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UNIDADE II

DOS CRIMES CONTRA A PESSOA


(Artigos 121 - 154)

UNIDADE III - DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE (artigo 130 - 136):

1 – INTRODUÇÃO:

Crimes de Dano X Crime de Perigo de Dano:

Crime de Dano  É o que só se consuma com a efetiva lesão ao bem jurídico.

Crime de Perigo de dano  É o que se consuma com a mera exposição do bem jurídico a uma
situação de perigo. Basta a mera probabilidade de dano.

O perigo pode ser:

1.a) Abstrato ou Presumido  É o considerado por lei, em face de determinado


comportamento positivo ou negativo, não precisa ser demonstrado (comprovado). Há uma presunção
absoluta de perigo (iuris et de iure). Dispensa laudo pericial de constatação do perigo. Ex.: artigo 135 do
CP.

1.b) Concreto  É o que precisa ser demonstrado/provado, consuma-se com a


efetiva comprovação, no caso concreto, da ocorrência da situação de perigo. Ex.: artigo 134 do CP.

Ou,

2.a) Individual  É o que expõe ao perigo de dano o interesse jurídico de uma


pessoa ou de um número determinado de pessoas. Ex.: artigo 130 do CP.

2.b) Coletivo  É o que expõe a perigo de dano o interesse jurídico de um número


indeterminado de pessoas. Ex.: artigo 250 do CP.

Anotações de Aula: _________________________________________________________________


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Atenção: Estimadxs alunxs o material didático utilizado é um mero apoio. Imprescindível para o efetivo aprofundamento nos conteúdos
ministrados nas aulas é o estudo pelos manuais que constam da bibliografia básica do Programa da Disciplina Estudos do Crime I.
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA (Artigos 121 - 154)
UNIDADE II – DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE (artigos 130 a 136)

2 – PERIGO DE CONTÁGIO VENÉREO:

1. Conceito: Artigo 130 do Código Penal.

Perigo de contágio venéreo:

Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de
moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

§ 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia:


Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

§ 2º - Somente se procede mediante representação.

Trata-se de uma infração subsidiária, pela qual responde o agente quando o fato não
configurar crime de maior gravidade.

2. Objetividade Jurídica: Tutela a vida e a saúde do ser humano.

Com o intuito de evitar a contaminação por moléstias venéreas, via ato sexual,
o legislador criou o tipo penal, em tela, embora o fato pudesse eventualmente ser considerado como lesão
corporal tentada ou ocorrendo o contágio como lesão corporal, dolosa ou culposa.

3. Objeto Material: É o corpo humano exposto ao perigo de contágio de moléstia venérea.

4. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa contaminada (trata-se de um crime comum).

Alguns autores, entretanto, entendem tratar-se de um crime próprio (pois exige uma
situação fática diferenciada do autor), e mais, de mão-própria (pois sua autoria não poderia ser delegada a
qualquer outra pessoa, sendo incompatível com a coautoria, admitido somente a participação).

5. Sujeito Passivo: Qualquer pessoa.

É irrelevante à tipificação da conduta, que a vítima saiba ou possa supor que o seu
parceiro esteja contaminado ou mesmo que seja por este alertado.

6. Tipo Objetivo: O núcleo do tipo é o verbo expor, que consiste em colocar alguém ao alcance de
determinada situação de perigo (contaminação), mediante a prática de relações sexuais ou qualquer outro
ato libidinoso capaz de transmitir a moléstia venérea (doença que se contrai exclusivamente pelo contato
sexual).

Trata-se de um crime de perigo abstrato, de forma vinculada (restrito à prática de


relações sexuais ou qualquer outro ato libidinoso) e somente pode ser praticado por ação.

A AIDS, embora possa ser transmitida por atos libidinosos, não é uma moléstia
venérea, respondendo o agente por homicídio tentado ou lesão corporal grave (moléstia incurável).

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UNIDADE II – DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE (artigos 130 a 136)

7. Tipo Subjetivo: Caput: Dolo de Perigo: De que sabe  caracteriza o dolo direto.
De que deve saber  caracteriza o dolo eventual.

§1°... Dolo de Dano: Se há intenção  Dolo direto de dano. Neste caso há um crime
de perigo em que se exige o dolo de dano, ou seja, deve o agente querer o resultado lesivo.

8. Consumação: Trata-se de um crime formal, consuma-se quando da mera exposição da vítima ao


perigo de contágio de moléstia venérea, independentemente da contaminação.

