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CARD 16 – LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL | DROPS DELTA


Ciclos Método

CARD 16 – LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL1

Olá galera! Estão prontos para mais um CARD? Dessa vez veremos pontos importantes da matéria
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL. O quadro abaixo serve para guiar vocês em quais são os pontos em comum dos
principais editais de delta que serão abordados.

#ATENÇÃO: pessoal, quando o assunto é legislação penal especial, FOCO MAIOR sempre na LEI SECA e
JURISPRUDÊNCIA CORRELATA ao tema!

CARD 16 – LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL


2 Lei nº 12.850/2013 e suas alterações (Crime organizado). 3 Lei nº 7.492/1986 (Crimes contra o Sistema
Financeiro Nacional). 4 Lei nº 8.137/1990 e suas alterações (Crimes contra a ordem econômica e tributária e
as relações de consumo).

LEI Nº 12.850/2013 E SUAS ALTERAÇÕES (CRIME ORGANIZADO)

#MAPEIA NO VADE
NÃO DEIXE DE LER - LEI Nº 12.850/2013 (LEI DE REPRESSÃO ÀS ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS)
Art. 1º Art. 2º Art. 3º
Art. 3º-A Art. 3º-B Art. 4º
Art. 7º Art. 8º Art. 10
Art. 13 Art. 15 Art. 23

#ATENÇÃO Pessoal, esse tema é de ALTA INCIDÊNCIA nas provas de DELTA

Obs: Pessoal nas #CICLOLEGIS não iremos colocar o gabarito das questões. Isso porque, tais # tem como
objetivo justamente decorar a letra de lei. Sendo assim, ao corrigir a questão vocês precisarão ir a letra de lei
novamente e vão necessitar ler novamente o artigo! Isso com certeza irá facilitar o processo de fixação da letra
de lei!!!!

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Por Bruna Reis

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#CICLOLEGIS #DECORAALETRADALEI

Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da
prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado.

§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de ________________________ estruturalmente


ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas
sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.

a) 4 (quatro) ou mais pessoas


b) 5 (cinco) ou mais pessoas

§ 2º Esta Lei se aplica também:

I - às infrações penais previstas em tratado ou convenção internacional quando, iniciada a execução no País, o
resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;

II - às organizações terroristas, entendidas como aquelas voltadas para a prática dos atos de terrorismo
legalmente definidos. (Redação dada pela lei nº 13.260, de 2016)

Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar, ______________________________, organização


criminosa:

a) pessoalmente
b) pessoalmente ou por interposta pessoa

Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais
infrações penais praticadas.

§ 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração
penal que envolva organização criminosa.

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§ 2º As penas aumentam-se até a metade se na atuação da organização criminosa houver emprego de arma
de fogo.

§ 3º A pena é agravada para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da organização criminosa, ainda
que não pratique pessoalmente atos de execução.

§ 4º A pena é aumentada de _______________________________:

a) 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços)


b) 1/6 (um sexto) a metade

I - se há participação de criança ou adolescente;


II - se há concurso de funcionário público, valendo-se a organização criminosa dessa condição para a prática
de infração penal;
III - se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo ou em parte, ao exterior;
IV - se a organização criminosa mantém conexão com outras organizações criminosas independentes;
V - se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da organização.

§ 5º Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização criminosa, poderá o juiz
determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a
medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual.

§ 6º A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo, função,
emprego ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de 8 (oito)
anos subsequentes ao cumprimento da pena.

§ 7º Se houver indícios de participação de policial nos crimes de que trata esta Lei, a Corregedoria de Polícia
instaurará inquérito policial e comunicará ao Ministério Público, que designará membro para acompanhar o
feito até a sua conclusão.

§ 8º As lideranças de organizações criminosas armadas ou que tenham armas à disposição deverão iniciar o
cumprimento da pena em estabelecimentos penais de segurança máxima. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)

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§ 9º O condenado expressamente em sentença por integrar organização criminosa ou por crime praticado por
meio de organização criminosa não poderá progredir de regime de cumprimento de pena ou obter livramento
condicional ou outros benefícios prisionais se houver elementos probatórios que indiquem a manutenção do
vínculo associativo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 3º-B. O ________________ da proposta para formalização de acordo de colaboração demarca o início das
negociações e constitui também marco de confidencialidade, configurando violação de sigilo e quebra da
confiança e da boa-fé a divulgação de tais tratativas iniciais ou de documento que as formalize, até o
levantamento de sigilo por decisão judicial. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

a) envio
b) recebimento

§ 1º A proposta de acordo de colaboração premiada __________________ sumariamente indeferida, com a


devida justificativa, cientificando-se o interessado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

a) poderá ser
b) não poderá ser

§ 2º Caso não haja indeferimento sumário, as partes deverão firmar Termo de Confidencialidade para
prosseguimento das tratativas, o que vinculará os órgãos envolvidos na negociação e impedirá o indeferimento
posterior sem justa causa. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 3º O recebimento de proposta de colaboração para análise ou o Termo de Confidencialidade não implica,


por si só, a suspensão da investigação, ressalvado acordo em contrário quanto à propositura de medidas
processuais penais cautelares e assecuratórias, bem como medidas processuais cíveis admitidas pela legislação
processual civil em vigor. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 4º O acordo de colaboração premiada poderá ser precedido de instrução, quando houver necessidade de
identificação ou complementação de seu objeto, dos fatos narrados, sua definição jurídica, relevância,
utilidade e interesse público. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

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§ 5º Os termos de recebimento de proposta de colaboração e de confidencialidade serão elaborados pelo


celebrante e assinados por ele, pelo colaborador e pelo advogado ou defensor público com poderes
específicos. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

§ 6º Na hipótese de não ser celebrado o acordo por iniciativa do celebrante, esse não poderá se valer de
nenhuma das informações ou provas apresentadas pelo colaborador, de boa-fé, para qualquer outra
finalidade. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação,


_______________________________________________, após manifestação técnica do delegado de polícia
quando solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa
autorização judicial, que estabelecerá seus limites.

a) requerida pelo Ministério Público


b) representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público

§ 1º _________________________________, o juiz competente, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público.

a) Na hipótese de representação do delegado de polícia


b) Em qualquer hipótese

§ 2º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração penal de que trata o art. 1º e se a prova não
puder ser produzida por outros meios disponíveis.

§ 3º A infiltração será autorizada pelo prazo de _________________, sem prejuízo de eventuais renovações,
desde que comprovada sua necessidade.

a) até 6 (seis) meses


b) até um ano

§ 4º Findo o prazo previsto no § 3º , o relatório circunstanciado será apresentado ao juiz competente, que
imediatamente cientificará o Ministério Público.

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§ 5º No curso do inquérito policial, o delegado de polícia poderá determinar aos seus agentes, e o Ministério
Público poderá requisitar, a qualquer tempo, relatório da atividade de infiltração.

REQUISITOS PARA A CARACTERIZAÇÃO DE UMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

§ 1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada


e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas
sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.

a) Associação de 4 ou mais pessoas: Requer estabilidade e permanência.

b) Estrutura ordenada que se caracteriza pela divisão de tarefas, ainda que informalmente

c) Finalidade de obtenção de vantagem de qualquer natureza mediante a prática de infrações penais cujas
penas máximas sejam superiores a quatro (quatro) anos, ou de caráter transnacional

TIPO PENAL

Art. 2o Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização
criminosa:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações
penais praticadas.

#ATENÇÃO É crime formal. Se consuma com a reunião dos agentes com o intuito de praticar infrações penais,
sendo desnecessária a prática de crimes por parte dos agentes. A partir disso pode-se inferir importante
diferença entre o simples concurso de pessoas e a organização criminosa. No concurso é necessário que as
infrações as quais se queiram praticar sejam ao menos tentadas (art. 31, CP), já na Organização Criminosa não.

#NÃOCONFUNDA: O critério distintivo essencial entre os tipos de associação criminosa (art. 288 CP) e a
organização criminosa (lei 12.850), não é o número de agentes ou o fato de visar crimes graves, mas sim o fato
de ser organização ESTRUTURALMENTE ORDENADA e contar com a DIVISÃO DE TAREFAS. Sendo assim, é
possível que um grupo que tenha mais de três agentes e tenha por finalidade a prática de crimes com pena

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superior a 4 anos seja tratada como associação criminosa (art. 288 CP), desde que não seja estruturalmente
ordenado e não conte com divisão de tarefas.

#ATENÇÃUDOUTRINA
“A associação criminosa (art. 288 CP) é crime formal, de consumação antecipada ou de resultado cortado:
consuma-se no momento em que se concretiza a convergência de vontades, independentemente da realização
ulterior do fim visado. Em síntese, a consumação se verifica no momento em que três ou mais pessoas se
associam para a prática de crimes, ainda que nenhum delito venha a ser definitivamente praticado. Cuida-se
de crime de perigo abstrato, e com o momento associativo já se apresenta perigo suficientemente grave para
alardear a população e tumultuar a paz no âmbito da coletividade.
A associação criminosa é juridicamente independente dos delitos que venham a ser cometidos pelos agentes
reunidos no agrupamento espúrio, e subsiste autonomamente ainda que os crimes para os quais foi organizada
sequer venham a ser realizados.”

OBSTRUÇÃO OU EMBARAÇO DE INVESTIGAÇÃO DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

§ 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração
penal que envolva organização criminosa.

#ATENÇÃO E se o agente embaraçar o processo judicial?


#DEOLHONAJURIS #DIZERODIREITO #STJ: A Lei das organizações criminosas (Lei nº 12.850/2013) prevê o
seguinte crime: Art. 2º (...) § 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a
investigação de infração penal que envolva organização criminosa. Quando o art. 2º, § 1º fala em
“investigação”, ele está se limitando à fase pré-processual ou abrange também a ação penal? Se o agente
embaraça o processo penal, ele também comete este delito? SIM. A tese de que a investigação criminal
descrita no art. 2º, § 1º, da Lei nº 12.850/2013 limita-se à fase do inquérito não foi aceita pelo STJ. Isso porque
as investigações se prolongam durante toda a persecução criminal, que abarca tanto o inquérito policial
quanto a ação penal deflagrada pelo recebimento da denúncia. Assim, como o legislador não inseriu uma
expressão estrita como “inquérito policial”, compreende-se ter conferido à investigação de infração penal o
sentido de “persecução penal”, até porque carece de razoabilidade punir mais severamente a obstrução das
investigações do inquérito do que a obstrução da ação penal. Ademais, sabe-se que muitas diligências
realizadas no âmbito policial possuem o contraditório diferido, de tal sorte que não é possível tratar inquérito
e ação penal como dois momentos absolutamente independentes da persecução penal. O tipo penal previsto

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pelo art. 2º, §1º, da Lei nº 12.850/2013 define conduta delituosa que abrange o inquérito policial e a ação
penal. STJ. 5ª Turma. HC 487.962-SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 28/05/2019 (Info 650).
O delito do art. 2º, § 1º, da Lei 12.850/2013 é crime material, inclusive na modalidade embaraçar
Importante!!! A Lei nº 12.850/2013 (Lei de Organização Criminosa), prevê o seguinte delito no § 1º do art. 2º:
Art. 2º (...) Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às
demais infrações penais praticadas. § 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma,
embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa. O crime do art. 2º, § 1º é formal
ou material? Material. O tipo penal possui dois núcleos (verbos): impedir e embaraçar. No que tange ao núcleo
“impedir”, nunca houve dúvida de que se trata de crime material. A dúvida estava no verbo “embaraçar”.
Alguns doutrinadores afirmavam que, neste ponto, o delito seria formal. Não foi esta, contudo, a conclusão do
STJ. Tanto no núcleo impedir como embaraçar, o crime do art. 2º, § 1º da Lei nº 12.850/2013 é material. A
adoção da corrente que classifica o delito como crime material se explica porque o verbo embaraçar atrai um
resultado, ou seja, uma alteração do seu objeto. Na hipótese normativa, o objeto é a investigação, que pode
se dar na fase de inquérito ou na instrução da ação penal. Em outras palavras, haverá embaraço à investigação
se o agente conseguir produzir algum resultado, ainda que seja momentâneo e reversível. STJ. 5ª Turma. REsp
1.817.416-SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 03/08/2021 (Info 703).

