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LEI N. 12.

850/2013
Lei do Crime Organizado – Lei n. 12.850/2013 IV
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

LEI DO CRIME ORGANIZADO – LEI N. 12.850/2013 IV

EXERCÍCIOS

2. (FCC/DPE–SP/DEFENSOR PÚBLICO/2015) A colaboração premiada, pre-


vista na Lei n° 12.850/2013,
a. autoriza que o juiz profira sentença condenatória apenas com base nas
declarações do agente colaborador.
b. prevê que, para fazer jus aos benefícios da lei, seja indispensável que o
colaborador tenha revelado a estrutura hierárquica e a divisão de tarefas
da organização criminosa.
c. é um meio de obtenção de prova permitido, apenas, na primeira fase da
persecução penal.
d. prevê restrições ao direito ao silêncio.
e. prevê que o juiz participe de todas as negociações realizadas pelas partes
para a formalização do acordo de colaboração.

Comentário
a. É vedado ao juiz proferir sentença condenatória baseando-se apenas em
declarações do colaborador (art. 4º, § 16, da Lei do Crime Organizado).
b. Ser indispensável é um dos resultados necessários para merecer os
benefícios.
c. A colaboração premiada é permitida em qualquer fase da persecução, po-
dendo ser durante a investigação criminal ou durante a ação penal.
d. O art. 4º, § 14, dispõe que a pessoa renunciará ao seu direito de permane-
cer em silêncio para receber o benefício da colaboração premiada.
e. O juiz não participará das negociações; quem participa é o delegado ou
o promotor.
ANOTAÇÕES

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 Obs.: é importante saber que nenhum tipo de autoincriminação poderá ser


levada em consideração contra o colaborador quando houver o desfazi-
mento do acordo de colaboração premiada.

3. (VUNESP/POLÍCIA CIVIL–CE/DELEGADO DE POLÍCIA/2015) Sobre a Lei


de Organizações Criminosas, Lei no 12.850/2013, é correto afirmar que
a. alterou (aumentando para 2 a 4 anos e multa) as penas previstas para o
delito do artigo 342 do Código Penal (Crime de falso testemunho).
b. pode ter por objeto a investigação de qualquer crime, desde que apenado
com reclusão.
c. define organização criminosa como sendo, dentre outros, uma associação
de no mínimo cinco agentes.
d. o acordo de colaboração realizado entre o delegado de polícia, o investi-
gado e o defensor somente será válido se formalizado na presença de um
juiz, que em seguida o homologará.
e. autoriza a infiltração, por policias, em atividade de investigação, indepen-
dentemente da existência de investigação formal iniciada, exatamente
para preservar o sigilo das investigações.

Comentário
b. Nos termos do art. 1º, § 1º, deve ser infração penal punida com pena má-
xima superior a 4 anos ou que seja transnacional.
c. No caput do art. 1º, § 1º, é definido que devem ser 4 ou mais pessoas reu-
nidas para prática de infrações penais.
d. O juiz não participa do acordo a ser feito, ele apenas o homologa poste-
riormente.
e. A investigação formal deverá ser iniciada no curso do inquérito ou da
ação penal.
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4. (VUNESP/IPSMI/PROCURADOR/2016) A respeito da Lei no 12.850/13 (Lei


de Organização Criminosa), assinale a alternativa correta.
a. Quem impede ou embaraça a investigação de infração que envolve orga-
nização criminosa está sujeito a punição idêntica à de quem integra orga-
nização criminosa.
b. Havendo indício de que o funcionário público integra organização crimino-
sa, o Juiz poderá determinar o afastamento cautelar do cargo, com sus-
pensão da remuneração.
c. Quem exerce o comando da organização criminosa, ainda que não prati-
que pessoalmente nenhum ato de execução, está sujeito a punição idênti-
ca à de quem apenas integra organização criminosa.
d. A infiltração policial, a ação controlada e a captação ambiental são meios
de prova permitidos apenas na fase investigativa.
e. A colaboração premiada é admitida apenas até a sentença.

Comentário
b. Ocorrerá sem o prejuízo da remuneração. Observar o art. 2º, § 5º.
c. Aquele que exerce o comando terá a pena agravada pelo fato de comandar
a organização criminosa.
d. Os meios de prova são permitidos em qualquer fase da persecução criminal.
e. Também é admitida após a sentença. A única diferença é que após a senten-
ça não há a possibilidade de perdão judicial.

