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Olá galera! Estão prontos para mais um CARD? Dessa vez veremos pontos importantes da matéria
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL. O quadro abaixo serve para guiar vocês em quais são os pontos em comum dos
principais editais de delta que serão abordados.
#ATENÇÃO: pessoal, quando o assunto é legislação penal especial, FOCO MAIOR sempre na LEI SECA e
JURISPRUDÊNCIA CORRELATA ao tema!
#MAPEIA NO VADE
NÃO DEIXE DE LER - LEI Nº 12.850/2013 (LEI DE REPRESSÃO ÀS ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS)
Art. 1º Art. 2º Art. 3º
Art. 3º-A Art. 3º-B Art. 4º
Art. 7º Art. 8º Art. 10
Art. 13 Art. 15 Art. 23
Obs: Pessoal nas #CICLOLEGIS não iremos colocar o gabarito das questões. Isso porque, tais # tem como
objetivo justamente decorar a letra de lei. Sendo assim, ao corrigir a questão vocês precisarão ir a letra de lei
novamente e vão necessitar ler novamente o artigo! Isso com certeza irá facilitar o processo de fixação da letra
de lei!!!!
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Por Bruna Reis
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#CICLOLEGIS #DECORAALETRADALEI
Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da
prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado.
I - às infrações penais previstas em tratado ou convenção internacional quando, iniciada a execução no País, o
resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
II - às organizações terroristas, entendidas como aquelas voltadas para a prática dos atos de terrorismo
legalmente definidos. (Redação dada pela lei nº 13.260, de 2016)
a) pessoalmente
b) pessoalmente ou por interposta pessoa
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais
infrações penais praticadas.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração
penal que envolva organização criminosa.
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§ 2º As penas aumentam-se até a metade se na atuação da organização criminosa houver emprego de arma
de fogo.
§ 3º A pena é agravada para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da organização criminosa, ainda
que não pratique pessoalmente atos de execução.
§ 5º Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização criminosa, poderá o juiz
determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a
medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual.
§ 6º A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo, função,
emprego ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de 8 (oito)
anos subsequentes ao cumprimento da pena.
§ 7º Se houver indícios de participação de policial nos crimes de que trata esta Lei, a Corregedoria de Polícia
instaurará inquérito policial e comunicará ao Ministério Público, que designará membro para acompanhar o
feito até a sua conclusão.
§ 8º As lideranças de organizações criminosas armadas ou que tenham armas à disposição deverão iniciar o
cumprimento da pena em estabelecimentos penais de segurança máxima. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
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§ 9º O condenado expressamente em sentença por integrar organização criminosa ou por crime praticado por
meio de organização criminosa não poderá progredir de regime de cumprimento de pena ou obter livramento
condicional ou outros benefícios prisionais se houver elementos probatórios que indiquem a manutenção do
vínculo associativo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 3º-B. O ________________ da proposta para formalização de acordo de colaboração demarca o início das
negociações e constitui também marco de confidencialidade, configurando violação de sigilo e quebra da
confiança e da boa-fé a divulgação de tais tratativas iniciais ou de documento que as formalize, até o
levantamento de sigilo por decisão judicial. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
a) envio
b) recebimento
a) poderá ser
b) não poderá ser
§ 2º Caso não haja indeferimento sumário, as partes deverão firmar Termo de Confidencialidade para
prosseguimento das tratativas, o que vinculará os órgãos envolvidos na negociação e impedirá o indeferimento
posterior sem justa causa. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 4º O acordo de colaboração premiada poderá ser precedido de instrução, quando houver necessidade de
identificação ou complementação de seu objeto, dos fatos narrados, sua definição jurídica, relevância,
utilidade e interesse público. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
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§ 6º Na hipótese de não ser celebrado o acordo por iniciativa do celebrante, esse não poderá se valer de
nenhuma das informações ou provas apresentadas pelo colaborador, de boa-fé, para qualquer outra
finalidade. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração penal de que trata o art. 1º e se a prova não
puder ser produzida por outros meios disponíveis.
§ 3º A infiltração será autorizada pelo prazo de _________________, sem prejuízo de eventuais renovações,
desde que comprovada sua necessidade.
§ 4º Findo o prazo previsto no § 3º , o relatório circunstanciado será apresentado ao juiz competente, que
imediatamente cientificará o Ministério Público.
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§ 5º No curso do inquérito policial, o delegado de polícia poderá determinar aos seus agentes, e o Ministério
Público poderá requisitar, a qualquer tempo, relatório da atividade de infiltração.
b) Estrutura ordenada que se caracteriza pela divisão de tarefas, ainda que informalmente
c) Finalidade de obtenção de vantagem de qualquer natureza mediante a prática de infrações penais cujas
penas máximas sejam superiores a quatro (quatro) anos, ou de caráter transnacional
TIPO PENAL
Art. 2o Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização
criminosa:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações
penais praticadas.
#ATENÇÃO É crime formal. Se consuma com a reunião dos agentes com o intuito de praticar infrações penais,
sendo desnecessária a prática de crimes por parte dos agentes. A partir disso pode-se inferir importante
diferença entre o simples concurso de pessoas e a organização criminosa. No concurso é necessário que as
infrações as quais se queiram praticar sejam ao menos tentadas (art. 31, CP), já na Organização Criminosa não.
#NÃOCONFUNDA: O critério distintivo essencial entre os tipos de associação criminosa (art. 288 CP) e a
organização criminosa (lei 12.850), não é o número de agentes ou o fato de visar crimes graves, mas sim o fato
de ser organização ESTRUTURALMENTE ORDENADA e contar com a DIVISÃO DE TAREFAS. Sendo assim, é
possível que um grupo que tenha mais de três agentes e tenha por finalidade a prática de crimes com pena
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superior a 4 anos seja tratada como associação criminosa (art. 288 CP), desde que não seja estruturalmente
ordenado e não conte com divisão de tarefas.
#ATENÇÃUDOUTRINA
“A associação criminosa (art. 288 CP) é crime formal, de consumação antecipada ou de resultado cortado:
consuma-se no momento em que se concretiza a convergência de vontades, independentemente da realização
ulterior do fim visado. Em síntese, a consumação se verifica no momento em que três ou mais pessoas se
associam para a prática de crimes, ainda que nenhum delito venha a ser definitivamente praticado. Cuida-se
de crime de perigo abstrato, e com o momento associativo já se apresenta perigo suficientemente grave para
alardear a população e tumultuar a paz no âmbito da coletividade.
A associação criminosa é juridicamente independente dos delitos que venham a ser cometidos pelos agentes
reunidos no agrupamento espúrio, e subsiste autonomamente ainda que os crimes para os quais foi organizada
sequer venham a ser realizados.”
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração
penal que envolva organização criminosa.
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pelo art. 2º, §1º, da Lei nº 12.850/2013 define conduta delituosa que abrange o inquérito policial e a ação
penal. STJ. 5ª Turma. HC 487.962-SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 28/05/2019 (Info 650).
O delito do art. 2º, § 1º, da Lei 12.850/2013 é crime material, inclusive na modalidade embaraçar
Importante!!! A Lei nº 12.850/2013 (Lei de Organização Criminosa), prevê o seguinte delito no § 1º do art. 2º:
Art. 2º (...) Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às
demais infrações penais praticadas. § 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma,
embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa. O crime do art. 2º, § 1º é formal
ou material? Material. O tipo penal possui dois núcleos (verbos): impedir e embaraçar. No que tange ao núcleo
“impedir”, nunca houve dúvida de que se trata de crime material. A dúvida estava no verbo “embaraçar”.
