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Ailton Zouk
DelPol DF
2016
- Artigo 155, CP (Furto): Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor
econômico.
- STF entende que sinal de tv não é energia elétrica, e interpretação em contrário seria
“in malam partem”, podendo ser caracterizado, porém como outro ilícito penal previsto
no artigo 33, da Lei 8977 (Lei das telecomunicações).
- Entende o STF que a “grande questão é que o crime tem que ter escala penal e o artigo
35, da Lei 8977, só possui preceito primário, não possuindo preceito secundário. Dessa
forma, “nullu crime nullo poena sine lege”.”
Julgado STJ: HC 97261, 12/04/2011
- Como demanda complemento, ela é uma norma penal em branco. Como não é em
branco o preceito primário e sim no preceito secundário, é denominada norma penal
inversa.
- Para a 5º turma do STJ caracteriza-se SIM furto, tendo em vista ser o sinal de tv uma
energia radiante, tendo decisão sobre o tema em agosto de 2013.
Julgado STJ: HC 30847, 20/08/2013
- Para a 6º turma do STJ, com decisão mais recente (setembro), acabou acompanhando o
entendimento defendido pelo STF e acolheu que não constitui crime.
Julgado STJ: Agravo Regimental em Recurso Especial 1185601 RS
- Cara negativa do dolo é a denominação dada pelo brilhante penalista Eugênio Raul
Zaffaroni, ao erro de tipo.
- Para o douto, como a presença de erro de tipo, seja ele escusável ou inescusável, sempre
exclui o dolo, a cara negativa do dolo seria o erro de tipo. Ou seja, ocorre como no cara
e coroa, se é cara (erro de tipo) nunca poderá ser coroa (presença de dolo).
Exemplo de erro de tipo invencível: Pessoa sai com veículo de estacionamento de
shopping acreditando que seja seu o veículo (que possui características idênticas e o faz
acreditar que esta conduzindo o seu). Erro de tipo invencível exclui dolo e culpa.
Exemplo de erro de tipo vencível: Pessoa sai com veículo de estacionamento de shopping
sabendo que não é o seu, mas por falta de zelo ainda prossegue na conduta, agindo assim
culposamente. Erro de tipo vencível exclui culpa.
Exemplo: Brasileiro morador de cidade em SP adquire via internet drogas do EUA, que
foi remetida para o endereço informado (residência dele), MAS no percurso do envio ela
é interceptada no aeroporto da cidade do RJ.
Súmula 528, STJ, 13/05/15
- Compete, portanto ao juiz federal da cidade onde ocorreu a apreensão da droga processar
e julgar o crime, independente do endereço de destino ser diverso de onde ocorreu a
apreensão.
- Artigo 40, V, da Lei 11.343/06 apresenta uma majorante (causa de aumento de pena) -
As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois
terços, se:
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito
Federal.
- A 6º turma do STJ entende que não necessita a transposição de fronteiras para
caracterizar a majorante supra, entretanto a 5º turma do próprio STJ entende que existe a
necessidade da transposição para que possa incidir tal majorante.
- A 1º turma do STF, entretanto acompanha o entendimento da 6º turma do STJ e
entende que não há necessidade da transposição de fronteira para incidir a majorante,
ESTE É O POSICIONAMENTO MAJORITÁRIO.
Julgado STF: HC 122791, 1º turma STF, novembro de 2015
OBS: É necessário que se comprove que a droga seria vendida em outro Estado / DF,
mesmo que não ocorra a transposição.
- Nos crimes de lavagem de dinheiro (Lei 9.613), torres de vigia ou "gatekeepers" são as
entidades que atuam ou têm acesso aos caminhos e trilhas pelos quais corre o capital
oriundo da infração penal, como bancos, corretoras de imóveis, contadores, etc. Devido
à sua posição privilegiada, obrigam-se a não colaborar com atos ilícitos e a contribuir na
atividade de vigilância e inteligência do poder público.
PROVA IRRITUAL
- A prova irritual, que também não pode ser confundida com a prova atípica, é uma prova
típica colhida sem a observância do procedimento da lei. A diferença fundamental entre
a prova atípica e a prova irritual se dá entre a existência do procedimento probatório no
ordenamento jurídico. A prova atípica não está mencionada no ordenamento e/ou seu
procedimento não está regulado na lei (posição ampliativa), já a prova irritual está
tipificada na lei, só que, no caso concreto, não foram seguidos os cânones da norma.
- Prova (de) fora da terra é uma classificação possível de ser encontrada, por exemplo, no
manual de processo penal de Fernando Capez. Esse meio de prova é assim classificado
quando é produzido perante juízo distinto daquele em que se processo o feito, como
acontece no caso do artigo 222, caput e § 1o, do CPP (Carta Precatória). - Interessante
registrar que a produção de prova “fora da terra” não é incompatível com o princípio
inserido expressamente no CPP na reforma de 2008 da identidade física do juiz, haja vista
se tratar de postulado inserido na ordem jurídica a partir de uma lei ordinária, razão pela
qual é admitida sua exceção, desde que também prevista em instrumento normativo de
mesma natureza (ou superior), como é o caso da carta precatória, também regulamentada
no Código de Processo Penal, como medida excepcional.
* HOMICIDIO PRIVILEGIADO
- O homicídio para ser privilegiado o agente tem que estar sob DOMINIO de forte
emoção. Se o examinador inserir a palavra “INFLUÊNCIA” ou qualquer outra parecida,
NÃO PROCEDE O PRIVILEGIO.
OBS: O agente (autor do fato), já começa a responder por homicídio mesmo a vitima
sendo mantida por aparelhos, mas já sem atividade cerebral.
- Bagatela própria é aquela em que para o direito tem que haver relevância,
possuindo tipicidade formal e material, além dos requisitos estabelecidos pelo STF, como
mínima lesividade da conduta; inofensividade do delito e outros.
Aqui exclui a tipicidade.
- Cabe ao Estado aplicar a Lei Penal, dando àqueles a quem é devida a reprimenda
justa. Sob este viés, faltou no Código Penal reprimenda no título dos crimes contra os
costumes relacionado à punição da mulher que se utiliza dos artifícios da Síndrome da
Mulher de Potifar. Todavia, ele não faz isso, deixa ao operador do Direito a missão de
vasculhar no Código a norma aplicada ao caso. Assim, os erros são frequentes na
aplicação do crime de calúnia, previsto no art. 138 do Código Penal, tendo em vista que
é crime caluniar alguém imputando-lhe falso crime. No entanto, não para por aí a conduta
da mulher a qual nos referimos, já que ela também fez mover a máquina pública. Sua
conduta é mais grave, na verdade, é crime contra a administração da justiça. Trata-se do
crime de denunciação caluniosa, previsto, por sua vez, no art. 339 do Diploma citado.
- Pelo que consta, a expressão foi cunhada originariamente pelo Dr. Maximiliano
Roberto Ernesto Führer, jurista e Promotor de Justiça do Estado de São Paulo, no seu
livro História do Direito Penal - Crime Natural e Crime de Plástico.
- A jurista acima faz uma diferenciação entre os denominados crimes naturais, que
são aquelas condutas que sempre foram consideradas como crimes independentemente
do momento histórico ou do ordenamento jurídico observado e os crimes de plástico,
correspondentes às condutas que só são consideradas como relevantes para fins de
tipificação penal em um delimitado momento histórico e a luz das peculiaridades de
determinadas sociedades.
- Assim sendo, condutas como homicídio, lesão corporal, furto ou roubo, são
considerados crimes naturais por estarem tipificados na regra dos ordenamentos jurídicos
das diversas nações e se postergarem como delitos ao longo do tempo.
Em outras palavras: homicídio, por exemplo, de regra sempre foi considerado como
crime, desde os primórdios do Direito Penal, seja no Brasil ou fora dele, sendo
considerado um crime natural.
Traduzindo: são condutas que normalmente não era objeto de tipificação do ordenamento
jurídico, mas que passam a ser consideradas como crimes como forma de promover a
tutela de uma situação específica ou de dar uma resposta para a coletividade.
Estas expressões - crime natural e crime de plástico - sejam nomenclaturas que buscam
se referir as ideias de tipos penais originários e tipos penais evolutivos, derivadas do
positivismo jurídico.
- Flagrante positivo é quando existe acervo probatório suficiente para autuar o agente. -
Flagrante negativo é quando não existe acervo probatório suficiente para autuar o agente
na conduta a este atribuída.
- São previstos alguns institutos que tenham como objetivo precípuo evitar a
consumação de um crime cuja execução já se iniciou. Entre todos, podemos destacar o
arrependimento eficaz e a desistência voluntária, os quais, consoante os ensinamentos do
penalista Von Liszt, consubstanciariam a chamada “ponte de ouro do direito penal”,
ou seja, o caminho passível de ser percorrido por aquele que iniciou rumo ao ilícito penal
para, corrigindo seu percurso, retornar à seara da licitude.
Para Liszt, no momento em que o agente transpõe a linha divisória entre os atos
preparatórios impunes e o começo da execução punível, incorre na penal cominada
contra a tentativa. Semelhante fato não pode mais ser alterado, suprimido ou anulado
retroativamente, Pode, porém, a lei, por considerações de política criminal, construir um
ponte de ouro para a retirada do agente que já se tornara passível de pena.
Apesar de intensa discussão acerca da natureza jurídica dos referidos institutos, havendo
defensores da classificação como (1) causa pessoal de extinção da punibilidade (ex:
Zaffaroni), (2) causa de exclusão da culpabilidade (ex: Claus Roxin), prevalece na
doutrina e jurisprudência pátria a concepção de (3) causa de exclusão da tipicidade.
Avançando em seus estudos, o mesmo Franz Von Liszt identificou como ponte de prata
do direito penal outro importante instituto, qual seja o arrependimento posterior.
Perceba que se trata de um caminho a ser adotado pelo agente criminoso, ofertado pela
legislação visando também à redução de danos da conduta delituosa que, não obstante
não evitar que o réu responda pelo crime perpetrado, autoriza uma minoração das
circunstâncias, viabilizando que o processamento se dê como se tentativa fosse. Ele não
será beneficiado com a exclusão da tipicidade (ponte de ouro), mas o será com a (causa
de) redução da pena! Vejamos o que nos diz o atual artigo 16 do Código Penal Brasileiro:
Art. 16 – Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o
dano ou restituída à coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato
voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
OBS: Basta imaginarmos um crime de furto em que o agente devolva o objeto subtraído
antes do recebimento da denúncia. Ele será beneficiado pela ponte de ouro (art. 15
CPB)? Não, pois o resultado já foi produzido. Mas sem dúvidas ele poderá se valer da
ponte de prata, já que preenchidos todos os requisitos do instituto do arrependimento
posterior!
AUTO DE RECONHECIMENTO DE PESSOAS
- Para ocorrer à incidência da majorante do artigo 40, III, da Lei 11.343/06, ao agente não
basta portar droga no interior de transporte público, ele tem que realizar a conduta
“vender” no interior do transporte. Este é o ENTENDIMENTO do STJ.
OBS: Se o examinador perguntar: “...segundo letra da lei...”, sempre deverá responder o
que a Lei diz, e nesse caso, o fato de portar consigo em transporte público já é o suficiente
para incidir a majorante.
- Mesmo que a vítima de ato infracional análogo a crime que exija representação, não
deseje prosseguir com a representação junto ao DelPol, este lavrará procedimento tendo
em vista que o ato infracional análogo a crime, não necessita de representação, diferente
do crime portanto. No caso, o Estado tem o dever de corrigir o menor infrator.
- Crime Profissional é qualquer delito praticado por aquele que exerce uma
profissão, utilizando-se dela para a atividade ilícita. Assim, o aborto praticado por
médicos ou parteiras, o furto qualificado com chave falsa ou rompimento de obstáculos
por serralheiro, etc.
- Delito de circulação é o “Praticado por intermédio do automóvel” (Damásio E. de
Jesus).
- Entendimento majoritário (STF), reza que uma lei que está no período de vacatio legis
ainda não está vigor, portanto não se aplica, ainda que mais benéfica.
ROUBO e POSTERIOR ESTELIONATO X STJ
Exemplo: Agente rouba bolsa de transeunte e dentre os itens que existiam na bolsa, era o
documento de identidade dela e um talonato de cheque.
Aproveitando-se do acesso que possuía a assinatura da mesma, falsifica a sua assinatura
no cheque e vai até estabelecimento bancário tentar saca-lo. Caixa percebe o nervosismo
e chama policia.
Preso em flagrante, DelPol lavrá os procedimentos necessários e encaminha para o juiz
que remete ao MP. Este o denúncia pelo crime de roubo e tentativa de estelionato. A
defesa alega que não poderia o MP denuncia-lo no crime de tentativa de estelionato tendo
em vista que se trataria de “pos factum”, portanto mero exaurimento do crime. - Para o
STJ não tem que se falar em “pos factum” impunível, tendo em vista que são bens
jurídicos distintos, vitimas distintas e designíos autônomos.
Assim, deve o mesmo responder por roubo e tentativa de estelionato em concurso material
de crimes.
Julgado STJ: HC 309939, 5º turma, 28/05/2015
§ 2º Se resulta:
IV - deformidade permanente.
- Para a 6º turma do STJ, entende que o simples fato de entregar a pessoa não
habilitada (artigo 310, CTB), é crime de perigo abstrato.
- Responde quem entrega, mas se quem conduz não age em desconformidade, este
não responde por crime. Já se quem conduz age causando perigo, responderá pelo artigo
309, CTB.
OBS: Quem entrega o veículo precisa ter conhecimento de que este que conduz não tem
habilitação ou não tem capacidade psicomotora ou ainda não está alcoolizado.
CRIME DE HERMENEUTICA
- No ano de 1896 o então governador do RS, que era taxado como “presidente” editou lei
estadual que tratava de questões penais (mais precisamente sobre tribunal do júri). - Juiz
singular, entretanto, entendendo que não deveria aplicar a lei editada pelo governador
do RS por ser inconstitucional, acabou por não aplicar no caso concreto. Situação levou
o governador a levar o caso para o PGR que ofertou denúncia contra o juiz. Ocorreu a
condenação do magistrado, mas o douto Rui Barbosa recorreu ao STF. - As decisões
sempre refletirão um entendimento pautado na convicção pessoal e na interpretação das
leis. O crime de hermenêutica, combatido por Rui Barbosa, que lançou a seguinte
vetusta advertência: "Para fazer do magistrado uma impotência equivalente, criaram a
novidade da doutrina, que inventou para o Juiz os crimes de hermenêutica,
responsabilizando-o penalmente pelas rebeldias da sua consciência ao padrão
oficial no entendimento dos textos. Esta hipérbole do absurdo não tem linhagem
conhecida: nasceu entre nós por geração espontânea. E, se passar, fará da toga a mais
humilde das profissões servis, estabelecendo, para o aplicador judicial das leis, uma
subalternidade constantemente ameaçada pelos oráculos da ortodoxia cortes" (Obras
Completas de Rui Barbosa, Vol. XXIII, Tomo III, p. 228).
- Ou seja, é a invenção de tentar criminalizar o juiz por julgar com base em seus
convencimentos ao interpretar a lei que irá aplicar no caso concreto. - Neste julgamento
o Brasil iniciou o controle difuso de constitucionalidade.
- O juiz neste caso concreto deixou de aplicar a lei no caso concreto por
inconstitucionalidade.
O QUE É CRIME DE COLARINHO AZUL?
Um crime de colarinho azul refere-se a uma pessoa de uma classe inferior que comete um
crime.
CRIME DE RUA
CIFRAS ROSAS
- Também chamado de crime de mera suspeita / crime sem ação / e crime de mera posição.
Ou seja, crime por simplesmente suspeita.
- Crime de perigo abstrato.
- O autor é punido pela mera suspeita despertada. Em nosso ordenamento jurídico, só há
uma forma que se assemelha a esse crime, que é a contravenção penal prevista no art.
25 da LCP (posse de instrumentos usualmente empregados para a prática de crime
contra o patrimônio, por quem já tenha sido condenado por esse delito).
- O STF julgando o Recurso Extraordinário 583523, entendeu que o artigo é
INCONSTITUCIONAL, justamente por não ser possível utilizar antecedentes como
forma de criminalizar uma situação em que não ocorreu ação.
- Embora seja inconstitucional o artigo 25, a vadiagem e mendicância ainda se encontram
em vigor, mas caíram em desuso por conta da mudança da realidade econômica e social
do País.
- Pode o Juiz enviar os autos para o PGE / PGR utilizando do artigo 28 do CPP.
- Assim, o STF entende que a via ordinária (primeiro grau), por estar mais próxima ao
fato, deverá avaliar a aplicação ou não do principio. Mas o STF estabeleceu parâmetros
que devem ser observados.
REQUISITOS OBJETIVOS:
- Em 2014, julgamento de agente com vários delitos de natureza diversos, ocorreu junto
ao STF (HC 114723, 26 de agosto de 2014).
Reiteração cumulativa:
É quando vários atos são realizados por mais inexpressiva quando fracionados, no final,
somando-se deixa de ser insignificante.
É quando vários atos são realizados em momentos diversos, mas no mesmo gênero.
OBS: LFG entende ser possível somente se não for verificado no caso concreto o “modus
vivendi” do agente.
O QUE É CONCAUSA?
- O agente que responde pelo art. 36, da Lei 11.343/06, terá uma reprimenda maior.
- É possível a associação para a prática do financiamento que incorre no artigo 35, da lei
11.343/06.
- É possível o agente financiar e vender ao mesmo tempo, e o STJ já decidiu que
não responde pelo art. 33 e 36 da Lei 11.343/06, e sim tipificando o art. 33 do aumento
de pena do art. 40 da lei 11.343/06.
Julgado STJ 6º, turma, REsp 1290296 Paraná, 17/11/2013, Informativo 534
- A doutrina diz que não há possibilidade de jogar na associação a pessoa que
financia e o traficante.
- Não é possível falar em concurso de crime entre eles, e sim enquadra-los no art.
33 C/C aumento de pena do art. 40 da Lei 11.343/06.
VUNERABILIDADE NOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL NA
VISÃO DO STJ
- Art. 217-A, CP: Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de
14 (catorze) anos.
- A manifestação do menor de 18 (dezoito) anos, é irrelevante para o direito.
- Em regra a ação é pública condicionada à representação.
- Se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou vulnerável, será pública incondicionada.
Vulnerabilidade RELATIVA ou ABSOLUTA?
A vulnerabilidade ao qual se refere o artigo 225, CP, é a absoluta / completa / permanente
na visão do STJ.
Julgado em HC 276510 RJ
Para o STJ a vulnerabilidade transitória será ação penal pública
condicionada à representação, aguardando, portanto a vítima retornar a consciência para
manifestar sua vontade.
- Documento hábil para comprovar a idade de uma pessoa será a certidão de nascimento,
mas o STJ entende que na ausência deste, não será impeditivo para verificar a idade de
uma pessoa se de outros meios o juiz puder realizar a verificação, por outras provas.
Ex: depoimentos, fotos, histórico escolar e outros.
Julgado Agravo Regimental em REsp 12700 Acre
- O STJ lançando mão do principio da proteção integral e do principio da proteção
deficiente do Estado, fazendo alusão ao artigo 227 da CR (dever de proteção familiar),
bem como o comando de criminalização, a vulnerabilidade absoluta independente se o
meio social em que vive a menor de 14 anos aceita tal conduta/pratica ou não, muito
menos seus familiares uma relação MENOR X MAIOR.
Julgado STJ em REsp 1480881 Piaui – Vulnerabilidade absoluta.
Art. 6o.
Art. 185.
Art. 304.
Art. 318.
IV - gestante;
- Associação para o tráfico não é considerado tráfico, portanto não é crime equiparado a
crime hediondo.
- Associação é crime permanente.
- Art. 33, da lei 11.343/06 possui verbos incriminadores / criminalizantes.
- Art. 33, § 4º, da lei 11.343/06, trata do tráfico privilegiado, não sendo possível a
concessão do indulto.
- Pode o agente ser condenado incurso nos artigos 33 e 35 da lei 11.343/06.
- O STJ analisando caso concreto decidiu pela NÃO aplicabilidade do indulto no tráfico
privilegiado, pois o privilégio não afasta a tipicidade.
Súmula 512, STJ.
- O STJ também decidiu que NÃO pode ser aplicada a causa de diminuição de pena
(tráfico privilegiado), artigo 33, §4º, da lei 11.343/06, na hipótese do réu ser condenado
por tráfico e associação na mesma ação penal.
Julgado REsp 1199671, 26 de fevereiro de 2013
- Para que o agente cumpra sua pena, ela é submetida ao sistema penal / legal /
formal. - Segundo o professor Zaffaroni, o sistema penal subterrâneo é exercido pelas
agências de criminalização que pode ser agência primaria (ex: politica – poder legislativo;
poder executivo eventualmente – criam leis), bem como agência secundária (ex:
judiciário, policia, penitenciária – aplicadores da lei).
- O sistema penal subterrâneo não possui agência, institucionaliza a pena de morte,
desaparecimentos, torturas, sequestros, exploração do jogo, da prostituição, entre outros
delitos.
- É o sistema utilizado por milicianos, por exemplo, em que ele mesmo apura, julga,
condena e aplica a pena.
- O agente público, neste caso usando a figura de um delegado de policia, pratica
tortura ou qualquer ato à margem da lei e de maneira violenta e arbitrária contra um autor
de um delito, contando com a participação ativa ou passiva, em maior ou menor grau, dos
demais operadores que compõem o sistema penal. Ocorrendo assim a acusação, processo
e condenação tudo ocorrendo, por exemplo, dentro de uma delegacia de policia,
vilipendiando o sistema legal e a legislação.
