois a indiciada não portava a identidade civil. Encaminhado o inquérito,
o Ministério Público entendeu não haver crime e, ao apresentar a denúncia, pediu
seu arquivamento que foi aceito pelo Juízo Criminal. Preocupada com sua imagem
perante terceiros, A. M. B. requereu a retirada de sua identificação fotográfica do
inquérito policial. Nos termos da Lei n. 12.037/09, a indiciada
a) tem esse direito garantido e deverá ter seu pedido atendido, desde que apresen-
te provas de sua identificação civil.
b) tem direito à retirada de sua identificação do inquérito, dispensando-se qualquer
outro tipo de identificação.
c) terá o direito negado, uma vez que constitui prova policial, que não pode ser
alterada ou suprimida do inquérito policial.
d) terá negado o seu pedido, tendo em vista que o inquérito já foi arquivado por
ordem judicial.
Questão 22 (MS CONCURSOS/PC-PA/DELEGADO DE POLÍCIA/2012) Pautando-se
na Lei n. 12.037, de 1º de outubro de 2009, que dispõe sobre a identificação crimi-
nal do civilmente identificado, assinale a alternativa incorreta:
a) É permitido mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de an-
tecedentes ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito
b) A identificação civil é atestada, dentre outros documentos, pela carteira de iden-
tificação funcional.
c) Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação
criminal quando o indiciado portar documentos de identidade distintos, com infor-
mações conflitantes entre si.
d) No caso de não oferecimento da denúncia, ou sua rejeição, ou absolvição, é fa-
cultado ao indiciado ou ao réu, após o arquivamento definitivo do inquérito, ou
trânsito em julgado da sentença, requerer a retirada da identificação fotográfica do
e) Quando houver necessidade de identificação criminal, a autoridade encarregada
Questão 23 (FCC/DPE-MA/DEFENSOR PÚBLICO/2015) A Constituição Federal em
seu artigo 5º, inciso LVIII reza que “o civilmente identificado não será submetido
a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei”. A Lei n. 12.037, de
1º de outubro de 2009, regulamentando o dispositivo constitucional, dentre outras
previsões, admite
a) a identificação obrigatória sob o fundamento de ser o agente estrangeiro.
b) a carteira de trabalho como documento de identificação civil, mas não a carteira
de identidade funcional.
c) a identificação criminal se o documento apresentado for insuficiente para iden-
tificar cabalmente o indiciado.
d) a identificação criminal se essencial às investigações policiais, se houver despa-
cho fundamentado da autoridade policial.
e) a identificação datiloscópica, a fotográfica, mas não a coleta de material biológico.
Questão 24 (FUNIVERSA/PC-DF/PAPILOSCOPISTA/2015) Após a apresentação de
um documento de identidade civil, ocorrerá identificação criminal quando
a) o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação.
b) o Ministério Público considerar o procedimento essencial para a realização das
investigações policiais.
c) for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade policial.
d) o documento apresentado for anterior à entrada em vigor da Lei n. 7.116/1983.
e) se tratar de segunda via de carteira de identidade expedida em função de furto
sem registro de ocorrência policial.
Questão 25 (FUNIVERSA/PC-GO/PAPILOSCOPISTA/2015) Quanto à identificação
criminal, é correto afirmar que
a) a identificação criminal dar-se-á por meio dos processos datiloscópico e fotográfico.
b) a carteira de identificação funcional e a carteira profissional não são documen-
tos de identificação civil válidos para se excluir a necessidade de uma identifica-
ção criminal.
c) o civilmente identificado por meio de documento de identificação civil válido não
será submetido à identificação criminal.
d) os documentos de identificação militares não se equiparam aos documentos
de identificação civil para excluir a necessidade de identificação criminal, devendo
para tal serem validados pela apresentação concomitante da carteira de identidade
ou da carteira de trabalho.
e) a identificação criminal, mesmo diante da apresentação da carteira de identida-
de, poderá ocorrer quando for essencial às investigações criminais, independente-
mente de decisão da autoridade judiciária competente.
Questão 26 (VUNESP/PC-SP/ATENDENTE DE NECROTÉRIO POLICIAL/2014) Con-
forme dispõe a Lei Federal n. 12.037/09, embora apresentado documento de iden-
a) a autoridade policial julgar conveniente.
b) o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação.
c) assim determinar o representante do Ministério Público.
d) a critério do responsável pela apresentação de preso.
e) o investigado comparecer ao distrito policial portando somente a carteira de
trabalho.
Questão 27 (FUNIVERSA/SECTEC-GO/PAPILOSCOPISTA/2010) Em relação à Lei
n. 12.037/2009, é correto afirmar que, embora apresente documento de identifica-
ção, poderá ocorrer identificação criminal quando
b) o órgão expedidor do documento pertencer a outra unidade da federação.
c) o documento não informar o nome do pai.
d) o documento não registrar o número do CPF.
e) o documento apresentado for a carteira de trabalho em que não consta registro
de emprego.
forme as regras jurídicas estabelecidas na Lei n. 12.037/09, o civilmente identifi-
cado não será submetido à identificação criminal, exceto, entre outras situações,
a) quando o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações
conflitantes entre si.
b) no caso de o Delegado de Polícia, a seu livre arbítrio, entender que, em razão da gra-
vidade do crime cometido pelo indiciado, seja conveniente a sua identificação criminal.
c) se o indiciado estiver portando a Carteira de Trabalho, sem registro de emprego,
como seu único documento de identificação.
d) se houver prisão em flagrante e o escrivão entender conveniente a identifica-
ção criminal para instruir o auto de prisão, independentemente de o preso possuir
identificação civil.
e) se a pessoa não estiver portando a sua Carteira de identidade (l.G.), que é o
único documento legalmente apto a comprovar a identificação civil
Questão 29 (VUNESP/PC-SP/AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA POLICIAL/2013) A
Lei n. 12.037/2009, ao regular a identificação criminal do civilmente identificado,
consignou que:
a) a identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico.
b) apresentado documento de identificação, não poderá ocorrer identificação criminal.
c) não é vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de
antecedentes, mesmo após o trânsito em julgado da sentença condenatória.
d) apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal
apenas nas hipóteses de rasura ou indícios de falsificação.
e) a identificação civil é atestada somente pela carteira de identidade.
Questão 30 (VUNESP/PC-SP/AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA POLICIAL/2013) Em-
bora apresentado documento de identificação, a Lei n. 12.037/2009 determina que
poderá ocorrer identificação criminal quando.
a) a identificação civil for atestada por carteira de trabalho.
b) o indiciado for autuado em flagrante, independentemente de identificação civil
e do crime por ele cometido.
c) a identificação civil for atestada por passaporte.
d) o indiciado portar apenas um documento de identificação militar.
e) o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações confli-
tantes entre si.
Questão 31 (UEPA/PC-PA/PAPILOSCOPISTA POLICIAL/2013) Baseado na Lei
n..12.037/2009, as informações obtidas a partir da coincidência de perfis genéticos
deverão ser consignadas:
a) em laudo pericial firmado por perito oficial devidamente habilitado.
b) em um ofício do juiz da comarca onde o crime foi cometido.
c) em um relatório feito pelo Ministério Público.