CAUSAS DE AUMENTO DE PENA

§ 4o A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços):

I - se há participação de criança ou adolescente;


II - se há concurso de funcionário público, valendo-se a organização criminosa dessa condição para a prática
de infração penal;
III - se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo ou em parte, ao exterior;
IV - se a organização criminosa mantém conexão com outras organizações criminosas independentes;
V - se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da organização.

AFASTAMENTO CAUTELAR DO SERVIDOR PÚBLICO

§ 5o Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização criminosa, poderá o juiz
determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, SEM PREJUÍZO DA REMUNERAÇÃO,
quando a medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual.

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O art. 2º, § 5º, da Lei de Organização Criminosa (Lei nº 12.850/2013) prevê a reserva de jurisdição para
o afastamento cautelar de servidor público, verificando-se sua necessidade e proporcionalidade no confronto
entre os interesses públicos e os interesses individuais do investigado.
#NÃOCONFUNDA
É inconstitucional a determinação de afastamento automático de servidor público indiciado em inquérito
policial instaurado para apuração de crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores. Com base
nesse entendimento, o STF declarou inconstitucional o art. 17-D da Lei de Lavagem de Dinheiro (Lei nº
9.613/98): Art. 17-D. Em caso de indiciamento de servidor público, este será afastado, sem prejuízo de
remuneração e demais direitos previstos em lei, até que o juiz competente autorize, em decisão
fundamentada, o seu retorno. O afastamento do servidor somente se justifica quando ficar demonstrado nos
autos que existe risco caso ele continue no desempenho de suas funções e que o afastamento é medida eficaz
e proporcional para se tutelar a investigação e a própria Administração Pública. Tais circunstâncias precisam
ser apreciadas pelo Poder Judiciário. STF. Plenário. ADI 4911/DF, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min.
Alexandre de Moraes, julgado em 20/11/2020 (Info 1000).

PERDA DO CARGO E INTERDIÇÃOPARA EXERCÍCIO DE CARGO OU FUNÇÃO PÚBLICA

§ 6o A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo, função,
emprego ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de 8 (oito)
anos subsequentes ao cumprimento da pena.

#ATENÇÃO #PACOTEANTCRIME
§ 8º As lideranças de organizações criminosas armadas ou que tenham armas à disposição deverão iniciar o
cumprimento da pena em estabelecimentos penais de segurança máxima.
§ 9º O CONDENADO expressamente em sentença por integrar organização criminosa ou por crime praticado
por meio de organização criminosa NÃO PODERÁ PROGREDIR DE REGIME de cumprimento de pena OU OBTER
LIVRAMENTO CONDICIONAL ou outros benefícios prisionais SE HOUVER elementos probatórios que indiquem
a MANUTENÇÃO DO VÍNCULO ASSOCIATIVO.

INVESTIGAÇÃO E MEIOS DE PROVA

Galera essa é a parte MAIS IMPORTANTE do nosso card hoje. #ATENÇÃOTOTAL

COLABORAÇÃO PREMIADA

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O instituto da colaboração premiada consiste na troca de algum benefício do Estado por informações
prestadas, úteis à elucidação dos delitos e dos autores, à recuperação de produtos do crime ou à localização
da vítima. A colaboração precisa ser voluntária, mas isso não quer dizer que precisa ser espontânea.

NATUREZA JURÍDICA
Meio de obtenção de prova.

REQUISITOS

1) Identificar os demais coautores e partícipes da organização criminosa e as infrações penais por eles
praticadas.

2) Revelar a estrutura hierárquica e a divisão de tarefas da organização criminosa.

3) Prevenir as infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa.

4) Recuperar total ou parcialmente o produto ou o proveito das infrações penais praticadas pela organização
criminosa.

5) Localizar o paradeiro da vítima com a sua integridade física preservada.

#ATENÇÃO: a lei exige a efetividade da colaboração, consubstanciada na obtenção de PELO MENOS UM dos
resultados acima.

#MAPEIANOVADE
Art. 3º-B. O RECEBIMENTO DA PROPOSTA para formalização de acordo de colaboração demarca o início das
negociações e constitui também MARCO DE CONFIDENCIALIDADE, configurando violação de sigilo e quebra
da confiança e da boa-fé a divulgação de tais tratativas iniciais ou de documento que as formalize, até o
levantamento de sigilo POR DECISÃO JUDICIAL. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º A proposta de acordo de colaboração premiada PODERÁ SER SUMARIAMENTE INDEFERIDA, com a devida
justificativa, cientificando-se o interessado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º Caso não haja indeferimento sumário, as PARTES DEVERÃO FIRMAR TERMO DE CONFIDENCIALIDADE para
prosseguimento das tratativas, o que vinculará os órgãos envolvidos na negociação e impedirá o indeferimento
posterior sem justa causa. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 3º O recebimento de proposta de colaboração para análise ou o Termo de Confidencialidade não implica, por
si só, a suspensão da investigação, ressalvado acordo em contrário quanto à propositura de medidas
processuais penais cautelares e assecuratórias, bem como medidas processuais cíveis admitidas pela legislação
processual civil em vigor. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

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§ 4º O acordo de colaboração premiada PODERÁ ser precedido de instrução, quando houver necessidade de
identificação ou complementação de seu objeto, dos fatos narrados, sua definição jurídica, relevância, utilidade
e interesse público. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 5º Os termos de recebimento de proposta de colaboração e de confidencialidade serão elaborados pelo
celebrante e assinados por ele, pelo colaborador e pelo advogado ou defensor público com poderes
específicos. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 6º Na hipótese de não ser celebrado o acordo por iniciativa do celebrante, esse não poderá se valer de
NENHUMA DAS INFORMAÇÕES ou provas apresentadas pelo colaborador, de boa-fé, para qualquer outra
finalidade. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

BENEFÍCIOS DO ACORDO DE COLABORAÇÃO PREMIADA


Para que o MP deixe de oferecer a denúncia contra o colaborador é
necessário o preenchimento dos seguintes requisitos:
1) NÃO OFERECIMENTO DA a) Infração de cuja existência o Ministério Público não tenha prévio
DENÚNCIA (art. 4º, §4º) conhecimento, ou seja, ainda não tenha sido instaurado IP ou PIC;
b) A colaboração deve ser efetiva e voluntária;
c) O colaborador não pode ser o líder da organização criminosa
d) O colaborador deve ter sido o primeiro a prestar efetiva colaboração.
Se a colaboração prestada for muito relevante, o Ministério Público ou o
2) PERDÃO JUDICIAL (art. 4º
Delegado de Polícia poderão se manifestar pedindo que o juiz conceda
caput)
perdão judicial ao colaborador, o que acarreta a extinção da punibilidade
Outro benefício previsto ao colaborador é a redução da pena que lhe for
imposta.
• Se a colaboração ocorrer antes da sentença, ou seja, se a pessoa decidir
3) REDUÇÃO DA PENA (art.
colaborar antes de ser julgada: sua pena poderá ser reduzida em até 2/3.
4º caput)
• Se a colaboração ocorrer após a sentença, ou seja, se a pessoa decidir
colaborar apenas depois de ser condenada: sua pena poderá ser reduzida
em até metade (1/2).
4) SUBSTITUIÇÃO DA PENA O juiz poderá substituir a pena privativa de liberdade do colaborador por
PRIVATIVA DE LIBERDADE pena restritiva de direitos mesmo que não estejam presentes os requisitos
POR RESTRITIVA DE do art. 44 do CP
DIREITOS (art. 4º caput)

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§ 5º Se a colaboração for posterior à sentença, a pena poderá ser reduzida


5) PROGRESSÃO DE REGIME
até a metade ou será admitida a progressão de regime ainda que ausentes
(art. 4º §5º)
os requisitos objetivos.

DIREITOS DO COLABORADOR
O art. 5º da Lei 12.850/2013 prevê os seguintes direitos ao colaborador:
I - usufruir das medidas de proteção previstas na legislação específica (Lei nº 9.807/99);
II - ter nome, qualificação, imagem e demais informações pessoais preservados;
III - ser conduzido, em juízo, separadamente dos demais coautores e partícipes;
IV - participar das audiências sem contato visual com os outros acusados;
V - não ter sua identidade revelada pelos meios de comunicação, nem ser fotografado ou filmado, sem sua
prévia autorização por escrito;
* VI - cumprir pena ou prisão cautelar em estabelecimento penal diverso dos demais corréus ou condenados.’
(NR) – redação em conformidade com a Lei nº 13.964/2019.

PROCEDIMENTO DO ACORDO DE COLABORAÇÃO


O investigado (ou acusado), assistido por advogado, negocia o acordo de colaboração
premiada com o Delegado de Polícia ou com o Ministério Público.
#NÃOESQUECE O juiz não participará, em hipótese alguma, das negociações
realizadas entre as partes para a formalização do acordo de colaboração (§ 6º do art.
4º).
#PERGUNTADEPROVA O Delegado de Polícia pode negociar e assinar acordo de
colaboração premiada com o colaborador (assistido por seu defensor), enviando
depois esse termo para ser homologado pelo juiz? A autoridade policial tem
1) NEGOCIAÇÃO
legitimidade para celebrar o acordo de colaboração premiada? #DEOLHONAJURIS: O
DO ACORDO
STF em seu informativo 907, por maioria, julgou improcedente pedido formulado em
ação direta para assentar a CONSTITUCIONALIDADE dos §§ 2º e 6º do art. 4º (1) da
Lei 12.850/2013, a qual define organização criminosa e dispõe sobre a investigação
criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o
procedimento criminal. A ação impugnava as expressões “e o delegado de polícia, nos
autos do inquérito policial, com a manifestação do Ministério Público” e “entre o
delegado de polícia, o investigado e o defensor, com a manifestação do Ministério
Público, ou, conforme o caso”, contidas nos referidos dispositivos, que conferem

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legitimidade ao delegado de polícia para conduzir e firmar acordos de colaboração


premiada (Informativo 888). Prevaleceu o voto do ministro Marco Aurélio (relator),
no sentido de que o delegado de polícia pode formalizar acordos de colaboração
premiada, na fase de inquérito policial, respeitadas as prerrogativas do Ministério
Público, o qual deverá se manifestar, sem caráter vinculante, previamente à decisão
judicial.
2) FORMALIZAÇÃO será elaborado um termo de acordo de colaboração premiada, a ser assinado por
DO ACORDO E todas as partes e, então, remetido ao juiz para homologação
ENVIO À JUSTIÇA
Segundo o art. 6º, o termo de acordo da colaboração premiada deverá ser feito por
escrito e conter os seguintes requisitos formais:
I - o relato da colaboração e seus possíveis resultados;
3) REQUISITOS II - as condições da proposta do Ministério Público ou do delegado de polícia;
FORMAIS DO III - a declaração de aceitação do colaborador e de seu defensor;
ACORDO IV - as assinaturas do representante do Ministério Público ou do delegado de polícia,
do colaborador e de seu defensor;
V - a especificação das medidas de proteção ao colaborador e à sua família, quando
necessário.
4) O PEDIDO DE O pedido de homologação do acordo será sigilosamente distribuído, contendo apenas
HOMOLOGAÇÃO informações que não possam identificar o colaborador e o seu objeto.
DO ACORDO É
AUTUADO COMO
PROCESSO
SIGILOSO
#ATENÇÃO O acordo de colaboração premiada deixa de ser sigiloso assim que
recebida a denúncia (§ 3º do art. 7º).
5) ANÁLISE DA após celebrado, acordo somente terá eficácia processual se for homologado pelo juiz.
HOMOLOGAÇÃO Art. 4º (...) § 8º O juiz poderá recusar a homologação da proposta que não atender
PELO JUIZ aos requisitos legais, devolvendo-a às partes para as adequações necessárias
6) AUDIÊNCIA Se houver dúvida do juiz acerca da voluntariedade do acordo, ou seja, se houver
SIGILOSA PARA suspeita de que tenha havido coação para que a pessoa colaborasse, o juiz poderá
CONFIRMAR A designar uma audiência sigilosa para ouvir o colaborador, que deverá estar

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Ciclos Método

VOLUNTARIEDADE acompanhado de seu defensor. O Ministério Público não será intimado e não
DO ACORDO participará desta audiência.