- Portanto, para o professor Zaffaroni, o direito penal subterrâneo é aquele em que
é praticada infração penal por agente do Estado (por exemplo, na apuração de um delito)
não seguindo os ditames legais. Também denominado direito penal às escuras, não
seguindo o garantismo penal.
a) em primeiro lugar, que ninguém pode ser castigado por seus pensamentos,
desejos ou meras cogitações;
b) em segundo lugar, que a forma de ser do sujeito, seu estilo de vida, suas
convicções pessoais, sua ideologia ou sua própria personalidade não pode servir de
fundamento para a responsabilidade criminal ou mesmo para sua agravação.
- Mandado de prisão pode ser cumprida a noite, o que não pode é entrar na casa para
cumprir, salvo os casos previstos no Art. 5º, XI, CR. Exemplo: Autor que se encontra
em barzinho ou em frente a sua residência.
- 1ª corrente (majoritária), entende ser possível entrar na residência e prender o autor do
fato que se evadiu, em flagrante.
CR, 5º, XI, não faz diferença entre flagrante próprio e impróprio.
- 2ª corrente, apostando no constitucionalismo moderno entende que a CR deve ser
interpretado de maneira teleológica, buscando a intenção do legislador, e no caso em
tela o legislador se referiu ao flagrante clássico (aquele que está praticando ação ou
acabou de praticar). Art. 150, III, CR, embasa ainda mais esse posicionamento de
somente se falar do flagrante próprio.
- Art. 290, § 1º, CPP, explica o que seria “perseguição policial”. A perseguição comporta
alguns pequenos intervalos.
- O termo “logo após” é interpretado como IMEDIATISMO.
- Não possui um lapso temporal de perseguição, se a perseguição é continua, não importa
o tempo.
- Flagrante presumido/assimilado/ficto está previsto no IV, 302, CPP, aquele encontrado
com instrumentos, papeis e outros que presuma ter praticado o ato criminoso. O
encontro desses objetos não pode ser casual, tem que haver conhecimento prévio por
parte da policia acerca da situação.
Julgado STF, HC 102646/Paraná.
STF em 2010 entendeu que dispensava mandado judicial qualquer que fosse a natureza
para que ocorra a entrada domiciliar em caso de prisão em flagrante. Acompanhando
assim a corrente majoritária.
Julgado STF, HC 91189
- Sobre a relação (ou o grau de relação) entre o fato típico e a ilicitude formaram-se várias
correntes doutrinárias, com repercussões práticas no âmbito processual, especialmente,
na questão do ônus da prova e do princípio do in dubio pro reo. Dentre as teorias referidas
podemos destacar:
a) Teoria da autonomia ou absoluta independência pela qual a tipicidade não tem
qualquer relação com a ilicitude, de tal sorte que ocorrido o fato típico, não se pode
afirmar que ele é presumidamente ilícito, ainda que seja uma presunção relativa (isso
ocorreu no tempo do causalismo e, sobretudo, na construção de Beling, em 1906);
b) Teoria da indiciariedade ou da "ratio cognoscendi" pela qual se há fato típico,
presume-se, relativamente, que ele é ilícito; o fato típico é o indício da ilicitude
(Mayer, 1915), que deve ser afastada mediante prova em contrário, a cargo (leia-se
ônus) da defesa. Ao contrário da primeira corrente, não há aqui uma absoluta
independência entre esses dois substratos do crime, mas uma relativa
interdependência;
c) Teoria da absoluta dependência ou "ratio essendi": cria o conceito de tipo total do
injusto, levando a ilicitude para o campo da tipicidade. Em outras palavras, a ilicitude é
a essência da tipicidade, numa absoluta relação de dependência entre esses elementos do
delito. Não havendo ilicitude, não há fato típico (Mezger, 1930);
d) Teoria dos elementos negativos do tipo: tem o mesmo resultado prático da teoria
anterior, embora com ela não se confunda (como, aliás, faz parcela da doutrina), porque
construída sob-bases diferentes. Por essa teoria, o tipo penal é composto de elementos
positivos ou expresso (que são as clássicas elementares do tipo penal) mais elementos
negativos ou implícitos do tipo (causas excludentes de ilicitude). Para que o fato seja
típico os elementos negativos - excludentes de ilicitude - não podem existir. Aqui também
há uma absoluta relação de dependência entre fato típico e ilícito, um pressupondo a
existência do outro (Merkel etc.).
- Pois bem. No Brasil, em que pesem entendimentos em contrário, a doutrina e a
jurisprudência majoritárias ainda se inclinam pela segunda das teorias apontadas, qual
seja, a teoria da indiciariedade ou da "ratio cognoscendi" (que foi ratificada,
posteriormente por Welzel). Em termos práticos, significa afirmar que ocorrido o fato
típico, ele é presumidamente ilícito (presunção relativa). Por essa teoria não é ônus da
acusação provar a inexistência de causa excludente de ilicitude, mas tão somente que o
fato é típico. Cumpre à defesa provar a existência da descriminante e, portanto, a licitude
do fato típico e, consequentemente, a inexistência de crime.
- O raciocínio doutrinário até aqui referido parece correto e adequado à teoria da
indiciariedade. Mas no campo processual, essa teoria da "ratio cognoscendi" deve ser
analisada à luz do princípio do estado de inocência e de seu corolário principal, o princípio
"in dubio pro reo”. Isso significa dizer que para ser absolvido o acusado não precisa
provar a existência da excludente de ilicitude, mas tão somente demonstrar a
probabilidade da ocorrência da causa justificante.
- Na precisa lição do saudoso Borges da Rosa, a acusação tem o ônus de apresentar
provas de certeza, mas a defesa tem o ônus de apresentar apenas provas de probabilidade,
de verossimilhança, de credibilidade, que causem dúvida (dúvida razoável) ao juiz,
justamente porque tem a seu favor o axioma do "in dubio pro reo", intimamente ligado à
dignidade da pessoa humana, a impedir condenações de pessoas inocentes. No dizer de
Vicente Greco Filho, o ônus da defesa é um ônus diminuído, mitigado. O ônus da defesa
tem "tamanho" menor do que o ônus da acusação. - Com efeito, ao criar dúvida no juiz
sobre a existência ou não da descriminante, a defesa já cumpriu integralmente seu ônus
probatório, é dizer, já afastou a certeza necessária sobre a ilicitude do comportamento
típico que deve haver para que se possa condenar. Dito de outra forma, se o juiz, com as
provas apresentadas na instrução pela defesa, estiver ao final da demanda em dúvida sobre
a existência ou não da descriminante, isso significa que a defesa cumpriu seu ônus de
provar a excludente, mediante um juízo de probabilidade, suficiente para afastar a
presunção da ilicitude do fato típico imposta pela teoria da ratio cognoscendi.
- A propósito, o saudoso Mirabete, ao analisar a questão do ônus da prova,
acertadamente coloca que "com a adesão do Brasil à Convenção Americana sobre
Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), conforme Decreto n. 678, de 611-
92, vige no país a regra de que 'toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se
presuma sua inocência enquanto não se comprove legalmente sua culpa (art. 8º, 2, da
Convenção). Dessa forma, atribuída à acusação o dever de provar a culpa do réu, impõe-
se sua absolvição mesmo na hipótese de restar dúvida quanto à procedência das
alegações da defesa " (destaques nossos).
- Realmente, se a defesa conseguir demonstrar a probabilidade de ter ocorrido uma
situação justificante do fato típico a ensejar dúvida inafastável no julgador, estará mantido
o estado de inocência estabelecido constitucionalmente (art. 5º, LVII da CF) e no Pacto
mencionado, devendo o juiz absolver o acusado. A presunção de ilicitude do fato típico
determinada pela teoria da "ratio cognoscendi" estará afastada e a constitucional
presunção de inocência mantida, equação da qual deverá redundar à improcedência da
demanda penal.
- Esse entendimento se reforça ainda mais com as recentes alterações do Código de
Processo Penal. O art. 386, V, do CPP dispunha que o juiz deveria absolver o réu quando
existisse circunstância excludente do crime. O atual art. 386, VI do CPP (inciso alterado
pela Lei 11.690 /2008) dispõe agora que o juiz deve absolver o acusado quando “existirem
circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena, ou mesmo se houver
fundada dúvida sobre suas existências”. Parece-nos absolutamente claro que se a defesa
criar para o juiz a dúvida sobre a existência ou não da excludente de ilicitude terá
cumprido integralmente seu ônus probatório, devendo o juiz absolver o réu por expressa
determinação do art. 386, inciso VI, parte final, do CPP. Aliás, o raciocínio é válido para
qualquer situação: seja porque o réu fez alguma prova que gerou a dúvida, seja porque a
acusação não afastou de forma inequívoca a dúvida sobre a existência da excludente. Em
qualquer hipótese de dúvida, cabe ao juiz absolver.
- É certo que para a absolvição sumária do acusado, o novo artigo 397, I, do CPP
(com redação determinada pela Lei 11.719 /08) exige a "existência manifesta de causa
excludente da ilicitude do fato"; mas para a absolvição após regular instrução, basta,
conforme referido, "fundada dúvida sobre a existência" da causa justificante. Essa
sistemática adotada pelas reformas do Código de Processo Penal, a propósito, é
plenamente justificável. A absolvição sumária enseja um juízo precário de mérito que
equivale a uma quase rejeição da inicial acusatória, sem qualquer aprofundamento na
instrução processual, sem sequer a produção de provas pela acusação. Somente, portanto,
uma evidência sobre a existência da excludente trazida pela defesa nessa fase inicial do
processo pode autorizar, prematuramente, a absolvição do acusado.
- Diferentemente se passa ao final da instrução probatória. Se após o esgotamento
de todas as fases possíveis do procedimento remanescer a dúvida no magistrado sobre a
existência ou não de excludente de ilicitude, isso equivale à falta de provas para condenar,
devendo ser aplicado o princípio "in dubio pro reo "(estampado, expressamente, também
no art. 386, VI , parte final, do CPP , especificamente quanto às justificantes e dirimentes).
- Não é correto, portanto, afirmar, como se tem dito, que se o juiz estiver em dúvida
se houve ou não, v.g, situação de legítima defesa, deve condenar o acusado, pois a defesa
tinha o ônus de provar a existência da excludente e não a provou. E se não cumpriu seu
ônus não pode se prevalecer do princípio "in dubio pro reo".
- Se a defesa provar a existência da excludente de ilicitude é óbvio que a absolvição
se impõe; mas se demonstrar a probabilidade da excludente de ilicitude ter ocorrido,
ensejando dúvida no julgador, isso já basta para a improcedência da ação penal. Essa nos
parece à equação acertada entre a teoria penal da ratio cognoscendi e a questão do ônus
probatório quanto às excludentes de ilicitude e a mais adequada ao constitucional
princípio do estado de inocência e de seu consectário lógico, o princípio "in dubio pro
reo".
- Tudo quanto acaba de ser dito vale integralmente para a decisão dos jurados (no
Tribunal do Júri). Em caso de dúvida, impõe-se a absolvição do réu.
SÍNDROME DE LONDRES
Art. 1o Esta Lei modifica o art. 171 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940
- Código Penal, com o propósito de estabelecer causa de aumento de pena na hipótese
de estelionato cometido contra idoso.
Art. 2o O art. 171 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal,
Art. 171.
Estelionato contra idoso
§ 4o Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso.
- Trata-se de teoria desenvolvida pela Suprema Corte dos Estados Unidos, que a tem
aplicado em situações nas quais o agente finge não enxergar a ilicitude da procedência
de bens, direito e valores com a intenção deliberada de auferir vantagens.
- Trata-se de uma metáfora que compara o agente público ao avestruz, que enterra sua
cabeça na terra para não tomar conhecimento de algo que ocorre ao seu redor, no caso
do agente, a natureza ou extensão do ilícito em curso.
- Com isso, sua aplicação busca punir aquele que se coloca, de modo intencional, em
estado de ignorância ou desconhecimento para não saber com detalhes as
circunstâncias fáticas de uma situação suspeita, o que demanda ao menos a existência
de um contexto probatório neste sentido. Em outras palavras, o Judiciário deverá
aplicar tal teoria com parcimônia, sob pena de se resvalar na odiosa responsabilidade
penal objetiva.
- Para que a teoria seja aplicada três requisitos fundamentais devem ser analisados,
segundo propõe Ramon Ragués i Vallès, quais sejam:
- Baseado no que foi exposto, conclui, com muita propriedade, André Luís
Callegari e Ariel Barazzetti Weber, entendimento do qual, concorda-se, a preocupação
para que uma conduta culposa não seja punida como se dolosa fosse – principalmente no
que tange ao dolo eventual no delito de lavagem de dinheiro, por não ser pacífico na
doutrina -, utilizando, para tanto, a cegueira deliberada. Desafio a ser enfrentado pela
doutrina e pelo judiciário brasileiro.
DICAS RÁPIDAS
1 – O que é FAMULATO?
R = É a relação do furto praticado pelo empregado em relação aos bens do empregador.
Pode caracterizar furto qualificado, desde que haja abuso de confiança (art. 155, § 4º, II,
CP). A relação empregatícia, por si só, não atrai a qualificadora.
8 – PRISÃO PREVENTIVA não pode ser cumprida em regime mais gravoso que o
fixado na sentença.
33 – O que é PUBLICATIO?
R = É a retirada de determinada atividade da seara privada, transportando-a para o seio
do direito público. Não podendo particular exercer, sem que haja delegação do poder
público.
49 – Não se tipifica crime material contra ordem tributária, previsto no art. 1º, I a
IV, da lei 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo. Súmula Vinculante
nº 24 do STF.
52 – Consuma-se o crime de FURTO com a posse de fato da res furtiva, ainda que
por breve espaço de tempo e seguida de perseguição do agente, sendo prescindível
a posse mansa e pacifica ou desvigiada. (STJ, 3ª Seção, REsp 1.524.450/ RJ)
65 – O § 1º, do artigo 155, do CP, prevê que a pena do crime de furto será aumentada
de um terço, se o crime for cometido durante o repouso noturno. A causa de
aumento de pena prevista no § 1º, pode ser aplicada tanto para os casos de furto
simples (caput), como para hipóteses de furto qualificado (§ 4º).
Não existe nenhuma incompatibilidade entre a majorante prevista no § 1º, e as
qualificadoras do § 4º. São circunstâncias diversas, que incidem em momentos da
aplicação da pena.
Assim, é possível que o agente condenado por furto qualificado (§ 4º) e, na terceira
fase da dosimetria, o juiz aumente a pena em 1/3 se a subtração ocorreu durante o
repouso noturno. (STJ, 5ª turma, AgRg no AREsp 741.482/MG)
66 – O crime de induzimento, instigação ou auxilio ao suicídio, previsto ao teor do
artigo 122, CP, apenas se consuma com o resultado morte ou lesão grave da
vitima, sendo o fato considerado atípico caso não ocorra nenhuma desses
resultados.
72 – NÃO SE CONFIGURA o crime de posse ilegal de arma de fogo (art. 12, Lei
10.726/03), a conduta do agente que mantém sob guarda, no interior de sua
residência arma de fogo de uso permitido com o REGISTRO VENCIDO. Se o
agente já procedeu ao registro de arma, a expiração do prazo é mera
irregularidade administrativa que autoriza a apreensão do artefato e aplicação
de multa. A conduta, no entanto, não caracteriza ilícito penal. (STJ, Apn 686/AP.
STJ, 5ª Turma, HC 294.078/SP)
Críticas à Teoria Sintomática (ou “a preconizada pela Escola Positiva”): Sobre esta teoria,
Zaffaroni e Pierangeli pontificam que outros, limitam-se a fixar-se no autor e a
fundamentar a punição da tentativa na periculosidade do autor. Este critério –
eminentemente positivista – tampouco funciona dentro de nosso sistema penal, porque
levaria à punição a tentativa inidônea, não punível no Código (art. 17).
79 – O que é ABIGEATO?
R = Abigeato é uma espécie de crime de furto que envolve a subtração de animais,
principalmente domesticados, como animais de carga e animais para abate, no campo e
fazendas. A captura de animais selvagens normalmente não é associada com o mesmo
tipo penal.
102 – Não é nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei penal, embora
não transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma os fatos em que se baseia.
O procedimento adotado visa o prazo de 24 horas para os juízes ouvirem as pessoas que
foram presas em flagrante. Com isto, os juízes podem avaliar se é necessário manter a
pessoa presa, se pode sair mediante fiança, se cabe uma medida punitiva de caráter
educativo — como, por exemplo, tornozeleiras eletrônicas — ou até mesmo se deve ficar
em liberdade, por não ter sua prisão justificada.
O furto famélico não é crime porque a pessoa age em estado de necessidade: para proteger
um bem jurídico mais valioso – sua vida ou a vida de alguém – a pessoa agride um bem
jurídico menos valioso – a propriedade de uma outra pessoa.
Para que o crime seja configurado, é essencial que se preencham alguns requisitos:
Primeiro, tem de ser furto. Não pode ser roubo, extorsão etc. Apenas quando não há
violência ou ameaça há o furto famélico (como o nome diz, é furto, e não roubo famélico).
Se houver violência ou grave ameaça, o direito protegido – vida – passa a estar muito
próximo do direito agredido (a vida ou incolumidade física da vítima). Segundo, o juiz
deve analisar a proporcionalidade do que foi furtado. Se alguém tem dez filhos, óbvio que
vai precisar de mais comida para alimentá-los do que alguém que tem um filho. O furto
famélico é apenas para suprir as necessidades básicas de sobrevivência imediata. Não dá
pra furtar cem quilos de arroz e dizer que é famélico, pois ninguém consome cem quilos
de arroz em poucos dias.
Por fim, o juiz precisa estar convencido de que a pessoa precisa do bem para sobreviver.
Esse é um requisito básico de qualquer estado de necessidade. Não dá pra alguém que
pode obter o bem de outra forma alegar que não tinha opção. O estado de necessidade só
fica configurado quando não há outra opção razoável. Além disso, o bem precisa ser
essencial para a sobrevivência. Não dá pra ser uma televisão, um casado de grife etc.
107 – Nos casos de prática do crime de introdução de moeda falsa em circulação (art.
289, § 1º, CP), se a nota falsificada é repassada para “ascendente, descendente,
irmão ou cônjuge” ou para “criança, maior de 60 anos, enfermo ou mulher
grávida”, incidirão as agravantes previstas nas alíneas “e” e “h” do inciso II,
art. 61, CP. Isso porque o sujeito passivo deste delito não é apenas o Estado, mas
também a pessoa lesada com a introdução da moeda falsa. (STJ, 6ª Turma, HC
211.052/RO, informativo 546)
108 – É nula a citação por edital do réu preso na mesma unidade da federação em
que o juiz exerce sua jurisdição. (STF, súmula 351)
115 – O princípio da insignificância deve ser AFASTADO nos casos em que o réu
faz do crime o seu MEIO DE VIDA, ainda que a coisa furtada seja de pequeno
valor. (STJ, HC 330156/SC)
- CONFLITO DE COMPETÊNCIA
Falsificação de documento da união não atrai competência para a JUSTIÇA FEDERAL,
salvo se ocorrer prejuízo à união. CC 141593 RJ
- Em 1898 o termo “hipertrofia” foi utilizado por Reinhart Franck em artigo publicado,
observando que o uso das penas e tipificações de condutas eram abusivas, e que por este
motivo perdeu o direito penal parte de seu crédito, deste modo, perdendo sua forma
intimidadora, pois o corpo social deixava de reagir do mesmo modo que o organismo
humano não reage a um remédio ministrado de forma abusiva pelo paciente.
- Já o que vimos citado em 1898 vem acontecendo com muito afinco ainda hoje, pois a
primeira iniciativa pelo nosso legislador é aumentar/endurecer as penas quando algum
fato criminoso de grande repercussão é cometido, ou dar nova “roupagem” as leis já
editadas.
- Tomamos como exemplo a Lei de Crimes Hediondos que por motivos do assassinato
de grande repercussão da atriz Daniela Perez, filha da escritora Gloria Perez morta pelo
ator Guilherme de Pádua a golpes de tesoura, passou a considerar os crimes de
homicídio qualificado e os de homicídio praticado por grupos de extermínio como
crimes hediondos.
- Também é de conhecimento a Lei Maria da Penha que foi criada com base na vítima
de maus tratos domésticos, a Senhora Maria da Penha Maia Fernandes que foi
brutalmente violentada pelo marido durante seis anos e que foi punido somente depois
de 19 anos cumprindo apenas 2 anos de prisão.
- Nestes casos, os princípios em discussão são respeitados, pois não há insignificância
em nenhum deles, pois atingem toda a coletividade e são de grande repercussão, não há
somente um particular envolvido, bem como respeita o princípio da intervenção mínima
visto que, cumpre exatamente ao direito penal tutelar a vida e integridade física das
pessoas.
- E como bem vimos, quando a sociedade está altamente envolvida nestes crimes e pede
por clamor público que seja feito algo por nossos legisladores, estes então aumenta a lei.
- Agora, o que pensar das Contravenções Penais, tema de discussão do presente artigo,
que prevêem condutas vistas aos olhos do direito penal como insignificantes.
- São infrações penais que o próprio poder judiciário não dá valor, muito menos a
população em geral, como é caso da contravenção de vadiagem prevista no artigo 59 da
LCP.
- Ora, não será a vadiagem uma escolha de vida, pois não há causa criminal presente
nesta infração nos dias de hoje, tanto o é assim que a infração de mendicância foi
abolida do referido diploma legal.
- Pune-se tantas condutas insignificantes nas Contravenções Penais que suas penas
tornam-se abusivas, fazendo com que o corpo social deixe de reagir como o direito
penal gostaria que fosse, um direito intimidatório levando-se assim a hipertrofia
criminal, ou seja, a perda de crédito do direito penal.