Na previsão contida no caput, ocorrendo o contágio a tipificação dependerá do evento


naturalístico verificado (atenção: no caput não tem o agente a intenção de transmitir a moléstia venérea).
Então, caso ocorra lesão corporal, em sendo a pena da lesão corporal culposa inferior, incidirá a pena do
tipo em estudo – caput (mero exaurimento). Em ocorrendo morte, a desclassificação para tipo de maior
gravidade (maior pena) se impõe, dado ao princípio da subsidiariedade, in casu, homicídio culposo.

No caso do §1º, onde se verifica o dolo de dano, em havendo o contágio ocorrerá a


desclassificação para o crime de maior gravidade (maior pena), podendo no caso incidir o parágrafo em
estudo, ou lesão corporal grave, gravíssima ou seguida de morte.

9. Tentativa: É possível, embora de difícil constatação.

10. Concurso: Doença sexualmente transmissível e crime contra a dignidade sexual (artigos 213 a 234)
 conforme previsto no artigo 234-A a pena será aumentada de um sexto até a metade, se ocorrer o
contágio. Em não havendo o contágio incidirá a pena do crime em estudo e o correspondente à violação
sexual.

11. Ação Penal: Pública condicionada a representação.

Observação: Nada impede que a vítima que consentiu no ato libidinoso, embora sabedora da
possibilidade de contágio, represente contra o agente. O consentimento na prática do ato não elide o crime
nem retira da vítima a possibilidade de tomar a iniciativa processual.

Evento / Incidência Caput (dolo de perigo) §1º (dolo de dano)


Não houve o contágio Artigo 130, caput §1º do artigo 130

Lesão leve Mero Exaurimento (caput, 130) Mero exaurimento (§1º, 130)

Lesão grave Mero Exaurimento (caput, 130) Desclassifica (§1º, 129)

Lesão gravíssima Mero Exaurimento (caput, 130) Desclassifica (§2º, 129)

Morte Desclassifica (§3º, 121) Desclassifica (§3º, 129)

12. Anotações de Aula: ______________________________________________________________


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3 – PERIGO DE CONTÁGIO DE MOLÉSTIA GRAVE:
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Atenção: Estimadxs alunxs o material didático utilizado é um mero apoio. Imprescindível para o efetivo aprofundamento nos conteúdos
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1. Conceito: Artigo 131 do Código Penal.

Perigo de contágio de moléstia grave:

Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está contaminado,
ato capaz de produzir o contágio:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Trata-se de uma infração subsidiária, pela qual responde o agente quando o fato não
configurar crime de maior gravidade.

2. Objetividade Jurídica: Tutela a vida e a saúde do ser humano.

3. Objeto Material: É o corpo humano exposto ao perigo de contágio de moléstia grave.

4. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa contaminada (trata-se de um crime comum).

Alguns autores, entretanto, entendem tratar-se de um crime próprio (pois exige uma
situação fática diferenciada do autor).

5. Sujeito Passivo: Qualquer pessoa  inclusive a já portadora de moléstia grave, pois a eventual
transmissão de outra enfermidade tem o condão de debilitar ainda mais a saúde da vítima. Inclusive, em
se tratando, da mesma moléstia da qual a vítima já seja portadora (hipótese de sobrecarga ou crime
impossível  caso fique demonstrado a impossibilidade de agravamento da debilidade da saúde da
vítima)

6. Tipo Objetivo: O núcleo do tipo é o verbo praticar, que consiste em colocar alguém ao alcance de
determinada situação de perigo (contaminação) mediante a prática de qualquer conduta apta/capaz de
transmitir a moléstia grave.

Trata-se de um crime de perigo abstrato ou de dano (?  discussão doutrinária), de


forma livre (admitindo qualquer meio de execução) e pode ser praticado por ação ou omissão.

A moléstia não é necessariamente incurável, esta deve ser grave (que provoca séria
perturbação a saúde) e contagiosa (transmissível por contágio).

7. Tipo Subjetivo: É o dolo direto, consistente na vontade (livre e consciente) de praticar o ato capaz de
expor a vítima ao perigo de contágio de moléstia grave. Exige-se, ainda, o elemento subjetivo do tipo, ou
seja, querer o agente o contágio (dolo específico) “com o fim de transmitir...”.

