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Crimes em

Espécie
Turma: 003105B02
Participantes do grupo
Francisco Helio de Freitas Maia RA 501400
Ramon tadeu ananias ferreira RA 1193672
Stefany Souza de Oliveira RA 7391340
Simone Saito RA 7416100
Sofia Rodrigues Marcelino RA 6237720
Victória Miraglia Aniello RA 3979402
ARTIGO 130 

Perigo de contágio venéreo.

ART IG O 130 –Peri go de co ntá gi o ve né reo .


    Art. 130

Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de
moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado:
        Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
        § 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia:
        Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
        § 2º - Somente se procede mediante representação.
Bem jurídico tutelado 

Incolumidade física e saúde.


Medidas
despenalizadoras  

Somente são cabíveis na forma


prevista no caput do artigo 130,
tendo em vista se tratar de
infração de menor potencial
ofensivo, punível com detenção,
de três meses a um ano. 
Sujeito ativo 
Qualquer pessoa, seja homem
ou mulher, desde que esteja
contaminada de moléstia
venérea.

Sujeito passivo
 Qualquer pessoa. 
Conduta
Se trata de delito de ação
vinculada, sendo exigido o
contato sexual entre os sujeitos
ativo e passivo. Sendo assim, o
artigo pune a relação sexual
perigosa, envolvendo portador
de enfermidade venérea que
sabe ou deveria saber de sua
condição de saúde. 
Consumação
Consuma-se no momento da prática do
ato, de caráter sexual, capaz de transmitir
a moléstia venérea.

Tentativa:
Para o doutrinador Rogério Sanches, é
possível a tentativa, uma vez que se trata
de crime plurissubsistente, que admite o
fracionamento da execução. Isso se deve
ao fato de que, para a consumação do
delito, não é necessária a efetiva
transmissão da moléstia venérea,
bastando a exposição da vítima mediante
contato sexual.
Ação penal 

Pública condicionada a
representação da vítima.
Qualificadora

Prevista no §1°, quando o agente praticar


ato com a intenção de transmitir a moléstia,
a pena a ser aplicada é de reclusão, de um
a quatro anos e multa. 
ARTIGO 131

Perigo de contágio de moléstia


grave.
Art. 131  

Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está contaminado, ato capaz


de produzir o contágio:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Perigo para a vida ou saúde de outrem.
Bem jurídico tutelado

Incolumidade física e saúde.


Medidas
despenalizadoras 

 Suspensão condicional do
processo e ANPP.
Sujeito ativo
Qualquer pessoa, seja homem ou
mulher, desde que esteja
contaminada de moléstia grave
contagiosa.

Sujeito passivo
 Qualquer pessoa, desde que nã o
contaminada de moléstia grave
contagiosa. 
Conduta

 O que se pune neste artigo é a


prática de ato, seja direto ou
indireto, capaz de transmitir
moléstia grave da qual o sujeito
ativo é acometido.
Consumação 
Por se tratar de crime formal,
basta, para a consumação, a
prática de ato perigoso, capaz
de transmitir o mal visado. 

Tentativa 
É admitida. A tentativa é
verificada quando o sujeito
ativo, por motivos alheios a sua
vontade, não consegue realizar
o ato capaz de produzir o
contágio.
Ação penal

Ação Penal Pública Incondicionada.


ARTIGO 132 

Perigo para a vida ou


saúde de outrem
Perigo para vida de outrem

Art. 132- Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo e iminente:

Pena- Detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.

Parágrafo único. A pena é aumentada de um sexto a um terço se a exposição da vida ou


da saúde de outrem a perigo decorre do transporte de pessoas para a prestação de serviços
em estabelecimentos de qualquer natureza, em desacordo com as normas legais. ( incluído
pela lei nº 9.777, de 1998).
Bem jurídico tutelado
Vida, integridade corporal, saúde.
Cabimento ou não de medidas
despenalizadoras
Cabe suspensão condicional do processo.
Sujeito ativo e passivo
Sujeito ativo - É considerado um
crime comum, ou seja qualquer
pessoa determinada pode ser
sujeito ativo.

Sujeito passivo - Como não é


exigida condição especial, qualquer
pessoa determinada pode ser o
sujeito passivo.
Conduta
Deve expor a pessoa a uma real
probabilidade de dano, o tipo penal
exige essa demonstração de que o
agente queria realizar essa conduta
contra pessoa certa.
Consumação e tentativa
Consumação - é causado pela prática
de ato capaz de resultar perigo
concreto/ efetivo para a vida ou para a
saúde da vitima.

Tentativa - é possível desde que os atos


que fazem parte da conduta descrita
pela norma possam ser fracionado, já
na modalidade omissiva a tentativa é
inadmissível.
Ação penal
Ação Penal Pública Incondicionada.
Qualificadoras, diminuição e
aumento de pena
Parágrafo único. A pena é aumentada
de um sexto a um terço se a exposição
da vida ou da saúde de outrem a perigo
decorre do transporte de pessoas para a
prestação de serviço em
estabelecimento de qualquer natureza,
em desacordo com as normas legais.
(Incluído pela Lei nº 9.777, de 1998).
A proporção do aumento de pena
depende do graus de periculosidade e
precariedade do transporte, quanto mais
perigoso, maior a possibilidade de
causar dano para as pessoas
transportadas e maior será o percentual
de aumento.
ARTIGO 133

Abandono de incapaz
Abandono de incapaz

Art.133- Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou
autoridade, e por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos
resultantes do abandono.