- Inicialmente aplicado no âmbito civil, está presente no art. 478 CC, a cláusula Rebus
Sic Stantibus (locução latina que pode ser traduzida como "estando assim às coisas")
especifica que as partes de um contrato, tratado internacional ou, de forma mais geral,
acordo, pactuaram levando em consideração a situação de fato existente no momento de
sua celebração, podendo assim invocá-la como forma de rompimento caso mudanças
substanciais ocorram de forma extraordinárias e imprevisíveis, que modificam o
equilíbrio do acordo trazendo desvantagem a uma das partes.
- No direito penal diante de novos fatos, o magistrado pode mudar a situação.
- A prisão preventiva visa garantir algumas situações, tais como as previstas no art. 311,
CPP.
- A prisão preventiva pode sofrer alteração, ou seja, o juiz pode revoga-la e com isso,
existe a relação que diante de fatos novos, a cláusula rebus sic stantibus submeterá a
revisão não estando mais presentes os requisitos para sua manutenção.
- No caso do arq. do IP (artigo 18, CPP), a corrente majoritária diz que o IP não precisa
estar desarquivado para a realização de novos diligências tendo em vista a existência de
fatos novos.
- Com novas provas produzidas, uma nova ação penal será iniciada conforme súmula
524 do STF.
- Assim sendo, como existe a possibilidade de arquivar o IP, bem como o
desarquivamento do IP face fatos novos, se submete a cláusula rebus sic stantibus.
- A decisão que revoga a prisão preventiva, bem como o arquivamento do IP faz coisa
julgada formal.
- Decisão que arquiva o IP com base na atipicidade do fato faz coisa julgada formal e
material e assim sendo, não se submete a cláusula rebus sic stantibus. Obs: Mesmo
sendo a decisão proferida por juiz incompetente.
- Decisão que arquiva o IP com base na extinção da punibilidade faz coisa julgada
formal e material e assim sendo, não se submete a cláusula rebus sic stantibus.
ENTRETANTO, existe uma exceção: Em caso de morte do agente, se ele utilizou
certidão de óbito falsa, faz coisa julgada somente formal, se submetendo a cláusula
rebus sic stantibus, PODENDO SER REVISTA.
Divergência:
- Decisão que arquiva o IP com base excludente de ilicitude faz coisa julgada formal e
material, corrente MAJORITÁRIA (posição do STJ e doutrina), NÃO PODE
DESARQUIVAR O IP.
Julgado, STJ, 6ª Turma, REsp 791471/RJ, 25/11/2014.
- Art. 14, II, CP tem que ocorrer a complementação com o crime principal.
- É conhecida com norma de extensão temporal, ou seja, a lei pune a consumação, mas
ela puxa para que se aplique na forma tentada, de forma menos gravosa que se
consumado, mas punindo a tentativa do agente.
- Norma de subordinação típica mediata/indireta.
- Na tentativa tem que existir o dolo, o inicio da execução e a consumação não pode
ocorrer por circunstância alheia a vontade do agente.
- Tentativa pode ser perfeita / acabada / crime falho, quando o agente esgotou os atos
executórios e ainda sim não conseguiu a consumação.
Tentativa imperfeita / inacabada é quando o agente não esgotou os atos
executórios e sim ocorreu a impossibilidade de continuar.
- Na tentativa perfeita ou na imperfeita pode ocorrer à tentativa vermelha/ cruenta,
que é quando a vítima é ferida de alguma forma.
Existe a possibilidade da vítima não ser atingida/ferida, a essa fato se da o
nome de tentativa branca/incruenta.
- A maior diminuição de pena ocorre quando existe a tentativa branca. Noutro giro, a
diminuição de pena será menor quando ocorre a tentativa vermelha, por ter atingido a
vítima.
- TENTATIVA SUPERSTICIOSA é aquela tentativa que o agente deseja a morte da
vítima através de feitiçaria, artefatos supersticiosos, bruxaria. Alguns doutrinadores
entendem que é um tipo de crime impossível. LFG entende que tentativa supersticiosa é
uma coisa, mas o meio ser relativo ou absoluto ineficaz só pode ser verificado após no
resultado. Ou seja, quando se trata de tentativa supersticiosa verifica-se de pronto que o
resultado é impossível, mas no caso de TENTATIVA INEDONÊA, somente verifica-se
após o resultado.
POSSE/PORTE (LEI 10.826/03) NA VISÃO DA JURISPRUDÊNCIA
JURISPRUDÊNCIAS x ECA
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em
prejuízo:
Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é
cometido em prejuízo: (Vide Lei nº 10.741, de 2003)
III - se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta)
anos.
- Quando o ECA fala de reiteração no artigo 122, II, qual o volume dessa
reiteração?
O posicionamento do STJ é entendendo que não há que se fixar número de atos. Assim
sendo, 2 atos já pode ser considerado a reiteração.
Julgado STJ, 5ª Turma, HC 280.478 SP, 18 de fevereiro de 2014.
- O Direito penal sempre passa por transformações doutrinárias ao longo do tempo, uma
delas atine às chamadas “velocidades do Direito Penal”.
- Para compreensão do tema, a primeira informação a ser definida consiste em que, para
essa teoria, o Direito Penal contém duas espécies de ilícitos penais. Dessarte, um tipo de
ilícito penal tem cominada a pena privativa de liberdade, por sua vez, outro tipo de
ilícito penal tem como sanção penas alternativas às privativas de liberdade.
Assim sendo, esses dois tipos de ilícitos penais pediriam duas formas distintas de
processo. Com efeito, àquele que comina prisão deve ter o processo imbuído dos
princípios garantistas, haja vista que a privação da liberdade é medida bem grave ao ser
humano. Por outro lado, àquele que impõe penas alternativas, poderia existir uma maior
flexibilização das garantias processuais penais.
Portanto, existiriam dois Direitos Penais, ou um Direito Penal com várias dimensões,
neste caso graduado de acordo com sua maior ou menor rigidez. Um bem formal, outro,
menos formal. O Direito Penal formalista seria de primeira velocidade, já o não
formalista, o de segunda velocidade, nos dizeres de Jesus-Maria Silva Sánchez.
Segundo ainda esse autor, há um Direito Penal de “terceira velocidade”, o Direito Penal
do Inimigo, no qual as penas seriam privativas de liberdade mais rigorosas, porém,
contraditoriamente, com maior desformalização do processo penal, pois o inimigo não é
considerado cidadão.
- Assim, essas são as chamadas “velocidades do Direito Penal”, que poderiam ser
chamadas velocidades do processo penal, lembrando que nosso sistema penal e
processual penal é o garantista, não se concebendo, por isso, os outros dois aqui
apresentados (segunda e terceira "velocidades").
O QUE É A TERCEIRA VIA DO DIREITO PENAL
CARACTERISTICAS IMPORTANTES DO IP
Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
- Prisão para averiguação é aquela que mantém uma pessoa cerceada na delegacia por
mais de 24 horas.
- Já a detenção momentânea é apresentar uma pessoa na delegacia para prestar um
esclarecimento por exemplo. Confunde-se com a condução coercitiva. A pessoa fica
cerceada por pouco tempo.
Exemplo: Provas indiciárias contra investigado. Encontrado, ocorre à detenção
momentânea enquanto a autoridade policial irá representar pela prisão temporária ao
judiciário é legal? O STF se posicionou que se de imediato a autoridade policial se
dirige a autoridade judiciaria representando pela prisão temporária, não ocorre
constrangimento ilegal.
DOLO COLORIDO
- O termo dolo colorido nada mais é que uma outra nomenclatura aplicável ao Dolo
Normativo ou Híbrido.
- Dentro da Teoria Geral do Dolo, podemos delinear claramente duas grandes vertentes
doutrinárias: a Teoria Finalista e a Teoria Neokantista.
- Para a Teoria Finalista, adotada pelo ordenamento penal brasileiro, o dolo,
denominado de natural, configura-se como elemento subjetivo do tipo penal,
diretamente carreado à conduta e composto por dois elementos básicos: vontade e
consciência.
- Assim sendo, segundo esta vertente doutrinária, teremos DOLO NATURAL quando
ficar claro que o agente possuía uma VONTADE CONSCIENTE DE PRATICAR
UMA CONDUTA para alcançar um determinado resultado, pouco importando se este
agente sabia que o resultado a ser alcançado era ilícito.
- A Teoria Neokantista, que não foi recepcionada pelo nosso ordenamento penal,
entende que o dolo, denominado de NORMATIVO, HÍBRIDO OU COLORIDO, não
integra o tipo, mas sim a culpabilidade. Para os seguidores deste posicionamento
doutrinário, o reconhecimento do dolo demandaria da identificação de três elementos:
VONTADE, CONSCIÊNCIA E DISCERNIMENTO QUANTO A ILICITUDE DO
RESULTADO QUE PODE SER ALCANÇADO.
- Logo, no dolo normativo, o agente possui uma vontade consciente de praticar uma
conduta objetivando alcançar um resultado que sabe ser ilícito.
Vamos exemplificar.
Uma questão afirma: João, maior e capaz, deseja contratar os serviços de prostituição de
Ana, adolescente que ele sabe ter 17 anos, mediante pagamento de R$ 200,00. Nesta
situação, podemos reconhecer o dolo?
SEGUNDO OS FINALISTAS A RESPOSTA É SIM. Nesta situação o dolo natural
pode ser reconhecido, pois temos uma vontade consciente de praticar uma conduta
(contratar os serviços de prostituição). O dolo integra o tipo e está carreado à conduta
que se deseja praticar.
SEGUNDO OS NEOKANTISTA A RESPOSTA É DEPENDE. O dolo normativo
(colorido) só poderia ser reconhecido se também fosse demonstrado que João possuía
conhecimento que a sua conduta – contratar os serviços de prostituição de uma
adolescente – poderia produzir um resultado jurídico penal de natureza ilícita. Caso não
existisse por parte do agente potencial consciência da ilicitude, não poderíamos
reconhecer o dolo normativo, pois este caracteriza-se como elemento integrante da
culpabilidade.
Não esqueça: O ORDENAMENTO PENAL BRASILEIRO ADOTA O DOLO
NATURAL E NÃO O DOLO NORMATIVO.
Uma última dica: o reconhecimento do dolo não implica necessariamente a
caracterização do crime, pois segundo a Teoria Analítica Tripartite, crime é um fato
típico, antijurídico e culpável. Ao analisarmos o dolo natural, estamos analisando
apenas um dos elementos constitutivos do tipo e não o crime como um todo.
NULIDADE DE ALGIBEIRA
- Em questão onde ocorrer no contexto fático diferente quanto a tipo penal, deverá
responder pelos dois. Exemplo: Tício anda armado desde dezembro, mas ao encontrar
em fevereiro seu desafeto Mévio, ele dispara. Responderá por porte ilegal de arma
(permitida ou restrita a depender do armamento), e também por homicídio. Caso haja a
excludente de ilicitude por legitima defesa, responderá por porte de arma somente.
- A Teoria da Cegueira Deliberada é uma doutrina criada pela Suprema Corte dos
Estados Unidos e também é conhecida no meio jurídico com muitos nomes, tais como
“Willful Blindness Doctrine” (Doutrina da cegueira intencional), “Ostrich Instructions”
(instruções de avestruz), “Conscious Avoidance Doctrine” (doutrina do ato de
ignorância consciente), “Teoria das Instruções da Avestruz”, entre outros. Essa doutrina
foi criada para as situações em que um agente finge não enxergar a ilicitude da
procedência de bens, direitos e valores com o intuito de auferir vantagens. Dessa forma,
o agente comporta-se como uma avestruz, que enterra sua cabeça na terra para não
tomar conhecimento da natureza ou extensão do seu ilícito praticado. Sendo assim, para
a aplicação da Teoria da Cegueira Deliberada, é necessário que o agente tenha
conhecimento da elevada possibilidade de que os bens, direitos ou valores sejam
provenientes de crimes e que o agente tenha agido de modo indiferente a esse
conhecimento. Em síntese, pode-se afirmar que a Teoria da Cegueira Deliberada busca
punir o agente que se coloca, intencionalmente, em estado de desconhecimento ou
ignorância, para não conhecer detalhadamente as circunstâncias fáticas de uma situação
suspeita.
ABRAMOWITZ & BOHRER apontam que a doutrina da conscious avoidance, também
conhecida como willful blindness ou ignorância deliberada (deliberate ignorance)
permite que haja uma condenação criminal nos casos em que o Estado falha na
produção de provas acerca do real conhecimento do réu sobre uma situação fática
suspeita. Tal doutrina afirma que apesar do acusado não ter conhecimento dos fatos,
essa falta de conhecimento deve-se a prática de atos afirmativos de sua parte para evitar
a descoberta de uma situação suspeita. Em outras palavras, a doutrina da cegueira
deliberada permite que se presuma o conhecimento do acusado nos casos em que não há
prova concreta do seu real envolvimento com a situação suspeita. Dessa forma, o réu
pode ser condenado, apesar de não ter o real conhecimento da atividade criminosa. Por
fim, os autores alertam que “a doutrina da conscious avoidance cria o risco de que o júri
condene o réu simplesmente porque acredita que o acusado não tenha se esforçado
suficientemente para saber a verdade sobre os fatos”.
No que tange à aplicação da Teoria da Cegueira Deliberada, NASCIMENTO (2010)
sustenta que:
Para a teoria da cegueira deliberada o dolo aceito é o eventual. Como o agente procura
evitar o conhecimento da origem ilícita dos valores que estão envolvidos na transação
comercial, estaria ele incorrendo no dolo eventual, onde prevê o resultado lesivo de sua
conduta, mas não se importa com este resultado. Não existe a possibilidade de se aplicar
a teoria da cegueira deliberada nos delitos ditos culposos, pois a teoria tem como escopo
o dolo eventual, onde o agente finge não enxergar a origem ilícita dos bens, direitos e
valores com a intenção de levar vantagem. Tanto o é que, para ser supostamente
aplicada a referida teoria aos delitos de lavagem de dinheiro “exige-se a prova de que o
agente tenha conhecimento da elevada probabilidade de que os valores eram objeto de
crime e que isso lhe seja indiferente”
Passa-se agora a análise dos principais julgamentos existentes no Brasil sobre a
aplicação da Teoria das Instruções da Avestruz.
No que tange à utilização da Teoria da Cegueira Deliberada nos crimes eleitorais, é
importante citar alguns julgados do TRE/RO, que aplicam a teoria da cegueira
deliberada:
“Corrupção eleitoral. Eleições 2004. Materialidade e
autoria comprovadas. Prova testemunhal abundante.
Dolo configurado. Teoria da cegueira deliberada.
Crime formal. Condenação mantida. Recurso
desprovido. I - Corrupção eleitoral comprovada:
entrega a eleitor de senha, tipo vale-brinde (telefone
celular), para obtenção de voto. II - Materialidade
constituída pela apreensão da senha, de par à prova
oral. III - Autoria apoiada na confissão extrajudicial
da acusada e nos depoimentos colhidos em juízo,
sob o crivo do contraditório. IV - Retração parcial
em juízo, em si, é inservível a espargir qualquer
efeito, exatamente por contrastar uma declaração
precedente. Não basta alegar. Faz-se mister
comprovar. Eficácia da confissão policial, em sua
integralidade, dêsque não demonstrado, no crivo do
contraditório, o seu caráter ilegítimo. V - Ausência
de resquícios de propalada "armação" contra a
acusada, supostamente urdida pela oposição a então
candidato.VI - "Dolus directus" presente.
Imputação viável, no mínimo, a título "dolus
eventualis" (CP, art. 18, I, 2ª parte): mesmo
seriamente considerando a possibilidade de
realização do tipo legal, o agente não se deteve,
conformando-se ao resultado. Teoria da
"cegueira deliberada" ("willful blindness" ou
"conscious avoidance doctrine"). VII - A
corrupção eleitoral, em qualquer de suas
modalidades, inclui-se no rol dos crimes formais.
Para configurá-la, "basta o dano potencial ou o
perigo de dano ao interesse jurídico protegido, cuja
segurança fica, destarte, pelo menos, ameaçada",
segundo Nélson Hungria. VIII - Condenação
mantida. Recurso conhecido e desprovido.
(872351148 RO, Relator: ÉLCIO ARRUDA, Data
de Julgamento: 30/11/2010, Data de Publicação:
DJE/TRE-RO - Diário Eletrônico da Justiça
Eleitoral, Data 06/12/2010)
Corrupção Eleitoral. Eleições 2006. Fornecimento
contínuo de sopa, cestas-básicas e patrocínio de
cursos. Propósito de voto em candidato à reeleição a
Deputado Estadual. Período eleitoral. Filantropia.
Desvirtuamento. Oportunismo eleitoreiro.
Materialidade e autoria comprovadas. Fatos
conhecidos e provados reveladores do ilícito.
Articulação à prova oral. Inteligência do Código de
Processo Penal, art. 239. Dolo configurado. Teoria
da cegueira deliberada. Crime formal. Acolhimento
da pretensão punitiva estatal. Condenação.
Continuidade delitiva. Regime aberto. Penas
substitutivas de prestação de serviços à comunidade
e prestação pecuniária. Multa. I - Corrupção eleitoral
comprovada: distribuição contínua de sopa, cestas
básicas e patrocínio de cursos, durante o período
eleitoral, a troco de voto. II - Materialidade e autoria
extraídas do acervo probatório, documentos e
testemunhas. Corroboração por fatos conhecidos e
provados. Inteligência do art. 239 do Estatuto
Processual Penal, subsidiariamente aplicável. III -
"Dolus directus" presente. Imputação viável, no
mínimo, a título "dolus eventualis" (CP, art. 18, I, 2ª
parte): mesmo seriamente considerando a
possibilidade de realização do tipo legal, a agente
não se deteve, conformando-se ao resultado.
Teoria da "cegueira deliberada" ("willful
blindness" ou "conscious avoidance doctrine").
VI - A corrupção eleitoral, em qualquer de suas
modalidades, inclui-se no rol dos crimes formais.
Para configurá-la, "basta o dano potencial ou o
perigo de dano ao interesse jurídico protegido, cuja
segurança fica, dessarte, pelo menos, ameaçada",
segundo Nélson Hungria. VII - A censura penal não
decorre da prática de filantropia, de atos de
benemerência, de beneficência. É consectário, sim,
de desvirtuamento, consistente em oportunismo
eleitoreiro: o propósito de obter voto à custa da
miséria alheia, sob o fornecimento de "sopão",
cestas-básicas, cursos e congêneres. VII - Pretensão
punitiva acolhida. Condenação da ré. Continuidade
delitiva. Regime aberto. Penas substitutivas de
prestação de serviços à comunidade e prestação
pecuniária. Multa. VIII - Recurso ministerial
provido, à unanimidade. (89 RO, Relator: ÉLCIO
ARRUDA, Data de Julgamento: 23/11/2010, Data
de Publicação: DJE/TRE-RO - Diário Eletrônico da
Justiça Eleitoral, Data 30/11/2010)
“Corrupção Eleitoral. Eleições 2004. Vereador.
Realização e Promessa de Cirurgias de
laqueadura, a troco de voto. Materialidade e
autoria comprovadas. Crime formal. Adequada
dosimetria penal. Recurso desprovido. I - O aumento
mínimo decorrente da continuidade delitiva e os
antecedentes turbulentos do agente obstam a
concessão de sursis processual. II - A realização e a
promessa de realização de cirurgias de
laqueadura, a troco de voto, configura o crime de
corrupção eleitoral. III - Acervo probatório
suficientemente seguro ao evidenciar a conduta
típica, implementada diretamente pelo réu (médico)
e por interpostas pessoas ("formiguinhas"), em curso
a campanha eleitoral.IV - "Dolus directus" presente.
Imputação viável, no mínimo, a título "dolus
eventualis" (CP, art. 18, I, 2ª parte): mesmo
seriamente considerando a possibilidade de
realização do tipo legal, o agente não se deteve,
conformando-se ao resultado. Teoria da "cegueira
deliberada" ("willful blindness" ou "conscious
avoidance doctrine").CP18, IV - A corrupção
eleitoral, em qualquer de suas modalidades, inclui-se
no rol dos crimes formais. Para configurá-la, "basta
o dano potencial ou o perigo de dano ao interesse
jurídico protegido, cuja segurança fica, dessarte,
pelo menos, ameaçada" , segundo Nélson Hungria.
VI - Se o juízo monocrático bem operou a
dosimetria da pena, nenhum reparo há de se fazer.
VII - Recurso desprovido.(88 RO , Relator: ÉLCIO
ARRUDA, Data de Julgamento: 17/04/2008, Data
de Publicação: DJ - Diário de justiça, Volume 76,
Data 25/4/2007, Página 30)
Embargos Infringentes. Corrupção eleitoral.
Eleições 2004. Oferecimento de alimentação, doação
de bonés, camisetas e canetas, a troco de voto em
candidatos a Prefeito e Vereador. Materialidade e
autoria comprovadas. Confissão. Delação. Prova
direta conjugada à indireta. Manobras sub-reptícias e
"mise-en-scène”: "reunião”. Princípio do livre
convencimento motivado. Dolo configurado. Teoria
da cegueira deliberada. Crime formal. Embargos
desprovidos. I - Corrupção eleitoral comprovada:
fornecimento de alimentação, camisetas, bonés e
canetas, para obtenção de voto. II - Materialidade
extraída de "convite”, de certidão lavrada por
meirinho e da prova oral (confissão e testemunhas).