8. Consumação: Trata-se de um crime formal, consumando-se com a mera exposição ao perigo de


contágio de moléstia grave, quando da prática do ato capaz de produzir o contágio.

Ocorrendo o contágio e sendo leve a lesão considerar-se-á exaurido o crime.

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Atenção: Estimadxs alunxs o material didático utilizado é um mero apoio. Imprescindível para o efetivo aprofundamento nos conteúdos
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Impõe-se, todavia, a desclassificação para crime de maior gravidade (maior pena)


quando a lesão corporal fora grave (artigo 129, §1º), gravíssima (artigo 129, §2º) ou seguida de morte
(artigo 129, §3º), ou até mesmo homicídio (artigo 121).

Observação: Haverá crime impossível se o agente não estiver contaminado, supondo o contrário; ou se a
pessoa que o agente quer contaminar já for portadora da doença (não sendo possível sequer sua
agravação). Também haverá crime impossível se o ato praticado não é hábil a contaminar, apesar de ser
transmissível a moléstia.

9. Tentativa: É possível a tentativa.

10. Concurso: É possível o concurso com os artigos 267 (epidemia).

11 - Ação Penal: Pública incondicionada.

Evento / Incidência Artigo 131


Não houve o contágio Artigo 131.

Lesão leve Mero Exaurimento, artigo 131.

Lesão grave Desclassifica para o §1º 129.

Lesão gravíssima Desclassifica paro o §2º, 129.

Morte Desclassifica paro o §3º, 129.

12. Anotações de Aula: ______________________________________________________________


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4 – PERIGO PARA A VIDA OU SAÚDE DE OUTREM:

1. Conceito: Artigo 132 do Código Penal.

Perigo para a vida ou saúde de outrem:

Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente:


Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.

Parágrafo único. A pena é aumentada de um sexto a um terço se a exposição da vida ou da


saúde de outrem a perigo decorre do transporte de pessoas para a prestação de serviços em
estabelecimentos de qualquer natureza, em desacordo com as normas legais.

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UNIDADE II – DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE (artigos 130 a 136)

Trata-se de uma infração eminentemente subsidiária (subsidiariedade expressa, conforme


previsto na santio iuris), pela qual responde o agente quando o fato não configurar crime de maior
gravidade.

Fórmula genérica.

Comentar: origem relacionada à imposição de regras de segurança no trabalho.

2. Objetividade Jurídica: Tutela a vida e a saúde do ser humano.

3. Objeto Material: É o corpo humano exposto ao perigo direto e iminente.

4. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa (trata-se de um crime comum).

5. Sujeito Passivo: Qualquer pessoa certa e determinada.

Em se tratando de vítimas incertas e indeterminada restará caracterizado o crime de


perigo comum ou coletivo.

6. Tipo Objetivo: O núcleo do tipo é o verbo expor, que consiste em colocar alguém em uma situação de
perigo direto (é o que alcança pessoa ou pessoas certas e determinadas) e iminente (é o capar de atingir
imediatamente a vida ou a saúde da vítima).

Trata-se de um crime de perigo concreto (é necessário demonstrar que em razão do


comportamento do agente a vítima teve sua vida ou sua saúde submetida a risco de lesão), de forma livre
(admitindo qualquer meio de execução) e pode ser praticado por ação ou omissão.

7. Tipo Subjetivo: É o dolo de perigo direto ou indireto na modalidade eventual, consistente na vontade
(livre e consciente) de praticar o ato capaz de expor a vida ou a saúde da vítima a perigo direito e
iminente (perigo concreto).

Atenção: se a intenção do agente for de provocar um mal determinado (dolo de


dano), o crime será de lesão corporal tentada ou de homicídio tentado, conforme o caso.

Atenção: Discutir: Dolo de perigo X Dolo de dano.

Não existe previsão de modalidade culposa.

8. Consumação: Trata-se de um crime formal, consumando-se com a exposição da vida ou da saúde da


vítima à situação de perigo concreto (direto e iminente).

Ocorrendo o resultado naturalístico morte, a desclassificação para tipo de maior


gravidade (maior pena) se impõe, dado à subsidiariedade expressa prevista no tipo, in casu, homicídio
culposo. Caso ocorra lesão corporal, em sendo a pena da lesão corporal culposa inferior (salvo no caso de
Lesão Corporal culposa prevista no CTB.), incidirá a pena do tipo em estudo  atenção, conforme
analisado, em momento algum pode restar demonstrado no agir do agente o dolo de dano.

