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130 A 136)
São todos crimes de perigo (não se exige a efetiva lesão ao bem jurídico
penalmente protegido). Significa que não precisa haver dano, apenas a mera
exposição do bem jurídico à probabilidade de dano para a consumação do
delito.
Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a
contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado:
ESPÉCIES
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA
OBJETO JURÍDICO
NÚCLEO DO TIPO
CONSUMAÇÃO
Tentativa: é cabível.
SUJEITOS
Ativo: somente aquele que tem moléstia venérea. Não admite coautoria, mas
participação sim.
ELEMENTO SUBJETIVO
AIDS
A doutrina não entende a Aids como moléstia venérea, porque ela pode ser
transmitida por outros modos (ex: seringa). Então se deve considerar o dolo do
agente (ex: transmite a Aids com intenção de matar = homicídio doloso).
Porém, na situação em que o sujeito sabe que tem a doença, mas oculta de seus
parceiros e mantém relação sexual sem preservativo, o STF decidiu afastar o
homicídio, mas não se manifestou por qual tipo penal o sujeito responderá.
CONSENTIMENTO DA VÍTIMA
Deve-se olhar para este tema sob o enfoque da disponibilidade ou não do bem
jurídico protegido. Para Rogerio Greco, a integridade corporal é bem disponível,
então o consentimento excluiria o crime desde que a lesão fosse leve, que a
vítima tivesse capacidade para consentir e que o consentimento fosse prévio ou
concomitante ao ato. Porém, para Nelson Hungria o bem jur. seria indisponível,
pois se trata de interesse público (é importante para a sociedade que essas
moléstias sejam combatidas antes que alcancem dimensões alarmantes).
AÇÃO PENAL
COMPETÊNCIA