III - Autoria: confissão e delação emanada duma das
acusadas. Circunstâncias e prova testemunhal
corroborantes. IV - Delira do razoável exigir, sempre
e sempre, prova direta - testemunhos, registro
audiovisual, e.g. - acerca do cometimento de
corrupção eleitoral (CE, art. 299). Neste terreno, os
agentes, por si ou interpostas pessoas, atuam de
modo sub-reptício, dissimuladamente, sem deixar
vestígios cabais. E, mais ainda, de ordinário,
embaralha-se a prática vedada a outras atividades de
campanha isoladamente permitidas. Do "mise-en-
scène" , da encenação, o julgador há de extrair as
nuanças permissivas ao descortino do verdadeiro
escopo do agente. V - "Dolus directus" presente.
Imputação viável, no mínimo, a título "dolus
eventualis" (CP, art. 18, I, 2ª parte): mesmo
seriamente considerando a possibilidade de
realização do tipo legal, os agentes não se
detiveram, conformando-se ao resultado. Teoria
da "cegueira deliberada" ("willful blindness" ou
"conscious avoidance doctrine"). CP18, I, VI - A
corrupção eleitoral, em qualquer de suas
modalidades, inclui-se no rol dos crimes formais.
Para configurá-la, "basta o dano potencial ou o
perigo de dano ao interesse jurídico protegido,
cuja segurança fica, dessarte, pelo menos,
ameaçada", segundo Nélson Hungria. (65 RO,
Relator: ÉLCIO ARRUDA, Data de Julgamento:
13/12/2007, Data de Publicação: DJ - Diário de
justiça, Volume 003, Data 7/1/2008, Página 37)
No que se refere à aplicação da Teoria da Cegueira
Deliberada nos casos que envolvem o crime de
lavagem de dinheiro, cumpre destacar o julgamento
do famoso furto do Banco Central ocorrido em
Fortaleza/CE. Na Apelação Criminal 5.520-CE, o
Tribunal Regional Federal da 5ª Região firmou o
seguinte posicionamento:
PENAL E PROCESSUAL PENAL. FURTO
QUALIFICADO À CAIXA-FORTE DO BANCO
CENTRAL EM FORTALEZA. IMPUTAÇÃO DE
CRIMES CONEXOS DE FORMAÇÃO DE
QUADRILHA, FALSA IDENTIDADE, USO DE
DOCUMENTO FALSO, LAVAGEM DE
DINHEIRO E DE POSSE DE ARMA DE USO
PROIBIDO OU RESTRITO (...) - No caso dos
autos, o grupo que executou os fatos configura uma
verdadeira organização criminosa, tendo
empreendido esforços, recursos financeiros de
monta, inteligências, habilidades e organização de
qualidade superior, em uma empreitada criminosa
altamente ousada e arriscada. O grupo dispunha de
uma bem definida hierarquização com nítida
separação de funções, apurado senso de organização,
sofisticação nos procedimentos operacionais e nos
instrumentos utilizados, acesso a fontes privilegiadas
de informações com ligações atuais ou pretéritas ao
aparelho do Estado (pelo menos a empregados ou
ex-empregados terceirizados) e um bem definido
esquema para posterior branqueamento dos
capitais obtidos com a empreitada criminosa
antecedente. Reunião de todas as qualificações
necessárias à configuração de uma organização
criminosa, ainda que incipiente. 2.4 - Imputação do
crime de lavagem em face da venda, por loja
estabelecida em Fortaleza, de 11 veículos,
mediante o pagamento em espécie: a transposição
da doutrina americana da cegueira deliberada
(willful blindness), nos moldes da sentença
recorrida, beira, efetivamente, a responsabilidade
penal objetiva; não há elementos concretos na
sentença recorrida que demonstrem que esses
acusados tinham ciência de que os valores por ele
recebidos eram de origem ilícita, vinculada ou
não a um dos delitos descritos na Lei n.º 9.613/98.
O inciso II do PARÁGRAFO 2.º do art. 1.º dessa
lei exige a ciência expressa e não, apenas, o dolo
eventual. Ausência de indicação ou sequer
referência a qualquer atividade enquadrável no
inciso II do PARAGRAFO 2º. - Não há elementos
suficientes, em face do tipo de negociação
usualmente realizada com veículos usados, a
indicar que houvesse dolo eventual quanto à
conduta do art. 1.º, PARÁGRAFO 1º, inciso II,
da mesma lei; na verdade, talvez, pudesse ser
atribuída aos empresários a falta de maior
diligência na negociação (culpa grave), mas não,
dolo, pois usualmente os negócios nessa área são
realizados de modo informal e com base em
confiança construída nos contatos entre as partes.
É oportuno, também, mencionar a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos sobre
a Conscious Avoidance Doctrine. Trata-se do caso “In re Aimster Copyright
Litigation”. No caso em análise, a Corte Suprema firmou o entendimento de que, na
hipótese de violação de direitos autorais, o acusado não poderia alegar em sua defesa
que não tinha conhecimento ou condições de saber que os arquivos que tinha
disponibilizado apresentavam violação de direitos autorais. Dessa maneira, a Suprema
Corte afastou a alegação de ignorância do acusado em relação aos fatos, por entender
que o acusado, de forma deliberada, manteve uma indiferença e um desconhecimento
intencional da situação ocorrida e por isso responderia por contributory infringement
(conduta de contribuir com a violação de direitos autorais).
Por todo o exposto, sem ter a menor pretensão de esgotar o presente tema, observa-se
que a Suprema Corte dos Estados Unidos, ao aplicar a doutrina da willful blindness no
caso “In re Aimster Copyright Litigation”, firmou o entendimento de que os acusados
não podem escapar dos crimes estabelecidos em lei (exemplos: lavagem de dinheiro,
tráfico de drogas, violação de direitos autorais) quando deliberadamente criam um
escudo de proteção, ou seja, quando as circunstâncias do caso mostram claras
evidências de que o acusado poderia ter conhecimento da situação suspeita, mas, mesmo
assim, ele age deliberadamente para se manter em estado de desconhecimento.
Por fim, entende-se que, no Brasil, a aplicação da teoria da cegueira deliberada é ainda
incipiente, não havendo manifestações conclusivas do STF e do STJ sobre o assunto.
Todavia, entende-se que a aplicação da teoria da cegueira deliberada no Brasil
encontrará sérias dificuldades, tendo em vista que essa nova teoria sugere uma espécie
de responsabilidade penal objetiva, cuja aplicação é excepcionalmente aceita no
ordenamento jurídico pátrio e sistematicamente afastada pelos Tribunais. Ademais,
critica-se a nova teoria da cegueira deliberada, que pune a negligência do agente a título
de dolo eventual.
- Conceito analítico de crime (finalista):
Bipartido: Fato típico + antijurídico
Tripartido: fato típico + antijurídico + culpável
- Art. 18, CP.
Crime doloso (direto ou eventual).
Art. 18, II, CP:
Crime culposo
- Culpabilidade vazia se verifica na concepção finalista, tendo em vista que dolo e
culpa se deslocaram da culpabilidade e foram para o fato típico.
- A lavagem de dinheiro surge nos EUA com a utilização do termo “lavagem” tendo em
vista que ao receber dinheiro de origem ilícita, o agente adquiriu várias lavanderias para
dar uma roupagem licita.
- A lei 9.613 (lavagem de dinheiro), em seu artigo 1º sofreu alteração para incluir o
termo “infração penal”, para ampliar o leque de tipificação e não somente o crime.
No inciso um, deixa claro que nele o dolo (eventual), tem que ser direto.
Abrindo mão assim da teoria da cegueira deliberada.
- Parte da doutrina critica a teoria tendo em vista que ela defende o dolo eventual (de
forma objetiva), e eles entendem que isso não seria possível sua aplicação.
- O art. 180, § 1º, CP (receptação qualificada), é uma das tipificações penais que a
doutrina aceita que a teoria da cegueira deliberada pode ser aplicada.
POLITICA CRIMINAL VERDE
- Politica criminal (conceito de Zaffaroni), em seu sentido lato, pode ser entendida como
a ciência ou a arte de governar. Por seu turno, política criminal compreende a política
relacionada ao fenômeno criminal, sendo considerada a arte ou a ciência de governo,
com respeito ao fenômeno criminal.
- A politica criminal é elaborada no legislativo.
- Direito penal máximo é o baseado em populismo penal, que é feito para criminalizar
toda e qualquer situação, ou seja, afastada da politica criminal, sem estudo, sem base
necessária.
- Essa demanda de atender a vontade popular quanto à politica criminal acaba criando o
direito penal simbólico, que tudo criminaliza, mas na prática não surte efeito pretendido.
Dessa forma surge a síndrome de Alice, em que o Estado acredita que vai resolver todos
os conflitos com o direito penal.
- Década de 90, nos EUA, nasce a Lei e Ordem (direito penal máximo) para resolver os
problemas sociais da época.
- Em contraponto ao direito penal máximo, NASCE O DIREITO PENAL MÍNIMO. O
Direito penal mínimo é uma homenagem a fragmentariedade do direito penal, em que
defende um estado que intervenha de forma apenas necessária e não tipificando todas as
condutas como crime.
- Um bom exemplo é a lei 9.099/95, que homenageia outras possibilidades (como
transação penal), em detrimento a aplicação de restrição de liberdade.
- Existe teoria que defende que deveria ocorrer a exclusão do direito penal, tendo em
vista que segundo o criador desta tese o direito penal não é o suficiente para resolver os
problemas sociais. Ferrajoli, embora defenda o direito penal mínimo, entende que ainda
sim não deveria acabar o direito penal.
- A teoria ABOLICIONISTA PENAL nasceu com um jurista HOLANDES e não é
aceita no Brasil.
- Essa teoria que defende o abolicionismo penal é chamada também de POLITICA
CRIMINAL VERDE.
DICAS RÁPIDAS
123 – Lei penal em branco INVERTIDA é aquela em que o preceito secundário nos
remete à outra lei.
125 – MP 703/2015 revogou o artigo 17, § 1 da lei 8.429/92, sendo possível celebrar
ACORDO DE LENIÊNCIA nas hipóteses de improbidade administrativa.
128 – O genocídio é o ÚNICO crime hediondo que não está previsto no CP.
147 – Em sede de ADI e ADC NÃO se admite DESISTÊNCIA, não cabe AÇÃO
RESCISÓRIA e nem INTERVENÇÃO DE TERCEIROS.
148 – Na visão dos tribunais superiores (STJ e STF), o crime de violação de direito
autoral não está sujeito à incidência do principio da adequação social, tendo em
vista os sérios prejuízos causados à indústria fonográfica, aos comerciantes e ao
FISCO. Nesse sentido, a súmula 502 do STJ reza que: “presentes a materialidade e
a autoria, afigura-se típica em relação ao crime previsto no art. 184, § 2º, CP, a
conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas”.
153 – Não é vedado propor emenda constitucional que verse sobre cláusula pétrea.
O que não deve é a proposta ter tendência ABOLICIONISTA.
159 – A lei maria da penha não impede que sejam reconhecidas as ESCUSAS
ABSOLUTÓRIAS do artigo 181, CP.
160 – A participação de membro do MP na fase investigatória criminal não
acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia.
Súmula STJ, 234.
164 – O exame de corpo de delito e outras pericias são realizadas por PERITO
OFICIAL, leia-se, um (1) perito oficial. TODAVIA, na falta deste o exame poderá
ser realizado por duas pessoas portadoras de diploma de curso superior. Art. 159,
caput, e § 1º do CPP.
165 – CONTRAVENÇÃO tentada pode existir no mundo dos fatos, mas não é
punível no mundo jurídico.
166 – O PGR pode ser destituído do cargo antes de findos os dois anos, mediante
requerimento do PRESIDENTE DA REPÚBLICA e aprovação da maioria
absoluta do senado.
170 – Em processo que apure a suposta prática de crime sexual contra adolescente
ABSOLUTAMENTE INCAPAZ, é ADMISSÍVEL a utilização de prova extraída
de gravação telefônica efetivada a pedido da genitora da vítima, em seu terminal
telefônico, mesmo que solicitado auxilio técnico de detetive particular para a
captação das conversas.
Julgado STJ, 6ª Turma, REsp 1.026.605/ES, 13/05/2014, Informativo 543
175 – O fato de haver menor participando de uma associação para fins de trafico
pode ser usado para formação de número mínimo e também para aumentar a
pena.
- Essa teoria, muito utilizada nos Estados Unidos ("the ticking time bomb scenario").
- A presente teoria tem o escopo de relativizar a proibição da tortura (que, na nossa
Constituição, está no artigo 5o, III). Segundo a teoria, se bombas relógio são instaladas
em determinados locais, não havendo outros meios de se localizar as bombas ou
desarmá-las, a tortura do terrorista responsável é justificável.
- Essa teoria apareceu pela primeira vez no romance de Jean Larteguy, "Les
Centurions", de 1960, escrito durante a brutal ocupação francesa da Argélia. O herói do
livro descobre um plano iminente para explodir bombas em toda a Argélia e deve correr
contra o relógio para impedir.
- O Ministro da Suprema Corte Antonin Scalia disse em uma recente entrevista que "o
uso de técnicas de interrogatório duras agora amplamente condenadas como tortura
pode não ser inconstitucional”. Segundo a teoria do "cenário da bomba relógio", seria
difícil excluir o uso da tortura para obter informações de suspeitos de terrorismo, se
milhões de vidas estão em jogo.
- A CIA utiliza-se, por exemplo, do “suplicio da água”.
- As utilizações destes mecanismos sofrem fortes criticas por ser repugnante para a
maioria dos doutrinadores. O Estado criaria batalhões de torturadores para alcançar tais
fins. Ainda se questiona se esse mecanismo deixaria de ser regra (para descobrir atos de
terrorismo), para ser utilizado em outras situações que a diversa da inicial.
- A teoria da bomba relógio estaria ramificada na mesma do direito penal do inimigo.
- A aplicação da tortura com base nesses argumentos não é abarcada pela doutrina em
exclusão de ilicitude ou de culpabilidade.
- No direito pátrio, a Lei 13.260 trata de atos de terrorismo, MAS no Brasil essa teoria
não é aceita, nem aplicável (porque diversos dispositivos impedem, CR e tratados /
convenções internacionais, por exemplo).
- Conforme artigo 16 da Lei 13.260, em casos de investigação, processo e julgamento
dos crimes previstos nesta Lei, aplica-se a Lei nº 12.850, de 2 agosto de 2013.
O QUE É ADVERTENCIA / AVISO DE MIRANDA NO PROCESSO PENAL
- Nos Estados Unidos, o réu tem seus direitos constitucionais e civis zelosamente
observados, pois sua violação pela polícia ou pelo Promotor de Justiça pode viciar as
etapas posteriores do processo. Por exemplo, desde Miranda vs. Arizona, em 1966, o
júri é obrigado a desconsiderar as declarações feitas pelo acusado antes de
explicitamente advertido de seu direito de recusar-se a falar à polícia.
- Contudo, nem sempre foi assim, como sabemos, em toda parte do mundo. A frase de
que o réu tem o direito à assistência e o conselho a sua defesa, é extraído da Sexta
Emenda americana. É comum hoje em dia que se tome por certo que uma pessoa
acusada sempre teve a assistência de advogados para a defesa. Afinal, a polícia adverte
da necessidade do silêncio a todos eles, e depois prendem e interrogam.
- O certo é que toda pessoa acusada de um crime tem o direito a um advogado se ela
puder pagar um. Mas só recentemente é que aqueles que não podiam pagar um
advogado, realmente receberam a assistência de advogado.
- Levou mais de 30 anos, começando em 1932, e três casos de apelação na Suprema
Corte americana, antes que as pessoas pobres, que não podiam pagar um advogado,
pudessem ter um advogado nomeado pelo tribunal. Estas decisões da Suprema Corte
americana foram no sentido que a Sexta Emenda tivesse efeito vinculativo sobre os
Estados.
- Podemos citar o exemplo de um caso em que houve completo desprezo pelo princípio
em alusão. Em 25 de março de 1931, nove jovens Afro-americanos, sete jovens homens
brancos, e duas jovens mulheres brancas estavam viajando através Alabama, quando
começou uma briga. Os homens brancos foram atirados para fora do trem. Eles
imediatamente notificaram o xerife, e, além de seus ataques, afirmaram que as duas
meninas brancas foram estupradas. O trem foi parado por ordem de um xerife na
pequena cidade de Paint Rock, Alabama, e os jovens Afro-americanos foram presos.
Quando a violência da multidão parecia iminente, eles foram transferidos para
Scottsboro, Alabama. Ali, nove iletrados, analfabetos, pobres homens foram julgados
pelo crime de estupro, sem qualquer assistência da defesa. No primeiro dia do
julgamento, o juiz nomeou um advogado local para funcionar na defesa dos noves
homens acusados de estupro. Os nove foram julgados em grupos de três, e o Tribunal
levou três dias para julgar e condenar todos os nove, mesmo com o testemunho médico
que contradizia a afirmação das meninas do crime de estupro, bem como o fato de uma
das supostas vítimas admitir ter inventado a história de estupro e afirmar que nenhum
dos Scottsboro Boys teria tocado em nenhuma das mulheres brancas. Todos os nove
rapazes, conhecido como Scottsboro Boys, foram condenados à morte, por um Júri
composto de brancos.
- Nos Estados Unidos apesar de incorporado à sua Constituição na 5ª emenda, o direito
ao silêncio veio a ter efetividade na decisão da Suprema Corte em 1964 com o caso
Malloy v. Logan (378 U. S.1 (1964). Que deu garantia do devido processo legal,
incorporado na 14ª emenda. Em 1965 no julgamento Griffin v. California – [380. U.
S.609 (1965)]. A Suprema Corte Americana proibiu o acusador de realizar qualquer
comentário ou alusão sobre o silêncio do acusado durante o julgamento, resultando
inconstitucional qualquer tipo de penalidade imposta ao réu no exercício desse direito.
- A Suprema Corte Americana em um caso histórico denominado Miranda V Arizona
(384 U. S. 436), por cinco votos a quatro decidiu que “antes de qualquer
questionamento, uma pessoa deve ser informada que ela tem o direito de permanecer
calada, e que qualquer depoimento que fizer poderá ser usado como prova contra si
mesma”.
- Neste caso a Suprema Corte decidiu que a polícia ao fazer um interrogatório, deve
notificar o acusado do direito ao silêncio, determinando a soltura do acusado. Ernesto
Miranda, acusado de rapto e estupro, fixou as chamadas Miranda Rules ou regras de
instrução. O caso Miranda, contudo, como assinala Dias Neto, foi perdendo a sua força
como orientação jurisprudencial, tendo em vista que posteriormente a Suprema Corte
Americana no julgamento Beckwith v. United States [425 U. S.341 (1976)], declarou
que o direito ao silêncio não se aplica aos interrogatórios em domicilio do acusado,
feitos de forma informal, em New York v Quarles, [467 U. S. 649 (1984)], declarou a
desnecessidade da detenção formal do inquirido, para efeito do direito ao silêncio e em
Oregon v. Mathiason, [492 U. S. 492 (1977)], decidiu que não existe a custódia quando
a pessoa comparece voluntariamente a uma delegacia.
- Estas decisões já tiveram como base o movimento lei e ordem que existe naquele país.
Talvez surpreendentemente, o impacto das chamadas “regras Miranda” sobre a polícia,
de suspeitos, em face das confissões e convicção tem sido insignificante. Isto pode ser
devido a muitas estratégias que os interrogadores policiais usam para evitar, contornar,
anular, e algumas vezes até mesmo violar as “regras Miranda” e sua invocação na sua
busca de evidências de confissão. Por exemplo, às vezes, a polícia nos interrogatórios
evita ter de dar advertências com base nas regras de Miranda, reformulando o
interrogatório como uma entrevista de custódia.
- A polícia faz isso redefinindo as circunstâncias de questionamento, em que o suspeito
não está preso, por exemplo, declarando ao acusado, que ele não está preso ou que ele é
livre para ir e vir, uma vez que as “Miranda Rules”, apenas é legalmente exigida quando
um suspeito está preso sob custódia. Outras vezes, detetives da polícia podem ler três a
quatro vezes as advertências do direito ao silêncio, mas não perguntam ao suspeito se
ele entende este direito ou deseja renunciar a este mesmo direito, lançando diretamente
em interrogatório, como se o consentimento do acusado fosse implícito. Os tribunais
têm mantido essa prática, alegando que os suspeitos “implicitamente” renunciaram aos
seus direitos (Vorth Carolina v. Butler 1979).
- Às vezes, os detetives podem obter a isenção explícita através da minimização.
Minimizando a advertência, ou a ênfase do significado das advertências Miranda,
ocultando assim o relacionamento contraditório entre os interrogadores e os acusados.
Uma vez que o suspeito tenha renunciado a seu direito ao silêncio, o tom, o conteúdo, e
o caráter do processo de interrogatório podem mudar drasticamente. É típico neste
ponto que o processo de interrogatório torna-se acusatório, ante o fato do detetive mudar
a forma de fazer as perguntas, bem como o suspeito para dizer-lhe as respostas. O estilo
de interrogatório dos detetives pode variar de amigável a agressivo. A polícia conta duas
estratégias básicas de interrogatório: 1) criam a ilusão de que a polícia tem o objetivo de
“ajudar” o suspeito; 2) a tentativa de transformar a percepção dos suspeitos aumenta de
tal forma, que os acusados podem confessar como meio de escapar de uma situação
desesperada. Embora existam centenas de técnicas de interrogatório específicas, o
interrogatório policial pode ser reduzido para algumas táticas básicas e previsíveis, com
sequências repetitivas.
- As regras de Miranda, podem ser enquadradas no Brasil como principio da não
incriminação (ou princípio da imunidade da autoacusação); direito ao silêncio previsto
na CF/88.
Art. 5º, LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer
calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado.
- O CPP diz que:
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas
ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.
- O STJ entende que conversa informal, sem o aviso do direito ao silêncio, se
confessado algo, é prova ILICITA.
Julgado STJ, 6ª Turma, HC 244977 SC
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a
infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de
execução.