9. Tentativa: A tentativa é admitida, porém de difícil constatação.


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10. Concurso: Não é possível.

11. Causa de Aumento de Pena: parágrafo único. Transporte de trabalhadores não observando as regras
mínimas de segurança, previstas no CTB.

12. Conflito aparente de normas: Estatuto do Idoso: artigo 99 da Lei 10.741/2003 – pena menor 
princípio da especialidade.

Estatuto do Desarmamento: artigo 15 da Lei 10.826/2003 - pena


maior  princípio da especialidade e subsidiariedade.

13. Ação Penal: Pública incondicionada.

14. Anotações de Aula: ______________________________________________________________


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5 - ABANDONO DE INCAPAZ:

1. Conceito: Artigo 133 do Código Penal.

Abandono de incapaz:

Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por
qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono:
Pena - detenção, de seis meses a três anos.

§ 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave:


Pena - reclusão, de um a cinco anos.

§ 2º - Se resulta a morte:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.

Aumento de pena
§ 3º - As penas cominadas neste artigo aumentam-se de um terço:
I - se o abandono ocorre em lugar ermo;
II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima.
III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos.

2. Objetividade Jurídica: Tutela a vida, a saúde e a segurança do ser humano.

3. Objeto Material: É o corpo humano exposto à situação perigo.

4. Sujeito Ativo: É a pessoa que tem o dever de zelar pela vida, saúde ou segurança da vítima (trata-se de
um crime próprio).

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Trata-se de um crime próprio, exigindo-se uma relação de dependência entre o sujeito


ativo e a vítima abandonada. O Sujeito Ativo, in casu, assume uma posição de garantidor em decorrência
da lei, contrato ou convenção e/ou de qualquer ato lícito ou ilícito. Na ausência dessa especial vinculação
o autor poderá responder pelo crime de omissão de socorro (artigo 135 do CP.).

Ocorre o crime, ainda que o dever de guarda seja por tempo breve.

Atenção: Guarda - Assistência permanente;


Cuidado - Assistência eventual;
Vigilância - Assistência acauteladora; e,
Autoridade - Decorrente de Direito público ou privado.

5. Sujeito Passivo: É aquele que, por qualquer motivo (idade, doença, situação especial), não tem
condições de cuidar de si próprio, de defender-se dos riscos resultantes do abandono.

É indiferente à caracterização do delito o consentimento da vítima ao ser


abandonada pelo Sujeito Ativo, já que são protegidos os bens indisponíveis.

Atenção: Inexiste o crime, se a pessoa abandonada é, apesar de menor de idade,


doente, ébrio ou etc., capaz de se defender dos riscos resultantes do abandono.

6. Tipo Objetivo: Trata-se de um crime bifásico  abandonar e expor. O núcleo do tipo é o verbo
abandonar, que consiste em deixar alguém em uma situação de perigo.

Indispensável para a tipificação da conduta é que a vítima fique em situação de perigo


concreto, não se podendo presumir a ocorrência do risco.

Trata-se de um crime de perigo concreto (é necessário demonstrar que em razão do


comportamento do agente a vítima teve sua vida ou sua saúde submetida a risco), de forma livre
(admitindo qualquer meio de execução) e pode ser praticado por ação ou omissão.

7. Tipo Subjetivo: Trata-se de um crime exclusivamente doloso, podendo o dolo ser direito ou indireto
na modalidade eventual.

Caso reste demonstrado que o sujeito desejava a morte da vítima (dolo de dano),
responderá por crime de homicídio.

Não existe previsão de modalidade culposa.

8. Consumação: Trata-se de um crime formal, consumando-se com a verificação do risco corrido pelo
ofendido. (Crime Instantâneo de efeitos permanentes).

9. Tentativa: A tentativa é admitida.

10. Formas Qualificadas: §§ 1° e 2° do artigo 133 (preterdolo).

11. Causa Especial de aumento de penal: §3° do artigo 133.

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I – local ermo.
II – ascendente, descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador.
III – maior de 60 anos (atenção não previu o legislador o menor de 14 anos).

12. Distinções: Relação de dependência  Abandono de Incapaz X Quando não existe esta relação 
Omissão de Socorro.

Abandono de Incapaz X Abandono de Recém-Nascido  fim de ocultar desonra própria.

Abandono de Incapaz: é exigido a ocorrência de perigo X Abandono Material: não se


exige a ocorrência do perigo.