#NÃOESQUECE O juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender aos requisitos legais, mas não
mais poderá adequá-la ao caso concreto (deve enviar às partes para que essas façam as adequações
necessárias).
#ATENÇÃO Retratação da proposta: Mesmo após a proposta ter sido aceita, alguma das partes pode voltar
atrás e se retratar? SIM. Segundo o § 10 do art. 4º, as partes podem retratar-se da proposta, caso em que as
provas autoincriminatórias produzidas pelo colaborador não poderão ser utilizadas exclusivamente em seu
desfavor.

RENÚNCIA AO DIREITO AO SILÊNCIO E COMPROMISSO DE DIZER A VERDADE: Nos depoimentos que prestar,
o colaborador renunciará, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio e estará sujeito ao compromisso
legal de dizer a verdade (§ 14 do art. 4º).

AÇÃO CONTROLADA

Consiste a ação controlada em retardar a intervenção policial ou administrativa relativa à ação


praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e
acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e
obtenção de informações.
#MAPEIANOVADE
Art. 8o Consiste a ação controlada em retardar a INTERVENÇÃO POLICIAL OU ADMINISTRATIVA relativa à
ação praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e
acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e
obtenção de informações.
§ 1o O retardamento da intervenção policial ou administrativa sERÁ PREVIAMENTE COMUNICADO AO JUIZ
competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério Público.
§ 2o A comunicação será sigilosamente distribuída de forma a não conter informações que possam indicar a
operação a ser efetuada.
§ 3o Até o encerramento da diligência, o acesso aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao
delegado de polícia, como forma de garantir o êxito das investigações.
§ 4o Ao término da diligência, elaborar-se-á auto circunstanciado acerca da ação controlada.

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Ciclos Método

#ATENÇÃO em nenhum momento menciona ser necessária a autorização judicial, a lei menciona ser
NECESSÁRIA A COMUNICAÇÃO à autoridade judiciária competente.
#OLHAOGANCHO Entrega vigiada na Lei de Drogas:
Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além
dos previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público, os seguintes
procedimentos investigatórios:
I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, constituída pelos órgãos especializados
pertinentes;
II - a não-atuação policial sobre os portadores de drogas, seus precursores químicos ou outros produtos
utilizados em sua produção, que se encontrem no território brasileiro, com a finalidade de identificar e
responsabilizar maior número de integrantes de operações de tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação
penal cabível.
Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a autorização será concedida desde que sejam
conhecidos o itinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou de colaboradores.
Assim como na ação controlada, a ação vigiada permite ao agente de segurança que ao perceber o
cometimento do crime de tráfico de drogas, consiga acompanhar os criminosos sem que seja necessária sua
atuação naquele momento através de prisões ou abordagens.
#IMPORTANTE: A entrega vigiada na lei de drogas DEPENDE de AUTORIZAÇÃO JUDICIAL. ENTRETANTO SE O
CRIME DA LEI DE DROGAS FOR COMETIDO NO ÂMBITO DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA NÃO DEPENDERÁ A
AÇÃO CONTROLADA DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL, VEZ QUE SERÁ APLICADA A LEI 12.850, BASTANDO ASSIM
APENAS A PRÉVIA COMUNICAÇÃO A AUTORIDADE JUDICIÁRIA.

INTERCEPTAÇÃO AMBIENTAL

Em qualquer fase do procedimento, a Lei n.º 12.850/13 autoriza a captação de sinais eletromagnéticos,
ópticos ou acústicos. Vale lembrar que o termo “captação” integra o conceito de interceptação. Será utilizado
procedimento previsto na Lei de interceptação telefônica (Lei nº 9.296/96), pois, a Lei n.º 12.850/13 não prevê
o procedimento a ser adotado.

INFILTRAÇÃO DE AGENTES

#MAPEIANOVADE

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Ciclos Método

Art. 10. A INFILTRAÇÃO DE AGENTES de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de
polícia ou requerida pelo Ministério Público, APÓS MANIFESTAÇÃO TÉCNICA DO DELEGADO de polícia quando
solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização
judicial, que estabelecerá seus limites.
§ 1º Na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz competente, antes de decidir, ouvirá o
Ministério Público.
§ 2º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração penal de que trata o art. 1º e se a prova não
puder ser produzida por outros meios disponíveis.
§ 3º A INFILTRAÇÃO SERÁ AUTORIZADA PELO PRAZO DE ATÉ 6 (SEIS) MESES, sem prejuízo de eventuais
renovações, desde que comprovada sua necessidade.
#ATENÇÃO
Light Cover: É modalidade mais branda de infiltração. Não ultrapassa 06 (seis) meses.
Deep Cover: Trata-se de modalidade de infiltração mais complexa. Ultrapassa 06 (seis) meses de duração.
§ 4º Findo o prazo previsto no § 3º , o relatório circunstanciado será apresentado ao juiz competente, que
imediatamente cientificará o Ministério Público.
§ 5º No curso do inquérito policial, o delegado de polícia poderá determinar aos seus agentes, e o Ministério
Público poderá requisitar, a qualquer tempo, relatório da atividade de infiltração.
INFILTRAÇÃO VIRTUAL DE AGENTES
Art. 10-A. SERÁ ADMITIDA a ação de agentes de polícia INFILTRADOS VIRTUAIS, obedecidos os requisitos
do caput do art. 10, na internet, com o fim de investigar os crimes previstos nesta Lei e a eles conexos,
praticados por organizações criminosas, desde que demonstrada sua necessidade e indicados o alcance das
tarefas dos policiais, os nomes ou apelidos das pessoas investigadas e, quando possível, os dados de conexão
ou cadastrais que permitam a identificação dessas pessoas. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Para efeitos do disposto nesta Lei, consideram-se: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
I - dados de conexão: informações referentes a hora, data, início, término, duração, endereço de Protocolo de
Internet (IP) utilizado e terminal de origem da conexão; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
II - dados cadastrais: informações referentes a nome e endereço de assinante ou de usuário registrado ou
autenticado para a conexão a quem endereço de IP, identificação de usuário ou código de acesso tenha sido
atribuído no momento da conexão. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º Na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz competente, antes de decidir, ouvirá o
Ministério Público. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 3º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração penal de que trata o art. 1º desta Lei e se as
provas não puderem ser produzidas por outros meios disponíveis. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

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Ciclos Método

§ 4º A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) meses, sem prejuízo de eventuais renovações,
mediante ordem judicial fundamentada e desde que o total não exceda a 720 (setecentos e vinte) dias e seja
comprovada sua necessidade. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 5º Findo o prazo previsto no § 4º deste artigo, o relatório circunstanciado, juntamente com todos os atos
eletrônicos praticados durante a operação, deverão ser registrados, gravados, armazenados e apresentados
ao juiz competente, que imediatamente cientificará o Ministério Público. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
§ 6º No curso do inquérito policial, o delegado de polícia poderá determinar aos seus agentes, e o Ministério
Público e o juiz competente poderão requisitar, a qualquer tempo, relatório da atividade de
infiltração. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 7º É nula a prova obtida sem a observância do disposto neste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

QUAIS SÃO OS REQUISITOS PARA INFILTRAÇÃO?


a) Prévia autorização judicial: A autorização deve ser motivada e dispor sobre como ocorrerá a
infiltração, sob pena de nulidade absoluta ante a falta de motivação.

b) Fummus Comissi delicti e periculum in mora: Condicionam-se a existência de elementos indiciários


que apontem a existência de crimes praticados por organizações criminosas (fummus comissi delicti). No
que tange ao periculum in mora, diz respeito aos eventuais prejuízos que podem ser causados pela não
decretação imediata da medida.

c) Indispensabilidade da infiltração: Medida de ultima ratio, só podendo ser aplicada subsidiariamente


devido a seu alto grau de risco. Deve-se ter em mente que a infiltração de agentes é medida excepcional.

d) Anuência: O agente policial deve concordar expressamente com a infiltração.

#ATENÇÃO Art. 10-C. NÃO COMETE CRIME o policial que oculta a sua identidade para, por meio da internet,
colher indícios de autoria e materialidade dos crimes previstos no art. 1º desta Lei. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) Parágrafo único. O agente policial infiltrado que deixar de observar a estrita finalidade da
investigação responderá pelos excessos praticados. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

ACESSO A REGISTRO, DADOS CADASTRAIS E OUTRAS INFORMAÇÕES

#ATENÇÃODELTA
Art. 15. O DELEGADO DE POLÍCIA e o Ministério Público terão acesso, INDEPENDENTEMENTE DE
AUTORIZAÇÃO JUDICIAL, apenas aos dados cadastrais do investigado que informem exclusivamente a

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Ciclos Método

qualificação pessoal, a filiação e o endereço mantidos pela Justiça Eleitoral, empresas telefônicas, instituições
financeiras, provedores de internet e administradoras de cartão de crédito.

#JURISEMFRASES
Para que vocês não percam tempo com jurisprudência, separamos aqui algumas frases retiradas de
informativos que vão ajudar você a acertar aquela questão objetiva que você tem certeza de que já leu e não
lembra dos termos!
JURIS EM FRASES
A mera imputação da prática dos crimes previstos na Lei n. 12.850/2013, em
decorrência de operação envolvendo compra ou venda de criptomoedas, por si só,
não justifica a imposição automática da custódia prisional. Processo sob segredo
Info Ed. Esp. 7 - STJ
judicial, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Rel. Acd.
Min. João Otávio de Noronha, Quinta Turma, por maioria, julgado em 21/06/2022,
DJe 29/06/2022. (Info Ed. Esp. 7 - STJ).
O delito do art. 2º, § 1º, da Lei n. 12.850/2013 é crime material, inclusive na
INFO 703 STJ
modalidade embaraçar.
Não há infiltração policial quando agente lotado em agência de inteligência, sob
identidade falsa, apenas representa o ofendido nas negociações da extorsão, sem
INFO 680 STJ se introduzir ou se infiltrar na organização criminosa com o propósito de identificar
e angariar a confiança de seus membros ou obter provas sobre a estrutura e o
funcionamento do bando.
É legal o auxílio da agência de inteligência ao Ministério Público Estadual durante
INFO 680 STJ procedimento criminal instaurado para apurar graves crimes em contexto de
organização criminosa.
A ação controlada prevista no § 1° do art. 8° da Lei n. 12.850/2013 independe de
INFO 680 STJ
autorização, bastando sua comunicação prévia à autoridade judicial.
As inovações do Pacote Anticrime na Lei n. 9.296/1996 não alteraram o
INFO 680 STJ entendimento de que é lícita a prova consistente em gravação ambiental realizada
por um dos interlocutores sem conhecimento do outro.
O tipo penal previsto pelo art. 2º, §1º, da Lei n. 12.850/2013 define conduta
delituosa que abrange o inquérito policial e a ação penal. HC 487.962-SC, Rel. Min.
INFO 650 STJ
Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 28/05/2019, DJe
07/06/2019. (Info 650 - STJ)