Alguns doutrinadores afirmavam que, neste ponto, o delito seria formal. Não foi esta, contudo, a conclusão do
STJ. Tanto no núcleo impedir como embaraçar, o crime do art. 2º, § 1º da Lei nº 12.850/2013 é material. A
adoção da corrente que classifica o delito como crime material se explica porque o verbo embaraçar atrai um
resultado, ou seja, uma alteração do seu objeto. Na hipótese normativa, o objeto é a investigação, que pode
se dar na fase de inquérito ou na instrução da ação penal. Em outras palavras, haverá embaraço à investigação
se o agente conseguir produzir algum resultado, ainda que seja momentâneo e reversível. STJ. 5ª Turma. REsp
1.817.416-SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 03/08/2021 (Info 703).
§ 5o Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização criminosa, poderá o juiz
determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, SEM PREJUÍZO DA REMUNERAÇÃO,
quando a medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual.
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O art. 2º, § 5º, da Lei de Organização Criminosa (Lei nº 12.850/2013) prevê a reserva de jurisdição para
o afastamento cautelar de servidor público, verificando-se sua necessidade e proporcionalidade no confronto
entre os interesses públicos e os interesses individuais do investigado.
#NÃOCONFUNDA
É inconstitucional a determinação de afastamento automático de servidor público indiciado em inquérito
policial instaurado para apuração de crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores. Com base
nesse entendimento, o STF declarou inconstitucional o art. 17-D da Lei de Lavagem de Dinheiro (Lei nº
9.613/98): Art. 17-D. Em caso de indiciamento de servidor público, este será afastado, sem prejuízo de
remuneração e demais direitos previstos em lei, até que o juiz competente autorize, em decisão
fundamentada, o seu retorno. O afastamento do servidor somente se justifica quando ficar demonstrado nos
autos que existe risco caso ele continue no desempenho de suas funções e que o afastamento é medida eficaz
e proporcional para se tutelar a investigação e a própria Administração Pública. Tais circunstâncias precisam
ser apreciadas pelo Poder Judiciário. STF. Plenário. ADI 4911/DF, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min.
Alexandre de Moraes, julgado em 20/11/2020 (Info 1000).
§ 6o A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo, função,
emprego ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de 8 (oito)
anos subsequentes ao cumprimento da pena.
#ATENÇÃO #PACOTEANTCRIME
§ 8º As lideranças de organizações criminosas armadas ou que tenham armas à disposição deverão iniciar o
cumprimento da pena em estabelecimentos penais de segurança máxima.
§ 9º O CONDENADO expressamente em sentença por integrar organização criminosa ou por crime praticado
por meio de organização criminosa NÃO PODERÁ PROGREDIR DE REGIME de cumprimento de pena OU OBTER
LIVRAMENTO CONDICIONAL ou outros benefícios prisionais SE HOUVER elementos probatórios que indiquem
a MANUTENÇÃO DO VÍNCULO ASSOCIATIVO.
COLABORAÇÃO PREMIADA
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O instituto da colaboração premiada consiste na troca de algum benefício do Estado por informações
prestadas, úteis à elucidação dos delitos e dos autores, à recuperação de produtos do crime ou à localização
da vítima. A colaboração precisa ser voluntária, mas isso não quer dizer que precisa ser espontânea.
NATUREZA JURÍDICA
Meio de obtenção de prova.
REQUISITOS
1) Identificar os demais coautores e partícipes da organização criminosa e as infrações penais por eles
praticadas.
4) Recuperar total ou parcialmente o produto ou o proveito das infrações penais praticadas pela organização
criminosa.
#ATENÇÃO: a lei exige a efetividade da colaboração, consubstanciada na obtenção de PELO MENOS UM dos
resultados acima.
#MAPEIANOVADE
Art. 3º-B. O RECEBIMENTO DA PROPOSTA para formalização de acordo de colaboração demarca o início das
negociações e constitui também MARCO DE CONFIDENCIALIDADE, configurando violação de sigilo e quebra
da confiança e da boa-fé a divulgação de tais tratativas iniciais ou de documento que as formalize, até o
levantamento de sigilo POR DECISÃO JUDICIAL. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º A proposta de acordo de colaboração premiada PODERÁ SER SUMARIAMENTE INDEFERIDA, com a devida
justificativa, cientificando-se o interessado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º Caso não haja indeferimento sumário, as PARTES DEVERÃO FIRMAR TERMO DE CONFIDENCIALIDADE para
prosseguimento das tratativas, o que vinculará os órgãos envolvidos na negociação e impedirá o indeferimento
posterior sem justa causa. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 3º O recebimento de proposta de colaboração para análise ou o Termo de Confidencialidade não implica, por
si só, a suspensão da investigação, ressalvado acordo em contrário quanto à propositura de medidas
processuais penais cautelares e assecuratórias, bem como medidas processuais cíveis admitidas pela legislação
processual civil em vigor. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
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§ 4º O acordo de colaboração premiada PODERÁ ser precedido de instrução, quando houver necessidade de
identificação ou complementação de seu objeto, dos fatos narrados, sua definição jurídica, relevância, utilidade
e interesse público. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 5º Os termos de recebimento de proposta de colaboração e de confidencialidade serão elaborados pelo
celebrante e assinados por ele, pelo colaborador e pelo advogado ou defensor público com poderes
específicos. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 6º Na hipótese de não ser celebrado o acordo por iniciativa do celebrante, esse não poderá se valer de
NENHUMA DAS INFORMAÇÕES ou provas apresentadas pelo colaborador, de boa-fé, para qualquer outra
finalidade. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
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DIREITOS DO COLABORADOR
O art. 5º da Lei 12.850/2013 prevê os seguintes direitos ao colaborador:
I - usufruir das medidas de proteção previstas na legislação específica (Lei nº 9.807/99);
II - ter nome, qualificação, imagem e demais informações pessoais preservados;
III - ser conduzido, em juízo, separadamente dos demais coautores e partícipes;
IV - participar das audiências sem contato visual com os outros acusados;
V - não ter sua identidade revelada pelos meios de comunicação, nem ser fotografado ou filmado, sem sua
prévia autorização por escrito;
* VI - cumprir pena ou prisão cautelar em estabelecimento penal diverso dos demais corréus ou condenados.’
(NR) – redação em conformidade com a Lei nº 13.964/2019.
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VOLUNTARIEDADE acompanhado de seu defensor. O Ministério Público não será intimado e não
DO ACORDO participará desta audiência.
#NÃOESQUECE O juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender aos requisitos legais, mas não
mais poderá adequá-la ao caso concreto (deve enviar às partes para que essas façam as adequações
necessárias).
#ATENÇÃO Retratação da proposta: Mesmo após a proposta ter sido aceita, alguma das partes pode voltar
atrás e se retratar? SIM. Segundo o § 10 do art. 4º, as partes podem retratar-se da proposta, caso em que as
provas autoincriminatórias produzidas pelo colaborador não poderão ser utilizadas exclusivamente em seu
desfavor.
RENÚNCIA AO DIREITO AO SILÊNCIO E COMPROMISSO DE DIZER A VERDADE: Nos depoimentos que prestar,
o colaborador renunciará, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio e estará sujeito ao compromisso
legal de dizer a verdade (§ 14 do art. 4º).
AÇÃO CONTROLADA
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#ATENÇÃO em nenhum momento menciona ser necessária a autorização judicial, a lei menciona ser
NECESSÁRIA A COMUNICAÇÃO à autoridade judiciária competente.