Pena- detenção, de seis meses a três anos.


§1°- Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena- reclusão, de um a cinco anos.
§2°- Se resulta a morte:
Pena- reclusão, de quatro a doze anos.
Bem jurídico tutelado
A segurança e a incolumidade.
Cabimento ou não de medidas
despenalizadoras

Cabe suspenção condicional do processo


no caput e no §1°, já no §2° não cabe
nenhuma medida despenalizadoras.
Sujeito ativo e passivo

Sujeito ativo - pessoa devido obrigação


legal ou contratual está obrigado a
cuidar, vigiar ou ter sob sua autoridade
a vitima.

Sujeito passivo - pessoa que está sob o


cuidado, guarda, vigilância ou
autoridade do sujeito ativo.
Conduta
Abandonar pessoa que está sob
cuidado, guarda, vigilância ou
autoridade, e por qualquer motivo,
incapaz de defender-se dos riscos do
abandono.
Consumação e tentativa
Consumação - ocorre no momento que
o abandono produz afetiva situação de
perigo para a vítima.

Tentativa - Pode ocorrer na modalidade


comissiva, por exemplo: quando o
agente é surpreendido depositando uma
criança em um local ermo e já está se
distanciando da vitima, antes que ocorra
qualquer situação de perigo concreto.
Ação penal
Ação Penal Pública Incondicionada.
Qualificadoras, diminuição e
aumento de pena
Ocorre o aumento da pena como previsto
no parágrafo 3º:

§ 3º - As penas cominadas neste artigo


aumentam-se de um terço:
I - se o abandono ocorre em lugar ermo;
II - se o agente é ascendente ou
descendente, cônjuge, irmão, tutor ou
curador da vítima.
III – se a vítima é maior de 60 (sessenta)
anos (Incluído pela Lei nº 10.741, de
2003).
ARTIGO 134

Exposição ou abandono
de recém-nascido
Exposição ou abandono de recém-nascido
Art.134 – Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar
desonra própria.
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave
Pena - detenção, de um a três anos.
§ 2º - Se resulta a morte:
Pena - detenção, de dois a seis anos.
Omissão de socorro
Bem jurídico tutelado

A vida e a saúde do recém-nascido


Cabimento ou não de medidas
despenalizadoras
Cabe a suspensão condicional do
processo e transação penal.
Sujeito ativo e passivo

Sujeito ativo - somente pode ser a mãe,


e excepcionalmente o pai.

Sujeito passivo - recém-nascido, com


vida, fruto de relações extramatrimonial
Conduta
A conduta consiste em expor ou
abandonar recém-nascido para
ocultar desonra própria. O sujeito
ativo através de uma deixa ao
desamparo o recém-nascido ou sob
o poder de quem não possa
dispensar assistência adequada.
Consumação e tentativa

Consumação - se dá com o efetivo


abandono ou exposição que resulte
perigo concreto para a vida ou saúde
do recém-nascido.

Tentativa - é admissível, quando


interrompido por circunstancias alheias
a vontade.
Ação penal

Ação Penal Pública Incondicionada.


Qualificadoras, diminuição e
aumento de pena
Se em razão do abandono ocorrer lesão
corporal grave a pena será de 1 a 3
anos de reclusão, se resultar a morte, a
pena será de 2 a 6 anos de reclusão.
ARTIGO 135 

Omissão de socorro
Omissão de socorro

Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem


risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida
ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir,
nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial
(Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012).
Bem jurídico tutelado
Vida e saúde
Cabimento ou não de medidas
despenalizadoras
Cabe suspensão condicionada do
processo.
Sujeito ativo
Sujeito ativo – em relação ao sujeito
ativo é considerado um crime comum,
qualquer pessoa pode ser sujeito ativo.

Sujeito passivo - Já em relação ao


sujeito passivo é crime próprio,
condição especial, ou seja, uma criança
abandonada, extraviada, uma pessoa
invalida, ferida, que se encontra em
desamparo, grave eminente atual
situação de perigo
Conduta
É um crime de forma livre, ou seja o
sujeito pode pratica-lo de várias formas.
Consumação e tentativa
Esse artigo não admite tentativa, pois
quando em caso de risco de saúde da
vítima e os sujeitos se omitem o crime
já se consuma.
Ação penal
Ação Penal Pública Incondicionada.
Qualificadoras, diminuição e
aumento de pena
Essas causas de aumento de pena são
preterdolosas, ou seja, dolo diante a omissão
de socorre e culpa nos casos de resultado
morte ou lesão de natureza grave, ou seja,
não pode ter sido nem desejado e nem
planejado pelo agente.
Parágrafo único - A pena é aumentada de
metade, se da omissão resulta lesão corporal
de natureza grave, e triplicada, se resulta a
morte.
ARTIGO 135 –A

Condicionamento de
atendimento médico-hospitalar
emergencial
Condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial

Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem como o
preenchimento prévio de formulários administrativos, como condição para o atendimento
médico-hospitalar emergencial: (Incluído pela Lei nº 12.653,de 2012).

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Incluído pela Lei nº 12.653,de
2012).
Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da negativa de atendimento resulta
lesão corporal de natureza grave, e até o triplo se resulta a morte. (Incluído pela Lei nº
12.653, de 2012).
Bem jurídico tutelado
Vida e saúde
Cabimento ou não de medidas
despenalizadoras

Cabe suspensão condicionada do


processo.
Sujeito ativo e passivo
Sujeito ativo - Pode ser um funcionário
do hospital, diretor do hospital ou
qualquer outro profissional de saúde,
não precisa necessariamente ser o
médico.

