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Matemática Básica | Gustavo Japiassu

Números naturais:

Os números naturais são aqueles que utilizamos para contar as coisas:

0, 1, 2, 3, 4, 5, 6...

O conjunto formado por todos os números naturais é representado por: N

NN = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, ...}


O conjunto dos números naturais apresenta uma série de propriedades:

Propriedade Caso geral Exemplo Comentários


associativa da A forma como
adição agrupamos as
(a+b)+c=(a+(b+c) (2+3)+4=2+(3+4) parcelas não
altera o
resultado.
comutativa da A ordem das
adição parcelas não
a+b=b+a 2+3=3+2
altera o
resultado
elemento Adicionar 0 não
neutro da a+0=a 3+0=3 altera o
adição resultado
associativa da A forma como
multiplicação agrupamos os
a×(b×c)=(a×b)×c 2×(3×4)=(2×3)×4 fatores não
altera o
resultado.
comutativa da A ordem dos
multiplicação a×b=b×a 2×3=3×2 fatores não
altera o produto

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elemento Multiplicar um
neutro da número por 1
a×1=a 2×1=2
multiplicação não altera o
resultado
distributiva da ---
multiplicação
a×(b+c)=ab+ac 2×(3+4)=2×3+2×4
em relação à
adição

Todas as propriedades acima valem para quaisquer a,b,c pertencentes aos


naturais.

Se colocarmos o sinal de negativo na frente de um número natural,


obtemos o seu oposto. Ou seja, -1 é oposto de 1. -2 é oposto de 2. -3 é
oposto de 3. E assim por diante.

Considere o conjunto abaixo:

B = {3, 4, 5, 6}

Como fizemos para representar este conjunto? Simplesmente colocamos,


entre chaves, todos os elementos do conjunto. Ou seja, listamos todos os
elementos.

Pois bem, há uma outra forma de representação de conjuntos que é muito


útil. Muitas vezes, os conjuntos abrigam elementos que possuem uma dada
característica em comum. Nestes casos, podemos representar o conjunto
apenas indicando que característica é essa. Com este pensamento, o
conjunto B pode ser reescrito assim:

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B N;2<x<7}

O que significam estes símbolos? Significa o seguinte.

B é formado por vários elementos, a que estamos chamando de ‘x’. Isto


corresponde à parte sublinhada:

Na sequência, temos uma barra vertical. Ela simboliza a expressão “tal que”.
Depois, indicamos que esses elementos ‘x’ têm uma característica especial:
eles pertencem ao conjunto dos números naturais.

Então temos que B é formado por todos os elementos ‘x’ que são
números naturais. Esta é a característica em comum dos elementos do
conjunto B. Todos eles são números naturais. Ok, só que os elementos x
ainda têm outra característica em comum. Além de serem números
naturais, eles também são maiores que 2 e menores que 7.

Reescrevendo tudo: o conjunto B é formado por todos os elementos x que


têm algumas características em comum: são números naturais, maiores que
2 e menores que 7.

Quais números são naturais, maiores que 2 e menores que 7? Ora, são os
números 3, 4, 5, 6.
Assim, escrever:

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B N;2<x<7}

É o mesmo que escrever:


B = {3, 4, 5, 6}

Qual a grande vantagem desta representação que indica a característica


dos elementos do conjunto? É que, se o conjunto for muito grande, talvez
fique mais fácil apenas indicar a característica em comum de seus
elementos. Imagine que quiséssemos indicar o conjunto de todos os
números pares maiores que 1 e menores que 199.896.903. Seria um baita
de um conjunto enorme. É bem mais fácil escrever:

A={x|x ! par;1<x<199.896.903}

Exemplo

Liste todos os elementos dos conjuntos abaixo.

a) A = {x| x é par; 17 < x < 26 }


b) B = {x| x é primo; 10 < x < 30 }

Resolução:

a) A é o conjunto formado por todos os números pares maiores que 17 e


menores que 26.

A={18, 20, 22, 24}

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b) B é o conjunto formado por todos os números primos maiores que 10 e


menores que 30.

B={11,13,17,19,23,29}

Exemplo

Reescreva os conjuntos a seguir, indicando a característica que eles têm em


comum.

a) A = {0, 5, 10, 15, 20, 25, 30}

b) B = {0, 1, 4, 9, 16, 25, 36, 49, 64, 81}

Resolução:

a) O conjunto A é formado por todos os múltiplos de 5 entre zero e 30.

A 0;x é múltiplo de
5}

b) O conjunto B é formado por todos os quadrados perfeitos menores ou


iguais a 81.

B={x|xé quadrado perfeito; x

Outra forma de representação seria:

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B={x2|x∈N;0≤x≤9}

Números inteiros

Em aula anterior nós já aprendemos que os números naturais são aqueles


usados para a contagem:

N={0,1,2,3,4,5,⋯}

Se acrescentarmos ao conjunto acima os opostos de cada elemento,


obtemos os números inteiros, representados por: Z

Z = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, ...}

O conjunto dos naturais está estritamente contido no conjunto dos inteiros:

N ⊂ Z

Dentro dos inteiros, a questão pode trazer alguns conjuntos especiais. São
eles:

Símbolo Conjunto Comentários


Z∗Z∗ {..., -3, -2, -1, 1, 2, 3, Conjunto dos números inteiros
...} não nulos
Z+Z+ {0, 1, 2, 3, ...} Conjunto dos inteiros não
negativos
{..., -3, -2, -1, 0} Conjunto dos inteiros não
Z−Z−
positivos
Z∗−Z−∗ {..., -3, -2, -1} Conjunto dos inteiros negativos
Z∗+Z+∗ {1, 2, 3, ...} Conjunto dos inteiros positivos

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O conjunto dos inteiros apresenta as mesmas propriedades já estudadas


para os naturais (associativa, comutativa e elemento neutro, tanto para
adição quanto multiplicação, além da distributiva da multiplicação em
relação à adição). Apresenta ainda a propriedade do oposto, ou seja, para
todo aa inteiro, existe −a, tal que:
a+(−a)=0

A soma de um número com seu oposto dá 0. Exemplificando, o oposto de


3 é −3.

OPERAÇÕES COM NÚMEROS INTEIROS

1) Adição e subtração

Primeiro caso: valores de mesmo sinal.

Basta somar e manter o sinal. Assim:


2+5=7

−2−5=−7

Na segunda linha, primeiro fazemos 2+5=7. E depois mantemos o sinal


negativo que estava presente nas duas parcelas.

Segundo caso: valores de sinais opostos.

Basta subtrair e manter o sinal o sinal do termo de maior módulo.

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Exemplo:
6−46−4

Temos um termo positivo (6), um negativo (-4). Então subtraímos (6−4=2)


e mantemos o sinal do termo de maior módulo

Outro exemplo:
−8+2=−6

Primeiro fazemos a subtração (8−2=6). Depois mantemos o sinal negativo,


que é o sinal do termo de maior módulo (o maior módulo é do termo −8).

Terceiro caso: uso de parênteses.

Exemplo:
2+(−1)=?

E agora temos que lembrar das seguintes regras:


• menos com menos dá mais
• mais com menos dá menos
• mais com mais dá mais Vejam:

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No nosso caso, temos +(−1). É o caso "mais com menos". Isso dá menos.

2+(−1)

2−1

=1
Outro exemplo:
−2−(−7)

Menos com menos dá mais:


=2+7

=9

2) Multiplicação e divisão
Basta multiplicar ou dividir os valores. Em seguida:
• se ambos tiverem o mesmo sinal, o resultado será positivo

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• se ambos tiverem sinais opostos, o resultado será negativo

Exemplo:

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Números racionais:

Os números racionais são todos aqueles que podem ser escritos em


forma de fração do tipo:

Onde “p” e “q” são números inteiros.


Exemplos:

Observem que todos os números inteiros também são racionais.


Exemplificando, o número -2 pode ser simbolizado por:

Que é uma fração com numerador e denominador inteiros. Logo, é


racional.
O conjunto dos números racionais é simbolizado pela letra: Q

O conjunto dos números inteiros está estritamente contido no


conjunto dos racionais:
Z Q

Representando os conjuntos já estudados:

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Para os racionais podemos representar subconjuntos análogos aos


que vimos para os inteiros:

simbolizando os conjuntos dos racionais não nulos, racionais não


positivos, racionais não negativos, racionais negativos e racionais
positivos, respectivamente.
Por fim, o conjunto dos inteiros apresenta as mesmas propriedades
que estudamos para os naturais: fechamento, associativa, comutativa,
e elemento neutro, tanto da adição quanto da multiplicação, além da
distributiva da multiplicação em relação à adição. Apresenta ainda a
propriedade do oposto. Para todo k racional existe −k tal que:

k+(−k)=0

Exemplo:

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Frações e dízimas periódicas

De forma bem simplista: fração é uma divisão. Dividimos um número


pelo outro. E os representamos com um sobre o outro, separados por
um traço, assim:

Estamos dividindo 4 por 3.


“4” é o numerador da fração, é o que vai em cima, é o número que
será dividido.
“3” é o denominador da fração, é o que vai em baixo, é o número que
divide.
Uma coisa importante sobre frações é a tal da simplificação. Exemplo:

Observem que podemos dividir 8 por 2. E podemos dividir 14 por 2.


Ou seja, 2 é um divisor comum de 8 e de 14.
Quando dividimos o numerador e o denominador pela mesma
constante, a fração não se altera:

! !÷% #

"# = "# ÷% =’

Com isso, diminuímos o numerador e o denominador. Eles ficaram


menores, mais simples.
Ou seja, simplificamos a fração.

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A fração 4/7 não pode mais ser simplificada, pois 4 e 7 não têm
divisores em comum. Aliás, eles até têm um divisor em comum, que é
o número 1, mas isso em nada nos ajuda. Dizemos que 4 e 7 são
números primos entre si.

Dois números são primos entre si quando o máximo divisor comum


entre eles é igual a 1.

Quando a fração a÷b for tal que a e b são primos entre si, dizemos
que a fração é irredutível. Não pode mais ser simplificada.

É importante relembrarmos todas as operações envolvendo frações.

Somas e subtrações só podem ser feitas se o denominador das frações


for o mesmo.
Para somar ou subtrair duas frações de mesmo denominador, basta
somarmos ou subtrairmos os numeradores, e mantermos o
denominador:

Se o denominador for diferente, antes precisamos fazer com que


fiquem iguais. Assim:

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Primeiro achamos um múltiplo comum de 3 e de 5. Um múltiplo


comum entre ambos é 15.

Então vamos fazer com que ambos os denominadores fiquem iguais


a 15.

Para tanto, basta multiplicar cada um deles por uma constante:

Ou seja, o primeiro denominador foi multiplicado por 3. O segundo


denominador foi multiplicado por 5. Agora os denominadores estão
iguais.

Mas há um erro grave acima!!!