d) em um processo criminal pelo delegado do feito.
e) em um relatório feito por um papiloscopista habilitado.
Questão 32 (UEPA/PC-PA/PAPILOSCOPISTA POLICIAL/2013) Baseados na Lei n..

12.037/2009 NÃO será necessário ocorrer identificação criminal quando:
a) o documento apresentar rasura.
b) o documento apresentado for suficiente para identificar cabalmente o indiciado.
tantes entre si.
d) constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações.
e) o documento apresentado tiver indícios de falsificação.
Questão 33 (VUNESP/PC-SP/PAPILOSCOPISTA/2013) Citadino Gatuno foi preso

em flagrante delito pelo crime de roubo. Ao ser levado à Delegacia de Polícia, no
momento da tentativa de sua identificação, Gatuno apresentou o seu documento
de identidade (l.G.), o qual, no entanto, por ter sido molhado pela chuva, apresen-
tava rasura que dificultava a identificação do preso. Neste caso, com base no que
dispõe a Lei n. 12.037/2009, é correto afirmar que Gatuno
a) não poderá ser identificado criminalmente, uma vez que não teve culpa na ra-
sura do seu documento de identidade.
b) deverá ser identificado criminalmente, mas limitado à juntada do processo da-
tiloscópico ao auto de prisão em flagrante.
c) não poderá ser identificado criminalmente, em nenhuma hipótese, uma vez que
é um direito seu assegurado pela Constituição Federal.
d) não poderá ser identificado criminalmente.
e) poderá ser identificado criminalmente, desde que não seja possível a sua iden-
tificação civil.
Questão 34 (VUNESP/PC-SP/PAPILOSCOPISTA/2013) Belo Narciso foi indiciado em
inquérito policial por crime contra os costumes, tendo sido identificado criminalmen-
te. No entanto, a respectiva denúncia não foi aceita e o inquérito foi definitivamente
arquivado. Narciso, preocupado com sua imagem perante terceiros, requereu, em
seguida, a retirada de sua identificação fotográfica do inquérito policial. Neste caso,
considerando o disposto na Lei n. 12.037/09, é correto afirmar que Narciso
a) não tem direito à retirada de sua identificação civil, uma vez que esta se consti-
tui em prova policial, que não pode ser alterada ou suprimida do inquérito policial.
b) deverá ter seu pedido atendido, desde que apresente provas de sua identifi-
cação civil.
c) tem direito à retirada da sua identificação criminal do inquérito, mas terá que
obter ordem judicial específica nesse sentido.
d) tem direito à retirada da sua identificação do inquérito, pois a presença desta
viola o seu direito à imagem, não sendo legal qualquer exigência para que seu pe-
dido seja atendido.
e) não pode ter seu pedido atendido, tendo em vista que o inquérito já foi arquiva-
do, não havendo, portanto, interesse de Narciso em seu pedido.
GABARITO
1. E 25. a
2. E 26. b
3. E 27. a
4. C 28. a
5. E 29. a
6. E 30. e
7. C 31. a
8. E 32. b
9. c 33. e
10. e 34. b
11. e
12. d
13. b
14. b
15. b
16. e
17. c
18. a
19. d
20. d
21. a
22. a
23. c
24. a
GABARITO COMENTADO
Questão 9 (VUNESP/PC-SP/AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA/2018) Segundo a Lei
Federal n. 12.037/2009, em seu artigo 3º, embora apresentado documento de iden-
a) o documento for emitido em Unidade da Federação diferente da que está sendo
apresentada.
b) a identificação civil for essencial às investigações policiais, segundo despacho da
autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação
da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa.
c) constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações.
d) o indiciado portar documentos de identidade fornecendo sua qualificação.
e) o documento apresentar data de emissão anterior à publicação da Lei Federal.
Letra c.
O art. 3º trata das hipóteses em que, embora apresentado o documento de identi-
ficação, poderá ocorrer a identificação criminal, vejamos:

criminal quando:
II – o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;
III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitan-
tes entre si;
IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho
da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação
da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa;
V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualifi-
cações;
VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do
documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.
Questão 10 (VUNESP/PC-SP/AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA/2018) De acordo
com a Lei Federal n. 12.037/2009, artigo 2º, a identificação civil é atestada, entre
outros, pelo seguinte documento:
a) escritura pública de posse de imóvel urbano.
b) certidão negativa expedida por entidades de proteção ao crédito.
c) histórico escolar acompanhado do respectivo certificado de conclusão de esco-
laridade.
d) certificado de propriedade de veículos automotores.
e) carteira de identificação funcional.
Letra e.
Perceba que a banca adora cobrar a literalidade da lei, portanto, é importante que
você leia a legislação.
Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes documentos:

I – carteira de identidade;
II – carteira de trabalho;
III – carteira profissional;
IV – passaporte;
V – carteira de identificação funcional;
VI – outro documento público que permita a identificação do indiciado.
Questão 11 (VUNESP/PC-SP/PAPILOSCOPISTA/2018) A Lei Federal n. 12.037/2009,
que dispõe sobre a identificação criminal do civilmente identificado e regulamenta
em seu art. 5º-A, par. 1º, a coleta do perfil genético e armazenamento em banco
de dados, afirma que
a) as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos de-
vem incluir traços somáticos ou comportamentais das pessoas, principalmente a
determinação genética de gênero.
b) as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos de-
vem incluir traços físicos ou comportamentais das pessoas, principalmente a deter-
minação genética de hereditariedade.
c) as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos não
poderão revelar traços físicos ou comportamentais das pessoas, exceto determina-
ção de doenças psicossomáticas.
d) os perfis genéticos devem ser disponibilizados para pesquisa civil e criminal.
e) as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos não
minação genética de gênero.
Letra e.
O examinador cobra a literalidade da lei.
Art. 5º-A, § 1º As informações genéticas contidas nos bancos de dados de per-

fis genéticos não poderão revelar traços somáticos ou comportamentais das
pessoas, exceto determinação genética de gênero, consoante as normas consti-
tucionais e internacionais sobre direitos humanos, genoma humano e dados genéticos.
Questão 12 (VUNESP/DPE-RO/DEFENSOR PÚBLICO/2017) A respeito da identifi-
cação criminal do civilmente identificado, assinale a alternativa correta.
a) É obrigatório mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de
antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsi-
to em julgado da sentença condenatória.
b) Em sendo processado criminalmente, o civilmente identificado será sempre sub-
c) A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados, sem re-
serva de sigilo.
d) No caso de absolvição, é facultado ao réu, após o trânsito em julgado da sen-
tença, requerer a retirada da identificação fotográfica do processo, desde que apre-
sente provas de sua identificação civil.
e) É facultada na identificação criminal a realização do processo datiloscópico.
Letra d.
a) Errada. Na verdade, é proibida a menção da identificação criminal do in-
diciado nos atestados de antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo
criminal, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória.
b) Errada. A identificação criminal não é a regra e, sim, a exceção, portanto, em
regra, o identificado civilmente não será identificado criminalmente.
c) Errada. É garantido pela lei, no art. 7º-B, que esse banco de dados deverá ser
sigiloso.
d) Certa. Exatamente conforme prevê o art. 7º. Essa é uma das hipóteses em que
o indivíduo poderá requerer a retirada de sua identificação fotográfica dos autos.
e) Errada. A identificação criminal é composta pela identificação datiloscópica e
fotográfica, não sendo facultada a realização de uma ou de outra.
Questão 13 (UFMT/POLITEC-MT/PAPILOSCOPISTA/2017) Quanto à possibilidade
de identificação criminal, regulamentada pela Lei n. 12.037/2009, assinale a afir-
mativa correta.
a) O indiciado será identificado criminalmente se, no momento do flagrante, portar
passaporte emitido pela Polícia Federal e não portar a carteira de identidade emiti-
da por órgão estadual de Segurança Pública.
b) A identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico.
c) O indiciado deverá ser identificado criminalmente se constar registro criminal
anteriormente com o mesmo nome registrado no documento civil apresentado.
d) A identificação criminal em nenhuma hipótese incluirá a coleta de material bio-
lógico para a obtenção do perfil genético e inclusão no Banco de dados de DNA.
Letra b.
a) Errada. O passaporte emitido pela Polícia Federal é um dos documentos previs-
tos no art. 2º, capazes de identificar civilmente uma pessoa, por isso, não é neces-
sário portar além dele um outro documento.
b) Certa. Exatamente conforme prevê o art. 5º da lei.
c) Errada. Essa não é uma das previsões da lei. Não é porque existe um registro cri-
minal daquele identificado civilmente que este deverá ser identificado criminalmente.
d) Errada. Quando for essencial para as investigações, por meio de um despacho
da autoridade judiciária competente, poderá ser realizada a coleta de material bio-
lógico para a obtenção do perfil genético.
Questão 14 (FUNCAB/PC-PA/PAPILOSCOPISTA/2016) Quanto à Lei n. 12.037, de
2009, que dispõe sobre a identificação criminal do civilmente identificado, é correto
afirmar que um dos processos a ser juntado aos autos da comunicação da prisão
em flagrante ou do inquérito policial ou outra forma de investigação é o processo:
a) de identificação do padrão de voz.
b) fotográfico.
c) de mensuração de partes do rosto.
d) de medição e anotação de dados relacionados com os olhos.
e) do sistema de identificação através da rusgocopia palatina.
Letra b.
Quem sabe um dia caminharemos para uma identificação mais completa do indivíduo.
Com o avanço da ciência poderemos identificar a pessoa através da íris, por exemplo.
Mas, as identificações criminais ainda autorizadas pela lei são as datiloscópicas e as
fotográficas, podendo também ser coletado material biológico, caso seja essencial
para as investigações.
Questão 15 (FUNCAB/PC-PA/PAPILOSCOPISTA/2016) Quanto à identificação do ci-
vilmente identificado, nos termos da Lei n. 12.037, de 2009, é correto afirmar que:
a) a identificação criminal do indicado constará em atestados de antecedentes ou
em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado da
b) os dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos terão caráter sigilo-
so, respondendo civil, penal e administrativamente aquele que permitir ou promover
sua utilização para fins diversos dos previstos nesta lei ou em decisão judicial.
c) as informações obtidas a partir da coincidência de perfis genéticos deverão ser
consignadas em laudo médico firmado por geneticista, regularmente inscrito no
conselho regional de medicina.
d) as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos
minação genética de gênero, consoante as normas constitucionais e internacionais
e) a exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá no momento do
trânsito em julgado da sentença condenatória irrecorrível.
Letra b.
a) Errada. Mais uma vez o examinador afirmou que a identificação criminal deverá
constar em atestados de antecedentes e, como vimos em nossa aula, esse item
está incorreto.
b) Certa. Esse item apresenta a cópia do § 2º do art. 5º da Lei n. 12.037/2009.
c) Errada. A lei prevê que as informações obtidas a partir da coincidência de perfis
genéticos deverão ser consignadas em laudo pericial firmado por perito oficial
devidamente habilitado, não tendo necessidade de ser um médico geneticista.
d) Errada. O § 1º do art. 5º afirma que as informações genéticas contidas nos
bancos de dados de perfis genéticos não poderão revelar traços somáticos ou com-
portamentais.
e) Errada. A exclusão dos perfis genéticos ocorrerá com o término do prazo pres-
cricional previsto para o delito.
Questão 16 (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE/PERITO PAPILOSCOPISTA/2016) De
acordo com a Lei n. 12.037/2009, e considerando que um indivíduo, no momento
em que estiver sendo indiciado pela prática de crimes contra o patrimônio, apresente