#OLHAOGANCHO Entrega vigiada na Lei de Drogas:
Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além
dos previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público, os seguintes
procedimentos investigatórios:
I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, constituída pelos órgãos especializados
pertinentes;
II - a não-atuação policial sobre os portadores de drogas, seus precursores químicos ou outros produtos
utilizados em sua produção, que se encontrem no território brasileiro, com a finalidade de identificar e
responsabilizar maior número de integrantes de operações de tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação
penal cabível.
Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a autorização será concedida desde que sejam
conhecidos o itinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou de colaboradores.
Assim como na ação controlada, a ação vigiada permite ao agente de segurança que ao perceber o
cometimento do crime de tráfico de drogas, consiga acompanhar os criminosos sem que seja necessária sua
atuação naquele momento através de prisões ou abordagens.
#IMPORTANTE: A entrega vigiada na lei de drogas DEPENDE de AUTORIZAÇÃO JUDICIAL. ENTRETANTO SE O
CRIME DA LEI DE DROGAS FOR COMETIDO NO ÂMBITO DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA NÃO DEPENDERÁ A
AÇÃO CONTROLADA DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL, VEZ QUE SERÁ APLICADA A LEI 12.850, BASTANDO ASSIM
APENAS A PRÉVIA COMUNICAÇÃO A AUTORIDADE JUDICIÁRIA.
INTERCEPTAÇÃO AMBIENTAL
Em qualquer fase do procedimento, a Lei n.º 12.850/13 autoriza a captação de sinais eletromagnéticos,
ópticos ou acústicos. Vale lembrar que o termo “captação” integra o conceito de interceptação. Será utilizado
procedimento previsto na Lei de interceptação telefônica (Lei nº 9.296/96), pois, a Lei n.º 12.850/13 não prevê
o procedimento a ser adotado.
INFILTRAÇÃO DE AGENTES
#MAPEIANOVADE
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Art. 10. A INFILTRAÇÃO DE AGENTES de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de
polícia ou requerida pelo Ministério Público, APÓS MANIFESTAÇÃO TÉCNICA DO DELEGADO de polícia quando
solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização
judicial, que estabelecerá seus limites.
§ 1º Na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz competente, antes de decidir, ouvirá o
Ministério Público.
§ 2º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração penal de que trata o art. 1º e se a prova não
puder ser produzida por outros meios disponíveis.
§ 3º A INFILTRAÇÃO SERÁ AUTORIZADA PELO PRAZO DE ATÉ 6 (SEIS) MESES, sem prejuízo de eventuais
renovações, desde que comprovada sua necessidade.
#ATENÇÃO
Light Cover: É modalidade mais branda de infiltração. Não ultrapassa 06 (seis) meses.
Deep Cover: Trata-se de modalidade de infiltração mais complexa. Ultrapassa 06 (seis) meses de duração.
§ 4º Findo o prazo previsto no § 3º , o relatório circunstanciado será apresentado ao juiz competente, que
imediatamente cientificará o Ministério Público.
§ 5º No curso do inquérito policial, o delegado de polícia poderá determinar aos seus agentes, e o Ministério
Público poderá requisitar, a qualquer tempo, relatório da atividade de infiltração.
INFILTRAÇÃO VIRTUAL DE AGENTES
Art. 10-A. SERÁ ADMITIDA a ação de agentes de polícia INFILTRADOS VIRTUAIS, obedecidos os requisitos
do caput do art. 10, na internet, com o fim de investigar os crimes previstos nesta Lei e a eles conexos,
praticados por organizações criminosas, desde que demonstrada sua necessidade e indicados o alcance das
tarefas dos policiais, os nomes ou apelidos das pessoas investigadas e, quando possível, os dados de conexão
ou cadastrais que permitam a identificação dessas pessoas. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Para efeitos do disposto nesta Lei, consideram-se: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
I - dados de conexão: informações referentes a hora, data, início, término, duração, endereço de Protocolo de
Internet (IP) utilizado e terminal de origem da conexão; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
II - dados cadastrais: informações referentes a nome e endereço de assinante ou de usuário registrado ou
autenticado para a conexão a quem endereço de IP, identificação de usuário ou código de acesso tenha sido
atribuído no momento da conexão. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º Na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz competente, antes de decidir, ouvirá o
Ministério Público. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 3º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração penal de que trata o art. 1º desta Lei e se as
provas não puderem ser produzidas por outros meios disponíveis. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
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§ 4º A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) meses, sem prejuízo de eventuais renovações,
mediante ordem judicial fundamentada e desde que o total não exceda a 720 (setecentos e vinte) dias e seja
comprovada sua necessidade. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 5º Findo o prazo previsto no § 4º deste artigo, o relatório circunstanciado, juntamente com todos os atos
eletrônicos praticados durante a operação, deverão ser registrados, gravados, armazenados e apresentados
ao juiz competente, que imediatamente cientificará o Ministério Público. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
§ 6º No curso do inquérito policial, o delegado de polícia poderá determinar aos seus agentes, e o Ministério
Público e o juiz competente poderão requisitar, a qualquer tempo, relatório da atividade de
infiltração. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 7º É nula a prova obtida sem a observância do disposto neste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
#ATENÇÃO Art. 10-C. NÃO COMETE CRIME o policial que oculta a sua identidade para, por meio da internet,
colher indícios de autoria e materialidade dos crimes previstos no art. 1º desta Lei. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) Parágrafo único. O agente policial infiltrado que deixar de observar a estrita finalidade da
investigação responderá pelos excessos praticados. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
#ATENÇÃODELTA
Art. 15. O DELEGADO DE POLÍCIA e o Ministério Público terão acesso, INDEPENDENTEMENTE DE
AUTORIZAÇÃO JUDICIAL, apenas aos dados cadastrais do investigado que informem exclusivamente a
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qualificação pessoal, a filiação e o endereço mantidos pela Justiça Eleitoral, empresas telefônicas, instituições
financeiras, provedores de internet e administradoras de cartão de crédito.
#JURISEMFRASES
Para que vocês não percam tempo com jurisprudência, separamos aqui algumas frases retiradas de
informativos que vão ajudar você a acertar aquela questão objetiva que você tem certeza de que já leu e não
lembra dos termos!
JURIS EM FRASES
A mera imputação da prática dos crimes previstos na Lei n. 12.850/2013, em
decorrência de operação envolvendo compra ou venda de criptomoedas, por si só,
não justifica a imposição automática da custódia prisional. Processo sob segredo
Info Ed. Esp. 7 - STJ
judicial, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Rel. Acd.
Min. João Otávio de Noronha, Quinta Turma, por maioria, julgado em 21/06/2022,
DJe 29/06/2022. (Info Ed. Esp. 7 - STJ).
O delito do art. 2º, § 1º, da Lei n. 12.850/2013 é crime material, inclusive na
INFO 703 STJ
modalidade embaraçar.
Não há infiltração policial quando agente lotado em agência de inteligência, sob
identidade falsa, apenas representa o ofendido nas negociações da extorsão, sem
INFO 680 STJ se introduzir ou se infiltrar na organização criminosa com o propósito de identificar
e angariar a confiança de seus membros ou obter provas sobre a estrutura e o
funcionamento do bando.
É legal o auxílio da agência de inteligência ao Ministério Público Estadual durante
INFO 680 STJ procedimento criminal instaurado para apurar graves crimes em contexto de
organização criminosa.
A ação controlada prevista no § 1° do art. 8° da Lei n. 12.850/2013 independe de
INFO 680 STJ
autorização, bastando sua comunicação prévia à autoridade judicial.
As inovações do Pacote Anticrime na Lei n. 9.296/1996 não alteraram o
INFO 680 STJ entendimento de que é lícita a prova consistente em gravação ambiental realizada
por um dos interlocutores sem conhecimento do outro.