- Exemplo, em laudo fica caracterizado que a cocaína não era pura, existia talco como
substância presente também. A fixação feita pelo magistrado, com base nos artigos 42 e
59 da Lei 11.343/06, como se a droga fosse pura.
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o
previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do
produto, a personalidade e a conduta social do agente.
- O STF analisou questão recentemente sobre a pureza da droga e fixação da pena. A 2ª
Turma, entendeu que é desnecessário determinar a pureza do entorpecente, irrelevante
para a fixação da pena.
Julgado STF, 2ª Turma, HC 132909.
PERGUNTA-SE: Essa prisão de CAIO é prova lícita ou ilícita? É ilícita por derivação
causal.
O detalhe do caso concreto julgado nos EUA é que, algumas semanas depois, de forma
TOTALMENTE INDEPENDENTE, CAIO comparece perante a autoridade e resolve
confessar a prática do delito, na presença de seu advogado. A Suprema Corte
Americana entendeu que, embora num primeiro momento, a prisão de Caio ter sido
ilícita. A posteriori, porém, a partir do momento em que ele, de forma totalmente
independente e autônoma, confessa, é como se tivéssemos uma prova que não foi
contaminada pelo vício da ilicitude originária. Então, essa circunstância superveniente
na cadeia probatória faz essa prova absolutamente lícita.
- Essa teoria já foi adotada pelo STJ e pelo Supremo? Resposta negativa. Não há
julgados adotando essa teoria. Não obstante a ausência de julgados, a doutrina tem
defendido que essa teoria ou limitação foi colocada no art. 157, § 1º do CPP:
Art. 155,§ 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas (PROVA
ILÍCITA POR DERIVAÇÃO), salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade
entre umas e outras (TEORIA DO NEXO CAUSAL EVIDENCIADO OU DA MANCHA
PURGADA), ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente
das primeiras.
- Destarte, de acordo com essa exceção, quando Caio confessa é como se não houvesse
nenhum nexo causal entre a confissão dele e a prova ilícita originária.
Assim, em resumo, a teoria da exceção da mancha ou nódoa removida (a “purged taint
exception”), surgiu no direito norte-americano, relaciona-se com a possibilidade de uma
ilicitude de prova inicial ser removida por ato independente provocado por terceiro ou
pelo acusado. Em outras palavras, não se aplica a teoria da prova ilícita por
derivação se a relação entre a ilegalidade entre a prova primária e secundária for
atenuada em virtude do decurso do tempo, de circunstâncias supervenientes na
cadeia probatória ou da vontade de um dos envolvidos em colaborar com a
persecução criminal.
DICAS RÁPIDAS
180 – A lei 13.260/13 definiu o que vem a ser uma organização terrorista, além do
que alterou a lei nº. 12.850/13, que versa sobre a organização criminosa,
abrangendo o seu conceito para também abarcar os grupos terroristas. Assim, a
organização terrorista nada mais é do que uma forma de organização criminosa.
181 – Pode o réu denunciado por delito na forma consumada, posteriormente ser
condenado na forma tentada?
R = O réu denunciado por crime na forma consumada pode ser condenado em sua forma
tentada, mesmo que não tenha havido aditamento à denúncia. Igualmente, vale ressaltar
que a tentativa não é uma figura autônoma, pois sua vontade contrária ao direito
existente na tentativa é igual ao direito consumado.
Como réu não se defende da capitulação da denúncia, mas do fato descrito na exordial
acusatória, não há nulidade por ofensa ao artigo 384, CPP, quando o magistrado limita-
se a dar definição jurídica diversa (crime tentado), da que constou na denúncia (crime
consumado), inclusive aplicado pena menos grave.
Julgado STJ, HC 297.551/MG, 05/03/2015
185 – Salvo exceções legais, a pena imposta não pode deixar de ser aplicada sob
nenhum fundamento. Assim, por exemplo, o juiz não pode extinguir a pena de
multa levando em conta seu valor irrisório.
186 – Não é possível a pesquisa de DNA paterno nos glóbulos vermelhos adultos,
considerando que estes são anucleados.
187 – Pôquer é atividade licita desde que não envolva apostas. TRF 4 região.
189 – De acordo com o artigo 110 da LEP, o juiz deverá estabelecer a sentença o
regime inicial de cumprimento da pena, com observância do artigo 33 do CP, o
qual estabelece distinção quanto à pena de reclusão e de detenção.
190 – É vedada a edição de MP’s sobre matéria que vise a detenção ou sequestro
de bens de POUPANÇA POPULAR ou qualquer outro ativo financeiro.
193 – A prática de tortura por agente público valendo-se da sua condição, além de
caracterizar crime previsto na Lei 9455/97, também é ato de improbidade,
consoante decisão veiculada no informativo 577 do STJ.
200 – Aquele que obstrui as investigações que buscam apurar crime praticado por
organização criminosa, pratica crime equiparado à organização criminosa.
204 – As lesões leves suportadas pela vitima serão absorvidas pelo crime de
tortura.
207 – Crime gratuito é aquele cometido sem motivo conhecido. Não há de ser
confundido com o motivo fútil, presente quando o móvel apresenta real
desproporção entre o delito e sua causa moral.
210 – Normas constitucionais de eficácia plena são aquelas normas que receberam
do constituinte normatividade suficiente à sua incidência imediata, ou seja, não
necessitam de providencia normativa ulterior para sua aplicação.
211 – Crime de conexão ocasional: NÃO há, na realidade, conexão entre os crimes,
pois um não é cometido para assegurar a execução ou para garantir a ocultação de
outro. Há, tão somente, uma proximidade física entre várias infrações penais, que
não se relacionam entre si. Ex: o agente mata alguém e, em seguida, aproveita a
oportunidade para subtrair bens a este pertencentes.
231 -
JULGADOS DIVERSOS
STF: internação só deve ser aplicada quando presentes requisitos do artigo 122 do ECA.
O STF concedeu ordem de oficio para que o paciente fosse aplicado medida
socioeducativa diversa da internação. No caso o paciente não ostentava antecedentes
criminais e seu envolvimento com o delito de tráfico de maconha foi sem uso de
violência e de baixa periculosidade, sem fatos esses que aliados às circunstâncias
concretas, “envolveria a concessão da ordem”.
Julgado STF, HC 125016 / SP.
Segundo o STF, no julgamento da ADI 3038/SC, a CF/88 estabelece em seu artigo 144,
§4, os requisitos necessários para ocupar a direção da Policia Civil há de ser
necessariamente, um DELEGADO DE POLICIA DE CARREIRA. Dessa forma,
Constituição Estadual não pode determinar diferente da Constituição Federal.
Julgado STF, ADI 3038/SC
2017
Parte IV
(@waninedias)
LEI 11.343 X STJ E STF (06/01/2017)
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para
consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar será submetido às seguintes penas:
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
Art. 28, STF e STJ entendem que ocorreu a despenalização e não a descriminalização.
A luz da lei vigente, é uma conduta atípica.
Submete-se a lei 9099, por ser de menor potencial ofensivo.
Delegado não pode autuar em flagrante, mas se agente se recusar a assinar o termo de
compromisso, o delegado lavra o auto.
Art. 28 tem roupagem criminosa. STJ entende que a condenação por porte de droga para
us opróprio gera reincidência.
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no
art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade
e a conduta social do agente.
STF entende que pureza da droga não entra na fixação da pena.
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à
venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar,
entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Artigo de condutas múltiplas de contúdo variado.
Adquirir cocaína e vender maconha, responde por dois crimes em concurso material.
4º Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de
um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente
seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre
organização criminosa.
Pode transformer PPL em PRD.
Cancelada a súmula 512 que entendia que o privilégio não afasta a hediondez do crime.
Tráfico privilegiado não tem roupagem de hediondez, Segundo STJ. REsp 1.329.088 de
2016.
Quantidade da droga, por si só, pode ser levada em consideração para afastar o privilégio?
STJ entende que sim, STF tem divergência.
STJ: quem deve provar que é usuário? STJ diz que o réu não tem esse dever, cabe ao MP
comprovar que o entorpcente se destinava ao tráfico.
Pena do tráfico e o regime: STJ e STF o tráfico pode iniciar em outro regime.
Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis
e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas
penas em restritivas de direitos.
STF em controle difuso considerou inconstitucional a vedação da liberdade provisória. Hoje
é possível a liberdade provisória no tráfico (que é equiparado a hediondo) e a lei 8.072 veda a
finaça. Assim, permite a liberdade provisória sem fiança.
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou
não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:
Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a
prática reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei.
Associação não é equiparado ao tráfico e demanda estabilidade.
Associação pode ser duas ou mais pessoas.
Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à
prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:
A figura do informante.
Não pode ter o art. 35 e 37 juntos.
Quem colabora como informante, tem que ser com a Asociação. Colaborar com uma
pessoa só, joga o agente, por analogia in buona parten, no art. 37.
Tráfico X maquinário: STJ entende que depende da situação. ALicate e balança não
configure depósito par ao STJ.
Mula: STJ entende que mula é quem se dedica a atividade criminosa. STF entende que não
se caracteriza.
Mula ao transportar grande quantidade de droga, desenvolve função na organização
criminosa, afastando o provilégio. Mas a condição de grande quantidade de droga por sis só, não.
Utilização em transporte publico, STF e STJ entendem que tem que vender dentro do
transporte.
Quando a lei dos hediondos vedou a fiança, ela não vedou a liberdade provisória
totalmente. Quando ela fala em vedação da fiança, está dizendo que é possível liberdade
provisória somente sem fiança, pois a fiança é vedada.
Prisão temporária não tem a tortura no rol, é possível o deferimento da temporária no
crime de tortura de acordo com art. 2, §4 da lei 8072 + a lei 7960. A temporária só cabe na tortura
se demonstrar a extrema necessidade.
Art. 2, §1 da lei 8072 diz que a pena de hediondos, tortura e tráfico será cumprido
inicialmente em regime fechado. Foi considerado que ofendia o princípio da separação dos
poderes e da individualização da pena. STF entende que é inconstitucional.
STJ: no crime de tortura não é obrigatório iniciar no regime fechado.
Art. 1, § 7º, lei 9455: O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º,
iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.
Em 2015, a 1ª turma do STF (HC123;316Se) entendeu que no delito de tortura ele deve sim
iniiciar no regime fechado.
STJ entende que a posse de arma de fogo com registro vencido configura infração
administrativa. Conduta não criminalizada.
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito)
anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua
posse ou que seja de sua propriedade:
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de
empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de
comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo,
acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de
ocorrido o fato.
É um tipo híbrido, culposo no caput e doloso no parágrafo único.
Se o pai deixar a arma na mesa para que o filho pegue, tem-se entregar a arma de fogo à
criança e adolescente, art. 16.
Ex: Mévio trabalha em empresa de segurança e comunica ao dono que perdeu a arma.
Dono da empresa vai resolver outros problemas e não comunica, em 24hr, à PF (conduta culposa
não é o parágrafo único).
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas
adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade
a prática de outro crime.
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável
Disparo para provocar a morte de Mèvio, responde por homicídio e, não por disparo.
Se for local dessabitado, é atípico.
Porte ou posse illegal é crime permanente.
Busca em crime permanente sem mandado judicial, dadas fundadas razões pode o policial
entrar. INvestigação anterior não é fundada razão.
Vedação de fiança foi considerado inconstitucional.
PM realiza disparo de fogo para o alto em via pública, cai no art. 15. Incide causa de
aumento de de pena, por isso não caber fiança na esfera militar.
Causas de aumento são considerados para arbitração de fiança.
Aumento de pena tem no art. 14 (porte), 15 (disparo), 16 (porte restrito), 17 (comércio
illegal), 18 (tráfico internacional). Não incide no art. 12 e 13.
Ex: Tício conduz um caminhão dizendo que é seu local de trabalho O delegado configure
art. 14, arma de uso permitido. MP denuncia. Tício diz que é o proprietário do caminhão e é seu
local de trabalho, configurando então o art. 12. STJ entende caminhão ser instrument de trabalho
e não local de trabalho.
Posse ou porte de diversas armas: se todas forem de uso permitido, responde por um crime
e a quantidade de armas vai para dosimetria. Se são armas de uso permitido e restrito de calibres
diferentes, STJ diz que responde por dois crimes por objetividades juridicas distintas com concurso
formal.
Conselheiro do tribunal de contas do Estado e porte de arma: STJ entende que eles se
equiparam ao magistrado, podendo portar arma de fogo.
Porte de arma X policial civil aposentado: STJ entende que se estende o porte.
STJ: não há necessidade de apreensão da arma para responder por porte illegal. Se a aarma
for apreendida, tem que periciar.
Arma de brinquedo é fato atípico se for apreendida.
Praticante de tiro esportivo deve levar arma desmuniciada, com a guia de tráfico, sob pena
de responder por porte elegal.
Air soft: Porte de armas de ar comprimido é fato atípico. É proibido sua importação (STJ),
sob pena de configurar contrabando. Não constituem crime do estatuto da arma do
desarmamento. ATENÇÃO!
Possibildiade de porte de arma de fogo por uarda prisional, mesmo for a de serviço.
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade provisória.
Foi considerado inconstitucional. É permitido liberdade provisória com e sem fiança.
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar,
ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar
arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo
com determinação legal ou regulamentar:
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de
fogo ou artefato;
II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma
de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro
autoridade policial, perito ou juiz;
Art. 16: porte ou posse de arma com numeração raspada, com dolo, responde por porte
de uso restrito, independente de ser permitido.
II- alterar o cano da arma para uma arma mais potente.
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito,
desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em
proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo,
acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:
Parágrafo único. Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo,
qualquer forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive
o exercido em residência.
Art.17: Tem que ser comércio. Venda eventual cai no art. 14.
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer
título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente:
Tráfico internacional de arma de fogo.
Se tem autorização para entrar com arma no BRasil, mas não pagou imposto, é crime de
descaminho.
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a arma
de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito.
Somente no comércio ilegal e no tráfico internacional tem o aumento de pena por arma de
uso restrito. Não entra os art. 14, 15 e 16!!!
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade
se forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6o, 7o e 8o desta Lei.
- TENTATIVA:
Tentativa cruenta/tentativa vermelha: ligadas ao crime de sangue. O agente realiza o
disparo com arma de fogo e acaba por atingir a vítima. Vermelha porque a vítima começa a sangrar
ao ser atingida.
Tentativa branca/incruenta: agente realiza os atos executórios, mas não consegue atingir
a vítima.
Tentativa perfeita/acabada/crime falho: há o esgotamento dos atos executórios.
Tentativa imperfeita/inacabada: o agete não realiza todos os atos xecutoório. Ex: Tício
realiza 5 dos 10 disparos, mas a polícia chega na hora.
Tentativa supersticiosa: Ex: Eu vou num local de margia negra para fazer um ´trabalho´para
matar Tício. É uma tentativa inidônea.
Para teoria extremada, tanto no contexto fático, quanto a ilicitude da norma, entende ser
erro de proibição.
Subtraçãode sinal a cabo configura furto? STF e STJ entendem que não.
Sistema de vigilância: monitoramento eletrônico, por si só, não torna impossível a
consumação do crime de furto. Não há que se falar em ineficácia do meio.
Destruição de obstáculo: quebrar o vidro do carro para subrair o que está dentro do carro
(furto qualificado); se for para subtrair o próprio veículo será simples.
Tes drive de veículo é furto mediante fraude.
Agente que coloca o chupa cabra em caixa eletrônico: furto mediante fraude.
Chave falsa tem que ser empregada fora do carro; aplicada direito na ignição, não é
emprego de chave falsa.
Furto de animais de produção (abigeato).
- ROUBO
Roubo próprio: violência pode ser própria ou imprópria (reduzir a capacidade de resistência
da vitima).
Roubo impróprio/ por aproximação: violência aplicada após a subtração da coisa. Se o
agente tentar subtrair a coisa e não conseguir e empregar a violência, tem-se a tentatia de furto
com lesão corporal.
Para o STJ roubo de uso configura roubo.
Roubo com emprego de arma: pode ser arma branca ou de fogo.
STJ: última decisão é de que o emprego de arma desmuniciada configura a incidência da
qualificadora. Simulacro não configura.
Concurso de pessoas: exige agentes culpáveis, mas o menor conta para o concurso. Além
de responder por roubo em concurso formal, responde também por corrupção de menores (o que
independe se o menor já era dado a vida criminosa).
Vítima a serviço de transporte de valores: não é simplesmente está transportando dinheiro,
tem que está em seriço de transporte de valores, não pode ser em serviço própro. Não precisa ser
valores em dinheiro para o STJ, pode ser mercadoria.
Roubo com restrição de liberdade da vítima: não é privação, é restrição. Ex: Tício aborda a
vítima mediante violência e grave ameaça e leva a vítima, soltando-a em um lugar próximo. Nesse
caso tem roubo com restrição de liberdade da vítima, não havendo falar emsequestro relâmpago
(seria uma extorsão).
Privação é mais demorado, respondendo por roubo +sequestro.
No latrocínio a morte tem que decorrer da violência; decorrendo da grave ameaça não se
fala em latrocínio (tem tentativa de roubo com homicídio).
Latrocínio é crime hediond. A quantidade morte se baseia no patrimônio. Ex: Tem um casal
no carro, mataram-nos e levaram o carro, tem um latrocínio só (um patrimônio só do casal). As
outras mortes são consideradas na dosimetria da pena. Tem que ser patrimônios e pessoas
distintas.
- RECEPTAÇÃO
Deve ser produto de crime, e não de contravenção.
Se Tício guarda, a pedido de Mérvio, um veículo roubado, por amizade- tem favorecimento
real. Para ter receptação tem que ter valor econômico envolvido.
Receptação imprópria: influencia alguém a comprar produto que sabe ser produto de crime
sem que o comprador saiba. Se o terceiro souber ser produto de crime, quem influencia vai ser
partícipe da receptação.
Receptação culposa, o agente sendo primário, pode o juiz deixar de aplicar pena. Sendo
receptaão culposa, o juiz pode aplicar o privilégio.
Se for exigido dinheiro para devolver um animal, é somente extorsão. Extorsão mediante
sequestro é de pessoa.
Na extorsão, a conosumação ocorre com a exigência.
Na extorsão mediante sequestro: a consumação ocorre com o cerceamento de liberdade
da vítima.
A receptação é punível ainda que não conheça o autor do crime de roubo ou que ele seja
isento de pena.
- APROPRIAÇÃO INDÉBITA:
Se já tinha a intenção de comprar o vestido e vai à loja, onde a vendedora lhe entrega o
vestido como empréstimo é ESTELIONATO, pois ela se passou como uma boa compradora,
acreditando a vendedora que ela iria devolver.
A conduta na apropriação te que ser dolosa.
Se um funcionário público se apropria da coisa se utilizando da facilidade do cargo, te o
peculato apropriação. Mas se o bem que ele está se apropriando é um bem particular, o peculato
apropriação recebe o nome de peculato malversação.
Se o legislagdor colocar o neto que se apropria de valores da pensão do idoso. É
apropriação indébita, mas tem especificidade do estatuto do idoso.
Autor de receptação não pode ser o autor do roubo.
Adquirir objeto fruto de ato infracional, tem receptação.
-DROGAS:
Requisitos do uso compartilhado: oferecer a droga eventualmente a alguém de seu
convívio para JUNTOS consumirem.
Art. 32; art. 50, §§2, 3 e 4.
EM situação de flagrante, juiz tem 10 dias para autorizar a destruição das drogas e o
delegado tem 15 dias pra destruir.
Sem flagrante o delegado pode destruir a droga no prazo de 30 dias e não há necessidade
de autorizaçãoo judicial.
Tráfico privilegiado não tem roupagem de crime hediondo.
Colaboração premiada, art. 41.
Admite infiltração de agente e flagrante postergado, medinte autorização judicial.
- ARMA
Art. 12, 14,15
Permitido fiança do delegado e na esfera judicial.
Arma municiada o delito esta configurada.
Crimes de perigo abstrato.
-HEDIONDO
É possível a liberdade provisória.
Exploração sexual de criança
Fiminicídio
Policídio: leão corporal de natureza GRAVÍSSIMA ou morte em desfavor de policial ou
familiar.
Progressão de regime quando cumprido 2/5 se for primário e 3/5 se reincidente (não diz
específico).
Não é possível anistia, graça e indulto, bem como, fiança.
-TORTURA
Tortura confissão não há necessidade da vítima confessar.
Tortura do encarcerado não há necessidade da violência e grave ameaça.
Tortura omissão não é drime hediondo.
Início do cumprimento da pena, STJ entende que não é obrigado iniciar no fechado; STF 1ª
turma entende que tem que iniciar no fechado, o que diverg do plenário.
STJ entende que perda do cargo é automática.
-ABUSO DE AUTORIDADE
Crime próprio.
pErda do cargo tem que ser fundamentada, não é automática.
Tem dupla subjetividade passiva (o Estado e a vítima) e dupla objetividade jurídica
(integridade física da vítima e a transparência e legalidade do Estado).
Tem condutas no ECA que são similares as condutas do abuso. Se for menor, cai no ECA.
-MARIA DA PENHA
Art. 7 e as formas de violência.
Art. 11 não é rol txativo.
Lesão corporal a ação penal é pública incondicionada. Sùmula 542. Se for ameaça ou injúria
tem que ter requerimento e representação.
STJ entende que descumprimento de medida protetiva não configura crime de
desobediência.
A lei se estende a crime e contravenção penal.
Súmula 536 STJ: não se aplica a lei 9099.
-LEI 12850
Organização criminosa tem que ter 4 ou mais pessoas.
Possibilidade do perdão judicial.
