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DESAFIO 07 DIAS DEDICAÇÃO DELTA
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Futuro(a) Delegado(a)
Segue o material da sexta meta do nosso desafio.
Use a #desafio7diasDD e mostre todo o seu empenho!
Vamos juntos!
Equipe DedicaçãoDelta
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USE A #DESAFIO7DD
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Meta do dia 06
Resumo Dedicação Delta – Legislação Penal Especial: Lei dos Crimes
Hediondos
Sumário
1. INTRODUÇÃO ................................................................................... 5
2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA ................................................................. 6
3. CRITÉRIOS PARA A DEFINIÇÃO DE HEDIONDEZ ................. 7
4. ANÁLISE DO ROL DE CRIMES HEDIONDOS ............................ 9
4.1. Roubo qualificado pela lesão corporal grave ............................................ 23
4.2. Roubo qualificado pela morte (latrocínio) – ............................................. 24
5. CRIMES HEDIONDOS PREVISTOS NO § ÚNICO .....................39
5.1 Crimes Equiparados Ao Hediondos ........................................................... 51
5.1.1 Tráfico de Drogas .................................................................................. 51
5.1.2 Tortura ..................................................................................................... 52
5.1.3 Terrorismo .............................................................................................. 52
6. ESPECIFICIDADES DOS CRIMES HEDIONDOS ....................... 52
6.1 Insuscetibilidade de Graça, Anistia e Indulto ............................................ 52
6.2 Insuscetibilidade de Fiança ........................................................................... 54
6.3 Regime Inicial Fechado para o Cumprimento da Pena Privativa de
Liberdade ............................................................................................................... 55
6.4 Critérios Diferenciados para Concessão de Livramento Condicional. .. 59
6.5 Progressão de Regime ................................................................................... 61
6.6 Direito de Recorrer em Liberdade .............................................................. 64
6.7 Estabelecimentos Penais De Segurança Máxima ...................................... 65
6.8 Prioridade no Trâmite dos Processos ......................................................... 66
7. PRISÃO TEMPORÁRIA E CRIMES HEDIONDOS ......................66
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1. INTRODUÇÃO
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2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA
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Vamos esquematizar?
SISTEMA LEGAL SISTEMA JUDICIAL SISTEMA MISTO
Compete ao legislador, O juiz quem, na apreciação No primeiro momento, o
em um rol taxativo, do caso concreto, decide se legislador apresenta um rol
enumerar quais os a infração é hedionda ou exemplificativo de crime
delitos considerados não. O juiz analisando o hediondos, permitindo ao
hediondos. Será caso concreto ele irá juiz, na análise do caso
hediondo aquilo que o determinar se o caso é concreto encontrar outros
legislador disse em um hediondo ou não. fatos assemelhados.
rol taxativo. Sistema Apreciação do caso Trabalha com a
adotado pelo Brasil. concreto. interpretação analógica.
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qualificado (art. 121, § 2o, I, II, III, IV, V e VI); (Redação dada pela Lei
nº 13.104, de 2015)
Considerações importantes:
• Para ser hediondo, não precisa que o homicídio seja praticado por grupo
de extermínio. Basta que seja praticado em atividade típica de grupo
de extermínio (ideia de limpeza social) o que permite a prática por 1
única pessoa (não exigindo o concurso de pessoas) – Não abrange
milícia privad, sob pena de configurar analogia in malam partem!!!
• Homicídio híbrido: aquele em que há, ao mesmo tempo, a presença de
uma qualificadora e de uma hipótese de privilégio, não é considerado
crime hediondo pela jurisprudência.
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Esquematizando:
HOMICÍDIO Hediondo
QUALIFICADO
HOMICÍDIO NÃO é hediondo
PRIVILEGIADO
Em regra, NÃO É hediondo.
HOMICÍDIO SIMPLES. Exceção: quando praticado em
atividade típica de grupo de
extermínio, ainda que cometido por
um só agente.
HOMICÍDIO HÍBRIDO
(QUALIFICADO- Não é crime hediondo.
PRIVILEGIADO)
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(doutrina majoritária)
⦁ Sistema prisional
⦁ Força Nacional de
Segurança Pública
⦁ Polícias Penais
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ROUBO
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem,
mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de
havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência:
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no evento morte (art. 158, §2º). Não é crime autônomo. A qualificadora “com
resultado morte” já está presente no art. 158, §2º. O §3º apenas disciplina um
meio de execução específico. A interpretação literal tem que ser acompanhada
da interpretação teleológica, racional, da norma. Assim, as regras aplicadas ao
delito geral (art. 158, §2º) devem ser igualmente aplicadas ao crime específico
(art. 158, §3º) permanecendo hediondo quando ocorre o evento morte.
2- Para a admissão do sequestro relâmpago com resultado morte (art. 158,
§3º) como hediondo basta utilizar a interpretação extensiva, que não é vedada
pelo Direito Penal, ainda que utilizada contra o réu, desde que seja essa a
inequívoca vontade do legislador.
3 - Posição em sentido diverso contraria o princípio da proporcionalidade: é
aceitar que a extorsão simples com resultado morte configura crime hediondo
ao passo que a extorsão qualificada pelo meio executório empregado (restrição
da liberdade) com resultado morte – que sinaliza o maior reprovabilidade do
comportamento – não é etiquetado como hediondo.
