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PENAL ESPECIAL
Crimes Hediondos
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Crimes Hediondos
Sérgio Bautzer
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Crimes Hediondos
Sérgio Bautzer
Olá, meu(minha) caro(a) aluno(a), eu sou o professor Sérgio Bautzer, Delegado de Polícia
Civil do Distrito Federal e leciono as Leis Penais e Processuais Penais há 15 anos. Estou desde
a fundação no Gran Online, que atualmente é o maior, melhor e mais completo curso virtual
preparatório para concursos públicos do país. A seguir, você terá a aula sobre os Crimes He-
diondos e Equiparados. É um tema importante para os concursos das carreiras jurídicas, ainda
mais com o advento do Pacote Anticrime que tornou mais rigorosa a punição de tais delitos no
país. Você verá o conceito de crime hediondo e o sistema adotado no Brasil para etiquetá-lo
como tal. Coloquei um mapa mental com todos os crimes hediondos que estão previstos no
rol taxativo, e sugiro desde já que você o memorize. O outro mapa mental, faz com que você
lembre os rigores que a norma impões aos delitos hediondos e equiparados. Eu já ia me esque-
cendo: os assemelhados aos hediondos são de fácil memorização, basta você se lembra da le-
tra “T”. Você verá logo mais. Procurei propor questões de acordo com o Pacote Anticrime, para
que você se familiarize com o assunto. Revisei a prisão temporária nas infrações em comento,
uma vez que o assunto pode ser cobrado em uma prova subjetiva, em que o examinador exija
do candidato a elaboração de uma peça prática. Em relação às questões de concursos públi-
cos já realizados, com temas vinculados à Lei n. 8.072/1990, que você eventualmente resolva,,
sugiro muito cuidado, uma vez que desde 2009, a norma passou por diversas alterações legis-
lativas, tendo inclusive entendimentos jurisprudenciais dos mais diversos. Ao final da nossa
aula, há um resumo e a “letra da lei”, que deve ser lida pelo menos uma vez a cada quinze dias.
Ah, e não se esqueça, você também deverá ler o Pacote Anticrime pelo menos uma vez por
semana.
O crime hediondo é aquele considerado repugnante, bárbaro, que causa asco na sociedade.
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Crimes Hediondos
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Previsão Constitucional
Art. 5º A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura,
o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos,
por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
O dispositivo “supra” é de suma importância, e ele deve ser memorizado tanto para as pro-
vas de Direito Constitucional como para as provas que versem sobre Leis Penais e Processuais
Penais Especiais.
Ao dispor sobre os crimes hediondos e equiparados, o Constituinte Originário determinou
que tais delitos tivessem um tratamento mais rigoroso que os demais.
Além do comando a ser seguido, a Lei Fundamental também determinou que os crimes de
tráfico de drogas, terrorismo e tortura recebessem o mesmo tratamento rigoroso dado aos cri-
mes hediondos. Assim, tais infrações foram consideradas como equiparadas aos hediondos.
Em algumas provas, ao invés de cair a expressão “equiparados”, o examinador pode usar no
lugar “assemelhados”.
Você deverá memorizar num primeiro momento quais são os crimes equiparados aos he-
diondos.
Crimes Equiparados
Crimes Hediondos
aos Hediondos
Os previstos no art. 1º Tráfico de drogas
da Lei n. 8.072/1990, Terrorismo
tanto na forma tentada Tortura
quanto na forma consu-
mada.
Para facilitar a memorização de quais são os crimes equiparados aos hediondos, você
deve se lembrar que todos começam com a letra “T”.
Acredito que nas próximas provas, o examinador continue cobrando o fato de o crime de
tráfico de drogas na modalidade privilegiada, ter deixado de ser considerado equiparado ao
hediondo pelos Tribunais Superiores.
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O “Pacote Anticrime” alterou o art. 112 da Lei de Execução Penal e de maneira expressa de-
terminou aos operadores do Direito que não o crime de tráfico de drogas, quando privilegiado,
não deve ser considerado hediondo.
O Tráfico de Drogas na modalidade privilegiada está previsto no §4º do artigo 33 da Lei n.
11.343/2006 e é aquele que o réu é primário e de bons antecedentes, não se dedica a ativida-
des criminosas e não pertence ao crime organizado.
Você deve ficar atento ao fato de que o privilégio na verdade é uma causa de redução de
pena e não um delito que foi inserido no ordenamento jurídico pátrio com a edição da Lei n.
11.343/2006
Nos anos 2000, o Cespe e outras bancas cobraram dos candidatos muitas questões sobre
o entendimento majoritário da doutrina e da jurisprudência que o crime de associação para o
tráfico drogas, previsto no artigo 35 da Lei n. 11.343/2006, não ser equiparado ao hediondo.
Sistemas
Tentativa e Consumação
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Crimes Hediondos
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Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no DecretoLei n.2.848, de
7 de dezembro de 1940 – Código Penal, consumados ou tentados [...] (Grifo nosso).
É primordial que o(a) candidato(a) memorize o rol dos crimes hediondos. São eles:
§6º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada,
sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.
• Homicídio qualificado.
Penal. Habeas corpus. Art. 121, §§ 1º e 2º, incisos III e IV, do Código Penal. Progressão
de regime. Crime hediondo. Por incompatibilidade axiológica e por falta de previsão legal,
o homicídio qualificado privilegiado não integra o rol dos denominados crimes hediondos
(Precedentes). Writ concedido. (STJ – HC n.36.317/RJ, 5ª Turma)
Habeas corpus. Homicídio qualificado privilegiado. Tentativa. Crime não elencado como
hediondo. Regime prisional. Adequação. Possibilidade de progressão.
1. O homicídio qualificado privilegiado não figura no rol dos crimes hediondos. Preceden-
tes do STJ.
2. Afastada a incidência da Lei n.8.072/1990, o regime prisional deve ser fixado nos
termos do disposto no art. 33, § 3º, c/c o art. 59, ambos do Código Penal.
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3. In casu, a pena aplicada ao réu foi de seis anos, dois meses e vinte dias de reclusão,
e as instâncias ordinárias consideraram as circunstâncias judiciais favoráveis ao réu.
Logo, deve ser estabelecido o regime prisional intermediário, consoante dispõe a alínea b
do § 2º do art. 33 do Código Penal.
4. Ordem concedida para, afastada a hediondez do crime em tela, fixar o regime inicial
semiaberto para o cumprimento da pena infligida ao ora paciente, garantindo-se lhe a pro-
gressão, nas condições estabelecidas em lei, a serem oportunamente aferidas pelo Juízo
das Execuções Penais. (STJ – HC n.41.579/SP, 5ª Turma)
Habeas corpus. Direito Penal. Homicídio qualificado privilegiado. Progressão de regime.
Possibilidade.
1. O homicídio qualificado privilegiado não é crime hediondo, não se lhe aplicando norma
que estabelece o regime fechado para o integral cumprimento da pena privativa de liber-
dade (Lei n.8.072/1990, arts. 1º e 2º, § 1º).
2. Ordem concedida. (STJ – HC n.43.043/MG, 6ª Turma)
Vale lembrar que a Lei n. 13.104/2015, alterou o artigo 121 do Código Penal, para prever o
feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio, e o art. 1º da Lei n. 8.072,
de 25 de julho de 1990, para incluí-lo no rol dos crimes hediondos.
A Lei n. 13.142/2015 incluiu o homicídio, a lesão corporal gravíssima e lesão corporal se-
guida de morte, quando praticados contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144
da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança
Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro
ou parente consanguíneo até 3º grau, no elenco taxativo de crimes hediondos.
Quando você ler a letra da Lei n. 13964/2019, o chamado “Pacote Anticrime”, você verá que
o legislador chegou a incluir o oitavo inciso no § 2º, do art. 121 do Código Penal. A inclusão do
inciso acabou vetada, porém o inciso VIII continuou mesmo assim na Lei n. 8.072/1990.
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• Latrocínio
O crime de latrocínio está tipificado no art. 157, § 3º, do Código Penal. O latrocínio é crime
contra o patrimônio, pois a finalidade do agente é a apropriação de bem alheio móvel, embora
seja a vítima atingida diretamente, ou seja, o roubo é o crime‑fim, enquanto o homicídio carac-
teriza‑se como crime‑meio.
A doutrina considera o latrocínio um crime complexo, pois contém dois tipos penais na sua
descrição, o que faz gerar as seguintes hipóteses:
SUBTRAÇÃO MORTE Artigo 157, § 3º, do Código
Penal (latrocínio)
Consumada Consumada Consumado
Tentada Tentada Tentado
Consumada Tentada Tentado
Tentada Consumada Consumado (STF –
súmula 610)
Você deve memorizar a tabela “supra”, por conta da grande importância do assunto em
provas de concursos públicos.
Para que você entenda a tabela acima, trago a primorosa lição de Guilherme de Souza Nuc-
ci (2009, p. 713):
Neste último caso, dever se ia falar em latrocínio tentado, pois o crime patrimonial não atingiu a
concretização, embora da violência tenha resultado a morte. Entretanto, como a vida humana está
acima dos interesses patrimoniais, soa mais justa a punição do agente por latrocínio consumado,
até mesmo porque o tipo penal menciona “se da violência resulta morte”, seja ela exercida numa
tentativa ou num delito consumado anterior. É a posição esposada pela Súmula n.610 do Supremo
Tribunal Federal (“Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o
agente a subtração de bens da vítima”) e da maioria da jurisprudência.
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Apesar de não ser crime hediondo, você deverá guardar para as provas dos concursos que
o “Pacote Anticrime” fez com que o delito de roubo com emprego “branca” deixasse de ser
considerado simples e voltasse a ser considerado a forma majorada do crime. Assim, roubo
se tornou MAJORADO quando há o emprego de arma branca (faca, adaga, punhal), porém
continua não sendo hediondo.
A antiga redação da Lei dos Crimes Hediondos dizia que era apenas hediondo a extorsão
qualificada pela morte.
Em primeiro lugar, você deve memorizar que o crime de extorsão na forma simples não é
crime hediondo. Exemplo: gerente do banco é constrangido com emprego de violência para en-
tregar a senha que dá acesso ao cofre. Até então, estamos diante de um crime de extorsão na
forma simples. Se houver um resultado morte no contexto daí poderemos falar da hediondez
do crime.
A extorsão também constitui crime contra o patrimônio, pois tutela, sobretudo, a inviolabi-
lidade patrimonial e, de forma secundária, a vida, tratando-se de crime complexo. A violação à
vida da pessoa é meio executório para o ganho da vantagem patrimonial.
Como diferenciar o roubo da extorsão?
ROUBO EXTORSÃO
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O resultado morte faz com O resultado morte faz com que haja a
que haja a incidência da Lei incidência da Lei 8072/90
8072/90.
§ 3º Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessá-
ria para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além
da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2º
e 3º, respectivamente. (Incluído pela Lei n.11.923, de 2009)
Concluindo: o crime de extorsão previsto no § 3º do art. 158 do CP, quando resulta morte, é crime
hediondo, por força de uma interpretação extensiva do § 2º. Mas nem todas as disposições da lei
dos crimes hediondos são aplicáveis, ou seja, somente as constitucionalmente legítimas é que po-
dem ser sustentadas no Estado humanista de Direito, que é a síntese do Estado legal, constitucional
e internacional de Direito.
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Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como
condição ou preço do resgate:
Pena – reclusão, de oito a quinze anos. (Redação dada pela Lei n.8.072, de 25.7.1990)
“§ 1º Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o sequestrado é menor de 18 (de-
zoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha. Vide Lei
n.8.072, de 25.7.90 (Redação dada pela Lei n.10.741, de 2003)
Pena – reclusão, de doze a vinte anos. (Redação dada pela Lei n.8.072, de 25.7.1990)
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Vide Lei n.8.072, de 25.7.90
Pena – reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. (Redação dada pela Lei n.8.072, de 25.7.1990)
§ 3º - Se resulta a morte: Vide Lei n.8.072, de 25.7.90
Pena – reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. (Redação dada pela Lei n.8.072, de 25.7.1990)”
Haverá a forma simples do crime de extorsão mediante sequestro quando não estiverem
presentes nenhuma das hipóteses previstas nos parágrafos mencionados.
No § 4º do artigo 159 do Código Penal há a previsão de uma forma de delação premiada:
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Resumindo:
A forma simples do crime em comento está no caput do art. 159 do Código Penal que dis-
põe: “Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como
condição ou preço do resgate”.
Já as formas qualificadas estão previstas nos parágrafos do dispositivo ora em estudo: 1)
se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, 2) se o sequestrado é menor de 18 (de-
zoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, 3) se o crime é cometido por bando ou quadrilha, 4) se
do fato resulta lesão corporal de natureza grave ou 5) se resulta a morte da vítima.
A grande celeuma que eu não vi ainda manifestação da jurisprudência é o fato de o crime
de quadrilha ou bando ter dado lugar para o de associação criminosa. Quando o legislador
alterou a redação do art. 288 do Código Penal, ele não o fez em relação a outros artigos que
mencionavam a formação de quadrilha ou bando.
Uma menção importante que eu devo fazer é em relação à previsão na Lei dos Crimes He-
diondos do delito de formação de quadrilha para a prática de crimes hediondo ou equiparados.
Mesmo com alteração da redação do art. 288 do CP, houve silenciamento em relação ao crime
previsto no art. 8º da Lei n. 8.072/1990:
Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal, quando
se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou
terrorismo.
Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou quadrilha,
possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços.
Tratando-se de condenado pelo delito previsto no artigo 14 da Lei n. 6.368/1976, deve-se observar
as reprimendas mínima e máxima estabelecidas pelo artigo 8º da Lei n. 8.072/1990 (3 a 6 anos de
reclusão), por ser norma penal mais benéfica ao réu, impondo-se, inclusive, se for o caso, a exclusão
da pena de multa.
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• Estupro
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a
praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:
Pena – reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
§ 1º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito)
ou maior de 14 (catorze) anos:
Pena – reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.
§ 2º Se da conduta resulta morte:
Pena – reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
São considerados hediondos tanto o estupro na forma simples (quando resulta lesão leve
na vítima ou há o emprego de grave ameaça) como na qualificada (quando resulta lesão grave
ou morte da vítima).
O crime de estupro previsto no Código Penal Militar não é hediondo.
No passado, por conta da antiga redação da Lei n. 8072/1990, havia quem entendesse não
ser hediondo o estupro cometido na forma simples, no entanto, não era a posição que prevale-
cia no Supremo Tribunal Federal, senão vejamos:
Ementa: Habeas corpus. Estupro. Atentado violento ao pudor. Tipo penal básico ou forma
simples. Inocorrência de lesões corporais graves ou do evento morte. Caracterização,
ainda assim, da natureza hedionda de tais ilícitos penais (Lei n.8.072/1990). Pedido inde-
ferido. Os delitos de estupro e de atentado violento ao pudor, ainda que em sua forma
simples, configuram modalidades de crime hediondo, sendo irrelevante que a prática de
qualquer desses ilícitos penais tenha causado, ou não, lesões corporais de natureza grave
ou morte, que traduzem, nesse contexto, resultados qualificadores do tipo penal, não
constituindo, por isso mesmo, elementos essenciais e necessários ao reconhecimento
do caráter hediondo de tais infrações delituosas. Precedentes. Doutrina. (HC n.89.554/
DF, 2ª Turma).
Ementa: Habeas corpus. Processual penal. Atentado violento ao pudor. Forma simples.
Crime hediondo. Livramento condicional. Requisito objetivo não satisfeito. Exigência.
Cumprimento de 2/3 da pena. Ausência de plausibilidade jurídica incontestável. Habeas
corpus denegado. 1. A decisão do Superior Tribunal de Justiça, questionada neste
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habeas corpus, está em perfeita consonância com o entendimento deste Supremo sobre
a hediondez dos crimes de estupro e atentado violento ao pudor, mesmo que praticados
na sua forma simples. Precedentes. 2. Não há sustentação jurídica nos argumentos apre-
sentados pelo Impetrante para assegurar a concessão do benefício de livramento con-
dicional ao Paciente, pois não satisfeito o requisito objetivo de cumprimento de 2/3 da
pena imposta. 3. Habeas corpus denegado. (HC n.90.706/BA, 1ª Turma)
Vale destacar que, com a nova redação dada ao crime de estupro, restou revogado o crime
de atentado violento ao pudor (antigo art. 214 do CP), pois o tipo penal do art. 213, caput, abar-
ca tanto uma quanto outra conduta. Senão vejamos:
Quando a lei fala em conjunção carnal, está referindo-se ao sexo convencional e quando
se fala em ato libidinoso diverso de conjunção carnal, está referindo-se aos atos sexuais não
convencionais tais como os sexos anal, oral, toque etc.
Assim, não há mais que falar da existência do crime de atentado violento ao pudor no or-
denamento jurídico nacional.
É de suma importância que você leia os julgados do STF e do STJ sobre as Leis Penais e
Processuais Penais Especiais, que estão previstas no edital, uma vez que o Cespe, em algu-
mas provas, cobrou o entendimento de tais tribunais sobre a matéria. Além de ler a jurispru-
dência sobre o assunto, o candidato deverá memorizar as súmulas do STF e do STJ sobre o
conteúdo estudado.
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• Estupro de Vulnerável
Tanto o crime de estupro de vulnerável na forma simples como na forma qualificada são
considerados hediondos.
Por vulnerável entende se o menor de 14 (catorze) anos, aquele que, por enfermidade ou
deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qual-
quer outra causa, não pode oferecer resistência.
São as antigas hipóteses da violência presumida previstas no art. 224 do Código Penal.
Além disso, cumpre ressaltar que a Suprema Corte também considerava hediondo o crime
de estupro cometido com violência presumida, cabendo citar algumas decisões:
Ementa: Habeas corpus. Crimes descritos nos arts. 240 e 241 do Estatuto da Criança e
do Adolescente e no art. 214, c/c o art. 224 do Código Penal. Continuidade delitiva. Ino-
corrência: espaço de tempo igual a seis meses entre as séries delitivas. Atentado vio-
lento ao pudor com violência presumida: crime hediondo. Progressão de regime. Ordem
concedida de ofício. 1. A continuidade delitiva deve ser reconhecida “quando o agente,
mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie
e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os
subsequentes ser havidos como continuação do primeiro” (CP, art. 71). Evidenciado que
as séries delituosas estão separadas por espaço temporal igual a seis meses, não se há
de falar em crime continuado, mas em reiteração criminosa, incidindo a regra do concurso
material. 2. O atentado violento ao pudor é considerado hediondo em quaisquer de suas
formas (precedente do Pleno). 3. O Pleno do Supremo Tribunal Federal, em Sessão reali-
zada em 23/2/2006, declarou inconstitucional o § 1º do art. 2º da Lei n. 8.072/1990 (HC
n. 82.959, Pleno). Ordem concedida, de ofício, para possibilitar a progressão do regime de
cumprimento da pena do paciente, quanto ao crime de atentado violento ao pudor. (HC n.
87.495/SP, 1ª Turma)
Ementa: Penal. Processual Penal. Habeas corpus. Crime hediondo. Estupro simples com
violência presumida. Falta de fundamentação: constrangimento ilegal. Inocorrência. Pro-
gressão de regime prisional. Possibilidade. I – Não há falar em falta de fundamentação
do acórdão impugnado quanto ao regime de cumprimento da pena, se há referência
expressa à Lei n. 8.072/1990. II – A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é no sen-
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tido de que “os crimes de estupro e de atentado violento ao pudor, tanto nas suas formas
simples, Código Penal, arts. 213 e 214, como nas qualificadas (Código Penal, art. 223,
caput e parágrafo único), são crimes hediondos. Leis n. 8.072/1990, redação da Lei n.
8.930/1994, art. 1º, V e VI.” HC n. 81.288/SC, Plenário, Rel. p/ acórdão Min. Carlos Velloso,
DJU 25/4/2003. III – Após o julgamento do HC n. 82.929/SP pelo Plenário do STF, não
mais é vedada a progressão de regime prisional aos condenados pela prática de crimes
hediondos. IV – Ordem parcialmente concedida. (HC n. 87.281/MG, 1ª Turma)’.
Cumpre ressaltar que a Lei n. 12.015/2009 revogou o art. 224 do Código Penal, não ha-
vendo que falar mais em violência presumida. Senão vejamos recente julgado do Supremo
Tribunal Federal:
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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Crimes Hediondos
Sérgio Bautzer
Na hipótese em que tenha havido a prática de ato libidinoso diverso da conjunção carnal
contra vulnerável, não é possível ao magistrado – sob o fundamento de aplicação do
princípio da proporcionalidade – desclassificar o delito para a forma tentada em razão
de eventual menor gravidade da conduta. De fato, conforme o art. 217-A do CP, a prática
de atos libidinosos diversos da conjunção carnal contra vulnerável constitui a consuma-
ção do delito de estupro de vulnerável. Entende o STJ ser inadmissível que o julgador, de
forma manifestamente contrária à lei e utilizando-se dos princípios da razoabilidade e
da proporcionalidade, reconheça a forma tentada do delito, em razão da alegada menor
gravidade da conduta (REsp 1.313.369-RS, Sexta Turma, DJe 5/8/2013). Nesse contexto,
o magistrado, ao aplicar a pena, deve sopesar os fatos ante os limites mínimo e máximo
da reprimenda penal abstratamente prevista, o que já é suficiente para garantir que a
pena aplicada seja proporcional à gravidade concreta do comportamento do criminoso.
REsp 1.353.575-PR, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 5/12/2013.
Para que você tenha facilidade na hora de ler os julgados do STJ, sugiro que leia com mais
atenção a parte do julgado, cuja marcação em “negrito” foi realizada pelo responsável em
divulgar o conteúdo. Jurisprudência – Crimes Hediondos e Equiparados. O STJ possui várias
Turmas, sendo que a Quinta e a Sexta julgam matérias criminais. Já a 3ª Seção julga matéria
referente à competência. O CESPE, por exemplo, tem cobrado, até nas provas de nível médio,
pasmem, a jurisprudência dos Tribunais Superiores. Logo abaixo, dois julgados, da 5ª e 6ª
Turma do STJ, respectivamente, sobre os assuntos que estamos estudando na aula de hoje.
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Crimes Hediondos
Sérgio Bautzer
Turma, DJe 9/9/2010, e HC n. 101.860-RS, Primeira Turma, DJe 17/5/2011. AgRg n. HC n.
250.451-MG, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 19/3/2013.
DIREITO PENAL. ATOS LIBIDINOSOS DIVERSOS DA CONJUNÇÃO CARNAL CONTRA
VULNERÁVEL.
Na hipótese em que tenha havido a prática de ato libidinoso diverso da conjunção carnal
contra vulnerável, não é possível ao magistrado – sob o fundamento de aplicação do
princípio da proporcionalidade – desclassificar o delito para a forma tentada em razão
de eventual menor gravidade da conduta. De fato, conforme o art. 217-A do CP, a prática
de atos libidinosos diversos da conjunção carnal contra vulnerável constitui a consuma-
ção do delito de estupro de vulnerável. Entende o STJ ser inadmissível que o julgador, de
forma manifestamente contrária à lei e utilizando-se dos princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade, reconheça a forma tentada do delito, em razão da alegada menor gra-
vidade da conduta (REsp n. 1.313.369-RS, Sexta Turma, DJe 5/8/2013). Nesse contexto,
o magistrado, ao aplicar a pena, deve sopesar os fatos ante os limites mínimo e máximo
da reprimenda penal abstratamente prevista, o que já é suficiente para garantir que a
pena aplicada seja proporcional à gravidade concreta do comportamento do criminoso.
REsp n. 1.353.575-PR, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 5/12/2013.
O presente inciso foi inserido em 1998, após o escândalo nacional dos contraceptivos de
“farinha”, que foram colocados no mercado consumidor. Cumpre ressaltar que o estudo da
letra do art. 273 do Código Penal deve ser feito de maneira integral.
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Crimes Hediondos
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O candidato deve ficar atento aos possíveis questionamentos acerca dos incisos. Por
exemplo: a falsificação de cosméticos, de saneantes ou de produtos usados em diagnóstico
são crimes hediondos, por incrível que pareça.
Em 2013, a atribuição para investigar tal delito passou a ser da Polícia Federal, conforme se
depreende da leitura do inciso V do artigo 1º da Lei n. 10.446/2002:
Art. 1º Na forma do inciso I do § 1º do art. 144 da Constituição, quando houver repercussão interes-
tadual ou internacional que exija repressão uniforme, poderá o Departamento de Polícia Federal do
Ministério da Justiça, sem prejuízo da responsabilidade dos órgãos de segurança pública arrolados
no art. 144 da Constituição Federal, em especial das Polícias Militares e Civis dos Estados, proceder
à investigação, dentre outras, das seguintes infrações penais:
(...)
falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medi-
cinais e venda, inclusive pela internet, depósito ou distribuição do produto falsificado, corrompido,
adulterado ou alterado (art. 273 do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal).
(Incluído pela Lei n.12.894, de 2013).
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Crimes Hediondos
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2. O Poder Judiciário não detém competência para interferir nas opções feitas pelo Poder
Legislativo a respeito da apenação mais severa daqueles que praticam determinados
crimes, sob pena de afronta ao princípio da separação dos poderes.
3. In casu, o acórdão extraordinariamente recorrido assentou: PENAL. PROCESSO PENAL.
ARTIGO 273, § 1º e § 1º-B, INCISOS V e VI DO CÓDIGO PENAL. TRANSNACIONALIDADE.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. INCONSTITUCIONALIDADE AFASTADA. AUTORIA
E MATERIALIDADE COMPROVADAS. DOLO DEMONSTRADO. RECONHECIDO CONCURSO
FORMAL.
4. Agravo regimental DESPROVIDO. (STF. 1ª Turma. RE 829226 AgR, Rel. Min. Luiz Fux,
julgado em 10/02/20150.
(...) Alegação de inconstitucionalidade do art. 273, § 1º-B do Código Penal. Constituciona-
lidade da imputação. Lesão ao bem jurídico saúde pública. Precedentes. 3. Ausência de
argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 4. Agravo regimental a que se nega
provimento.
STF. 2ª Turma. RE 844152 AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 02/12/2014.
Cuidado: o crime de genocídio não é equiparado ao hediondo por estar única e simples-
mente no parágrafo único do art. 1º da Lei n. 8.072/1992. Lembrando você inclusive que com
o Pacote Anticrime ganhou alguns “companheiros”, que com ele estão no mencionado dispo-
sitivo.
O Plenário Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE n. 351.487/RR, cujo acórdão
vale a pena ser lido na íntegra caso você esteja prestando concursos para Juiz Federal ou
Procurador da República. O julgado ressalta que a lesão à vida, à integridade física ou à liber-
dade de locomoção são apenas meios de ataque nos diversos meios de ação do criminoso.
Afirmou-se que o crime de genocídio não visa proteger a vida ou a integridade física, mas sim a
diversidade humana. Foi asseverado que um eventual homicídio seria mero instrumento para a
execução do crime de genocídio, enfim, este NÃO é um crime doloso contra a vida, mas contra
a existência de grupo racial, nacional, étnico e religioso.
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Segue a ementa:
1. CRIME. Genocídio. Definição legal. Bem jurídico protegido. Tutela penal da existência
do grupo racial, étnico, nacional ou religioso, a que pertence a pessoa ou pessoas ime-
diatamente lesionadas. Delito de caráter coletivo ou transindividual. Crime contra a diver-
sidade humana como tal. Consumação mediante ações que, lesivas à vida, integridade
física, liberdade de locomoção e a outros bens jurídicos individuais, constituem moda-
lidade executórias. Inteligência do art. 1º da Lei n. 2.889/1956, e do art. 2º da Conven-
ção contra o Genocídio, ratificada pelo Decreto n. 30.822/1952. O tipo penal do delito de
genocídio protege, em todas as suas modalidades, bem jurídico coletivo ou transindivi-
dual, figurado na existência do grupo racial, étnico ou religioso, a qual é posta em risco
por ações que podem também ser ofensivas a bens jurídicos individuais, como o direito
à vida, a integridade física ou mental, a liberdade de locomoção etc. 2. CONCURSO DE
CRIMES. Genocídio. Crime unitário. Delito praticado mediante execução de doze homicí-
dios como crime continuado. Concurso aparente de normas. Não caracterização. Caso
de concurso formal. Penas cumulativas. Ações criminosas resultantes de desígnios autô-
nomos. Submissão teórica ao art. 70, caput, segunda parte, do Código Penal. Condena-
ção dos réus apenas pelo delito de genocídio. Recurso exclusivo da defesa. Impossibili-
dade de reformatio in peius. Não podem os réus, que cometeram, em concurso formal,
na execução do delito de genocídio, doze homicídios, receber a pena destes além da
pena daquele, no âmbito de recurso exclusivo da defesa. 3. COMPETÊNCIA CRIMINAL.
Ação penal. Conexão. Concurso formal entre genocídio e homicídios dolosos agravados.
Feito da competência da Justiça Federal. Julgamento cometido, em tese, ao tribunal do
júri. Inteligência do art. 5º, XXXVIII, da CF, e art. 78, I, c/c art. 74, § 1º, do Código de Pro-
cesso Penal. Condenação exclusiva pelo delito de genocídio, no juízo federal monocrá-
tico. Recurso exclusivo da defesa. Improvimento. Compete ao tribunal do júri da Justiça
Federal julgar os delitos de genocídio e de homicídio ou homicídios dolosos que constitu-
íram modalidade de sua execução.
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No final do ano de 2017, o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
foi incluído no rol dos crimes hediondos.
Ocorre que com a edição do “Pacote Anticrime”, o legislador substituiu a expressão “res-
trito” por “proibido”. Além disto, o legislador retirou a arma de fogo de uso proibido (o objeto
material do delito, no caso) e criou o §2º do art. 16 do Estatuto do Desarmamento, inclusive au-
mentando substancialmente a pena, tratando-se de verdade “lei penal mais prejudicial ao réu”.
Mesmo tendo a oportunidade, o Legislador quando editou a Lei n. 13.964/2019 não re-
solveu a questão da aplicação ou não dos rigores da Lei dos Crimes Hediondos para com as
figuras previstas nos incisos do §1º do art. 16, as chamadas condutas assemelhadas à posse
ou porte ilegal de arma de fogo de uso permitido ou proibido.
A Sexta Turma do tribunal denegou por unanimidade a ordem de habeas corpus impetrado
com a mesma fundamentação. Para o os Ministros, a Lei n.13.497/2017 não limitou ao caput a
aplicação dos rigores da Lei dos Crimes Hediondos:
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1. O art. 16 da Lei n. 10.826/2003 prevê gravosas condutas de contato com “arma de fogo,
acessório ou munição de uso proibido ou restrito”, vindo seu parágrafo único a acrescer
figuras equiparadas – em gravidade e resposta criminal. 2. Ainda que possam algumas
das condutas equiparadas ser praticadas com armas de uso permitido, o legislador as
considerou graves ao ponto de lhes fixar reprovação criminal equivalente às condutas do
caput. 3. Equiparação é tratamento igual para todos os fins, considerando equivalente o
dano social e equivalente também a necessária resposta penal, salvo ressalva expressa.
4. Ao ser qualificado como hediondo o art. 16 da Lei n. 10.826/2003, também as condu-
tas equiparadas, e assim previstas no mesmo artigo, devem receber igual tratamento. 5.
Praticado o crime equiparado do parágrafo único do art. 16 da Lei n. 10.826/2003 após
a publicação da Lei n. 13.497/2017, que inseriu a qualificação de hediondez, incide esse
tratamento mais gravoso ao fato do processo. 6. Habeas corpus denegado (HC 526.916/
SP, j. 01/10/2019).
O “Pacote Anticrime” inseriu o delito de comércio ilegal de arma de fogo no rol dos delitos,
além de ter aumentado consideravelmente as penas mínima e máxima da infração penal em
comento.
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Crimes Hediondos
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Art. 157 Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a
pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena – reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
(...)
§ 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: (Redação dada pela Lei n.13.654, de 2018)
(...)
VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente,
possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela Lei n.13.654, de 2018)
§ 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços): (Incluído pela Lei n.13.654, de 2018)
(...)
II – se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de artefato
análogo que cause perigo comum. (Incluído pela Lei n.13.654, de 2018). (Grifei)
No material próprio nós iremos estudar a Lei n. 12.850/2013 e voltaremos a falar no assun-
to em comento.
Mas desde já você deve ficar atento ao disposto no §2º do art. 310 do CPP, que trouxe de
volta ao ordenamento jurídico pátrio, a liberdade provisória proibida ou vedada:
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro)
horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do
acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério
Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:
.................................................................................................................
(...).
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou
milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou
sem medidas cautelares. (Grifei)
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Crimes Hediondos
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a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o trá-
fico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por
eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
Obs.: Eu recomendo que você leia a Constituição Federal “seca” todos os dias por uma hora.
O art. 2º desta Lei dispõe que os crimes hediondos e os equiparados são insuscetíveis de
anistia, graça, indulto e de fiança:
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e
o terrorismo são insuscetíveis de:
I – anistia, graça e indulto;
II – fiança. (Redação dada pela Lei n. 11.464, de 2007)
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Crimes Hediondos
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Anistia
É o “esquecimento” jurídico de uma ou mais infrações penais. Conforme o art. 48 da Cons-
tituição Federal, é atribuição do Congresso Nacional, por meio de lei federal, a concessão da
anistia. Todos os efeitos de natureza penal deixam de existir.
É causa extintiva da punibilidade do agente, conforme se depreende pela leitura do art. 107
do Estatuto Penal.
Graça
É a concessão de “perdão” pelo Presidente da República, por meio de decreto. Trata-se de
uma espécie de perdão estatal.
É causa extintiva da punibilidade, conforme se depreende pela leitura do art. 107 do Código
Penal.
É correto afirmar que a graça é o indulto individual.
Indulto
Também é concedido pelo Presidente da República por meio de decreto. É coletivo, pois
possui um caráter de generalidade, ou seja, abrange várias pessoas que atendam a determina-
das condições previstos no ato presidencial. Você também deve memorizar que é uma causa
extintiva de punibilidade, também prevista no já mencionado art. 107 do Estatuto Penal.
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Art. 122. (...)
§ 1º .........................................................................................................
§ 2º Não terá direito à saída temporária a que se refere o caput deste artigo o condenado que
cumpre pena por praticar crime hediondo com resultado morte. (NR)
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Por fim, vou te lembrar que a comutação de pena significa indulto parcial e que também
é vedada a concessão quando tratar de crimes hediondos e equiparados. A 6ª Turma do STJ
decidiu o seguinte:
COMUTAÇÃO. CRIME HEDIONDO. Não há como tachar de ilegal a decisão que indefere
a comutação de pena (arts. 1º, III, e 2º do Dec. N. 6.294/2007) diante da hediondez do
crime de latrocínio, visto que o STF reconheceu inconstitucionalidade apenas no tocante
ao § 1º do art. 2º da Lei n. 8.072/1990 (progressão de regime), deixando incólume a
vedação do indulto e da comutação. A negativa da comutação, conforme a jurisprudên-
cia, é discricionariedade conferida ao presidente da República. Precedentes citados: HC
n. 147.982-MS, DJe 21/6/2010; HC n. 137.223-RS, DJe 29/3/2010; HC n. 142.779-RS, DJe
1º/2/2010, e HC n. 141.211-RS, DJe 23/11/2009. HC n. 126.077-SP, Rel. Min. Maria The-
reza de Assis Moura, julgado em 5/10/2010.
Quem comete um crime hediondo ou equiparado não pode ser agraciado, anistiado e tam-
bém não pode receber indulto.
Liberdade Provisória
É um dos temas importantes relacionados aos editais dos concursos das carreiras poli-
ciais.
E vou te contar um segredo: eu tinha muita dificuldade nessa matéria.
A liberdade provisória pode ser concedida ao indiciado ou ao réu preso cautelosamente,
para que ele responda ao inquérito ou ao processo provisoriamente em liberdade.
É uma garantia constitucional prevista no art. 5º, LXVI, da CF, assim redigido: “ninguém
será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem
fiança”.
A Constituição Federal, o Código de Processo Penal e a Lei n. 8.072/1990 dizem expres-
samente que os crimes hediondos e equiparados são inafiançáveis, ou seja, que é vedada a
concessão de liberdade provisória com arbitramento de fiança para tais delitos.
A vedação à liberdade provisória, antes expressamente prevista na Lei n. 8.072/1990, não
impedia o relaxamento do flagrante quando:
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A proibição da liberdade provisória nos processos por crimes hediondos não veda o rela-
xamento da prisão processual por excesso de prazo.
A Lei n. 11.464/2007, que alterou a Lei dos Crimes Hediondos, possibilitou a concessão de
liberdade provisória sem arbitramento de fiança, no caso de cometimento de crimes hedion-
dos ou equiparados.
Nas provas de concurso, você deve ficar atento à expressão “liberdade provisória”, que
significa que o examinador quer testar os teus conhecimentos acerca da liberdade provisória
sem fixação de fiança.
Antigamente, existiam vozes que sustentavam, que mesmo com a alteração na Lei dos
Crimes Hediondos, a proibição de liberdade provisória decorreria da inafiançabilidade prevista
no art. 5º, XLIII, da CF, ou seja, entende-se que, se a liberdade provisória com fiança não é per-
mitida, com mais razão não seria a liberdade provisória sem fiança. Nesse sentido, vale citar o
HC n. 93.229/SP, 1ª Turma, do STF e o HC n. 93.591/MS, 6ª Turma, do STJ.
No que concerne aos crimes de tráfico de drogas, o art. 44 da Lei n. 11.343/2006 também
vedava de maneira expressa a concessão de liberdade provisória sem fixação de fiança (a cha-
mada “liberdade provisória”, memorize) aos delitos em comento.
O STF chegou a suscitar que a redação conferida ao art. 2º, II, da Lei n. 8.072/1990, pela Lei
n. 11.464/2007 não preponderava sobre o disposto no art. 44 da Lei n. 11.343/2006, que proibia,
expressamente, a concessão de liberdade provisória em se tratando de tráfico de drogas – HC
n. 92.495/PE, 2ª Turma: Informativo n. 508.
No HC n. 94.916/RS (2ª Turma): informativo n. 522, o Ministro Eros Grau enfatizou a excep-
cionalidade da liberdade provisória nos crimes de tráfico de drogas.
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O mestre Alberto Silva Franco (2002, p. 1.298), antes da alteração promovida pela Lei n.
11.464/2007, professava:
[...] sob a ótica do princípio fundamental da dignidade da pessoa humana e dos direitos fundamen-
tais correlacionados do devido processo legal, da presunção da inocência e da liberdade provisória.
Na medida em que o texto da lei ordinária obsta, sem prévia autorização constitucional, a conces-
são do direito fundamental à liberdade provisória, nos crimes hediondos e a eles equiparados, e na
medida em que o mesmo texto transforma o caráter instrumental das medidas cautelares em for-
mas aflitivas de privação da liberdade para atingir objetivos de prevenção penal, a dignidade da pes-
soa humana, que serve de base a todos os direitos fundamentais, fica em xeque: a prisão cautelar
transforma-se numa penalização desnecessária, sem observância do due process of law, passível
de censura constitucional e, numa rotulagem inapropriada, o indiciado ou acusado ficam equipara-
dos à condição de culpado, ofendendo-se claramente o princípio da presunção de inocência.
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro)
horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do
acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério
Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:
.................................................................................................................
(...)
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou
milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou
sem medidas cautelares. (Grifei)
A tabela abaixo deve ser memorizada, pois resume tudo o que estudamos agora sobre as
questões jurídicas sobre os crimes Hediondos. Além disso, revisamos o concernente aos cri-
mes de Tráfico de Drogas, Tortura, Racismo e a Ação de Grupo Armado Civil ou Militar contra o
Estado Democrático e a Ordem Constitucional:
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Obs.: Para a prova, você deve memorizar que cabe liberdade provisória nos crimes hedion-
dos e equiparados, desde que ausentes os requisitos e fundamentos da prisão preven-
tiva.
Você deverá ficar atento à mudança feita pelo Pacote Anticrime em relação ao art. 310
do CPP:
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro)
horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do
acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério
Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:
.................................................................................................................
(...)
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou
milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou
sem medidas cautelares. (Grifei)
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Entendo que a redação dada ao §2º do art. 310 do CPP traz de volta ao ordenamento jurídi-
co nacional a liberdade provisória vedada ou proibida. Assim, não é possível que o juiz conceda
a liberdade provisória com ou sem fixação de fiança ao agente é reincidente ou que integra
organização criminosa armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá
denegar a liberdade provisória
Progressão de Regime de Cumprimento de Pena
A antiga redação do art. 2º da Lei n. 8.072/1990 afirmava que a pena privativa de liberdade
por crime previsto na lei deveria ser cumprida em regime integralmente fechado.
Em 1997, a Lei de Tortura inovou no ordenamento jurídico dispondo que era possível que
o condenado, por um dos crimes lá previstos (salvo a omissão) pudesse progredir de regime.
Muitos sustentaram que tal possibilidade deveria ser dada aos demais crimes hediondos e
equiparados. Porém o Supremo Tribunal Federal, por meio da Súmula n. 698, disse que não se
estenderia aos demais crimes hediondos e equiparados a admissibilidade de progressão no
regime de execução da pena aplicada ao crime de tortura.
A súmula n. 698 perdeu a razão de ser com a declaração de inconstitucionalidade da veda-
ção à progressão de regime prevista na Lei dos Crimes Hediondos e a consequente alteração
realizada pela Lei n. 11.464, de 2007.
Vale indicar que a antiga redação do art. 2º não encontrava perfeita sintonia com o princí-
pio constitucional da individualização da pena. Assim, quase 16 anos depois da edição da Lei
dos Crimes Hediondos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal entendeu, no julgamento do HC
n. 82.959, que a vedação de progressão de regime ofendia, em sua essência, a regra constitu-
cional em estudo.
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Com o advento da Lei n. 11.464/2007, o art. 2º, § 1º, a progressão do regime passou a ser
expressamente admitida, sendo que o condenado deveria iniciar o cumprimento da pena obri-
gatoriamente em regime fechado.
Assim, se o apenado for primário, a progressão ocorrerá após o cumprimento de 2/5 (dois
quintos) da pena; se reincidente, após o cumprimento de 3/5 (três quintos).
Em 2012, o Plenário do Supremo Tribunal Federal entendeu inconstitucional a obrigato-
riedade do início do cumprimento da pena em regime fechado, no caso de condenação por
crimes hediondos ou equiparados.
O “Pacote Anticrime”, como já mencionado, alterou a Lei de Execução Penal em seu art. 112,
que traz regra sobre a progressão de regime de pena no Brasil:
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência
para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos:
I – 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem
violência à pessoa ou grave ameaça;
II – 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido sem violência à
pessoa ou grave ameaça;
III – 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido
com violência à pessoa ou grave ameaça;
IV – 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido com violência
à pessoa ou grave ameaça;
V – 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo
ou equiparado, se for primário;
VI – 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for:
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário,
vedado o livramento condicional;
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada
para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada;
VII – 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo
ou equiparado;
VIII – 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equipa-
rado com resultado morte, vedado o livramento condicional. (Grifei)
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§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa conduta
carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a pro-
gressão.
§ 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de regime será sempre motivada e precedida de
manifestação do Ministério Público e do defensor, procedimento que também será adotado na con-
cessão de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos
nas normas vigentes
De agora em diante você deverá memorizar que com a edição do “Pacote Anticrime”, o con-
denado por crime hediondo ou equiparado deverá cumprir 40% (quarenta por cento) da pena,
se for primário.
Cumprirá 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for primário e tiver sido con-
denado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, sendo vedado o
livramento condicional.
Também cumprirá 50% (cinquenta por cento) da pena, o condenado por exercer o coman-
do, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a prática de crime hedion-
do ou equiparado.
Cumprirá 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de
crime hediondo ou equiparado.
Cumprirá 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo
ou equiparado com resultado morte, sendo vedado o livramento condicional.
O Pacote Anticrime revogou o dispositivo que previa que no caso de condenação por crime
hediondo ou equiparado o condenado deveria cumprir 2/5 da pena, se primário, e 3/5 se rein-
cidente.
§ 3º Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar
em liberdade. (Redação dada pela Lei n. 11.464, de 2007).
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Art. 492.
(...)
e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se presentes os
requisitos da prisão preventiva, ou, no caso de condenação a uma pena igual ou superior a 15 (quinze)
anos de reclusão, determinará a execução provisória das penas, com expedição do mandado de
prisão, se for o caso, sem prejuízo do conhecimento de recursos que vierem a ser interpostos;
.................................................................................................................
§ 3º O presidente poderá, excepcionalmente, deixar de autorizar a execução provisória das penas de
que trata a alínea e do inciso I do caput deste artigo, se houver questão substancial cuja resolução
pelo tribunal ao qual competir o julgamento possa plausivelmente levar à revisão da condenação.
§ 4º A apelação interposta contra decisão condenatória do Tribunal do Júri a uma pena igual ou
superior a 15 (quinze) anos de reclusão não terá efeito suspensivo. (Grifei).
V – cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática da
tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente
específico em crimes dessa natureza.
Além dos requisitos já estabelecidos no CP, o condenado deve cumprir mais de 2/3 da
reprimenda imposta, desde que não seja reincidente específico em crimes hediondos ou equi-
parados.
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Você deve ficar atento às alterações promovidas pelo “Pacote Anticrime” em relação ao
instituto do Livramento Condicional no caso de condenação por crimes hediondos e equipara-
dos:
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência
para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos:
I – 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem
violência à pessoa ou grave ameaça;
II – 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido sem violência à
pessoa ou grave ameaça;
III – 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido
com violência à pessoa ou grave ameaça;
IV – 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido com violência
à pessoa ou grave ameaça;
V – 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo
ou equiparado, se for primário;
VI – 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for:
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário,
vedado o livramento condicional;
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada
para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada;
VII – 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo
ou equiparado;
VIII – 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equipa-
rado com resultado morte, vedado o livramento condicional. (Grifei)
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa conduta
carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a pro-
gressão.
§ 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de regime será sempre motivada e precedida de
manifestação do Ministério Público e do defensor, procedimento que também será adotado na con-
cessão de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos
nas normas vigentes.
Você deverá memorizar que a partir do “Pacote Anticrime” o condenado por crime hedion-
do ou equiparado com resultado morte deverá cumprir 50% (cinquenta por cento) da pena, se
o apenado for primário, vedado o livramento condicional. Se reincidente em crime hediondo
ou equiparado com resultado morte, o condenado cumprirá 70% (setenta por cento) da pena,
sendo vedado o livramento condicional.
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Novamente, se o processo estiver em curso, a nova lei penal não vai retroagir para abarcar
fatos passados, no caso de ser mais prejudicial ao réu.
Reincidência Específica em Crimes Hediondos e Equiparados.
A primeira corrente, denominada restritiva, diz que é considerado reincidente específico o
criminoso já condenado por um crime hediondo em sentença transitada em julgado, que vem
a cometer novamente o mesmo delito.
Ex.: o condenado comete crime de estupro no interior do presídio onde cumpre a pena, após
ser condenado de maneira definitiva (por estupro).
Ex.: o condenado comete crime de homicídio qualificado no interior do presídio onde cumpre a
pena, após ser condenado de maneira definitiva pela prática de tráfico de drogas.
LXI – ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de auto-
ridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar,
definidos em lei;
Tomamos por base os ensinamentos de Ricardo Andreucci1: “O primeiro aduz que a prisão
temporária é inconstitucional os aspectos formal e material”. Segundo esta corrente, a prisão
temporária é formalmente inconstitucional por ser oriunda de medida provisória (MP n. 111,
1
ANDREUCCI, Ricardo Antônio. Legislação Penal Especial, 6ª -São Paulo: Saraiva, 2009, página 500.
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de 1989) e no aspecto material por afrontar o princípio da presunção de inocência (CF, art. 5º,
LVII). Entretanto, para o Supremo Tribunal Federal, a Lei é constitucional por ter sido a medida
provisória convertida em Lei, por não se confundir com prisão penal e por ser um “instrumento
destinado a atuar em benefício da atividade desenvolvida no processo penal” (HC n. 80.719,
Informativo STF n. 221, Rel. Min. Celso de Melo).
Requisitos da Prisão Temporária
Consoante a disposição do art. 1º da Lei n. 7.960/1989,
Você deve atentar-se ao fato de que o crime de envenenamento de água potável ou subs-
tância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte ERA hediondo e deixou de ser na década
de 1990, mas ainda está previsto no rol taxativo de delitos que admitem a prisão temporária.
Mesmo com o advento do Pacote Anticrime não houve a inclusão de novos delitos no rol
taxativo de crimes que admitem a prisão temporária (Art. 1º da Lei n. 7.960/1989).
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Guilherme Nucci diz que devemos “consertar os equívocos legislativos e fixar como parâ-
metro a reunião do inciso III com o I ou com o inciso II” (NUCCI, Guilherme de Souza. Leis pe-
nais e processuais penais comentadas. 3ª edição. Ed. Revista dos Tribunais. 2008, pág. 1008).
Nesse mesmo sentido está o Professor Maurício Zanoide de Moraes (Leis penais especiais
e sua interpretação jurisprudencial, V. 2, pág. 2869). Assim como Capez, partilhamos da tese
defendida por Damásio de Jesus.
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Art. 2º A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade poli-
cial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual
período em caso de extrema e comprovada necessidade.
É importante ressaltarmos que, se a representação for feita pela autoridade policial, o Juiz
deverá ouvir o Órgão do MP antes de decidir o pedido.
Ocorrendo a prisão temporária, o despacho do Juiz deverá ser fundamentado e prolatado
dentro do prazo de 24 horas, contadas a partir do recebimento da representação ou do reque-
rimento.
A fundamentação é uma decorrência lógica de toda e qualquer decisão judicial, que deve
ser fundamentada conforme dispõe o artigo 93, § 9º, da Constituição Federal de 1988. O prazo
de 24 horas é um prazo impróprio, pois, se porventura o juiz extrapolá-lo, não há que se falar
em nulidade.
O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público e do Advogado, determi-
nar que o preso lhe seja apresentado, solicitar informações e esclarecimentos da autoridade
policial e submetê-lo a exame de corpo de delito.
Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias, uma das
quais será entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa.
A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de mandado judicial.
Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos direitos previstos no art. 5º
da Constituição Federal.
Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais de-
tentos.
A libertação do preso temporário deverá ser realizada pela própria autoridade policial, sem
que haja a necessidade do alvará de soltura.
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Hipótese I Hipótese II
Prazo: 30 + 30 + 10 = 70 dias para Prazo: 5 + 5 + 10 = 20 dias para con-
concluir o inquérito policial cluir o inquérito policial.
Há quem sustente que o prazo de prisão temporária está contido no prazo para conclusão
do inquérito policial. Para tal corrente, o prazo do inquérito policial, se o indiciado estiver preso
em virtude de prisão temporária, será de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco dias, havendo
exceção para determinados casos, a exemplo dos crimes de tráfico de drogas ou tortura, em
que o prazo se estende para 30 dias, prorrogáveis por igual período, em caso de extrema e
comprovada necessidade.
Encerrado o prazo da prisão temporária, mediante a representação do Delegado de Polícia
ou do Órgão Ministerial, o Juiz pode decretar a prisão preventiva se estiverem presentes os
requisitos previstos no Código de Processo Penal, de acordo com a nova redação dada ao as-
sunto pelo Pacote Anticrime.
O prazo da prisão temporária nos crimes hediondos será de 30 dias, prorrogável por igual
período, em caso de extrema e comprovada necessidade. Para os outros crimes, o prazo da
prisão temporária é de cinco dias, também prorrogável por igual período, em caso de extrema
e comprovada necessidade.
É cabível prisão temporária em todos os crimes hediondos e equiparados, mas nem todos
os crimes previstos no rol taxativo da Lei n. 7.960/1989 são hediondos ou equiparados
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RESUMO
Equiparados a hediondos Hediondos
T– tráfico de drogas Art. 1º da Lei n. 8.072/1990
T– Tortura Rol Taxativo
T – Terrorismo São considerados hediondos os crimes previstos
no art. 1º da Lei n. 8.072/1990 tanto na forma ten-
tada quando na forma consumada.
Como define-se um crime como hediondo? O Critério adotado no Brasil é o legal, ou seja,
quem define o crime como hediondo é o legislador.
O STF entende que associação para o tráfico de drogas não é crime equiparado ao hediondo.
• Latrocínio
• Extorsão qualificada pelo resultado morte
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Para o Professor Luiz Flávio Gomes, o crime de “sequestro relâmpago” com resultado de morte
é hediondo (é um crime de extorsão com resultado morte).
• Estupro
• Estupro de vulnerável
Epidemia: propagação de germes patogênicos num curto espaço de tempo. Temos aqui
um crime preterdoloso.
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• Lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão corporal seguida
de morte (art. 129, § 3º) quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos
arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Na-
cional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra
seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa
condição.
• Feminicídio
• Comércio ilegal de arma de fogo.
• Tráfico internacional de arma de fogo.
• Roubo com emprego de arma de fogo.
• Roubo com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido.
• Furto com emprego de explosivo.
• Roubo com restrição de liberdade.
• Roubo com resultado lesão grave.
• Extorsão com restrição de liberdade, com ocorrência de lesão grave ou morte.
• Organização criminosa voltada para a prática de crimes hediondos ou equiparados
• Os crimes hediondos e equiparados são insuscetíveis de graça, anistia e indulto.
CP
Art. 107. É o esquecimento jurídico de uma ou mais infrações penais. É concedida pelo Congresso
Nacional por meio de lei federal
Graça: é uma causa extintiva de punibilidade. É uma espécie de clemência estatal Conce-
dida pelo Presidente da República; ela é individual.
Indulto: é uma causa extintiva de punibilidade. É uma clemência estatal concedida pelo
Presidente da República que é dada de maneira coletiva. O PR pode comutar pena, que é o
indulto parcial, uma redução de pena.
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CF/1988
Art. 84.
Parágrafo único. Por meio de delegação do Presidente da República o AGU, PGR e Ministro de Esta-
do podem conceder indulto.
Obs.: O Juiz não pode decretar de ofício (sem provocação) a prisão temporária.
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• Para outros crimes previstos no rol taxativo previsto no art. 1º da Lei n. 7.960/1989 o
prazo é de 5 dias prorrogáveis por igual período em caso de extrema necessidade.
LETRA DA LEI
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I – A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão corporal
seguida de morte (art. 129, § 3º), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito
nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Na-
cional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição;
(Incluído pela Lei n.13.142, de 2015)
II – roubo: (Redação dada pela Lei n.13.964, de 2019)
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V); (Incluído
pela Lei n.13.964, de 2019)
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo empre-
go de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B); (Incluído pela Lei n.13.964,
de 2019)
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º); (Incluído pela
Lei n.13.964, de 2019)
III – extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal
ou morte (art. 158, § 3º); (Redação dada pela Lei n.13.964, de 2019)
IV – extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2º e 3º);
(Inciso incluído pela Lei n.8.930, de 1994)
V – estupro (art. 213, caput e §§ 1º e 2º); (Redação dada pela Lei n.12.015, de 2009)
VI – estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1º, 2º, 3º e 4º); (Redação dada pela Lei
n.12.015, de 2009)
VII – epidemia com resultado morte (art. 267, § 1º). (Inciso incluído pela Lei n.8.930,
de 1994)
VII – A – (VETADO) (Inciso incluído pela Lei n.9.695, de 1998)
VII – B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins tera-
pêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1º, § 1º-A e § 1º-B, com a redação dada pela Lei
no 9.677, de 2 de julho de 1998). (Inciso incluído pela Lei n.9.695, de 1998)
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Crimes Hediondos
Sérgio Bautzer
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Crimes Hediondos
Sérgio Bautzer
§ 4º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989,
nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período
em caso de extrema e comprovada necessidade. (Incluído pela Lei n.11.464, de 2007)
Art. 4º (Vetado).
Art. 6º Os arts. 157, § 3º; 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º; 213; 214; 223, caput e seu pará-
grafo único; 267, caput e 270; caput, todos do Código Penal, passam a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 157..............................................................
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de cinco a quinze
anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
........................................................................
Art. 159. ...............................................................
Pena – reclusão, de oito a quinze anos.
§ 1º.................................................................
Pena – reclusão, de doze a vinte anos.
§ 2º.................................................................
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Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal,
quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e dro-
gas afins ou terrorismo.
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Art. 11. (Vetado).
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EXERCÍCIOS
Questão 1 (CESPE TJ-PA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2019) Conforme a Lei n.8.072/1990,
é considerado hediondo o crime de
a) favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de mulheres.
b) Infanticídio.
c) extorsão qualificada por qualquer resultado.
d) lavagem de dinheiro.
e) epidemia com resultado morte.
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(VUNESP/PC-BA/DELEGADO DE POLÍCIA/2018)
Considere o seguinte caso hipotético.
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que integra a Força Nacional, residente na referida cidade, se envolveu em acidente de trânsito
sem vítimas, ao abalroar o veículo do condutor “Y”. Após se identificar como irmão do Militar
do Estado integrante da Força Nacional, foi violentamente agredido por “Y”, que confessou ter
assim agido apenas por saber dessa condição. As agressões provocaram lesões corporais
gravíssimas no civil “X”. Diante do exposto, é correto afirmar que o crime praticado por “Y”
a) não é considerado hediondo, pois a legislação contempla apenas o crime de homicídio do-
loso perpetrado contra o Militar do Estado.
b) é considerado hediondo, apenas por se tratar de uma lesão corporal dolosa de natureza
gravíssima, independentemente da condição da eventual vítima.
c) não é considerado hediondo, pois a legislação não contempla lesão corporal dolosa de na-
tureza gravíssima como crime hediondo.
d) é considerado hediondo, pois o civil “X” foi vítima de lesão corporal dolosa de natureza gra-
víssima apenas por ser irmão de Militar do Estado em razão de sua função.
e) somente seria considerado hediondo se o crime de lesão corporal dolosa de natureza gravís-
sima fosse perpetrado contra o próprio Militar do Estado em razão de sua função.
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d) O crime de roubo majorado pelo emprego de arma de fogo é tratado pela lei como hediondo.
e) O furto qualificado pelo emprego de explosivo foi inserido no rol taxativo de crimes hedion-
dos com o advento do pacote anticrime.
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e) condenatória, a lei veda que ele aguarde o julgamento de eventual apelação em liberdade.
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finitiva, por ambos os delitos. Você, Defensor Público em exercício junto à Vara de Execuções
Penais, atuando na defesa dos interesses de Paulo, deverá requerer a concessão da progres-
são de regime após o cumprimento de:
a) 2/5 do total da pena aplicada.
b) 3/5 do total da pena aplicada.
c) 2/5 da pena pelo crime de associação para o tráfico de drogas (art. 35 da Lei n. 11.343/06),
mais 1/6 da pena pelo crime de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei n. 11.343/06).
d) 1/4 do total da pena aplicada.
e) 2/5 da pena pelo crime de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei n. 11.343/06), mais 1/6 da
pena pelo crime de associação para o tráfico de drogas (art. 35 da Lei n. 11.343/06).
a) I e II, somente.
b) I e III, somente.
c) I, II e IV, somente.
d) I, III e IV, somente.
e) II, III e IV, somente.
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e) terá o prazo de 40 (dias), prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade.
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potética, assinale a opção correta de acordo com a Lei de Execução Penal (LEP) e a Lei dos
Crimes Hediondos.
a) Para receber o benefício da progressão de regime, o acusado deve preencher os requisitos
de natureza objetiva (lapso temporal) e subjetiva (bom comportamento carcerário), sendo
obrigatória a realização do exame criminológico antes do deferimento da progressão de re-
gime.
b) A novel legislação dos crimes hediondos estabeleceu prazos mais rigorosos para a progres-
são prisional, porém pode ser aplicada aos casos ocorridos anteriormente à sua vigência, por
se tratar de legislação especial em relação à LEP.
c) Marcos deve cumprir a pena integralmente em regime fechado, por se tratar de crime he-
diondo.
d) Se Marcos for punido por falta grave, não pode perder o direito ao tempo remido, sob pena
de ofensa ao direito adquirido.
e) Em caso de cometimento de falta grave pelo condenado, será interrompido o cômputo do
interstício exigido para a concessão do benefício da progressão de regime prisional, qual seja,
o cumprimento de um sexto da pena no regime anterior.
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GABARITO
1. c (desatualizado) 28. b
2. b 29. E
3. Desatualizado 30. Anulado
4. a (desatualizado) 31. d
5. C 32. e
6. e 33. c
7. c 34. C
8. C 35. E
9. d 36. a
10. b 37. Desatualizado
11. e 38. a
12. c 39. E
13. d 40. e (desatualizado)
14. b 41. d
15. b (desatualizado) 42. e
16. a 43. E (desatualizado)
17. c 44. C
18. d 45. E
19. C 46. E
20. e 47. E
21. E 48. e
22. E 49. e
23. d (desatualizado) 50. C
24. a
25. b (desatualizado)
26. E
27. a
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (CESPE/TJ-PA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2019) Conforme a Lei
n.8.072/1990, é considerado hediondo o crime de
a) favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de mulheres.
b) Infanticídio.
c) extorsão qualificada por qualquer resultado.
d) lavagem de dinheiro.
e) epidemia com resultado morte.
Letra c. (desatualizado)
Com o advento do “Pacote Anticrime”, o popular “sequestro relâmpago” se tornou crime he-
diondo, o que tornaria a letra C como correta. O crime previsto na letra A será hediondo se
as vítimas forem crianças, adolescente ou vulneráveis. Os crimes de lavagem de capitais e
infanticídio não são hediondos, apesar de o último ser um crime doloso contra a vida. Por fim,
o crime de epidemia com resultado morte é hediondo pois está no rol taxativo de delitos con-
siderados como hediondos.
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Letra b.
Desde que o “feminicídio” surgiu no ordenamento jurídico pátrio, ele já é considerado hedion-
do, por estar no rol taxativo do art. 1º da Lei n. 8.072/1990. Já o crime de corrupção não é
considerado hediondo por não estar previsto no elenco “supra”, o que torna a letra C incorreta.
O mesmo vale para o delito mencionado na letra D. A letra E está equivocada, uma vez que na
Lei dos Crimes Hediondos há duas modalidades de lesão que sofrem os efeitos da hediondez:
I – A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão corporal seguida de
morte (art. 129, § 3º), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144
da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública,
no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente con-
sanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluído pela Lei n.13.142, de 2015) (Grifei).
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Desatualizado.
Desde o começo dos anos 2010, é admitida a concessão de liberdade provisória nos crimes
hediondos e equiparados, porém o candidato deve ficar atento com a nova redação do art. 310
do CPP no que concerne à volta da liberdade provisória proibida ou vedada no ordenamento ju-
rídico pátrio. Assim, a letra a está equivocada. A letra B seria a correta à época, porém o art.2º,
§2º da Lei dos Crimes Hediondos foi revogado pelo Pacote Anticrime. A letra c está errada,
pois na delação premiada prevista no art. 41 da Lei de Drogas a redução de pena é de 1 a 2/3.
A letra d está errada pois a pena do crime de induzimento, auxílio ou instigação ao uso indevido
de drogas é de detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.
A letra e está errada pois o art. 45 da Lei de Drogas diz que o agente que for inteiramente inca-
paz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento
será isento de pena. A pegadinha reside em seu misturar o que está disposto no art. 45 com o
art. 46 ambos da Lei de Drogas. Memorize que o art. 45 da Lei 11.343/06 tem várias palavras
que começam com a letra “i”: isento, inteiramente e incapaz.
Letra a. (desatualizado)
O delito que está disposto na letra não é hediondo, apesar de um crime doloso contra a vida.
O crime que está na letra B é hediondo e está previsto no art. 273 do CP. A letra C traz o crime
de estupro na forma qualificada, que é hediondo inclusive na forma simples. A letra D traz o
crime de exploração sexual de adolescente, que está no rol taxativo do art. 1º da Lei 8072/90.
O porte de arma de fogo de uso restrito deixou de ser crime hediondo, com o advento do Pa-
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cote Anticrime.
Certo.
Letra e.
A letra E é a correta uma vez que por expressa disposição legal não é possível a concessão da
graça e do indulto no caso de condenado por crimes hediondos ou equiparados.
A letra A está equivocada, uma vez que o critério adotado para ser definir um crime como he-
diondo é o legal, ou seja, apenas o legislador pode defini-lo como tal. A letra B está equivocada
uma vez que o Plenário do STF declarou inconstitucional a obrigatoriedade de se iniciar o cum-
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primento da pena em regime fechado, no caso de condenação por crime hediondo ou equipa-
rado. A letra C está errada uma vez que segundo o art. 112 da LEP, com a nova redação dada
pelo Pacote Anticrime, o tráfico de drogas na forma privilegiada não é equiparado ao hediondo.
A letra D está equivoca uma vez que não possui fundamento em lei.
Letra c.
A letra A está equivocada pois o infanticídio não é crime hediondo. Já a letra B está errada,
pois a tentativa de homicídio na forma simples não está no rol taxativo de crimes considerados
hediondos. A letra D está também equivocada uma vez que o critério para se definir um crime
como hediondo é o legal, ou seja, quem o define é o legislador, e não o juiz. Por fim, a letra E
está equivocada, pois o crime de omissão perante a tortura, a depender da pena, fará com que
o condenado inicie o cumprimento da pena em regime semiaberto ou aberto.
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O ordenamento jurídico nacional adotou o critério legal para a tipificação dos crimes hedion-
dos, sendo vedado ao juiz, em caso concreto, fixar a hediondez de um delito ou excluí-la em
razão de sua gravidade ou forma de execução.
Certo.
A assertiva está de acordo com a doutrina correlata ao assunto que diz que apenas serão
considerados crimes hediondos aqueles que estão previstos no rol taxativo do art. 1º da Lei
8072/90, tanto na forma tentada como na forma consumada.
Letra d.
O gabarito está de acordo com o art. 1º da Lei dos C
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Letra b.
Os crimes de sequestro (ar.148), lesão corporal grave, peculato e infanticídio não são hedion-
dos. A questão foi feita em 2017, quando algumas modalidades de roubo ainda não consta-
vam no rol taxativo do art. 1º da Lei n. 8.072/1990. Em dissertações e provas orais, evite o
termo “qualificado” ao se referir ao roubo, e use “majorado” ou “circunstanciado”.
Letra e.
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A remição e a permissão de saída não sofrem os efeitos da hediondez do crime, porém você
deverá ficar atento, pois o Pacote Anticrime veda a saída temporária de criminosos que come-
teram delitos hediondos e equiparados.
Letra c.
A alternativa A está errada, pois antes da alteração do Pacote Anticrime, o condenado por
crime hediondo ou equiparado deveria cumprir 2/5 da pena, se primário. Por mais que haja
correspondência no Código Penal Militar, para ser crime hediondo deve haver a previsão do
delito no rol do art. 1º da Lei 8072/90, assim a alternativa B está equivocada. Apesar de serem
inafiançáveis, os crimes hediondos e equiparados admitem a concessão de liberdade provisó-
ria, desde que estejam ausentes os requisitos e fundamentos da prisão preventiva. A letra D
está errada, uma vez que o critério adotado pelo Brasil é o legal, ou seja, o legislador é quem
define qual crime é hediondo. A letra E está equivocada uma vez que o crime de racismo não é
considerado equiparado ao hediondo pela Constituição Federal, mas sim o terrorismo.
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Letra d.
Antes da edição do Pacote anticrime, a alternativa D era a correta. Agora, com novos índices
previstos no art. 112 da LEP, você deverá memorizá-los. Além disto, será necessário ficar aten-
to a jurisprudência dos Tribunais Superiores no tocante a incidência ou não do Pacote Anticri-
me nas execuções penais em curso, por conta irretroatividade da lei penal mais prejudicial.
Letra b.
A Lei n. 8.072/1990 prevê que algumas formas simples de determinados crimes sofrem os
efeitos da hediondez da norma tais como o estupro, o estupro de vulnerável e a extorsão me-
diante sequestro.
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a) O crime de estupro (art. 213, do CP) somente é considerado hediondo caso praticado na sua
forma qualificada.
b) Ao contrário do que ocorre com o crime de extorsão, que é considerado hediondo apenas se
qualificado pelo resultado morte, o delito de extorsão mediante sequestro é etiquetado como
hediondo independentemente da modalidade.
c) O crime de roubo, do qual resulta lesão corporal grave na vítima, é etiquetado como sendo
crime hediondo.
d) O crime de Genocídio (Lei 2.889/56) é considerado equiparado a hediondo.
Letra b. (desatualizado)
A letra A está errada uma vez que o estupro será considerado hediondo tanto na forma simples
como na forma qualificada. Na letra B, o crime de extorsão mediante sequestro realmente é he-
diondo tanto na forma simples quanto na forma qualificada. Ocorre que o crime de sequestro
relâmpago foi incluído na Lei n. 8.072/1990, tanto quanto ocorre lesão grave como no caso de
morte. Na letra C, o crime de roubo majorado pela lesão grave passou a ser hediondo com o
advento do Pacote Anticrime. Por fim, a CF não equiparou o genocídio aos hediondos, que na
verdade, está previsto no rol taxativo do art. 1º da Lei n. 8.072/1990.
Letra a.
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a) O regime integral fechado poderá ser aplicado no caso de prática de crime de tráfico inter-
nacional de drogas, em que, devido à hediondez da conduta, que atinge população de mais de
um país, o réu não poderá ser beneficiado com a progressão de regime prisional.
b) Como exceção à regra prevista na legislação de regência, a progressão de regime prisional
é vedada ao condenado, que deve cumprir regime integral fechado, pela prática de crime de
epidemia de que resulte morte de vítimas.
c) Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei
n.11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no artigo 112 da Lei de Execução Penal para a progres-
são de regime, que estabelece o cumprimento de um sexto da pena no regime anterior.
d) A Lei dos Crimes Hediondos é especial e possui regra própria quanto aos requisitos objetivos
para a progressão de regime prisional, devendo seus atuais parâmetros ser aplicados, indepen-
dentemente de o crime ter sido praticado antes ou depois da vigência da Lei n.11.464/2007,
com base no princípio da especialidade.
e) Os requisitos objetivos da Lei n.11.464/2007 devem ser aplicados para fins de progressão
de regime prisional, pelo fato de essa lei ser mais benéfica que a lei anterior, que vedava a pro-
gressão de regime.
Letra c.
A letra A está errada, pois o Plenário do STF, em 2012, declarou inconstitucional a obrigato-
riedade de se iniciar o cumprimento da pena em regime fechado, no caso de condenação por
crimes hediondos ou equiparados. A letra B está equivocada pois o Plenário do STF, em 2006,
declarou inconstitucional a proibição de progressão de regime no caso de condenação por
crimes hediondos e equiparados. A letra C está correta, inclusive está de acordo com matéria
sumulada pelo STF. A Lei n.11.464/2007 é mais prejudicial ao réu e não deve retroagir para
atingir fatos pretéritos. A letra D está equivocada pois diz que a Lei n.11.464/2007 deve re-
troagir mesmo sendo mais prejudicial ao réu, por ser uma lei penal especial. Por fim, a letra E
desconsidera a já mencionada decisão do Plenário do STF, em 2006, que declarou inconstitu-
cional a proibição de progressão de regime no caso de condenação por crimes hediondos e
equiparados
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Letra d.
Apesar de ter sido excluído do rol taxativo de crimes hediondos, o delito hediondo o envene-
namento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal com resultado morte admite
prisão temporária.
Certo.
O Gabarito está de acordo com a letra da Lei dos Crimes Hediondos:
I – A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão corporal seguida de
morte (art. 129, § 3º), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144
da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública,
no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente con-
sanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluído pela Lei n.13.142, de 2015) (Grifei).
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a) define no seu artigo 1º os crimes considerados hediondos, todos previstos no Código Penal,
sem prejuízo, contudo, de outros delitos considerados hediondos pela Legislação Penal Espe-
cial.
b) não permite a interposição de apelação antes do recolhimento do condenado à prisão, em
razão do disposto no seu artigo 2º, § 1º (a pena será cumprida em regime inicial fechado).
c) prevê progressão de regime para os condenados pela prática de crime hediondo após o
cumprimento de 1/6 da pena se o apenado for primário e 2/5 se for reincidente.
d) traz no rol do seu art. 1º o crime de roubo impróprio (art. 157, § 1º, CP), o roubo circunstan-
ciado (art. 157, § 2º, I, II, III, IV e V, CP) e o roubo qualificado pelo resultado (art. 157, § 3, CP).
e) estabelece o prazo de 30 (trinta) dias (podendo ser prorrogado por mais 30 dias) da prisão
temporária decretada nas investigações pela prática de crime hediondo.
Letra e.
A letra A está equivocada uma vez que o art. 1º da Lei n. 8.072/1990 não considera hediondos
todos aqueles que estão no Código Penal, o mesmo valendo para as leis penais especiais.
A letra B também está equivocada uma vez que o condenado por crime hediondo ou equipa-
rado poderá apelar em liberdade desde que ausentes os requisitos e fundamentos da prisão
preventiva, lembrando, contudo, que o Pacote anticrime estabeleceu situações no CPP em que
o condenado não poderá apelar em liberdade. À época, a letra C estava errada pois se conde-
nado por crime hediondo ou equiparado fosse primário, ele deveria cumprir 2/5, se reincidente
3/5. A letra D apesar de estar equivocada, faz com que eu te lembre que algumas modalidades
de roubo se tornaram crimes hediondos com o advento do Pacote Anticrime. A letra E está cor-
reta uma vez que o prazo de prisão temporária será de 30 dias prorrogáveis por igual período
em caso de extrema e comprovada responsabilidade.
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Errado.
O crime de associação para o tráfico de drogas, previsto no art. 35 da Lei n. 11.343/1993 não
é equiparado ao hediondo. Vale lembrar que o art. 2º, §2º da Lei n. 8.072/1990 que previa 2/5
de cumprimento da pena, para o primário, e 3/5 para o reincidente, foi revogado pelo Pacote
Anticrime.
Errado.
A assertiva está equivocada uma vez eu um dos requisitos para se requerer a interceptação
das comunicações telefônicas é que o crime seja punido com reclusão. O Delegado de Polícia
não pode decretar de ofício, apenas o Magistrado é quem pode autorizar a interceptação tele-
fônica.
Letra d. (desatualizado)
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Até a edição do Pacote Anticrime tais índices deveriam ser observados. Ocorre que o art. 2º,
§ 2º, da Lei dos Crimes Hediondos foi revogado. Somado a isto, o art. 112 da LEP ganhou uma
nova roupagem, como já falei exaustivamente até o presente momento.
Letra a.
O Pacote Anticrime alterou a Lei n. 12.037/2009 possibilitando a criação de um banco com
dados biométricos, voz, íris e impressões digitais. Tal norma ainda trata da coleta de material
genético. A alternativa A está de acordo com o art. 9º da Lei de Execução Penal, já com a reda-
ção dada pelo Pacote Anticrime:
Art. 9º-A. Os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de natureza grave con-
tra pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos no art. 1º da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990,
serão submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA
- ácido desoxirribonucleico, por técnica adequada e indolor. (Incluído pela Lei n.12.654, de 2012)
§ 1º A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso, conforme re-
gulamento a ser expedido pelo Executivo. (Incluído pela Lei n.12.654, de 2012)
§ 1º-A. A regulamentação deverá fazer constar garantias mínimas de proteção de dados genéticos,
observando as melhores práticas da genética forense. (Incluído pela Lei n.13.964, de 2019)
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§ 2º A autoridade policial, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz competente, no caso de in-
quérito instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação de perfil genético. (Incluído pela
Lei n.12.654, de 2012)
§ 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o acesso aos seus dados constantes nos
bancos de perfis genéticos, bem como a todos os documentos da cadeia de custódia que gerou
esse dado, de maneira que possa ser contraditado pela defesa. (Incluído pela Lei n.13.964, de 2019)
§ 4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste artigo que não tiver sido submetido à iden-
tificação do perfil genético por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional deverá ser subme-
tido ao procedimento durante o cumprimento da pena. (Incluído pela Lei n.13.964, de 2019)(Grifei).
Letra b. (desatualizado)
Até a edição do Pacote Anticrime, o condenado por crime hediondo ou equiparado poderia
apelar em liberdade, desde que o juiz competente vislumbrasse a ausência dos requisitos e
fundamento da prisão preventiva. Ocorre que o CPP foi alterado e agora novas regras devem
ser observadas no tocante à imposição de prisão no caso de condenação.
Errado.
Os crimes hediondos e equiparados não são imprescritíveis, pelo contrário, eles prescrevem.
Detalhe interessante é uma posição do MPF já de mais de uma década, que considera a tortura
imprescritível, uma vez que invoca os tratados de Direitos Humanos.
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Letra a.
Eu mesmo errei questão semelhante na primeira fase do Concurso de Delegado de Polícia Civil
do Estado de São Paulo, na primeira fase, no ano de 2003. Segundo o art. 48 da CF, quem con-
cede a anistia é o Congresso Nacional por meio de Lei Federal.
Letra b.
A prisão temporária no caso de crimes hediondos e equiparados terá o prazo de 30 dias, pror-
rogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
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ca de extorsão mediante sequestro e Gilson, por cometimento de infração análoga a esse crime.
Com relação a essa situação hipotética, julgue o próximo item.
Conforme entendimento dos tribunais superiores, tendo sido condenado pela prática de crime
hediondo, Gerson deverá ser submetido ao exame criminológico para ter direito à progressão
de regime
Errado.
A assertiva contraria o disposto na Súmula Vinculante 26, uma vez que o exame em questão
é facultativo:
Anulado.
A letra B está errada pois à época o condenado por crime hediondo, se reincidente, deveria
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cumprir 3/5 da pena para poder progredir. Com o advento do Pacote Anticrime, o art. 2º, § 2º
da Lei dos Crimes Hediondos foi revogado. A letra C não está tão equivocada uma vez que é
possível a aplicação do art. 44 do Código Penal, desde que a pena fique dentro dos requisitos,
o que é difícil de ocorrer no caso concreto. O único crime que vislumbro como possível a con-
versão é o tráfico de drogas privilegiado, que deixou de ser equiparado ao hediondo em 2015.
A letra D está correta pois a epidemia com resultado morte é um crime hediondo. A letra E está
equivocada uma vez que o rol é taxativo e não exemplificativo.
Letra d.
Em 2012, o Plenário do STF declarou inconstitucional a obrigatoriedade de se iniciar o cumpri-
mento da pena no regime fechado, no caso de condenação por crimes hediondos ou equipa-
rados.
A letra D estaria correta, se o examinador não tivesse errado o cabeçalho e colocado o Código
de Defesa do Consumidor ao invés da Lei 8072/90.
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Letra e.
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a) I e II, somente.
b) I e III, somente.
c) I, II e IV, somente.
d) I, III e IV, somente.
e) II, III e IV, somente.
Letra c.
O homicídio será considerado hediondo quando qualificado ou sendo simples, desde que pra-
ticado por grupo de extermínio, ainda que por um só agente.
Certo.
Errado.
O caráter hediondo também é conferido às figuras delituosas que admitem a modalidade tentada,
conforme dispõe o art. 1º da Lei n.8.072/1990:
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Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipifica- dos no Decreto-Lei n.2.848,
de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, consumados ou tentados:
(...)
Letra a.
Um dos prazos que foge à regra do art. 10 do Código de Processo Penal, no quesito conclusão
de inquérito policial é o previsto na Lei 11.343/06. Será de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver
preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto, podendo os prazos serem duplicados pelo Juiz,
a requerimento da Autoridade Policial.
Desatualizado.
Atualmente o roubo com emprego de arma de fogo é crime hediondo.
À época, apenas os crimes previstos na letra “d” são hediondos, pois estão no rol taxativo de
crimes previstos no art. 1º da Lei 8072/90.
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Letra a.
Segundo a letra da Lei dos Crimes Hediondos, a prisão temporária terá o prazo de 30 (trinta)
dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
Errado.
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b) A pena pela prática de crime hediondo deve ser cumprida em regime integralmente fechado.
c) O participante que denunciar à autoridade a quadrilha formada para prática de crime he-
diondo, possibilitando seu desmantelamento, ficará isento de pena.
d) Não constitui crime de racismo a simples recusa de atendimento a uma pessoa, na mesa de
um bar, em razão da cor de sua pele.
e) A Lei n. 7.716/1989 não considera crime de racismo o ato preconceituoso contra homosse-
xual praticado em razão da opção sexual da vítima.
Letra e (desatualizado).
a) Errado. Os crimes hediondos e equiparados são inafiançáveis e insuscetíveis de anistia,
graça e indulto, mas não são imprescritíveis.
b) Errado. À época da formulação da questão, o condenado por crime hediondo ou equipara-
do iniciava o cumprimento da pena em regime fechado e acabava por progredir se cumprisse
os requisitos previstos na Lei n. 8.072/1990.
c) Errado. O participante que denunciar à autoridade a quadrilha formada para a prática de cri-
me hediondo, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena diminuída de 1/3 a 2/3.
d) Errado. É crime previsto no art. 8º da Lei n. 7.716/1989 a simples recusa de atendimento a uma
pessoa, na mesa de um bar, em razão da cor de sua pele.
e) À época era a letra a ser apontada pelo candidato, porém com a decisão do STF de se man-
dar aplicar a Lei 7716/89 no caso de crimes de preconceito por conta da orientação sexual,
o gabarito restou desatualizado.
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Letra d.
A alternativa d traz um crime que não é hediondo nem assemelhado (equiparado).
Lembrando que o crime de atentado violento ao puder deixou o ordenamento jurídico por conta
do advento da Lei n. 12.015/2019.
Por uma interpretação restritiva do inciso XLIII do art. 5º da CF, o crime de associação para o
tráfico de drogas não pode ser equiparado ao hediondo. Na Lei Fundamental, na qual se lê
tráfico de drogas, não deve ser lido associação para o tráfico, por se tratar de uma norma que
restringe direitos, devendo ser interpretada de maneira restritiva.
Letra e.
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A alternativa e está correta, pois Marcos praticou o crime antes da entrada em vigor da Lei n.
11.464/2007, que alterou a Lei dos Crimes Hediondos. Como a primeira é uma lei mais preju-
dicial ao condenado, Marcos progredirá de regime se cumprir ao menos 1/6 da pena, além do
preenchimento dos demais requisitos.
a) Errado. O exame criminológico é facultativo conforme dispõe a Súmula n. 439 do STJ, que
diz: “Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão
motivada”.
b) Errado. A Lei n. 11.464/2007, que alterou a Lei n. 8.072/1990, trouxe prazos rigorosos para
progressão de regime no caso de condenação por crimes hediondos e equiparados. Assim,
a Lei n. 11.464/2007 não retroage e não atinge fato ocorrido antes de sua entrada em vigor.
c) Errado. À época, o condenado por crime hediondo ou equiparado iniciava o cumprimento
da pena em regime fechado, podendo progredir se cumpridos os requisitos previstos na Lei n.
8.072/1990. Vale lembrar que, em 2012, o Plenário do STF declarou inconstitucional a obriga-
toriedade de se iniciar o cumprimento da pena em regime fechado. Vejamos:
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d) Errado. À época, Marcos perderia os dias remidos se cometer falta grave e não haveria ofen-
sa ao direito adquirido. A alternativa estava de acordo com o que dispõe a Súmula Vinculante n.
9 do STF. Deve ser observado o que preconiza o art. 127 da Lei de Execução Penal:
Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, obser-
vado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disci-
plinar.
Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observa-
do o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar. (Reda-
ção dada pela Lei n.12.433, de 2011)
Errado. (desatualizado)
Sem entrar no mérito de quanto tempo de pena Antenor deveria cumprir para progredir de regi-
me, na época do concurso, a antiga redação do art. 2º da Lei n. 8.072/1990 afirmava que a pena
privativa de liberdade por crime previsto na lei deveria ser cumprida em regime integralmente
fechado. Em 1997, a Lei de Tortura inovou no ordenamento jurídico, dispondo que era possível
que o condenado por tal delito pudesse progredir de regime. Muitos sustentaram que tal possi-
bilidade deveria ser dada aos demais crimes hediondos e equiparados. Porém, o STF, por meio
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da Súmula n. 698, disse que não se estenderia aos demais crimes hediondos e equiparados
a admissibilidade de progressão no regime de execução da pena aplicada ao crime de tortura.
A súmula perdeu a razão de ser com a declaração de inconstitucionalidade da vedação à pro-
gressão de regime prevista na Lei dos Crimes Hediondos e a consequente alteração realizada
pela Lei n. 11.464/2007.
Vale indicar que a antiga redação do art. 2º não encontrava perfeita sintonia com o princípio
constitucional da individualização da pena. Assim, quase 16 anos depois da edição da Lei dos
Crimes Hediondos, o Supremo Tribunal Federal entendeu, no julgamento do HC n. 82.959, que a
vedação de progressão de regime ofendia, em sua essência, a regra constitucional em estudo.
Com o advento da Lei n. 11.464/2007, art. 2º, § 1º, a progressão do regime passou a ser expres-
samente admitida.
Assim, se o apenado fosse primário, a progressão ocorreria após o cumprimento de 2/5
(dois quintos) da pena, se reincidente após o cumprimento de 3/5 (três quintos). O art.2º, §2º,
da Lei dos Crimes Hediondos, que dispunha sobre os índices acima foi revogado pelo Pacote
Anticrime.
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Como já frisado, sem se ater ao tempo de cumprimento de pena disposto na assertiva, hoje o
gabarito deveria ser marcado como correto, pois é possível a progressão. Por fim, na época da
elaboração da questão, era vedada a progressão de regime de cumprimento de pena nos crimes
hediondos e equiparados.
Lembrando sempre que o Pacote Anticrime revogou o art.2,§ 2º, da Lei dos Crimes Hediondos.
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Certo.
Comentários: Como rege o art. 2º da Lei n. 7.960/1989, a prisão temporária será decretada
pelo juiz, em face de representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério
Público.
Art. 2º A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade
policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por
igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
Observa-se, ainda, que o juiz não pode agir de ofício no que tange a decretação da prisão
temporária, devendo necessariamente haver o impulso por parte do Ministério Público ou da
autoridade policial.
Errado.
O art. 2º da Lei n. 7.960/1989 dispõe que a prisão temporária será decretada pelo Juiz, em
face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá
o prazo de cinco dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada neces-
sidade. Assim, é possível a prorrogação da prisão em estudo, sem a necessidade de se colocar
Miguel em liberdade ou de se decretar a prisão preventiva.
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Errado.
A prisão temporária somente poderá ser decretada em fase de inquérito policial, não podendo,
em hipótese alguma, ser decretada no curso da ação penal.
Errado.
Como rege o art. 2º da Lei n. 7.960/1989, a prisão temporária será decretada pelo juiz, em
face de representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público. De
acordo com a Lei em estudo, não pode o Órgão Ministerial decretar a prisão cautelar de que tra-
ta a assertiva. Ainda, a prisão temporária é cabível apenas nos crimes previstos nas alíneas
do inciso III do art. 1º da Lei n. 7.960/1989.
Letra e.
Mesmo com o advento do Pacote Anticrime, o delito de corrupção passiva não se tornou he-
diondo.
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Letra e.
Mesmo com o advento do Pacote Anticrime, o delito de roubo com emprego de arma branca
não se tornou hediondo.
Certo.
A assertiva está de acordo com a nova redação do art. 112 da Lei de Execução Penal. Vejamos:
“Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência
para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos:
(...)
VI – 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for:
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário,
vedado o livramento condicional; (Grifei)
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Curso de Direito Penal - Vol. 4 - Legislação Penal Especial- Ed. Saraiva- Fernando Capez
Livro - Leis Penais e Processuais Penais Comentadas - Vol. 1 -Ed. Forense – Guilherme Nucci.
Sérgio Bautzer
Delegado da Polícia Civil do Distrito Federal. Bacharel em Direito, Professor de Legislação Especial e Direito
Processual Penal, Professor de cursos preparatórios, graduação e pós-graduação.
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