Quando multiplicamos cada denominador, estamos alterando a


fração original.

Para que ela não seja alterada, temos que fazer exatamente a mesma
multiplicação no numerador. Assim:

Pronto, agora as frações iniciais foram preservadas.

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O resultado disso é que os denominadores agora já estão iguais. Já


podemos calcular a diferença:

Para multiplicar e dividir as frações, os denominadores podem ser


diferentes entre si, isso não é problema.

Para multiplicar duas frações, multiplicamos os numeradores entre si,


multiplicamos os denominadores entre si, e mantemos a divisão:

Para dividir duas frações, mantemos a primeira, invertemos a segunda,


e multiplicamos as duas:

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DÍZIMAS PERIÓDICAS
Existem frações cuja divisão apresenta infinitas casas após a vírgula. Se
essas casas após a virgula apresentarem um padrão de números
repetidos, nós temos uma dízima periódica. Exemplo:

Observem que, em um dado momento, fica repetindo os números


“84”, “84”, “84”:

4,48484848484

Por isso dizemos que se trata de uma dízima periódica, pois há uma
parcela do número que é periódica, que repete indefinidamente.

Temos que saber como transformar uma dízima periódica em fração.

É bem tranquilo. A técnica está ilustrada no exemplo abaixo.

Exemplo: 35,67123123123123

Nesta dízima, separamos a parte depois da vírgula em:


• parte aperiódica: é aquela que não repete: 35, 67 123123
• periódica: é a parte que repete: 35,67 123 123

Primeiro passo: chamamos o valor acima de x:

x=35,67123123123

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Segundo passo: devemos deixar do lado direito da vírgula só a parte


periódica.

Como fazer isso?

Basta multiplicar por uma potência de 10. Quando multiplicamos um


número por uma potência de 10, a gente simplesmente anda com a
vírgula para a direita.

Qual potência de 10 usamos?

É só contarmos quantos são os algarismos da parte aperiódica. Neste


caso, são dois algarismos (“6”, “7”).

Então basta multiplicar “x” por 10 elevado à segunda potência (=102). Ou


seja, o expoente é “2”, justamente porque temos dois algarismos na parte
aperiódica.

Então temos que multiplicar por 100. Assim, andamos duas casas com a
vírgula, e obteremos:

100x=3.267,123123123

Pronto. Agora, depois da vírgula, temos só a parte periódica. Em síntese:


multiplicamos por 10a, onde “a” é a quantidade de algarismos da parte
aperiódica.

Terceiro passo: multiplicamos o número acima por outra potência de 10.

Qual potência de 10?

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Aquela em que o expoente coincide com a quantidade de algarismos da


parte periódica.

Contamos quantos algarismos ficam repetindo. Neste exemplo, são três


algarismos que ficam sempre repetindo: “1”, “2” e “3”.

Se são três algarismos que ficam repetindo, multiplicamos por 103103. É


só andar de novo com a vírgula: (100x)×1.000=3.567.123,123123123

Em síntese, multiplicamos por 10p, onde “p” é a quantidade de


algarismos da parte periódica.

Quarto passo: Agora subtraímos os dois números e isolamos “x”:

(100x)×1.000−100x=(3.567.123,123123 )−(3.567,123123 )

Para que é que fizemos isso tudo?

Para que, na subtração acima, as infinitas casas após a vírgula se


cancelassem:

100.000x=100x=3.563.556

99.900x=3.563.556

Pronto.

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Lá no início, “x” estava representado por 35,67123123 Agora,


conseguimos obter a correspondente fração.

Repetindo os passos

Chama a dízima de "x".

• Multiplica por 10a


• Multiplica por 10p
• Subtrai os dois anteriores e isola o "x".

Onde "a" é o número de algarismos da parte aperiódica e "p" é o número


de algarismos da parte periódica.

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Operações com números decimais

1) Adição

Exemplo:

O primeiro passo é igualar o número de casas após a vírgula usando


"zeros". Assim:

Com isso, colocamos vírgula embaixo de vírgula, e poderemos somar casas


correspondentes de cada número. Agora é só fazer a soma normalmente,
mantendo, no resultado final, vírgula embaixo de vírgula:

2) Subtração

O funcionamento é similar ao da adição. Completamos um dos valores com


zeros, até igualar as quantidades de casas após a vírgula. Mantemos vírgula
debaixo de vírgula. E fazemos os cálculos.
Exemplo:

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Igualando as quantidades de casas:

Notem que mantivemos vírgula embaixo de vírgula. Agora é só fazer a


conta:

No resultado final, também mantemos vírgula embaixo de vírgula.

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Multiplicação

Exemplo: 2,3×5,6

É fácil calcular este produto. Basta ignorar as vírgulas, assim:

23×56=1288

Agora precisamos colocar a vírgula. Basta contar o total de casas após a


vírgula que temos em nossos fatores:

2,3

5,6

Em vermelho destaquei as duas casas após a vírgula. Então são 2 casas ao


todo. Essa quantidade deve ser respeitada no resultado final:

12, 88

A lógica disso é a seguinte. Quando ignoramos a vírgula inicialmente, é


como se multiplicássemos cada fator por 10. Deu uma multiplicação total
por 100.

Para acertar o resultado final, basta dividi-lo por 100. Isso é feito
"andando duas casas" com a vírgula. Isto porque 100 tem dois zeros.

Falando em andar com a vírgula, um resultado interessante é a


multiplicação por potências de 10. Exemplo:

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9,12345×1.000

Quando um dos fatores for potência de dez, basta andarmos com a


vírgula para a direita. No caso, temos 103, ou ainda, 3 zeros em nosso
fator. Então andamos com a vírgula três casas para a direita, assim:

9.123,45

Divisão

Em aula anterior, trabalhamos a divisão para números naturais. Um


exemplo trabalhado foi este aqui:

Dentro do conjunto dos naturais, a divisão acaba aqui, pois não há mais
algarismos para descer.

Contudo, se quisermos trabalhar com casas após a vírgula, podemos


continuar a divisão. Tudo o que temos a fazer é adicionar mais um 0 no
dividendo e colocar uma vírgula no quociente.

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Pronto. Agora podemos continuar a divisão indefinidamente. Sempre que


chegarmos a um resto, basta acrescentar outro zero e continuar
dividindo. Exemplo:

A lógica disso é a seguinte.

Quando acrescentamos mais um zero no dividendo, é como se


estivéssemos multiplicando-o por 10. Para corrigir o resultado final, que
terá ficado 10 vezes maior, precisamos dividir o quociente por 10. Isso é
feito "andando com a vírgula". Por isso basta colocar a vírgula no
quociente.

Divisão por potências de 10

Exemplo:

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45.678.900,25÷10.000

Queremos uma divisão exata, com casas após a vírgula.

Basta fazer assim. Como o divisor é uma potência de 10, andamos com a
vírgula para a esquerda. No caso, temos 104104, ou ainda, 4 zeros em
nosso fator. Basta andar 4 casas para a esquerda.

Resultado:

4.567,890025

Divisão quando o dividendo e o divisor têm casas após a vírgula

Exemplo:

82.523,6÷25,32

Para realizar este cálculo, basta fazer o seguinte. Vemos qual dos dois
números tem maior quantidade de casas após a vírgula. No caso, é o
25,32, que apresenta duas casas após a vírgula

Para eliminar essas casas, multiplicamos por 100. Com isso teremos o
resultado 2532, sem casas após a vírgula.

Para não alterar a divisão, fazemos a mesma operação no dividendo, o


que vai resultar em 8.252.360.

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Pronto. Eliminamos as casas após a vírgula e não alteramos o resultado,


pois dividendo e divisor foram multiplicados pela mesma constante.
Agora é só dividir normalmente:

8.252.360÷2.532

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REGRAS DE DIVISIBILIDADE
Vamos falar rapidamente sobre as principais regrinhas de divisibilidade.
1) Divisibilidade por 2

Um número é divisível por 2 quando termina em 0, 2, 4, 6 ou 8.


Exemplo:

1.235.655.889.664

Esse número gigantesco (um trilhão, duzentos e trinta e cinco bilhões,


seiscentos e cinquenta e cinco milhões, oitocentos e oitenta e nove mil,
seiscentos e sessenta e quatro) termina em 4. Logo, é par, ou seja, divisível
por 2.

2) Divisibilidade por 3
Um número é divisível por 3 quando a soma de seus algarismos é divisível
por 3.
Exemplo: testar se

1.235.655.889.674
É múltiplo de 3.
Somando os algarismos:

1+2+3+5+6+5+5+8+8+9+6+7+4=69

Logo, 1.235.655.889.674 será divisível por 3 se 69 também for.

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E como fazemos para saber se 69 é divisível por 3? Basta verificar se a soma


de seus algarismos é divisível por 3:
6+9=15

Logo, 69 será divisível por 3 se 15 for divisível por 3.


E como saber se 15 é divisível por 3?
Basta repetir a dose, somando seus algarismos:
1+5=6

Agora chegamos a um número de um algarismo só. Não dá para reduzir


mais do que isso. Sabemos que 6 é múltiplo de 3, pois 6 dividido por 3
deixa resto 0.

Se 6 é múltiplo de 3, então 15 também é. Isso garante que 69 também é.


O que por sua vez garante que 1.235.655.889.674 também é múltiplo de 3.

3) Divisibilidade por 4
Um número é divisível por 4 quando o número formado pelos seus dois
últimos algarismos é múltiplo de 4.
Exemplo:
5.812

é múltiplo de 4, pois seus dois últimos algarismos formam o número 12,


que é múltiplo de 4.

Observar que essa regra vale para quaisquer dois algarismos, incluindo
"00". Exemplo:
198.875.500
é múltiplo de 4, pois seus dois últimos algarismos foram o número 00,
que é múltiplo de 4.

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4) Divisibilidade por 5

Um número é divisível por 5 quando termina em 0 ou 5. Exemplos:


6.255
72.320
4.445
5) Divisibilidade por 6
Um número é divisível por 6 quando é divisível por 2 (é par) e por 3 (soma
dos dígitos múltipla de 3).
Exemplo: 480
Este número é par, pois termina em 0. Logo, é divisível por 2.

Além disso, 4 + 8 + 0 = 12, que é múltiplo de 3. Logo, 480 é divisível por 3.

Se é divisível por 2 e por 3, então é divisível por 6

6) Divisibilidade por 7
Vamos ver um exemplo.
Testar se o número 6.272 é divisível por 7.
Primeiro quebramos o número em duas partes: separamos a unidade (em
vermelho) do restante do número (em azul):
6.272
Agora pegamos o número em azul e subtraímos do dobro do número em
vermelho:

627−4−623

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Se 623 for divisível por 7, o número original (6.272) também será. Se 623
não for divisível por 7, o número original não será.