Sujeito Passivo - Qualquer pessoa desde


que esteja em situação de emergência,
a qual se não for atendido logo pode
perder a vida
Conduta
Exigir cheque-caução, nota promissória
ou qualquer garantia, bem como o
preenchimento prévio de formulários
administrativos, como condição para o
atendimento médico- hospitalar
emergencial.
Consumação e tentativa
Consumação - ocorre com a
comprovação do crime de perigo
concreto, e por isso, deve ser provado o
efetivo perigo a que a vítima foi
submetida, convola-se o caso narrado,
em fato atípico, ante a inequívoca
inexistência de perigo.

Tentativa - no caso do artigo em


questão a tentativa é inadmissível.
Ação penal
Ação Penal Pública Incondicional.
Qualificadoras, diminuição e
aumento de pena
Conforme o parágrafo único do artigo:
Parágrafo único. A pena é aumentada
até o dobro se da negativa de
atendimento resulta lesão corporal de
natureza grave, e até o triplo se resulta
a morte. (Incluído pela Lei nº 12.653,
de 2012).
Maus tratos
Maus tratos
CP- Art. 136 – Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoas sob sua autoridade, guarda ou
vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custodia, quer privando-a de
alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivos ou
inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina;
Pena- Detenção, de dois meses a um ano, ou multa.
§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão, de um a quatro anos.
§ 2º - Se resulta a morte:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
§ 3º - Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado contra pessoa
menor de 14 (catorze) anos. (Incluído pela Lei nº 8.069, de 1990)
Bem jurídico tutelado
Trata-se da vida, integridade corporal e a saúde
do sujeito passivo.
Cabimento ou não de medidas
despenalizadoras
Cabe transação penal, já que a pena máxima é
de dois anos.
Sujeito ativo e passivo
Sujeito ativo,quem se encontra na condição
especial de exercer a autoridade,
guarda ou vigilância para fins de
educação,ensino, tratamento ou
custodia.
Sujeito passivo,qualquer pessoa que se
encontre subordinada para fins de
educação, ensino, tratamento ou
custodia.
Conduta
Expor a perigo mediante a umas das formas
apresentadas: privação de alimentos,
privação de cuidados indispensáveis,
sujeição a trabalhos excessivos ou
inadequados e abuso dos meios de
disciplina e correção .
Consumação e tentativa
A consumação acontece com a prática da
exigência, independente de resultado
naturalístico. A tentativa é possível,
apenas em modalidades comissivas.
Ação penal
Pública incondicionada.
Qualificadoras, diminuição e
aumento de pena
Se houver lesão corporal grave a pena será
de reclusão de 1 a 4 anos, e se houver
morte, de 4 a 12 anos. A pena sofrera
um aumento de 1/3, caso a vitima seja
menor de 14 anos.
Rixa
Rixa

CP- Art.137- Participar de rixa, salvo para separar os contendores:

Pena- Detenção de quinze dias a dois meses ou multa.

Parágrafo único- Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato
da participação na rixa, a pena de detenção de seis meses a dois anos.
Bem jurídico tutelado
Integridade mental e física, bem como a
vida.
Cabimento ou não de medidas
despenalizadoras
Transação penal e suspensão condicional.
Sujeito ativo e passivo
Sujeito ativo,qualquer pessoa.
Sujeito passivo, qualquer pessoa incluída na
rixa.
Conduta
Exercida por três ou mais pessoas, onde
todas se encontram em conflito na qual
não é capaz de diferenciar quem são as
vitimas ou os autores do crime .
Consumação e tentativa
A consumação acontece com a prática dos atos
de agressão desordenada. A tentativa é
admissível quando a rixa for
preestabelecido. Caso nascer de improviso,
vira inviável a forma tentada.
Ação penal
Pública incondicionada.
Qualificadoras, diminuição e
aumento de pena
Se ocorre morte ou lesão corporal grave,
aplica-se, pelo fato da participação
na rixa, a pena de detenção, de seis
meses a dois anos.
ARTIGO 328

Usurpação de função pública


Usurpação de função pública

Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública:


Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.

Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem:


Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
Bem jurídico tutelado
Administração pública, especialmente
sua moralidade e probidade
administrativa.
Cabimento ou não de
medidas despenalizadoras
Para o delito descrito no caput, cuja
pena abstrata é inferior a dois anos,
cabe transação penal e suspensão
condicional do processo.
Para o delito na forma qualificada, cuja
pena abstrata é de dois a cinco anos,
não cabem medidas despenalizadoras.
Sujeito ativo e passivo
Sujeito ativo – Qualquer pessoa,
inclusive funcionário incompetente ou
investido em outra função (servidor
que pratica atividade atribuída a outro
agente público, não relacionada à que
lhe foi investida).