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Vamos esquematizar?
Extorsão qualificada pela morte (art. 158, • Extorsão qualificada pela restrição da
§ 2o); liberdade da vítima,
Ou seja: • Extorsão qualificada pela restrição da
• Extorsão simples com resultado morte liberdade da vítima com ocorrência de
(art. 158, §2º) é crime hediondo. lesão corporal
• Qualquer extorsão que resulte lesão • Extorsão qualificada pela restrição da
corporal não é hediondo. liberdade da vítima com morte
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Estupro de vulnerável
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato
libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas
no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência
mental, não tem o necessário discernimento para a prática do
ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer
resistência.
§ 2o (VETADO)
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza
grave:
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
§ 4o Se da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
§ 5º As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 3º e 4º deste
artigo aplicam-se independentemente do consentimento da
vítima ou do fato de ela ter mantido relações sexuais
anteriormente ao crime. (Incluído pela Lei nº 13.718, de
2018)
STJ (2013- inf. 519): estupro com violência presumida (vulnerável), praticado
antes da Lei 12.015/09 é hediondo.
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Será possível aplicar para o réu que praticou o art. 273, § 1º-B do
CP a causa de diminuição prevista no § 4º do art. 33 da Lei nº
11.343/2006? R.: A jurisprudência do STJ está dividida:
• 5ª Turma: SIM. Nesse sentido: STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp
1810273/SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 01/10/2019.
• 6ª Turma: NÃO. Por ausência de previsão legal: STJ. 6ª Turma. AgRg
no REsp 1740663/PR, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em
11/06/2019.
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Furto
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Furto qualificado
§ 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e
multa, se houver emprego de explosivo ou de artefato
análogo que cause perigo comum. (Incluído pela Lei nº
13.654, de 2018)
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Vale relembrar!
Cumpre recordarmos que o genocídio é um típico exemplo de norma penal
em branco “ao avesso”, isto é, temos as condutas criminosas, mas faltam as
respectivas penas, o preceito secundário está incompleto.
A norma penal em branco ao avesso é aquela em que o preceito primário é
completo, mas o preceito secundário carece de complemento normativo,
sendo certo que este complemento deve derivar da lei, sob pena de lesão ao
princípio da reserva legal.
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TRÁFICO
3T TORTURA
TERRORISMO
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5.1.2 Tortura
5.1.3 Terrorismo
O crime de terrorismo é definido pelo art. 2°, caput, da Lei n.
13.260/16
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princípio da humanidade das penas, até mesmo para condenados por crimes
hediondos e equiparados (STJ). O STF, no HC 118/213 SP, não permitiu
induto humanitário para tráfico de drogas.
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ESQUEMATIZANDO:
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preventiva. Por outro lado, réu processado solto, via de regra, recorre solto,
salvo se presentes os fundamentos da prisão preventiva, eis a interpretação
conforme a Constituição.
• Ante o exposto, contemplamos que está vedado a imposição da condição de
recolhimento ao cárcere para recorrer, devendo a sua decretação quando
necessária ser fundamentada, em observância ao art. 93, IX, da CF.
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Mesma lógica: a competência é de quem fiscaliza o
estabelecimento.
Por fim, e com alto índice de cobrança nas provas objetivas, bem como
relevância para a confecção de representações rotineiramente presentes em
provas de segunda fase, há a previsão de prazo excepcional para a prisão
temporária nos crimes hediondos.
A prisão temporária é uma modalidade de prisão provisória, decretada
antes do trânsito em julgado da condenação, e tem natureza cautelar. No
Brasil a prisão temporária é possível apenas na fase investigatória, por esse
motivo ela não pode ser decretada de ofício pelo juiz, dependendo de
requerimento do MP ou representação da autoridade policial.
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h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput,
e parágrafo único);
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou
medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art.
285);
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de
1956), em qualquer de sua formas típicas;
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de
1976);
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho
de 1986).
Existem crimes hediondos que não estão previstos no rol de crimes que
admitem temporária (art. 1º, III da Lei. 7960/89). Esses crimes admitem essa
modalidade de prisão cautelar? Ex.: crimes de estupro de vulnerável (art.217
CP), falsificação de remédios (art.273 CP), tortura e terrorismo
R.: Para a doutrina majoritária, a Lei 7.960 é lei ordinária, assim como a
lei 8.072. Nesse sentido, a lei 8.072 poderá aumentar o prazo da prisão
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temporária (de 5+5 para 30 +30), bem como aumentar o rol de crimes
hediondos.
O §4º do art.2º da lei 8.072/1990 ampliou, não apenas, o prazo da
prisão temporária, mas também o rol dos delitos passiveis de prisão
temporária.
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considerando que esta Lei revogou o art. 224 do CP, que era mencionado pelo
art. 9º.
Logo, como não mais existe o art. 224 no CP, conclui-se que o art. 9º
da Lei de Crimes Hediondos perdeu a eficácia (expressão utilizada em um
voto do Min. Dias Toffoli).
Art. 2º (...)
Parágrafo único. A lei posterior, que de qualquer modo
favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que
decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
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