sua carteira profissional como documento de identificação, assinale a opção correta.
a) Na situação em apreço, ainda que seja constatada rasura na carteira profissio-
nal, a apresentação desse documento garante ao indivíduo o direito de não ser
identificado criminalmente.
b) Na situação considerada, o indivíduo deverá ser identificado criminalmente, já
que a identificação civil somente pode ser atestada pela apresentação de carteira
de identidade ou passaporte.
c) A lei em apreço determina que os acusados ou indiciados por crimes contra o
patrimônio terão de ser submetidos a identificação criminal.
d) O indivíduo em questão não poderá ser identificado criminalmente, uma vez que
a referida lei não contempla exceções à determinação de que o civilmente identifi-
cado por documento original não será submetido a identificação criminal.
e) Na situação considerada, o indivíduo poderá ser identificado criminalmente se,
contra ele, houver registro policial dando conta do uso de outros nomes ou diferen-
Letra e.
a) Errada. Caso o documento apresente rasura ou indícios de falsificação, a pes-
soa poderá ser identificada criminalmente.
b) Errada. A carteira profissional é um dos documentos previstos na lei capazes de
identificar civilmente uma pessoa.
c) Errada. A Lei n. 12.037/2009 não estabelece um rol de crimes em que os indicia-
dos deverão obrigatoriamente ser identificados criminalmente. A Lei n. 10.054/2000
afirmava que aqueles que tivessem cometido crimes contra o patrimônio mediante
violência ou grave ameaça deveriam ser identificados criminalmente.
d) Errada. A lei dispõe as exceções em que o civilmente identificado será criminal-
mente identificado.
e) Certa. Essa é uma das hipóteses previstas na lei que autorizam a identificação
criminal do indivíduo (art. 3º, V).
Questão 17 (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE/PERITO PAPILOSCOPISTA/2016)
Considerando que um indivíduo indiciado pela prática de homicídio doloso tenha
apresentado documento de identificação militar com indícios de falsificação, assi-
nale a opção correta à luz da Lei n. 12.037/2009.
a) Caso o referido indiciado seja submetido a identificação criminal, esta deverá ser
mencionada nos atestados de antecedentes antes mesmo do trânsito em julgado
b) A cópia do documento em questão não deverá ser juntada aos autos do inquéri-
to, pois os mencionados indícios de falsificação, independentemente de sua nature-
za e de sua extensão, tornam o documento insuficiente para identificar o indiciado.
c) Na situação em apreço, caso haja necessidade de identificação criminal, a auto-
ridade encarregada desse procedimento terá de tomar as providências necessárias
para evitar o constrangimento do identificado.
d) O indivíduo deverá ser informado de que os documentos de identificação mi-
litares, para as finalidades da Lei n. 12.037/2009, diferem dos documentos de
identificação civis.
e) Na situação considerada, caso o indivíduo seja submetido a identificação crimi-
nal, esta incluirá o processo datiloscópico, mas excluirá o processo fotográfico e a
coleta de material biológico por tratar-se da prática de crime por militar.
Letra c.
a) Errada. Como vimos, a identificação criminal não deverá ser mencionada nos
atestados de antecedentes antes do trânsito em julgado da sentença condenatória.
b) Errada. A cópia do documento deverá ser juntada aos autos mesmo que seja
insuficiente para identificar o indivíduo.
c) Certa. A autoridade policial deverá adotar as providências necessárias para que
o identificado criminalmente não seja constrangido de alguma forma, podendo in-
correr até em abuso de autoridade, dependendo do caso concreto.
d) Errada. A Lei n. 12.037/2009 equiparou os documentos de identificação milita-
res ao civis.
e) Errada. Não existe essa hipótese de retirar algum procedimento porque o indi-
víduo é militar. A identificação criminal é composta pela identificação datiloscópica
e fotográfica.
Questão 18 (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE/MÉDICO LEGISTA/2016) De acordo
com a Lei n. 12.037/2009 e suas alterações, a identificação criminal com coleta de
material biológico para a obtenção do perfil genético do indiciado pode ocorrer quando
a) for essencial a investigações policiais, de acordo com despacho da autoridade
b) o documento apresentado for insuficiente para identificá-lo.
tantes entre si.
d) constar de registros policiais o uso, pelo indiciado, de outros nomes ou diferen-
e) o documento apresentado pelo indiciado tiver rasura.
Letra a.
O parágrafo único do art. 5º afirma que, na hipótese do inciso IV do art. 3º, a iden-
tificação criminal poderá incluir a coleta de material biológico para a obtenção do
perfil genético.
O inciso IV afirma que, quando a identificação criminal for essencial para as inves-
tigações, será realizada mediante despacho da autoridade judiciária competente.
Para esse caso, a autoridade policial não pode submeter a pessoa à identificação
criminal sem a autorização do magistrado.
Questão 19 (MPE-GO/MPE-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2016) Marque a alternati-
va correta acerca dos procedimentos de identificação criminal:
a) Na condução do inquérito policial, o delegado pode determinar, nas hipóteses
previstas em lei, três formas de identificação criminal, a saber: datiloscópica; foto-
gráfica e por coleta do material biológico para a obtenção do perfil genético.
b) Uma vez extraído o DNA e realizada a identificação do perfil genético do conde-
nado por crime hediondo, na forma do art. 9º-A da Lei de Execução Penal, o futuro
acesso ao banco de dados pode se dar independentemente de autorização judicial.
c) A retirada dos autos da identificação datiloscópica pode ocorrer, a requerimento do
interessado, em caso de arquivamento do inquérito; rejeição da denúncia; absolvição.
d) A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá no término do
Letra d.
a) Errada. O delegado não pode determinar a coleta do material biológico para a
obtenção do perfil genético. Essa coleta depende de despacho da autoridade judi-
ciária competente.
b) Errada. O acesso ao banco de dados se dará sempre mediante a autorização
judicial.
c) Errada. Essa questão é muito boa. A lei prevê a possibilidade de retirada da
identificação fotográfica do acusado e não da datiloscópica.
d) Certa. Exatamente como prevê o art. 7º-B.
Questão 20 (AROEIRA/PC-TO/PAPILOSCOPISTA/2014) Em uma abordagem rea-
lizada pela PM, um cidadão suspeito de praticar um delito criminal foi conduzido
até a delegacia de polícia onde o delegado, em obediência ao inciso VIII do Art. 6º
do CPC, determinou a sua identificação. O suspeito, por sua vez, apresentou uma
carteira de identidade com rasura e defeito, pois, quando detido estava sob um
forte temporal que molhou todos os seus pertences, inclusive a identidade, o que
dificultava a sua identificação civil. Neste caso, com base no que dispõe a Lei n.
12.037/2009, o investigado a) deixará de ser identificado criminalmente, uma vez
que não teve culpa quanto à danificação do seu documento de identidade.
b) deverá ser identificado criminalmente, mas a identificação ficará limitada à jun-
tada do processo datiloscópico ao auto de prisão em flagrante ou inquérito policial.
c) deixará de ser identificado criminalmente, pois esse é um direito que lhe é asse-
gurado pela Constituição Federal.
d) poderá ser identificado criminalmente, desde que não seja possível a sua iden-
tificação civil.
Letra d.
Vamos relembrar o art. 3º, I:

criminal quando:
Se essa rasura impossibilitar a identificação civil do indivíduo, ele poderá ser sub-
Questão 21 (AROEIRA/PC-TO/PAPILOSCOPISTA/2014) A. M. B. foi indiciada em
inquérito policial (IP) por crime de estelionato (Art. 171 do CP). Após a instauração
do IP, quando de sua oitiva na delegacia, o delegado determinou sua identificação
criminal, pois a indiciada não portava a identidade civil. Encaminhado o inquérito,
o Ministério Público entendeu não haver crime e, ao apresentar a denúncia, pediu
seu arquivamento que foi aceito pelo Juízo Criminal. Preocupada com sua imagem
perante terceiros, A. M. B. requereu a retirada de sua identificação fotográfica do
inquérito policial. Nos termos da Lei n. 12.037/09, a indiciada
a) tem esse direito garantido e deverá ter seu pedido atendido, desde que apresen-
te provas de sua identificação civil.
b) tem direito à retirada de sua identificação do inquérito, dispensando-se qualquer
outro tipo de identificação.
c) terá o direito negado, uma vez que constitui prova policial, que não pode ser
alterada ou suprimida do inquérito policial.
d) terá negado o seu pedido, tendo em vista que o inquérito já foi arquivado por
ordem judicial.
Letra a.
O art. 7º da lei prevê que, no caso do não oferecimento da denúncia, ou sua rejei-
ção, ou absolvição, é facultado ao indiciado ou ao réu, após o arquivamento de-
finitivo do inquérito, ou trânsito em julgado da sentença, requerer a retirada da
identificação fotográfica do inquérito ou processo, desde que apresente provas
Veja que A.M.B. poderá solicitar essa retirada, já que o inquérito foi arquivado, mas
terá que apresentar a sua identificação civil.
Questão 22 (MS CONCURSOS/PC-PA/DELEGADO DE POLÍCIA/2012) Pautando-se
na Lei n. 12.037, de 1º de outubro de 2009, que dispõe sobre a identificação crimi-
nal do civilmente identificado, assinale a alternativa incorreta:
a) É permitido mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de an-
tecedentes ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito
b) A identificação civil é atestada, dentre outros documentos, pela carteira de iden-
tificação funcional.
c) Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação
criminal quando o indiciado portar documentos de identidade distintos, com infor-
mações conflitantes entre si.
d) No caso de não oferecimento da denúncia, ou sua rejeição, ou absolvição, é fa-
cultado ao indiciado ou ao réu, após o arquivamento definitivo do inquérito, ou
trânsito em julgado da sentença, requerer a retirada da identificação fotográfica do
e) Quando houver necessidade de identificação criminal, a autoridade encarregada
Letra a.
Fique atento(a) ao enunciado da questão. Veja que o examinador quer que você
marque a opção incorreta.
A questão já inicia com o primeiro item afirmando de forma errônea que é permi-
tido mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de antecedentes
ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado
Questão 23 (FCC/DPE-MA/DEFENSOR PÚBLICO/2015) A Constituição Federal em
seu artigo 5º, inciso LVIII reza que “o civilmente identificado não será submetido
a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei”. A Lei n. 12.037, de
1º de outubro de 2009, regulamentando o dispositivo constitucional, dentre outras
previsões, admite
a) a identificação obrigatória sob o fundamento de ser o agente estrangeiro.
b) a carteira de trabalho como documento de identificação civil, mas não a carteira
de identidade funcional.
c) a identificação criminal se o documento apresentado for insuficiente para iden-
tificar cabalmente o indiciado.
d) a identificação criminal se essencial às investigações policiais, se houver despa-
cho fundamentado da autoridade policial.
e) a identificação datiloscópica, a fotográfica, mas não a coleta de material biológico.
Letra c.
a) Errada. Não existe a obrigação de o estrangeiro ser identificado criminalmente.
b) Errada. A carteira de trabalho é um documento de identificação civil, assim
como a carteira de identidade funcional.
c) Certa. Se o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente
o indiciado, por exemplo, a certidão de nascimento, poderá ser realizada a identi-
ficação criminal.
d) Errada. O despacho fundamento deverá ser da autoridade judiciária e não da
autoridade policial, muito cuidado com esse “peguinha”.
e) Errada. A lei prevê a identificação datiloscópica e fotográfica, sendo permitida
também a coleta de material biológico.
Questão 24 (FUNIVERSA/PC-DF/PAPILOSCOPISTA/2015) Após a apresentação de
um documento de identidade civil, ocorrerá identificação criminal quando
b) o Ministério Público considerar o procedimento essencial para a realização das
investigações policiais.
c) for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade policial.
d) o documento apresentado for anterior à entrada em vigor da Lei n. 7.116/1983.
e) se tratar de segunda via de carteira de identidade expedida em função de furto
sem registro de ocorrência policial.
Letra a.
Perceba que as questões se repetem. Isso ocorre porque a lei é bem pequena, tem
poucos artigos. Logo, não existem muitas possibilidades de cobrança por parte do
examinador. Tenho certeza de que você acertará todos os itens que caírem em sua
prova sobre esse assunto.
Dos itens expostos pelo examinador, a única opção presente no art. 3º da lei é a
letra “a”.
Questão 25 (FUNIVERSA/PC-GO/PAPILOSCOPISTA/2015) Quanto à identificação
criminal, é correto afirmar que
a) a identificação criminal dar-se-á por meio dos processos datiloscópico e fotográfico.
b) a carteira de identificação funcional e a carteira profissional não são documen-
tos de identificação civil válidos para se excluir a necessidade de uma identificação
criminal.
c) o civilmente identificado por meio de documento de identificação civil válido não
será submetido à identificação criminal.
d) os documentos de identificação militares não se equiparam aos documentos
de identificação civil para excluir a necessidade de identificação criminal, devendo
para tal serem validados pela apresentação concomitante da carteira de identidade
ou da carteira de trabalho.
e) a identificação criminal, mesmo diante da apresentação da carteira de identida-
de, poderá ocorrer quando for essencial às investigações criminais, independente-
mente de decisão da autoridade judiciária competente.
Letra a.
a) Certa. Essa é a previsão do art. 5º da lei.
b) Errada. Tanto a carteira de identidade funcional quanto a carteira profissional
são documentos de identificação civil válidos.
c) Errada. Essa é a regra, mas, como vimos, a lei dispõe algumas exceções.
d) Errada. Os documentos de identificação militares são equiparados aos docu-
mentos civis.
e) Errada. Quando for essencial a identificação criminal para as investigações, de-
verá ser precedida de despacho da autoridade judiciária competente.
forme dispõe a Lei Federal n. 12.037/09, embora apresentado documento de iden-
a) a autoridade policial julgar conveniente.
b) o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação.
c) assim determinar o representante do Ministério Público.
d) a critério do responsável pela apresentação de preso.
e) o investigado comparecer ao distrito policial portando somente a carteira de
trabalho.
Letra b.
Mais uma vez o examinador cobrou a previsão do inciso I do art. 3º, que é a hipó-
tese da identificação criminal quando o documento civil apresentado tiver rasura
ou indício de falsificação.
Questão 27 (FUNIVERSA/SECTEC-GO/PAPILOSCOPISTA/2010) Em relação à Lei
n. 12.037/2009, é correto afirmar que, embora apresente documento de identifica-
ção, poderá ocorrer identificação criminal quando
b) o órgão expedidor do documento pertencer a outra unidade da federação.
c) o documento não informar o nome do pai.
d) o documento não registrar o número do CPF.
e) o documento apresentado for a carteira de trabalho em que não consta registro
de emprego.
Letra a.
Professor, você está colocando questões repetidas? Não, meu(minha) queri-
do(a), o examinador que não tem muita criatividade nem altera o inciso do
art. 3º (rs.).
Esse tipo de estudo, com exercícios, é muito bom por isso. Além de auxiliar na fi-
xação do conteúdo, mostra que as bancas costumam repetir os assuntos. Quanto
mais questões você fizer, mais preparado(a) estará para a prova.
O examinador cobrou novamente o art. 3º, I.
forme as regras jurídicas estabelecidas na Lei n. 12.037/09, o civilmente identifi-
cado não será submetido à identificação criminal, exceto, entre outras situações,
a) quando o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações
conflitantes entre si.
b) no caso de o Delegado de Polícia, a seu livre arbítrio, entender que, em razão da gra-
vidade do crime cometido pelo indiciado, seja conveniente a sua identificação criminal.
c) se o indiciado estiver portando a Carteira de Trabalho, sem registro de emprego,
como seu único documento de identificação.
d) se houver prisão em flagrante e o escrivão entender conveniente a identifica-
ção criminal para instruir o auto de prisão, independentemente de o preso possuir
e) se a pessoa não estiver portando a sua Carteira de identidade (l.G.), que é o
único documento legalmente apto a comprovar a identificação civil
Letra a.
a) Certa. O inciso III do art. 3º dispõe que, quando o indiciado portar documentos
de identidade distintos com informações conflitantes entre si, poderá ser submeti-
do à identificação criminal.
b) Errada. Não existe esse livre arbítrio do delegado, a regra é que o civilmente
identificado não será criminalmente identificado, sendo que existem as exceções
dispostas pela lei.
c) Errada. A carteira de trabalho é um documento capaz de identificar civilmente
a pessoa.
d) Errada. A identificação criminal não ocorrerá por conveniência do escrivão de
polícia e, sim, nas hipóteses especificadas pela lei.
e) Errada. A carteira de identidade não é o único documento apto a comprovar a
Questão 29 (VUNESP/PC-SP/AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA POLICIAL/2013) A
Lei n. 12.037/2009, ao regular a identificação criminal do civilmente identificado,
consignou que:
a) a identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico.
b) apresentado documento de identificação, não poderá ocorrer identificação criminal.
c) não é vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de
antecedentes, mesmo após o trânsito em julgado da sentença condenatória.
d) apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal
apenas nas hipóteses de rasura ou indícios de falsificação.
e) a identificação civil é atestada somente pela carteira de identidade.
Letra a.
a) Certa. Essa é a previsão do art. 5º da lei. A identificação criminal incluirá o pro-
cesso datiloscópico e fotográfico.
b) Errada. A regra é que o civilmente identificado não seja submetido à identifica-
ção criminal, porém, a lei estabelece exceções.
c) Errada. É vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados
de antecedentes.
d) Errada. A rasura ou indício de falsificação é somente uma das hipóteses previs-
tas em lei.
e) Errada. A identificação civil não é atestada somente pela carteira de identidade,
existem outros documentos, previstos no art. 2º da lei, que são capazes de atestar
a identificação civil, como o passaporte, a carteira de trabalho, entre outros.
Questão 30 (VUNESP/PC-SP/AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA POLICIAL/2013) Em-
bora apresentado documento de identificação, a Lei n. 12.037/2009 determina que
poderá ocorrer identificação criminal quando.
a) a identificação civil for atestada por carteira de trabalho.
b) o indiciado for autuado em flagrante, independentemente de identificação civil
e do crime por ele cometido.
c) a identificação civil for atestada por passaporte.
d) o indiciado portar apenas um documento de identificação militar.
e) o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações confli-
tantes entre si.
Letra e.
a) Errada. A identificação civil poderá ser atestada pela carteira de trabalho.
b) Errada. Não existe a previsão da identificação criminal como regra no caso de
flagrante.
c) Errada. A identificação civil poderá ser atestada por passaporte.
d) Errada. A identificação militar é equiparada à identificação civil.
e) Certa. Essa é uma das hipóteses em que a lei autoriza a identificação criminal
daquele civilmente identificado.
Questão 31 (UEPA/PC-PA/PAPILOSCOPISTA POLICIAL/2013) Baseado na Lei
n..12.037/2009, as informações obtidas a partir da coincidência de perfis genéticos
deverão ser consignadas:
a) em laudo pericial firmado por perito oficial devidamente habilitado.
b) em um ofício do juiz da comarca onde o crime foi cometido.
c) em um relatório feito pelo Ministério Público.
d) em um processo criminal pelo delegado do feito.
e) em um relatório feito por um papiloscopista habilitado.
Letra a.
Art. 5º-A, § 3º As informações obtidas a partir da coincidência de perfis genéticos