Sujeito passivo – Estado brasileiro


(União, Estados membros, Municípios
e Distrito Federal).
Conduta
Usurpar, ou seja, assumir ou exercer
indevidamente mediante fraude ou
violência, funções ou atribuições relativas a
função pública, de natureza gratuita ou
remunerada, na qual o agente não está
legalmente investido.
O elemento subjetivo é o dolo, pois existe
no agente a vontade consciente de usurpar
a função pública ilegitimamente.
Se o agente limitar-se a apresentar-se
como funcionário ou usar uniforme ou
distintivo de função pública, responde pelas
contravenções dos artigos 45 ou 46 das
Leis das Contravenções Penais, e não pelo
delito do Art. 328 do Código Penal.
Consumação e tentativa
Consuma-se quando o agente exerce
efetivamente pelo menos um ato de
ofício típico de função pública em que
ele não está investido.
Em tese, a tentativa é admitida e
verifica-se quando o agente é
interrompido durante a prática de um
ato inequívoco de execução por
circunstâncias alheias à sua vontade.
Ação penal
Pública e incondicionada.
Qualificadoras, diminuição e
aumento de pena
A maior ou menor duração da usurpação
e a maior ou menor quantidade de atos
praticados devem ser considerados na
dosimetria da pena.
A forma qualificada é o auferimento de
vantagem patrimonial ou moral pelo
agente eleva a pena de forma qualitativa
e quantitativa, estando prevista no
parágrafo único do Art. 328: Se do fato o
agente aufere vantagem: Pena - reclusão,
de dois a cinco anos, e multa.
ARTIGO 329

Resistência
Resistência

Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a


funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à
violência.
Bem jurídico tutelado
Administração pública, especialmente
sua moralidade e probidade
administrativa.
Cabimento ou não de
medidas despenalizadoras
Cabe transação penal e suspensão no
caput e apenas suspensão ou ANPP no
§1º.
Sujeito ativo e passivo
Sujeito ativo – qualquer pessoa que,
usando de violência ou ameaça, impeça
a prática de ato legal,
independentemente de qualidade ou
condição especial, podendo ser inclusive
pessoa diversa daquela contra a qual o
funcionário executava o ato.

Sujeito passivo – Estado brasileiro


(União, Estados membros, Municípios e
Distrito Federal) e o funcionário
competente ou quem lhe estivesse
auxiliando na execução do ato legal.
Conduta
Opor-se à execução de ato legal
(legalidade formal e substancial),
mediante violência (uso de força física) ou
ameaça (prenúncio de prática de mal
grave à vítima) a funcionário competente
para executá-lo e a quem lhe estivesse
auxiliando. A resistência deve ocorrer no
momento e no lugar que se realiza o ato
que se pretende impedir.
O elemento subjetivo é o dolo,
caracterizado pela vontade livre e
consciente do agente de resistir a um ato
legal de autoridade competente.
Consumação e tentativa
Consuma-se com a efetiva oposição à
prática de ato legal – a simples
prática da violência ou ameaça,
independentemente da realização ou
não do ato funcional, já consuma o
crime de resistência.
Em tese, a tentativa é admissível,
especialmente porque o ato de resistir
pode ser objeto de fracionamento.
Ação penal
Pública incondicionada.
Qualificadoras, diminuição e
aumento de pena
Como o crime é formal, o efetivo
impedimento da prática do ato legal exaure o
crime – ou seja, não afeta sua definição
legal, mas pode ser considerado na
dosimetria da pena.
Qualificadoras, diminuição e
aumento de pena (cont.)
Em sua forma qualificada (§ 1º), a resistência
se exaure quando o ato funcional é
efetivamente impedido), o que altera a pena
de forma qualitativa (de detenção para
reclusão) e quantitativa (sobe para um a três
anos). A qualificadora requer que o ato legal
deixe de ser praticado por força exclusiva de
violência ou ameaça do agente.
A violência é uma elementar do crime de
resistência e é punida autonomamente do
constitui crime em si mesma.
Artigo 330

 Desobediência
Desobediência
        Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
        Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.
Bem jurídico tutelado

 Administração Pública.
Medidas despenalizadoras 

São cabíveis, tendo em vista se tratar de


infração de menor potencial ofensivo,
Transação Penal e Suspensão Condicional
do Processo.
Sujeito ativo
Qualquer pessoa.

Sujeito passivo
 O Estado, desprestigiado em sua autoridade,
e, secundariamente, o funcionário público
autor da ordem desobedecida.
Conduta 

O que se pune neste artigo é a do


agente que deliberadamente
desobedece a ordem legal de
funcionário público, seja de forma
comissiva ou omissiva.
Consumação
Para se configurar a consumação do delito,
é necessário a desobediência da ordem
legal. Se a ordem consiste em fazer algo, a
consumação decorre da abstenção do
agente; já se a ordem se refere a não fazer
algo, a consumação é verificada na
realização da ação proibida. 

Tentativa
É admitida, na forma comissiva, ou seja,
quando se trata de ordem para não fazer
algo, onde o agente pratica a ação proibida.
Ação penal

Pública incondicionada.
Desacato 
Desacato 

Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função


ou em razão dela: 

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. 


 
Bem jurídico tutelado
Prestígio da administração pública
Cabimento ou não de
medidas despenalizadoras
Sim, cabe Transação Penal e
Suspenção Condicional do Processo.
Sujeito ativo
Qualquer Pessoa.
Sujeito passivo
Funcionário público que está no
exercício de sua função ou em razão
dela, ou seja, dentro ou fora da
repartição pública.
Conduta
Desacatar é o mesmo que
desprestigiar, desrespeitar e humilhar,
ou seja, quando o sujeito ativo
humilha, desrespeita, desprestigia o
funcionário público no exercício de
sua função ou em razão dela, ele
pratica o crime de desacato.
Consumação e tentativa
Consuma-se no momento que o
Sujeito Ativo realiza a ofensa.
Exemplo: Xingar o funcionário, rasgar
uma multa, apontar o dedo, fazer
gestos obscenos, entre outros.