-ECA
Súmula STJ: 500 (corrupção de menores) ; 108 (medidas socioeducativas é aplicada pelo
juiz); 342; 265.
Art. 243, bebida alcoólica ou cola de sapateiro (não estão na portria da anvisa), cai aqui no
ECA. Se estiver na portaria da anvisa será da lei de drogas.
- CRIMES AMBIENTAIS
Art. 48, 54
Composição do dano.
Suspensão condicional do processo é de 2 a 4 anos.
- LESÃO CORPORAL
Provocada por ácido: vitriolagem.
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial
deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das
coisas, até a chegada dos peritos criminais
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais;
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do
Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe
tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras
perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer
juntar aos autos sua folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e
social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante
ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e
caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma
deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela
pessoa presa.
Essas providências do art. 6, CPP tem uma inovação. A lei da primeira infância (lei 13.257
de 2016)inseriu inciso X< onde o delegado deve colher essas seguintes informações.
Outra alteração importante é em relação ao art. 318 que traz a hipótese de substituição da
prisão preventiva por domiciliar. Na redação anterior dizia gestante a partir do 7 mês, e hoje basta
somente que ela esteja gestante (inciso IV). Outra alteração é no inciso V; nciso VI.
Quanto ao inciso V, não basta somente a mulher ter filho de até 12 anos para gerar direito
subjetivo, o juiz irá analisar o caso concreto.
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:
I - maior de 80 (oitenta) anos;
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou
com deficiência;
IV - gestante;
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de
idade incompletos.
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos
estabelecidos neste artigo.
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão
preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do
Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policia.
Juiz pode decretar de ofício durante a instrução processual, mas NÃO pode durante a
investigação. Durante a investigação o juiz tem que ser demandado.
Assistente pode representar por preventiva, mas NÃO em sede de investigação.
-Princípios processuais:
*Da intima convicção: ocorre em sede de tribunal de júri.
* Do livre convenvimento: ligado ao juiz.
*Presunção de inocência
* Não auto incriminação/direito de Miranda: não abarca o auto de reconhecimento de
pessoas, onde o indivíduo é obrigado a participar e a passar pelo processo de identifação criminal.
*Indubio pro reo: em dúvida, o juiz decide em favor da liberdade do réu.
*Juiz natural: o Estado deve asseguras um juiz previamente designado por lei. Não pode
criar tribunal ou juízo de exceção.
≠ do princípio da identidade física do juiz se aplica diretamente à condição de aderência
dos fatos; jui que acompanha a instrução processual é que deve julgar.
*Publicidade
*Intrancedência: a ação penal não deve passar da pessoa a quem foi imputada a conduta
criminosa.
*Obrigatoriedade da propositura da ação penal: em face de ma ação penal pública
incondicionada, deve o MP propor a ação penal. Uma vez proposta, não pode desistir da ação
penal (Princípio da indisponibilidade).
- Inquérito Policial:
Procedimento inquisitorial. Não tem contraditório.
MP não pode presidir inquérito, embora tenha poderes invsestigatórios. É uma to privativo
do Delegado.
Sem ede de inquérito tem prisão própria que pdoe ser decretada na fase de investigação,
que é a temporária.
Prisão temporária: quando há necessidade de produção de provas.
Prisão preventiva: quando há comprometimento das investigações.
A discricionariedade do delegado no IP.
Oficiosidade ≠Oficialidade-> Oficialidade o IP decorre da administração pública, não pode
tramitar em escritório particular. Oficiosidade é que o IP anda de ofício, não se fala em princípio
da inércia.
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher
qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual
ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente
de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido
com a ofendida, independentemente de coabitação.
A lei Maria da Penha não comina crime. Não é certo falar que fulano cometeu o crime da
lei 11.340.
A empregada doméstica pode ser vítima de violência doméstica também.(art.5, I)
Vontade expressa é a adoção.
Genro X sogra configure violência doméstica.
Tem que ter afeto, no mínimo (não é necessário uma união estável). Namorado, relação
extraconjugal, ficante habitual, configuram violência doméstica.
É pacifico que se aplica a lei às relações homoafetivas.
A doutrina discutem se a vítima precisa ser necessariamente mulher, tem-se duas
correntes:
1ª Corrente biolégica: transsexual realiza uma cirurgia, mas tem que analizar o que ela é
biologicamente.
2ª Corrente, concepção juridica: realizou a cirurgia, troca o nome juriicamente, sendo ela
agora juridicamente mulher. Minoritária.
É majoritário aplicar à lei desde que a mulher seja vítima.
A prova do Pará adotou a corrente minoritária, aplicando-se a vítima sendo homem
(transsexual que tinha feito a cirurgia).
A lei Maria da PEnha não dá tratamento diferenciado à mulher, ofendendo o princípio da
igualdade? O STF, por unanimidade entendeu que o art.1, 33 (cria juizados especiais para esses
casos) e 41 (afasta a lei 9099 nesses casos), são constitucionais, pois buscam a igualdade material.
Ato infracional no âmbito domésico: pode ser deferida medida protetiva por qualquer juiz?
Nâo, tem que ser o juiz da infância e juventude.
Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde
corporal;
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional
e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise
degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição
contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou
qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a
manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou
uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que
a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao
aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou
anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção,
subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos
pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas
necessidades;
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação
ou injúria.
VIolência física abrange vias de fato e contravenções penais, assim entende STF e STJ. Nesse
caso, tendo João dado um tapa na esposa, não ficando lesão (teremos então somente vias de fato),
ele sera preso em flagrante por ter cometido uma infração penal, por afastar a lei 9099.
Violência psicológia: na prova a banca joga uma hipótese de configurar violência psicológica
e ele vai chamar de violência moral. Ex: Quando causa humilhação e constrangimento da vítima.
Para lei, injúria, difamação, calúnia são violência moral.
Mulher querer usar método contraceptivo e o homem impede: violência sexual.
Art. 10. Na hipótese da iminência ou da prática de violência doméstica e familiar contra a
mulher, a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência adotará, de imediato, as
providências legais cabíveis.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo ao descumprimento de medida
protetiva de urgência deferida.
CUidaado porque a banca coloca 24hrs!!! As medidas protetivas o delegado deve remeter
em 48hrs, mas as providêcias devem ser tomadas de imediato!!!
STJ: descumprimento de medida protetiva não configure crime de desacato.
Rol exemplificativo
Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a
autoridade policial deverá (Cesp coloca; sempre que possível), entre outras providências:
I - garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério
Público e ao Poder Judiciário;
II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal;
III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro,
quando houver risco de vida;
IV - se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do
local da ocorrência ou do domicílio familiar;
V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis.
Não é o delegado quem pede as medidas protetivas e, sim a vítima. Delegado somente
remete.
Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro
da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem
prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal:
I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se
apresentada;
II - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas
circunstâncias;
III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o
pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência;
IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros
exames periciais necessários;
V - ouvir o agressor e as testemunhas;
VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes
criminais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais
contra ele;
VII - remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz e ao Ministério Público.
§ 1o O pedido da ofendida será tomado a termo pela autoridade policial e deverá conter:
I - qualificação da ofendida e do agressor;
II - nome e idade dos dependentes;
III - descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida.
§ 2o A autoridade policial deverá anexar ao documento referido no § 1o o boletim de
ocorrência e cópia de todos os documentos disponíveis em posse da ofendida.
§ 3o Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários médicos fornecidos
por hospitais e postos de saúde.
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata
esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente
designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.
Aqui nesse artigo é a retratação, que nessa lei pode ocorrer antes do recebimento da
denúncia. Há necessidade de obrigatoriedade da marcação dessa audiência? Se tem um crime
mediante representação, tendo a vítima representado na deleacia. STJ: não há necessidade, pois
a designaçã de audiência nã contitui questão de procedibilidade. Para o STJ, a audiência só vai
ocorrer quando a vítima representa e no dia seguinte vai a delegacia querer retratar. Não sera
mais possivel retratar na delegacia, sendo necessário marcar a audiência.
Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher,
de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que
implique o pagamento isolado de multa.
Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão
preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou
mediante representação da autoridade policial.
Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no curso do processo,
verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões
que a justifiquem.
Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher,
independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995.
Abarca também as contravenções penais.
Não aplica-se o princípio da insignificância na lei Maria da Penha. Não aplica-se a batela
própria ou imprória.
Configura Maria da Penha: Filha X Mãe; Pai X mãe; Irmão X Irmã; Genro X Sogra;
COmpanheiro da mãe X Enteada; Tia X Sobrinha; Ex namorado X Ex namorada.
Ex: Tício quando realizou o disparo com arma de fogo era menor, mas quando a vítima
morreu, já era maior. Aplica-se o momento da ação, quando ele ainda era menor.
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes,
idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas,
mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto,
cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios
autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.
Processo e julgamento de infração penal desloca-se o raciocínio. Art. 70
Ex: Tício subtraiu carro do Mévio na cidade do Guará. Está em fuga, sendo preso em
Taguatinga. Competência para processor e julgar é no local da ação, quado inverteu a posse (teoria
da amotio), em Guará. O auto do flagrante lavra-se no local da captura (art. 290).
Amotio X Motio:
- (A): adotada pelo STF e STJ. Quer dizer não movimento, basta inverter a posse. Se
inverter a posse e não começar a deslocar, tem-se a tentativa.
- (M): quer dizer movimento.
Se o flagrante tivesse sido lavrado ém Guará não seria illegal, é mera irregularidade. Não
se submete a teoria da nulidade.
Ex: Tício dispara na vítima em Guará. Em Taguatinga deu mais um disparo na vítima que
continua fugindo. A competência é do local do ultimo ato de execução, em Taguatinga.
Hermeneutica contra legen: os tribunais criticam o art. 70 e firmaram posicionamento de
quando se tartar de homicídio, a competência será do local dos atos executórios e não do local da
consumação.
A doutrina diz para, no homicídio não seguir a regra do art. 70, sendo melhor a instrução
processual ocorrer no local onde aconteceu os atos de execução (local de crime, as testemunhas).
NEsse caso há o princípio do esboço do resultado (atirei em Mévio e meu esboço era que ele
morresse naquele local).
Ex: Ocorreu um homicídio em Taguatinga, mas a delegacia de Brasília quem apurou.Não é
nulo.
Ex: Tício queria matar o Mévio mediante asfixia. Compra uma corda no Brasil e o mata na
Argentina. Não há que se falar em art. 6 porque ele trabalha com atos executórios. Comprar corda
no Brasil é ato preparatório.
Quando ato preparatório constitui infração autônoma, como comprar uma arma: chama-
se crime de obstáculo.
Crime gratuito é o crime sem motivo. Pode ter o delito de homicídio com motivação ou o
autor nõ apresentar nenhum tipo de motivação. Apresentado motivação vil, desprezível,
desproporcional, o será por motivo fútil.
Ausência de motivo não se confunde com motivo fútil.
Homicídio gratuito é enquadrado no caput.
Temos duas correntes:
-1ª : seria analogia in malam partem enquadrar o agente que mata sem qualquer motivo
na qualificadora de motivo fputil
- 2ª: entende que o homicídio sem motivo tem que ser enquadrado no motivo
fútil.(minoritária).
Pode ter homicídio gratuito qualificado? Pode! Ex: Tício matou Mévio sem motivo
(gratuito), utilizando uma corda para enforca-lo (qualificado pelo meio de execução). Nesse caso,
o gratuito não vai entrar no caput!
Homicídio gratuito nem sempre é simples, poderá ser qualificado quando utilizar o meio
de execução.
Os crimes do ECA, vias de regra, são dolosos. Esse art. 228, admite a modalidade culposa!!!
É um crime próprio. Se for uma enfermeira, que não é encarregada de service e nem dirigente, e
ela dexiar de registrar, o fato apra ela sera atípico.
Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão
sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária
competente:
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem observância
das formalidades legais.
Ex1: Delegado passa com a viatura e escuta que os menores ficam quebrando vidro veículos
e furtando. Aprendido os menores, que não estavam em situação flagrancial de ato infracional.
Art. 230, ECA.
Ex2: Menores em situação de flagrante e o delegado os apreende. Leva-os para delegadia
e os deixa lá sem fazer auto de apreensão. Vai responder pelo art. 230 também, por não observer
as formalidades legais.
Art. 230 X Art. 4, a lei 4898:
Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:
a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalida
Se fosse um maior, nos exemplos acima, entraria na lei de abuso de autoridade.
Continuação (01/02/2017)
Ex: Menor praticou ato infracional que está sendo apurado na delegacia. O advogado do
menor quer ter acesso aos autos e tem o direito negado pelo delegado. Essa negative de acesso
aos autos constitui crime de abuso de autoridade, não tem nada previsto no ECA.
Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:
j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional.
Acessos aos autos negado para advogado de vítima maior, também crime de abuso de
autoridade.
Art. 6º lei 4898: O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil e
penal.
§ 3º A sanção penal será aplicada de acordo com as regras dos artigos 42 a 56 do Código
Penal e consistirá em:
c) perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por
prazo até três anos.
CUidado: na lei de abuso de autoridade tem o prazo de 1 a 5 anos na impossibilidade do
policial de exercer, no município da culpa, a função de natureza policial ou militar. A banca
costuma trocar esses prazos.
Na lei de tortura, a condenação acarreta perda do cargo, função ou emprego public e
interdição para seu exercício pelo dobro da pena aplicada.
Art.1º Lei 9455: Constitui crime de tortura:
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição
para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
A banca pode mesclar essas três leis quanto aos prazos.
No crime de tortura a perda do cargo é automatica, independe de fundamentação na
sentence. No abuso de autoridade, tem o juiz que fundamentar na sentence.
Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de
qualquer forma, a criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos
cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica:
Cola de sapateiro causa dependência física. Se estiver na portaria da anvisa, sera lei de
drogas e não o ECA.
Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele
praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la:
O fato d epraticar juntamente com o menor, não afasta o concurso quando esse concurso
é utilizado para circunstanciar um delito (Ex: roubo+ corrupção de menores).
Súmula 500, STJ diz ainda que independe a corrupção de menores se o menor já estiver
corrompido, pois é um tipo formal.
- HOMICÍDIO
Art. 121. Matar alguem:
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de
inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato
socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado
contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.
Uma das possibilidades ho homicídio culposo ter a pena aumentada é quando o agente
deixa de prestar socorro À vpitima.
E se a vítma morrer instantaneamente, há que se falar em aumento de pena? STJ diz que a
morte instantânea não afasta o aumento, tem que se verificar se o agente percebeu que a vítima
tinha morrido instantaneamente.
Homicídio culoso é pos´sivel o perdça judicial. Uma das possibilidades é quando o agente
tem afeto pela vítima. O perdão é concedido porque o fato por sis só já traz uma consequência
gravosa. STJ entende que tem que ter mesmo a relação de afeto, não pode ser uma pessoa que
conheceu essa noite na balada, por exemplo.
É pos´sivel a concessão do perdão judicial mesmo sem relação afetiva com a vítima? Sim,
no caso de um acidente, ele ter ficado tetraplégico, o perdão judicial vai ser em consequência do
acidente, mas em relação a ele, e não a vitima.
Nos delitos de trânsito é possível o perdão judicial? Lá não tem previsão legal. Doutrina
majoritária entende que sim, por analogia.
O feminicídio não é somente porque matou mulher. Matar mulher é femicídio. Mas matar
mulher em razão de gênero, tem o feminicídio.
Incluiu três crimes hediondos: exploração sexual de criança e adolescente; feminicídio;
policídio/homicídio funcional (contra os agentes de segurança).
Lesão corporal tem que ser gravíssima para configurar o homicídio contra policial como
hediondo.
- FURTO
Súmula 567 STJ: Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por
existência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível
a configuração do crime de furto.
A majorante prevista no art. 155, §1 aplica-se ao urto simples e qualificado.
Art 155. - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
Ex Tício quebra o vidro do carro para subtrair uma carteira, responde por furto qualificado,
considerando o rompimento do obstáculo. Se quebrar o vidro para levar o carro, é furto simples.
Súmula 442 - STJ
É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante do
roubo.
Ex: Tício entra no ônibus e com uma arma de fogo, subtrai diversos telefones, responde
por roubo em concurso formal de crimes. Não há de se falar em crime único.
Roubo praticado o inerior do ônibus e os bens de diversas vítimas encontram-se nas mãos
de uma só pessoa, será crime único.
Ex: O cobrador do ônibus está com bens dele e da empresa e o ladrão rouba.
Ex: Tício aborda um casal com arma de fogo, ameaça ambos e só Mévio tinha um celular.
Mesmo usando ameaça nas duas pessoas, mas subtraiu um bem só, é um crime só de roubo.
Ex: Tício aborda Mévia mediante grave ameaça e subtrai seu veículo. Dentro do carro tinha
um talão de cheque, e Tìcio preenche o cheque e vai ao banco. STJ não entende que a assinatura
do cheque e o saque do dinheiro são mero exaurimento do crime de roubo do veículo, e ele irá
responder por roubo e estelionato em concruso material.
Caso o Tício subtrai o veículo e ligue para a vítima dizendo que só entregará o carro se
Mèvia lhe der dinheiro, ou colocará fogo no carro, responde por roubo e extorsão. Dano ao
patrimônio para o STJ é ameaça grave. Concurso material.
Agente primário e furta coisa de pequeno valor (não ultrapassa 1s.m.): furto privilegiado.
Furto de sinal a cabo, STF e STJ entendem que não configura furto.
-LATROCÍNIO
SÚMULA 610 STJ - "Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não
realize o agente a subtração de bens da vítima."
Um patrimônio do casal e pluralidade de mortes: um latrocínio. Mortes são considerados
na dosimentria da pena.
Pluralidade de patrimônios e pluralidade de mortes: pluralidade de latrocínios.
Ex: Tício entra na casa de um casal, os mata e subtrai duas alianças, tem dois
posicionamentos:
- Aliança pelo Código Civil é patrimônio individual. STJ entende assim. Responde por dois
latrocínios.
- STF entende que o importante é a intenção do agente, que era subtrair patrimônio único.
Responde por um latrocínio.
Crime contra o patrimônio é competência do juiz singular.
-LESÃO CORPORAL
A qualificadora de deformidade permanente a lesão corporal gravíssima não é afastada
com a cirurgia estética.
Retirada de dois dentes é lesão gravíssima.
-DIGNIDADE SEXUAL
STJ entende que vulnerabilidade é absoluta, independe da vivência sexual da vítima.
A menoridade da vítima de 14 anos pode ser comprovada por outros meios, não
necessariamente a certidão de nascimento.
Contemplação lascívia: Tìcio com arm de fogo manda Mèvia tirar a roupa, sem contato
nenhum. STJ entende que mesmo sem contato, empregando a grave ameaça irá constituir ato
libidinoso.
Menor de 14 anos não precisa ter violência para caracterizar o estupro.
TEORIA DA AMOTIO/APRENSIO: basta a inversão da posse, mesmo que não seja mansa e
pacífica.
CP não adota a teoria da motio (tem que ter o deslocamento).
FAMULATO
Furto com abuso de confiança.
VIOLAÇÃO DE DOMICÍLIO
Entrar ou permanecer em gbinete de delegado, STJ entende que é violação de domicílio.
ARMA
Porte de arma com registro vencido é infração administrativa, STJ.
AIDS
Transmissão dolosa a doutrina entende que é tentativa de homicídio e o STJ entende que
é lesão corporal grave.
DROGAS
Associação ao tráfico não é equiparado a hediondo. Tem que ter a instabilidade. É
incompatível ao tráfico privilegiado.
Pureza da droga: STF diz que não pode ser considerado na dosimetria da pena.
Crime culposo na lei de drogas, art. 38, prescrever ou ministrar a droga. Crime próprio.
Quantidade de droga pode ser considerada para indicar que ao gente se dedica a atividade
criminosa.
ABUSO DE AUTORIDADE
Súmula 172 STJ: Compete à Justiça Comum processar e julgar militar por crime de abuso de
autoridade, ainda que praticado em serviço
Crime de abuso de autoridade é crime comum e não militar.
MARIA DA PENHA
Súmula 542 STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência
doméstica contra a mulher é pública incondicionada.
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as
embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde
quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-
mar.
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves
ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território
nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não
manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.(
Exclusão de ilicitude
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Excesso punível
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo
excesso doloso ou culposo.
ECA
Súmula nº 492 STJ: O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz
obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação do adolescente.
Súmula nº 500 STJ:“A configuração do crime do art. 244-B do ECA independe da prova da
efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal.”
VAQUEJADA
STF entende que é inconstitucional.
TRÂNSITO
STJ entende que a incidência da causa de aumento de transporte de passageiro é
irrelevante se tem passageiro na hora do acidente de veículo automotor.
Dirigir veículo sem habilitação e provoca lesão, se a vítima não representar ele não
responde por nada.
Art. 310 CTB é crime de perigo abstrato entregar carro para pessoa sem habilitação
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo
atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou
alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o
perigo. § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser
reduzida de um a dois terços.
O CPB, no art. 24 adota a teoria unitária, que diz: para o agente alegar o estado de
necessidade, tem que visualizar a razoabilidade. Estado de necessidade constitui causa de exclusão
de ilicitude, sendo sempre uma justificante.
Não há de se fazer ponderação de bem jurídico. Tem a razoabilidade quando tem sacrifício
de bem de menor valor. Sacrifício de bem de maior valor não há razoabilidade, podendo o agente
deixar de rresponder penalmente, mas por falta de culpabilidade, onde lançará mão da
inexigibilidade da conduta adversa.
O Perigo iminente está inserido no contexto de perigo atual? A doutrina diverge. A doutrina
diz que, se o est. de nec. comportasse também o perigo iminente, assim o teria feito, porque o art.
