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069/1990
Novidades Legislativas e Considerações Preliminares do ECA
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O presente conteúdo é uma legislação extravagante, algo específico; ela trata do inimpu-
tável, o menor de 18 anos de idade, que tem tratamento diferenciado. As bancas examinado-
ras de concursos públicos costumam fazer paralelos do ECA com o Código Penal, a Lei de
Drogas, o Estatuto do Desarmamento etc. Mas, como se trata de inimputável, há a legislação
específica, como traz o próprio Código Penal.
Para fazer as provas, é necessário saber a lei, a jurisprudência e a súmula, é necessário
ser técnico. O adolescente, por exemplo, diz-se que comete ato infracional, não crime; apesar
de a lei colocar que ato infracional é conduta descrita como crime ou como contravenção
penal. Na prova, usa-se que o adolescente cometeu ato infracional análogo ao homicídio, por
exemplo, como o Ministério Público faz quando oferece representação (não denúncia).
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LEI N. 8.069/1990
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internação. Por completar 18 anos, ele não tem que ser liberado; o que importa é a idade dele
na data do fato, aplicando-se assim o ECA. Esse adotou, tal qual o Código Penal, a Teoria da
Atividade e o critério biológico.
A Súmula n. 605 do STJ, muito importante e constantemente abordada em concursos
recentes, determina que a maioridade penal adquirida posteriormente não impede, não obsta
a imposição de medida socioeducativa, que poderá ser aplicada até 21 anos de idade, inclu-
10m
sive a liberdade assistida.
• Convenção Internacional: criança - menor de 18 anos de idade. Porém cada país tem
suas próprias definições.
A Súmula n. 338 do STJ estipula que a prescrição penal (art. 109 do Código Penal) será
aplicada na medida socioeducativa. Mas no Código Penal, a prescrição para menores de 21
anos é pela metade. Tem-se então que o adolescente só poderá ficar internado por no máximo
15m
3 anos; e essa medida socioeducativa de internação prescreve em 4 anos.
Já a Súmula n. 711 do STF dispõe sobre o crime permanente ou continuado. Suponha
que um adolescente com 17 anos e 11 meses de idade manteve uma vítima em cativeiro por
2 meses. Quando a polícia chegou, ele estava em flagrante de crime, não mais de ato infra-
cional, pois aplica-se para ele a lei do momento, mesmo que mais gravosa, por se tratar de
crime continuado.
Art. 2º ECA e a Súmula n. 605 STJ/ Súmula n. 338 STJ/Súmula n. 711 STF:
1. Teoria: da atividade;
Considera-se praticado ato infracional no momento da ação ou da omissão, ainda que
outra seja o momento do resultado. Por exemplo, a pessoa com 17 anos, 11 meses e 20 dias
de idade desferiu tiros na vítima, que faleceu 1 mês depois, quando o autor já havia comple-
20m tado 18 anos. O que importa é que, no momento da ação, ela tinha menos de 18 anos, inde-
pendente da morte resultante ter ocorrido depois.
2.Critério: biológico ou cronológico;
3. Tipicidade: delegada;
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Nos art. 228 ao 244 do ECA, constam os crimes praticados contra a criança e o adoles-
cente. Quando o adolescente pratica o ato infracional, o ECA não traz a tipificação de cada ato
infracional. Quando o MP vai representar, ele pegará essa tipificação no Código Penal e em
outras leis extravagantes, por isso a tipicidade delegada.
4. Interpretação: teleológica.
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigên-
cias do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança
e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.
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A interpretação não é gramatical, a letra da lei; é teleológica porque busca o fim da norma,
no caso, o fim social, como a Lei Maria da Penha.
ATENÇÃO
Se uma questão de prova perguntar se o adolescente comete ato típico e antijurídico, a
resposta é afirmativa, devido ao conceito de ato infracional. Entretanto não é culpável,
pois ele é inimputável e segue as regras constantes no ECA, sendo punido com medida
socioeducativa.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Adriane Sousa.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
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