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LEI N. 12.

850/2013
Lei do Crime Organizado – Lei n. 12.850/2013 V
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LEI DO CRIME ORGANIZADO – LEI N. 12.850/2013 V

9. (MPDFT/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2015) Examine os itens a seguir, de


acordo com o previsto na Lei das Organizações Criminosas (Lei 12.850/13) e
indique o item INCORRETO:
a. Associação criminosa é caracterizada pela reunião de 3 (três) ou mais pes-
soas para o fim específico de cometer crimes (art. 288, CP).
b. Havendo indícios de participação de policial em organização criminosa, a
Corregedoria de Polícia instaurará inquérito policial e comunicará ao Ministério
Público, que designará membro para acompanhar o feito até sua conclusão.
c. Na hipótese do item anterior, o juiz poderá determinar, quando necessário,
o afastamento cautelar do cargo de policial, antes mesmo do oferecimento
da denúncia.
d. No caso de ocorrência de colaboração premiada posterior à sentença
condenatória, o colaborador poderá ter sua pena reduzida até a metade
ou será admitida a progressão de regime, desde que presentes os requi-
sitos objetivos.
e. O líder da organização criminosa não poderá ser beneficiado pelo não
oferecimento da denúncia, na hipótese de colaboração premiada, mas
pode receber o perdão judicial, a redução de até 2/3 da pena privativa de
liberdade ou a substituição por pena restritiva de direitos.

Comentário
a. O art. 24, Lei n. 12.850/2013, definiu o que é associação criminosa no
Código Penal, conceito que não se confunde com o crime de organização
criminosa.
b. Trata-se de um controle interno da polícia mas, ainda assim, há partici-
pação do Ministério Público, conforme definido na Lei das Organizações
Criminosas.
c. Qualquer funcionário público pode ser afastado, nos termos do art. 2º, § 5º,
sem prejuízo na remuneração.
d. A pena é reduzida até a metade ou é admitida a progressão de regime,
ainda que ausentes os requisitos objetivos.
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10. (TRF 3ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2016) Pode-se dizer que a Lei 12.850/13


quebrou paradigmas; dentre os fundamentos para tal afirmação, encontra-se:
a. O fato de tal diploma legal ter definido o que sejam organizações terroris-
tas internacionais.
b. O fato de tal diploma legal ter possibilitado a quebra dos sigilos
fiscal e telefônico de maneira irrestrita.
c. O fato de tal diploma legal ter conferido ao magistrado poder para aplicar
a pena, em desconformidade com o previsto nos artigos 33 e 44 do Có-
digo Penal.
d. O fato de a colaboração premiada não mais poder beneficiar pessoas defi-
nitivamente condenadas.

Comentário
a. O conceito de organização terrorista é definido na Lei n. 13.260/2016, e foi
acrescentada a possibilidade dos meios de investigação serem aplicados
a essas organizações.
b. A quebra de sigilos não é realizada de maneira irrestrita, é feita nos termos
da Lei.
d. Alguns paradigmas foram quebrados exatamente pelo fato de a colabora-
ção premiada poder beneficiar pessoas definitivamente condenadas.

11. (VUNESP/TJM–SP/JUIZ DE DIREITO/2016) Nos termos da Lei no 12.850,


de 2 de agosto de 2013, se houver indícios suficientes de que funcionário
público integra organização criminosa, poderá o Juiz determinar
a. a perda do cargo ou mandato eletivo e a interdição para o exercício do car-
go público pelo prazo de 4 anos, contado a partir do cumprimento da pena.
b. a perda do cargo ou mandato eletivo e a interdição para o exercício do car-
go público pelo prazo de 8 anos, contado a partir do cumprimento da pena.
c. a perda do cargo ou mandato eletivo e a interdição para o exercício do
cargo público pelo prazo da sentença penal condenatória, subsequente ao
cumprimento da pena.
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d. seu afastamento cautelar do cargo, sem prejuízo da remuneração, quando


a medida se fizer necessária à instrução processual.
e. seu afastamento cautelar do cargo, com prejuízo da remuneração, quando
a medida se fizer necessária à instrução processual.