Não cabe tentativa, porém, uma parte


da Doutrina minoritária entende que
caberia tentativa se fosse uma ofensa
física, por exemplo, se o agente fosse
impedido de arremessar um ovo no
funcionário público, entretanto, não
há a possibilidade de tentativa.
Ação penal
Pública Incondicionada.
Qualificadoras, diminuição e
aumento de pena
Não tem.
Tráfico de
Influência
Tráfico de Influência  
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou
promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário
público no exercício da função:
 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.  
Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua
que a vantagem é também destinada ao funcionário. 

 
Bem jurídico tutelado
A administração pública em geral, a
regularidade dos serviços, a
moralidade. 
Cabimento ou não de
medidas despenalizadoras
Não cabe uma vez que a pena mínima
é de 2 anos e a máxima é 5. 
Sujeito ativo
Qualquer pessoa, inclusive funcionário
público.
Sujeito passivo
O Estado.
Conduta
Quando uma pessoa que representa
essa empresa privada se aproveita de
sua posição de prestígio para
persuadir um funcionário público em
conceder vantagens ou benefícios à
ela ou à sua empresa, ela está
cometendo um crime.   
Consumação e tentativa
O agente privado não precisa nem de fato
ter conseguido alguma vantagem concreta
para sua empresa, bastado apenas que ele
insinue a intenção de obtê-la por meio de
influência frente a um agente público. 
 
É denominado crime formal: bastando
apenas que o criminoso tenha agido de
determinada forma para que o crime tenha
acontecido, independentemente do fato de
ter ou não alcançado o resultado que
buscava. 
Ação penal
Pública e incondicionada.
Qualificadoras, diminuição e
aumento de pena
Segundo os termos do Parágrafo
único do Art. 332 - A pena é
aumentada da metade, se o agente
alega ou insinua que a vantagem é
também destinada ao funcionário. 
Corrupção
ativa 
Corrupção ativa 
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para
determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.  
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem
ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica
infringindo dever funcional.

 
Bem jurídico tutelado
Administração pública e sua
moralidade, prestigio.
Cabimento ou não de
medidas despenalizadoras
Cabe apenas ANPP.
Sujeito ativo
Qualquer pessoa e funcionário
público.
Sujeito passivo
O Estado.
Conduta
Oferecer ou prometer vantagem indevida a
funcionário público, para determiná-lo a
praticar, omitir ou retardar ato de ofício. 
O crime de corrupção ativa, se constitui do
simples ato de oferecer a vantagem, omitir ou
retardar ato de oficio, e para a tipificação da
conduta, é irrelevante a finalidade da qual o
funcionário aceitou a vantagem. 
Por exemplo: Fulano, embriagado é parado
por uma fiscalização da lei seca e observando
a situação crítica na qual se meteu, oferece ao
agente que realiza a abordagem, uma boa
quantia para que o “libere”, sendo assim,
estará ele cometendo mais um crime, qual
seja o de corrupção ativa. 
Consumação e tentativa
É possível usar o exemplo do item anterior,
havendo ou não a aceitação da oferta,
Fulano já cometeu o crime disposto no
caput do artigo 333, pois o ato de oferecer
já consuma o crime. 

Porém, caso o fiscal receba o valor, o


mesmo responderá pelo crime previsto no
artigo 317, de corrupção passiva. 

Cabe tentativa, somente na forma escrita,


se houver extravio.
Ação penal
Pública Incondicionada.
Qualificadoras, diminuição e
aumento de pena
Consoante ao parágrafo único do Art.
333, a pena é aumentada de um
terço, se, em razão da vantagem ou
promessa, o funcionário retarda ou
omite ato de ofício, ou o pratica
infringindo dever funcional. 
Descaminho
Art. 334.  Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo
consumo de mercadoria 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. 
§ 1o  Incorre na mesma pena quem:  
I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei; 
II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho;  
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no
exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira que introduziu clandestinamente
no País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina no território nacional ou de
importação fraudulenta por parte de outrem; 
IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial,
mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal ou acompanhada de documentos
que sabe serem falsos.  
§ 2o Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou
clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências.  
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de descaminho é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial.  (
Bem jurídico tutelado

Administração pública.
Se cabe medidas
despenalizadoras

Cabe Suspenção Condicional do


Processo e ANPP, se não for incidente
no §3º.
Sujeito ativo e sujeito passivo
Sujeito Ativo: Crime comum pode ser
cometido por qualquer pessoa, e por
funcionário público, desde que este
não seja responsável pela
fiscalização.  

Sujeito Passivo: Estado e a


Administração Pública.
Conduta

Iludir, no todo ou em parte, o


pagamento de direito ou
imposto devido pela entrada,
pela saída ou pelo consumo
de mercadoria.
Consumação e tentativa.

o momento que mercadoria é liberada.


