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1.Quem respondeu este formulário?

(até duas pessoas, nomes


completos)

Claudia Batista
Marcela Roberta Kohl
Henrique Moraes Stival
Lorena Aiko Ingles Diniz
Luan Mazuruka Fachini
Renan Manfron de Oliveira

2.O ECA versa sobre 5 "Direitos Fundamentais" da criança e do


adolescente. Cite-os:
1 - Do Direito à Vida e à Saúde
2 - Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade
3 - Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária
4 - Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer
5 - Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho

3.Do que trata a Lei do Sistema Nacional de


Atendimento Socioeducativo (SINASE), Lei n.º 12.594, de 18 de
janeiro de 2012?

A Lei do SINASE se trata sobre a regulamentação da execução de


medidas socioeducativa de crianças e adolescentes. Quando uma criança
ou adolescente comete um fato previsto como crime no Código Penal, ela
não é punida como se fosse um adulto, ela comete um ato infracional, pois
segundo o ECA e discussões diversas, uma criança/adolescente não tem
repertório suficiente para estabelecer o que é certo ou errado, assim
discernimento e compreensão das normas de conduta, pois ainda se
encontra-se em seu desenvolvimento pleno – considerando-se criança até
os 12 anos de idade incompletos e adolescente entre 12 e 18 anos.
Com base nisso, quando uma criança ou adolescente comete um
“crime” que neste caso se denomina de ato infracional, ela não é julgada
como um adulto – acima de 18 anos completos, mas sim como criança ou
adolescente recebendo Medida Protetiva (criança) ou Medida
Socioeducativa (adolescente).
Devido o SINASE, fez-se alterações no ECA – Estatuto da Criança e do
Adolescente e no CLT – Consolidação das Leis do Trabalho.
Sendo assim, a criança ou adolescente que pratica um ato
infracional, não recebe pena, mas pode/deve ser responsabilizada pelos
seus atos. Quando um adolescente pratica um ato infracional pode
receber as seguintes medidas (art. 112 do ECA):
I – Advertência;
II – Obrigação de reparar o dano;
III – Prestação de serviços à comunidade;
IV – Liberdade assistida;
V – Inserção em regime de semiliberdade;
VI – Internação em estabelecimento educacional;
VII – Qualquer uma das medidas protetivas previstas no art. 101, I
a VI do ECA, onde o indivíduo deverá ter orientação, matrícula obrigatória
em escola, inclusão em programas comunitário, entre outros.
A Lei 12.594/2012 vem descrever os objetivos das medidas
socioeducativas, que são:
I - A responsabilização do adolescente quanto às consequências
lesivas do ato infracional, sempre que possível incentivando a sua
reparação;
II - A integração social do adolescente e a garantia de seus direitos
individuais e sociais, por meio do cumprimento de seu plano individual de
atendimento; e
III - A desaprovação da conduta infracional, efetivando as
disposições da sentença como parâmetro máximo de privação de
liberdade ou restrição de direitos, observados os limites previstos em lei.
As medidas socioeducativas, são apenas para os adolescentes,
para as crianças são medidas protetivas previsto no artigo 101 do ECA.

4.Do que trata a Lei do Menino Bernardo, Lei n.º 13.010, de 26 de


junho de 2014?
Conhecida também como Lei da Palmada, prevê e define que uma
criança ou adolescente tem direito a serem educados e cuidados sem o
uso de castigos severos, sendo eles físico, degradante ou cruel.
O Menino Bernardo Boldrini, de 11 anos, foi morto no dia 4 de abril
de 2014 por ser pai, Leandro Boldrini, que era cirurgião geral e lhe aplicou
uma superdosagem do medicamento Midazolam. Os envolvidos na morte
de Bernardo foram o pai, Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini,
Edelvânia Wirganovicz, amiga de Graciele e Evandro Wirganovicz, irmão
de Edelvânia.
Foram a júri popular, considerados culpados. Pai, madrasta e amiga
condenados a prisão em regime fechado e Evandro regime semiaberto.