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Ciclos Método

1) A par da promulgação da Lei n. 12.850/2013, há no ordenamento jurídico


JURIS EM TESES
previsões esparsas de colaboração premiada - gênero do qual a delação premiada é
193
espécie.
2) Os institutos da colaboração premiada (Lei n. 12.850/2013) e da delação
JURIS EM TESES premiada (presente em legislações esparsas) são dotados de natureza jurídica
193 distinta: a colaboração é um negócio jurídico bilateral firmado entre as partes
interessadas, enquanto a delação é ato unilateral do acusado.
3) O acordo de colaboração premiada é negócio jurídico personalíssimo, que gera
obrigações e direitos entre as partes celebrantes e não interfere, automaticamente,
JURIS EM TESES
na esfera jurídica de terceiros, razão pela qual estes, ainda que expressamente
193
mencionados ou acusados pelo delator em suas declarações, não têm legitimidade
para questionar a validade do acordo celebrado.
4) Não é possível expandir os benefícios advindos da delação premiada, ato
JURIS EM TESES unilateral do acusado, para além da fronteira objetiva e subjetiva da ação penal, em
193 virtude de sua natureza endoprocessual, sob pena de violação ou afronta ao
princípio do juiz natural.
5) Compete ao Poder Judiciário a análise da extensão dos benefícios firmados em
JURIS EM TESES
acordo de colaboração premiada, observada legislação vigente, especialmente o
193
que dispõe o art. 4º, § 1º, da Lei n. 12.850/2013.
6) A atuação do Poder Judiciário na homologação do acordo de colaboração
premiada (art. 4º, § 7º, da Lei n. 12.850/2013) deve se limitar à análise de
JURIS EM TESES regularidade, legalidade e voluntariedade do negócio jurídico firmado, não é,
193 portanto, permitido emitir juízo de valor acerca de declarações ou elementos
informativos prestados pelo colaborador ou, ainda, quanto à conveniência e à
oportunidade do acordo.
7) A concessão dos benefícios da delação previstos nos arts. 13 (perdão judicial) e
JURIS EM TESES 14 (causa de diminuição de pena) da Lei n. 9.807/1999 - Lei de Proteção a Vítimas,
193 Testemunhas e Réus Colaboradores - depende do preenchimento cumulativo dos
requisitos legais neles descritos.
8) A concessão do benefício da delação previsto no art. 41 (causa de diminuição de
JURIS EM TESES
pena) da Lei n. 11.343/2006 - Lei de Drogas - depende do preenchimento cumulativo
193
dos requisitos legais nele descritos.

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Ciclos Método

9) A gravação ambiental realizada por colaborador premiado, um dos interlocutores


JURIS EM TESES da conversa, sem o consentimento dos outros, é lícita, ainda que obtida sem
193 autorização judicial, e pode ser validamente utilizada como meio de prova no
processo penal.
1) Eventual dilação do término da instrução probatória decorrente de inclusão de
novos acordos de colaboração premiada não serve como fundamento para, por si
JURIS EM TESES
só, configurar excesso de prazo na fase instrutória, pois não indica desídia ou
194
negligência do Poder Judiciário ou do Ministério Público Federal no exercício de suas
funções.
2) Ante a ausência de previsão normativa, a apelação é o recurso adequado para
JURIS EM TESES
impugnar decisão de juiz de primeiro grau que recusa homologação do acordo de
194
colaboração premiada.
3) Não constitui erro grosseiro a interposição de correição parcial, ao invés de
JURIS EM TESES apelação, contra a decisão que recusa homologação de acordo de colaboração
194 premiada diante da existência de dúvida objetiva quanto ao instrumento adequado,
por aplicação do princípio da fungibilidade recursal.
4) Ante a ausência de previsão normativa, o agravo regimental é o recurso adequado
JURIS EM TESES
para impugnar decisão de desembargador relator que recusa homologação do
194
acordo de colaboração premiada.
JURIS EM TESES 5) O colaborador beneficiado com delação premiada pode ser ouvido em juízo como
194 testemunha, desde que não figure como réu no mesmo processo.
6) É possível a oitiva de coautor colaborador, constante ou não do processo, exige-
JURIS EM TESES
se, contudo, que a condição de favorecido com acordo de colaboração premiada
194
seja de conhecimento do acusado.
7) Aplicada a redução prevista no acordo de colaboração premiada firmado com o
JURIS EM TESES Ministério Público, não é cabível a incidência de minorante da delação premiada
194 unilateral, pois implicaria aplicar, duas vezes, causa de redução da pena com base
no mesmo fato, o que configura bis in idem de benefícios.
JURIS EM TESES 8) A concessão dos benefícios legais decorrentes da delação premiada depende da
194 efetiva e eficaz contribuição do agente colaborador.
JURIS EM TESES 9) Os benefícios da colaboração premiada não são aplicáveis no âmbito do processo
194 administrativo disciplinar.

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Ciclos Método

JURIS EM TESES 10) Os benefícios legais decorrentes da colaboração premiada não são aplicáveis no
194 âmbito da ação de improbidade administrativa.
1) As informações do colaborador, embora sejam suficientes para o início da
JURIS EM TESES
investigação preliminar, não constituem motivo idôneo para fundamentar, por si só,
195
o recebimento da peça acusatória.
2) A colaboração premiada não é prova nem indício, é técnica de investigação e meio
JURIS EM TESES
de obtenção de prova, pelo qual o colaborador auxilia os órgãos de investigação e
195
persecução criminal.
3) A partir da vigência da Lei n. 12.850/2013, é possível afastar o sigilo dos acordos
JURIS EM TESES
de delações premiadas após o recebimento da peça acusatória nos processos em
195
andamento, por se tratar de norma processual, aplicável de imediato.
4) No âmbito dos tribunais, compete ao relator homologar, monocraticamente,
JURIS EM TESES
acordo de colaboração premiada, em razão do seu poder instrutório, exercendo o
195
controle da regularidade, legalidade e voluntariedade.
5) O fato de corréus colaboradores e delatados serem patrocinados pelo mesmo
JURIS EM TESES escritório de advocacia é insuficiente, por si só, para presumir a existência de conluio
195 entre as defesas apto a justificar a anulação de acordos de colaboração premiada
firmados.
6) Não é cabível pedido de extensão de benefício concedido a corréu que celebra
JURIS EM TESES
acordo de colaboração premiada, pois ausente similitude fático-processual entre as
195
partes.
7) O delatado não possui direito subjetivo de acessar termos, documentos ou
JURIS EM TESES anexos de colaboração premiada de terceiro que não tenham relação específica
195 com o objeto da imputação que lhe recai ou, ainda, que não lhe digam respeito, por
falta de interesse jurídico e ausência de violação ao direito de defesa.
8) Não há ilegalidade na decisão que indefere pedido de acesso a negociações
JURIS EM TESES
preliminares de acordo de colaboração premiada, quando não compõem o pacto e,
195
nessa medida, não constituem meio de prova contra o delatado.
JURIS EM TESES 9) A delação premiada prevista na Lei n. 9.807/1999 - Lei de Proteção a Vítimas,
195 Testemunhas e Réus Colaboradores - não se restringe a nenhum crime específico.
JURIS EM TESES 10) É nula sentença que considera prova advinda de delação premiada não
195 submetida ao contraditório.

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Ciclos Método

1) Não é nulo acordo de colaboração premiada homologado por juiz de primeiro


JURIS EM TESES grau de jurisdição que mencione possível envolvimento de autoridade com
196 prerrogativa de foro no STJ, desde que tal informação decorra de descoberta
fortuita e surja com a formalização do acordo.
2) Na colaboração premiada, a descoberta fortuita do envolvimento de autoridade
com prerrogativa de foro implica o encaminhamento imediato dos autos ao foro
JURIS EM TESES
prevalente, o qual é o único competente para decidir sobre a existência de conexão
196
ou continência e, assim, deliberar sobre a conveniência do desmembramento do
processo.
3) A simples menção a nome de autoridade com foro por prerrogativa de função nas
JURIS EM TESES declarações prestadas pelo colaborador não tem o potencial de firmar a
196 competência de órgão hierarquicamente superior, quando se refira a fatos distintos
do objeto investigado.
4) Na colaboração premiada, o juízo que a homologa não é, necessariamente,
JURIS EM TESES competente para o processamento de todos os fatos relatados no âmbito das
196 declarações dos colaboradores, pois o acordo (meio de obtenção de prova) não
constitui critério de determinação, modificação ou concentração de competência.
5) Arquivado o inquérito com relação a autoridade com prerrogativa de foro, não
JURIS EM TESES remanesce competência originária do STJ para examinar provas obtidas por via de
196 colaboração premiada relativas aos demais investigados não detentores da
prerrogativa funcional.
JURIS EM TESES 6) A errônea indicação da oitiva de colaborador corréu/coautor como testemunha
196 não gera nulidade na colheita ou valoração dessa prova.
7) O acordo de colaboração da Lei n. 12.850/2013 - que define organização
criminosa e dispõe sobre a investigação criminal e os meios de obtenção da prova -
JURIS EM TESES
não se restringe a delitos praticados por organização criminosa, assim, não há óbice
196
a que as disposições do referido diploma se apliquem a condutas cometidas em
concurso de agentes.
JURIS EM TESES 8) Não é possível aplicar o instituto da delação premiada previsto no art. 41 da Lei
196 n. 11.343/2006 quando a conduta criminosa for praticada por um único agente.
9) No concurso de pessoas, a ausência de aplicação da causa de aumento de pena
JURIS EM TESES
por associação a delator beneficiado com delação premiada não afasta sua
196
incidência à reprimenda de corréu.

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Ciclos Método

10) O momento adequado para impugnar cláusulas de acordo de colaboração


JURIS EM TESES
premiada é aquele posterior ao eventual julgamento da ação penal, pois, antes
196
disso, os benefícios são apenas expectativa de direito.
1) Não é teratológica a decisão que homologa termo aditivo a acordo de
JURIS EM TESES
colaboração premiada anteriormente revogado judicialmente, pois situações
197
pretéritas, a priori, não contaminam futuros acordos de mesma natureza.
2) No âmbito do acordo de colaboração premiada, não é lícita a inclusão de cláusulas
JURIS EM TESES
relativas às medidas cautelares de cunho pessoal, pois a extensão do acordo
197
abrange, tão somente, aspectos relacionados à imposição de pena futura.
3) O descumprimento de acordo de delação premiada ou a frustração da sua
JURIS EM TESES
realização, por si só, não autoriza a imposição da segregação cautelar, quando
197
ausentes os requisitos da prisão.
4) Nos casos em que a realização de acordo de colaboração premiada implicar
JURIS EM TESES fundamento único para conceder liberdade provisória a acusado preso
197 preventivamente, descumpridos os termos do pacto, subsiste fundamento válido
para o restabelecimento da segregação cautelar.
5) Não há necessária relação de causalidade entre a celebração de acordo de
JURIS EM TESES colaboração e a concessão de liberdade ao colaborador, embora, em certos casos,
197 tal negociação possa mitigar o risco à ordem pública, à instrução criminal ou à
aplicação da lei penal.
6) Não viola os termos do acordo de colaboração premiada a imposição de
JURIS EM TESES
monitoramento eletrônico pelo Juízo da Execução Penal, pois não se trata de
197
modalidade de pena, mas de meio de fiscalização de seu cumprimento.
7) A concessão do benefício da delação previsto no § 5º do art. 1º da Lei n.
JURIS EM TESES 9.613/1998 - Lei de Lavagem de Capitais - depende do preenchimento de pelo
197 menos um dos requisitos legais nele descrito, visto que contempla hipóteses
alternativas.
JURIS EM TESES 8) A incidência dos benefícios previstos no art. 14 da Lei n. 9.807/1999 é obrigatória
197 se preenchidos os requisitos da delação premiada.
JURIS EM TESES 9) A incidência dos benefícios previstos no art. 159 do Código Penal é obrigatória se
197 preenchidos os requisitos da delação premiada.