Bem, como 623 ainda é um valor grande, podemos repetir o processo:

62−6=56

E 56 é sim divisível por 7. Logo, 623 também é. Logo, 6.272 também é


divisível por 7.

Outro exemplo: testar se 987.645 é divisível por 7:

98.764−10=98.754
9.875−8=9.867
986−14=972
97−4=93

Notem que 93 não é múltiplo de 7. Logo, 972 também não é. Logo, 9.867
também não é. Logo, 98.754 também não é. Portanto, 98.764 também não
é.

7) Divisibilidade por 8
Um número é divisível por 8 quando seus três últimos algarismos formam
um múltiplo de 8. Exemplo: 1.080 é divisível por 8, pois o número 080 é
divisível por 8.

8) Divisibilidade por 9
Um número é divisível por 9 quando a soma de seus dígitos é múltipla de
9. Exemplo: 1215 é divisível por 9, pois 1 + 2+ 1 + 5 = 9, que é divisível por
9.

9) Divisibilidade por 10

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Um número é divisível por 10 quando seu último dígito é 0. Exemplo:


3.462.890

NÚMEROS PRIMOS
Para estudar os números primos, primeiro você tem que saber o que é
um divisor. Para tanto, observe o cálculo abaixo:

Acima indicamos que, na divisão de 16 por 2, o quociente é igual a 8 e o


resto é igual a 0.
O fato do resto ser nulo nos diz que estamos diante de uma divisão "exata".
Por esse motivo nós dizemos que 2 é um divisor de 16.
Outros divisores de 16 são: 1, 2, 4, 8, 16. Todos eles obedecem à mesma
propriedade que vimos acima. Ou seja:
• 16 dividido por 1 dá 16, com resto 0. Logo, 1 é divisor de 16.
• 16 dividido por 2 dá 8, com resto 0. Logo, 2 é divisor de 16
• 16 dividido por 4 dá 4, com resto 0. Logo, 4 é divisor de 16
• 16 dividido por 8 dá 2, com resto 0. Logo, 8 é divisor de 16
• 16 dividido por 16 dá 1, com resto 0. Logo, 16 é divisor de 16

Agora vejamos os divisores de 15:


1, 3, 5, 15

Agora os divisores de 14:


1, 2, 7, 14

Seguem os divisores de 13:


1, 13

Olha que interessante. O número 1 é sempre divisor dos demais números


inteiros. Ele aparece em qualquer lista de divisores que você fizer.

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Além disso, um número “n” qualquer será sempre divisor de si mesmo. Veja
que 16 é divisor de 16. 15 é divisor do próprio 15. O 14 é divisor de 14. O
número 13 é divisor do próprio 13. E assim por diante.

Por sinal, no caso do 13, seus únicos divisores são esses que vimos acima:
o “1” e o próprio número. Quando isso ocorre, estamos diante de um
número primo.

São exemplos de números primos:

2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, ...

Observem que o único primo que é par é o 2. Todos os demais são ímpares.
Qualquer número inteiro pode ser decomposto em fatores primos. Como
exemplo, vamos trabalhar com o número 252.
252 é um número par. Logo, é divisível por 2:

252÷2=126

Portanto:

252=126×2

126 é par, também pode ser dividido por 2. Vejam:

126÷2=63

Logo:
126=63×2

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Podemos substituir isso na igualdade acima:

252=126×2=63×2×2

O número 63 é múltiplo de 3. Podemos substituir 63 por 21×3:

252=21×3×2×2

O número 21 pode ser substituído por 3×7

252=7×3×3×2×2

Pronto! Notem que expressamos 252 como um produto de diversos


fatores. E todos esses fatores são números primos.

Qualquer número inteiro pode ser expresso como um produto entre


fatores primos. Outro exemplo:

18=2×3×3

Só não conseguimos fazer a decomposição se o número em questão for


primo. Vejam:

13=13×1

Bom, até decompomos, mas não foi uma decomposição “para valer”, né?
Afinal, basicamente escrevemos que 13 = 13, isso não é lá muita coisa. E
outro detalhe: um dos fatores foi “1”, que não é considerado primo.

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MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM E MÁXIMO DIVISOR COMUM


Exemplo:
24 dividido por 8 = 3 e resta 0

Como a divisão deu exata, afirmamos que:


• 24 é múltiplo de 8 (pois existe um número natural que, quando
multiplicado por 8, resulta em 24)
• 8 é divisor de 24 (pois a divisão deixa resto 0)

Vamos agora listar os divisores de 16 e de 24.

Divisores de 16: 1, 2, 4, 8,16


Divisores de 24: 1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 24

Observem que os valores 1, 2, 4 e 8 são divisores comuns nos dois casos.


Ou seja, todos eles são divisores comuns de 16 e de 24.
Entre os divisores comuns, o maior de todos é o 8. Dizemos que 8 é
o máximo divisor comum (MDC) entre 16 e 24.

MDC (16, 24) = 8

Uma forma de calcular o MDC é aquela que vimos acima: listamos todos
os divisores de 16, listamos todos os divisores de 24, e vemos qual é o
maior divisor comum nos dois casos.

Outra forma é a seguinte.

Decompomos cada número em fatores primos, assim:


16=24

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24=3×23

Agora tomamos os fatores comuns nos dois casos, usando o menor


expoente.

O fator 3 não é comum nos dois casos, então ele não será usado.

O fator 2 é comum nos dois casos. Então ele será usado com o menor
expoente (no caso, expoente 3).

Nossa resposta fica:


23=8

Outro exemplo. Calcular o MDC entre 2.625 e 1.350.

Fatorando:
2.625=3×53×7

1.350=2×33×52

Analisando cada fator:


• 2: não é fator comum, pois não aparece em 2625. Logo, fica de fora
• 3: é fator comum. Aparece com os expoentes 1 e 3. Tomamos o
menor expoente, no caso, 1. Resultado: 31
• 5: é fator comum. Aparece com os expoentes 2 e 3. Tomamos o
menor expoente, no caso, 2. Resultado: 52
• 7: não é fator comum, pois não aparece em 1.350

Então o MDC fica:


31×52=75

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Mudemos de exemplo. Passamos agora a listar os múltiplos de 6 e de 8.


• Múltiplos de 6: 6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48 ...
• Múltiplos de 8: 8, 16, 24, 32, 40, 48, 56...

Observem que os múltiplos 24 e 48 aparecem nos dois casos. São múltiplos


comuns.

Se continuássemos a lista, teríamos vários outros múltiplos comuns, como


72, 96, etc.

O menor dos múltiplos em comum é o 24. Dizemos que 24 é o menor


múltiplo comum(mmc) entre 6 e 8.

mmc(6, 8) = 24

Uma forma de calcular o mmc é listar os múltiplos de 6, listar os múltiplos


de 8, até acharmos o primeiro múltiplo comum (que será o menor deles).
Outra forma é decompor os números em fatores primos, assim:

6=2×3
8=23

Agora tomamos os fatores, sempre considerando o maior expoente.


• fator 2: aparece com expoentes 1 e 3. Tomamos o maior expoente, o
que resulta em 23
• fator 3: Na decomposição do 6, aparece com expoente 1. Na
decomposição do 8, ele não aparece, então é como se tivéssemos 30.
Então o maior expoente é 1, resultando em 31

O mmc é composto pelos fatores acima, sempre tomando o maior


expoente. Resultado:
mmc=23×3=24

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Outro exemplo. Calcular o mmc entre 2.625 e 1.350.

Fatorando:
2.625=3×53×7
1.350=2×33×5
Análise dos fatores:
• fator 2: aparece com expoentes 0 e 1. Tomamos o expoente 1
• fator 3: aparece com expoentes 1 e 3. Tomamos o expoente 3
• fator 5: aparece com expoentes 2 e 3. Tomamos o expoente 3.
• fator 7: aparece com expoentes 1 e 0. Tomamos o expoente 1.

Resultado:
21×33×53×7

mmc=47.250

Fechando o tópico, interessante notar que, dados dois números "a" e "b",
temos:

mmc×MDC=a×b

O produto entre os dois números é igual ao produto entre mmc e MDC.


Exemplo:
mmc (8, 6) = 24
MDC (8,6) = 2
Notem que:

mmc×MDC=8×6
24×2=8×6
48=48

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POTÊNCIAS
A maneira mais fácil de entendermos as potências é começarmos por
aquelas envolvendo números inteiros.
Exemplo:
23=8

Acima dizemos que:


• 2 é a base
• 3 é o expoente
• 8 é a potência

O expoente 3 indica que a base 2 será multiplicada por si própria, três


vezes, assim:

23=2×2×2=8

Outro exemplo:

54=5×5×5×5=625

Interessante notar que, quando o expoente é “1”, a base é repetida apenas


uma vez. Assim, temos o próprio número:

51=5

Algumas propriedades das potências:

1ª propriedade: para multiplicarmos duas potências de mesma base, basta


manter a base e somar os expoentes.
Vejam:

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(23)×(22)=?

Dentro do primeiro parênteses, devemos repetir a base 2 três vezes. No


segundo parênteses, repetimos a base duas vezes:

=(2×2×2)×(2×2)

=(2×2×2×2×2)

Agora multiplicamos o 2 por si mesmo, cinco vezes. Ou seja, temos uma


potência de base 2 e expoente 5.

=25

Notem que o expoente final (=5) foi a soma dos expoentes inicias (2+3).
2ª propriedade: para dividirmos duas potências de mesma base, basta
manter a base e subtrair os expoentes.
Vejam:

(23)÷(22)=?

=(2×2×2)÷(2×2)

=(2)

=21

O expoente final (=1) foi a diferença entre os expoentes iniciais (3−2).

3ª propriedade: para elevarmos uma potência a um expoente, basta


mantermos a base e multiplicarmos os expoentes.

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Exemplo:

(23) =?

O expoente 4 indica que a base será multiplicada por si mesma, quatro


vezes:

=(23)×(23)×(23)×(23)

Agora usamos a 1ª propriedade. Basta manter a base e somar os


expoentes:

=23+3+3+3

=24x3

=212

O expoente final (=12) foi o produto dos expoentes iniciais (=3×4).

4ª propriedade: para multiplicarmos potências de mesmo expoente,


multiplicamos as bases e mantemos o expoente.
Exemplo:

42×52=?

=4×4×5×5

=(4×5)×(4×5)

=(4×5)2

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5ª propriedade: para dividirmos potências de mesmo expoente, dividimos


as bases e mantemos o expoente.

52÷42=?

=(5×5)÷(4×4)

=(5÷4)×(5÷4)

=(5÷4)2

6ª propriedade: Se o expoente for 0, a potência será 1.


Vejam:
52÷52=?

Estamos dividindo dois números iguais entre si, concordam? Então o


resultado é 1:

52÷52=1

Agora usamos a propriedade 2: na divisão entre potências de mesma base,


mantemos a base e subtraímos os expoentes:

52÷52=?

