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PENAL ESPECIAL
Lei de Crimes Cibernéticos
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Lei de Crimes Cibernéticos
Sumário
Sergio Bautzer
Apresentação................................................................................................................................................... 3
Lei n 12.737/2012 - Lei de Crimes Cibernéticos...................................................................................... 4
Crime de Invasão de Dispositivo Informático no Código Penal.......................................................... 5
Interrupção ou Perturbação de Serviço Telegráfico, Telefônico, Informático, Telemático
ou de Informação de Utilidade Pública – Art. 266, CP. . ....................................................................... 15
Falsificação de Documento Particular – Art. 298, CP........................................................................... 17
Questões de Concurso................................................................................................................................. 27
Gabarito.......................................................................................................................................................... 48
Referências..................................................................................................................................................... 49
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Lei de Crimes Cibernéticos
Sergio Bautzer
Apresentação
Olá, meu(minha) caro(a) aluno(a)!
Eu sou Sérgio Bautzer, professor de Legislação Penal Especial do Gran Cursos Online. Te-
nho mais de 15 anos de experiência na elaboração de livros, apostilas e materiais para concur-
sos públicos. Objetivo com esta aula auxiliar você na aprovação no seu concurso.
Nesta aula, iremos estudar os crimes cibernéticos tipificados pela Lei n. 12.737/2012, mais
conhecida como “Lei Carolina Dieckmann”.
Esta lei criminalizou a invasão de dispositivo informático alheio, a interrupção ou pertur-
bação de serviço telegráfico, telefônico, informático, telemático ou de informação de utilidade
pública e a falsificação de cartão, inserido no Código Penal os artigos 154-A, 154-B, os § § 1º
e 2º no artigo 266 e o parágrafo único no artigo 298.
O(a) aluno(a) deve ficar atento à letra seca da lei e à jurisprudência.
Em caso de dúvida, você poderá participar da aula por meio do fórum de dúvidas do Gran
Cursos Online, o maior, melhor e mais completo curso preparatório virtual para concursos pú-
blicos do país.
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Lei de Crimes Cibernéticos
Sergio Bautzer
Veja a incidência de questões sobre a Lei dos Crimes Cibernéticos em concursos para o
cargo de Delegado de Polícia Civil nos últimos anos:
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Lei de Crimes Cibernéticos
Sergio Bautzer
Em maio de 2011 a atriz Carolina Dieckmann teve o seu computador pessoal invadido por
um hacker, que acessou 36 de suas fotos pessoais de cunho íntimo. Com as fotos em sua
posse, o hacker exigiu R$ 10.000,00 para não as publicar. O caso teve enorme repercussão,
culminando na criação da Lei 12.737/2012.
O projeto da Lei n. 12.737/2012 foi apresentado em 29 de novembro de 2011 e sancionado
em 02 de dezembro de 2012 pela Presidente Dilma Roussef. Esta lei alterou o Código Penal,
inserindo os artigos 154-A e 154-B. Esse foi o primeiro texto de lei tipificando os crimes ciber-
néticos, em especial, as invasões de dispositivos sem a anuência do proprietário.
Esta lei também criminalizou a invasão de dispositivo informático alheio, a interrupção ou
perturbação de serviço telegráfico, telefônico, informático, telemático ou de informação de
utilidade pública e a falsificação de cartão, inserido no Código Penal os artigos 154-A, 154-B,
os § § 1º e 2º no artigo 266 e o parágrafo único no artigo 298.
Em 27 de maio de 2021 outra lei alterou os dispositivos do Código Penal, a Lei 14.155, para
tornar mais graves os crimes ali previstos. Ainda, definiu a competência em modalidades de
estelionato no Código de Processo Penal, inserindo o §2º no seu artigo 70. Esta lei começou a
vigorar no dia 28 de maio de 2021.
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Sergio Bautzer
III - Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Assembleia Legislativa de Esta-
do, da Câmara Legislativa do Distrito Federal ou de Câmara Municipal; ou (Incluído pela Lei nº
12.737, de 2012) Vigência
IV - dirigente máximo da administração direta e indireta federal, estadual, municipal ou do Distrito
Federal. (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
Ação Penal
Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se procede mediante representação, salvo
se o crime é cometido contra a administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes
da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios ou contra empresas concessionárias de serviços
públicos.
Além do caso da Carolina Dieckmann, já citado, outro acontecimento com grande reper-
cussão foi a invasão do celular do então Ministro, Sérgio Moro, através do aplicativo Telegram.
A Polícia Federal, na época, deflagrou a Operação Spoofing e prendeu quatro pessoas suspei-
tas de serem os hackers do celular.
No dia 21 de janeiro de 2020, o Ministério Público Federal denunciou 7 pessoas por crimes
relacionados à invasão de celulares no âmbito da Operação Spoofing, tendo sido apontada
a prática de organização criminosa, lavagem de dinheiro, invasão de dispositivo informático,
dentre outras condutas.
Estes delitos têm acontecido com maior frequência. Neste último mês, por exemplo, ha-
ckers invadiram o sistema do Superior Tribunal de Justiça e criptografaram dados, forçando o
Tribunal a suspender sessões e tirar o site do ar.
Objeto Jurídico
A tutela penal, como se percebe, recai sobre a privacidade individual e/ou profissional,
resguardada (armazenada) em dispositivo informático, desdobramento lógico do direito fun-
damental assegurado no art. 5º, X, CF/88: “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra
e a imagem das pessoas, assegurando o direito de indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação”.1
Objeto Material
1
CUNHA, Rogério Sanches. Código Penal para concursos: doutrina, jurisprudência e questões de concurso. 9. Ed., rev.,
ampl. E atual. – Salvador: JusPodiVm, 2016.
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Elemento Subjetivo
É o dolo, com o fim específico de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem
autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo, instalar vulnerabilidade para obter van-
tagem ilícita.
2
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit.
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Sergio Bautzer
Conceitos Interessantes4
Condutas
3
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. AgRg no HC 611.724/DF, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, QUINTA TURMA,
julgado em 17/11/2020, DJe 20/11/2020
4
MASSON, Cleber. Código Penal Comentado. 2. ed., rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2014.
5
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit.
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Sergio Bautzer
Exemplo: conforme Marcio André Lopes Cavalcante, citado por Rogério Sanches, “é práti-
ca comum entre os hackers o desbloqueio de alguns dispositivo informáticos para que eles
possam realizar certas funcionalidades originalmente não previstas de fábrica. Como exem-
plo tem-se o desbloqueio do Iphone ou do Ipad por meio de um software chamado “Jailbreak”.
Caso o Hacker invada o sistema do seu próprio dispositivo informático para realizar esse des-
bloqueio, não haverá o crime do art. 154-A porque o dispositivo invadido é próprio”.
Consumação
Tentativa
A expressão sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo contém nítido ele-
mento do injusto, que não precisaria constar do tipo penal. Afinal, por óbvio, somente se pode
falar em crime quando houver ingresso em dispositivo informático alheio sem o consentimen-
to deste. Havendo autorização o fato será atípico.
6
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit.
7
MASSON, Cleber. Código Penal Comentado. 2. ed., rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2014.
8
MASSON, Cleber. Código Penal Comentado. Op. Cit.
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Sergio Bautzer
Figura Equiparada
O § 1º do art. 154-A do CP traz uma forma equiparada: produzir, oferecer, distribuir, vender
ou difundir dispositivo ou programa de computador com o intuito de permitir a prática da con-
duta definida no caput.
O tipo reclama um especial fim de agir (elemento subjetivo do tipo): não basta produ-
zir, oferecer, distribuir, vender ou difundir programa de computador. É imprescindível fazê-lo
“com intuito de permitir a prática da conduta definida no caput. É uma exceção à teria unitária
ou monista.9
Em verdade, mesmo se presente o vínculo subjetivo, quem devassa o computador alheio
responde pelo crime tipificado no art. 154-A, caput, ao passo que o sujeito envolvido com o
programa de computador e que lhe oferece condições para tanto será responsabilizado pelo
delito contido no art. 154-A, § 1º, ambos do CP.P
Qualificadora
O § 3º traz uma forma qualificada, punida com reclusão de 6 meses a 2 anos e multa. O de-
lito se qualifica10:
• se da invasão resultar obtenção de conteúdo de comunicações eletrônicas privadas
(e-mail, por exemplo), segredos comerciais ou industriais (fórmulas, projetos etc.), infor-
mações sigilosas, assim definidas em lei (norma penal em branco).
• se da invasão resultar o controle remoto não autorizado do dispositivo. Aqui, o dispo-
sitivo informático do agente passa a se denominar guest (hóspede), e o da vítima host
(hospedeiro). Essa figura qualificada ocorre quando, após a invasão, o agente instala um
programa para acesso e controle remoto do dispositivo, sem a autorização da vítima.
Subsidiariedade Expressa
A qualificadora do § 3º reveste-se da nota da subsidiariedade expressa, uma vez que so-
mente será aplicada “se a conduta não constitui crime mais grave”.
Majorantes
O § 2º do art. 154-A do CP traz uma majorante da pena de 1/6 a 1/3, caso da invasão resul-
te prejuízo econômico para a vítima.
9
MASSON, Cleber. Código Penal Comentado. Op. Cit.
10
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit.
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Já o § 4º traz um aumento de pena de 1/3 a 2/3 se houver divulgação (propagação, tor-
nar público ou notório), comercialização (atividade relacionada à intermediação ou venda) ou
transmissão (transferência) a terceiros, a qualquer título, dos dados ou informações obtidas.
Como leciona Rogério Sanches11, pela posição topográfica das majorantes percebe-se que
o § 2º incide nas figuras previstas no caput e § 1º; já o aumente do § 4º recai sobre a forma
qualificada do delito.
Sujeitos
11
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit.
12
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit.
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Ação Penal
Competência
É da Justiça Estadual. O fato de ser cometido pela internet, por si só, não atrai a competên-
cia para a Justiça Federal, que atuará quando presentes as hipóteses do art. 109, IV e V, da CF.
Importa destacar que a invasão de dispositivo informático não é crime previsto em tratado
ou convenção internacional em que o Brasil se comprometeu a combater.
Veja jurisprudência sobre o tema:
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Concurso de Crimes
Quando a invasão tiver como meta provocar algum dano no ambiente informático, mas
justificado pelo débito que o dono do computador ainda possui, deve-se dispensar a fórmula
do art.154-A, adotando-se o tipo do art. 345 do CP.P
Este tipo penal permite a punição de quem invade dispositivo informático alheio e toma co-
nhecimento do conteúdo das comunicações eletrônicas privadas (onde se situa o e-mail, mas
também outras formas, como MSN, Facebook etc.). Em verdade, o cerne do delito é a invasão
na intimidade e privacidade alheia. Cria-se, entretanto, uma figura de aumento de pena, caso
haja transmissão a terceiros, a qualquer título. Logo, pouco importa tenha o agente a intenção
de lucro ou não; e irrelevante se a divulgação ou transmissão se faz por utilidade pública ou
13
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. PPE 732 QO, Relator(a): CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em 11/11/2014,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-021 DIVULG 30-01-2015 PUBLIC 02-02-2015
14 MASSON, Cleber. Código Penal Comentado. Op. Cit.
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social; desinteressante se o agente tem somente o intuito de informar, sem denegrir a imagem
de qualquer pessoa. Afinal, houve invasão à privacidade alheia e, a partir disso, a divulgação
do que era defeso. De outra parte, quem recebe um e-mail, mesmo que sigiloso, transmitindo-o
a terceiros, não pode ser encaixado neste artigo, pois não trata de invasão de dispositivo infor-
mático. Eventualmente, cuida-se da figura típica prevista no art. 153, pois o e-mail é equiparado
a documento.15
A Lei nº 14.155/2021 também promoveu duas alterações no art. 155, que trata sobre furto:
• inseriu o § 4º-B, prevendo a qualificadora de furto mediante fraude cometido por meio
de dispositivo eletrônico ou informático;
• acrescentou o § 4º-C, com duas causas de aumento de pena relacionadas com o § 4º-B.
Furto
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena
de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
Furto qualificado
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
§ 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se houver emprego de explosivo
ou de artefato análogo que cause perigo comum. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
§ 4º-B. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se o furto mediante fraude é
cometido por meio de dispositivo eletrônico ou informático, conectado ou não à rede de computa-
dores, com ou sem a violação de mecanismo de segurança ou a utilização de programa malicioso,
ou por qualquer outro meio fraudulento análogo. (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021)
§ 4º-C. A pena prevista no § 4º-B deste artigo, considerada a relevância do resultado gravoso:
(Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021)
I – aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado mediante a utilização
de servidor mantido fora do território nacional; (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021)
II – aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é praticado contra idoso ou vulnerável.
(Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021)
§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que venha
a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
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Este dispositivo também foi incluído pela Lei Carolina Dieckmann ao Código Penal. Segun-
do os ensinamentos de Cleber Masson16:
Objeto Jurídico
Objeto Material
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Relacionado ao desempenho
de atividades inerentes ao
sistema de transmissão de
mensagens entre dois ou mais
Serviço telegráfico pontos distantes entre si,
mediante sinais convencionais.
Compreende o telégrafo elétrico
– terrestre ou submarino – e o
semafórico.
Núcleos do Tipo
Sujeitos
É crime comum, pode ser praticado por qualquer pessoa. O sujeito passivo é a coletividade,
trata-se, pois, de crime vago.
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Consumação
Ação Penal
Figura Equiparada
O dispositivo foi criado pela Lei 12.737/2012 com a finalidade de tutelar meios modernos
de comunicação, não se limitando aos serviços telefônico e radiotelegráfico, e ao esquecido
serviço telegráfico.
17
SOUZA, Guilherme de. Op. Cit.
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Núcleo do Tipo
Falsificar que dizer reproduzir, imitando, ou contrafazer; alterar significa modificar ou adul-
terar. O objeto é documento particular.
O tipo penal preocupa-se com a forma do documento, por isso cuida da falsidade material.
Por outro lado, exige-se a potencialidade lesiva do documento falsificado ou alterado, pois
a contrafação ou modificação grosseira, não apta a ludibriar a atenção de terceiros, é inócua
para esse fim.
Eventualmente, pode se tratar de estelionato, quando, a despeito de grosseiramente falso,
tiver trazido vantagem indevida, em prejuízo de outra pessoa, para o agente.
Sujeitos
O crime é comum, pode ser praticado por qualquer pessoa. Já o sujeito passivo é o Estado
e, secundariamente, a pessoa prejudicada pela falsificação.
Elemento Subjetivo
Documento Particular
É todo escrito, produzido por alguém determinado, revestido de certa forma, destinado a
comprovar um fato, ainda que seja a manifestação de uma vontade. O documento particular
é, por exclusão, aquele que não se enquadra na definição de público, isto é, não emanado de
funcionário público ou, ainda que o seja, sem preencher as formalidades legais. Assim, o do-
cumento público, emitido por funcionário sem competência a tanto, por exemplo, pode equipa-
rar-se ao particular.
Relevância Jurídica
Para configurar o delito em estudo, o documento deve ter algum interesse jurídico.
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Objeto material
É o documento particular.
Objeto Jurídico
É a fé pública.
É crime de perigo abstrato. Portanto, para configurar risco de dano à fé pública, que é pre-
sumido, basta a configuração ou modificação do documento.
O cartão de crédito ou débito, por si mesmo, não é um documento, mas assim será consi-
derado para fins de falsificação. Enquanto a nota promissória e o cheque são títulos de crédito
equiparados a documentos públicos, pois podem circular no comércio, gerando maiores danos
a terceiros, o cartão de crédito e débito é equiparado a documento particular, cuja pena é me-
nor. A diferença é consistente, pois o cartão não circula.
Veja jurisprudência sobre o tema:
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18
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. AgRg no HC 561.472/PB, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA
TURMA, julgado em 19/05/2020, DJe 27/05/2020
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violou a garantia constitucional da irretroatividade da lei penal maléfica, pois definiu que
o tipo penal já albergava, desde sua redação original (anterior ao cometimento do delito
sob apreciação), a conduta de “clonagem de cartão de crédito”. 3. A Corte Superior agiu
dentro dos limites de sua competência constitucional, uniformizando a interpretação da
lei federal ao definir o sentido e o alcance do elemento normativo previsto em lei penal
criminalizadora, sem incorrer em ilegalidade ou abuso de poder aptos a serem corrigidos
pela via do writ. 4. Agravo regimental conhecido e não provido.21
Estelionato
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo
alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis. (Vide Lei
nº 7.209, de 1984)
§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme
o disposto no art. 155, § 2º.
§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem:
Disposição de coisa alheia como própria
I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como própria;
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria
II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de ônus ou
litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, silencian-
do sobre qualquer dessas circunstâncias;
Defraudação de penhor
III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia pignora-
tícia, quando tem a posse do objeto empenhado;
Fraude na entrega de coisa
IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém;
Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro
V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou
agrava as conseqüências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro;
Fraude no pagamento por meio de cheque
VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o paga-
mento.
Fraude eletrônica
§ 2º-A. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se a fraude é cometida com a
utilização de informações fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido a erro por meio de re-
21
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. HC 138019 AgR, Relator(a): ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 29/11/2019,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-274 DIVULG 10-12-2019 PUBLIC 11-12-2019
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des sociais, contatos telefônicos ou envio de correio eletrônico fraudulento, ou por qualquer outro
meio fraudulento análogo. (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021)
§ 2º-B. A pena prevista no § 2º-A deste artigo, considerada a relevância do resultado gravoso,
aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado mediante a utilização de
servidor mantido fora do território nacional. (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021)
§ 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito
público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência.
Estelionato contra idoso ou vulnerável (Redação dada pela Lei nº 14.155, de 2021)
§ 4º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é cometido contra idoso ou vulnerá-
vel, considerada a relevância do resultado gravoso. (Redação dada pela Lei nº 14.155, de 2021)
§ 5º Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for: (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)
I - a Administração Pública, direta ou indireta; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
II - criança ou adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
III - pessoa com deficiência mental; ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
O estelionato, previsto no art. 171, do CP, é um crime por meio do qual o agente, utilizando
um meio fraudulento, engana a vítima, fazendo com que ela entregue espontaneamente uma
vantagem, causando prejuízo à vítima.
Algumas vezes pode acontecer de a vantagem ilícita ocorrer em um local e o prejuízo em
outro. Tais situações poderão gerar algumas dúvidas relacionadas com a competência territo-
rial para processar e julgar esse crime.
A Lei n. 14.155/2021 inseriu o § 4º ao art. 70 do CPP tratando sobre o tema.
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A alteração é muito bem-vinda porque anteriormente havia uma imensa insegurança ju-
rídica diante da existência de regras distintas para situações muito parecidas, além da uma
intensa oscilação jurisprudencial.
Vale ressaltar que a Súmula 48 do STJ manteve-se válida com a novidade legislativa.
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou,
no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
§ 1o Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência
será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.
§ 2o Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o
juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.
§ 3o Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdi-
ção por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, a com-
petência firmar-se-á pela prevenção.
§ 4º Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão de cheques sem suficiente pro-
visão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou mediante transferência de
valores, a competência será definida pelo local do domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de
vítimas, a competência firmar-se-á pela prevenção. (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021)
Esse novo § 4º do art. 70 do CPP aplica-se aos processos penais que estavam em curso
quando entrou em vigor a Lei n. 14.155/2021? O juízo que estava processando o crime
deverá remeter o feito para o juízo do domicílio da vítima?
Existem duas mudanças que irão influenciar na competência, ou seja, duas situações em
que o juízo que começou a ação penal deixará de ser competente para continuar o processo
por força de fatos supervenientes. Veja:
a) Supressão do órgão judiciário: a lei (ou a CF) extingue o órgão judiciário (juízo) que era
competente para aquele processo.
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Exemplo 1: imaginemos que viesse uma EC retirando da Justiça Federal a competência para
julgar delitos contra servidores públicos federais no exercício de suas funções;
Exemplo 2: o crime doloso contra a vida praticado por militar contra civil, ainda que cometido
em serviço, deixou de ser considerado crime militar e passou a ser crime comum por força da
Lei n. 9.299/96, que alterou o art. 9º, parágrafo único, do CPM (atual § 1º, por força da Lei n.
13.491/2017).
A regra e as exceções estão previstas no art. 43 do CPC/2015 que, como vimos, aplica-se
ao processo penal em virtude do art. 3º do CPP.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (2019/OBJETIVA/PREFEITURA DE PORTÃO-RS) Em conformidade com a Lei n.
12.737/2012, sobre a invasão de dispositivo informático, aumenta-se a pena de um terço à
metade se o crime for praticado contra:
I – Presidente da República, governadores e prefeitos.
II – Servidor público federal no exercício de sua função.
a) Os itens I e II estão corretos.
b) Somente o item I está correto.
c) Somente o item II está correto.
d) Os itens I e II estão incorretos.
Art. 154-A.
(...)
§ 5º Aumenta-se a pena de um terço à metade se o crime for praticado contra: (Incluído pela Lei n.
12.737, de 2012) Vigência
I – Presidente da República, governadores e prefeitos; (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
II – Presidente do Supremo Tribunal Federal; (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
III – Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Assembleia Legislativa de Estado,
da Câmara Legislativa do Distrito Federal ou de Câmara Municipal; ou (Incluído pela Lei n. 12.737,
de 2012) Vigência
IV – dirigente máximo da administração direta e indireta federal, estadual, municipal ou do Distrito
Federal. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Letra b.
Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, me-
diante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir
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dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vul-
nerabilidades para obter vantagem ilícita: (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Nestes casos, a ação penal é, conforme o CP:
Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se procede mediante representação, salvo
se o crime é cometido contra a administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes
da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios ou contra empresas concessionárias de serviços
públicos. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Errado.
Segundo o art. 154-A do CP, esta conduta não se enquadra como crime de invasão de disposi-
tivo informático. Vejamos:
Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, me-
diante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir
dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vul-
nerabilidades para obter vantagem ilícita: (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Errado.
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007. (2017/FUNDATEC/IGP-RS) A Lei n. 12.737/2012, também conhecida como Lei dos Cri-
mes Cibernéticos, dispõe sobre a tipificação criminal de delitos informáticos. O artigo 154-A
dessa lei diz: “Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computado-
res, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar
ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo
ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita. Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1
(um) ano, e multa”. A redação desse artigo mostra a intenção do legislador de tutelar valores
protegidos constitucionalmente. Qual o bem jurídico protegido pelo artigo 154-A da Lei de Cri-
mes Cibernéticos?
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Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se procede mediante representação, salvo
se o crime é cometido contra a administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes
da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios ou contra empresas concessionárias de serviços
públicos. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Errado.
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Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se procede mediante representação, salvo
se o crime é cometido contra a administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes
da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios ou contra empresas concessionárias de serviços
públicos. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Errado.
Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se procede mediante representação, salvo
se o crime é cometido contra a administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes
da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios ou contra empresas concessionárias de serviços
públicos. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Errado.
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Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se procede mediante representação, salvo
se o crime é cometido contra a administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes
da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios ou contra empresas concessionárias de serviços
públicos. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Certo.
Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se procede mediante representação, salvo
se o crime é cometido contra a administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes
da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios ou contra empresas concessionárias de serviços
públicos. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Errado.
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Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, me-
diante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir
dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vul-
nerabilidades para obter vantagem ilícita: (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012)
Vigência
Letra c.
O crime de invasão de dispositivo informático pressupõe que não houve autorização do titular
do dispositivo:
Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, me-
diante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir
dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vul-
nerabilidades para obter vantagem ilícita: (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012)
Vigência
Errado.
015. (2015/FGV/TJ-RO) Segundo o Código Penal, é considerado crime, na área de TI, a seguin-
te conduta:
a) envio de spam em correio eletrônico;
b) realização de engenharia reversa em software devidamente registrado no INPI;
c) acesso não autorizado a um smartphone, através da quebra da senha de acesso;
d) cópia de arquivo de pendrive de um colega, deixado sobre uma mesa, sem proteção;
e) fornecimento de acesso anônimo a uma rede wifi.
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Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, me-
diante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir
dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vul-
nerabilidades para obter vantagem ilícita: (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012)
Vigência
Letra c.
Conforme o art. 154-A do CP
Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, me-
diante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir
dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vul-
nerabilidades para obter vantagem ilícita: (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012)
Vigência
§ 1º Na mesma pena incorre quem produz, oferece, distribui, vende ou difunde dispositivo ou progra-
ma de computador com o intuito de permitir a prática da conduta definida no caput. (Incluído pela
Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
§ 2º Aumenta-se a pena de um sexto a um terço se da invasão resulta prejuízo econômico. (Incluído
pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
§ 3º Se da invasão resultar a obtenção de conteúdo de comunicações eletrônicas privadas, segre-
dos comerciais ou industriais, informações sigilosas, assim definidas em lei, ou o controle remoto
não autorizado do dispositivo invadido: (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta não constitui crime mais
grave. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
§ 4º Na hipótese do § 3º, aumenta-se a pena de um a dois terços se houver divulgação, comerciali-
zação ou transmissão a terceiro, a qualquer título, dos dados ou informações obtidos. (Incluído pela
Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
§ 5º Aumenta-se a pena de um terço à metade se o crime for praticado contra: (Incluído pela Lei n.
12.737, de 2012) Vigência
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Lei de Crimes Cibernéticos
Sergio Bautzer
I – Presidente da República, governadores e prefeitos; (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
II – Presidente do Supremo Tribunal Federal; (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
III – Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Assembleia Legislativa de Estado,
da Câmara Legislativa do Distrito Federal ou de Câmara Municipal; ou (Incluído pela Lei n. 12.737,
de 2012)Vigência
IV – dirigente máximo da administração direta e indireta federal, estadual, municipal ou do Distrito
Federal. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Errado.
Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, me-
diante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir
dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vul-
nerabilidades para obter vantagem ilícita: (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Letra b.
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Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular
verdadeiro:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Falsificação de cartão (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de
crédito ou débito. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Letra e.
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular
verdadeiro:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Falsificação de cartão (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de
crédito ou débito. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Letra e.
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Conforme o CP:
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular
verdadeiro:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Falsificação de cartão (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de
crédito ou débito. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Letra c.
Conforme o CP:
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular
verdadeiro:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Falsificação de cartão (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de
crédito ou débito. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Letra e.
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Conforme o CP:
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular
verdadeiro:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Falsificação de cartão (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de
crédito ou débito. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Letra b.
Conforme o CP:
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular
verdadeiro:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Falsificação de cartão (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de
crédito ou débito. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Certo.
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Conforme o CP:
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular
verdadeiro:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Falsificação de cartão (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de
crédito ou débito. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Letra d.
Conforme o CP:
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular
verdadeiro:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Falsificação de cartão (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de
crédito ou débito. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Letra b.
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c) A conduta do agente que fabrica notas de real, por meio da falsificação de papel-moeda,
é apenada com mais gravidade que a conduta do agente que introduz a moeda falsa em
circulação.
d) A falsificação de cartão de crédito ou de débito é equiparada, para fins penais, ao crime de
moeda falsa.
e) O agente que faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou símbolos identificadores de
órgãos da administração pública comete crime de falsificação de selo ou sinal público.
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Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verda-
deiro:
Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa.
§ 1º Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a
pena de sexta parte.
§ 2º Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal,
o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mer-
cantis e o testamento particular.
§ 3º Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (Incluído pela Lei n. 9.983, de 2000)
I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova
perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;(Incluído
pela Lei n. 9.983, de 2000)
II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir
efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; (In-
cluído pela Lei n. 9.983, de 2000)
III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da
empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. (In-
cluído pela Lei n. 9.983, de 2000)
§ 4º Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3º, nome do se-
gurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação
de serviços.(Incluído pela Lei n. 9.983, de 2000)
A alternativa B está errada pois, apara aplicar a súmula 17 do STJ, o delito de falso deve se
exaurir no crime de estelionato, funcionando como crime-meio:
Súmula 17 - Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este
absorvido. (Súmula 17, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 20/11/1990, DJ 28/11/1990)
A alternativa C está correta, conforme o art. 297, § 2º do CP:
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verda-
deiro:
Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa.
§ 1º Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a
pena de sexta parte.
§ 2º Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal,
o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mer-
cantis e o testamento particular.
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Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o não seja:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público; e de um a três anos, e mul-
ta, se o documento é particular.
Letra b.
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verda-
deiro:
Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa.
§ 1º Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a
pena de sexta parte.
§ 2º Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal,
o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mer-
cantis e o testamento particular.
§ 3º Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (Incluído pela Lei n. 9.983, de 2000)
I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova
perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;(Incluído
pela Lei n. 9.983, de 2000)
II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir
efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; (In-
cluído pela Lei n. 9.983, de 2000)
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III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da
empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. (In-
cluído pela Lei n. 9.983, de 2000)
§ 4º Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3º, nome do se-
gurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação
de serviços.(Incluído pela Lei n. 9.983, de 2000)
A alternativa B está correta, conforme art. 298 do CP:
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular
verdadeiro:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Falsificação de cartão (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de
crédito ou débito. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
A alternativa C está correta, conforme art. 299 do CP:
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele
inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar
direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três
anos, e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o documento é particular. (Vide Lei
n. 7.209, de 1984)
Parágrafo único. Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou
se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.
A alternativa D está errada, conforme o art. 302 do CP:
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verda-
deiro:
Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa.
§ 1º Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a
pena de sexta parte.
§ 2º Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal,
o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mer-
cantis e o testamento particular.
Letra d.
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Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular
verdadeiro:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Falsificação de cartão (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de
crédito ou débito. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Letra e.
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Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verda-
deiro:
Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa.
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a
pena de sexta parte.
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraes-
tatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros
mercantis e o testamento particular.
A alternativa C está correta, conforme art. 297, § 3º do CP:
§ 3º Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (Incluído pela Lei n. 9.983, de 2000)
(...)
II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir
efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; (In-
cluído pela Lei n. 9.983, de 2000)
A alternativa D está correta, conforme art. 298 do CP:
Falsificação de documento particular (Redação dada pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular
verdadeiro:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Falsificação de cartão (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de
crédito ou débito. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Letra a.
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Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular
verdadeiro:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Falsificação de cartão (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de
crédito ou débito. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
A alternativa C está correta, conforme art. 297, § 2º do CP:
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verda-
deiro:
(...)
§ 2º Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal,
o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mer-
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Falsificação de documento particular (Redação dada pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular
verdadeiro:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Falsificação de cartão (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de
crédito ou débito. (Incluído pela Lei n. 12.737, de 2012) Vigência
Letra c.
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GABARITO
1. b
2. E
3. E
4. E
5. C
6. C
7. d
8. E
9. E
10. E
11. C
12. E
13. c
14. E
15. c
16. E
17. b
18. e
19. e
20. c
21. e
22. b
23. C
24. d
25. b
26. e
27. b
28. d
29. e
30. a
31. c
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REFERÊNCIAS
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Lei 14.155/2021: promove alterações nos crimes de vio-
lação de dispositivo informático, furto e estelionato. Artigo publicado em: 29 de maio de 2021.
Site: https://www.dizerodireito.com.br/2021/05/lei-141552021-promove-alteracoes-nos.html.
Acesso em: 19 de outubro de 2021.
CUNHA, Rogério Sanches. Código Penal para concursos: doutrina, jurisprudência e questões
de concurso. 9. Ed., rev., ampl. E atual. – Salvador: JusPodiVm, 2016.
MASSON, Cleber. Código Penal Comentado. 2. ed., rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense;
São Paulo: Método, 2014.
NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. 17. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Ja-
neiro: Forense, 2017.
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Sérgio Bautzer
Delegado da Polícia Civil do Distrito Federal. Bacharel em Direito, Professor de Legislação Especial e Direito
Processual Penal, Professor de cursos preparatórios, graduação e pós-graduação.
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