deverão ser consignadas em laudo pericial firmado por perito oficial devida-
mente habilitado.
O examinador apresentou exatamente conforme o texto da lei.
Questão 32 (UEPA/PC-PA/PAPILOSCOPISTA POLICIAL/2013) Baseados na Lei n..
12.037/2009 NÃO será necessário ocorrer identificação criminal quando:
a) o documento apresentar rasura.
b) o documento apresentado for suficiente para identificar cabalmente o indiciado.
tantes entre si.
d) constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações.
e) o documento apresentado tiver indícios de falsificação.
Letra b.
Fique atento(a) ao enunciado da questão. Veja que o examinador quer saber quan-
do não será necessário ocorrer a identificação criminal.
Dos itens apresentados pelo examinador, todos constam no art. 3º da lei, exceto
a letra “b”, que afirma que, quando o documento apresentado for suficiente para
identificar cabalmente o indiciado, não ocorrerá a identificação criminal.
Essa é a nossa resposta, já que o legislador apresentou como possibilidade de
identificação criminal quando o documento for insuficiente para identificar
cabalmente o indiciado.
Questão 33 (VUNESP/PC-SP/PAPILOSCOPISTA/2013) Citadino Gatuno foi preso
em flagrante delito pelo crime de roubo. Ao ser levado à Delegacia de Polícia, no
momento da tentativa de sua identificação, Gatuno apresentou o seu documento
de identidade (l.G.), o qual, no entanto, por ter sido molhado pela chuva, apresen-
tava rasura que dificultava a identificação do preso. Neste caso, com base no que
dispõe a Lei n. 12.037/2009, é correto afirmar que Gatuno
a) não poderá ser identificado criminalmente, uma vez que não teve culpa na ra-
sura do seu documento de identidade.
b) deverá ser identificado criminalmente, mas limitado à juntada do processo da-
tiloscópico ao auto de prisão em flagrante.
c) não poderá ser identificado criminalmente, em nenhuma hipótese, uma vez que
é um direito seu assegurado pela Constituição Federal.
d) não poderá ser identificado criminalmente.
e) poderá ser identificado criminalmente, desde que não seja possível a sua iden-
tificação civil.
Letra e.
Na situação hipotética, o documento apresentado por Citadino Gatuno não é capaz
de identificá-lo civilmente, por isso poderá ser identificado criminalmente.
Questão 34 (VUNESP/PC-SP/PAPILOSCOPISTA/2013) Belo Narciso foi indiciado em