52-2=1

50=1

Vimos que 5 elevado a 0 é 1.

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Isso vale para qualquer outro número. Qualquer número, quando elevado
a 0, resulta em 1.
A única exceção é o próprio 0.
0 elevado a 0 é indeterminado. Isso ocorre porque, no cálculo de 00,
teríamos uma divisão por 0, que não é definida.
Vejam:

00=01÷01

Teríamos uma divisão por 0, que não é possível ser calculada.

7ª propriedade: 1 elevado a qualquer expoente é sempre igual a 1.

13=?

13=1×1×1

8ª propriedade: Se o expoente for negativo, podemos inverter a base e


trocar o sinal do expoente. Assim:

5-2=?

=50-2

A partir da 2ª propriedade, conseguimos separar isso em uma divisão de


potências:

Lembrando da propriedade 6, vemos que o numerador vale 1:

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Aplicando a propriedade 7, sabemos que 1=12

Agora aplicamos a propriedade 5:

Ou seja, partimos de 5-2 e chegamos a (1/5)2. Invertemos a base (5 virou


1/5) e trocamos o sinal do expoente.

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Propriedades das Potências:


Resumindo as propriedades que estudamos:

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Notação científica

O número está escrito na notação científica quando tem o seguinte


formato:

Onde:
- "a" é um número real cujo módulo seja maior ou igual a 1 e menor
que 10:

Ou seja, "a", assume valores como: ±1, ±2, ±3, ...., ±9.
Pode também assumir valores "quebrados" como: ±1, 52, ±4,35, ±9,99
- "n" é um número inteiro.
Exemplos de números escritos em notação científica:

No número

dizemos que "a" é a mantissa e "n" é a ordem de grandeza.


Agora veremos números que não estão na notação científica:
Número Motivo pelo qual não está na notação científica

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Vamos ver como passar um número para a notação científica.


Exemplo:
1.234.567
O primeiro passo é obter a mantissa. Como a mantissa deve estar entre 1
e 10, então devemos obter o seguinte resultado:
1,234567
Vejam que andamos com a vírgula 6 casas para a esquerda. Ou seja, no
fundo, dividimos o número por 106.

Para não alterar o resultado, multiplicamos novamente por 106, assim:


Pronto, acima já temos o número na notação científica.
A ideia é sempre essa: colocar a vírgula no lugar certo, para que a mantissa
tenha módulo entre 1 e 10; em seguida, multiplicamos ou dividimos por
uma potência de 10, para não alterar o resultado.
Mais exemplos:

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RADICAIS
A raiz quadrada de um número x é representada por: √𝑥
!

Esta é a raiz mais comum.


Exemplo:

Como esta é a raiz mais importante, criou-se um padrão para simplificar a


escrita. Podemos omitir o índice da raiz, assim:

Sempre que omitimos o índice, já fica implícito que ele vale 2, ou seja, que
estamos diante de uma raiz quadrada.
Para achar a raiz quadrada de 16, basta encontrar o número que, quando
elevado ao quadrado, resulta em 16. Até aqui sem problemas, certo?

A raiz quadrada de 16 é igual a 4, pois 4 ao quadrado é 16.


Vamos dar os nomes:
• 16 é o radicando
• o índice, que foi omitido, vale 2
• 4 é a raiz
• o símbolo √ é chamado de radical

Mais exemplos de raiz quadrada:

Outra raiz muito comum é a raiz cúbica:

Acima, temos:

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• o radicando vale 8
• o índice vale 3
• a raiz vale 2

A raiz cúbica de 8 é igual a 2, porque 23=8

Aqui, diferentemente do que ocorre na raiz quadrada, somos obrigados a


explicitar o índice "3".
Outros exemplos:

Genericamente, "b" é a raiz "enésima" de "a"

quando:

1ª propriedade

Alguns exemplos numéricos. Vejamos:

Expressamos o número dentro da raiz (chamado de radicando), como uma


potência.

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Ok, podemos tirar a potência da raiz. Basta dividir seu expoente por 2 (pois
a raiz é quadrada).
Assim:

Isto vale para qualquer outra raiz.

Exemplo para raiz cúbica:

Podemos tirar a potência da raiz. Basta dividir seu expoente por 3, pois a
raiz é cúbica.

Genericamente:

É por isso que elevar um número a 0,5 é o mesmo que tirar a raiz quadrada.
Vejam:

Esta propriedade não é difícil de entender. Considere que:

Portanto, lembrando da definição de raiz:

Elevando os dois termos à potência 1/c mantemos a igualdade:

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Usando a propriedade das potências, mantemos a base e multiplicamos


os expoentes:

2ª propriedade.

Exemplo:

Portanto, notem que:

Esta propriedade pode ser assim entendida.


Partimos de:

Em potências aprendemos que podemos separar isso em:

Usando a propriedade 1:

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3ª Propriedade

Exemplo:

Para checar a igualdade, vamos desenvolver cada termo:

Segundo termo:

Esta propriedade também pode ser visualizada adotando-se o mesmo


passo a passo que fizemos para a 2ª propriedade.
Na tabela abaixo trazemos as principais propriedades envolvendo radicais:

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Operações com Radicais


Racionalização quando há uma raiz quadrada no denominador
Existem algumas frações que podem ser representadas com números
irracionais nos denominadores. Veja alguns exemplos:

Quando o denominador da fração é irracional, utilizamos algumas técnicas


para transformá-lo em um denominador racional, como a racionalização.
Quando há uma raiz quadrada no denominador, podemos dividir em dois
casos. O primeiro deles é quando a fração possui apenas uma raiz em
seu radical.

Exemplo 1:

Para racionalizar esse denominador, vamos encontrar a fração equivalente


a essa, mas que não tenha um denominador irracional. Para isso,
vamos multiplicar o numerador e o denominador por um mesmo
número — nesse caso, será exatamente o denominador da fração, ou seja,
√3.

Na multiplicação de frações, multiplicamos reto. Sabemos que 1 · √3 = √3.


Já no denominador, temos que √3 ·√3 = √9 = 3. Com isso, chegamos ao
seguinte:

Logo, temos uma representação da fração cujo denominador não é um


número irracional.

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Exemplo 2:
O segundo caso é quando existe uma adição ou uma diferença entre
uma raiz não exata.

Quando há no denominador uma diferença ou uma adição de termos,


sendo um deles a raiz não exata, multiplicamos o numerador e o
denominador pelo conjugado do denominador. Chamamos de
conjugado de √2 – 1 o inverso do segundo número, isto é, √2 + 1.

Realizando a multiplicação no numerador, temos que:

3(√2 + 1) = 3√2 +3

Já o denominador é o produto notável conhecido como produto da soma


pela diferença. O seu resultado sempre é o quadrado do primeiro termo
menos o quadrado do segundo termo.
(√2 – 1)(√2 + 1) = √2² – 1²

(√2 – 1)(√2 + 1) = √4 – 1²

(√2 – 1)(√2 + 1) = 2 – 1

(√2 – 1)(√2 + 1) = 1

Então, racionalizando o denominador dessa fração, temos que:

• Racionalização quando há uma raiz de índice maior que 2


Agora veja alguns exemplos quando há no denominador uma raiz de
índices maiores que 2.

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Como o objetivo é eliminar o radical, vamos multiplicar o denominador, de


forma que a raiz desse denominador possa ser cancelada.

Exemplo 1:

Nesse caso, para eliminar o expoente do radical, vamos multiplicar pela


raiz cúbica de 2² no numerador e no denominador, para que apareça
dentro do radical 2³ e, assim, seja possível cancelar a raiz cúbica.

Realizando a multiplicação, temos que:

Exemplo 2:

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Utilizando o mesmo raciocínio, vamos multiplicar o denominador e o


numerador por um número que faça com que a potência do denominador
chegue até o índice, ou seja, vamos multiplicar por raiz quinta de 3 ao
cubo para que seja possível cancelar o denominador.

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Unidades de Medida

1) INTRODUÇÃO
A conversão entre unidades de medida é algo muito comum no dia a dia.
Em algumas vezes é algo tão corriqueiro que nem nos damos conta.
Exemplo: vamos a um restaurante self service em que a placa diz "R$ 3,50
por cem gramas". Automaticamente já sabemos que, neste restaurante, o
preço é de R$ 35,00 por quilograma. Fizemos a conversão gramas /
quilogramas de forma automática.
Outro exemplo: vamos comprar água no supermercado e temos duas
opções:
• 1 garrafinha de 500 mL por R$ 2,50
• 1 garrafa de 1 L por R$ 4,00
Sabemos que 1 L tem o dobro de conteúdo de 500 mL. Então a garrafa de
1 L tem o dobro de água, mas seu preço não é duas vezes o preço da
garrafinha de 500 mL. Logo, é mais vantajoso comprar uma garrafa de 1 L
do que duas de 500 mL.
Neste capítulo vamos aprender formas de se converter diferentes tipos de
unidade de medida.
2) CASOS MAIS SIMPLES
Vou dar o exemplo para unidade de distância, no caso, o metro e suas
variações (milímetro, centímetro, decímetro, decâmetro, hectômetro,
quilômetro). Mas é só um exemplo. Tudo que vou falar serve para qualquer
outra coisa, como grama, litro, etc.
Os casos mais simples envolvem exclusivamente as seguintes unidades:
• milímetro (mm)
• centímetro (cm)
• decímetro (dm)
• metro (m)
• decâmetro (dam)
• hectômetro (hm)
• quilômetro (km)

Exemplo: converter 35 quilômetros em centímetros.


Basta fazer assim. Montamos um quadro:

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km hm dam m dm cm mm

Agora anotamos o valor de 35 km. Como estamos na unidade de medida


quilômetro, então a unidade do número 35 tem que ficar justamente
sobre o quadrinho do quilômetro. Assim:
km hm dam m dm cm mm
3 5 0 0 0 0 0 0

As demais casas são preenchidas com zeros.


Agora colocamos uma vírgula sobre a casa dos centímetros, pois os
centímetros são a unidade final a que queremos chegar.

km hm dam m dm cm mm

3 5 0 0 0 0 0, 0

O zero que está à direita da vírgula pode ser desprezado, não interfere no
resultado. Então 35 km = 3.500.000 cm.
É isso.
Outro exemplo, vamos converter 23,5 hectômetros em decímetros. Basta
repetir todo o procedimento. Colocamos a unidade do número sobre o
campo do hectômetro, que é nossa unidade de medida inicial:
km hm dam m dm cm mm

2 3, 5 0 0 0 0

Agora andamos com a vírgula, até que ela chegue em decímetros, que é
nossa unidade de chegada.
km hm dam m dm cm mm

2 3 5 0 0, 0 0

Portanto, 23,5 hectômetros = 23.500 decímetros.

