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PERIGO CONCRETO
Art. 306 do CTB Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em
razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine
dependência:
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor
PERIGO ABSTRATO
Quanto a necessidade do resultado naturalístico para a
consumação (alterações no mundo real)
Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa
QUANTO A FORMA DA CONDUTA
Homicídio simples
Art. 121. Matar alguem:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
IX - contra menor de 14 (quatorze) anos:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Lesão corporal
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Lesão corporal de natureza grave
§ 1º Se resulta:
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
QUANTO A DEPENDÊNCIA DE OUTRO CRIME PARA
EXISTIR
PRINCIPAL ACESSÓRIO
IMPORTUNAÇÃO SEXUAL
Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato
libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de
terceiro:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui
crime mais grave. (crime subsidiário)
BEM JURÍDICO PENAL
Bem jurídico penal Objeto material do crime
Objeto jurídico tutelado Bem ou pessoa
pela norma. diretamente relacionado
com o ato do agente
Exemplo: homicídio - vida criminoso.
Ex: homicídio –
vítima/pessoa
Furto – res furtiva/coisa
QUANTO A UNICIDADE DO TIPO PENAL
SIMPLES COMPLEXO
UNISSUBISISTENTE PLURISSUBISISTENTE
MONOSUBJETIVO OU PLURISUBJETIVO OU DE
DE CONCURSO CONCURSO NECESSÁRIO
EVENTUAL
agente pode fazer só para a necessária a pluridade de
consumação, mas
eventualmente pode haver agentes para a
um concurso de pessoas consumação do crime
Estupro, homicídio, Associação criminosa,
roubo, etc. organização criminosa, rixa,
etc.
ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA
CRIMES CONTRA A VIDA
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU
CRIMES AUXÍLIO A SUICÍDIO OU A
AUTOMUTILAÇÃO (ART. 122 DO CP)
CONTRA A
VIDA
INFANTICÍDIO (ART. 123 do CP)
ADMITE TENTATIVA
Clara descobriu que o seu namorado, estuprou a sua filha de 6 anos. Indignada,
Clara atrai João para o seu quarto e o venda. Com uma faca, Clara corta o pênis de
João o qual sangra até a morte. (relevante valor moral)
João é policial militar que está sofrendo porque foi traído pela esposa. Bebendo em
um bar, Túlio amante da esposa de João, o chama de corno e otário. Já nutrindo
ódio por Túlio e alterado pelo álcool, João pega uma garrafa quebrada e desfere um
golpe no pescoço de Túlio, matando-o. domínio de violenta emoção, logo em
seguida a injusta provocação da vítima
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO
Art. 121 [...]
Caso de diminuição de pena
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de
relevante valor social (interesse da sociedade) ou moral
(interesse particular), ou sob o domínio de violenta emoção,
logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode
reduzir a pena de um sexto a um terço.
§ 2° Se o homicídio é cometido:
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou
outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição (única que não é de ordem objetiva), de emboscada,
ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne
impossivel a defesa do ofendido;
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:
Clara descobriu que o seu namorado, estuprou a sua filha de 6
anos. Indignada, Clara com a ajuda de Suzana (sua irmã)
decidem matar João. Clara não teve coragem, mas pediu para
Suzana fazer isso. Sem o conhecimento de Clara, Suzana
consegue prender João no seu carro e atira gasolina,
incendiando-o. Clara também responderá pelo homicídio
privilegiado-qualificado ou apenas pelo qualificado?
Homicídio contra menor de 14 (quatorze) anos (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência
IX - contra menor de 14 (quatorze) anos: (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
HOMICÍDIO QUALIFICADO
Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo
torpe (abjeta, vil, etc);
Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa (homicídio
mercenário – casuística – somente executor), ou por outro motivo torpe
(geral);
qualificadora de ordem subjetiva
Qualificadora de concurso necessário
Discriminação homofóbica pode caracterizar motivo torpe
Júlia, desejando a herança do seu marido Antônio, pede para
Lucas, assessor do seu marido, para matar Antônio em troca de
uma noite de sexo. Lucas, louco de desejo por Júlia, mata
Antônio.
Qualificadora subjetiva
Clara, policial civil, observa que Pedro possui uma tatuagem de palhaço,
bem como descobriu que esse matou seu colega policial. Razão pela
qual ela coloca um saco na cabeça de Pedro e fica colocando e
retirando, até que Pedro faleça.