O tipo penal previsto pelo art. 2º, §1º, da Lei n. 12.850/2013 define conduta
delituosa que abrange o inquérito policial e a ação penal. HC 487.962-SC, Rel. Min.
INFO 650 STJ
Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 28/05/2019, DJe
07/06/2019. (Info 650 - STJ)
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JURIS EM TESES 10) Os benefícios legais decorrentes da colaboração premiada não são aplicáveis no
194 âmbito da ação de improbidade administrativa.
1) As informações do colaborador, embora sejam suficientes para o início da
JURIS EM TESES
investigação preliminar, não constituem motivo idôneo para fundamentar, por si só,
195
o recebimento da peça acusatória.
2) A colaboração premiada não é prova nem indício, é técnica de investigação e meio
JURIS EM TESES
de obtenção de prova, pelo qual o colaborador auxilia os órgãos de investigação e
195
persecução criminal.
3) A partir da vigência da Lei n. 12.850/2013, é possível afastar o sigilo dos acordos
JURIS EM TESES
de delações premiadas após o recebimento da peça acusatória nos processos em
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andamento, por se tratar de norma processual, aplicável de imediato.
4) No âmbito dos tribunais, compete ao relator homologar, monocraticamente,
JURIS EM TESES
acordo de colaboração premiada, em razão do seu poder instrutório, exercendo o
195
controle da regularidade, legalidade e voluntariedade.
5) O fato de corréus colaboradores e delatados serem patrocinados pelo mesmo
JURIS EM TESES escritório de advocacia é insuficiente, por si só, para presumir a existência de conluio
195 entre as defesas apto a justificar a anulação de acordos de colaboração premiada
firmados.
6) Não é cabível pedido de extensão de benefício concedido a corréu que celebra
JURIS EM TESES
acordo de colaboração premiada, pois ausente similitude fático-processual entre as
195
partes.
7) O delatado não possui direito subjetivo de acessar termos, documentos ou
JURIS EM TESES anexos de colaboração premiada de terceiro que não tenham relação específica
195 com o objeto da imputação que lhe recai ou, ainda, que não lhe digam respeito, por
falta de interesse jurídico e ausência de violação ao direito de defesa.
8) Não há ilegalidade na decisão que indefere pedido de acesso a negociações
JURIS EM TESES
preliminares de acordo de colaboração premiada, quando não compõem o pacto e,
195
nessa medida, não constituem meio de prova contra o delatado.
JURIS EM TESES 9) A delação premiada prevista na Lei n. 9.807/1999 - Lei de Proteção a Vítimas,
195 Testemunhas e Réus Colaboradores - não se restringe a nenhum crime específico.
JURIS EM TESES 10) É nula sentença que considera prova advinda de delação premiada não
195 submetida ao contraditório.
22
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#MAPEIA NO VADE
NÃO DEIXE DE LER – LEI Nº 7.492/1986 (CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL).
Art. 6º Art. 16 Art. 19
Art. 22
Obs: Pessoal nas #CICLOLEGIS não iremos colocar o gabarito das questões. Isso porque, tais # tem como
objetivo justamente decorar a letra de lei. Sendo assim, ao corrigir a questão vocês precisarão ir a letra de lei
novamente e vão necessitar ler novamente o artigo! Isso com certeza irá facilitar o processo de fixação da letra
de lei!!!!
#CICLOLEGIS #DECORAALETRADALEI
Art. 1º Considera-se instituição financeira, para efeito desta lei, a pessoa jurídica _____________________,
que tenha como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não, a captação, intermediação ou
aplicação de recursos financeiros (Vetado) de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, ou a custódia,
emissão, distribuição, negociação, intermediação ou administração de valores mobiliários.
a) de direito privado
b) de direito público ou privado
Parágrafo único. Equipara-se à instituição financeira: (Vide Lei nº 14.478, de 2022) Vigência
2
Todos os fragmentos foram retirados do livro: Leis Penais Especiais – Gabriel Habib (2022)
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I - a pessoa jurídica que capte ou administre seguros, câmbio, consórcio, capitalização ou qualquer tipo de
poupança, ou recursos de terceiros;
II - a pessoa natural que exerça quaisquer das atividades referidas neste artigo, ainda que de forma
eventual.
Art. 6º Induzir ou manter em erro, sócio, investidor ou repartição pública competente, relativamente a
operação ou situação financeira, sonegando-lhe informação ou prestando-a falsamente:
Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
Art. 16. Fazer operar, __________________________ obtida mediante declaração (Vetado) falsa, instituição
financeira, inclusive de distribuição de valores mobiliários ou de câmbio:
a) com autorização
b) sem a devida autorização, ou com autorização
Art. 22. Efetuar operação de câmbio ____________, com o fim de promover evasão de divisas do País:
a) não autorizada
b) mesmo autorizada
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#ATENÇÃO Pessoal, esse assunto não tem tanta incidência nos concursos de delta, então veremos alguns
artigos pontuais, com as devidas explicações e logo após, a jurisprudência correlata! #BORA
O critério que o legislador utilizou para a definição de instituição financeira é um critério objetivo, qual
seja: a atividade desenvolvida pela pessoa jurídica. Instituição financeira é a pessoa jurídica, que pode ser de
direito público (Ex: Conselho Monetário Nacional, Banco Centra do Brasil, Banco do Brasil, e demais instituições
financeiras conforme o art. 1º da lei) ou de direito privado (instituições de seguro, previdência privada,
capitalização, fundos de investimento de crédito imobiliário, cooperativas de crédito, de poupança, dentre
outras) que tenha como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não, a captação (reunião de
capitais), a intermediação (transferência dos recursos financeiros captados de uma instituição para outra) ou
a aplicação (investimento) de recursos financeiros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, ou a
custódia (guarda), a emissão (colaboração em circulação), a distribuição (entrega), a negociação
(comercialização), a intermediação (fazer a ponte de contato entre duas partes) ou a administração (gestão)
de valores mobiliários. Em relação aos recursos financeiros, é de notar-se que não está abrangida a pessoa
jurídica que utilize recursos financeiros próprios. No tocante aos valores mobiliários, eles constituem
instrumentos de captação de recursos financeiros, por meio de títulos emitidos por uma sociedade de ações.
Art. 6º Induzir ou manter em erro, sócio, investidor ou repartição pública competente, relativamente a
operação ou situação financeira, sonegando-lhe informação ou prestando-a falsamente:
Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
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CONSUMAÇÃO O delito consuma-se com a prática das condutas de induzir ou manter as vítimas em erro.
Trata-se de crime formal.
CLASSIFICAÇÃO Crime comum; formal; comissivo na conduta induzir e omissivo próprio na conduta
manter; de perigo abstrato; instantâneo na conduta de induzir e permanente na conduta
manter; admite tentativa na conduta induzir por ser comissiva, mas não admite na
conduta manter por configurar crime omissivo próprio.
SUSPENSÃO Incabível, pois a pena mínima cominada ultrapassa 1 ano.
CONDICIONAL
DO PROCESSO
Art. 16. Fazer operar, sem a devida autorização, ou com autorização obtida mediante declaração (Vetado)
falsa, instituição financeira, inclusive de distribuição de valores mobiliários ou de câmbio:
Pena - Reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa. Trata-se de crime comum.
SUJEITO O Estado, e as pessoas eventualmente prejudicadas.
PASSIVO
FAZER OPERAR Significa fazer funcionar. O legislador quis coibir a conduta de fazer funcionar uma
instituição financeira de forma clandestina, impedindo ou dificultando a fiscalização por
parte do Poder Público
SEM A DEVIDA Seja de forma não autorizada, seja com a autorização obtida de forma falsa, o agente faz
AUTORIZAÇÃO operar instituição financeira de forma clandestina. A autorização para fazer operar
OU COM instituição financeira é do Banco Central, nos moldes do art. 10, X, da lei 4.595/1964.