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Mais um exemplo. Vamos converter 4,58 centímetros em metros. Vamos


lá:

km hm dam m dm cm mm

0 0 0 0 0 4, 5 8

Agora deslocamos a vírgula para a casa dos metros, que é a unidade


onde queremos chegar:

km hm dam m dm cm mm
0 0 0 0, 0 4 5 8

Os zeros à esquerda da vírgula podem ser desprezados. Com isso, 4,58


centímetros = 0,0458 metros.
Deste modo, com essa tabelinha, conseguimos fazer todas as
transformações envolvendo quilômetro, hectômetro, decâmetro, metro,
decímetro, centímetro e milímetro.
O mesmo raciocínio se aplica na conversão envolvendo quilograma,
hectograma, decagrama, grama, decigrama, centigrama e miligrama. Idem
para quilolitro, hectolitro, decalitro, litro, decilitro, centilitro e mililitro. E
assim por diante.
O grande problema deste tipo de solução é que ele não serve para outros
casos. Exemplo: como converter 1 nanômetro em picômetros? A tabela não
nos responde. Em outras palavras, esse método da "tabelinha" só vai ser
útil se o examinador for bondoso conosco e cobrar só os casos mais
simples.
Por este motivo, a fim de resolver questões de provas um pouquinho mais
difíceis, precisamos estudar os prefixos do Sistema Internacional de
Unidades.
3) PREFIXOS DO SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES
As unidades de medida são comumente acompanhada por prefixos.
Exemplo:
quilômetro, quilograma, centímetro, centilitro, decilitro, decigrama, hectô
metro, etc

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Saber o que significam tais prefixos é essencial para realizarmos as


conversões de unidades de medida.
Vamos aos principais prefixos. Basicamente vamos repetir a mesma lista
que já vimos no tópico anterior:

Prefixo Símbolo O que significa Exemplos

a grandeza está dividida por 1.000 1 mL = 1


mili m (ou multiplicada por 10−310−3, dá mililitro
no mesmo).
a grandeza está dividida por 100 (ou 1 cm = 1
centi c multiplicada por 10−210−2, dá no centimetro
mesmo)
significa que a grandeza está 1 dg = 1
deci d dividida por 10 (ou multiplicada decigrama
por 10−110−1)
1 dam = 1
deca da a grandeza está multiplicada por 10
decâmetro

1 hm = 1
hecto h a grandeza está multiplicada por 100
hectômetro

a grandeza está multiplicada por 1 kg = 1


quilo k
1.000 quilograma

4) CONVERSÃO DE UNIDADES QUADRADAS


Exemplo: converter uma área que está em centímetros quadrados (cm2)
para uma área em quilômetros quadrados (km2).
Um jeito mais rápido de fazer essa conversão é o seguinte. Em vez de
trabalharmos com a grandeza quadrada, trabalhamos com a grandeza
"normal" mesmo, com expoente 1. Ou seja, antes de trabalhar com cm2 e
km2, vamos trabalhar com cm e km.
Para converter de cm para km, vimos no tópico anterior que bastava
multiplicar por 10-5.

Pois bem, quando elevamos as grandezas ao quadrado, o fator também


é elevado ao quadrado.

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Pronto. Esse é o fator que usamos.


Se tivermos uma área de 20.000.000 cm2 (vinte milhões de centímetros
quadrados), e quisermos transformar tal área em km2, teremos:

A área será de 0,002 km2.


Outro exemplo: converter 2 dam2 (decâmetros quadrados) em
dm2 (decímetros quadrados).
Se a conversão fosse de dam para dm, teríamos:

No entanto, como as grandezas estão ao quadrado, o fator também é


elevado ao quadrado:

Logo, 2 dam2 correspondem a:

2 dam2 correspondem a 20.000 dm2.


5) CONVERSÃO DE UNIDADES CÚBICAS
Exemplo: converter dam3 para cm3.
Se a conversão fosse de dam para cm, teríamos:

Como a conversão é para unidades ao cubo, o fator também é elevado ao


cubo:

Logo, 0,005 dam3 correspondem a:

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0,005 dam3 correspondem a 5.000.000 cm3.


6) CONVERSÃO LITROS / METROS CÚBICOS
Agora entramos num tipo de conversão diferente, que é a conversão
envolvendo litros e metros cúbicos. Ambas são unidades de volume, mas
envolvem um caso diferente. Vejam que "litro" não tem prefixo algum.
Idem para "metro cúbico".
Deste modo, para fazer a conversão, temos que decorar que 1 metro cúbico
= 1.000 litros.
1 metro cúbico = 1.000 litros
Com isso, dá para resolver a questão abaixo.
Exemplo: Converter 4 dm3 para mL.
Primeira etapa: passamos de dm3 para m3.
Se fosse para passar de dm para m, saberíamos que o prefixo "deci"
significa que multiplicamos por 10-1.

Como as grandezas estão ao cubo, nosso fator passa a ser

Resultado: 4×10-3×m³

Outra forma de chegar a este mesmo resultado é:

Segunda etapa: passar de m3 para litros. Vimos no início deste tópico que
basta multiplicar por 1.000:

Resultado: 4 litros
Terceira etapa: converter de litros para mililitros:

O fator de conversão é igual a 1.000.

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Logo, 4 litros correspondem a 4×1.000=4.000 mililitros.

Resposta: 4.000 mililitros

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CONVERSÃO PARA UNIDADES DE TEMPO


Para resolver as questões, temos que saber que:
1 dia = 24 horas
1 hora = 60 minutos
1 minuto = 60 segundos
Sabendo disso dá, por exemplo, para saber quantos segundos
correspondem a 1 dia. Assim:
1 minuto = 60 segundos
1 hora = 60 minutos = 60×60

Logo, 1 hora tem 3.600 segundos.


Finalmente:

1 dia = 24 horas = 24×3.60024×3.600 segundos

Portanto, 1 dia tem 86.400segundos.


Assim, para ir da unidade de tempo "maior" para a "menor", basta ir
multiplicando:

Evidentemente, para "voltarmos", ou seja, para irmos da unidade menor


para a maior, basta ir dividindo:

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Estes fatores se aplicam mesmo que os números envolvidos sejam


fracionários. Exemplificando, vamos converter meia hora (0,5 horas) em
segundos. Basta ir multiplicando:
0,5×60=30 (convertemos meia hora em 30 minutos)
30×60=1.800 (agora convertemos 30 minutos em 1.800 segundos)

A questão típica de prova vai te dar um tempo em uma unidade menor, e


pedir para você encontrar a unidade maior.
Exemplo: converter o período de 228.277 segundos em dias, horas,
minutos e segundos.
O primeiro passo é converter em minutos. Basta dividir por 60:

O resultado deu 3.804, com resto 37. Portanto, obtivemos 3.804


conjuntinhos de 60 segundos + 37 segundos.
228.277 segundos = 3.804 conjuntinhos de 60 segundos + 37 segundos
= 3.804 minutos + 37 segundos
Agora vamos converter 3.804 minutos em horas. Basta dividir por 60:

Obtivemos 63 conjuntinhos de 60 minutos, mais 24 minutos.


Resultado até aqui:
= 3.804 minutos + 37 segundos
= 63 conjuntos de 60 minutos + 24 minutos + 37 segundos
= 63 horas + 24 minutos + 37 segundos
Agora convertemos 63 horas em dias. Basta dividir por 24:

Obtivemos dois conjuntos de 24 horas, mais 15 horas.

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Resultado:
= 63 horas + 24 minutos + 37 segundos
= 2 conjuntos de 24 horas+ 15 horas + 24 minutos + 37 segundos
= 2 dias + 15 horas + 24 minutos + 37 segundos
Nossa resposta fica: 2 dias, 15 horas, 24 minutos e 37 segundos.
Uma forma esquemática de resolver este tipo de questão é fazer todas as
divisões em sequência, uma emendando na outra, assim:

O último quociente (2) e os restos (15, 24 e 37) nos dão a resposta: 2 dias,
15 horas, 24 minutos e 37 segundos.
Sabendo como converter as unidades de tempo podemos fazer operações
aritméticas envolvendo instantes de tempo.
Exemplo: Um evento iniciou às 9h 35 min e 21 s, e terminou às 11 h 05 min
e 00 s. Calcular a duração do evento.
Fazendo a subtração:

11 h 05 min 00 s
9h 35 min 21 s

Iniciamos fazendo a subtração dos segundos. O problema é que não é


possível subtrair 21 de 0. Assim, pegamos um minuto emprestado dos 05
minutos. Lembrando que 1 minuto = 60 segundos. Resultado:
11 h 04 min 60 s

9h 35 min 21 s

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Agora podemos subtrair 60−21=3960−21=39.

11 h 04 min 60 s

9h 35 min 21 s

39 s

Em seguida vamos para os minutos. Não podemos subtrair 35 de 4. Então


tomamos 1 hora emprestada. Lembrando que 1 hora = 60 minutos.

10 h 64 min 60 s

9h 35 min 21 s
39 s

Agora podemos subtrair 64−35=29

10 h 64 min 60 s

9h 35 min 21 s

29min 39 s

Por fim, 10−9=1

10 h 64 min 60 s
9h 35 min 21 s

1h 29min 39 s

Resposta: o evento durou 1 hora, 29 minutos e 39 segundos.


Exemplo: Um evento iniciou às 13h 23 min e 17 s. Sabendo que ele durou
2 h 41 min e 50 s, calcule o instante em que ele terminou.
Fazendo a soma:

13 h 23 min 17 s

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2h 41 min 50 s

67 s

Notem que 17+50=6717+50=67. Como extrapolamos os 60 segundos,


podemos quebrar isso em duas partes. Podemos fazer:
67=60+7

Ou seja, temos um conjunto de 60 segundos, que equivale a 1 minuto, e


mais 7 segundos.
Assim, pegamos esses 60 segundos e levamos para a casa dos minutos.
Resultado:

13 h 24 min 17 s

2h 41 min 50 s
07 s

Em seguida, fazemos: 24+41=6524+41=65 minutos. Como extrapolamos


novamente os 60, podemos quebrar isso em duas partes:
65=60+5

Sendo que o conjunto de 60 minutos é convertido em 1 hora, e somado


no campo das horas:
14 h 24 min 17 s

2h 41 min 50 s

16 h 05 min 07 s

Finalmente, 14+2=16 horas

O evento terminou às 16 horas, 5 minutos e 7 segundos.

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Produtos notáveis

1º caso: quadrado da soma

Partindo de:

Desenvolvemos assim:

Aplicando a propriedade distributiva:

Então sempre que tivermos (a+b)² podemos substituir por a²+2ab+b². E


vice-versa.

2º caso: quadrado da diferença

Partindo de:

Chegamos a:

3º caso: produto da soma pela diferença

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Produtos Notáveis

4º caso: cubo da soma

5º caso: cubo da diferença

6º caso:

7º caso:

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Fatoração

FATOR COMUM EM EVIDÊNCIA.