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Ciclos Método

10) Na colaboração premiada, a aplicação da fração de diminuição de pena em seu


JURIS EM TESES
patamar mínimo requer decisão fundamentada, sob pena de ofensa ao princípio da
197
motivação (art. 93, IX, da CF).
11) Na colaboração premiada, cabe ao órgão julgador, no exercício do juízo de
JURIS EM TESES
discricionariedade, fixar a fração de redução da pena, observado o limite de 2/3
197
(dois terços).

LEI Nº 7.492/1986 (CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL)2

#MAPEIA NO VADE
NÃO DEIXE DE LER – LEI Nº 7.492/1986 (CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL).
Art. 6º Art. 16 Art. 19
Art. 22

#ATENÇÃO Pessoal, esse tema é de BAIXA INCIDÊNCIA nas provas de DELTA

Obs: Pessoal nas #CICLOLEGIS não iremos colocar o gabarito das questões. Isso porque, tais # tem como
objetivo justamente decorar a letra de lei. Sendo assim, ao corrigir a questão vocês precisarão ir a letra de lei
novamente e vão necessitar ler novamente o artigo! Isso com certeza irá facilitar o processo de fixação da letra
de lei!!!!

#CICLOLEGIS #DECORAALETRADALEI

Art. 1º Considera-se instituição financeira, para efeito desta lei, a pessoa jurídica _____________________,
que tenha como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não, a captação, intermediação ou
aplicação de recursos financeiros (Vetado) de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, ou a custódia,
emissão, distribuição, negociação, intermediação ou administração de valores mobiliários.

a) de direito privado
b) de direito público ou privado

Parágrafo único. Equipara-se à instituição financeira: (Vide Lei nº 14.478, de 2022) Vigência

2
Todos os fragmentos foram retirados do livro: Leis Penais Especiais – Gabriel Habib (2022)

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Ciclos Método

I - a pessoa jurídica que capte ou administre seguros, câmbio, consórcio, capitalização ou qualquer tipo de
poupança, ou recursos de terceiros;
II - a pessoa natural que exerça quaisquer das atividades referidas neste artigo, ainda que de forma
eventual.

Art. 6º Induzir ou manter em erro, sócio, investidor ou repartição pública competente, relativamente a
operação ou situação financeira, sonegando-lhe informação ou prestando-a falsamente:
Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.

Art. 16. Fazer operar, __________________________ obtida mediante declaração (Vetado) falsa, instituição
financeira, inclusive de distribuição de valores mobiliários ou de câmbio:

a) com autorização
b) sem a devida autorização, ou com autorização

Pena - Reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Art. 19. Obter, mediante fraude, financiamento em instituição financeira:


Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.

Parágrafo único. A pena é aumentada de _______________ se o crime é cometido em detrimento de


instituição financeira oficial ou por ela credenciada para o repasse de financiamento.

a) 1/3 (um terço)


b) metade

Art. 22. Efetuar operação de câmbio ____________, com o fim de promover evasão de divisas do País:

a) não autorizada
b) mesmo autorizada

Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.

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#ATENÇÃO Pessoal, esse assunto não tem tanta incidência nos concursos de delta, então veremos alguns
artigos pontuais, com as devidas explicações e logo após, a jurisprudência correlata! #BORA

CONCEITO DE INSTITUIÇÃO FINANCEIRA

O critério que o legislador utilizou para a definição de instituição financeira é um critério objetivo, qual
seja: a atividade desenvolvida pela pessoa jurídica. Instituição financeira é a pessoa jurídica, que pode ser de
direito público (Ex: Conselho Monetário Nacional, Banco Centra do Brasil, Banco do Brasil, e demais instituições
financeiras conforme o art. 1º da lei) ou de direito privado (instituições de seguro, previdência privada,
capitalização, fundos de investimento de crédito imobiliário, cooperativas de crédito, de poupança, dentre
outras) que tenha como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não, a captação (reunião de
capitais), a intermediação (transferência dos recursos financeiros captados de uma instituição para outra) ou
a aplicação (investimento) de recursos financeiros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, ou a
custódia (guarda), a emissão (colaboração em circulação), a distribuição (entrega), a negociação
(comercialização), a intermediação (fazer a ponte de contato entre duas partes) ou a administração (gestão)
de valores mobiliários. Em relação aos recursos financeiros, é de notar-se que não está abrangida a pessoa
jurídica que utilize recursos financeiros próprios. No tocante aos valores mobiliários, eles constituem
instrumentos de captação de recursos financeiros, por meio de títulos emitidos por uma sociedade de ações.
Art. 6º Induzir ou manter em erro, sócio, investidor ou repartição pública competente, relativamente a
operação ou situação financeira, sonegando-lhe informação ou prestando-a falsamente:
Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.

SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa. Trata-se de crime comum.


SUJEITO O Estado, o sócio, o investidor e a instituição financeira.
PASSIVO
REPARTIÇÃO São as instituições encarregadas de normatização e da fiscalização do Sistema Financeiro
PÚBLICA Nacional, como o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
COMPETENTE
PRINCÍPIO DA O presente tipo penal constitui especialidade em relação ao delito de estelionato
ESPECIALIDADE previsto no art. 171 do CP.
TIPO MISTO Caso o agente pratique mais de uma conduta descrita no tipo penal, responderá por um
ALTERNATIVO delito apenas, não havendo concurso de crimes.

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CONSUMAÇÃO O delito consuma-se com a prática das condutas de induzir ou manter as vítimas em erro.
Trata-se de crime formal.
CLASSIFICAÇÃO Crime comum; formal; comissivo na conduta induzir e omissivo próprio na conduta
manter; de perigo abstrato; instantâneo na conduta de induzir e permanente na conduta
manter; admite tentativa na conduta induzir por ser comissiva, mas não admite na
conduta manter por configurar crime omissivo próprio.
SUSPENSÃO Incabível, pois a pena mínima cominada ultrapassa 1 ano.
CONDICIONAL
DO PROCESSO

Art. 16. Fazer operar, sem a devida autorização, ou com autorização obtida mediante declaração (Vetado)
falsa, instituição financeira, inclusive de distribuição de valores mobiliários ou de câmbio:
Pena - Reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa. Trata-se de crime comum.
SUJEITO O Estado, e as pessoas eventualmente prejudicadas.
PASSIVO
FAZER OPERAR Significa fazer funcionar. O legislador quis coibir a conduta de fazer funcionar uma
instituição financeira de forma clandestina, impedindo ou dificultando a fiscalização por
parte do Poder Público
SEM A DEVIDA Seja de forma não autorizada, seja com a autorização obtida de forma falsa, o agente faz
AUTORIZAÇÃO operar instituição financeira de forma clandestina. A autorização para fazer operar
OU COM instituição financeira é do Banco Central, nos moldes do art. 10, X, da lei 4.595/1964.
AUTORIZAÇÃO
OBTIDA
MEDIANTE
DECLARAÇÃO
FALSA
NORMA PENAL O presente tipo penal constitui norma penal em branco homogênea heterovitelina, uma
EM BRANCO vez que deve ser complementado pelo art. 10, X, da lei 4.595/1964 .
CONSUMAÇÃO O delito consuma-se com o simples funcionamento da instituição financeira,
independentemente de causar qualquer prejuízo a alguém. Trata-se de crime formal.
CLASSIFICAÇÃO Crime comum; formal; comissivo; de perigo abstrato; instantâneo; admite tentativa.

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SUSPENSÃO Cabível, pois a pena mínima comina não ultrapassa 1 ano.


CONDICIONAL
DO PROCESSO

Art. 19. Obter, mediante fraude, financiamento em instituição financeira:


Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é cometido em detrimento de instituição
financeira oficial ou por ela credenciada para o repasse de financiamento.

SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa. Trata-se de crime comum.


SUJEITO PASSIVO O Estado, e a instituição financeira lesada.
OBTER O verbo obter significa alcançar, conseguir. Nesse tipo penal o agente consegue efetivar
MEDIANTE um financiamento em alguma instituição financeira por meio de fraude, induzindo a
FRAUDE instituição financeira a erro, incutindo uma falsa noção de realidade na mente da
pessoa que autoriza a concessão do financiamento. Não fosse o meio fraudulento, o
agente não conseguiria obter o financiamento.
FINANCIAMENTO Financiamento é uma modalidade de empréstimo, mas tem uma vinculação específica
que é o custeio de algo determinado que deve ser declarado no momento da sua
concessão. Em homenagem ao princípio da legalidade, a obtenção de empréstimo
pessoa, empréstimo consignado, crédito direto ao consumidor e outras formas de
linhas de crédito em instituição financeira não configuram esse tipo penal, e sim o delito
de estelionato previsto no art. 171 do CP.
FINANCIAMENTO O financiamento de veículo obtido com fraude configura esse delito, e não o delito de
DE VEÍCULO - estelionato.
LEASING
FINANCEIRO
CAUSA DE Por instituição financeira oficial ou por ela credenciada entenda-se a instituição
AUMENTO DE financeira da natureza pública, que trabalha com recursos financeiros públicos, a
PENA exemplo do BNDES e da Caixa Econômica Federal, entre outras.
PRINCÍPIO DA O presente tipo penal constitui especialidade em relação ao delito de estelionato
ESPECIALIDADE previsto no art. 171 do CP.
CONSUMAÇÃO O delito consuma-se com a obtenção do financiamento. Trata-se de crime material.
CLASSIFICAÇÃO Crime comum; material; comissivo; de dano; instantâneo; admite tentativa.

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SUSPENSÃO Incabível, pois a pena mínima cominada ultrapassa 1 ano.


CONDICIONAL
DO PROCESSO

Art. 22. Efetuar operação de câmbio não autorizada, com o fim de promover evasão de divisas do País:
Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, a qualquer título, promove, sem autorização legal, a saída de
moeda ou divisa para o exterior, ou nele mantiver depósitos não declarados à repartição federal competente.

#ATENÇÃO
EVASÃO DE DIVISAS
1ª modalidade. Art. 22 Caput. 2ª modalidade. Art. 22 parágrafo 3ª modalidade. Art. 22, parágrafo
único, 1ª parte. único, 2ª parte.
Efetuar operação de câmbio não Promover a saída clandestina de Manter depósitos clandestinos no
autorizada, com o fim de divisas do país. exterior.
promover evasão de divisas do
País.

#ATENÇÃODOUTRINA
crime de evasão de divisas encontra-se tipificado no art. 22 da Lei 7.492/86. Victor Eduardo Rios Gonçalves e
José Paulo Baltazar Junior, na obra Legislação Penal Especial - Esquematizada, tratando do crime em preço, no
que tange a consumação fazem a seguinte consideração: “O crime do caput é formal e se consuma com a
efetivação das operações de câmbio não autorizadas, sendo desnecessária a efetiva saída do numerário do
País, o que se constitui em elemento subjetivo, e não objetivo, do delito (STJ, REsp 85.408, Vidigal, 5ª T., u., DJ
03/11/1998; STJ, CC 40.888, Vaz, 3ª S., u., 09/06/2004; CC 41.051, Vaz, 3ª S., u., 28/04/2004). Caso sobrevenha
a efetiva saída do numerário, após a realização de operação de câmbio fraudulento, prevalecerá o delito do
parágrafo único, restando absorvido o crime do caput. Cuida-se de uma progressão criminosa, em que resta
absorvido o primeiro delito, que é formal, subsistindo o crime material que lhe sucedeu.” Por seu turno, o
Plenário do STF, no julgamento do Ação Penal nº 470/MG, vulgarmente conhecida como "Mensalão", adotou
o mesmo entendimento mencionado na obra descrita, senão vejamos: “(....) A materialização do delito de
evasão de divisas prescinde da saída física de moeda do território nacional. Por conseguinte, mesmo
aceitando-se a alegação de que os depósitos em conta no exterior teriam sido feitos mediante as chamadas
operações “dólar-cabo", aquele que efetua pagamento em reais no Brasil, com o objetivo de disponibilizar,

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através do outro que recebeu tal pagamento, o respectivo montante em moeda estrangeira no exterior,
também incorre no ilícito de evasão de divisas. (...)” (STF. Plenário. AP 470/MG, Rel. Min. Joaquim Barbosa;
Publicado no DJe de 22/04/13). Diante dessas considerações, notadamente o entendimento do STF, a
configuração do crime de evasão de divisas prescinde a saída física de moeda nacional ou estrangeira do
território nacional.

