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O SISTEMA NACIONAL
SOCIOEDUCATIVO E AINTERFACE
COM AS POLITICAS PÚBLICAS
4.1 JUVENTUDES E
VIOLÊNCIA
• Contexto socio histórico no Brasil
• Abandona familiar e social
• Discriminação, pobreza, preconceito.
• Pesquisa realizada no Rio de Janeiro, em 1998, com 1.220 jovens de todos os estratos sociais mostra
como a violência na mídia é vista pelos jovens.
• As cenas de agressão física exibidas pela tevê são consideradas uma reprodução da realidade, para cerca
de metade dos jovens cariocas. Revelam também que a televisão discrimina os jovens das camadas
populares, sobretudo os moradores de favelas e periferias, associando-os à criminalidade e reforçando o
estereótipo do jovem negro e favelado. Os jovens informam ainda que a propaganda os influencia ao
consumo e que alguns se envolvem com delitos para terem acesso a bens de consumo aos quais, de
forma geral, não teriam acesso pela via legaL
O ECA foi instituído pela Lei 8.069 no dia 13 de julho de
1990. Ele regulamenta os direitos da criança e do
adolescente inspirados pelas diretrizes da Constituição
de 1988, representando um marco nas políticas públicas
destinadas as crianças e adolescentes, bem como um
salto de qualidade para aqueles considerados carentes,
abandonados, infratores dentre outros.
A partir do ECA as crianças e adolescentes passaram,
ao menos legalmente, a ser vistos como sujeitos de
direito, considerados pessoas em desenvolvimento e a
quem se devem garantir políticas publicas de qualidade.
Sendo afirmados direitos individuais, políticos e sociais
que devem ser assegurados pela família, pela sociedade
e pelo Estado. .
4.2 ATOS INFRACIONAIS E
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
Atoinfracional é aquele ato condenável, de desrespeito às leis, à
ordem pública, aos direitos dos cidadãos ou ao patrimônio,
cometido por crianças ou adolescentes. No caso de ato infracional
cometido por criança (até 12 anos incompletos), aplicam-se as
medidas de proteção, nesse caso, o órgão responsável pelo
atendimento é o Conselho Tutelar. Já o ato infracional cometido por
adolescente deve ser apurado pela Delegacia da Criança e do
Adolescente a quem cabe encaminhar o caso ao Promotor de Justiça
que poderá aplicar uma das medidas socioeducativas previstas no
Estatuto da Criança e do Adolescente da Criança e do Adolescente,
Lei 8.069/90.
O ECA tratado ato infracional em seu artigo 103 como sendo a
conduta da criança e do adolescente que pode ser descrita como
crime ou contravenção penal. “Considera-se ato infracional a
conduta descrita como crime ou contravenção penal.”
O Estatuto estabelece que sejam penalmente inimputáveis os menores
de dezoito anos, porém capazes, inclusive a criança, de cometer atos
infracionais, possíveis então de aplicação de medidas
socioeducativas quais sejam (art102): advertência; obrigação de
reparar o dano; prestação de serviços a comunidade; liberdade
assistida; inserção em regime de semiliberdade; internação em
estabelecimento educacional e, por fim, qualquer uma das previstas
no art. 101, I a VI, conforme o art. 105 do ECA.
MEDIDAS SOCIO EDUCATIVAS – art.112- ECA
I - advertência;
II - obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade;
IV - liberdade assistida;
V - inserção em regime de semiliberdade;
VI-internação em estabelecimento educacional;
VII -qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
Além disso, deve ser considerada a idade do
adolescente à data do fato (art. 104 e parágrafo
único do ECA)
Já, com relação às crianças, ou seja, às pessoas de até doze anos de idade
incompletos, que cometem infrações análogas às penais, o
Estatuto da Criança e do Adolescente as excluiu da aplicação de medida
socioeducativa, determinando, no seu art. 105, que ao ato infracional praticado
por criança corresponderão às medidas de proteção previstas no art. 101, que
podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente (art. 99, ECA).
.
Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança
corresponderão as medidas previstas no art. 101.
• Marcos conceituais
Os problemas enfrentados pela infância e pela juventude no Brasil são muitos e não se limitam apenas a
uma determinada classe social, raça, religião, ou qualquer outro fator pré-concebido. As dificuldades e
ameaças podem ser provenientes de qualquer lugar: dos meios de comunicação; de um processo irracional
de globalização; de uma precária condição sócio-econômica; da negligência do Poder Público; e até mesmo
do próprio seio familiar.