25 menciona perigo atual ou eminente, e aqui no estado de necessida não inclui o eminente. A
doutria majoritaria engloba o perigo eminente também.
O código fala que aquele que age dolosamente, em tese, não pode alegar estado de
necessidade.
Aquele que age culposamente pode alegar estado de necessidade? Temos duas correntes:
1ª Os mais clássicos, Damásio, Fragoso: entende que sim.
2ª Doutrina majoritária (Masson, Nucci), adotada no Brasil, entende que agir culposamente
não pode alegar estado de necessidade pois o ato culposo é voluntário.
O art. 24, §1: o dever legal abrange o dever jurídico? Na relação contratual pode alegar
estado de necessidade? A doutrina entende que dever legal inclui o dever jurídico, nã podendo ser
alegado estado de necesidade na relação contratual.
A inevitabilidade do sacrifício: no estado de necessidade, o agente só pode alegar o est. de
necessidade se ele não pudesse evitar àquela situação de perigo.
Estado de necessidade é oponível à ação animal e humana.
Na ação do animal, no caso de um animal feroz que vem atacar o Tício, que atira no animal,
isso é estado de necessidade. Mas se o animal figurar como instrumento da ação humana, é
legítima defesa.
Inevitabilidade da situação de perigo não é obrigaatória na legítima defesa, no estado de
necessidade, sim. Podendo evitar o sacrifício e assim não faz, responde pelo excesso.
Pedra de toque: Zouktéia, mãe do Tício, estava passando mal e o Tício, para conseguir um
carro para levá-la ao hospital, aborda Mévio com uma faca para pegar o veículo (roubo). Temos
um fato típico. É um crime materializado? Ao subtrair o veículo para salvar a mãe dele: subtraiu
um patrimônio para salvaruma vida, isso é razoável: estado de necessidade materializada. A
conduta de Tício é um fato típico e não antijurídico.
Ex: A mãe que chega na escolar que está pegando fogo, tem três crianças para salvar e ela
vai logo salvar seu filho, tem omissão de socorro na descrição formal. Não é razoável salvar uma
vida no lugar de três não estando acobertada pelo estado de necessidade, mas, ao analizar a
culpabilidade, terceiro substrato do crime: no momento da ação ela conseguia entender o caráter
ilícito do fato (é imputável); ela tinha o potencial conhecimento da ilicitude (não é erro de
proibição), mas não era exigido conduta diversa dela (tem-se a inegibilidade de conduta adversa).
Logo, é uma causa supra legal de exclusão de culpabilidade. Causas legais: obediência hierárquica
e coação moral irresistível.
Ex: Tício com a faca subtrai carro do Mévio para salvar sua mãe. Mévio saca uma arma de
fogo e dispara. Ao se encontrar numa agressão atual e eminente e injusta, está amparado pela
legítima defesa. Mas a agressão de Tício nã é injusta, porque está ele acobertado pelo estado de
necessidade. Por acreditar está sofrendo uma agressão injusta, Mévio errou no context fático, e
tem-se a legítima defesa putative, decorrente de um erro de tipo. É um erro de tipo invencível
porque não tinha como Mévio saber.
Pode ter legítima defesa real em face de estado de necessidade real: NÃO. Um dos dois
tem que ser putative.
Ex: Tício está com sua mãe no colo tentando parar um carro para salvá-la e Mévio não
entende acaba atirando. Ainda está em legitima defesa putative porque errou no contexto fático.
Mas Mévio poderia ter evitado, sendo erro de tipo vencível, que exclui somente o dolo. Legítima
defesa putativa X Erro de tipo vencível= homicídio culposo.
Ex: Tício estava emu ma praça e Mévio vem para cima e saca uma faca. Tício pega a arma
do policial e puxa (subtraiu coisa alheia móvel por uma necessidade). Em relação ao policial é
estado de necessidade e, em relação ao Mévio, legítima defesa.
Estado de necessidade Legítima defesa simultânea: é possível. Diferentemente de falar
que são recíprocos, que não poderia. Está Tìcio acobertado por duas excludentes de ilicitude.
Se o policial tivesse reagido à ação de Tício, é uma legítima defesa putativa, pois a agresão
que ele sofreu era justa.
PARTICIPAÇÃO EM SUICÍDIO E AMBICÍDIO- ART. 122 (14/02/2017)
Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três
anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
Parágrafo único - A pena é duplicada:
Aumento de pena
I - se o crime é praticado por motivo egoístico;
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.
Infanticídio
A conduta de ceifar a própria vida não tem roupagem criminosa, o suicídio, mas é
considerada ilícita (não é dizer que é crime).
Suicídio/ autoquiria/ autocídio: sinônimios.
Induzir é criar ideia na cabeça da vítima.
Quando a vítima já tem a ideia na cabeça e a outra pessoa cocncorda com essas ideias, tem-
se a instigação (reforçar a ideia já existente na cabeça da vítima).
Para ocorrer a participação em suicídio, tem que ter o dolo. Uma bricadeira sem seriedade,
não se tem o dolo. Não admite-se a forma culposa.
Independe da vítma consenter porque o bem jurídico tutelado é a vida humana, que é
indisponível.
Princípio da alteridade, não punibilidade da auto lesão.
O art. 122 tem que analisar também que é um tipo misto alternative de conduta variada.
Auxílio é uma conduta acessória. Essa conduta vai ser ocnsiderada na dosimetria da pena, pois é
um crime único.
Auxílio é entegara afaca para que alguém se mate, pois nã pratica o verbo do tipo (matar).
Induzimento, insitgação ou auxílio devem chegar a duas consequências: morte da vítima
(onde responde por participação no suicídio) ou lesão grave. Esse crime não admie tentative. É um
crime condicionado (tem que ocorrer uma ou outra consequência).
Ocorrendo lesão leve, o fato é atípico.
Entregar arma de fogo, e não acontecer morte ou lesão grave, não sera atípico porque cai
no estatuto do desarmamento.
Ainstigação ou enduzimento deve ser direcionado a pessoa determinada.
Tem que ter a eficácia do auxílio. Entregadno o veneno para alguem que quer se matar,
morra, e a vítma more enforcado, não irá responder o agente por participação em suicídio.
Pessoa que se autolesiona, não aplica-se pena.
Participação no suicídio tem que verificar a vítma tem capacidade minima de
discernimento. Sendo a vítma uma criana, tem-se autoria mediante, respondendo o agente por
hoomicídio consumado. Cléber Masson entende ser menor o de 14 a 1 anos; Sanches, menor de
18.
Intervalo de tempo: se for provado que a pessoa se matou em decorrência da ideia,
responde pela participação.
A prescrição começa a corer o tempo da data da consumação e não da ideia dada.
Ambícídio: suicídio a dois. Ex: pacto de morte.
- Vítma menor:
1ª Corrente (Nucci e Masson): menor é de 14 a 18 anos, que tem leve capacidade de
dissernimento. Se for menor de 14 anos, teria antão o suicídio.
2ª Corrente (Sanches e Heleno Fragoso): menor seria o menor de 18 anos, e limite deveria
ser verificado no caso concreto.
A doutrina diverge, não tendo prevalência. Zouk vê como uma maior tendência e concorda
com a 1ª corrente.
Diminuída a capacidade de resistência é referente a pessoa maior de 18 anos com a
capacidade de resistência diminuída.
Na embriaguez complete tem-se homicídio com autoria mediata. Para ser a participação
em suicídio tem que ser embriaguez parcial.
-Pacto de morte:
Participação a conduta tem que ser acessória.
Pelateoria objetivo formal, é autor aquele que pratica o verbo do tipo e participle, o que
pratica conduta acessória.
1º: Casal decide fazer pacto de morte e morrer envenenados. Zouk lindo coloca o veneno
na boca de o, que antes de clocar na boca de Zouklindo, passou mal e caiu. Ocorreu homicídio de
Zouktéia. A conduta dele é conduta principal, e não acessória, constitui ato de execução, sendo
assim vai responder por homicídio simples consumado.
2º: Zouklindo colcoa o veneno na boca de Zouktéia que cai no chão, mas sobreviveu. Ele
não ingeriu veneno. Tem-se tentativa de homicídio simples (não pode ser homicídio qualificado
pelo emprego de veneno porque a vítima sabia que ingeria veneno).
Nesses dois exemplos, somente um pratica os atos executórios.
3º: Zouklindo coloca veneno na boca da Zouktéia e ela na boca dele. Ambos sobrevivem.
Tem-se tentative de homicídio simples.
4º: Zouklindo dizz que vai colocar o veneno na boca de Zouktéia e na dele também. Assim
ele faz. Ambos sobrevivem. Quando ele colocou veneno na boca dela, é ato de execução,
respondendo por tentative de homicídio qualificado. O fato de ele mesmo ter colocado na boca
dele, resultando lesão grave, ela responderá por participação em suicídio.
5º: Zouklindo e Zouktéia correm atrás de veneno. Ele toma o veneno que ela conseguiu, e
ela toma o que ele conseguiu. Se ocorrer esão grave em ambos, eles respondem por participação
no suicídio. O mesmo ocorre quando ambos decidem morrer na câmara de gás e ele liga a
mangueira.
No pacto, tem que observer quem pratica atos executórios. Se ambos praticam acessórios:
participação no suicídio se ocorrer morte ou lesão grave. Se ambos praticam atos acessórios, tem-
se o homicídio consumado e suiício.
- RoletaRussa:
Os que se reunem para participar da roleta russa é participação no suicídio para todos se
resultar morte ou lesão grave.
Se durante a roleta, uma das pessoas da roda com a arma na mão, aponta a rma para um
outro clega, acreditando que não está com a munição na agulha, comoeterá homicídio com dolo
eventual porque ele praticou verbo do tipo.
- Duelo Americano:
São duas armas e somente uma está municiada. O útlimo que passa a arma faz o auxílio ao
suicídio.
CESP- DF 2013: Na lei de drogas, é prevista como crime a conduta do agente que oferte
drogas, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pesoa do seu relacionamento, para juntos
consumirem, não sendo estabelecida distinção entre a oferta dirigida a pesoa imputável ou
inimputável.
R: CERTO. Art. 33, §3. Para enquadrar alguém aqui, tem que ter todos os elementos
reunidos, oferta= eventualidade+ ausência de lucro+ pessoa do relacionamento+ uso em conjunto.
Falta um elemento, é tráfico.
Uso compartilhado: crime de menor potencial ofensivo.
Habitualidade sai do uso compartilhado, cnfigurando então o tráfico.
Ficar atento as questões, mudou um dos requisitos, desconfigura o uso compartilhado.
AUsência de lucro é diferente
CESP- AL 2012: O comércio illegal de drogas envolvendo mais de um estado faz surgir o
tráfico interestadual de entorpecentes, deslocando-se a competência para auração e atuação da
polícia federal, todavia, a competência para processor e julgar o criminoso continua a ser da justice
estadual.
R: A PF pode investigar o tráfico interestadual, o que não desloca a competência para
justiça federal, porque o tráfico continua sendo domestic (tráfico nacional).
No caso de uma prova, em que o delegado federal queira requerer a interceptação
telefônica, o delegado federal pede a interceptaão telefônica para o juiz estadual.
Tráfico internacional, a competência é da JF. Se a droga entra pelo RJ e é apreendida em
SP, a competência é da JF de SP (local de apreensã da droga).
Se a droga vem da Argentina (cloreto de etila) e foi apreendida em SP, mesmo tendo sido
ela pedida do Rio=> Para ter tráfico internacional, a substância tem que ser ilícita do país de origem
e cloreto de etila é permitida na Argentina. Vai ser tráfico nacional.
Não há necessidade de transposição de fronteiras, basta a intenção para caracterizar o
tráfico internacional.
Delegado estadual investigando um tráfico e representou ela interceptção ao juiz estadual
e, foi deferido. No final das investigações chega informação de que o tráfico, desde início, era
internacional. Sendo assim o juiz que deferiu a interceptação seria absolutamente incompetente,
mas, em prova discursiva sustenta-se a legalidade dessa prova, sustentando a teoria do juio
aparente, porque na época que o juiz deferiu a interceptação, aparentava que o tráfico era
domestic, não tendo como o delegado saber que era internacional, sendo assim o juiz era
aparentemente competente.
A interceptação é cabível nos crimes de catálogo ou de listel: puníveis com reclusão.
Tráfico interestadual tem incidência da causa de aumento. Também não basta transport a
fronteira, basta comprovar a intenção.
Para aracterizar a incidência de aumento, a passagem pelas fronteiras tem que ter a venda,
e não comente a mera transpoisção geográfica.
Agente no trnasporte púbico: letra da lei basta que tenha pegue o transporte. Para o STF e
STJ, o agente tem que pulverizar a droga dentro do transporte.
CESP- PB- 2009: É legalmente vedada a não atuação policial aos portadores de drogas, aos
seus percussores químicos ou a outros produtos utilizados em sua produção, que se encontrem
no território brasileiro.
R: ERRADO. A lei possibilita a não atuação, então não é legalmente vedada (a lei possibilita,
inclusive o flagrante postergado).
Fundamento: Art. 53, II
ZOUK- GO-2017: É atípica, por falta de previsão legal, a conduta daquele que colabora
como informante com grupo, organização ou associação destinados a prática de qualquer dos
crimes previsstos nos arts. 33, caput, e §1 e art. 34, da Lei 11.343/2006.
R: ERRADO. Na lei 6368, a pessoa que colaborava com o crime, pela teoria monista,
responde pela pena cominada na medida de sua cupabilidade, respondendo pelo tráfico. O
legislador, ao criar a lei 11.343, aumentou a pena do tráfico e criou um tipo autônomo para o
colaborador, no art. 37 tem a figura do informante.
Associação para o tráfico não é equiparado a hediondo. Por ser um crime permanente,
permite a prisão do associado sem autorização judicial.
Se um traficante, Tício, resolve ser traficante individual, sem se associar a ninguém.
Encomenda grande quantidde de drogas e pede a Mévio para ficar somente olhando e se a poliica
chegar ele solte fogos, sem ter particpação nos lucros. Tício é preso quando a polícia chega.
Tício não é organização (trficante individual) e nem associação. Mévio somente colabora
com um traficante individual e de acordo com Teoria monista (quem de alguma forma colabora
para o crime, responde na medida de sua culpabilidade), ele teria que responder no art. 33, isso
ofenderia o princípio da proporcionalidade. Chamando a analogia in buona parten, coloca o Mévio
no art. 37.
ZOUK- GO-2017: Segundo o STF, é desnecessária a aferição da pureza da droga para fins
de dosimetria de pena.
R: Correto. Chegou a essa conclusão de acordo com o art. 42 da lei 11.343, que não traz em
seu bojo a purez da droga.
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no
art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade
e a conduta social do agente.
ZOUK- GO-2017: Segundo STJ, a aplicação da causa de diminuição de pena prevista no atrt.
33, §4, da lei 11.343 não afasta a hediondez do tráfico de drogas.
R: Errada. A súmula 512 foi cancelada, agora o entendimento do STJ está alinhado com o
STF e entende que o tráfico privilegiado não é hediondo.
ZOUK- GO-2017: Segundo o STJ, o laudo preliminar de constatação assinado por perito
criminal, identificando o material apreendido como entorpecente, o qual pode ser identificado
com facilidade através de narcotestes pré-fabricados, constitui exceção a necessidade de laudo
definitivo para materialização do delito de tráfico de drogas.
R: Em regra sim. O laudo preliminar tem que ser assinado por perito oficiall e essa droga
deve ser facilmente identificada. For a isso é necessário laudo definitivo.
CESP- DELEGADO-PF- 2013: Um homem foi flagrado com arma de fogo de uso restrito,
tendo à perícia técnica posteriormente atestado a cabal impossibilidade de o instrument produzir
disparos. Nesta situação, configure-se atípica a conduta de ported arma, não podendo ser
considerado o uso desse artefato para a prática de outra infração como majorante da pena pelo
uso de arma.
R: Correta. Essa arma se equipara a um simulacro.
Simulacro com a aparência de arma de fogo é proibido a importação, sendo configurado o
contrabando.
Arma de pressão (air soft) tem a importação proibida. Não previsto no estatuto do
desarmamento e sim no CP (contraband).
Arma de brinquedo não pode figurar como circunstância majorante do crime de roubo.
Art. 14, II CP descreve o crime tentado. O crime vai ser tentado quando o resultado não
ocorre por seguranças alheias a vontade do agente.
A tentativa é verificada qunado da prática dos atos executórios. Não tendo os atos
executórios iniciados, não tem que se falar em tentative.
Ex: Tício queria matar Mévio e fico atrás do poste com uma arma de fogo. A polícia aborda
Tício e pergunta que ele está fazendo. Isso não é tentative, mesmo que ele tenha a intenção de
matar, mas ele não iniciou os atos executórios.
No art. 15 tem a desistência voluntária e arrependimento eficaz. É o que chamamos de
ponte de ouro.
A gente desistir de prosseguir a ação diante dos atos executórios, tem-se a desistência
voluntária. A desistência não precisa ser espontânea.
Quando após os atos executórios, o agente adota uma postura para evitar a execução:
arrependimento eficaz.
Quando está nos atos executórios e ele desista, ele desiste da prática da conduta. Quando
ele desiste dos atos executórios (está na tentativa), temos a tentativa abandonada.
No arrependimento eficaz, o agente adota uma providência e evita a cinsumção do
resultado. Essa providência é adotada após iniciado os atos executórios.
Enquanto não ocorrer a consumação, temos um crime tentado. Quando se fala em
desitência voluntária é uma forma de tentativa abandonada. No arrependimento eficaz, a
providência do agente já é após os atos executórios, tem também a tentativa abandonada.
Quando racioina no aart. 121, §2 trabalhamos com uma conexão (homicídio em conexão
com outro crime), po isso é chamado de homicídio conexivo.
Essas qualificadoras do inciso V são de ordem subjetiva, estão adstritas a motivação.
- Para assegurar a execução de um crime: Tício quer matar Mévio, grande empresário.
Mévio contratou Paulo para fazer sua segurança. Para matar Mévio, ele acaba matando também
Paulo. O homicídio do Paulo é qualificado. Ele vai responder por homicídio qualificado pela
conexão em relação a Paulo e por motivo fútil em relação ao Mévio.
Ex: Tem o Mévio, grande empresário, Paulo seu segurança e Tício que quer sequestrar o
Mévio. Ele mata Paulo para sequestrar o Mévio. O homicídio do Paulo e qualificado pela conexão.
Essa conexão que ele mata para ter a execução de outro delito chama-se conexão
teleológica. É a motivação de ele ter matado.
Ex: Tìcio matou Paulo para sequestrar o Mévio. Quando ele foi sequestrar o Mévio, ele
desistiu (desistência voluntária) => essa desistência enseja retira a roupagem da qualificadora de
ordem subjetiva do homicídio qualificado pela conexão? Art. 4, CP: tempo do crime considera que
quando ele pratiou o homicídio ele tinha a intenção de praticar o outro delito, por isso a
qualificadora terá incidência sim.
Cuidado que, as vezes a lei pode dar tratamento específico ao caso do agente matar a
vítima para praticar outro delito, aí não deve ser jogado a qualificadora e tratar como o art. 121.
Ex: Mévio quer subtrair o carro do Paulo e ele mata Paulo, a lei tem tratamento específico, o
latrocínio.
- Para asseguar a ocultação de outro crime: Tício matou o Mévio e estava escondendo
corpo. Paulo visualizou. Como Tício não quer que ninguém fique sabendo, ele para ocultar o
homicídio de Mévio, mata Paulo.
- Para assegurar a impunidade do crime: Tício pratica o delito de estupro com a vítima e
para que ficasse impune e não fosse reconhecido, ele mata a vítima. Outro exemplo é matar uma
testemunha de um crime. Esse homicídio do comparsa é qualificado pela conexão consequencial.
- Para assegurar a vantagem de outro crime: Tìcio e Mévio praticaram um delito de roubo.
Eles estão com o dinheiro da prática do delito. Para assegurar a vantagem só para ele, Tício decide
matar Mévio. Esse homicídio do comparsa é qualificado pela conexão consequencial.
Tício foi comprar drogas na boca de fumo. Chegando ao local ele viu Mévio. Tício lembra
que na semana passada quando foi comprar droga de Mévio, ele vendeu talco e, decide aproveitar
a ocasião para mata-lo.
Ex: Tìcio abordou Mévio e subtraiu seus bens, se retirando do local. Ao sair, Tício lembrou
que Mévio o devia dinheiro e decide voltar e matá-lo. Essa morte não era necessária para
subtração da coisa. Chama-se de homicídio pela conexão ocasional, que não é considerado
qualificado. Tem-se o roubo consumado em concurso material com o homicídio qualificado por
motivo fútil. (Em prova discursiva: conexão ocasional não qualifica o homicídio).
Pedra detoque: O homicídio vai ser qualificado pela conexão teleológica quando o agente
pratica o homicídio para assegurar a execução de outro crime.
Ex: Mévia terminou relacionamento com Tício, que fica perturbando. Mévia contrata Paulo
para fazer a segurança de sua casa. Tìcio, querendo perturbar Mévia, decide matar Paulo para
poder tirar a tranquilidade de Mévia. Tem um homicídio, mas não será qualificado pela conexão
teleológica (ele praticou um homicídio para assegurar a pratica de uma contravenção penal, a de
perturbação da tranquilidade- art. 65 LCP). Princípio da taxatividade e da legalidade, não há de se
falar em analogia in malam partem.
Ex: Tìcio ameaça de morte o Zouk. Zouk contrata Paulo para sua segurança. Zouk mata Palo
para matar o Zouk, entra na casa e atira para matar o Zouk, que já estava morto de parada cardíaca
(crime impossível). Esse homicídio ão é qualificado pela conexão teleológica.