AUTORIZAÇÃO
OBTIDA
MEDIANTE
DECLARAÇÃO
FALSA
NORMA PENAL O presente tipo penal constitui norma penal em branco homogênea heterovitelina, uma
EM BRANCO vez que deve ser complementado pelo art. 10, X, da lei 4.595/1964 .
CONSUMAÇÃO O delito consuma-se com o simples funcionamento da instituição financeira,
independentemente de causar qualquer prejuízo a alguém. Trata-se de crime formal.
CLASSIFICAÇÃO Crime comum; formal; comissivo; de perigo abstrato; instantâneo; admite tentativa.
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Art. 22. Efetuar operação de câmbio não autorizada, com o fim de promover evasão de divisas do País:
Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, a qualquer título, promove, sem autorização legal, a saída de
moeda ou divisa para o exterior, ou nele mantiver depósitos não declarados à repartição federal competente.
#ATENÇÃO
EVASÃO DE DIVISAS
1ª modalidade. Art. 22 Caput. 2ª modalidade. Art. 22 parágrafo 3ª modalidade. Art. 22, parágrafo
único, 1ª parte. único, 2ª parte.
Efetuar operação de câmbio não Promover a saída clandestina de Manter depósitos clandestinos no
autorizada, com o fim de divisas do país. exterior.
promover evasão de divisas do
País.
#ATENÇÃODOUTRINA
crime de evasão de divisas encontra-se tipificado no art. 22 da Lei 7.492/86. Victor Eduardo Rios Gonçalves e
José Paulo Baltazar Junior, na obra Legislação Penal Especial - Esquematizada, tratando do crime em preço, no
que tange a consumação fazem a seguinte consideração: “O crime do caput é formal e se consuma com a
efetivação das operações de câmbio não autorizadas, sendo desnecessária a efetiva saída do numerário do
País, o que se constitui em elemento subjetivo, e não objetivo, do delito (STJ, REsp 85.408, Vidigal, 5ª T., u., DJ
03/11/1998; STJ, CC 40.888, Vaz, 3ª S., u., 09/06/2004; CC 41.051, Vaz, 3ª S., u., 28/04/2004). Caso sobrevenha
a efetiva saída do numerário, após a realização de operação de câmbio fraudulento, prevalecerá o delito do
parágrafo único, restando absorvido o crime do caput. Cuida-se de uma progressão criminosa, em que resta
absorvido o primeiro delito, que é formal, subsistindo o crime material que lhe sucedeu.” Por seu turno, o
Plenário do STF, no julgamento do Ação Penal nº 470/MG, vulgarmente conhecida como "Mensalão", adotou
o mesmo entendimento mencionado na obra descrita, senão vejamos: “(....) A materialização do delito de
evasão de divisas prescinde da saída física de moeda do território nacional. Por conseguinte, mesmo
aceitando-se a alegação de que os depósitos em conta no exterior teriam sido feitos mediante as chamadas
operações “dólar-cabo", aquele que efetua pagamento em reais no Brasil, com o objetivo de disponibilizar,
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através do outro que recebeu tal pagamento, o respectivo montante em moeda estrangeira no exterior,
também incorre no ilícito de evasão de divisas. (...)” (STF. Plenário. AP 470/MG, Rel. Min. Joaquim Barbosa;
Publicado no DJe de 22/04/13). Diante dessas considerações, notadamente o entendimento do STF, a
configuração do crime de evasão de divisas prescinde a saída física de moeda nacional ou estrangeira do
território nacional.
#ATENÇÃO A pessoa que remete ou mantém valores no exterior sem observar as exigências legais, comete
crime? SIM. Essa pessoa, em tese, pratica o crime do art. 22 da Lei nº 7.492/86, em especial nas figuras do
parágrafo único. Além disso, a depender do caso concreto, essa pessoa também poderá ser acusada de
cometer outros delitos em concurso formal ou material com o referido art. 22. Exemplos:
• Falsificação de documento público (art. 297 do CP), particular (art. 298) ou falsidade ideológica (art. 299).
• Uso de documento falso (art. 304 do CP).
• Crimes contra a ordem tributária (Lei nº 8.137/90).
• Lavagem de Dinheiro (Lei nº 9.613/98).
#JURISEMFRASES
Para que vocês não percam tempo com jurisprudência, separamos aqui algumas frases retiradas de
informativos que vão ajudar você a acertar aquela questão objetiva que você tem certeza de que já leu e não
lembra dos termos!
JURIS EM FRASES
Compete à Justiça Federal julgar a conduta de réu que faz oferta pública de contrato
INFO 667 STJ
de investimento coletivo em criptomoedas sem prévia autorização da CVM.
A aplicação financeira realizada por meio da aquisição de cotas de fundo de
INFO 648 STJ investimento no exterior sem que isso seja declarado ao BACEN configura o crime
do art. 22, parágrafo único, parte final, da Lei nº 7.492/86.
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#MAPEIA NO VADE
Lei nº 8.137/1990 - CRIMES CONTRA A ORDEM ECONÔMICA E TRIBUTÁRIA E AS RELAÇÕES DE
CONSUMO
Art. 1º Art. 2º Art. 7º
Art. 11 Art. 12
Obs: Pessoal nas #CICLOLEGIS não iremos colocar o gabarito das questões. Isso porque, tais # tem como
objetivo justamente decorar a letra de lei. Sendo assim, ao corrigir a questão vocês precisarão ir a letra de lei
novamente e vão necessitar ler novamente o artigo! Isso com certeza irá facilitar o processo de fixação da letra
de lei!!!!
#CICLOLEGIS #DECORAALETRADALEI
Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer
acessório, mediante as seguintes condutas: (Vide Lei nº 9.964, de 10.4.2000)
I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;
II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza,
em documento ou livro exigido pela lei fiscal;
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à
operação tributável;
IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato;
V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda
de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação.
Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da autoridade, no _________________, que poderá ser
convertido em horas em razão da maior ou menor complexidade da matéria ou da dificuldade quanto ao
atendimento da exigência, caracteriza a infração prevista no inciso V.
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a) totalmente
b) total ou parcialmente
II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, descontado ou cobrado, na
qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos;
III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário, qualquer percentagem sobre a parcela
dedutível ou deduzida de imposto ou de contribuição como incentivo fiscal;
IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo fiscal ou parcelas de imposto
liberadas por órgão ou entidade de desenvolvimento;
V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito passivo da obrigação
tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda Pública.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
II - vender ou expor à venda mercadoria cuja embalagem, tipo, especificação, peso ou composição esteja em
desacordo com as prescrições legais, ou que não corresponda à respectiva classificação oficial;
III - misturar gêneros e mercadorias de espécies diferentes, para vendê-los ou expô-los à venda como puros;
misturar gêneros e mercadorias de qualidades desiguais para vendê-los ou expô-los à venda por preço
estabelecido para os demais mais alto custo;
IV - fraudar preços por meio de:
a) alteração, sem modificação essencial ou de qualidade, de elementos tais como denominação, sinal externo,
marca, embalagem, especificação técnica, descrição, volume, peso, pintura ou acabamento de bem ou serviço;
b) divisão em partes de bem ou serviço, habitualmente oferecido à venda em conjunto;
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Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II, III e IX pune-se a modalidade culposa, reduzindo-se a pena e a
detenção de ______________________ ou a de multa à quinta parte.