Comentário
a. O juiz poderá determinar apenas o afastamento.
b. Quando houver indícios de que o funcionário participou da organização cri-
minosa, a pena não será a perda do cargo, mas acarretará a condenação
definitiva.
e. Não há prejuízo na remuneração.

12. (FGV/TJ–PI/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015) No que pertine à colaboração


premiada, considerada como meio de obtenção de prova (Lei nº 12.850), é
correto afirmar que:
a. é possível que o agente colaborador traga informações a respeito de pes-
soas que não tenham relação alguma com aqueles que, primariamente,
sejam alvo da investigação;
b. não é possível que o agente colaborador traga informações a respeito de
pessoas que não tenham relação alguma com aqueles que, primariamen-
te, sejam alvo da investigação;
c. os órgãos de persecução devem elaborar um instrumento de colaboração
premiada para cada fato criminoso a ser revelado pelo agente colaborador;
d. as informações a respeito de crimes que não tenham relação alguma com
aqueles da investigação matriz devem receber tratamento distinto do confe-
rido à descoberta fortuita de provas;
e. as informações a respeito de crimes que não tenham relação alguma com
aqueles da investigação matriz devem receber tratamento distinto do confe-
rido à serendipidade.
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13. (CESPE/TJDFT/JUIZ DE DIREITO/2016) A respeito da colaboração premia-


da prevista na Lei n.º 12.850/2013, que trata das organizações criminosas, é
correto afirmar que
a. o juiz não participará das negociações realizadas entre as partes para a
formalização do acordo de colaboração, mas, se esse for realizado, o
respectivo termo, com as declarações do colaborador e a cópia da in-
vestigação, será remetido, para homologação, ao magistrado, que poderá
recusá-la, em caso de não atendimento dos requisitos legais, ou adequá-la
ao caso concreto.
b. o juiz poderá homologar a proposta de acordo de colaboração premiada,
mas não poderá alterá-la por ser essa decorrente de ato negocial entre as
partes, devendo, em caso de necessidade de adequação, remetê-la ao
procurador-geral do MP, para suprimento dos requisitos legais e ajuste ao
caso concreto.
c. as partes não podem mais se retratar da proposta no caso de o acordo de
colaboração já ter sido homologado pelo juiz, sob pena de se ferir o princí-
pio da estabilidade das decisões judiciais e as preclusões consumativas e
pro judicato.
d. o juiz não participará das negociações realizadas entre as partes para a
formalização do acordo de colaboração, mas, se esse for realizado, o
respectivo termo, com as declarações do colaborador e a cópia da inves-
tigação, será remetido ao magistrado para homologação, que não poderá
recusá-la.
e. o juiz participará da fase das negociações realizadas entre as partes para
formalização do acordo de colaboração, dada a previsão constitucional de
que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça
a direito, e, sendo o magistrado imparcial, incumbe-lhe zelar para que o
colaborador não seja pressionado.
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Comentário
b. O juiz pode adequar a proposta ao caso concreto.
c. O juiz não pode retroceder sua decisão após a homologação, mas, mesmo
assim, há a possibilidade de retratação, nos termos do art. 4º, § 10. Quan-
do a retratação acontecer após a homologação, o que o colaborador tiver
produzido em seu desfavor não poderá ser usado contra ele.
d. O magistrado pode recusar e pode adequá-la ao caso concreto.
e. O juiz não participa das fases de negociação.

14. (FCC/TJ-SC/JUIZ DE DIREITO/2015) A Lei n. 12.850/13 define organização


criminosa e dispõe sobre a respectiva investigação criminal e os meios de
obtenção de prova. Em situação definida pela lei como colaboração premia-
da, dentre todas as medidas previstas na lei, quanto ao líder da organização
NÃO caberá a
a. concessão do perdão judicial.
b. exclusão do rol de denunciados.
c. redução da pena privativa de liberdade em até dois terços.
d. substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
e. progressão de regime sem o preenchimento dos requisitos objetivos.