#DEOLHONAJURIS A aplicação financeira não declarada à repartição federal competente no exterior se


subsume ao tipo penal previsto na parte final do parágrafo único do art. 22 da Lei 7.492/86. Ex: indivíduo
residente no Brasil subscreveu cotas de fundo de investimento sediado nas Ilhas Cayman e não informou a
existência de tais valores na declaração de capitais brasileiros no exterior, que deveria ter sido entregue ao
Bacen. STJ. 5ª T. AREsp 774.523-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, j. 7/5/19 (Info 648).

#ATENÇÃO A pessoa que remete ou mantém valores no exterior sem observar as exigências legais, comete
crime? SIM. Essa pessoa, em tese, pratica o crime do art. 22 da Lei nº 7.492/86, em especial nas figuras do
parágrafo único. Além disso, a depender do caso concreto, essa pessoa também poderá ser acusada de
cometer outros delitos em concurso formal ou material com o referido art. 22. Exemplos:
• Falsificação de documento público (art. 297 do CP), particular (art. 298) ou falsidade ideológica (art. 299).
• Uso de documento falso (art. 304 do CP).
• Crimes contra a ordem tributária (Lei nº 8.137/90).
• Lavagem de Dinheiro (Lei nº 9.613/98).

#JURISEMFRASES
Para que vocês não percam tempo com jurisprudência, separamos aqui algumas frases retiradas de
informativos que vão ajudar você a acertar aquela questão objetiva que você tem certeza de que já leu e não
lembra dos termos!
JURIS EM FRASES
Compete à Justiça Federal julgar a conduta de réu que faz oferta pública de contrato
INFO 667 STJ
de investimento coletivo em criptomoedas sem prévia autorização da CVM.
A aplicação financeira realizada por meio da aquisição de cotas de fundo de
INFO 648 STJ investimento no exterior sem que isso seja declarado ao BACEN configura o crime
do art. 22, parágrafo único, parte final, da Lei nº 7.492/86.

LEI Nº 8.137/1990 E SUAS ALTERAÇÕES (CRIMES CONTRA A ORDEM ECONÔMICA E TRIBUTÁRIA E AS


RELAÇÕES DE CONSUMO)

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#MAPEIA NO VADE
Lei nº 8.137/1990 - CRIMES CONTRA A ORDEM ECONÔMICA E TRIBUTÁRIA E AS RELAÇÕES DE
CONSUMO
Art. 1º Art. 2º Art. 7º
Art. 11 Art. 12

#ATENÇÃO Pessoal, esse tema é de MÉDIA INCIDÊNCIA nas provas de DELTA

Obs: Pessoal nas #CICLOLEGIS não iremos colocar o gabarito das questões. Isso porque, tais # tem como
objetivo justamente decorar a letra de lei. Sendo assim, ao corrigir a questão vocês precisarão ir a letra de lei
novamente e vão necessitar ler novamente o artigo! Isso com certeza irá facilitar o processo de fixação da letra
de lei!!!!

#CICLOLEGIS #DECORAALETRADALEI

Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer
acessório, mediante as seguintes condutas: (Vide Lei nº 9.964, de 10.4.2000)
I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;
II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza,
em documento ou livro exigido pela lei fiscal;
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à
operação tributável;
IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato;
V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda
de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação.
Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da autoridade, no _________________, que poderá ser
convertido em horas em razão da maior ou menor complexidade da matéria ou da dificuldade quanto ao
atendimento da exigência, caracteriza a infração prevista no inciso V.

a) prazo de 05 (cinco) dias


b) prazo de 10 (dez) dias

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Art. 2° Constitui crime da mesma natureza: (Vide Lei nº 9.964, de 10.4.2000)


I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para
eximir-se, _______________________, de pagamento de tributo;

a) totalmente
b) total ou parcialmente

II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, descontado ou cobrado, na
qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos;
III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário, qualquer percentagem sobre a parcela
dedutível ou deduzida de imposto ou de contribuição como incentivo fiscal;
IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo fiscal ou parcelas de imposto
liberadas por órgão ou entidade de desenvolvimento;
V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito passivo da obrigação
tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda Pública.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Art. 7° Constitui crime contra as relações de consumo:


I - favorecer ou preferir, _________________, comprador ou freguês, ressalvados os sistemas de entrega ao
consumo por intermédio de distribuidores ou revendedores;

a) mesmo que com algum motivo


b) sem justa causa

II - vender ou expor à venda mercadoria cuja embalagem, tipo, especificação, peso ou composição esteja em
desacordo com as prescrições legais, ou que não corresponda à respectiva classificação oficial;
III - misturar gêneros e mercadorias de espécies diferentes, para vendê-los ou expô-los à venda como puros;
misturar gêneros e mercadorias de qualidades desiguais para vendê-los ou expô-los à venda por preço
estabelecido para os demais mais alto custo;
IV - fraudar preços por meio de:
a) alteração, sem modificação essencial ou de qualidade, de elementos tais como denominação, sinal externo,
marca, embalagem, especificação técnica, descrição, volume, peso, pintura ou acabamento de bem ou serviço;
b) divisão em partes de bem ou serviço, habitualmente oferecido à venda em conjunto;

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c) junção de bens ou serviços, comumente oferecidos à venda em separado;


d) aviso de inclusão de insumo não empregado na produção do bem ou na prestação dos serviços;
V - elevar o valor cobrado nas vendas a prazo de bens ou serviços, mediante a exigência de comissão ou de
taxa de juros ilegais;
VI - sonegar insumos ou bens, recusando-se a vendê-los a quem pretenda comprá-los nas condições
publicamente ofertadas, ou retê-los para o fim de especulação;
VII - induzir o consumidor ou usuário a erro, por via de indicação ou afirmação falsa ou enganosa sobre a
natureza, qualidade do bem ou serviço, utilizando-se de qualquer meio, inclusive a veiculação ou divulgação
publicitária;
VIII - destruir, inutilizar ou danificar matéria-prima ou mercadoria, com o fim de provocar alta de preço, em
proveito próprio ou de terceiros;
IX - vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria-prima ou
mercadoria, em condições impróprias ao consumo;
Pena - detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, ou multa.

Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II, III e IX pune-se a modalidade culposa, reduzindo-se a pena e a
detenção de ______________________ ou a de multa à quinta parte.

a) 1/3 (um terço)


b) metade

Art. 11. Quem, ____________________, inclusive por meio de pessoa jurídica, concorre para os crimes
definidos nesta lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida de sua culpabilidade.

a) de forma dolosa
b) de qualquer modo

Parágrafo único. Quando a venda ao consumidor for efetuada por sistema de entrega ao consumo ou por
intermédio de outro em que o preço ao consumidor é estabelecido ou sugerido pelo fabricante ou concedente,
o ato por este praticado não alcança o distribuidor ou revendedor.

Art. 12. São circunstâncias que podem agravar de _________________________ as penas previstas nos arts.
1°, 2° e 4° a 7°:

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a) 1/6 (um sexto) até a metade


b) 1/3 (um terço) até a metade

I - ocasionar grave dano à coletividade;


II - ser o crime cometido por servidor público no exercício de suas funções;
III - ser o crime praticado em relação à prestação de serviços ou ao comércio de bens essenciais à vida ou à
saúde.

A lei 8.137/90 trata dos crimes contra ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo. O bem
jurídico protegido é o interesse do Erário, o patrimônio do Estado e a Ordem Econômica. As infrações penais
contidas nessa lei podem são etiquetadas pela criminologia como crimes do colarinho branco.

COMPETÊNCIA
A competência para julgamento dos crimes da Lei 8.137/90 será definida pelo ente tributante. Se o objeto do
crime for tributo federal a competência será da Justiça Federal. E se na mesma conduta forem sonegados
tributos estaduais e federais?
Súmula 122 – STJ: Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de
competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II, “a”, do Código de Processo Penal.

NATUREZA DOS DELITOS


Os incisos I a IV da lei 8.137 são CRIMES MATERIAIS, existe uma conduta instrumental, que é a fraude, e uma
conduta final, que é a supressão ou alteração do tributo. Não basta que o agente cometa as condutas previstas,
pois elas também exigem o resultado de supressão ou redução de tributo.

#MAPEIANOVADE
Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer
acessório, mediante as seguintes condutas: (Vide Lei nº 9.964, de 10.4.2000)
I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;
II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza,
em documento ou livro exigido pela lei fiscal;
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à
operação tributável;
IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato;

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E o inciso V??? inciso V, contudo, possui natureza FORMAL.


V - Negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda
de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação.
Em que consiste o crime:
a) O agente se nega ou deixa de fornecer nota fiscal (ou documento equivalente) relativa a venda de
mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada. Ex: o comprador pede a nota fiscal e o vendedor
se nega (recusa) a fornecê-la.
b) O agente fornece a nota fiscal ou documento equivalente em desacordo com a legislação.
para configurar o crime, NÃO será necessário aguardar a constituição definitiva do crédito tributário. O inciso
V do art. 1º NÃO está abrangido pela SV 24-STF.
O crime do inciso V é formal: O delito do art. 1º, inciso V, da Lei nº 8.137/90 é formal e prescinde do processo
administrativo-fiscal para o desencadeamento da persecução penal, não estando abarcado pela condicionante
da Súmula Vinculante nº 24 do STF (STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1.534.688/SP, Rel. Min. Maria Thereza de
Assis Moura, DJe 28/3/2016).

Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da autoridade, no prazo de 10 (dez) dias, que poderá ser
convertido em horas em razão da maior ou menor complexidade da matéria ou da dificuldade quanto ao
atendimento da exigência, caracteriza a infração prevista no inciso V.

#ATENÇÃO: Em que consiste o crime do § único do art. 1º: Ocorre quando a autoridade fazendária, no exercício
da fiscalização tributária, dá uma ordem à pessoa exigindo alguma providência e esta se recusa a cumpri-la.
Esse parágrafo único é como se fosse um crime de desobediência específico para ordens da autoridade
fazendária no exercício da fiscalização.
No art. 2º encontram-se previstos os CRIMES FORMAIS contra a ordem tributária. Nestes basta que ocorra a
fraude:
#MAPEIANOVADE
Art. 2° Constitui crime da mesma natureza: (Vide Lei nº 9.964, de 10.4.2000)
I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para
eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributo;
II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, descontado ou cobrado, na
qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos;

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#NÃOCONFUNDA Apropriação indébita: O art. 2º, II, da Lei 8.137/90 é uma forma especial de apropriação
indébita. É muito semelhante também com o delito de apropriação indébita previdenciária (art. 168-A do
CP), sendo a principal diferença a seguinte:
Art. 168-A do CP Art. 2º, II, da Lei nº 8.137/90
O agente deixa de repassar contribuições O agente deixa de repassar quaisquer outros tributos (que
previdenciárias recolhidas dos não contribuições previdenciárias) recolhidas dos
contribuintes. contribuintes.