13. Ação Penal: Pública incondicionada.

14. Anotações de Aula: ______________________________________________________________


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6 – EXPOSIÇÃO OU ABANDONO DE RECÉM-NASCIDO:

1. Conceito: Artigo 134 do Código Penal.

Exposição ou abandono de recém-nascido:

Art. 134 - Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar desonra própria:


Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:


Pena - detenção, de um a três anos.

§ 2º - Se resulta a morte:
Pena - detenção, de dois a seis anos.

Espécie privilegiada autônoma do crime de abandono de incapaz, cometido por motivo de


honra.

2. Objetividade Jurídica: Tutela a vida, a saúde e a segurança do ser humano recém-nascido.

3. Objeto Material: É o corpo humano recém-nascido exposto à situação perigo.

4. Sujeito Ativo: Trata-se de um crime próprio.

Duas correntes: para uma só a mãe poderia ser sujeito ativo do delito. Já para outra, não
só a mãe, como o pai, no caso de filhos adulterinos ou incestuosos, podem praticar o delito.
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Quem abandona recém-nascido para esconder a desonra de outrem, sem a participação


deste (artigo 30 do CP.), cometerá o crime previsto no artigo 133 Código Penal.

5. Sujeito Passivo: É o recém-nascido (até três dias após o parto / até a queda do coto umbilical / até um
mês após o parto, tempo suficiente para que o organismo materno volte ao status quo ante).

6. Tipo Objetivo: O tipo penal possui dois núcleos penais: expor / abandonar. Embora o tipo penal utilize
a partícula alternativa OU, percebe-se que nestes casos não basta o mero abandono, sendo necessária a
efetiva exposição ao perigo. Trata-se de um crime bifásico.

Trata-se de um crime de perigo concreto, exigindo-se para a configuração do delito


que a vítima fique exposta a risco de vida ou de saúde.

Elemento normativo do tipo: “para ocultar desonra própria”  a desonra deve ser
própria (e não de terceiro) e o ato é para ocultar tal desonra.

7 - Tipo Subjetivo: Trata-se de um crime exclusivamente doloso, dolo direto  vontade de abandonar o
recém-nascido, ciente o sujeito de que está ocasionado o perigo.

Exige-se o elemento subjetivo do tipo  in casu: o fim específico de ocultar a


desonra própria.

Em regra, exige-se que a gravidez e/ou o nascimento sejam sigilosos.

A meretriz, em regra – não aproveita o dispositivo – pois não há, neste caso, honra
sexual a tutelar, respondendo pela violação ao artigo 133 Código Penal.

Caso reste demonstrado o desejo na morte da vítima (dolo de dano), restará


tipificado o crime de homicídio.

Não existe previsão de modalidade culposa.

8. Consumação: Trata-se de um crime formal, consumando-se com a verificação do risco corrido pelo
recém-nascido. (Crime Instantâneo de efeitos permanentes).

9. Tentativa: A tentativa é admitida somente na forma comissiva.

10. Formas Qualificadas: §§ 1° e 2° do artigo 133 (preterdolo).

11. Distinção: Abandono de Recém-nascido X infanticídio  neste exige-se o dolo de dano, ou seja, a
vontade de causar a morte da vítima ou, ao menos, assumir o risco de produzi-la. Naquele basta a
exposição ao perigo.

Não havendo motivo de honra; não sendo o Sujeito Ativo, pai ou mãe da vítima; e, não
sendo mais o Sujeito Passivo mais recém-nascido  restará tipificado o artigo 133 e não o artigo 134.

12. Ação Penal: Pública incondicionada.

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13. Anotações de Aula: ______________________________________________________________


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7 – OMISSÃO DE SOCORRO:

1. Conceito: Artigo 135 do Código Penal.

Omissão de socorro:

Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança
abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e
iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de


natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.

Omissão direta de socorro: Deixar de prestar assistência (sem risco), ou;

Omissão indireta de socorro: Não pedir ajuda (quando existente o risco).

Impõe um dever de solidariedade humana.

2. Objetividade Jurídica: Tutela a vida, a saúde e a segurança do ser humano.

3. Objeto Material: É o corpo humano exposto à situação perigo.

4. Sujeito Ativo: Trata-se de um crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa.

Atenção: O delito em estudo exige como um dos elementos formadores da omissão de


socorro, que o autor da situação de perigo não seja o próprio causador (doloso ou culposo) da situação de
risco, se o for, responderá pelo crime de abandono de incapaz, abandono de recém-nascido ou maus-
tratos, ou até mesmo §4° do artigo 121 ou §7° do artigo 129, conforme o caso.