Comentário
O que é vedado é o fato de não ser denunciado, nos termos do art. 4º, § 4º,
inciso I.

15. (IBFC/PC–RJ/PAPILOSCOPIA POLICIAL/2014) No crime de promover, cons-


tituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organiza-
ção criminosa, previsto no artigo 2º da Lei nº 12.850/2013, são circunstâncias
que aumentam a pena de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços), exceto:
a. A participação de criança ou adolescente.
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b. O concurso de funcionário público, valendo-se a organização criminosa


dessa condição para a prática de infração penal.
c. O produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo ou em parte,
ao financiamento de campanha eleitoral.
d. A organização criminosa que mantiver conexão com outras organizações
criminosas independentes.
e. As circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da organização.

Comentário
c. É disposto na Lei que o aumento de pena acontecerá quando o produto for
destinado ao exterior.

16. (MPE–SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2016) Segundo a Lei n. 12.850/13 (Or-


ganizações Criminosas), em seu art. 2°, § 3°, encontra-se expressamente
prevista circunstância de especial aumento de pena para quem exerce o co-
mando, individual ou coletivo, da organização criminosa, ainda que não prati-
que pessoalmente atos de execução.

Comentário
Não se trata de especial de aumento de pena, trata-se de agravante da pena.

2ª PARTE DA LEI N. 12.830/2013

SEÇÃO II
Da Ação Controlada

Atenção!
Na Lei de Drogas, está previsto expressamente a ação controlada e o
acompanhamento da prática do crime com intervenção policial no melhor momento
para a obtenção da prova. Mas na Lei n. 11.343/2006, a ação controlada tem de
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ter ordem judicial emitida pelo Ministério Público. Na Lei do Crime Organizado,
quem decide pela ação controlada é a própria autoridade policial, mas, para isso
ocorrer, deve ser comunicado ao juiz previamente, que determinará os limites
dessa ação.

Art. 8º Consiste a ação controlada em retardar a intervenção policial ou administrati-


va relativa à ação praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que
mantida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize
no momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações.
§ 1º O retardamento da intervenção policial ou administrativa será previamente
comunicado ao juiz competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e
comunicará ao Ministério Público.
§ 2º A comunicação será sigilosamente distribuída de forma a não conter informa-
ções que possam indicar a operação a ser efetuada.
§ 3º Até o encerramento da diligência, o acesso aos autos será restrito ao juiz, ao
Ministério Público e ao delegado de polícia, como forma de garantir o êxito das
investigações.
§ 4º Ao término da diligência, elaborar-se-á auto circunstanciado acerca da ação
controlada.
Art. 9º Se a ação controlada envolver transposição de fronteiras, o retardamento
da intervenção policial ou administrativa somente poderá ocorrer com a coopera-
ção das autoridades dos países que figurem como provável itinerário ou destino
do investigado, de modo a reduzir os riscos de fuga e extravio do produto, objeto,
instrumento ou proveito do crime.

Atenção!
De acordo com a Lei n. 11.343/2006, a ação controlada e a intervenção da
polícia são possíveis desde que o crime de tráfico internacional de drogas esteja
ocorrendo dentro do território nacional. Segundo a Lei n. 12.830/2013, os crimes
que ultrapassam as barreiras, se for tráfico de drogas praticados por organização
criminosa e o pedido tenha sido feito mediante essa Lei, há a possibilidade do
retardo da intervenção policial até mesmo em crimes que se consumarão em
outros países, mas é preciso haver cooperação com o país destinatário.
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SEÇÃO III
Da Infiltração de Agentes

Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada


pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação
técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso de inquérito policial, será
precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que estabe-
lecerá seus limites.
§ 1º Na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz competente, antes
de decidir, ouvirá o Ministério Público.

GABARITO

9. d
10. c
11. d
13. a
14. b
15. c
16. E

Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pela professora Deusdedy de Oliveira Solano.
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