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Ciclos Método
Oláá, futuros(as) Delegados(as) de Polícia!!! É com muito entusiasmo que iniciamos as atividades
da turma DELTA CESPE!!! A CESPADINHA é o material que não podia faltar na sua preparação! Em cada CARD,
o ponto abordado será estudado em 7 fases, todas elas levando em conta o estudo minucioso da banca CESPE
nas provas para a carreira de Delegado de Polícia. Vamos conhecer a divisão do material?
① QUAIS DISPOSITIVOS PRECISO SABER? Estudo da lei seca, destacando os detalhes dos dispositivos
selecionados, além da legenda indicando os Dispositivos mais cobrados nas provas Delta CESPE;
② QUAIS OS JULGADOS MAIS IMPORTANTES? Pensou em CESPE?! Então JURISPRUDÊNCIA é figurinha
carimbada por aqui. Nessa fase, dedicaremos um ponto inteirinho para a análise dos julgados indispensáveis
para a sua prova;
③ TEM NOVIDADE LEGISLATIVA? Mais uma parada para a análise da lei seca, dessa vez, com foco total nas
recentes alterações legislativas que tiverem pertinência com a legislação do ponto estudado;
④ SÚMULAS Pensou que ia sabotar às súmulas? Aqui tem ponto especial para te ajudar a fazer a leitura das
súmulas relacionadas com o tema;
⑤ COMO CAIU? Usando o filtro DELTA CESPE, veremos como o assunto foi cobrado em provas anteriores
da banca, seguido de gabarito e comentário;
⑥ DE OLHO NA SEGUNDA FASE Tem espaço para a segunda fase? CLARO! Sabe aquelas teorias, as
classificações doutrinárias e os pontos que merecem um aprofundamento doutrinário? Eles também terão
um espaço reservado na sua preparação. Fica tranquilo;
⑦ CESPE NA PALMA DA MÃO. Para deixar o seu material ainda mais completo, finalizamos com as
informações EXTRAS que não podiam ficar de fora do seu estudo. Aderimos ao sistema das famosas
“rapidinhas ciclos”, para deixar sua leitura mais dinâmica e otimizada. O intuito é deixar a prova “no papo”!
Viram como as CESPADINHAS vão ganhar seu coração de concurseiro? Lembrando que todos os
materiais serão elaborados a partir de um estudo minucioso e sistematizado da banca CESPE (a banca MAIS
VIGIADA DO BRASIL). VEM CONFERIR!
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Galera, hoje trataremos da Lei 9.613/98 que dispõe sobre os crimes de “lavagem de dinheiro”. Pode
até não parecer, mas essa é uma lei que DESPENCA nas provas CESPE. Abaixo vocês verão um gráfico que
ilustra o percentual de incidência da lei de lavagem, nas provas anteriores.
Antes, um direcionamento: a grande maioria das questões envolvendo a lei nº 9.613/1998, exigiram o
conhecimento da lei seca e jurisprudência, cujos dispositivos e julgados preferidos estão a seguir
colacionados.
Lei nº 9.613/1998
(Lavagem de dinheiro)
14%
Legislação Penal
Especial
75%
Com dito, a incidência da lei nº 9.613/1998 nas provas de Delegado envolve principalmente o
conhecimento dos dispositivos legais. Dentre eles, os mais importantes vocês podem conferir a seguir.
DICA CICLOS: VADE MECUM aberto! Vai destacando os dispositivos mencionados. Um VADE mapeado é
tudo que queremos numa RETA FINAL CESPE.
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#SELIGA: Só se "lava" o que está "sujo" (provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal)
• TENTATIVA
Art.1º, §3° A tentativa é punida nos termos do parágrafo único do art. 14 do Código Penal.
E a infração penal antecedente na forma tentada? - No que tange à tentativa, é irrelevante para a
configuração da lavagem que a infração antecedente tenha sido apenas tentada, desde que,
nesse processo, tenham sido produzidos bens aptos a serem lavados.
Não há bis in idem entre a majorante do § 4° do art. 1º da Lei 9.613/98 e a condenação por
associação criminosa, uma vez que se está diante de duas objetividades jurídicas distintas. A
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lavagem de capitais tem como bem jurídico tutelado a ordem econômico-financeira, ao passo que
o crime de associação criminosa é espécie de crime contra a paz pública.
• COLABORAÇÃO PREMIADA
Dispositivo muito cobrado
§5º A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida em regime aberto ou semiaberto,
facultando-se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por pena restritiva de direitos, se
o autor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos
que conduzam à apuração das infrações penais, à identificação dos autores, coautores e partícipes, ou à
localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime.
#CUIDADO: a citação por edital é admitida nos processos dos crimes de lavagem, todavia o que não
se admite é a suspensão do processo e do curso do prazo prescricional, conforme a regra do CPP;
1
LIMA, Renato Brasileiro de. Legislação criminal especial comentada, volume único. 8. ed. Salvador: Editora JusPODIVM,
2020 (P. 655)
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Art. 4º-B. A ordem de prisão de pessoas ou as medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores poderão
ser suspensas pelo juiz, ouvido o Ministério Público, quando a sua execução imediata puder comprometer
as investigações.
• EFEITOS DA CONDENAÇÃO
Art. 7º São efeitos da condenação, além dos previstos no Código Penal:
I - a perda, em favor da União - e dos Estados, nos casos de competência da Justiça Estadual -, de todos os
bens, direitos e valores relacionados, direta ou indiretamente, à prática dos crimes previstos nesta Lei,
inclusive aqueles utilizados para prestar a fiança, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé;
§ 2º Os instrumentos do crime sem valor econômico cuja perda em favor da União ou do Estado for decretada
serão inutilizados ou doados a museu criminal ou a entidade pública, se houver interesse na sua
conservação.
- Conclui-se que o efeito da condenação previsto no inc. I é automático, ao passo que o inc. II
contempla efeito não automático, reclamando declaração motivada na sentença condenatória.
#APOSTACICLOS
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Art. 17-B. A autoridade policial e o Ministério Público terão acesso, exclusivamente, aos dados cadastrais
do investigado que informam qualificação pessoal, filiação e endereço, INDEPENDENTEMENTE DE
AUTORIZAÇÃO JUDICIAL, mantidos pela Justiça Eleitoral, pelas empresas telefônicas, pelas instituições
financeiras, pelos provedores de internet e pelas administradoras de cartão de crédito.
A jurisprudência não pode ficar de fora! Todos os julgados que vocês precisam saber estão aqui
(é disso que o povo gosta!!):
#APOSTACICLOS - É desnecessário que o autor do crime de lavagem de dinheiro tenha sido autor ou
partícipe da infração penal antecedente, basta que tenha ciência da origem ilícita dos bens, direitos e
valores e concorra para sua ocultação ou dissimulação. O fato de um dos ora denunciados não haver sido
denunciado pelo crime antecedente é irrelevante para a responsabilização por lavagem de dinheiro.
Conforme orientação deste Superior Tribunal de Justiça, a participação no crime antecedente não é
indispensável à adequação da conduta de quem oculta ou dissimula a natureza, origem, localização,
disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes direta ou
indiretamente, de crime, ao tipo do art. 1º, da Lei 9.613/98. Precedentes. (APn n. 458/SP, Rel. Ministro
FERNANDO GONÇALVES, Rel. p/ Acórdão Ministro GILSON DIPP, Corte Especial, julgado em 16/9/2009, DJe
18/12/2009) HC 545395/RO, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em
05/03/2020, DJe 13/03/2020
#APOSTACICLOS #VAICAIR – INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 17-D
É inconstitucional a determinação de afastamento automático de servidor público indiciado em inquérito
policial instaurado para apuração de crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores. Com base
nesse entendimento, o STF declarou inconstitucional o art. 17-D da Lei de Lavagem de Dinheiro (Lei nº
9.613/98): Art. 17-D. Em caso de indiciamento de servidor público, este será afastado, sem prejuízo de
remuneração e demais direitos previstos em lei, até que o juiz competente autorize, em decisão
fundamentada, o seu retorno. O afastamento do servidor somente se justifica quando ficar demonstrado
nos autos que existe risco caso ele continue no desempenho de suas funções e que o afastamento é medida
eficaz e proporcional para se tutelar a investigação e a própria Administração Pública. Tais circunstâncias
precisam ser apreciadas pelo Poder Judiciário. STF. Plenário. ADI 4911/DF, rel. orig. Min. Edson Fachin, red.
p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 20/11/2020 (Info 1000).
#AJUDAMARCINHO
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O afastamento do servidor somente se justifica quando ficar demonstrado nos autos que existe risco caso
ele continue no desempenho de suas funções e que o afastamento é medida eficaz e proporcional para se
tutelar a investigação e a própria Administração Pública. Tais circunstâncias precisam ser apreciadas pelo
Poder Judiciário.
A necessidade concreta de afastar o servidor pode ocorrer a partir de representação da autoridade policial
ou do Ministério Público, na forma de medida cautelar diversa da prisão, conforme preveem os arts. 282, §
2º, e 319, VI, do CPP.
O STF entendeu que não se podia reconhecer a consunção entre a corrupção passiva e a lavagem,
considerando que não houve simples pagamento da propina para interposta pessoa, mas sim pagamento
mediante utilização de contas secretas no exterior em nome de uma offshore, de um lado, e de um trust, de
outro, e da realização de transação por meio da qual a propina foi depositada e ocultada em local seguro.
Logo, ficou demonstrada da autonomia entre os delitos.
STF. 2ª Turma. HC 165036/PR, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 9/4/2019 (Info 937).
O mero recebimento de valores em dinheiro não tipifica o delito de lavagem, seja quando recebido pelo
próprio agente público, seja quando recebido por interposta pessoa. STF. 2ª Turma. AP 996/DF, Rel. Min.
Edson Fachin, julgado em 29/5/2018 (Info 904).
#APOSTACICLOS #IMPORTANTE - Se o Ministério Público oferece denúncia por lavagem de dinheiro, ele
deverá narrar, além do crime de lavagem (art. 1º da Lei nº 9.613/98), qual foi a infração penal antecedente
cometida.
Importante esclarecer, contudo, que não é necessário que o Ministério Público faça uma descrição
exaustiva e pormenorizada da infração penal antecedente, bastando apontar a existência de indícios
suficientes de que ela tenha sido praticada e que os bens, direitos ou valores que foram “lavados”
(ocultados ou dissimulados) sejam provenientes desta infração.
Assim, a aptidão da denúncia relativa ao crime de lavagem de dinheiro não exige uma descrição exaustiva e
pormenorizada do suposto crime prévio, bastando a presença de indícios suficientes de que o objeto material
da lavagem seja proveniente, direta ou indiretamente, de infração penal. STJ. Corte Especial. APn 923-DF,
Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 23/09/2019 (Info 657).
Pratica lavagem de dinheiro o sujeito que recebe propina por meio de depósitos bancários fracionados,
em valores que não atingem os limites estabelecidos pelas autoridades monetárias à comunicação
compulsória dessas operações. Ex: suponhamos que, na época, a autoridade bancária dizia que todo
depósito acima de R$ 20 mil deveria ser comunicado ao COAF; diante disso, um Deputado recebia depósitos
periódicos de R$ 19 mil para burlar essa regra. Para o STF, isso configura o crime de lavagem. Trata-se de
uma forma de ocultação da origem e da localização da vantagem pecuniária recebida pela prática do crime
antecedente. O agente praticou a lavagem pelo fato de ter recebido a propina em depósitos bancários
fracionados, em valores que não atingem os limites estabelecidos pelas autoridades monetárias à
comunicação compulsória dessas operações. STF. 2ª Turma. AP 996/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em
29/5/2018 (Info 904).
Culpabilidade de parlamentar que exerce mandato há muitos anos é mais intensa. Na primeira fase da
dosimetria em caso de condenação por lavagem de dinheiro, o órgão julgador poderá aumentar a pena-base
do Deputado Federal que exerce mandato há muitos anos, sob o argumento de que sua culpabilidade é mais
intensa. A transgressão da lei por parte de quem usualmente é depositário da confiança popular para o
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exercício do poder enseja juízo de reprovação muito mais intenso do que seria cabível em se tratando de um
cidadão comum. STF. 1ª Turma. AP 863/SP, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 23/5/2017 (Info 866).
Reprovabilidade do crime cometido por “homem público” é maior. Se um Deputado Federal que exerce
mandato há muitos anos é condenado, o órgão julgador poderá aumentar a pena-base atribuindo destaque
negativo para a “reprovabilidade”. A circunstância de o réu ser homem de longa vida pública, acostumado
com regras jurídicas, enseja uma maior reprovabilidade em sua conduta considerando a sua capacidade
acentuada de conhecer e compreender a necessidade de observar as normas. STF. 1ª Turma. AP 863/SP, Rel.
Min. Edson Fachin, julgado em 23/5/2017 (Info 866).
A pena-base pode ser aumentada, no que tange às “circunstâncias do crime”, se a lavagem de dinheiro
ocorreu num contexto de múltiplas transações financeiras e de múltipla transnacionalidade, o que interfere
na ordem jurídica de mais de um Estado soberano. STF. 1ª Turma. AP 863/SP, Rel. Min. Edson Fachin, julgado
em 23/5/2017 (Info 866).
Se a lavagem de dinheiro envolveu valores vultosos, a pena-base poderá ser aumentada (“consequências do
crime”) tendo em vista que, neste caso, considera-se que o delito violou o bem jurídico tutelado de forma
muito mais intensa do que o usual. STF. 1ª Turma. AP 863/SP, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 23/5/2017
(Info 866).
#DEOLHONAJURIS: “Lavagem de capitais e crimes contra a administração pública. Corrupção passiva e
autolavagem: quando a ocultação configura etapa consumativa do delito antecedente – caso da corrupção
passiva recebida por pessoa interposta – de autolavagem se cogita apenas se comprovados atos
subsequentes, autônomos, tendentes a converter o produto do crime em ativos lícitos, e capazes de ligar o
agente lavador à pretendida higienização do produto do crime antecedente. Sob uma linguagem de ação
típica, as subsequentes e autônomas condutas devem possuir aptidão material para “Ocultar ou dissimular
a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores
provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal” antecedente, ao feitio do artigo 1º da Lei
9.613/98” (AP 694/MT, j. 02/05/2017).
DEOLHONAJURIS: O delito de lavagem de bens, direitos ou valores (“lavagem de dinheiro”), previsto no art.
1º da Lei nº 9.613/98, quando praticado na modalidade de ocultação, tem natureza de crime permanente.
A característica básica dos delitos permanentes está na circunstância de que a execução desses crimes não
se dá em um momento definido e específico, mas em um alongar temporal. Quem oculta e mantém oculto
algo, prolonga a ação até que o fato se torne conhecido. Assim, o prazo prescricional somente tem início
quando as autoridades tomam conhecimento da conduta do agente. STF. 1ª Turma. AP 863/SP, Rel. Min.
Edson Fachin, julgado em 23/5/2017 (Info 866).
É possível a interposição de apelação, com fundamento no art. 593, II, do CPP, contra decisão que tenha
determinado medida assecuratória prevista no art. 4º, caput, da Lei nº 9.613/98 (Lei de lavagem de Dinheiro),
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a despeito da possibilidade de postulação direta ao juiz constritor objetivando a liberação total ou parcial
dos bens, direitos ou valores constritos (art. 4º, §§ 2º e 3º, da mesma Lei).
O indivíduo que sofreu os efeitos da medida assecuratória prevista no art. 4º da Lei nº 9.613/98 tem a
possibilidade de postular diretamente ao juiz a liberação total ou parcial dos bens, direitos ou valores
constritos. No entanto, isso não proíbe que ele decida não ingressar com esse pedido perante o juízo de 1º
instância e queira, desde logo, interpor apelação contra a decisão proferida, na forma do art. 593, II, do CPP.
STJ. 5ª Turma. REsp 1585781-RS, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 28/6/2016 (Info 587).
Pessoal, a Lei nº 13.964, de 2019, que trouxe o PACOTE ANTICRIME, incluiu o §6º na Lei de Lavagem,
autorizando expressamente a utilização da ação controlada e infiltração de agentes. Tá a cara de questão de
prova, né? CESPINHA adora uma novidade legislativa. Então, abre o olho!
Art. 1º, §6º Para a apuração do crime de que trata este artigo, admite-se a utilização da ação controlada e
da infiltração de agentes. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
#COLANARETINA #REVISAQUEPASSA
MEIOS DE OBTENÇÃO DE PROVA
Ação Controlada Infiltração de Agentes
Previsão normativa: expressamente na Lei de Previsão normativa: Lei de Drogas (art. 51, I), Lei de
Drogas (Lei nº 11.343/06, art. 53, 11), 151 na Lei Organização Criminosa (arts. 10 a 14), ECA (arts.
de Lavagem de Capitais (Lei nº 9.613/98, art. 1°, 190-A a 190-E), crimes de lavagem de capitais (Lei
§6°, incluído pela Lei n. 13.964/19, e art. 4°-B, n. 9.613/98, art. 1°, §6°, incluído pela Lei n.
com redação dada pela Lei nº 12.683/12) e na 13.964/19);
nova Lei das Organizações Criminosas (Lei nº
12.850/13, art. 8°)
Conceito legal: Consiste a ação controlada em Conceito: no ordenamento jurídico pátrio, é
retardar a intervenção policial ou administrativa possível chegarmos a uma definição comum de
relativa à ação praticada por organização criminosa agente infiltrado, observando-se algumas
ou a ela vinculada, desde que mantida sob características que lhe são inerentes: a) agente
observação e acompanhamento para que a medida policial; b) atuação de forma disfarçada,
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Mas tem mais. Ainda sobre novidades legislativas, o que engloba também as declarações de
inconstitucionalidade, recentemente, o STF declarou a inconstitucionalidade do art 17-D, que tratava sobre
afastamento automático de servidor indiciado nos crimes da Lei nº 9.613/98.
Art. 17-D. Em caso de indiciamento de servidor público, este será afastado, sem prejuízo de remuneração
e demais direitos previstos em lei, até que o juiz competente autorize, em decisão fundamentada, o seu
retorno.
D da Lei de Lavagem de Dinheiro (Lei nº 9.613/98). STF. Plenário. ADI 4911/DF, rel. orig. Min. Edson
Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 20/11/2020 (Info 1000).
④ SÚMULAS
⑤ COMO CAIU?
(C) Certo
(E) Errado
2) DELTA – CESPE – PC/SE - 2020
A respeito da investigação dos crimes de lavagem de dinheiro, julgue o item a seguir.
É vedado o afastamento de servidor público indiciado e ainda não condenado, haja vista o instituto da
presunção de inocência.3
(C) Certo
(E) Errado
2
1- ERRADO (Não se aplica o 366 do CP. Não há suspensão do curso do processo ou do prazo prescricional. Se o acusado,
citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, PROSSEGUINDO-SE o feito até o julgamento, com a
nomeação de defensor dativo.)
3
2- #ATENÇÃO. O gabarito da questão consta que a afirmativa está ERRADA. Porém, como vimos, a regra do artigo 17-
D da Lei em comento, foi considerada inconstitucional conforme decisão do STF. A realização da prova foi anterior
à decisão. Gabarito da professora: CERTO;
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(C) Certo
(E) Errado
4) DELTA – CESPE – PC/MA – 2018
A colaboração premiada nos casos de lavagem de capitais5
A) será válida somente se o colaborador indicar a autoria do crime antecedente que originou a lavagem de
ativos.
B) será nula se não contar com a participação do órgão julgador na elaboração do acordo.
C) tem como benefício, entre outros, a substituição da pena privativa de liberdade por penas restritivas de
direitos.
D) constitui meio de prova que pode embasar, isoladamente, posterior sentença condenatória.
E) pode ocorrer apenas na fase processual, no curso da competente ação penal.
(C) Certo
(E) Errado
4
ERRADO. Vide artigo 2º, § 1º: A denúncia será instruída com indícios suficientes da existência da infração penal
antecedente, sendo puníveis os fatos previstos nesta Lei, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor, ou
extinta a punibilidade da infração penal antecedente.(Princípio da acessoriedade limitada)
5
GABARITO “C”: §5º A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida em regime aberto ou semiaberto,
facultando-se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por pena restritiva de direitos, se o
autor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que
conduzam à apuração das infrações penais, à identificação dos autores, coautores e partícipes, ou à localização dos
bens, direitos ou valores objeto do crime.
6
CERTO. §5º A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida em regime aberto ou semiaberto,
facultando-se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por pena restritiva de direitos, se o autor,
coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades,
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Três pontos importantes são tratados pela doutrina no estudo dos crimes de lavagem de capitais.
Eles podem ser cobrados na sua primeira fase, mas, notadamente, são a cara da prova discursiva:
• TEORIA DA CEGUEIRA DELIBERADA (instruções da avestruz) – já sabemos que, como o tipo penal da
lavagem de capitais traz como elementar a infração penal antecedente, depreende-se que, na hipótese de
o agente desconhecer a procedência ilícita dos bens, faltar-lhe-á o dolo de lavagem, com a consequente
atipicidade de sua conduta, ainda que o erro de tipo seja evitável, porquanto não se admite a punição da
lavagem a título culposo. Daí a importância da denominada teoria da cegueira deliberada (willful blindness)
- também conhecida como doutrina das instruções da avestruz (ostrich instructions) ou “doutrina da evitação
da consciência. Tal teoria aplica-se na lei de lavagem de capitais para permitir a punição do agente que alega
não ter consciência da origem ilícita dos bens, quando tenha, voluntariamente, procurado evitar a
consciência quanto à ilicitude da origem. Restará configurado o delito, a título de dolo eventual, quando
comprovado que o autor da lavagem de capitais tenha deliberado pela escolha de permanecer ignorante a
respeito de todos os fatos quando tinha essa possibilidade.
Afinal, nos mesmos moldes que a actio libera in causa, positivada no art. 28, II, do CP, ninguém pode
beneficiar-se de uma causa de exclusão da responsabilidade penal provocada por si próprio.
• FASES DA LAVAGEM DE CAPITAIS: Para encobrir a origem ilícita dos lucros, evitando-se uma associação
direta deles com a infração antecedente, a lavagem realiza-se por meio de um processo dinâmico que requer
o distanciamento dos fundos de sua origem. O modelo ideal de lavagem de capitais envolve três etapas
independentes, a saber:
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#ATENÇÃO - Para o STF, NÃO É NECESSÁRIA a ocorrência destas três fases para que o delito de
lavagem esteja consumado (RHC 80.816/SP do STF, pertinente à MÁFIA DOS FISCAIS). Para o STF,
as três fases traduzem um modelo ideal, mas não precisa estar completo para punição.
▪ Destaca-se que tal tema foi tratado na prova discursiva do MPDFT, 2ª fase, em 2016.
típica, as subsequentes e autônomas condutas devem possuir aptidão material para “Ocultar ou dissimular
a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores
provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal” antecedente, ao feitio do artigo 1º da Lei
9.613/98” (AP 694/MT, j. 02/05/2017).
# Esta Corte Superior de Justiça firmou o entendimento de que, "embora a tipificação da lavagem de dinheiro
dependa da existência de um crime antecedente, é possível a autolavagem - isto é, a imputação simultânea,
ao mesmo réu, do delito antecedente e do crime de lavagem -, desde que sejam demonstrados atos diversos
e autônomos daquele que compõe a realização do primeiro crime, circunstância na qual não ocorrerá o
fenômeno da consunção" (APn 856/DF, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, Corte Especial, julgado em
18/10/2017, DJe 6/2/2018).
Extraterritorialidade
Não impede a aplicação da lei brasileira o fato de que a infração penal antecedente tenha sido praticada no
exterior (LLD, art. 2º, II), como no caso do ingresso não declarado de valores que haviam sido objeto de
evasão de divisas no país de origem (TRF3, CJ 201003000356740, 1ª S., m.05/05/2011).
Aplica-se ao crime em comento o art. 7º, I, “b”, e II, “a”, do CP, de modo que, atendidas as condições do §
2º, o delito é punível ainda que praticado no exterior, por conta do princípio da justiça universal ou
cosmopolita (TRF3, HC 20060300111807-9, Johonsom, 1ª T., u., 04/09/2007).
NATUREZA DO CRIME: Depende. Há de se analisar o poder de decisão do agente no que tange à cessação da
prática delituosa, tal como se faz no raciocínio do estelionato previdenciário. A tipificação (ou não) do crime
de lavagem de capitais está diretamente condicionada a sua natureza jurídica, a saber:
Se o agente está lavando dinheiro para seu próprio usufruto, então a decisão
CRIME PERMANENTE
pela continuidade ou não do crime é somente dele.
CRIME INSTANTÂNEO Se o agente que lava o dinheiro é um terceiro, contribuindo com o sistema,
DE EFEITOS porém sem o poder de decisão para cessar a atividade, ele pratica um crime
PERMANENTES instantâneo de efeitos permanentes.
TIPO SUBJETIVO: No Brasil, não se admite a punição do branqueamento de capitais a título de culpa. O
elemento subjetivo dos crimes previstos na Lei 9.613/98 é o DOLO, considerado como a consciência e
vontade de realizar o tipo objetivo.
Portanto, quando o sujeito atua, desconhecendo ou ignorando que os bens sobre os quais recai sua
conduta têm sua origem numa infração penal antecedente ou, ao menos, admite por erro que não
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procedem da comissão de uma infração, estaria atuando em erro de tipo. Seja ele invencível (escusável -
qualquer um poderia errar) ou vencível (inescusável - qualquer um poderia evitar), o erro sobre os
elementos constitutivos do tipo legal de crime exclui o dolo, já que este requer o conhecimento dos
elementos do tipo objetivo. Se o erro sobre os elementos do tipo for vencível, a infração será castigada
na modalidade culposa, desde que haja uma figura delitiva tipificando a correspondente conduta
culposa, o que não acontece no crime de lavagem de capitais no ordenamento pátrio, que admite sua
punição exclusivamente a título de dolo.
A ação penal é pública incondicionada, sendo o rito comum (art. 2º, I).
COMPETÊNCIA: O crime de lavagem de dinheiro não é, por si só, de competência federal, sendo a
competência da JUSTIÇA ESTADUAL quando não houver prejuízo para a União, quando a infração penal
antecedente for da sua competência e quando a lavagem for interna e não se valer de instituição financeira,
mas de outros meios.
E aí? Gostaram? Estamos só começando. Ao longo no nosso curso, que já inicia no dia 02/08, vocês
receberão 53 CARDS da matérias de Penal, Processo Penal, Constitucional, Administrativo, Medicina legal
e Criminologia. PONTO A PONTO do futuro EDITAL CESPE DELTA, porque SAIR NA FRENTE é a nossa meta.
E tem mais: teremos ainda 8 “CESPOU”, toda sexta, nosso mini simulado de súmulas. E pra fechar com
chave de ouro, a turma conta ainda com 4 SIMULADOS inéditos, reunindo todas as apostas para as provas
CESPE das matérias citadas acima, dentre outras cobradas de forma alternada.