5. Sujeito Passivo: Criança abandonada (ver artigo 133 do CP., o Código Penal não fixou limite de idade,
considerando-se criança a pessoa que não tem condições de autodefesa por imaturidade (ECA pessoa com
idade inferior a 12 anos), e artigo 134 do CP.  recém-nascido).

Criança extraviada: pessoa com idade inferior a 12 anos perdida.

Pessoa inválida e ao desamparo: sem defesa (doença, velhice, ébrio)  ordem


biológica, física ou psíquica. E, incapaz de se livrar da situação de perigo.
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Pessoa ferida e ao desamparo: ferida e incapaz de se livrar da situação de perigo.

Pessoa em grave e iminente perigo.

Atenção: Não afasta o crime o fato da vítima não consentir em ser socorrida.

6. Tipo Objetivo: Trata-se de um tipo omissivo puro. Apresenta dois núcleos verbais: deixar de prestar
assistência ou não pedir ajuda da autoridade pública. (Tipo penal misto alternativo  Forma alternativa:
ou presta o socorro de foram direta e imediata ou aciona a autoridade pública).

Elemento normativo do tipo: “quando possível fazê-lo sem risco pessoal”.

O dever de assistência é, naturalmente, limitado pela capacidade individual de prestá-


la, determinando-se está diante das circunstâncias do caso concreto:

1 - Prestação imediata de socorro; e/ou,

2 - Dever de pedir ajuda à autoridade pública.

Não exige a lei que o sujeito arrisque a sua vida ou integridade corporal a fim de
auxiliar a vítima, podendo escusar-se aquele que comprovar que, no caso de agir, colocar-se-ia em
situação de risco pessoal.

Quando duas ou mais pessoas omitem o socorro, todos respondem pelo crime. Mas,
se uma delas o prestar as outras se desobrigam, não respondendo pela omissão.

7. Tipo Subjetivo: Dolo: vontade de não prestar assistência, podendo fazê-lo sem risco pessoal ou, na
impossibilidade desta, de não pedir auxílio. É necessário, porém, que o sujeito tenha consciência do
perigo.

8. Consumação: Consuma-se o delito quando o sujeito deixa de agir, instante em que, presentes os seus
pressupostos, o sujeito omite a prestação de socorro.

9. Tentativa: Por se tratar de um crime omissivo puro a tentativa é impossível.

10. Exclusão do Crime: Existência do risco pessoal (afasta a tipicidade ou a ilicitude?).

Tal previsão encontra-se exclusivamente relacionada à prestação direta de


socorro? (Discutir).

11. Causas de Aumento de Pena: Preterdolo: Se resultar lesão grave a pena será aumentada de metade e
se resultar morte a pena será triplicada.

12. Distinções: Omissão de socorro a idoso (maior de 60 anos): artigo 97 do Estatuto do Idoso.

Omissão de socorro no CTB (vinculado ao condutor do veículo): artigo 304.

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Atenção: Estimadxs alunxs o material didático utilizado é um mero apoio. Imprescindível para o efetivo aprofundamento nos conteúdos
ministrados nas aulas é o estudo pelos manuais que constam da bibliografia básica do Programa da Disciplina Estudos do Crime I.
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA (Artigos 121 - 154)
UNIDADE II – DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE (artigos 130 a 136)

Código Nacional de Trânsito – Lei nº 9.503

Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à
vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da
autoridade pública:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de
crime mais grave.

Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua
omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com
ferimentos leves.

Se aquele que omite o socorro, tem o dever jurídico de cuidar da vítima por uma relação
jurídica, anterior ao fato (artigo 13, § 2°), poderá ocorrer, outro crime.

13. Condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial:

Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem como o
preenchimento prévio de formulários administrativos, como condição para o atendimento
médico-hospitalar emergencial:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.

Parágrafo único: A pena é aumentada até o dobro se da negativa de atendimento resulta lesão
corporal de natureza grave, e até o triplo se resulta a morte.

14 - Ação Penal: Pública Incondicionada.

15. Anotações de Aula: ______________________________________________________________


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8 – MAUS TRATOS:

1. Conceito: Artigo 136 do Código Penal.

Maus-tratos:
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância,
para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou
cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer
abusando de meios de correção ou disciplina:
Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa.