5.Do que trata a Lei da Escuta, Lei n.º 13.431, de 04 de abril de 2017?
A Lei da Escuta garante o direito da criança ou do adolescente que
é vítima ou testemunha de algum tipo de violência ser ouvida por um
profissional capacitado (podendo ser psicossocial ou jurídico) para
receber todos os resguardos, direitos e proteção que lhe for necessário
advindo do seu meio social de convívio e familiar.
Esses atendimentos e direitos garantidos são em conjunto com a
unidade que recebeu a denúncia, junto com a Rede de Proteção – ao qual
fará todo o encaminhamento para atendimentos necessários, junto a
Promotoria, Conselho Tutelar, CRAS, CREAS, Unidade Educacional,
muitas vezes recorrendo até serviços de acolhimento provisório ou
definitivo da criança ou adolescente que teve seus direitos violados.
As crianças ou adolescentes chegam até a Escuta Especializada
através do SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificações
que pode e dever ser feito por qualquer órgão público ou privado ao qual
recebe uma denúncia, podendo ser feito diretamente pela vítima ou por
testemunhas. Embora estejamos falando de criança e adolescente, a
Notificação Obrigatória pode e deve ser feita para qualquer situação de
violência contra mulher ou homem em qualquer idade. Segue em anexo
um SINAN para melhor exemplificar.

6.Para o ECA, quais as idades que delimitam infância e


adolescência?
Segundo o ECA de 0 a 12 anos de idade incompletos é considerado
criança e de 12 a 18 anos de idade completos.

7.Quando são aplicáveis as medidas de proteção à criança e ao


adolescente?
As medidas de proteção são aplicáveis toda vez que uma criança
ou adolescente tem seus direitos violados – ou seja, quando sofrem uma
violação ou ameaça, sendo cometido por familiares ou terceiros.
A proteção é proveniente de abuso, violência física ou psicológica, lesão
ou ameaça da mesma, omissão ou negligência podendo ser praticado
pelo pais e/ou responsáveis, pela sociedade ou do até o próprio estado.
Toda e qualquer tipo de violência deve ser denunciada e deverá
ser feita por qualquer cidadão, tendo ou não vínculo com o indivíduo que
teve seus direitos violados, cabendo responder em esfera civil ou criminal,
ou em ambas a qualquer pessoa que não o fez e por consequência deixou
que uma criança ou adolescente sofresse algum tipo de violação.

8.Quais são os 12 princípios que regem a aplicação das medidas de


proteção? Apenas cite-os (não é preciso descrevê-los).

I. Condição da criança e do adolescente como sujeitos de direitos;


II. Proteção integral e prioritária;
III. Responsabilidade primária e solidária do poder público;
IV. Interesse superior da criança e do adolescente;
V. Privacidade;
VI. Intervenção precoce;
VII. Intervenção mínima;
VIII. Proporcionalidade e atualidade;
IX. Responsabilidade parental;
X. Prevalência da família;
XI. Obrigatoriedade da informação;
XII. Oitiva obrigatória e participação;

9.Quais são as 9 medidas de proteção? Apenas cite-as (não é preciso


descrevê-las).

I - Encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de


responsabilidade;
II - Orientação, apoio e acompanhamento temporários;
III - Matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de
ensino fundamental;
IV - Inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de
proteção, apoio e promoção da família, da criança e do adolescente;
V - Requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em
regime hospitalar ou ambulatorial;
VI - Inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e
tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
VII - Acolhimento institucional;
VIII - Inclusão em programa de acolhimento familiar;
IX - Colocação em família substituta.

10.Quando são aplicáveis as Medidas Socioeducativas?


Estabelecido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, as medidas
socioeducativas são aplicáveis quando o adolescente pratica um ato
infracional, para exemplificar, seria uma conduta inadequada onde para
alguém com 18 anos completos é considerado crime e responde
criminalmente por suas ações.
As ações que demandam medidas socioeducativas vão desde uma
pixação ou depredação de local público ou privado à situações mais
graves como o tráfico de drogas, furto qualificado, homicídio, porte de
armas entre outros e as medidas só podem ser aplicadas após o devido
processo legal.

