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SUMÁRIO
CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA 2
INTRODUÇÃO 2
CONCEITO DE TRIBUTO 2
SUJEITO ATIVO DOS CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA 2
SUJEITO PASSIVO DOS CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA 2
NATUREZA DA AÇÃO 2
COMPETÊNCIA 3
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 3
DELAÇÃO PREMIADA 3
CONVERSÃO DE PRISÃO EM MULTA 3
DOS CRIMES EM ESPÉCIE 3
CRIMES COMETIDOS POR PARTICULARES 3

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CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA

INTRODUÇÃO
Os crimes contra a ordem tributária são atualmente previstos na Lei 8.137/90, em seus
artigos 1º a 3º.

Embora haja alguma controvérsia, a maioria da doutrina considera que o bem jurídico
tutelado a ordem jurídica tributária, sendo considerado de interesse público a arrecadação
dos tributos, para que o Estado possa atender às necessidades da coletividade.

CONCEITO DE TRIBUTO
Para entendermos de fato os crimes contra a ordem tributária, é importante antes
sabermos o que são tributos.

E o conceito de tributo nos é dado pelo art. 3º do Código Tributário Nacional, (Lei
5.172/66) o qual dispõe:

“Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.

SUJEITO ATIVO DOS CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA


No caso dos crimes previstos nos art. 1º e 2º, o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa
obrigada a recolher o tributo, ou seja, o contribuinte (na verdade, é o que no Direito
Tributário, chama-se de sujeito passivo da obrigação tributária).

No caso dos crimes do art. 3º, o sujeito ativo é o funcionário público, pois ele prevê um
crime próprio.

SUJEITO PASSIVO DOS CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA


O sujeito passivo é o Estado, ou seja, o Poder Público, podendo ser na esfera federal,
estadual ou municipal.

NATUREZA DA AÇÃO
No caso dos crimes contra a ordem tributária, a ação penal é pública incondicionada, ou
seja, é movida pelo Ministério Público, sem necessidade de representação.

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COMPETÊNCIA
Em se tratando de não recolhimento de tributo federal, a competência para julgamento
da ação é da Justiça Federal. Se o tributo for estadual ou municipal, a competência é da Justiça
Estadual.

EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
O art. 34 da Lei 9.249/95 dispõe que se extingue a punibilidade dos crimes contra a
ordem tributária, quando o agente promover o pagamento do tributo ou contribuição social,
inclusive acessórios, antes do recebimento da denúncia.

Se o valor do tributo for parcelado antes do recebimento da denúncia, a extinção da


punibilidade somente ocorrerá após o pagamento de todas as parcelas, sendo que a pretensão
punitiva ficará suspensa, não correndo a prescrição durante a vigência do parcelamento,
conforme dispõe o art. 83 da Lei 9.430/96.

DELAÇÃO PREMIADA
O art. 16, §único, da Lei 8.137/90, dispõe que nos crimes contra a ordem tributária
cometidos em quadrilha ou co-autoria, o co-autor ou partícipe que através de confissão
espontânea revelar à autoridade policial ou judicial toda a trama delituosa terá a sua pena
reduzida de um a dois terços.

CONVERSÃO DE PRISÃO EM MULTA


O art. 9º da Lei 8.137/90 prevê a possibilidade de substituição da pena de reclusão ou de
detenção por multa.

DOS CRIMES EM ESPÉCIE


Vejamos os três artigos da Lei 8.137/90 que trazem os crimes contra a ordem tributária:

CRIMES COMETIDOS POR PARTICULARES

Os crimes contra a ordem tributária que podem ser cometidos por particulares estão nos
art. 1º e 2º da Lei 8.137/90:

“Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou


contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:

I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;

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II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação


de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal;

III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro
documento relativo à operação tributável;

IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber
falso ou inexato;

V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente,


relativa a venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou
fornecê-la em desacordo com a legislação.

Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da autoridade, no prazo de 10 (dez)


dias, que poderá ser convertido em horas em razão da maior ou menor complexidade da
matéria ou da dificuldade quanto ao atendimento da exigência, caracteriza a infração
prevista no inciso V.

Art. 2° Constitui crime da mesma natureza:

I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar
outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributo;

II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social,


descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria
recolher aos cofres públicos;

III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário, qualquer


percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida de imposto ou de contribuição como
incentivo fiscal;

IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo fiscal ou parcelas


de imposto liberadas por órgão ou entidade de desenvolvimento;

V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito


passivo da obrigação tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei,
fornecida à Fazenda Pública.

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa”.

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