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Sujeito Ativo: qualquer pessoa, dever genérico de não se omitir. O sujeito ativo
deve estar no local e momento em que o periclitante (vítima) precisa de socorro.
Consumação: quando o agente (sujeito ativo) não presta socorro, ainda que
outrem o faça.
Para Luiz Regis Prado, o código penal não limitou a omissão de socorro de sua
proteção aos menores de sete anos, incluindo no título “Da periclitação da vida e da
saúde”. Trata-se de um dever geral de prestação de socorro com extensão variada, dever
jurídico exigível para garantir a segurança individual.
Cezar Bitencourt também define como dever geral que se destina a todos, a fim
de assistir reciprocamente a todos. Se a omissão violar um dever especial constituirá
outro crime. Dever geral equipara-se a obrigação solidária. Se uma pessoa já prestou
assistência a outra está desobrigada a fazê-lo, contudo se não tiver eficácia ela
continuara vinculada, e sua abstenção caracterizará crime omissivo.
Art. 136: Maus tratos: Expor a perigo a vida ou a saúde da pessoa sob sua
autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia,
quer privando0a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a
trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina:
Pena – detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano, e multa.
Violência contra a mulher não configura o crime de maus tratos, pois o marido,
companheiro não exerce autoridade sobre ela para os fins denominados no tipo penal. O
mesmo ocorre para o filho maior que não tiver vinculo jurídico de subordinação.
É dever dos pais disciplinarem seus filhos porem o exercício abusivo desse
direito é vedado. É necessário que seja de forma moderada e com a finalidade educativa,
ius corriendi.
Dolo eventual: não é a vontade do agente contudo ele assume o risco de expor a
vítima a perigo, configurando dolo eventual,
Consumação: é suficiente a probabilidade de dano, desnecessário o resultado
material. Porém é inadmissível a mera presunção pois é crime de perigo concreto.
Tentativa: teoricamente é possível, desde que o eventus periculli não ocorra por
circunstancias alheias a vontade do agente. Quando houver o iter criminis será tentativa.
JESUS, Damásio de, Direito Penal, 2º volume: parte especial dos crimes contra a
pessoa e dos crimes contra o patrimônio. 21ª edição – São Paulo: Saraiva, 2011.
PRADO, Luiz Regis. Curso de direito penal brasileiro: volume 2, 10ª ed. ver.
atual e ampl. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011.