III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário, qualquer percentagem sobre a parcela
dedutível ou deduzida de imposto ou de contribuição como incentivo fiscal;
IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo fiscal ou parcelas de imposto liberadas
por órgão ou entidade de desenvolvimento;
V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito passivo da obrigação
tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda Pública.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

TERMO INICIAL DA PRESCRIÇÃO


- Art. 1º, I: O prazo prescricional somente tem início com a constituição do crédito tributário (lançamento
definitivo). Trata-se de crime material.

- Art. 2º, I: O prazo prescricional tem início na data em que a fraude é praticada (e não a data em que ela é
descoberta). Trata-se de crime formal.

DENÚNCIA NOS CRIMES CONTRA ORDEM TRIBUTÁRIA


É admitida a denominada denúncia geral: não é necessária a descrição minuciosa e individualizada
da ação de cada acusado. Entretanto, embora não seja necessária a descrição pormenorizada da conduta de
cada denunciado, o MP deve narrar qual é o vínculo entre o denunciado e o crime a ele imputado

APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA


O princípio da insignificância pode ser aplicado no caso de crimes tributários e no descaminho? SIM.
É plenamente possível que incida o princípio da insignificância tanto nos crimes contra a ordem tributária
previstos na Lei nº 8.137/90 como também no caso do descaminho (art. 334 do CP).
#DEOLHONAJURIS O tema foi decidido sob a sistemática do recurso repetitivo e fixou-se a seguinte tese: Incide
o princípio da insignificância aos crimes tributários federais e de descaminho quando o débito tributário

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verificado não ultrapassar o limite de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), a teor do disposto no art. 20 da Lei n.
10.522/2002, com as atualizações efetivadas pelas Portarias n. 75 e 130, ambas do Ministério da Fazenda.
STJ. 3ª Seção. REsp 1.709.029/MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 28/02/2018 (recurso repetitivo).

EXAURIMENTO DA INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA


O STF entende que a decisão definitiva no processo administrativo fiscal, concluindo pela efetiva
supressão ou redução do tributo, constitui justa causa e condição objetiva de punibilidade em relação aos
crimes definidos no art. 1º da Lei nº 8.137/90, por se tratarem de crimes materiais. A invalidação posterior do
lançamento definitivo acarreta a sua inexistência, e consequentemente, a atipicidade do delito

CRIMES FUNCIONAIS CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA


#MAPEIANOVADE
Dos crimes praticados por funcionários públicos
Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária, além dos previstos no Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 - Código Penal (Título XI, Capítulo I):
I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha a guarda em razão da função;
sonegá-lo, ou inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo ou
contribuição social;
II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou
antes de iniciar seu exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar promessa de tal vantagem,
para deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente. Pena - reclusão, de 3
(três) a 8 (oito) anos, e multa.
#NÃCONFUNDA Não confundir com o crime de excesso de exação, previsto no art. 316, §1º do CP. Vejamos a
principal diferença entre tais delitos:
-> Exigir + vantagem indevida + para deixar de lançar ou cobrar tributo = Lei 8137, art. 3º, II
-> Exigir + TRIBUTO INDEVIDO = CP (excesso de exação)
III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da
qualidade de funcionário público. Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
#NÃOCONFUNDA O crime previsto inciso III do art. 3º da Lei 8.137/90 lembra bastante o crime de advocacia
administrativa (art. 321 do CP), apenas substituindo a expressão administração pública por administração
fazendária e com pena diferente. Vejamos o teor do art. 321 do CP: “Art. 321 - Patrocinar, direta ou
indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.”

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#ATENÇÃO art. 12 da Lei 8.137/90, informa que as penas poderão ser agravadas nas situações previstas nos
arts. 1º, 2º e 4º a 7º, não prevendo, portanto, os crimes funcionais, os quais estão dispostos no art. 3º da
referida lei. Logo, constituiria bis in idem tratar como causa de aumento de pena o crime ter sido cometido por
servidor público no exercício de suas funções, uma vez que a condição de servidor já é elementar do próprio
tipo.

DOS CRIMES CONTRA A ECONOMIA E AS RELAÇÕES DE CONSUMO


#MAPEIANOVADE
Art. 4° Constitui crime contra a ordem econômica:
I - abusar do poder econômico, dominando o mercado ou eliminando, total ou parcialmente, a concorrência
mediante qualquer forma de ajuste ou acordo de empresas;
II - formar acordo, convênio, ajuste ou aliança entre ofertantes, visando: (Redação dada pela Lei
nº 12.529, de 2011).
a) à fixação artificial de preços ou quantidades vendidas ou produzidas; (Redação dada pela Lei nº
12.529, de 2011).
b) ao controle regionalizado do mercado por empresa ou grupo de empresas; (Redação dada pela
Lei nº 12.529, de 2011).
c) ao controle, em detrimento da concorrência, de rede de distribuição ou de fornecedores. (Redação
dada pela Lei nº 12.529, de 2011).
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa. (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011).

#OBS O abuso do poder econômico é crime material, uma vez que sua consumação ocorre com o resultado
da dominação do mercado ou eliminação da concorrência (Fundamento: art. 4º, I, Lei 8.137/90); e o crime de
formação de cartel é crime formal, sendo sua consumação efetivada na realização da conduta de formar
acordo/convênio/ajuste/aliança (Fundamento: art. 4º, II, Lei 8.137/90).

PAGAMENTO DO DÉBITO
O STJ passou a entender que o pagamento integral do débito, nos crimes contra a ordem tributária,
extingue a punibilidade mesmo que efetuado após o trânsito em julgado. O pagamento do débito tributário,
a qualquer tempo, até mesmo após o advento do trânsito em julgado da sentença penal condenatória, é causa
de extinção da punibilidade do acusado, nos termos do art. 9º, § 2º, da Lei nº 10.684/2003. STJ. 5ª Turma. HC
362.478-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 14/9/2017 (Info 611). STF. 2ª Turma. RHC 128245, Rel. Min. Dias
Toffoli, julgado em 23/08/2016.

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Atenção: Não confundir as hipóteses de parcelamento com pagamento integral. O parcelamento só pode ser
feito até o recebimento da denúncia.

#JURISEMTESES
JURISPRUDÊNCIA EM TESES

ED. 90. 1) O expressivo valor do tributo sonegado pode ser considerado fundamento idôneo para amparar a
majoração da pena prevista no inciso I do art.12 da Lei n. 8.137/90.

ED. 90. 5) A constituição regular e definitiva do crédito tributário é suficiente à tipificação das condutas
previstas no art. 1º, I a IV, da Lei n. 8.137/90, conforme a súmula vinculante n. 24/STF.

ED. 90. 8) O prazo prescricional, para os crimes previstos no art. 1º, I a IV, da Lei n. 8.137/90, inicia-se com a
constituição definitiva do crédito tributário.

ED. 90. 10) O delito do art. 1º, inciso V, da Lei n. 8.137/90 é formal e prescinde do processo administrativo-
fiscal para o desencadeamento da persecução penal, não se sujeitando aos termos da súmula vinculante n. 24
do STF.

ED. 99. 1) Compete à justiça estadual processar e julgar os crimes contra a ordem econômica previstos na Lei
n. 8.137/1990, salvo se praticados em detrimento do art. 109, IV e VI, da Constituição Federal de 1988.

ED. 99. 2) Aplica-se o princípio da consunção ou da absorção quando o delito de falso ou de estelionato (crime-
meio) é praticado única e exclusivamente com a finalidade de sonegar tributo (crime-fim).

ED. 99. 6) O pagamento integral do débito tributário, A QUALQUER TEMPO, é causa extintiva de punibilidade,
nos termos do art. 9º, § 2º, da Lei n. 10.684/2003.

ED. 174. 1) A garantia aceita na execução fiscal não possui a natureza jurídica de pagamento do tributo e,
portanto, não fulmina a justa causa para a persecução penal dos crimes previstos na Lei nº 8.137/90, pois não
configura hipótese taxativa de extinção da punibilidade ou de suspensão do processo penal. Para que o
executado apresente embargos à execução fiscal, é necessária a garantia do juízo? É necessário que o
executado ofereça garantia para que possa apresentar embargos à execução fiscal? SIM. A Lei nº 6.830/80
prevê, expressamente, que, na execução fiscal, para que o devedor possa se defender por meio de embargos,
é indispensável a garantia da execução

ED. 174. 2) A existência de recurso administrativo para impugnar auto de infração que noticia emissão de notas
fiscais em desacordo com a legislação não obsta o prosseguimento de inquérito policial que investiga a prática
de suposto crime descrito no inciso V do art. 1º da Lei nº 8.137/90 (crime formal), em virtude da independência
das instâncias.

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ED. 174. 4) Para a configuração do crime de apropriação indébita tributária (art. 2º, II, da Lei nº 8.137/90),
basta que o agente deixe de recolher os valores devidos ao fisco de forma consciente (dolo genérico), não
sendo necessária a comprovação da intenção de causar prejuízo aos cofres públicos (dolo específico).

ED. 174. 5) A conduta de não recolher imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços - ICMS
em operações próprias ou em substituição tributária enquadra-se formalmente no tipo previsto no art. 2º, II,
da Lei n. 8.137/1990 (apropriação indébita tributária), desde que comprovado o dolo de apropriação e a
contumácia delitiva.

ED. 174. 8) A tipificação do crime de formação de cartel previsto no art. 4º, II, da Lei nº 8.137/90 exige a
demonstração de que as empresas, por meio de acordos, ajustes ou alianças, objetivam o domínio do mercado.

ED. 174. 10) Não se estende aos demais entes federados (Estados, Municípios e Distrito Federal) o princípio da
insignificância no patamar estabelecido pela União na Lei nº 10.522/2002 previsto para crimes tributários
federais, o que somente ocorreria na existência de legislação local específica sobre o tema.

ED. 176 1)É cabível, no crime previsto no art. 1º, I, da Lei nº 8.137/90, a criminalização da conduta do sócio-
gerente que deixou o quadro societário da empresa antes do lançamento definitivo do crédito tributário, mas
que efetivamente praticou o fato típico antes da sua saída.

ED. 176. 3)Nos crimes societários cometidos no âmbito de aplicação da Lei nº 8.137/90, admite-se a denúncia
geral, a qual, apesar de não individualizar pormenorizadamente as atuações de cada um dos denunciados,
demonstra, ainda que de maneira sutil, um liame entre o agir dos sócios ou administradores e a suposta prática
delituosa, o que estabelece a plausibilidade da imputação deduzida e permite o exercício da ampla defesa com
todos os recursos a ela inerentes.

ED. 176. 5)O envio dos dados sigilosos pela Receita Federal à Polícia ou ao Ministério Público, após o
esgotamento da via administrativa, com a constituição definitiva de crédito tributário, decorre de mera
obrigação legal de se comunicar às autoridades competentes a possível prática de ilícito, o que não representa
ofensa ao princípio da reserva de jurisdição.

#JURISEMFRASES
Para que vocês não percam tempo com jurisprudência, separamos aqui algumas frases retiradas de
informativos que vão ajudar você a acertar aquela questão objetiva que você tem certeza de que já leu e não
lembra dos termos!
JURIS EM FRASES
O dolo de não recolher o tributo, de maneira genérica, não é suficiente para
INFO 753 STJ
preencher o tipo subjetivo do crime de sonegação fiscal (art. 2º, II, da Lei n.