Art. 11. Quem, ____________________, inclusive por meio de pessoa jurídica, concorre para os crimes
definidos nesta lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida de sua culpabilidade.
a) de forma dolosa
b) de qualquer modo
Parágrafo único. Quando a venda ao consumidor for efetuada por sistema de entrega ao consumo ou por
intermédio de outro em que o preço ao consumidor é estabelecido ou sugerido pelo fabricante ou concedente,
o ato por este praticado não alcança o distribuidor ou revendedor.
Art. 12. São circunstâncias que podem agravar de _________________________ as penas previstas nos arts.
1°, 2° e 4° a 7°:
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A lei 8.137/90 trata dos crimes contra ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo. O bem
jurídico protegido é o interesse do Erário, o patrimônio do Estado e a Ordem Econômica. As infrações penais
contidas nessa lei podem são etiquetadas pela criminologia como crimes do colarinho branco.
COMPETÊNCIA
A competência para julgamento dos crimes da Lei 8.137/90 será definida pelo ente tributante. Se o objeto do
crime for tributo federal a competência será da Justiça Federal. E se na mesma conduta forem sonegados
tributos estaduais e federais?
Súmula 122 – STJ: Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de
competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II, “a”, do Código de Processo Penal.
#MAPEIANOVADE
Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer
acessório, mediante as seguintes condutas: (Vide Lei nº 9.964, de 10.4.2000)
I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;
II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza,
em documento ou livro exigido pela lei fiscal;
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à
operação tributável;
IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato;
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Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da autoridade, no prazo de 10 (dez) dias, que poderá ser
convertido em horas em razão da maior ou menor complexidade da matéria ou da dificuldade quanto ao
atendimento da exigência, caracteriza a infração prevista no inciso V.
#ATENÇÃO: Em que consiste o crime do § único do art. 1º: Ocorre quando a autoridade fazendária, no exercício
da fiscalização tributária, dá uma ordem à pessoa exigindo alguma providência e esta se recusa a cumpri-la.
Esse parágrafo único é como se fosse um crime de desobediência específico para ordens da autoridade
fazendária no exercício da fiscalização.
No art. 2º encontram-se previstos os CRIMES FORMAIS contra a ordem tributária. Nestes basta que ocorra a
fraude:
#MAPEIANOVADE
Art. 2° Constitui crime da mesma natureza: (Vide Lei nº 9.964, de 10.4.2000)
I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para
eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributo;
II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, descontado ou cobrado, na
qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos;
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#NÃOCONFUNDA Apropriação indébita: O art. 2º, II, da Lei 8.137/90 é uma forma especial de apropriação
indébita. É muito semelhante também com o delito de apropriação indébita previdenciária (art. 168-A do
CP), sendo a principal diferença a seguinte:
Art. 168-A do CP Art. 2º, II, da Lei nº 8.137/90
O agente deixa de repassar contribuições O agente deixa de repassar quaisquer outros tributos (que
previdenciárias recolhidas dos não contribuições previdenciárias) recolhidas dos
contribuintes. contribuintes.
III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário, qualquer percentagem sobre a parcela
dedutível ou deduzida de imposto ou de contribuição como incentivo fiscal;
IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo fiscal ou parcelas de imposto liberadas
por órgão ou entidade de desenvolvimento;
V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito passivo da obrigação
tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda Pública.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
- Art. 2º, I: O prazo prescricional tem início na data em que a fraude é praticada (e não a data em que ela é
descoberta). Trata-se de crime formal.
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verificado não ultrapassar o limite de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), a teor do disposto no art. 20 da Lei n.
10.522/2002, com as atualizações efetivadas pelas Portarias n. 75 e 130, ambas do Ministério da Fazenda.
STJ. 3ª Seção. REsp 1.709.029/MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 28/02/2018 (recurso repetitivo).
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#ATENÇÃO art. 12 da Lei 8.137/90, informa que as penas poderão ser agravadas nas situações previstas nos
arts. 1º, 2º e 4º a 7º, não prevendo, portanto, os crimes funcionais, os quais estão dispostos no art. 3º da
referida lei. Logo, constituiria bis in idem tratar como causa de aumento de pena o crime ter sido cometido por
servidor público no exercício de suas funções, uma vez que a condição de servidor já é elementar do próprio
tipo.
#OBS O abuso do poder econômico é crime material, uma vez que sua consumação ocorre com o resultado
da dominação do mercado ou eliminação da concorrência (Fundamento: art. 4º, I, Lei 8.137/90); e o crime de
formação de cartel é crime formal, sendo sua consumação efetivada na realização da conduta de formar
acordo/convênio/ajuste/aliança (Fundamento: art. 4º, II, Lei 8.137/90).
PAGAMENTO DO DÉBITO
O STJ passou a entender que o pagamento integral do débito, nos crimes contra a ordem tributária,
extingue a punibilidade mesmo que efetuado após o trânsito em julgado. O pagamento do débito tributário,
a qualquer tempo, até mesmo após o advento do trânsito em julgado da sentença penal condenatória, é causa
de extinção da punibilidade do acusado, nos termos do art. 9º, § 2º, da Lei nº 10.684/2003. STJ. 5ª Turma. HC
362.478-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 14/9/2017 (Info 611). STF. 2ª Turma. RHC 128245, Rel. Min. Dias
Toffoli, julgado em 23/08/2016.
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Atenção: Não confundir as hipóteses de parcelamento com pagamento integral. O parcelamento só pode ser
feito até o recebimento da denúncia.
#JURISEMTESES
JURISPRUDÊNCIA EM TESES
ED. 90. 1) O expressivo valor do tributo sonegado pode ser considerado fundamento idôneo para amparar a
majoração da pena prevista no inciso I do art.12 da Lei n. 8.137/90.
ED. 90. 5) A constituição regular e definitiva do crédito tributário é suficiente à tipificação das condutas
previstas no art. 1º, I a IV, da Lei n. 8.137/90, conforme a súmula vinculante n. 24/STF.
ED. 90. 8) O prazo prescricional, para os crimes previstos no art. 1º, I a IV, da Lei n. 8.137/90, inicia-se com a
constituição definitiva do crédito tributário.
ED. 90. 10) O delito do art. 1º, inciso V, da Lei n. 8.137/90 é formal e prescinde do processo administrativo-
fiscal para o desencadeamento da persecução penal, não se sujeitando aos termos da súmula vinculante n. 24
do STF.
ED. 99. 1) Compete à justiça estadual processar e julgar os crimes contra a ordem econômica previstos na Lei
n. 8.137/1990, salvo se praticados em detrimento do art. 109, IV e VI, da Constituição Federal de 1988.
ED. 99. 2) Aplica-se o princípio da consunção ou da absorção quando o delito de falso ou de estelionato (crime-
meio) é praticado única e exclusivamente com a finalidade de sonegar tributo (crime-fim).
ED. 99. 6) O pagamento integral do débito tributário, A QUALQUER TEMPO, é causa extintiva de punibilidade,
nos termos do art. 9º, § 2º, da Lei n. 10.684/2003.
ED. 174. 1) A garantia aceita na execução fiscal não possui a natureza jurídica de pagamento do tributo e,
portanto, não fulmina a justa causa para a persecução penal dos crimes previstos na Lei nº 8.137/90, pois não
configura hipótese taxativa de extinção da punibilidade ou de suspensão do processo penal. Para que o
executado apresente embargos à execução fiscal, é necessária a garantia do juízo? É necessário que o
executado ofereça garantia para que possa apresentar embargos à execução fiscal? SIM. A Lei nº 6.830/80
prevê, expressamente, que, na execução fiscal, para que o devedor possa se defender por meio de embargos,
é indispensável a garantia da execução
ED. 174. 2) A existência de recurso administrativo para impugnar auto de infração que noticia emissão de notas
fiscais em desacordo com a legislação não obsta o prosseguimento de inquérito policial que investiga a prática
de suposto crime descrito no inciso V do art. 1º da Lei nº 8.137/90 (crime formal), em virtude da independência
das instâncias.