Por outro local quando entra e sai de
território nacional. É admitida a
tentativa com base na possibilidade de
fracionamento do iter criminis.
Ação Penal

Pública Incondicionada
qualificadoras, diminuição e
aumento de pena

A pena aplica-se em dobro se o


crime de contrabando é
praticado em transporte aéreo,
marítimo ou fluvial, consoante
ao §3º.
Contrabando
Contrabando
Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida:  
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos.  
§ 1o Incorre na mesma pena quem:  
I - pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando;  
II - importa ou exporta clandestinamente mercadoria que dependa de registro, análise ou autorização de órgão público
competente;  
III - reinsere no território nacional mercadoria brasileira destinada à exportação;  
IV - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício
de atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira;  
V - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria
proibida pela lei brasileira.  
§ 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou
clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências. 
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial. 
Bem jurídico tutelado

A Administração Pública é o bem


juridicamente protegido pelo delito de
contrabando.
Cabimento ou não de
medidas despenalizadoras
Cabe Acordo de Não Persecução Penal,
tendo em vista que a pena mínima é
inferior a 4 (quatro anos).
Sujeito Ativo
Delito comum pode ser praticado por qualquer
pessoa, inclusive funcionário público, desde
que, o mesmo não seja responsável pela
fiscalização contra o contrabando. 
 
Sujeito Passivo
É o Estado
Conduta
Importar e exportar mercadoria absoluta
ou relativamente proibida.
Consumação e tentativa.
Consuma-se quando da
entrada(importação ou
saída(exportação) da mercadoria
proibida do território nacional, e vale
salientar, que na exportação, quando a
mercadoria ultrapassa dos limites
territoriais, o crime pode ser
perpetrado via alfandega, na qual a
consumação ocorre no momento da
liberação da mercadoria.
Admite-se a tentativa, com base no
fracionamento do iter criminis.
Ação penal
Pública Incondicionada.
Qualificadoras, diminuição e
aumento de pena

A causa de aumento de pena para os crimes


de descaminho e contrabando, prevista no
§3º Do artigo 334-A, independente de o voo
ser regular ou clandestino. Segundo a regra,
caso o crime seja cometido em transporte
aéreos, marítimos ou fluvial, a pena será
dobrada.
Impedimento,
perturbação ou fraude
de concorrência
Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública ou venda em hasta pública,
promovida pela administração federal, estadual ou municipal, ou por entidade paraestatal;
afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça,
fraude ou oferecimento de vantagem:
        Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, além da pena correspondente à
violência.
        Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem se abstém de concorrer ou licitar, em
razão da vantagem oferecida.
Esclarecimentos primordiais.
Existe uma discussão doutrinária, que
compreende que houve revogação parcial e
não total do art. 335 do CP por lei especial,
sendo ela a Lei de Licitações n° 8.666/93, a
revogação refere-se a impedir, perturbar ou
fraudar concorrência pública, mas continua
vigorando conforme a prática das condutas
que estão na hasta pública.

A lei de Licitações traz esta revogação


(parcial) por meio de seus arts. 93 e 95.
Criação de Nova Lei de
Licitações e Contratos
No dia 1° de abril de 2021, foi sancionada e
publicada a nova Lei de Licitações e
Contratos (14.133/21), que tem por objetivo
revogar a antiga Lei de Licitações – 8.666/93
e outras, como mencionado no art. 193,
inciso II, todavia, só serão revogados após
passados 2 anos da publicação oficial desta
Lei.
Diversamente do que acontece com os arts.
89 a 108 da Lei 8.666/93 que foram
revogados na data da publicação da nova
Lei, em concordância com previsão do art.
193, inciso I.
Elementos Objetivos do tipo.
Impedir – obstar.

Perturbar – embaraçar, atrapalhar.

Fraudar – enganar, iludir, mentir.

Afastar – dissuadir, desestimular,


desaconselhar, convencer a mudar de ideia

Concorrentes: são os que se encontram em


oposição na pretensão do mesmo objeto.

Licitante: É todo fornecedor (PF ou PJ) que


entre em um embate de concorrência pública
objetivando oferecer seus produtos e/ou
serviços para o governo.
Elemento subjetivo do tipo

Dolo – é a conduta proposital de afastar de modo


desleal (impedindo, fraudando ou perturbando)
concorrentes na disputa em Hasta Pública.

Esse crime não tem modalidade CULPOSA,


visto que, a conduta prevista no tipo sem o dolo
de prejudicar a concorrência, não iria torna o fato
típico, que está previsto no Art. 335 do CPP.
Qual a diferença entre leilão
judicial e extrajudicial?
O leilão judicial se dá por determinação
judicial com a tomada dos bens do devedor
para o pagamento e quitação de suas
dívidas.

Diversamente dos leilões extrajudiciais, que


são feitos por “instituições financeiras,
acontecendo quando um bem é colocado
como garantia real de um empréstimo e,
havendo a inadimplência do empréstimo, o
bem é tomado e levado a leilão, para
quitação da dívida.”

Fonte: (
Você conhece as diversas vantagens de arrematar imóvei
s em leilão? (danielfrederighiadvogados.com.br)
Bem jurídico tutelado
É a proteção dos interesses morais e
patrimoniais da Administração Pública,
bem como, a transparência e igualdade
de concorrência na venda do bem leiloado
e da livre concorrência para contratação e
oferta de mercadorias e negócios ou
serviços pelo Estado.
Cabimento ou não de
medidas despenalizadoras
Caberá Transação Penal e SURSIS
Processual, desde que o sujeito ativo
não tenha usado de violência e grave
ameaça.
Sujeito ativo
qualquer pessoa. 

Sujeito passivo
Estado.
Consumação e tentativa
O crime é consumando quando o
agente passivo é impedido,
perturbado ou fraudado, quanto a
concorrência pública ou disputa em
venda de hasta pública. Ou ainda,
afastar concorrente ou licitante.