inquérito policial por crime contra os costumes, tendo sido identificado criminalmen-
te. No entanto, a respectiva denúncia não foi aceita e o inquérito foi definitivamente
arquivado. Narciso, preocupado com sua imagem perante terceiros, requereu, em
seguida, a retirada de sua identificação fotográfica do inquérito policial. Neste caso,
considerando o disposto na Lei n. 12.037/09, é correto afirmar que Narciso
a) não tem direito à retirada de sua identificação civil, uma vez que esta se consti-
tui em prova policial, que não pode ser alterada ou suprimida do inquérito policial.
b) deverá ter seu pedido atendido, desde que apresente provas de sua identifica-
ção civil.
c) tem direito à retirada da sua identificação criminal do inquérito, mas terá que
obter ordem judicial específica nesse sentido.
d) tem direito à retirada da sua identificação do inquérito, pois a presença desta
viola o seu direito à imagem, não sendo legal qualquer exigência para que seu pe-
dido seja atendido.
e) não pode ter seu pedido atendido, tendo em vista que o inquérito já foi arquiva-
do, não havendo, portanto, interesse de Narciso em seu pedido.
Letra b.
Se a denúncia não foi aceita, como vimos em nossa aula, é facultado ao indiciado
requerer a retirada de sua identificação fotográfica dos autos, desde que apresente
a sua identificação civil.
Portanto, Belo Narciso deverá ter seu pedido atendido, desde que apresente provas