A fatoração surge como um recurso da Matemática para facilitar os cálculos
algébricos; através dela conseguimos resolver situações mais complexas.
Na fatoração por fator comum em evidência, utilizamos a ideia de fazer grupos de
polinômios, ao fatorar escrevemos a expressão na forma de produto de
expressões mais simples.
O polinômio x² + 2x possui forma fatorada, veja:

x² + 2x .: podemos dizer que o monômio x é comum a todos os termos, então


vamos colocá-lo em evidência e dividir cada termo do polinômio x² + 2x por x.
Temos: x (x + 2)

FATORAÇÃO: AGRUPAMENTO
Agrupamento é o método pelo qual simplificamos uma expressão algébrica,
agrupando os termos semelhantes (termos em comum).
Ao usarmos o método do agrupamento, necessitamos fazer uso da fatoração:
termo comum em evidência.
Observe no exemplo a seguir:

4x² + 8x + 6xy + 12y


Termo comum em evidência em cada agrupamento: 4x² + 8x e 6xy + 12y
4x(x + 2) + 6y(x + 2)
Colocamos novamente em evidência, pois os termos 4x e 6y possuem termos em
comum.
(4x + 6y) (x + 2)

FATORAÇÃO: DIFERENÇA DE DOIS QUADRADOS


Para compreendermos melhor como e quando utilizarmos é necessário que
saibamos que diferença na matemática é o mesmo que subtração e que quadrado
é elevar um número, letra ou termos ao quadrado.

A fatoração pela diferença de dois quadrados só poderá ser usada quando:

- Tivermos uma expressão algébrica com dois monômios (sejam binômios).

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- Os dois monômios sejam quadrados.


- A operação entre eles for de subtração.

Veja alguns exemplos de expressões algébricas que seguem esse modelo:

• a2 - 1, a expressão algébrica tem apenas dois monômios, os dois estão ao


quadrado e entre eles há uma operação de subtração.
• 1 – a2
3
• 4x2 – y2

►Como escrever a forma fatorada dessas expressões algébricas.

Dada a expressão algébrica 16x2 – 25, veja os passos que devemos tomar para
chegarmos a forma fatorada utilizando o 5º caso de fatoração.

A forma fatorada será (4x – 5) (4x + 5).

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Fatoração

Fatoração: Trinômio do Quadrado Perfeito

Ele só pode ser utilizado quando a expressão algébrica for um trinômio


(polinômio com três monômios) e esse trinômio formar um quadrado perfeito.

O que é trinômio

Trinômio é um polinômio que tem três monômios sem termos semelhantes, veja
exemplos:

3x2 + 2x + 1

20x3 + 5x – 2x2

2ab +5b + 3c

Nem todos os trinômios acima podem ser fatorados utilizando o quadrado


perfeito.

O que é quadrado perfeito

Para melhor entender o que é quadrado perfeito, veja:

Podemos considerar um número sendo quadrado perfeito? Sim, basta que esse
número seja o resultado de outro número elevado ao quadrado, por exemplo: 25
é um quadrado perfeito, pois 52 = 25.

Como identificar um trinômio do quadrado perfeito

Como já foi dito, nem todo trinômio pode ser representado na forma de
quadrado perfeito. Agora, quando é dado um trinômio como iremos identificar
que é quadrado perfeito ou não?

Para que um trinômio seja quadrado perfeito ele deve ter algumas características:

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• Dois termos (monômios) do trinômio devem ser quadrados.


• Um termo (monômio) do trinômio deve ser o dobro das raízes quadradas dos
dois outros termos.

Veja um exemplo:

Veja se o trinômio 16x2 + 8x + 1 é um quadrado perfeito, para isso siga as regras


acima:

Dois membros do trinômio têm raízes quadradas e o dobro delas é o termo do


meio, então o trinômio 16x2+ 8x + 1 é quadrado perfeito.

Então, a forma fatorada do trinômio é 16x2 + 8x + 1 é (4x + 1)2, pois é a soma


das raízes ao quadrado.

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Proporções. Grandezas proporcionais.

PROPORÇÃO
Em matemática, razão é sinônimo de divisão:
razão = divisão
Já vimos um uso muito corriqueiro de razões, que são as frações. Exemplo:

Uma igualdade entre frações é chamada de proporção.

Sabemos que as duas frações acima são iguais, pois ambas dão o mesmo resultado
28.
Na aula de frações já vimos como obter frações equivalentes. Basta multiplicar ou
dividir, tanto numerador quanto denominador, por uma mesma constante.

Exemplo:

Portanto, as frações 2/3 e 10/15 são iguais. Formam uma proporção:

Vamos partir da proporção acima para construir alguns resultados. Inicialmente,


vamos multiplicar ambos os lados da igualdade por 15:

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Agora vamos multiplicar ambos os lados por 3:

Resumindo tudo o que fizemos:

Ou seja, partindo de uma proporção, podemos igualar os produtos cruzados.

Assim:

Na proporção acima, aa e d são chamados de extremos; b e c são chamados de


termos médios. Dizemos que o produto dos extremos é igual ao produto dos
termos médios.

GRANDEZAS PROPORCIONAIS
Dizemos que duas grandezas são diretamente proporcionais quando a razão
entre elas (ou ainda: a divisão entre elas) for uma constante. É também comum
usarmos só a expressão “grandezas proporcionais”, omitindo a palavra
“diretamente”.

Exemplo: um carro faz um trajeto a uma velocidade de 100 km/hora.


Ao final de 1 hora, ele terá andado 100 km. Ao final de 2 horas, ele terá andado
200 km. Ao final de 3 horas, ele terá andado 300 km. E assim por diante.

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Em qualquer caso, se dividirmos a distância percorrida pelo tempo gasto,


obteremos sempre o mesmo resultado. Observem:

Dizemos que o tempo e a distância são diretamente proporcionais, pois a razão


(ou a divisão) entre ambos é sempre constante.
No caso, a constante é igual a 100. Dizemos que 100 é a constante de
proporcionalidade.
Observem que, quando duas grandezas são diretamente proporcionais, temos o
seguinte. Se uma aumenta, a outra também aumenta, para que a razão se
mantenha inalterada.

Tudo certo até aqui?

Há também as grandezas inversamente proporcionais.


Vimos que duas grandezas são diretamente proporcionais quando a razão entre
elas é constante.
Pois bem, qual é o inverso da divisão?
É a multiplicação.
Assim, quando o produto entre duas grandezas é constante, dizemos que tais
grandezas são inversamente proporcionais.

Exemplo: dois trabalhadores terminam um serviço em 10 dias. Se tivermos 4


trabalhadores (o dobro de gente), eles vão gastar 5 dias (metade do tempo).
As grandezas “quantidade de trabalhadores” e “quantidade de dias” são
inversamente proporcionais. O produto entre ambas é sempre constante:

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Notem ainda que, quando uma grandeza aumenta (aumentamos o número de


trabalhadores), a outra diminui (diminuiu a quantidade de dias), de modo que o
produto fique inalterado.

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Regra de Três
REGRA DE TRÊS SIMPLES
O tema "Regra de 3" nos é bem familiar; acompanha-nos desde a época da escola.
E é um tema bem tranquilo, no sentido de que 99% das questões são resolvidas
sempre com a mesma "receita de bolo".
Existem dois tipos de regra de três:
• regra de três SIMPLES: quando há apenas duas grandezas envolvidas
• regra de três COMPOSTA: quando há mais de duas grandezas envolvidas

Nesta aula trataremos apenas da regra de três simples. Vamos direto para um
exemplo.

Exemplo 1 (Grandezas Diretamente Proporcionais)


Dois pedreiros assentam 5 m2 de piso em 1 hora.
Quantos metros quadrados serão assentados por cinco pedreiros, também em 1
hora?

Resolução:
Este tipo de problema é resolvido por meio de uma forma esquemática chamada
de “regra de 3”. Vejam que temos apenas duas grandezas variando. A quantidade
de pedreiros e a área do piso.
Quando temos duas grandezas variando, temos uma regra de 3 simples.
Para resolver, organizamos as informações assim:

Vejam que só levamos em conta as grandezas que variam. O tempo de serviço


pode ser ignorado pois sempre vale 1 hora.
Notem ainda que chamei a área de piso desconhecida de “x”.

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O próximo passo é avaliar se as grandezas são diretamente proporcionais, ou se


são inversamente proporcionais. No nosso exemplo, trata-se de grandezas
diretamente proporcionais, pois, quanto mais pedreiros, mais piso será assentado.
Quando as grandezas são diretamente proporcionais, não precisamos fazer
nenhum ajuste. Já podemos ir para o próximo passo, que é multiplicar os valores
em forma de cruz (o famoso "multiplicar cruzado").

Finalmente, isolamos o x:

Resposta: Os 5 pedreiros assentarão 12,5 m2 de piso.

A lógica disso é a seguinte.


Se as grandezas são diretamente proporcionais, então a razão entre elas é
constante. Logo:

Quando temos igualdade entre frações, podemos “multiplicar cruzado”:

Que é a mesma equação que usamos anteriormente. Ou seja, quando fazemos o


quadro da regra de 3, estamos simplesmente “imitando” a igualdade entre frações.

Exemplo 2 (Grandezas Inversamente Proporcionais)


Dois pedreiros assentam 5 m2 de piso em 1 hora.
Se fossem três pedreiros trabalhando, em quanto tempo eles assentariam os
5m2 de piso?

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Resolução:
Agora modificamos levemente o exemplo, pois as grandezas que variam passaram
a ser: quantidade de pedreiros e tempo de serviço.
Neste novo exemplo, as grandezas envolvidas são inversamente proporcionais.
Pois, quanto mais pedreiros, menos tempo levará o trabalho.
Montamos novamente o quadro:

Mas, antes de multiplicar cruzado, é preciso um pequeno ajuste. Temos


que inverter uma das colunas. Isso porque as grandezas
são inversamente proporcionais. Nosso quadro fica:

Agora multiplicamos cruzado:

Os 3 pedreiros gastarão 2/3 de hora.

Regra de três composta

REGRA DE TRÊS COMPOSTA


Cinco trabalhadores de produtividade padrão e trabalhando individualmente
beneficiam ao todo 40 kg de castanha por dia de trabalho de 8 horas.
Considerando que existe uma encomenda de 1,5 toneladas de castanha para ser
entregue em 15 dias úteis, quantos trabalhadores de produtividade padrão devem
ser utilizados para se atingir a meta pretendida, trabalhando dez horas por dia?

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a) 5

b) 10

c) 15

d) 20

e) 25

Resolução:

Este tipo de problema pode ser resolvido por meio de uma forma esquemática,
denominada de regra de três.