É admitida a tentativa quando se


referir à hasta pública
Ação penal
Pública Incondicionada.
Inutilização de edital ou de
sinal
Art. 336 – Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou
conspurcar edital afixado por ordem de funcionário público;
violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por determinação
legal ou por ordem de funcionário público, para identificar ou
cerrar qualquer objeto
Pena – detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Bem jurídico tutelado
Administração pública

Elemento Subjetivo do tipo

O Dolo em destruir ou macular edital,


selo ou sinal público.

De forma pacificada o dolo não precisa


ser específico, por exemplo, o dolo é
caracterizado na intenção do Sujeito Ativo
de danificar ou macular o edital, selo ou
sinal público, prejudicando-se assim a
informação disponibilizada pela
Administração Pública.
Cabimento ou não de
medidas despenalizadoras
Caberá Transação Penal e Suspensão
Condicional do Processo.
Sujeito Ativo
Crime comum pode ser qualquer pessoa,
inclusive funcionário público.
  
Sujeito Passivo
O Estado.
Conduta
rasgar (cortar, lacerar) total ou
parcialmente de qualquer forma
inutilizar b. violar, romper. devassar,
tornar inútil.
Consumação

Consuma-se com efetiva realização


das condutas incriminadas: rasgar
ou violar edital.

A tentativa é admitida, tendo em


vista, que destruir ou apenas
macular total ou parcialmente, já se
caracteriza nos moldes do crime.
Ação Penal

Publica Incondicionada
ARTIGO 337

Subtração ou inutilização de
livro ou documento
Subtração ou inutilização de livro ou documento

Art. 337 - Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial, processo ou


documento confiado à custódia de funcionário, em razão de ofício, ou de particular em
serviço público:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Bem jurídico tutelado
Administração pública, especialmente
o funcionamento regular da atividade
administrativa.
Cabimento ou não de
medidas despenalizadoras
Não cabe transação penal nem
suspensão condicional do processo,
uma vez que, a pena mínima do crime
é de dois anos de reclusão, podendo
chegar a cinco anos.
Sujeito ativo e passivo
Sujeito ativo – Qualquer pessoa,
independentemente de qualidade ou
condição. Não exclui o próprio funcionário
encarregado da custódia do objeto material
que, ao infringir seu dever funcional,
prejudica os interesses da Administração
Pública e outros que sejam diretamente
atingidos.

Sujeito passivo – Estado brasileiro (União,


Estados membros, Municípios e Distrito
Federal) e, secundariamente, o eventual
prejudicado diretamente pelas condutas do
sujeito ativo.
Conduta
Subtrair (retirar) e inutilizar (tornar inútil
ou imprestável) tendo por objeto livro
oficial, processo ou documento. O tipo
penal busca punir quem deixar de zelar
pelas coisas que lhe são confiadas,
subtraindo-as ou inutilizando-as.
O elemento subjetivo é o dolo. Não
existe a forma culposa.
Consumação e tentativa
Consuma-se com a subtração ou
inutilização de livro oficial, processo
ou documento confiado em razão de
ofício, ou de particular em serviço
público, à custódia do agente.
Admite-se a tentativa, bastando que o
agente seja interrompido por causas
alheias à sua vontade. Alguns
doutrinadores, como é o caso de
Guilherme Nucci, considera a
inutilização parcial já é um crime
consumado.
Ação penal
Pública incondicionada.
Qualificadoras, diminuição e
aumento de pena
A pena cominada é de reclusão de dois a
cinco anos, se o fato não constituir crime
mais grave. Se a conduta reprovada
apresentar algum elemento que integre
figura penal mais grave, havendo melhor
adequação típica, esse será o dispositivo que
prevalecerá.
ARTIGO 337 - A

Sonegação de contribuição
previdenciária
Sonegação de contribuição previdenciária

Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório,


mediante as seguintes condutas:
I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações
previsto pela legislação previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador
avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços;
Sonegação de contribuição previdenciária (Cont. 337-A)

II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as


quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador
de serviços;
III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou
creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Sonegação de contribuição previdenciária (Cont. 337-A)

§ 1o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as


contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência
social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.
§ 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o
agente for primário e de bons antecedentes, desde que:
I – (VETADO)
Sonegação de contribuição previdenciária (Cont. 337-A)

II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele
estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para
o ajuizamento de suas execuções fiscais.
§ 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não
ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena
de um terço até a metade ou aplicar apenas a de multa.
§ 4o O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas datas e
nos mesmos índices do reajuste dos benefícios da previdência social.
Bem jurídico tutelado
Fontes de custeio da seguridade
social, especialmente direitos relativos
à saúde, previdência e assistência
social.
Cabimento ou não de
medidas despenalizadoras
Não cabem medidas despenalizadoras,
 pois a pena prevista é de dois a cinco
anos de reclusão e multa.
Sujeito ativo e passivo
Sujeito ativo – Titular de firma individual,
sócios solidários, gerentes, diretores ou
administradores que tenham efetivamente
participado da administração da empresa
a ponto de concorrer de maneira eficaz
para a conduta punível (Eros Piceli, ob.
Cit., p. 29). Não basta constar no contrato
social como sócio ou diretor.