11.Cite as 7 medidas socioeducativas e descreva brevemente cada


uma delas:
I – Advertência –
A Advertência é quando o adolescente recebe uma repreensão verbal
onde a mesma será lavrada em um termo próprio, sendo feito/aplicada
quando o adolescente cometer um ato infracional de menor gravidade.

II - Obrigação de reparar o dano;


A reparação consiste em reparar o dano causado pelo adolescente,
normalmente enquadrando-se ao que se refere ao prejuízo de bens
materiais – levando-se em conta a situação socioeconômica do
adolescente e de sua família.
III - prestação de serviços à comunidade;
A prestação de serviços consiste na realização em trabalhos junto a
comunidade, realizando tarefas gratuitamente e não podendo exceder o
período de seis meses. Os serviços podem ser realizados em hospitais,
escolas, órgãos públicos que sejam voltados à serviços para a população
podendo ter ou não programas comunitários ou governamentais.
IV - Liberdade assistida;
Na liberdade assistida é traçado um Plano de Atendimento Individual do
Adolescente, onde a partir disto – onde é montado e priorizado o perfil do
adolescente infrator, histórico/contexto familiar e social, assim como as
suas infrações para um acompanhamento assistido, auxiliado e orientado
por um/uma Assistente Social sem privá-lo de sua liberdade e nem dos
convívios rotineiros – como família, escola e comunidade. Com isso, ele
tem acesso aos serviços dentro da comunidade como saúde, cultura,
esporte, lazer e profissionalização, atuando em conjunto com todos que
fazem parte do convívio do adolescente. Esta medida varia entre o mínimo
seis meses e podendo ser estendida por tempo indeterminado, visando o
desenvolvimento pleno do indivíduo, assim como a efetivação da garantia
de seus direitos básicos serem atendidos.

V - Inserção em regime de semiliberdade;


No regime de semiliberdade, o adolescente não é privado inteiramente da
liberdade, mas ele tem uma internação durante os dias da semana para o
cumprimento de atividades pedagógicas e formativas, voltando para a
casa nos fins de semana para o convívio familiar ou para o abrigo em que
estiver, se for o caso. Esta medida visa a independência do adolescente,
assim como assumir suas responsabilidade e a reinserção na sociedade.

VI - Internação em estabelecimento educacional;


Na internação, o adolescente é privado de sua liberdade – onde varia de
seis meses à três anos.
Visando três princípios:
1- Brevidade – onde preconiza um período pequeno para que o
adolescente não seja privado da convivência com a sociedade.
2- Excepcionalidade – onde visa que a internação seja a última
medida adotada, onde até então, se obteve falha em todos os
outros recursos/medidas socioeducativas.
3- Respeito à condição peculiar da pessoa em desenvolvimento –
onde deve-se ter uma atenção especial a fase do desenvolvimento
em que se encontra o infrator, reavaliando a sentença – para
observar se ainda há necessidade de estar privado da liberdade.
Esta medida é cumprida em casas de internação, mas o adolescente
deverá ter todos os seus direitos garantidos, como escola, acesso a
saúde, lazer entre outros previstos no ECA. Podendo ser aplicado em
caráter provisório – por 45 dias aguardando decisão judicial definitiva e
em caráter estrito que é quando ele irá cumprir a decisão judicial já
estabelecida de fato, o período é determinado pelo juiz.

VII - Qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.


Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a
autoridade competente poderá determinar, dentre outras, as seguintes
medidas:
I - Encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de
responsabilidade;
II - Orientação, apoio e acompanhamento temporários;
III - Matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de
ensino fundamental;
IV - inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à
criança e ao adolescente;
(Revogado)
IV - Inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de
proteção, apoio e promoção da família, da criança e do adolescente;
(Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
V - Requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em
regime hospitalar ou ambulatorial;
VI - Inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e
tratamento a alcoólatras e toxicômanos;

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