Primeiro organizamos todos os dados em uma tabela:

Quantidade de Quantidade de Quantidade de


Horas por dia
trabalhadores dias castanha (kg)

5 8 1 40

x 10 15 1.500

Como temos mais de duas grandezas envolvidas, estamos diante de uma regra de
3 composta.

Agora fazemos assim.


Escolhemos uma coluna como referência.
É praxe que a coluna escolhida seja aquela que contém a incógnita. Isso não é
obrigatório, mas é o que se costuma fazer. No caso, nossa referência passa a ser a
quantidade de trabalhadores.
Agora, analisamos como cada uma das demais grandezas se comporta quando
variamos a quantidade de trabalhadores. Assim, poderemos determinar se são
grandezas diretamente proporcionais ou inversamente proporcionais.
E uma coisa importante: analisamos apenas duas grandezas por vez. Supomos que
as demais fiquem inalteradas, ok?

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Vamos começar então. Lembrando: nossa referência é a quantidade de


trabalhadores.
Se aumentarmos a quantidade de trabalhadores, precisaremos de menos horas
por dia de trabalho para concluir uma encomenda (relação inversa). Observem que,
nessa análise, consideramos que as demais grandezas ficam inalteradas
(quantidade de dias de trabalho, e quantidade de castanha a ser produzida).

Continuando.

Se aumentarmos a quantidade de trabalhadores, precisaremos de menos dias de


trabalho para concluir uma encomenda (relação inversa).
Se aumentarmos a quantidade de trabalhadores, conseguiremos
produzir mais castanha, em um mesmo intervalo de tempo. (relação direta).

Agora simbolizamos as relações com seta para cima (relação direta) e seta para
baixo (relação inversa):

Agora, para cada coluna, montamos uma fração.

Em seguida, invertemos as frações com seta para baixo:

Agora, deixamos a fração de referência de um lado da igualdade. Do outro lado,


colocamos as demais frações multiplicando:

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Podemos simplificar 40 com 8:

Podemos simplificar 10 x 15 com 1.500:

Podemos simplificar 5 com 5:

Gabarito: B
(Esaf)
Dois trabalhadores, trabalhando 8 horas por dia cada um, durante 15 dias, colhem
juntos 60 sacos de arroz. Três outros trabalhadores, trabalhando 10 horas por dia
cada um, colhem juntos 75 sacos de arroz em 10 dias. Em média, quanto um
trabalhador do primeiro grupo é mais ou menos produtivo que um trabalhador do
segundo grupo?
a) O trabalhador do primeiro grupo é 10% menos produtivo.
b) O trabalhador do primeiro grupo é 10% mais produtivo.
c) O trabalhador do primeiro grupo é 25% mais produtivo.
d) As produtividades dos trabalhadores dos dois grupos é a mesma.
e) O trabalhador do primeiro grupo é 25% menos produtivo.

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Resolução:
Primeiro organizamos os dados em uma tabela:

Quantidade de Horas por Quantidade de Sacos de


Produtividade
trabalhadores dia dias arroz
2 8 15 60 100

3 10 10 75 x

Observem que chutamos um valor qualquer para a produtividade dos dois


trabalhadores iniciais. Nem sabemos qual a unidade de medida da produtividade.
Mas não importa. O que temos que saber é o quanto a produtividade do segundo
grupo é maior ou menor que a do primeiro grupo.

Vamos adotar a produtividade como referência.


Se aumentarmos a produtividade dos trabalhadores, precisaremos de menos
trabalhadores para executar o serviço (relação inversa).
Se aumentarmos a produtividade dos trabalhadores, precisaremos
de menos horas por dia de trabalho (relação inversa).
Se aumentarmos a produtividade dos trabalhadores, precisaremos
de menos dias de trabalho (relação inversa).
Se aumentarmos a produtividade dos trabalhadores, serão colhidos mais sacos
de arroz (relação direta).

Montando as frações:

Agora invertemos aquelas com relação inversa:

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Agora deixamos a fração de referência de um lado da igualdade, e as demais do


outro lado, multiplicando:

Podemos simplificar 60 com 15:

Podemos simplificar 3 com 75:

Podemos simplificar 100 com 10:

Podemos simplificar 10 com 10:

Podemos simplificar 4 com 8:

As duas produtividades são iguais.

Gabarito: D

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Divisão Proporcional
Uma escola terá 120 alunos, que deverão ser divididos em 3 (três) turmas, segundo
o tamanho em m2 de cada sala. A sala A tem 40m2, a sala B tem 80m2 e a sala C
tem 120m2. Indique abaixo a opção correta.

a) A = 15, B = 45 e C = 60.
b) A = 15, B = 40 e C = 65.
c) A = 20, B = 45 e C = 55.
d) A = 15, B = 50 e C = 55.
e) A = 20, B = 40 e C = 60.

Resolução:
Sejam x, y e z as quantidades de alunos em cada sala.
Eles serão distribuídos de forma proporcional ao tamanho da sala. Isso significa
que a divisão entre a quantidade de alunos em cada sala pela respectiva área é
sempre constante (=K):

A constante “k” é chamada de constante de proporcionalidade.


Quando temos igualdade entre frações, podemos fazer o seguinte. Podemos
somar os numeradores, somar os denominadores, fazer a divisão, que a igualdade
não se altera:

O total de alunos é 120:

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Tendo o valor de “k”, podemos achar “x”, “y” e “z”:

Logo:

Gabarito: E

Um pai deseja dividir uma fazenda de 500 alqueires entre seus três filhos, na razão
direta da quantidade de filhos que cada um tem e na razão inversa de suas rendas.
Sabendo-se que a renda do filho mais velho é duas vezes a renda do filho mais
novo e que a renda do filho do meio é três vezes a renda do mais novo, e que,
além disso, o filho mais velho tem três filhos, o filho do meio tem dois filhos e o
filho mais novo tem dois filhos, quantos alqueires receberá o filho do meio?
a) 80
b) 100
c) 120
d) 160
e) 180

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Resolução:
Sejam a, b e c as quantidades de terra que cada filho vai receber.
Considere que a renda do filho mais novo seja de R$ 1,00. Com isso, temos:

- filho mais velho: renda = R$ 2,00; quantidade de filhos: 3; quantidade de terra


=a
- filho do meio: renda = R$3,00; quantidade de filhos: 2; quantidade de terra: b
- filho mais novo: renda = R$ 1,00; quantidade de filhos: 2; quantidade de terra: c

Estes valores são diretamente proporcionais à quantidade de filhos e inversamente


proporcionais à renda.
Vamos por partes.

1ª Parte:
Vamos supor que a questão apenas disse que a quantidade de terra é diretamente
proporcional à quantidade de filhos.
Quando duas grandezas são diretamente proporcionais é porque a razão entre
elas é uma constante. Razão, em matemática, é sinônimo de divisão. Ou seja, a
divisão entre as áreas das terras e as quantidades de filhos seria constante.
Assim:

2ª Parte:
Vamos supor que a questão apenas disse que a quantidade de terra que cada
filho vai receber é inversamente proporcional à renda. Duas grandezas são
inversamente proporcionais quando seus produtos são constantes. Ou seja:

Agora, vamos juntar tudo. A questão disse que:


- as áreas das terras são diretamente proporcionais à quantidade de filhos;

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- as áreas das terras são inversamente proporcionais à renda.

Isso tudo deve acontecer ao mesmo tempo. Assim, precisamos juntar as duas
partes que vimos acima. Ficamos com:

Disto, chegamos a:

Além disso, sabemos que:

Substituindo os valores de a, b, c:

Multiplicando os dois lados da igualdade por 3:

Portanto:

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Gabarito: A

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Porcentagem

INTRODUÇÃO À PORCENTAGEM
Um símbolo que aparece bastante em prova, sobretudo em matemática financeira,
é o símbolo de porcentagem: %

Pois bem, o símbolo % significa apenas: divido por 100.

É isso mesmo. O símbolo % sempre vem depois de um número. Ele quer dizer
apenas que este número está divido por 100 (ou multiplicado por 0,01, dá no
mesmo).
Exemplo: se escrevemos 5%, isto significa que o número 5 está sendo dividido por
100.
Ou seja:

Acima listamos quatro maneiras de escrever a mesma coisa. Todas elas


representam o número 0,05.
Deste modo, escrever 5% ou 0,05 dá no mesmo. A primeira forma é chamada de
“percentual” e a segunda é chamada de “unitária” ou decimal.

Exemplo 1
Determine a forma unitária dos números abaixo:
a) 135,8%
b) 2.000%
c) 2%
d) 0,2%
e) 300%

Resolução:

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a) O símbolo de porcentagem me indica uma divisão por 100. Assim:

Aqui é útil lembrar uma regrinha prática da divisão. Para dividir por 100 (que tem
dois zeros) basta andar com a vírgula duas casas para a esquerda.

Posição original:

Posição final:

b) Primeira forma:

Quando a vírgula não está “explícita” no número original, é porque ela está na
extrema direita, assim:

Agora andamos duas casas:

c) Vamos direto para a regra prática:

Posição final:

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As casas em branco a gente preenche com zero:

Logo:

d) Voltando para a divisão por 100, para variar:

e) Andando com a vírgula:

Posição final:

Exemplo 2
Determine a forma percentual dos números abaixo:
a) 0,2
b) 0,06
c) 0,007
d) 2
e) 200

Resolução:

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a) Basta pegarmos o número, multiplicarmos e dividirmos por 100. Deste modo,


não alteramos o resultado:

Vejam que, no fundo, multiplicamos por 100 e colocamos o símbolo de


porcentagem.

E, para multiplicar por 100, basta andar com a vírgula duas casas para a direita.

b) Multiplicamos por 100 e colocamos o símbolo de porcentagem:

c) De novo:

d) Multiplicamos por 100 e colocamos o símbolo de porcentagem:

e) Mesma coisa:

COMPARAÇÃO ENTRE PARTE E TODO


O símbolo de porcentagem (%) é tão comum em matemática financeira que às
vezes não nos preocupamos em pensar em "para que ele serve". Afinal de contas,
qual a utilidade do símbolo de “%”?
O símbolo de porcentagem serve para dar a noção de parte e de todo, de uma
maneira mais amigável para quem faz a leitura de qualquer tipo de dado.
Na verdade, ele não serve só para isso. O que dissemos acima é apenas uma
simplificação. O símbolo de porcentagem pode ser usado em situações que não

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envolvam comparação entre parte e todo. Apesar disso, esta é a sua utilização mais
frequente, e é a mais simples, ideal para nos acostumarmos com o conceito de
porcentagem.
Suponha que você está lendo uma reportagem que informe que 1.000 habitantes
da cidade alfa foram contaminados com certa doença.
Pergunta: essa doença é preocupante?
A resposta vai depender da cidade. Se estivermos numa megalópole com 10
milhões de habitantes, talvez a doença não seja assim tão preocupante. Do
contrário, se estivermos numa pequena cidade, com 20.000 habitantes, aí a doença
é bem preocupante.
Vamos considerar o segundo caso. Dos 20.000 habitantes, 1.000 têm a doença.
Vamos dividir a parte pelo todo. Vamos dividir o número de doentes pela
população total:

Simplificando:

Lembrando do significado do símbolo de porcentagem, chegamos a:

Dizemos que 5% da população têm a doença. Ou seja, de cada 100 habitantes, 5


estão contaminados.
Se a reportagem, em vez de informar o número de doentes (=1.000), tivesse dito
que 5% da população está contaminada, de imediato teríamos uma noção de quão
grande é a parcela afetada pela doença.
Dois são os procedimentos importantes, relacionados ao símbolo de porcentagem.
O primeiro é, dado um percentual, sabermos achar a respectiva quantidade. O
segundo é o caminho contrário. Dada uma quantidade, precisamos saber achar o
respectivo percentual.