Sujeito passivo – Estado brasileiro,


representado pelo INSS, o órgão
encarregado da seguridade social.
Conduta
Suprimir (excluir, eliminar, deixar de
pagar) ou reduzir (diminuir, descontar ou
recolher menos que o devido)
contribuição previdência e qualquer
acessória. Omitir segurados da folha de
pagamento da empresa ou de documento
de informações previsto pela legislação
previdenciária de todos ou segurados ou
seus serviços, tendo como resultado a
sonegação da contribuição previdenciária.
Deixar de lançar mensalmente na
contabilidade da empresa os valores
descontados dos segurados ou devidos
pelo empregador ou tomador de serviços,
sonegando a contribuição devida.
Conduta (cont.)
Omitir receitas ou lucros auferidos,
remunerações pagas ou creditadas ou
demais fatos gerados de contribuições
sociais previdenciárias, resultando em
supressão ou sonegação.
O elemento subjetivo do tipo é o dolo –
como em todo delito de natureza fiscal, é
preciso que haja a vontade de fraudar a
previdência, deixando de pagar a
contribuição. Não existe a forma culposa.
Consumação e tentativa
O crime de sonegação de contribuição
previdenciária se consuma com a
supressão ou redução efetiva da
sonegação, total ou parcial, da
contribuição devida.
Embora seja de difícil configuração,
admite-se em tese a figura tentada.
Ação penal
Pública incondicionada.
Qualificadoras, diminuição e
aumento de pena
Se a sonegação de contribuição
previdenciária não tiver sido praticada por
intermédio de pessoa jurídica e a folha de
pagamento não ultrapassar determinado
valor, o § 3º prevê a diminuição de pena de
um terço até metade ou aplicação de multa
somente. Para isso, consideram-se a
primariedade e os antecedentes do agente,
que deve ser pessoa física ou contribuinte
individual.
Corrupção
ativa em
transação
comercial
internacional 
Corrupção ativa em transação comercial internacional 

Art. 337-B. Prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem


indevida a funcionário público estrangeiro, ou a terceira pessoa, para determiná-
lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício relacionado à transação comercial
internacional:  (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002) 
Pena – reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 10467,
de 11.6.2002) 
Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se, em razão da
vantagem ou promessa, o funcionário público estrangeiro retarda ou omite o ato
de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. (Incluído pela Lei nº 10467,
de 11.6.2002)

 
Bem jurídico tutelado (Art.
337-B)
Proteção da lealdade no comercio
exterior. 
Cabimento ou não de
medidas despenalizadoras
(Art. 337-B)
Cabe suspensão condicional do
processo e ANPP.
Sujeito ativo (Art. 337-B)
Qualquer pessoa.
Sujeito passivo (Art. 337-B)
A Administração pública estrangeira
atinente ao Comércio exterior
prejudicada na relação comercial. 
Conduta (Art. 337-B)
É a conduta dolosa de solicitar, exigir, cobrar
ou obter vantagem ou promessa de vantagem
com o pretexto de influir em ato de
funcionário público estrangeiro relacionado à
transação comercial. 
Consumação e tentativa (Art.
337-B)
As condutas de prometer e oferecer
caracterizam modalidade de crime formal.
Sendo suficiente a sua prática para que se
consume o delito. Mesmo tratando-se de
crime formal admite-se a tentativa, se a
promessa ou oferecimento se der por
escrito. 
Ação penal
Pública Incondicionada.
Qualificadoras, diminuição e
aumento de pena
Traz o parágrafo único do art. 337-B
que "A pena é aumentada de 1/3, se,
em razão da vantagem ou promessa,
o funcionário público estrangeiro
retarda ou omite o ato de ofício, ou o
pratica infringindo dever funcional."  

A qualificadora da exacerbação é
aplicada apenas quando o Sujeito
Ativo atinge resultado específico.
Tráfico de
influência
em
transação
comercial
internacional
Tráfico de influência em transação comercial internacional

        Art. 337-C. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, vantagem ou promessa de vantagem a pretexto de influir em ato praticado
por funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado a transação
comercial internacional:

        Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

        Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a
vantagem é também destinada a funcionário estrangeiro.
Bem jurídico tutelado
É a administração pública estrangeira,
nos seus aspectos moral e material. 
Cabimento ou não de
medidas despenalizadoras
Cabe somente ANPP 
Sujeito ativo
Qualquer pessoa, inclusive funcionário
público.

Sujeito passivo
É a pessoa física ou jurídica
prejudicada, e o Estado.
Conduta
cobrar, exigir, solicitar ou obter
vantagem ou promessa de vantagem
a pretexto de influir em ato de
funcionário público em transação
comercial internacional. 
Consumação e tentativa
O delito é formal nos verbos solicitar,
exigir e cobrar, atingindo a
consumação no momento que o autor
pratica a ação. No verbo obter, se
trata de crime material, e consuma-se
no momento em que o sujeito obtém
a promessa ou sua vantagem. A
tentativa é pode ocorrer, porém,
apenas em casos raros. 
Ação penal
Pública e incondicionada
Qualificadoras, diminuição e
aumento de pena
qualificadoras, diminuição e aumento
de pena: Consoante ao Parágrafo
único, a pena será aumentada da
metade, se o agente alega ou insinua
que a vantagem é também destinada
a funcionário estrangeiro.
Funcionário público
estrangeiro
Funcionário público estrangeiro
     
Art. 337-D. Considera-se funcionário público estrangeiro, para os efeitos penais, quem, ainda
que transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública em
entidades estatais ou em representações diplomáticas de país estrangeiro.
       
Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público estrangeiro quem exerce cargo, emprego
ou função em empresas controladas, diretamente ou indiretamente, pelo Poder Público de
país estrangeiro ou em organizações públicas internacionais.
Esse artigo versa de
norma meramente
explicativa sobre o que é
um funcionário público
estrangeiro, sendo assim,
não se trata de um crime. 

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