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ED. 174. 4) Para a configuração do crime de apropriação indébita tributária (art. 2º, II, da Lei nº 8.137/90),
basta que o agente deixe de recolher os valores devidos ao fisco de forma consciente (dolo genérico), não
sendo necessária a comprovação da intenção de causar prejuízo aos cofres públicos (dolo específico).
ED. 174. 5) A conduta de não recolher imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços - ICMS
em operações próprias ou em substituição tributária enquadra-se formalmente no tipo previsto no art. 2º, II,
da Lei n. 8.137/1990 (apropriação indébita tributária), desde que comprovado o dolo de apropriação e a
contumácia delitiva.
ED. 174. 8) A tipificação do crime de formação de cartel previsto no art. 4º, II, da Lei nº 8.137/90 exige a
demonstração de que as empresas, por meio de acordos, ajustes ou alianças, objetivam o domínio do mercado.
ED. 174. 10) Não se estende aos demais entes federados (Estados, Municípios e Distrito Federal) o princípio da
insignificância no patamar estabelecido pela União na Lei nº 10.522/2002 previsto para crimes tributários
federais, o que somente ocorreria na existência de legislação local específica sobre o tema.
ED. 176 1)É cabível, no crime previsto no art. 1º, I, da Lei nº 8.137/90, a criminalização da conduta do sócio-
gerente que deixou o quadro societário da empresa antes do lançamento definitivo do crédito tributário, mas
que efetivamente praticou o fato típico antes da sua saída.
ED. 176. 3)Nos crimes societários cometidos no âmbito de aplicação da Lei nº 8.137/90, admite-se a denúncia
geral, a qual, apesar de não individualizar pormenorizadamente as atuações de cada um dos denunciados,
demonstra, ainda que de maneira sutil, um liame entre o agir dos sócios ou administradores e a suposta prática
delituosa, o que estabelece a plausibilidade da imputação deduzida e permite o exercício da ampla defesa com
todos os recursos a ela inerentes.
ED. 176. 5)O envio dos dados sigilosos pela Receita Federal à Polícia ou ao Ministério Público, após o
esgotamento da via administrativa, com a constituição definitiva de crédito tributário, decorre de mera
obrigação legal de se comunicar às autoridades competentes a possível prática de ilícito, o que não representa
ofensa ao princípio da reserva de jurisdição.
#JURISEMFRASES
Para que vocês não percam tempo com jurisprudência, separamos aqui algumas frases retiradas de
informativos que vão ajudar você a acertar aquela questão objetiva que você tem certeza de que já leu e não
lembra dos termos!
JURIS EM FRASES
O dolo de não recolher o tributo, de maneira genérica, não é suficiente para
INFO 753 STJ
preencher o tipo subjetivo do crime de sonegação fiscal (art. 2º, II, da Lei n.
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680.456.466-91
8.137/1990). HC 569.856-SC, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por
unanimidade, julgado em 11/10/2022, DJe 14/10/2022. (Info 753 - STJ).
Para fins do disposto no art. 2º, II, da Lei n. 8.137/1990, a menção a inúmeros
inadimplementos (inscritos em dívida ativa) gera a presunção relativa da ausência
INFO 742 STJ de tentativa de regularização. AgRg no HC 728.271-SC, Rel. Min. Antonio Saldanha
Palheiro, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 21/06/2022, DJe 24/06/2022.
(Info 742 - STJ)
Para a configuração do delito previsto no art. 2º, II, da Lei n. 8.137/1990, deve ser
comprovado o dolo específico. HC 675.289-SC, Rel. Min. Olindo Menezes
INFO 718 STJ
(Desembargador Convocado do TRF 1ª Região), Sexta Turma, por unanimidade,
julgado em 16/11/2021. (Info 718 - STJ)
O momento consumativo do crime de formação de cartel deve ser analisado
INFO 718 STJ conforme o caso concreto, sendo errônea a sua classificação como eventualmente
permanente.
A majorante de grave dano à coletividade, tratando-se de tributos estaduais ou
INFO 668 STJ municipais, é objetivamente aferível pela admissão na Fazenda local de crédito
prioritário ou destacado (como grande devedor).
O contribuinte que, de forma contumaz e com dolo de apropriação, deixa de
recolher o ICMS cobrado do adquirente da mercadoria ou serviço, incide no tipo
INFO 964 STF penal do art. 2º, II, da Lei 8.137/90 (apropriação indébita tributária). RHC
163334/SC, rel. Min. Roberto Barroso, julgamento em 18.12.2019. (RHC-163334)
(Info 964 - STF)
A aplicação financeira não declarada à repartição federal competente no exterior se
subsume ao tipo penal previsto na parte final do parágrafo único do art. 22 da Lei n.
INFO 648 STJ
7.492/1986. AREsp 774.523-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, por
unanimidade, julgado em 07/05/2019, DJe 13/05/2019. (Info 648 - STJ).
Para o início da ação penal, basta a prova da constituição definitiva do crédito
INFO 627 STJ tributário (Súmula Vinculante 24), sendo desnecessária a juntada integral do
Procedimento Administrativo Fiscal correspondente.
#VAMOSTREINAR?
#JÁCAIU #SAINDODOFORNO
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Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-GO Prova: INSTITUTO AOCP - 2022 - PC-GO - Delegado de
Polícia Substituto3
Com base na Lei nº 12.850/2013 (Lei das Organizações Criminosas), analise as assertivas e assinale a alternativa
que aponta a(s) correta(s).
I. Poderá ser dispensada licitação para contratação de serviços técnicos especializados para rastreamento e
obtenção de provas de interceptação de comunicações telefônicas, nos termos da legislação específica, desde
que haja necessidade justificada de manter sigilo sobre a capacidade investigatória.
II. Inobstante o pedido de infiltração ser regularmente distribuído ao juízo competente, são dispensadas
informações que possam indicar a operação a ser efetivada ou identificar o agente que será infiltrado.
III. Havendo necessidade justificada de manter sigilo sobre a capacidade investigatória, poderá ser dispensada
licitação para aquisição de equipamentos destinados à infiltração, por policiais, em atividade de investigação.
IV. Será admitida a ação de agentes de polícia infiltrados virtuais, na internet, com o fim de investigar os crimes
previstos na Lei das Organizações Criminosas e a eles conexos, praticados por organizações criminosas, desde
que demonstrada sua necessidade e indicados o alcance das tarefas dos policiais, os nomes ou apelidos das
pessoas investigadas e, quando possível, os dados de conexão ou cadastrais que permitam a identificação
dessas pessoas.
Alternativas
A Apenas I e III.
B Apenas I e IV.
C Apenas I, III e IV.
D Apenas IV.
E Apenas II, III e IV.
Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-GO Prova: INSTITUTO AOCP - 2022 - PC-GO - Delegado de
Polícia Substituto4
Um grupo composto por dezoito indivíduos atuava visando ao roubo de agências bancárias, em Municípios de
até 20.000 habitantes, no Estado X. Nas últimas atuações, o grupo, além de explodir as 3 agências bancárias
da cidade, manteve 25 pessoas como reféns, resultando em duas mortes. A atuação do grupo ocasionou
grande temor e repercussão na mídia. Em decorrência de uma operação, um integrante da organização foi
3
GABARITO: B
4
GABARITO: C
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detido. Visando conseguir benefícios, o integrante detido propõe a realização de colaboração premiada. A
respeito desse instituto, é correto afirmar que
Alternativas
A a proposta de acordo de colaboração premiada deverá ser sumariamente indeferida, pois o crime narrado
não está dentre as hipóteses permitidas.
