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Crianças e adolescentes são inimputáveis – Art. 228, CF; Art. 104, ECA; Art. 22, CP.
Cometem Ato Infracional: Ato análogo a crime ou contravenção penal – art. 103, ECA.
Medida Socioeducativa – aplicada apenas aos adolescentes – art. 105 ECA.
Diferença entre criança e adolescente: Criança não pode ser condenada a medida
socioeducativa – para Criança só pode ser aplicada medida de proteção.
Criança = até 12 anos. Adolescente = de 12 até 18. Art. 2 do ECA.
Teoria da atividade – Art. 4º do CP – O que importa é a idade em que foi cometido o fato.
Medidas de proteção- art. 98 do ECA: São aplicadas com o objetivo de proteger a criança
ou adolescente, sempre que direitos reconhecidos são ameaçados ou violados:
a) Por ação ou omissão da Sociedade ou do Estado;
b) Por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;
c) Em razão de sua conduta (quando cometem atos infracionais).
Podem ser aplicadas de maneira cumulativa ou de maneira isolada. Ex: Se tratando de
adolescente, poderá ser aplicada medida de proteção + medida socioeducativa.
Podem ser substituídas a qualquer tempo por terem caráter pedagógico e fortalecimento de
vínculos familiares e comunitários (art. 99 e 100 do ECA) – As medidas de proteção não
correspondem a qualquer tipo de sanção ou punição.
Espécies de medida de proteção: art. 101 e 129 (129 são medidas de proteção específicas para
os pais).
São elas: a) Encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade:
Sempre que a criança ou adolescente for encontrado longe desses, por exemplo. O
acolhimento institucional é medida excepcional.
b) Orientação, apoio e acompanhamento temporários;
c) Matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimentos oficiais de ensino fundamental: O
papel importante da escola no acompanhamento de faltar, evasão escolar e também do
Conselho Tutelar para verificação dos motivos que levam às faltas.
d) Inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção
da família, da criança e do adolescente.
e) Requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou
ambulatorial.
f)Inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a
alcoólatras e toxicômanos.
g) Acolhimento institucional;
h) Inclusão em programa de acolhimento familiar: tanto o acolhimento institucional quanto o
familiar são medidas excepcionais e provisórias até a reintegração à família ou colocação em
família substituta não implicam em privação de liberdade. Em qualquer uma dessas
modalidades de acolhimento ocorrerá no local mais próximo a residência dos pais ou
responsáveis. Aplicação de última hipótese, e provisória = Família previamente cadastrada que
não tenha intenção de adotar, só irão durar enquanto o juiz averigua a situação.
i) Colocação em família substituta: Afastamento do convívio familiar. Competência do Poder
Judiciário exclusivamente, se dá por provocação. – Se dá por meio de encaminhamento de
relatório ao Ministério Público quando não há possibilidade de reintegração familiar. A partir
daí, um terceiro interessado pode pleitear a tutela ou guarda da criança/adolescente.
Ministério Público tem 15 dias para ingressar com a ação de destituição do poder familiar ou
pedir estudos complementares para tomar providência. Será feito de tudo para que a criança
volte para a família (Poder Judiciário é quem decide).
Obrigação de reparar o dano: Art. 116 do ECA – ato infracional com reflexos patrimoniais,
nesse caso a autoridade poderá determinar que o adolescente restitua a coisa, promova o
ressarcimento do dano, ou por outra forma, compense o prejuízo da vítima – Se for impossível
de restituir, a medida pode ser substituída por outra adequada.
Prestação de serviço à comunidade: Art. 117 do ECA: Prestação de serviço comunitário,
através da realização de tarefas gratuitas de interesse geral : Em hospitais, escola, etc.
Período máximo de 6 meses, com carga máxima de 8h semanais.
Pode ser cumprida em qualquer dia, desde que não atrapalhe a frequência escolar ou
trabalho. (feriado e domingo pode)
Liberdade Assistida: Art. 118 e 119 do ECA – Autoridade competente designará uma pessoa
capacitada para acompanhar o caso, pessoa que poderá ser recomendada por entidade ou
programa de atendimento às criança e adolescentes, seu dever é de acompanhar, auxiliar e
orientar o adolescente.
Prazo mínimo de 6 meses, pode ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida a
qualquer tempo. (determinada pelo SINASE LEI 12.594/2012 – execução das medidas
socioeducativas)
O orientador irá promover socialmente o adolescente, supervisionar a frequência na escola,
profissionalização e apresentar relatórios de cumprimento.
Semiliberdade: Art. 120 ECA- medida socioeducativa restritiva de direitos – não cabe remissão.
Adolescente dorme na entidade de internação e durante o dia fará atividades externas
obrigatórias (independe de autorização judicial): Escolarização e profissionalização.
Prazo máximo de 3 anos (por analogia à medida de internação); Não possui prazo mínimo e
deve ser reavaliada a cada 6 meses.
Internação: Art. 121 a 125 do ECA – Medida grave e excepcional. Mínima duração possível:
Princípio da brevidade.
Atividades externas: é possível a partir dos critérios dos educadores, salvo se o juiz restringir.
Prazo máximo de 3 anos, podendo ser colocado em medida de semiliberdade ou liberdade
assistida. Com 21 anos ocorre a liberdade compulsória (deve ser liberado imediatamente).
Ressalva as hipóteses de medida aplicada por ato infracional praticado durante a execução da
medida (art. 45, §1º da lei 12.594/12).
A desinternação ocorre após autorização judicial, ouvido o Ministério Público (art. 121, § 6º).