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LEI N. 8.

069-1990
Cabimento das Medidas
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CABIMENTO DAS MEDIDAS

Cabimento das Medidas Socioeducativas

Medidas PRIVATIVAS da liberdade: internação e semiliberdade

1. Cabimento da Internação (art. 122, ECA)

A internação é uma privação absoluta.


a) com violência ou grave ameaça à pessoa; (prazo máximo de 3 anos)
b) por reiteração em condutas graves; (prazo máximo de 3 anos)

A jurisprudência considera por reiteração: se descumpre medida anteriormente imposta (a


chamada internação sanção).
c) por descumprimento de medida anteriormente imposta (até 3 meses).

O tráfico de drogas, por sí só, não levará o adolescente a internação (Súmula n. 492, STJ).

ATENÇÃO
Se reiterar em condutas graves, poderá ser internado.

Situação hipotética: supondo que o juiz tenha aplico uma medida ao adolescente de pres-
tação de serviços à comunidade. Se o adolescente a está descumprindo, poderá ser inter-
nado. O nome dessa internação é chamado de "internação sanção". Essa "internação sanção"
é caracterizada como regressão. É necessária a oitiva do adolescente para a decretação
da regressão de sua medida.
Internação provisória é cautelar do adolescente. A lei dispõe que a internação provisória é
de, no máximo, 45 dias e esse prazo é improrrogável.
Se o adolescente ficar mais de 45 dias na internação provisória, o juiz estará praticando
um crime contra o adolescente.
ANOTAÇÕES

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Princípios da internação: (ECA/CF/88)

10m • Excepcionalidade;
Significa que o juiz só aplicará a internação em último caso.

• Brevidade; e
Rapidez e celeridade.
Os prazos no ECA são contados em dias corridos.

• Respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.


O estado dá um tratamento diferenciado para quem ainda está em desenvolvimento.

Se o adolescente está cumprindo sua internação (manhã, tarde e noite pela tutela do
estado), ele tem direito à atividade externa (não é qualquer atividade). Escolarização e profis-
sionalização é dentro da internação.
O fato é, a lei dispõe que o adolescente tem direito à atividade externa, independentemente
de autorização do juiz. Quem autoriza a saída do adolescente para a atividade externa é a
equipe técnica do estabelecimento, formada pelo Diretor, Psicólogo, Assistente Social, Peda-
15m
gogo, ou seja, a equipe multidisciplinar que atua junto ao adolescente para a sua recuperação.
Em 2012 foi criada a Lei de Execução para o adolescente (Lei do SINASE).
A Lei do SINASE dispõe que se o adolescente já estava cumprindo a medida socioeduca-
tiva e internação, o juiz não pode retornar esse adolescente para a internação por fato anterior
àquele praticado.
Agora se o adolescente estava cumprindo a medida socioeducativa de internação lá
dentro, ou ele saiu e praticou um novo ato infracional, agora ele será sentenciado novamente
e poderá cumprir nova medida socioeducativa.

Semiliberdade
É a privação no noturno e liberação no diurno. No diurno, esse adolescente estará libe-
rado, e terá escolarização e profissionalização (recursos da comunidade).
A semiliberdade é uma privação relativa.

20m
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Essa medida pode ser aplicada de início ou como forma de transição para o meio aberto
(progressão). O juiz não precisa colocar o adolescente primeiro na internação, para depois
colocar em semiliberdade.
A cada 6 meses, o juiz tem que reavaliar a medida socioeducativa.
O prazo máximo para essa medida será de 3 anos.
Se o adolescente não melhorou durante esse prazo de 3 anos, o juiz poderá colocá-lo em
semiliberdade (letra da lei).
25m

A. Advertência
Art. 115: Trata-se de admoestação verbal, é a mais branda das medidas.

Requisitos: prova da materialidade e indícios suficientes da autora do ato infracional.


Essa medida gera efeitos jurídicos, ficará registrada na Vara da Infância e Juventude.
Nessa medida, o juiz irá conversar com o adolescente e explicará os reflexos do seu ato
infracional.
É a única medida que pode ser aplicada com indício de autoria e da materialidade, porque
as demais medidas só podem ser aplicadas se o juiz tiver prova suficiente da autoria e da
materialidade.

B. Obrigação de reparar o dano


Art. 116: Trata-se de medida por tarefa e não por desempenho. Uma vez reparado o dano,
extingue-se a medida. O objetivo é promover a compensação da vítima, restituir o bem. Essa
medida será aplicada quando o adolescente atingiu a esfera patrimonial da vítima.
Requisitos: prova da autoria e da materialidade.
O juiz só aplica essa medida socioeducativa de obrigação de reparar o dano, quando o
adolescente praticou um ato infracional que teve reflexo na esfera patrimonial da vítima.
A medida socioeducativa poderá ser aplicada de forma isolada ou cumulativamente.
30m
C. Prestação de serviço à comunidade
Art. 117: Será realizada gratuitamente, tarefas de interesse geral. O juiz deve estabele-
cer a carga horária máxima de prestação do serviço durante a semana, sendo o limite de oito
horas semanais.
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Prazo: Máximo de 06 meses.


Requisitos: materialidade e autoria.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Adriane Sousa.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
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