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8.137/1990). HC 569.856-SC, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por
unanimidade, julgado em 11/10/2022, DJe 14/10/2022. (Info 753 - STJ).
Para fins do disposto no art. 2º, II, da Lei n. 8.137/1990, a menção a inúmeros
inadimplementos (inscritos em dívida ativa) gera a presunção relativa da ausência
INFO 742 STJ de tentativa de regularização. AgRg no HC 728.271-SC, Rel. Min. Antonio Saldanha
Palheiro, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 21/06/2022, DJe 24/06/2022.
(Info 742 - STJ)
Para a configuração do delito previsto no art. 2º, II, da Lei n. 8.137/1990, deve ser
comprovado o dolo específico. HC 675.289-SC, Rel. Min. Olindo Menezes
INFO 718 STJ
(Desembargador Convocado do TRF 1ª Região), Sexta Turma, por unanimidade,
julgado em 16/11/2021. (Info 718 - STJ)
O momento consumativo do crime de formação de cartel deve ser analisado
INFO 718 STJ conforme o caso concreto, sendo errônea a sua classificação como eventualmente
permanente.
A majorante de grave dano à coletividade, tratando-se de tributos estaduais ou
INFO 668 STJ municipais, é objetivamente aferível pela admissão na Fazenda local de crédito
prioritário ou destacado (como grande devedor).
O contribuinte que, de forma contumaz e com dolo de apropriação, deixa de
recolher o ICMS cobrado do adquirente da mercadoria ou serviço, incide no tipo
INFO 964 STF penal do art. 2º, II, da Lei 8.137/90 (apropriação indébita tributária). RHC
163334/SC, rel. Min. Roberto Barroso, julgamento em 18.12.2019. (RHC-163334)
(Info 964 - STF)
A aplicação financeira não declarada à repartição federal competente no exterior se
subsume ao tipo penal previsto na parte final do parágrafo único do art. 22 da Lei n.
INFO 648 STJ
7.492/1986. AREsp 774.523-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, por
unanimidade, julgado em 07/05/2019, DJe 13/05/2019. (Info 648 - STJ).
Para o início da ação penal, basta a prova da constituição definitiva do crédito
INFO 627 STJ tributário (Súmula Vinculante 24), sendo desnecessária a juntada integral do
Procedimento Administrativo Fiscal correspondente.

#VAMOSTREINAR?
#JÁCAIU #SAINDODOFORNO

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Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-GO Prova: INSTITUTO AOCP - 2022 - PC-GO - Delegado de
Polícia Substituto3
Com base na Lei nº 12.850/2013 (Lei das Organizações Criminosas), analise as assertivas e assinale a alternativa
que aponta a(s) correta(s).
I. Poderá ser dispensada licitação para contratação de serviços técnicos especializados para rastreamento e
obtenção de provas de interceptação de comunicações telefônicas, nos termos da legislação específica, desde
que haja necessidade justificada de manter sigilo sobre a capacidade investigatória.
II. Inobstante o pedido de infiltração ser regularmente distribuído ao juízo competente, são dispensadas
informações que possam indicar a operação a ser efetivada ou identificar o agente que será infiltrado.
III. Havendo necessidade justificada de manter sigilo sobre a capacidade investigatória, poderá ser dispensada
licitação para aquisição de equipamentos destinados à infiltração, por policiais, em atividade de investigação.
IV. Será admitida a ação de agentes de polícia infiltrados virtuais, na internet, com o fim de investigar os crimes
previstos na Lei das Organizações Criminosas e a eles conexos, praticados por organizações criminosas, desde
que demonstrada sua necessidade e indicados o alcance das tarefas dos policiais, os nomes ou apelidos das
pessoas investigadas e, quando possível, os dados de conexão ou cadastrais que permitam a identificação
dessas pessoas.
Alternativas
A Apenas I e III.
B Apenas I e IV.
C Apenas I, III e IV.
D Apenas IV.
E Apenas II, III e IV.

Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-GO Prova: INSTITUTO AOCP - 2022 - PC-GO - Delegado de
Polícia Substituto4
Um grupo composto por dezoito indivíduos atuava visando ao roubo de agências bancárias, em Municípios de
até 20.000 habitantes, no Estado X. Nas últimas atuações, o grupo, além de explodir as 3 agências bancárias
da cidade, manteve 25 pessoas como reféns, resultando em duas mortes. A atuação do grupo ocasionou
grande temor e repercussão na mídia. Em decorrência de uma operação, um integrante da organização foi

3
GABARITO: B

4
GABARITO: C

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detido. Visando conseguir benefícios, o integrante detido propõe a realização de colaboração premiada. A
respeito desse instituto, é correto afirmar que
Alternativas
A a proposta de acordo de colaboração premiada deverá ser sumariamente indeferida, pois o crime narrado
não está dentre as hipóteses permitidas.
B o acordo de colaboração firmado deverá conter expressamente previsão de renúncia ao direito de impugnar
a decisão judicial que homologar o acordo.
C inobstante a colaboração acarrete a revelação da estrutura hierárquica e a divisão de tarefas da organização
criminosa ou a identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e das infrações penais
por eles praticadas, a concessão de benefício levará em conta a repercussão social do fato criminoso, dentre
outras questões.
D caso a colaboração efetiva e voluntária resulte na identificação dos demais coautores e partícipes da
organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas, o colaborador terá direito à redução, em até
2/5 (dois quintos), da pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos.
E o juiz participará das negociações realizadas entre as partes para a formalização do acordo de colaboração,
que ocorrerá entre o delegado de polícia, o investigado e o defensor.

Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: PC-RR Prova: VUNESP - 2022 - PC-RR - Delegado de Polícia Civil5
De acordo com o artigo 10 da Lei nº 12.850/2013 – Organização Criminosa: “A _______ em tarefas de
investigação, representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação
técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso de ________, será precedida de circunstanciada,
motivada e sigilosa ________, que estabelecerá seus limites”.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas.
Alternativas
A colaboração premiada … inquérito policial … autorização judicial.
B infiltração de agentes de polícia … processo penal … análise investigatória.
C ação controlada … sindicância … representação ministerial.
D infiltração de agentes de polícia … inquérito policial … autorização judicial.
E colaboração premiada … processo penal … representação ministerial.

5
GABARITO: D

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Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - Polícia Federal
- Delegado de Polícia Federal6
Com base na Lei n.º 7.492/1986, que diz respeito aos crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, e na Lei n.º
8.137/1990, que se refere aos crimes contra a ordem econômica, tributária e as relações de consumo, julgue
o item que se segue.
A jurisprudência dos tribunais superiores não admite mitigação da Súmula Vinculante n.º 24 do STF.
Alternativas
Certo
Errado

Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - Polícia Federal
- Delegado de Polícia Federal7
Com base na Lei n.º 7.492/1986, que diz respeito aos crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, e na Lei n.º
8.137/1990, que se refere aos crimes contra a ordem econômica, tributária e as relações de consumo, julgue
o item que se segue.
A gestão fraudulenta e a gestão temerária de instituição financeira são crimes afiançáveis.
Alternativas
Certo
Errado

Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - Polícia Federal
- Delegado de Polícia Federal8
Com base na Lei n.º 7.492/1986, que diz respeito aos crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, e na Lei n.º
8.137/1990, que se refere aos crimes contra a ordem econômica, tributária e as relações de consumo, julgue
o item que se segue.
Todos os crimes cometidos contra o sistema financeiro nacional que estiverem previstos na Lei n.º 7.492/1986
são de competência da justiça federal.
Alternativas
Certo

6
GABARITO: ERRADO

7
GABARITO: CERTO

8
GABARITO: CERTO

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Errado

Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: PC-AM Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 019
Durante a investigação das atividades desenvolvidas por determinado grupo na gestão de uma pessoa jurídica,
Frigga foi identificada por ter realizado a supressão de tributo estadual, qual seja, o Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços, no valor de R$ 11.670,00, incidindo na regra do Art. 1º, inciso II, c/c. o Art. 11,
ambos da Lei nº 8.137/90. Para tanto, Frigga inseriu elementos inexatos em livro exigido pela lei fiscal, durante
os meses de janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro e
dezembro de 2020.
O débito do ICMS de R$ 11.670,00 corresponde ao total do ano de 2021, sendo apurado em circunstância
única, conforme Auto de Infração e Imposição de Multa, gerando apenas uma certidão de dívida ativa.
Diante da hipótese é correto afirmar que
Alternativas
A há crime tributário, pois a regra da insignificância não alcança os débitos tributários estaduais.
B há crime tributário, pois a reiteração criminosa obsta a aplicação do princípio da insignificância.
C há crime tributário, pois o débito tributário ultrapassa o valor estabelecido como mínimo para execução
fiscal.
D não há crime tributário, pois o débito está abaixo do mínimo para execução fiscal e não há reiteração
criminosa.
E não há crime tributário, pois o débito está abaixo do mínimo para execução fiscal, ainda que haja reiteração
criminosa.

Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-RJ Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RJ - Delegado de
Polícia10
Ao assumir a titularidade da Delegacia de certo município no interior do estado do Rio de Janeiro, o delegado
Tibúrcio percebe a existência de um inquérito policial instaurado para a investigação de crime de sonegação
tributária de imposto municipal. Verifica, ainda, que o valor sonegado é ínfimo, embora haja a incidência de
multa e juros. Assim, o Delegado passa a deliberar sobre a possível incidência do princípio da insignificância.
Nessa situação hipotética, para chegar à conclusão correta, o delegado deverá considerar que, consoante a
jurisprudência do STF e do STJ, o princípio da insignificância

9
GABARITO: D

10
GABARITO: E

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Alternativas
A tem aplicabilidade restrita aos tributos federais, não alcançando os estaduais e municipais, pois não há
regulamentação regional ou local possível sobre seus parâmetros, uma vez que só a União pode legislar sobre
matéria penal.
B é aplicável aos tributos de todos os entes federativos, desde que haja norma estadual ou municipal
estabelecendo os parâmetros de aferição, considerados os juros e a multa.
C é aplicável aos tributos de todos os entes federativos, tendo como parâmetro os limites em que a União não
executa seus créditos fiscais, desconsiderados os juros e a multa.
D é aplicável aos tributos de todos os entes federativos, tendo como parâmetro os limites em que a União não
executa seus créditos fiscais, considerados os juros e a multa
E é aplicável aos tributos de todos os entes federativos, desde que haja norma estadual ou municipal
estabelecendo os parâmetros de aferição, desconsiderados os juros e a multa.

Ano: 2021 Banca: NC-UFPR Órgão: PC-PR Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia11
Diversas são as hipóteses em que o contribuinte possui o dever de prestar declarações às autoridades
fazendárias, sendo que o ato daquele que reduz ou suprime tributo por omitir informação ou prestar
declaração falsa às autoridades fazendárias constitui a conduta típica descrita no art. 1º, I, da Lei nº
8.137/1990, hipótese de crime material contra a ordem tributária. Sobre os crimes materiais contra a ordem
tributária, assinale a alternativa correta.
Alternativas
A A conduta descrita no art. 1º, I, da Lei nº 8.137/1990 depende da constituição definitiva do tributo para a
sua caracterização típica, nos termos da Súmula Vinculante nº 24 do STF.
B De acordo com o STJ, com relação aos crimes materiais contra a ordem tributária, o prazo prescricional
começa a contar da ação ou omissão típica, sendo irrelevante o momento da constituição do tributo.
C O STJ entende que aquele que deixa de fornecer nota fiscal, nos termos do art. 1º, V, da Lei nº 8.137/1990,
na mesma linha da tipificação descrita no art. 1º, I, da Lei 8.137/1990, pratica crime material contra a ordem
tributária, sendo indispensável nessa hipótese a constituição do tributo para a caracterização típica.
D Com base em entendimento consolidado nos tribunais superiores, por incidência do princípio da
insignificância, é formalmente atípica a conduta de quem, por meio de declaração falsa, suprime tributo no
valor de R$ 30.000,00.

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GABARITO: A

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E O STF não admite a aplicação da Súmula Vinculante nº 24 a fatos anteriores à sua edição, por se tratar de
hipótese de retroação de norma mais gravosa ao réu.

Por hoje é só!


Até o próximo card!

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