5. (FCC/TJ-PE/JUIZ DE DIREITO/2015) Em relação à Lei n. 12.850/2013 – Lei


das Organizações Criminosas,
a. a concessão do benefício da colaboração premiada levará em conta a na-
tureza, as circunstâncias, a gravidade e a repercussão social do fato crimi-
noso, a eficácia da colaboração, mas não a personalidade do colaborador.
b. beneficiado por perdão judicial ou não denunciado, o colaborador não po-
derá mais ser ouvido em juízo.
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Comentário
a. Uma das situações consideradas pela lei é a personalidade do autor.
b. Nos termos do art. 4º, § 12, o colaborador poderá ser ouvido a qualquer
momento, ainda que já tenha sido beneficiado pelo perdão judicial ou que
não tenha sido denunciado pelo Ministério Público,

6. (FGV/TJ–PI/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015) NÃO corresponde a um dos


meios de obtenção de prova previstos na Lei nº 12.850/2013:
a. afastamento do sigilo fiscal;
b. interceptação de comunicações telemáticas;
c. afastamento do sigilo financeiro;
d. acesso a registros de ligações telefônicas;
e. entrega vigiada.

Comentário
a. Há afastamento do sigilo fiscal como um dos meios de obtenção da prova.
b. Entrega vigiada é também chamada de ação controlada e é prevista, mas
é uma forma de atuação para o melhor momento da produção da prova.

7. (FUNCAB/PC-PA/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL/2016) Acerca da Lei n°


12.850, de 2013 que versa sobre organização criminosa, é correto afirmar que:
a. na colaboração premiada, o colaborador, nos depoimentos que prestar,
não estará sujeito à renúncia ao direito de permanecer em silêncio mas
estará sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade.
b. considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais
pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas,
ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente,
vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais
cujas penas máximas sejam inferiores a 4 (quatro) anos, e que sejam de
caráter transnacional.
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c. se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra orga-


nização criminosa, poderá o juiz determinar seu afastamento cautelar do
cargo, emprego ou função, com prejuízo da remuneração, quando a medi-
da se fizer necessária à investigação ou instrução processual.
d. o juiz participará das negociações realizadas entre as partes para a forma-
lização do acordo de colaboração, que ocorrerá entre o delegado de polí-
cia, o investigado e o defensor, com a manifestação do Ministério Público,
ou, conforme o caso, entre o Ministério Público e o investigado ou acusado
e seu defensor.
e. o juiz poderá, a requerimentos das partes, conceder o perdão judicial, re-
duzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la
por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e volunta-
riamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa
colaboração advenha um ou mais dos seguintes resultados: a identificação
dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e das infra-
ções penais por eles praticadas; a revelação da estrutura hierárquica e da
divisão de tarefas da organização criminosa; a prevenção de infrações pe-
nais decorrentes das atividades da organização criminosa; a recuperação
total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas
pela organização criminosa; a localização de eventual vítima com a sua
integridade física preservada.

Comentário
a. O colaborador estará sujeito à renúncia, nos termos do art. 4º.
b. As penas máximas que são superiores a 4 anos ou que sejam de caráter
transnacional.
c. Não há prejuízo na remuneração, nos termos do art. 2º, § 5º, da Lei que
trata sobre as organizações criminosas.
d. O juiz não participa das negociações.
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8. (VUNESP/TJ-RJ/JUIZ DE DIREITO/2016) No que diz respeito aos crimes


previstos na Lei que Define Organização Criminosa (Lei n° 12.850/13), é
correto afirmar que
a. os funcionários de empresas telefônicas e provedores de internet que des-
cumprirem requisição do delegado de polícia, expedida durante o curso
de investigação criminal e independentemente de autorização judicial, por
meio da qual são solicitados dados cadastrais do investigado relativos ex-
clusivamente à sua qualificação pessoal, filiação e endereço cometerão
crime de recusa de dados, previsto na Lei n° 12.850/13.
b. a condenação com trânsito em julgado de funcionário público por integrar
organização criminosa acarretará sua perda do cargo, função, emprego
ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo pú-
blico pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao trânsito em julgado da
condenação.
c. não poderá ser concedido perdão judicial ao colaborador cuja colaboração
resultar na recuperação parcial do produto ou do proveito das infrações pe-
nais praticadas pela organização criminosa mas sem que ele tenha revela-
do a estrutura hierárquica e a divisão de tarefas da organização criminosa.
d. o concurso de funcionário público, valendo-se a organização criminosa des-
sa condição para a prática de infração penal, é circunstância qualificadora
do crime de promover, constituir, financiar ou integrar organização criminosa.
e. aquele que impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de
infração penal que envolva organização criminosa terá, além da pena rela-
tiva ao crime de promover organização criminosa, uma causa de aumento
de pena.

Comentário
b. O prazo será de 8 anos subsequentes ao cumprimento da pena.
c. Quando se trata da questão do benefício, fica a critério do juiz. Mesmo que
sujeito não tenha revelado toda estrutura, por não conhecer a hierarquia, a
depender do caso concreto, o juiz poderá conceder o perdão judicial.
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d. A Lei da Organização Criminosa não dispõe de nenhuma qualificadora,


dispõe apenas de causas de aumento de penas.
e. Quem tem causa de aumento de pena é aquele que integra, é funcionário
público e utiliza tal função.

GABARITO

2. d
3. a
4. a
5. E, E
6. e
7. e
8. a

Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pela professora Deusdedy de Oliveira Solano.

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