3.identificacao Criminal Do Civilmente Identificado

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PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro

VICE-PRESIDENTE: Rodrigo Teles Calado

COORDENADORA PEDAGÓGICA: Élica Lopes

ASSISTENTES PEDAGÓGICAS: Francineide Fontana, Kamilla Fernandes e Larissa Carvalho

SUPERVISORA DE PRODUÇÃO: Emanuelle Alves Melo

REVISOR: Mayra Barbosa Souza

DIAGRAMADOR: Weverton Carvalho

CAPA: Washington Nunes Chaves

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Péricles Mendonça de Rezende Júnior é Agente

Prof. Péricles Mendonça

Prof. Péricles Mendonça

que trata da identificação criminal do civilmente identificado.

do por constrangimentos desnecessários.

Esse era o entendimento da nossa Suprema Corte que, na Súmula n. 568

(superada), afirmava que “a identificação criminal não constitui constrangimento

ilegal, ainda que o indiciado já tenha sido identificado civilmente”.

Com a Constituição de 1988, o legislador estabeleceu expressamente o direito

teses previstas em lei.

A lei a que se refere a Carta Magna é exatamente a Lei n. 12.037/2009, que

estudaremos nesta aula.

Prof. Péricles Mendonça

Professor, você colocou o mesmo artigo duas vezes?

Não, meu(minha) querido(a), o art. 1º da Lei n. 12.037/2009 apresenta a mes-

ma informação contida na Constituição Federal, alterando somente o final do arti-

Continuando o raciocínio anterior, no Brasil, já houve a identificação criminal

como regra, porém, hoje, essa identificação é a exceção.

Em regra, uma pessoa civilmente identificada não será identificada criminalmente.

tificação datiloscópica ou papiloscópica e pela identificação fotográfica.

Essa identificação datiloscópica é semelhante àquela que fazemos quando va-

mos nos registrar civilmente, ou seja, ao fazer a identidade civil.

e uma digital única.

verificar a altura. Essa foto deve ser frontal e de ambos os lados.

Prof. Péricles Mendonça

Esse é só um exemplo de uma foto de identificação criminal. Na foto acima, está

o cantor Jim Morrison.

No Brasil, utilizamos esse mesmo modelo de identificação fotográfica. No ano

passado, foram divulgadas as imagens de identificação criminal de alguns presos

nas operações da Polícia Federal.

quais atestaremos a identificação civil de uma pessoa.

Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes documentos:

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V – carteira de identificação funcional;

O art. 2º dispõe o rol de documentos capazes de atestar a identificação civil.

São eles: a carteira de identidade (RG), a carteira de trabalho, a carteira profissio-

nal (como, por exemplo, a carteira da OAB), o passaporte, a carteira de identifi-

semelhante à carteira de identidade), ou outro documento público que permita a

No parágrafo único desse artigo, está a equiparação dos documentos de iden-

tidade militar na condição de dependente.

que possuem um formato muito semelhante ao documento de identidade civil (RG).

mita a identificação do indiciado”, é preciso tomar alguns cuidados. Por exemplo,

a certidão de nascimento é capaz de identificar uma pessoa civilmente? Não, já que

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pia” autenticada, deverá ser aceito como fim de identificação.

grafia do documento, devidamente autenticada, se dará o mesmo valor do original”.

Questão 1 (CESPE/PC-ES/PERITO PAPILOSCÓPICO/2011) O rol de documentos

que atestam a identificação civil está taxativamente previsto na referida lei.

que o art. 2º estabelece um rol de documentos capazes de identificar civilmente

“outro documento público que permita a identificação do indiciado”.

Questão 2 (CESPE/PC-ES/PERITO PAPILOSCÓPICO/2011) Acerca da identificação

PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro