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154-18
Legislação Extravagante
(Ponto 10)
1
Dos crimes contra a ordem tributária, econômica e
contra as relações de consumo (Lei 8.137/1990).
CPF: 860.542.154-18
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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CURSO MEGE
Legislação Extravagante
(Ponto 10)
Dos crimes contra a ordem tributária, econômica e
2
contra as relações de consumo (Lei 8.137/1990).
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SUMÁRIO
1. DOUTRINA (RESUMO)................................................................................................... 6
2. JURISPRUDÊNCIA ........................................................................................................ 28
3. QUESTÕES ................................................................................................................... 29
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APRESENTAÇÃO
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1. DOUTRINA (RESUMO)
1.1. CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA, ECONÔMICA E CONTRA AS
RELAÇÕES DE CONSUMO (LEI 8.137/90)
1.1.1. ASPECTOS GERAIS
São duas as correntes que tratam da natureza do bem jurídico tutelado pelos
crimes contra a ordem tributária: a) corrente patrimonialista: tutela-se o erário
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público e a arrecadação tributária (majoritária); b) corrente funcionalista: tutela-se as
diversas funções que o tributo exerce, de acordo com as disposições constitucionais.
Cabe aqui o alerta de que a inadimplência não se confunde com a sonegação
fiscal (evasão fiscal). O simples INADIMPLEMENTO de uma obrigação tributária não
configura crime. A SONEGAÇÃO (EVASÃO FISCAL), caracterizada pelo emprego de
fraude, por seu turno, é ação capaz de configurar crime. Vejamos os seguintes
conceitos trazidos pela Lei 4.502/64:
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Assim, com base em uma análise da Súmula Vinculante 24, podemos concluir
que o seu entendimento não se aplica para os seguintes delitos:
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Diferentemente dos delitos previstos no art. 1º, aqui, em regra, os crimes são
formais, ou seja, consumam-se com a prática da conduta, independentemente de
resultado naturalístico, pelo que prescinde da constituição definitiva do crédito
tributário para sua caracterização. A exceção fica na previsão condita do art. 2º, II, que
possui natureza de crime material, consoante será visto adiante.
13
“PENAL E PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO
RECURSO ESPECIAL. PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE. SÚMULA N.
568/STJ. APROPRIAÇÃO INDÉBITA TRIBUTÁRIA. ICMS PRÓPRIO
OU POR SUBSTITUIÇÃO. IRRELEVÂNCIA. REPASSE AO
CONSUMIDOR. AGRAVO DESPROVIDO (...) 2. Para a Terceira
Seção, órgão especializado para julgar matérias criminais nesta
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Corte, o crime do art. 2º, II, da Lei n. 8.137/1990, somente
pode ter como sujeito passivo aqueles que "descontam" ou
"cobram" tributo ou contribuição. 3. Com efeito, "a
interpretação consentânea com a dogmática penal do termo
descontado é a de que ele se refere aos tributos diretos
quando há responsabilidade tributária por substituição,
enquanto o termo cobrado deve ser compreendido nas
relações tributárias havidas com tributos indiretos (incidentes
sobre o consumo), de maneira que não possui relevância o
fato de o ICMS ser próprio ou por substituição, porquanto, em
qualquer hipótese, não haverá ônus financeiro para o
contribuinte de direito" (HC 399.109/SC, Rel. Ministro
ROGERIO SCHIETTI CRUZ, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em
22/08/2018, DJe 31/08/2018) 4. Agravo regimental desprovido.
(STJ; AgRg-REsp. 1.730.395; Proc. 2018/0060730-2; SC; Quinta
Turma; Rel. Min. Ribeiro Dantas; Julg. 23/10/2018; DJE
31/10/2018; Pág. 2719).
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Percebam que o este delito é muito similar àquele previsto no art. 1º, I, da Lei
nº 8.137/90. O crime previsto no art. 2º, I trata-se, em verdade, de uma espécie de
forma tentada daquele crime previsto no art. 1º, I:
A consumação exige que haja a efetiva A consumação não exige que haja a
supressão ou redução do tributo. efetiva supressão ou redução do tributo.
Havendo a efetiva supressão ou redução,
o crime cometido será aquele previsto
no art. 1º, I.
O art. 2º, II, da Lei nº 8.137/90 é uma forma especial de apropriação indébita.
O bem jurídico protegido é a ordem tributária, ou seja, o interesse do Estado na
arrecadação dos tributos (erário).
O sujeito ativo do delito é o sujeito passivo da obrigação, de modo geral, não
havendo distinção entre o sujeito passivo direto ou indireto da obrigação tributária.
Assim, o sujeito ativo do crime pode ser representado pelo contribuinte (direto) ou
pelo responsável em substituição tributária (indireto).
Trata-se de crime comum, não se exigindo qualquer qualidade especial do
sujeito ativo.
O sujeito passivo é o ente tributante (União, Estado ou Município).
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É importante ressaltar que, no caso do art. 2º, II, o fato de o agente registrar,
apurar e declarar, em guia própria ou em livros fiscais, o imposto devido não tem o
condão de elidir ou exercer nenhuma influência na prática do delito, pois a
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clandestinidade não é elementar do tipo. Por outro lado, é possível a exclusão da
culpabilidade por inexigibilidade de conduta diversa se ficar comprovada nos autos a
crise financeira da empresa.
Ademais, diante da pena mínima cominada (06 meses), cabível a suspensão
condicional do processo (art. 89, Lei 9.099/95).
Outrossim, importante é a ressalva quanto a necessidade da existência de
contumácia para a configuração do delito previsto no art. 2º, II, vejamos:
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Por fim, para fins do disposto no art. 2º, II, da Lei nº 8.137/90, a menção a
inúmeros inadimplementos (inscritos em dívida ativa) gera a presunção relativa da
ausência de tentativa de regularização (STJ - HC 728.271-SC/2022).
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STJ: “A denúncia genérica não se confunde com a denúncia
geral, não sendo aquela admitida pelo direito pátrio, sendo
possível, entretanto, nos casos de crimes societários e de
autoria coletiva, a denúncia geral, ou seja, aquela que, apesar
de não detalhar minudentemente as ações imputadas ao
denunciado, demonstra, ainda que de maneira sutil, a ligação
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sua conduta e o fato delitivo”. (RHC 74.812 / MA, Rel.
Min., Joel Ilan Paciornik, 5ª T., j. 21/11/2017, v.u.”).
STJ: “(...) 5. Nos chamados crimes societários, embora a
vestibular acusatória não possa ser de todo genérica, é válida
quando, apesar de não descrever minuciosamente as atuações
individuais dos acusados, demonstra um liame entre o seu agir
e a suposta prática delituosa, estabelecendo a plausibilidade da
imputação e possibilitando o exercício da ampla defesa, caso
em que se consideram preenchidos os requisitos do artigo 41
do Código de Processo Penal.” (...) (RHC 77.050/PE, Min. Rel.
Jorge Mussi, julgamento em 06/12/2016).
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A par desses requisitos, nos crimes contra a ordem tributária ganha relevo o
critério de valor para aferição da insignificância da conduta.
Para o STF, deve ser reconhecido o princípio da insignificância se o débito for
igual ou inferior a R$ 20.000,00, à luz da Portaria MF n. 75/2012 (“art. 2º O Procurador
da Fazenda Nacional requererá o arquivamento, sem baixa na distribuição, das
execuções fiscais de débitos com a Fazenda Nacional, cujo valor consolidado seja igual
ou inferior a R$ 20.000,00 (vinte mil reais), desde que não ocorrida a citação pessoal
do executado ou não conste dos autos garantia útil à satisfação do crédito”) e n.
130/2012.
O mesmo patamar tem sido aplicado ao crime de descaminho:
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- Independência das searas administrativa e penal. Isso gerava decisões conflitantes
(ex.: condenação criminal e decisão administrativa de que não houve supressão de
tributo).
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em 10/12/2003).
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“RECURSO ESPECIAL. DESCAMINHO. COMPLEXIDADE DO BEM
JURÍDICO TUTELADO. CONSUMAÇÃO QUE OCORRE COM O
TRANSPASSE DAS BARREIRAS ALFANDEGÁRIAS SEM O
PAGAMENTO DE IMPOSTO OU DIREITO. ESGOTAMENTO DA VIA
ADMINISTRATIVA COM A CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO
CRÉDITO TRIBUTÁRIO. DESNECESSIDADE”. (REsp. 1.343.463/BA,
CPF:
Min. Rel. 860.542.154-18
Rogério Schietti Cruz, j. 20/03/2014).
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E ainda:
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O STJ havia firmado a tese de que o pagamento deve ser feito até o trânsito
em julgado: CPF: 860.542.154-18
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2. JURISPRUDÊNCIA
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3. QUESTÕES
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do julgamento por parte do fisco não suspende, por si só, o curso da prescrição para
ação penal.
( ) Certo
( ) Errado
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recolher aos cofres públicos), basta que haja dolo genérico, não sendo necessária a
comprovação de dolo específico.
III. A apreensão de ínfima quantidade de munição, desacompanhada de arma de fogo
implica, por si só, a atipicidade da conduta.
Está correto o que se afirma em
a) I, somente.
b) II, somente.
c) III, somente.
d) I e II, somente.
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4. GABARITO COMENTADO
2. Resposta: Letra “D”. De acordo com a Súmula Vinculante n. 24, não se tipifica crime
material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei 8.137/90,
antes do lançamento definitivo do tributo.
3. Resposta: Letra “A”. De acordo com a Súmula Vinculante n. 24, não se tipifica crime
material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei 8.137/90,
antes do lançamento definitivo do tributo.
STJ – Jurisprudência em Tese – Edição 176: 7) Após o lançamento definitivo do crédito
tributário, eventual discussão na esfera cível, via de regra, não obsta o prosseguimento
da ação penal que apura a ocorrência de crime contra a ordem tributária, diante da
independência das instâncias de responsabilização cível e penal.
STJ – Jurisprudência em Tese – Edição 174: 2) A existência de recurso administrativo
para impugnar auto de infração que noticia emissão de notas fiscais em desacordo
com a legislação não obsta o prosseguimento de inquérito policial que investiga a
prática de suposto crime descrito no inciso V do art. 1º da Lei n. 8.137/1990 (crime 32
formal), em virtude da independência das instâncias.
STJ – Jurisprudência em Tese – Edição 90: 13) A pendência de ação judicial ou de
requerimento administrativo em que se discuta eventual direito de compensação de
créditos fiscais com débitos tributários decorrentes da prática de crimes tipificados na
Lei n. 8.137/90 não tem o condão, por si só, de suspender o curso da ação penal, dada
CPF:
a independência das esferas cível, 860.542.154-18 e criminal.
administrativo-tributária
5. Resposta: Errada. Os crimes previstos na lei 8.137/90 são de ação penal pública
incondicionada.
6. Resposta: Letra D.
a) verdadeiro. Súmula Vinculante 24 do STF: Não se tipifica crime material contra a
ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do
lançamento definitivo do tributo.
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b) verdadeiro. Lei 8.137/90: Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária,
além dos previstos no Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal
(Título XI, Capítulo I): II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas em
razão dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de
lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente. Pena -
reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.
c) verdadeiro. O parcelamento do crédito tributário, realizado após o oferecimento da
denúncia, não extingue a punibilidade do ilícito penal (STJ HC 505.195/SP-2019)
d) falso. É crime o não recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS) em operações próprias, ainda que tenham sido devidamente
declaradas ao Fisco. (STJ HC 399.109)
e) verdadeiro. O adimplemento do débito tributário, a qualquer tempo, até mesmo
após o advento do trânsito em julgado da sentença penal condenatória, é causa de
extinção da punibilidade do acusado. (STJ HC 362.478)
7. Resposta: A.
I) CORRETA. Lei 9.455/97. Art. 1º, § 5º A condenação acarretará a perda do cargo,
função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da
pena aplicada. Trata-se de efeito automático, dispensada a fundamentação expressa
na sentença condenatória.
33
II) INCORRETA. Para a configuração do delito previsto no art. 2º, II, da Lei nº 8.137/90,
deve ser comprovado o dolo específico. STJ. HC 675.289/SC-2021 (Info 718).
III) INCORRETA. A apreensão de ínfima quantidade de munição desacompanhada da
arma de fogo não implica, por si só, a atipicidade da conduta. STJ. EREsp.
1.856.980/SC-2021 (Info 710).
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8. Resposta: D.
(A) CORRETO: Súmula Vinculante 24 do STF: Não se tipifica crime material contra a
ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lança-
mento definitivo do tributo.
(B) CORRETO: Lei 8.137/90: Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária,
além dos previstos no Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal
(Título XI, Capítulo I): II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas em ra-
zão dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lan-
çar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente. Pena - reclu-
são, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.
(C) CORRETO: O parcelamento do crédito tributário, realizado após o oferecimento da
denúncia, não extingue a punibilidade do ilícito penal (STJ HC 505.195/SP-2019)
(D) INCORRETO: É crime o não recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercado-
rias e Serviços (ICMS) em operações próprias, ainda que tenham sido devidamente
declaradas ao Fisco. (STJ HC 399109)
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9. Resposta: A.
STJ – Jurisprudência em Teses – Edição 99 - 2) Aplica-se o princípio da consunção ou da
absorção quando o delito de falso ou de estelionato (crime-meio) é praticado única e
exclusivamente com a finalidade de sonegar tributo (crime-fim).
O Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do RHC 163.334, a Sexta Turma do
Superior Tribunal de Justiça (STJ) estabeleceu que a falta de recolhimento do Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações próprias, quando não
é contumaz, não configura comportamento criminoso. Em consequência, o colegiado
absolveu um contribuinte que, por deixar de recolher o imposto em um único mês,
havia sido condenado por crime contra a ordem tributária (artigo 2º, inciso II, da Lei
8.137/1990).
Com a adoção desse novo critério, o crime só existirá se for habitual, isto é, se pratica-
do com regularidade e de maneira reiterada. À vista disso, quando o sujeito comete o
crime previsto no art. 2º, II da Lei 8.137/90, de acordo com novo entendimento do STF,
mesmo que tenha cometido muitos atos de inadimplência, haverá apenas um delito,
um único crime.
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