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Atenção: Estimadxs alunxs o material didático utilizado é um mero apoio. Imprescindível para o efetivo aprofundamento nos conteúdos
ministrados nas aulas é o estudo pelos manuais que constam da bibliografia básica do Programa da Disciplina Estudos do Crime I.
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA (Artigos 121 - 154)
UNIDADE II – DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE (artigos 130 a 136)

§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:


Pena - reclusão, de um a quatro anos.

§ 2º - Se resulta a morte:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.

§ 3º - Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de 14


(catorze) anos.

2. Objetividade Jurídica: Tutela a vida, a saúde e a segurança do ser humano.

3. Objeto Material: É o corpo humano exposto à situação de maus-tratos.

4. Sujeito Ativo: Trata-se de um crime próprio, exigindo-se como pressuposto a existência de uma
relação jurídica preexistente entre os sujeitos ativo e passivo.

Esta dependência deve relacionar-se com: a educação, o ensino, o tratamento ou a


custódia.

5. Sujeito Passivo: É quem se acha sob a autoridade, guarda ou vigilância do sujeito ativo.

Na falta da relação de dependência, o ato, embora possa ter um fim educativo ou


corretivo, escapa ao conceito de maus tratos, podendo constituir outro crime (artigos 132, 129, etc...).
Homem X Mulher.

Filhos, tutelados, curatelados, alunos, aprendizes, empregados, presos (cuidado ver lei
de abuso de autoridade) e etc.

6. Tipo Objetivo: O núcleo do tipo é o verbo expor, que consiste em colocar a vítima em situação de
perigo (concreto), conforme as situações expressamente previstas em lei (conduta vinculada).

Privar a vítima de alimentos indispensáveis: não se trata de privação completa de


alimentação, que poderia denunciar o animus necandi  homicídio.

Privar a vítima de outros cuidados indispensáveis: privação de cama, roupa, higiene,


assistência médica, medicamentos.

Trabalho excessivo: que produz fadiga extraordinária ou não pode ser suportado sem
grande esforço.

Trabalho inadequado: impróprio ou inconveniente para o trabalhador.

Abuso dos meios de correção e disciplina - O poder disciplinar pode ser exercido por
quem tem o encargo legal ou convencional de educar, tratar, custodiar, mas é vedado o abuso que pode
causar dano à vida ou saúde - configurando o crime em estudo. (O que se pune é o abuso).

Violência Moral  ameaças (artigo 147), intimidações (artigo 146) e etc.

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Atenção: Estimadxs alunxs o material didático utilizado é um mero apoio. Imprescindível para o efetivo aprofundamento nos conteúdos
ministrados nas aulas é o estudo pelos manuais que constam da bibliografia básica do Programa da Disciplina Estudos do Crime I.
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA (Artigos 121 - 154)
UNIDADE II – DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE (artigos 130 a 136)

Deve-se observar, porém, que se o castigo não traz perigo ou à vida ou à saúde da
vítima, não há crimes de maus tratos.

7. Tipo Subjetivo: Dolo direto ou indireto na modalidade eventual. Exige-se o elemento subjetivo
especializado do tipo: “para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia”.

8. Consumação: Trata-se de um crime formal, consuma-se quando da exposição da vítima ao perigo


concreto.
9. Tentativa: A tentativa é possível.

10. Exclusão do Crime: Causa supralegais de exclusão da ilicitude.

11. Formas Qualificadas: §§ 1° e 2° do artigo 136 (Preterdolo).

12. Causa Especial de Aumento de Pena: §3° do artigo 136 (menor de 14 anos).

13. Distinção: Maus Tratos: delito de perigo X Lesão Corporal: delito de dano.

Maus Tratos: castigo perigoso X Injúria: castigo vexatório.

Maus Tratos: castigo perigoso (dolo de perigo) X Tortura: intenso sofrimento físico ou
mental (dolo de dano).

Maus tratos contra idoso: Artigo 99 do Estatuto do Idoso.

14 - Concurso: Maus Tratos X Lesão Corporal Leve  neste caso o tipo penal em estudo absorve a lesão
corporal.

15. Anotações de Aula: ______________________________________________________________


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ministrados nas aulas é o estudo pelos manuais que constam da bibliografia básica do Programa da Disciplina Estudos do Crime I.

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