B o acordo de colaboração firmado deverá conter expressamente previsão de renúncia ao direito de impugnar
a decisão judicial que homologar o acordo.
C inobstante a colaboração acarrete a revelação da estrutura hierárquica e a divisão de tarefas da organização
criminosa ou a identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e das infrações penais
por eles praticadas, a concessão de benefício levará em conta a repercussão social do fato criminoso, dentre
outras questões.
D caso a colaboração efetiva e voluntária resulte na identificação dos demais coautores e partícipes da
organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas, o colaborador terá direito à redução, em até
2/5 (dois quintos), da pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos.
E o juiz participará das negociações realizadas entre as partes para a formalização do acordo de colaboração,
que ocorrerá entre o delegado de polícia, o investigado e o defensor.
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: PC-RR Prova: VUNESP - 2022 - PC-RR - Delegado de Polícia Civil5
De acordo com o artigo 10 da Lei nº 12.850/2013 – Organização Criminosa: “A _______ em tarefas de
investigação, representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação
técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso de ________, será precedida de circunstanciada,
motivada e sigilosa ________, que estabelecerá seus limites”.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas.
Alternativas
A colaboração premiada … inquérito policial … autorização judicial.
B infiltração de agentes de polícia … processo penal … análise investigatória.
C ação controlada … sindicância … representação ministerial.
D infiltração de agentes de polícia … inquérito policial … autorização judicial.
E colaboração premiada … processo penal … representação ministerial.
5
GABARITO: D
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Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - Polícia Federal
- Delegado de Polícia Federal6
Com base na Lei n.º 7.492/1986, que diz respeito aos crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, e na Lei n.º
8.137/1990, que se refere aos crimes contra a ordem econômica, tributária e as relações de consumo, julgue
o item que se segue.
A jurisprudência dos tribunais superiores não admite mitigação da Súmula Vinculante n.º 24 do STF.
Alternativas
Certo
Errado
Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - Polícia Federal
- Delegado de Polícia Federal7
Com base na Lei n.º 7.492/1986, que diz respeito aos crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, e na Lei n.º
8.137/1990, que se refere aos crimes contra a ordem econômica, tributária e as relações de consumo, julgue
o item que se segue.
A gestão fraudulenta e a gestão temerária de instituição financeira são crimes afiançáveis.
Alternativas
Certo
Errado
Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - Polícia Federal
- Delegado de Polícia Federal8
Com base na Lei n.º 7.492/1986, que diz respeito aos crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, e na Lei n.º
8.137/1990, que se refere aos crimes contra a ordem econômica, tributária e as relações de consumo, julgue
o item que se segue.
Todos os crimes cometidos contra o sistema financeiro nacional que estiverem previstos na Lei n.º 7.492/1986
são de competência da justiça federal.
Alternativas
Certo
6
GABARITO: ERRADO
7
GABARITO: CERTO
8
GABARITO: CERTO
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Errado
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: PC-AM Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 019
Durante a investigação das atividades desenvolvidas por determinado grupo na gestão de uma pessoa jurídica,
Frigga foi identificada por ter realizado a supressão de tributo estadual, qual seja, o Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços, no valor de R$ 11.670,00, incidindo na regra do Art. 1º, inciso II, c/c. o Art. 11,
ambos da Lei nº 8.137/90. Para tanto, Frigga inseriu elementos inexatos em livro exigido pela lei fiscal, durante
os meses de janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro e
dezembro de 2020.
O débito do ICMS de R$ 11.670,00 corresponde ao total do ano de 2021, sendo apurado em circunstância
única, conforme Auto de Infração e Imposição de Multa, gerando apenas uma certidão de dívida ativa.
Diante da hipótese é correto afirmar que
Alternativas
A há crime tributário, pois a regra da insignificância não alcança os débitos tributários estaduais.
B há crime tributário, pois a reiteração criminosa obsta a aplicação do princípio da insignificância.
C há crime tributário, pois o débito tributário ultrapassa o valor estabelecido como mínimo para execução
fiscal.
D não há crime tributário, pois o débito está abaixo do mínimo para execução fiscal e não há reiteração
criminosa.
E não há crime tributário, pois o débito está abaixo do mínimo para execução fiscal, ainda que haja reiteração
criminosa.
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-RJ Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RJ - Delegado de
Polícia10
Ao assumir a titularidade da Delegacia de certo município no interior do estado do Rio de Janeiro, o delegado
Tibúrcio percebe a existência de um inquérito policial instaurado para a investigação de crime de sonegação
tributária de imposto municipal. Verifica, ainda, que o valor sonegado é ínfimo, embora haja a incidência de
multa e juros. Assim, o Delegado passa a deliberar sobre a possível incidência do princípio da insignificância.
Nessa situação hipotética, para chegar à conclusão correta, o delegado deverá considerar que, consoante a
jurisprudência do STF e do STJ, o princípio da insignificância
9
GABARITO: D
10
GABARITO: E
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Alternativas
A tem aplicabilidade restrita aos tributos federais, não alcançando os estaduais e municipais, pois não há
regulamentação regional ou local possível sobre seus parâmetros, uma vez que só a União pode legislar sobre
matéria penal.
B é aplicável aos tributos de todos os entes federativos, desde que haja norma estadual ou municipal
estabelecendo os parâmetros de aferição, considerados os juros e a multa.
C é aplicável aos tributos de todos os entes federativos, tendo como parâmetro os limites em que a União não
executa seus créditos fiscais, desconsiderados os juros e a multa.
D é aplicável aos tributos de todos os entes federativos, tendo como parâmetro os limites em que a União não
executa seus créditos fiscais, considerados os juros e a multa
E é aplicável aos tributos de todos os entes federativos, desde que haja norma estadual ou municipal
estabelecendo os parâmetros de aferição, desconsiderados os juros e a multa.
Ano: 2021 Banca: NC-UFPR Órgão: PC-PR Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia11
Diversas são as hipóteses em que o contribuinte possui o dever de prestar declarações às autoridades
fazendárias, sendo que o ato daquele que reduz ou suprime tributo por omitir informação ou prestar
declaração falsa às autoridades fazendárias constitui a conduta típica descrita no art. 1º, I, da Lei nº
8.137/1990, hipótese de crime material contra a ordem tributária. Sobre os crimes materiais contra a ordem
tributária, assinale a alternativa correta.
Alternativas
A A conduta descrita no art. 1º, I, da Lei nº 8.137/1990 depende da constituição definitiva do tributo para a
sua caracterização típica, nos termos da Súmula Vinculante nº 24 do STF.
B De acordo com o STJ, com relação aos crimes materiais contra a ordem tributária, o prazo prescricional
começa a contar da ação ou omissão típica, sendo irrelevante o momento da constituição do tributo.
C O STJ entende que aquele que deixa de fornecer nota fiscal, nos termos do art. 1º, V, da Lei nº 8.137/1990,
na mesma linha da tipificação descrita no art. 1º, I, da Lei 8.137/1990, pratica crime material contra a ordem
tributária, sendo indispensável nessa hipótese a constituição do tributo para a caracterização típica.
D Com base em entendimento consolidado nos tribunais superiores, por incidência do princípio da
insignificância, é formalmente atípica a conduta de quem, por meio de declaração falsa, suprime tributo no
valor de R$ 30.000,00.
11
GABARITO: A
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E O STF não admite a aplicação da Súmula Vinculante nº 24 a fatos anteriores à sua edição, por se tratar de
hipótese de retroação de norma mais gravosa ao réu.
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