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Exemplo 1:
Numa sala de aula com 40 alunos, 30% foram reprovados. Pergunta: quantos
alunos foram reprovados?

Resolução:
Neste caso, queremos saber quanto é 30% de 40.
30% de 40 é o mesmo que 30% vezes 40

Visto isto, calculemos quantos alunos foram reprovados.


Número de alunos reprovados:

Ou seja, foram reprovados 12 alunos.

Neste caso, tínhamos o percentual de alunos reprovados. Para achar a quantidade


de alunos reprovados, bastou multiplicar. Multiplicamos 30% por 40 (pois são 40
alunos ao todo).

Exemplo 2:
Em uma turma de 30 alunos, 6 foram reprovados. Qual o percentual de alunos
reprovados?

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Resolução:
No caso anterior, foi dado o percentual e tínhamos que calcular a quantidade de
alunos reprovados.
Aqui, fomos informados da quantidade de alunos reprovados (=6) e temos que
achar o respectivo percentual.
A pergunta é: 6 representa quantos por cento de 30?

Nestes casos, basta dividir os números (a parte pelo todo).

Assim, 20% dos alunos foram reprovados.

Estes dois exemplos que acabamos de ver podem ser resumidos da seguinte
forma:

Para achar um percentual, basta dividir a parte pelo todo:

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Dado o percentual, para achar a quantidade referente à parte, basta multiplicar o


percentual pelo todo.

Exemplo 3:
Numa sala de aula com 40 alunos, 20% foram reprovados. Calcule o número de
aprovados.
Resolução:
• todo: 40
• porcentagem: 20%
• parte = ?

Multiplicando o todo pela porcentagem, temos a quantidade de reprovados:

Aprovados:

Foram 32 aprovados.

Exemplo 4
Numa escola com 250 alunos, 100 foram reprovados. Calcule o percentual de
reprovação.
Resolução:
• todo: 250
• parte: 100
• porcentagem = ?

Para achar o percentual, basta dividir a parte pelo todo:

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Uma dica legal para fazer essa divisão é multiplicar o numerador e o


denominador por 4. Assim:

Agora temos uma divisão por 1.000, em que basta andar com a vírgula:

40% foram reprovados.

Exemplo 5:
Numa escola, 60 alunos foram reprovados, o que corresponde a 20% do total.
Quantos alunos há na escola?
Resolução:
• parte: 60
• todo = x
• porcentagem: 20%

Dividindo a parte pelo todo, temos o percentual:

Uma dica legal para fazer essa conta é multiplicar numerador e denominador por
5:

Há 300 alunos na escola.

Como já dissemos, a comparação de parte e todo é a utilização mais frequente da


porcentagem, embora não seja a única.

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Matematicamente, o símbolo de % apenas indica uma divisão por 100. Com isso,
em qualquer situação em que surgir esta divisão, poderemos usar “%”, mesmo que
não estejamos comparando parte com todo.

Para melhor visualização, considere o seguinte exemplo.


Pedro recebe um salário de R$ 2.000,00. Gustavo recebe um salário de R$ 4.000,00.

Se dividirmos o salário de Pedro pelo salário de Gustavo, obtemos:

Dizemos que o salário de Pedro é igual a 50% do salário de Gustavo. No entanto,


estas duas quantidades não podem ser vistas como parte e todo, o que não nos
impede de utilizar a porcentagem

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Porcentagem

AUMENTOS PERCENTUAIS
No nosso dia a dia é muito comum ouvirmos falar em aumentos percentuais. Nas
prateleiras do supermercado, os fabricantes anunciam: "embalagem com 30% a
mais de produto". No telejornal o apresentador diz que a gasolina aumentou 10%.
E assim por diante.
No presente tópico explicaremos justamente como tratar de aumentos
percentuais.

Para melhor entendimento, considere que tenho hoje R$ 20,00. Aplico este
dinheiro em um investimento que, dentro de um ano, rende 10%. Ou seja, ao final
de 1 ano, meu dinheiro terá aumentado em 10%.
Com isto, estou querendo dizer que, dividindo o aumento pela quantia inicial, o
resultado é 10%.

O aumento foi de R$ 2,00.

Portanto, após 1 ano eu terei:

Visto isso, vamos agora mudar o exemplo, para que possamos generalizar o
resultado. Se, em vez de R$ 20,00, eu tivesse "x" reais, vamos ver como ficaria.

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E, após um ano, eu teria:

Colocando x em evidência:

E aqui está um resultado muito importante, que é muito utilizado em matemática


financeira, nos tópicos de juros simples e juros compostos. Aumentar algo em
10% é o mesmo que multiplicar por 1,1.
Analogamente, aumentar algo em 20% é o mesmo que multiplicar por 1,2.
E isso vale para qualquer outro aumento.
Aumentar algo em 30% é o mesmo que multiplicar por 1,3. Aumentar algo em 1%
é o mesmo que multiplicar por 1,01. E assim por diante.

REDUÇÕES PERCENTUAIS

No tópico que trata de "aumentos percentuais", aprende-se que, para aumentar


um valor "x" em 10%, basta multiplicar por 1,1. Analogamente, para aumentar algo
em 20%, basta multiplicar por 1,2. E assim por diante.
No presente tópico, veremos o procedimento similar, aplicável para as reduções
percentuais.
As reduções percentuais são muito comuns no dia a dia. As lojas gostam de
anunciar: "compre tal produto com 10% de desconto". Nas propagandas de
produtos alimentícios, o anunciante diz: "contém 50% menos gordura". Todas
estas mensagens tratam da redução percentual.

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Para entendermos o cálculo envolvido, considere que um produto custa 200,00. O


comprador pechincha e o vendedor abaixa o preço em 10%. Qual o novo valor do
produto?
A redução no valor é 10% do preço inicial.

A redução é de R$ 20,00.
Com isso, o produto passará a custar R$ 180,00.
Se, em vez de 200,00, o produto custasse X, ficaria assim.
A redução seria de 10% de X.

O novo preço seria:

Colocando X em evidência:

Ou seja, diminuir algo em 10% é o mesmo que multiplicar por 1 – 0,1.


E isto vale para todos os demais percentuais.
Este raciocínio é a base para os descontos comerciais, estudados dentro de
matemática financeira.

Resumo do capítulo

O símbolo de porcentagem indica que um número está dividido por 100. Assim:

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Acima convertemos um número da forma percentual para a decimal. Bastou dividir


por 100.

Para fazer a conversão contrária, basta multiplicar por 100 e colocar o símbolo de
porcentagem, assim:

A comparação entre parte e todo dá a porcentagem.

Exemplo: numa cidade de 20.000 pessoas, 1.000 têm uma doença.

5% das pessoas têm a doença.


Para aumentar um valor em x%, basta multiplicá-lo por 1+%. Exemplificando,
vamos aumentar o valor R$ 200,00 em 30%:

Para reduzir um valor em x%, basta multiplicá-lo por 1−x%. Exemplificando, vamos
diminuir o valor R$ 200,00 em 30%.

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Equações de primeiro grau

Na verdade, nós já utilizamos diversas vezes os conceitos relativos a equações. É


algo tão comum em exatas, que não foi possível esperar estudarmos esse tópico
para só então usarmos as ferramentas correspondentes.
Basicamente, os exercícios envolvidos vão trazer uma quantidade desconhecida, a
que chamamos de incógnita. Geralmente designamos as incógnitas por “x”, “y”,
“z”. O trabalho então é encontrar o valor de tais incógnitas.
Para isolar uma incógnita, vamos fazendo as operações necessárias para que ela
fique sozinha de um lado da igualdade.
Exemplo:

Queremos deixar “x” sozinho de um lado da igualdade. Ou seja, queremos “isolar”


o “x”.
Para tanto, vamos fazendo operações que eliminem os demais termos.
Primeiro, subtraímos 250 dos dois lados da igualdade. Assim, a igualdade não se
altera:

Muita gente costuma dizer que o 250 “passou para o outro lado subtraindo”.
Agora, multiplicamos os dois lados da igualdade por 4:

Na linguagem “popular”, o 4 que estava dividindo “passou para o outro lado


multiplicando”.
Finalmente, dividimos ambos os lados da igualdade por 3:

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O 3 “passou para o outro lado dividindo”.


Então é isso. Basta passarmos os números de um lado para o outro da igualdade.
O que estava somando vai passar subtraindo. O que estava subtraindo passa
somando.
Adição vira subtração e vice-versa
O que estava multiplicando passa dividindo. E o que estava dividindo passa
multiplicando.
Multiplicação vira divisão e vice-versa.
Outro exemplo:

O 200 passa somando:

O 5 passa multiplicando:

O 4 passa dividindo:

Agora é só calcular:

Quando há mais de uma incógnita, a gente usa o método da substituição.

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Sistemas lineares

Há duas maneiras simples de resolver os sistemas. Chamamos a primeira de


substituição e a segunda de adição.
Voltemos ao nosso primeiro exemplo de Sistema Linear:

Para resolvermos este sistema pelo método da substituição, temos que isolar uma
das incógnitas em uma das equações e substituir na outra. Vamos isolar o y na
primeira equação:

Agora, substituímos este valor de y na segunda equação:

Por último, usamos este valor de x, agora conhecido, para encontrar y:

Pronto, achamos as duas incógnitas do sistema.

A outra maneira de resolver sistemas é usar a adição. Vamos voltar ao mesmo


exemplo:

Podemos somar as duas equações para achar uma terceira. Isto é interessante por
que a incógnita y vai sumir. Ela só vai sumir porque temos –y na primeira equação
e y na segunda, de forma que a soma cancela. Se não tivéssemos uma incógnita

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que sumisse, era só multiplicar os dois lados de uma das equações por algum
número de maneira a fazer com que na soma das equações uma das incógnitas
sumisse.
Vamos somar as equações:

Encontramos x. Para acharmos y, é só substituir o valor de x em uma das duas


equações. Assim:

Achamos x e y e o resultado, obviamente, foi o mesmo para os dois métodos.

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