HOMICÍDIO QUALIFICADO
Clara, policial civil, coloca um saco na cabeça de Pedro, enquanto grita
com esse, questionando onde ele guardou a droga. Contudo, Pedro fica
desacordado e acaba falecendo devido às lesões provocadas por Clara.
(crime de tortura qualificada pelo resultado morte, art. 1º, I, alínea “a” ,
§3º da Lei 9455/97) – depende do dolo do agente – crime preterdoloso –
juiz de direito
Clara, policial civil, observa que Pedro possui uma tatuagem de palhaço,
bem como descobriu que esse matou seu colega policial. Razão pela
qual ela coloca um saco na cabeça de Pedro e fica colocando e
retirando, até que Pedro faleça. (homicídio qualificado pela tortura e
pelo motivo torpe) – dolo direto ou eventual – tribunal do júri
HOMICÍDIO QUALIFICADO
Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
IV - à traição (ordem subjetiva), de emboscada, ou mediante
dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa
do ofendido (ordem objetiva);
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Traição (crime próprio – a vitima precisa ter confiança no autor): é o ataque súbito, inesperado e
desleal.
Emboscada: é a tocaia, a ocultação do agente para a prática do crime.
Dissimulação: é o fingimento, é a ocultação do desígnio do autor.
Outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima: cláusula de interpretação
analógica, que tem como parâmetros todas as outras circunstâncias acima enumeradas.
Premeditação não qualifica o crime
HOMICÍDIO QUALIFICADO
Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
V - para assegurar a execução (conexão teleológica – crime
praticado antes), a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro
crime (conexão sequencial):
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Em qualquer dos casos, o outro crime pode ter sido praticado ou não pelo próprio
agente
Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer
ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual
ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente
de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são
ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade
expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com
a ofendida, independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação
sexual.
HOMICÍDIO QUALIFICADO
Menosprezo é o sentimento de repulsa ou de desprezo. Menosprezar alguém
por sua condição de mulher é buscar diminuir o seu valor enquanto ser humano
em virtude de tal qualidade, é depreciar tal condição.
Homicídio contra menor de 14 (quatorze) anos (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência
IX - contra menor de 14 (quatorze) anos:
(Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) LEI HENRY BOREL –
VIGÊNCIA 09/07/2022
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
HOMICÍDIO QUALIFICADO
Guilherme (13 anos) recebeu cinco tiros de Lucas, seu padrasto
no dia 15/10/2022. Não obstante, só veio a falecer após o seu
aniversário de 14 anos. Lucas responderá pelo crime de
homicídio qualificado em virtude da vitima ser menor de 14
anos?
Não, pois ensejaria bis in idem. Mas nada impede de ser reconhecida a qualificadora
por motivo torpe com a referida causa de aumento de pena.
HOMICÍDIO QUALIFICADO
Aumento de pena
Art. 121 do CP
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta
de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de
prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato,
ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é
aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14
(quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.
Não, pois ensejaria bis in idem. Mas nada impede de ser reconhecida a qualificadora
por motivo torpe com a referida causa de aumento de pena.
HOMICÍDIO QUALIFICADO
Homicídio qualificado
Homicídio contra menor de 14 (quatorze) anos (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência
§ 2º-B. A pena do homicídio contra menor de 14 (quatorze) anos é
aumentada de: (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência
I - 1/3 (um terço) até a metade se a vítima é pessoa com deficiência ou
com doença que implique o aumento de sua vulnerabilidade (o autor
precisa saber disso); (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência
II - 2/3 (dois terços) se o autor é ascendente, padrasto ou madrasta, tio,
irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador
da vítima ou por qualquer outro título tiver autoridade sobre ela.
III - 2/3 (dois terços) se o crime for praticado em instituição de
educação básica pública ou privada.
(Incluído pela Lei nº 14.811, de 2024)
HOMICÍDIO QUALIFICADO
HOMICÍDIO FAMILIAR – NÃO QUALIFICA POR SI SÓ O CRIME DE
HOMICÍDIO, MAS SIM AGRAVANTE GENÉRICA DO ART. 61, II,
“e” DO CP.