A conexão é sequencial quando se pratica um utro crime para assegurar a ocultação,
impunidade ou vantagem de outro crime.
AMEAÇAS COM EMPREGO DE FORÇAS ESPIRITUAIS X EXTORSÃP (STJ) X TENTATIVA
SUPERTICIOSA OU IRREAL (09/03/2017)
Ex: Mévia está muito doente e começou a buscar a cura para sua doença. Nos jornais Tícia
dizia que fazia trabalho de curas para curar essa doença. Tícia sabe que os trabalhos que realiza
não cura ninguém (está induzindo a erro). Mévia procura Tícia, já induzida a erro, para que seja
curada. Mévia faz o pagamento. Mèvia verificando eu não estava sendo curada, diz a Tìcia que não
pagará mais porque acha que está sendo enganada.
Ao falar que uma pessoa precisando de cura, faz-nos pensar no crime do art. 284,
curandeirismo. Mas se tem intenção de induzir alguém a erro, não é curandeirismo,é estelionato.
Para ter o curandeirismo, a pessoa que faz o trabalho te que acreditar que seja ele capaz de curar
a pessoa.
Curandeirismo é um crime de ação vinculada e habitual.
Curandeirismo é crime vago, tem como sujeito passivo a coletividade.
O agente só responde no curandeirismo, quando ele sem a habilitação ara curar uma
pessoa, ele pratia essas ações do art. 284. O agente acredita que seja capaz de curar alguém.
Art. 284 - Exercer o curandeirismo:
I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância;
II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;
III - fazendo diagnósticos:
De acordo com o exemplo, Tìcia tinha conhecimento que a prática de suas ações não curava
ninguém, assim, induziu Mèvia a erro para obter vantagem econômica=> Estelionato.
Quando Mévia diz que não quer mais os trabalhos de Tìcia por se sentir enganada e manda
ela interrompa os trabalhos, pois não irá mais pagar. Tícia diz que já fez uns trabalhos para filhos
de Mévia e que, portanto, ela a deve 32.000,00 para que ela desfaça o trabalho.
EXTORSÃO- Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o
intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça
ou deixar de fazer alguma coisa:
Apesar de no exemplo não ter a violência, tem a ameaça de forças espirituais.
STJ decidiu que ameaça de mal espiritual, em razão da garantia da liberdade religiosa, não
pode ser considerada inidônea ou inacreditável. Para vítima e boa parte do povo brasileiro existe
a crença em forças sobrenaturais. Não há de se falar que sejam fantasiosas. Configura sim grave
ameaça a ensejar a elementar do art. 158. Resp. 129.9021
Quanto à grave ameaça, o STJ tem externado posicionamento bastante extensivo. STJ
entendeu num julgado recente que ameaça de destruir patrimônio configura grave ameaça para
caracterizar a extorsão.
Ex: Tício subtraiu veículo do Mévio, mediante violência, tendo um roubo. Depois Tício liga
para Mévio dizendo que roubou o carro dele e que só devolve se Mévio realizar o pagamento de
determinada quantia e que se ele não der, ele destruirá o veículo.
Ex: Um flanelinha que diz se Joã não der dinheiro irá amassar seu veículo, para o STJ tem a
grave meaça e configurada a extorsão.
Ex: Mévio está no terceiro período da faculdade, pega o gabarito da prova no armário do
professor e divulga para seus amigos. Divulgação de gabaritos de avaliações periódicas do corpo
discente não entra nesse artigo.
Inciso IV, ex: prova da ordem.
O tipo pena tem dois verbos, sendo misto ou alternativo: divulgar e utilizar.
Ex: Se Mévio descobriu o gabarito oficial da CESPE e divulgou para Zou que estava
realizando o concurso ara delegado. Zouk pega o gabarito, mas não utiliza porque não quer, é fato
atípico para ele porque o verbo fala utilizar!
Quem divulga e quem utiliza agem em concurso, segundo a teoria monista.
-É um crime de forma livre, não exige uma forma exata de passar o gabarito.
Conteúdo sigiloso é qualquer informação secreta ao público em geral.
- Elemento subjetivo do tipo: agente tem que agir com dolo. É um dolo específico, a fim de
beneficiar-se, a si ou a outrm, ou comprometer o certame.
No art. 325 tem o delito de violação de sigilo funcional. Ele é um crime subsidiário.
Violação de sigilo funcional
Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer
em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais
grave.
§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem:
I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou
qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco
de dados da Administração Pública; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito.
§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
A competência para julgar os delitos de fraude vai depender: se for fraude em concurso
federal, será da Justiça Federal; se for da polícia civil, será da Justiça Estadual. Tem que olhar a
ofensa ao bem jurídico.
A lei 11.343 inovou, trazendo uma causa de diminuição para o traficante de primeira
viagem, inicial. Considera esse traficante quando ele reunir cumulativamente: ser primário, de
bons antecedentes e não integrar atividade criminosa e nem se dedicar a ela. É o tráfico
privilegiado.
A lei 6368;76, aquele que ostentava condições de primário e bons antecedentes não
recebia esse benefício da causa de diminuição. A lei 11.343 aumentou a pena do tráfico, mas
trouxe esse benefício para o traficante privilegiado.
Entre esses requisitos, o de o agente não poder se dedicar a atividade criminosa:
Ex: Tício está respondendo por tráfico de drogas e a defesa diz que ele tem direito a
diminuição de pena por apresentra todos os requisitos. O juiz verificou que Tício tem diveros IP e
ações penais em curso e os considerou para afastar o benefício.
Pode considerar ações penais e IP em curso para identificar que a pessoa se dedicaa
atividade criminosa? E o princípio da presunção de inocência?
Essa questão é divergente no TJ. A 5 ª turma entende que seja possível utilizar IP e ações
penais em andamento para afastar a causa de diminuição. Por sua vez, a 6ª turma entende que IP
e AP não podem ser considerados para indicar a atividade criminosa do agente. Foi evado à 3ª
sessão do STJ essa divergência através de embargos de divergência no recurso especial 1431091-
SP (publicado dia /01/02/2017). A 3ª sessão entendeu que o benefício deve ser conhecido para
quem realmente merece, restringindo sua aplicação. Entendeu também que IP e AP em curso não
podem ser considerados como maus antecedentes na órbita das circunstâncias judiciais quando
da análise da dosimetria da pena (para fins de aumentar a pena base). Que nesse caso não está
sendo analisado para aumentar a pena base e sim para afastar o benefício e que o princípio da
presunção de inocência não pode ser interpretado de forma absoluta.
Segundo STJ é possível a utilização de IP e ações penais em curso para formação da
convicção de que o réu se dedica a tividade criminosa, de forma a afastar o benefício legal previsto
no art. 33, §4 da lei 11.343.
Hj, STJ e STF, consideram que tráfio privilegiado não tem a rouapgem dos crimes
equiparados hediondo. Súmula 512 foi cancelada.
Art. 121 ECA: A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de
brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado (na sentença), devendo sua manutenção
ser reavaliada, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses.
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos.
Ex: Tício menor de idade, nervoso, pega um ferro e com violência quebra o carro de Mévio.
Praticou ato infracional análogo ao crime de dano. Vai ser submetido a internação? Não, porque
o art. 122 diz que é grave ameaça ou violência a pessoa.
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência:
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze
anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
Ex: Tício aborda Mévio com arma de fogo. Subtrai seu veículo e reconhece Mévio ao
comprar droga em sua boca de fumo e não ter pagado. Em decorrência dessa dívida, Tício atira em
Mévio. A morte não foi para facilitar a subtração. Tem-se roubo consumado e um homicídio pela
conexão ocasional. Esse homicídio seria qualificado por ser considerado conexivo?
A conexão qualifica o homicídio, mas a conexão teleológica ou consequêncial. A conexão
ocasional não qualifica o homicídio. Nesse caso ele não vai ser qualificado pela conexão, mas não
será simples, será qualificado pelo motivo torpe.
Por ser o latrocínio um crime contra o patrimônio, será que a cada morte contará como um
crime de latrocínio? Não, tem que verificar quantos patrimônios existem.
Ex: Tício entra na residência de u casal, e para subtração do patrimônio deles ele mata
marido e mulher, isso e somente um latrocínio, pois, subtraiu somente um patrimônio e a
quantidade de morte vai para dosimetria da pena. Posicionamento do STJ no HC 86005 SP.
Se forem subtraídos dois patrimônios e ele mata os dois donos dos dois patrimônios, tem
dois latrocínios.
Se o agente entra na casa para subtrair patrimônio do casal, e para isso mata o casal.
Subtraindo televisão, som e as alianças. Tem uma divergência nesse caso, porque o STJ entende
que a aliança é patrimônio individual, sendo caracterizados dois crimes de latrocínio. O STF
Entende que tem que ser analizado a intenção do agente, que queria subtrair o patrimônio do
casal, e isso que tem que srer levado em consideração, sendo somente u crime de latrocínio.
Dia 08/11/2016 chegou um caso concreto na 1 turma do STF, onde o agente teria praticado
cárcere privado e latrocínio de duas vítimas + ocultação de cadáver. Recurso em HC 133575. Marco Aurélio
entendeu que memso com pluralidade de mortes deveria ser considerado crime único e não
concurso formal impróprio. Divergindo desse entendimento, o ministro Roberto Barroso e Rosa
Veiber entendem que o agente deve responder por dois crimes de latrocínio em concurso formal
impróprio.
O ministro Luis Fux pediu vista dso altos
No dia 21/02/2017, a 1ª turma concluiu o julgamento, e Fux deu entendimento que assistia
razão o relaor Marco Aurélio, sendo o latrocínio um crime complexo e a pluralidade de mortes é
insuficiente para indicar que há concurso formal impróprio ou imperfeito de crimes, tendo que
levar em consideração o patrimônio. Não há de se falar em responder por diversos latrocínios
considerando apenas a pluralidade de mortes. HC 133575/PR.
Para o STJ, a pessoa que sai para praticar um delito de roubo com outa pessoa que sabe
portar arma de fogo, tem o domínio do fato e não há de se falar em desvio subjetivo de condulta
ou colaboração dolosa distinta. O comparsa assume o risco do resultado mais grave. Não tem
como ‘jogar’ no art. 29, §2 CP:
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade.
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a
pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado
mais grave.
Para o STF é dolo eventual.
Teria colaboração dolosa distinta e desvio subjetivo de conduta se, dois agentes entram
numa residência e um, na posse de ara de fogo. Se na residência, um entra no quarto da vítima e
pratica crime sexual, não há de se falar em domínio final do fato em relação ao crime sexual. Não
era previsível o crime de estupro nessa situação.
CESPE vai colocar dois comparsar agindo e um realizando o disparo. Pergunta se os dois
respondem por latrocínio? Sim, para o STF o comparsa, mesmo não portando arma de fogo, ele
assume o domínio final do fato. O comparsa age com dolo eventual.
ZOUKDERNO
Ailton Zouk DelPol DF
2017
Parte V- (abril/ Junho)
(@waninedias)
TENTATIVA ABANDONADA (05/03/2017)
Art. 14, II CP descreve o crime tentado. O crime vai ser tentado quando o resultado não
ocorre por seguranças alheias a vontade do agente.
A tentativa é verificada qunado da prática dos atos executórios. Não tendo os atos
executórios iniciados, não tem que se falar em tentative.
Ex: Tício queria matar Mévio e fico atrás do poste com uma arma de fogo. A polícia
aborda Tício e pergunta que ele está fazendo. Isso não é tentative, mesmo que ele tenha a
intenção de matar, mas ele não iniciou os atos executórios.
No art. 15 tem a desistência voluntária e arrependimento eficaz. É o que chamamos de
ponte de ouro.
A gente desistir de prosseguir a ação diante dos atos executórios, tem-se a desistência
voluntária. A desistência não precisa ser espontânea.
Quando após os atos executórios, o agente adota uma postura para evitar a execução:
arrependimento eficaz.
Quando está nos atos executórios e ele desista, ele desiste da prática da conduta.
Quando ele desiste dos atos executórios (está na tentativa), temos a tentativa abandonada.
No arrependimento eficaz, o agente adota uma providência e evita a cinsumção do
resultado. Essa providência é adotada após iniciado os atos executórios.
Enquanto não ocorrer a consumação, temos um crime tentado. Quando se fala em
desitência voluntária é uma forma de tentativa abandonada. No arrependimento eficaz, a
providência do agente já é após os atos executórios, tem também a tentativa abandonada.
- Para assegurar a execução de um crime: Tício quer matar Mévio, grande empresário.
Mévio contratou Paulo para fazer sua segurança. Para matar Mévio, ele acaba matando
também Paulo. O homicídio do Paulo é qualificado. Ele vai responder por homicídio qualificado
pela conexão em relação a Paulo e por motivo fútil em relação ao Mévio.
Ex: Tem o Mévio, grande empresário, Paulo seu segurança e Tício que quer sequestrar
o Mévio. Ele mata Paulo para sequestrar o Mévio. O homicídio do Paulo e qualificado pela
conexão.
Essa conexão que ele mata para ter a execução de outro delito chama-se conexão
teleológica. É a motivação de ele ter matado.
Ex: Tìcio matou Paulo para sequestrar o Mévio. Quando ele foi sequestrar o Mévio, ele
desistiu (desistência voluntária) => essa desistência enseja retira a roupagem da qualificadora
de ordem subjetiva do homicídio qualificado pela conexão? Art. 4, CP: tempo do crime
considera que quando ele pratiou o homicídio ele tinha a intenção de praticar o outro delito,
por isso a qualificadora terá incidência sim.
Cuidado que, as vezes a lei pode dar tratamento específico ao caso do agente matar a
vítima para praticar outro delito, aí não deve ser jogado a qualificadora e tratar como o art.
121. Ex: Mévio quer subtrair o carro do Paulo e ele mata Paulo, a lei tem tratamento
específico, o latrocínio.
- Para asseguar a ocultação de outro crime: Tício matou o Mévio e estava escondendo
corpo. Paulo visualizou. Como Tício não quer que ninguém fique sabendo, ele para ocultar o
homicídio de Mévio, mata Paulo.
- Para assegurar a impunidade do crime: Tício pratica o delito de estupro com a vítima e
para que ficasse impune e não fosse reconhecido, ele mata a vítima. Outro exemplo é matar
uma testemunha de um crime. Esse homicídio do comparsa é qualificado pela conexão
consequencial.
Pedra detoque: O homicídio vai ser qualificado pela conexão teleológica quando o
agente pratica o homicídio para assegurar a execução de outro crime.
Ex: Mévia terminou relacionamento com Tício, que fica perturbando. Mévia contrata
Paulo para fazer a segurança de sua casa. Tìcio, querendo perturbar Mévia, decide matar Paulo
para poder tirar a tranquilidade de Mévia. Tem um homicídio, mas não será qualificado pela
conexão teleológica (ele praticou um homicídio para assegurar a pratica de uma contravenção
penal, a de perturbação da tranquilidade- art. 65 LCP). Princípio da taxatividade e da
legalidade, não há de se falar em analogia in malam partem.
Ex: Tìcio ameaça de morte o Zouk. Zouk contrata Paulo para sua segurança. Zouk mata
Palo para matar o Zouk, entra na casa e atira para matar o Zouk, que já estava morto de
parada cardíaca (crime impossível). Esse homicídio ão é qualificado pela conexão teleológica.
A conexão é sequencial quando se pratica um utro crime para assegurar a ocultação,
impunidade ou vantagem de outro crime.
Ex: Mévia está muito doente e começou a buscar a cura para sua doença. Nos jornais
Tícia dizia que fazia trabalho de curas para curar essa doença. Tícia sabe que os trabalhos que
realiza não cura ninguém (está induzindo a erro). Mévia procura Tícia, já induzida a erro, para
que seja curada. Mévia faz o pagamento. Mèvia verificando eu não estava sendo curada, diz a
Tìcia que não pagará mais porque acha que está sendo enganada.
Ao falar que uma pessoa precisando de cura, faz-nos pensar no crime do art. 284,
curandeirismo. Mas se tem intenção de induzir alguém a erro, não é curandeirismo,é
estelionato. Para ter o curandeirismo, a pessoa que faz o trabalho te que acreditar que seja ele
capaz de curar a pessoa.
Curandeirismo é um crime de ação vinculada e habitual.
Curandeirismo é crime vago, tem como sujeito passivo a coletividade.
O agente só responde no curandeirismo, quando ele sem a habilitação ara curar uma
pessoa, ele pratia essas ações do art. 284. O agente acredita que seja capaz de curar alguém.
Art. 284 - Exercer o curandeirismo:
I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância;
II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;
III - fazendo diagnósticos:
De acordo com o exemplo, Tìcia tinha conhecimento que a prática de suas ações não
curava ninguém, assim, induziu Mèvia a erro para obter vantagem econômica=> Estelionato.
Quando Mévia diz que não quer mais os trabalhos de Tìcia por se sentir enganada e
manda ela interrompa os trabalhos, pois não irá mais pagar. Tícia diz que já fez uns trabalhos
para filhos de Mévia e que, portanto, ela a deve 32.000,00 para que ela desfaça o trabalho.
EXTORSÃO- Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com
o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se
faça ou deixar de fazer alguma coisa:
Apesar de no exemplo não ter a violência, tem a ameaça de forças espirituais.
STJ decidiu que ameaça de mal espiritual, em razão da garantia da liberdade religiosa,
não pode ser considerada inidônea ou inacreditável. Para vítima e boa parte do povo brasileiro
existe a crença em forças sobrenaturais. Não há de se falar que sejam fantasiosas. Configura
sim grave ameaça a ensejar a elementar do art. 158. Resp. 129.9021
Quanto à grave ameaça, o STJ tem externado posicionamento bastante extensivo. STJ
entendeu num julgado recente que ameaça de destruir patrimônio configura grave ameaça
para caracterizar a extorsão.
Ex: Tício subtraiu veículo do Mévio, mediante violência, tendo um roubo. Depois Tício
liga para Mévio dizendo que roubou o carro dele e que só devolve se Mévio realizar o
pagamento de determinada quantia e que se ele não der, ele destruirá o veículo.
Ex: Um flanelinha que diz se Joã não der dinheiro irá amassar seu veículo, para o STJ
tem a grave meaça e configurada a extorsão.
Ex: Mévio está no terceiro período da faculdade, pega o gabarito da prova no armário
do professor e divulga para seus amigos. Divulgação de gabaritos de avaliações periódicas do
corpo discente não entra nesse artigo.
Inciso IV, ex: prova da ordem.
O tipo pena tem dois verbos, sendo misto ou alternativo: divulgar e utilizar.
Ex: Se Mévio descobriu o gabarito oficial da CESPE e divulgou para Zou que estava
realizando o concurso ara delegado. Zouk pega o gabarito, mas não utiliza porque não quer, é
fato atípico para ele porque o verbo fala utilizar!
Quem divulga e quem utiliza agem em concurso, segundo a teoria monista.
-É um crime de forma livre, não exige uma forma exata de passar o gabarito.
Conteúdo sigiloso é qualquer informação secreta ao público em geral.
- Elemento subjetivo do tipo: agente tem que agir com dolo. É um dolo específico, a fim
de beneficiar-se, a si ou a outrm, ou comprometer o certame.
No art. 325 tem o delito de violação de sigilo funcional. Ele é um crime subsidiário.
Violação de sigilo funcional
Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva
permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime
mais grave.
§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem:
I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha
ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou
banco de dados da Administração Pública; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito.
§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
A competência para julgar os delitos de fraude vai depender: se for fraude em concurso
federal, será da Justiça Federal; se for da polícia civil, será da Justiça Estadual. Tem que olhar a
ofensa ao bem jurídico.
Art. 121 ECA: A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos
princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado (na sentença), devendo sua
manutenção ser reavaliada, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses.
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos.
Entre os parágrafos 2 e 3 parece haver um contrassenso. Esclarecendo, §2 quer dizer
que o juiz, ao aplicar a internação, ele não pode dizer que adolescente vai pegar um tempo
determinado de internação, ele apenas submete o infrator à internação, e a cada 6 meses será
feita uma reavaliação. A internação não comporta prazo na sentença.
Pedra de toque:No art. 122 tem as possibilidades de plicação da internação, em ro
taxativo.
Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa;
II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves;
III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta.
Ex: Tício menor de idade, nervoso, pega um ferro e com violência quebra o carro de
Mévio. Praticou ato infracional análogo ao crime de dano. Vai ser submetido a internação?
Não, porque o art. 122 diz que é grave ameaça ou violência a pessoa.
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça
ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência:
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze
anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da
multa.
Ex: Tício aborda Mévio com arma de fogo. Subtrai seu veículo e reconhece Mévio ao
comprar droga em sua boca de fumo e não ter pagado. Em decorrência dessa dívida, Tício atira
em Mévio. A morte não foi para facilitar a subtração. Tem-se roubo consumado e um
homicídio pela conexão ocasional. Esse homicídio seria qualificado por ser considerado
conexivo?
A conexão qualifica o homicídio, mas a conexão teleológica ou consequêncial. A
conexão ocasional não qualifica o homicídio. Nesse caso ele não vai ser qualificado pela
conexão, mas não será simples, será qualificado pelo motivo torpe.
Por ser o latrocínio um crime contra o patrimônio, será que a cada morte contará como
um crime de latrocínio? Não, tem que verificar quantos patrimônios existem.
Ex: Tício entra na residência de u casal, e para subtração do patrimônio deles ele mata
marido e mulher, isso e somente um latrocínio, pois, subtraiu somente um patrimônio e a
quantidade de morte vai para dosimetria da pena. Posicionamento do STJ no HC 86005 SP.
Se forem subtraídos dois patrimônios e ele mata os dois donos dos dois patrimônios,
tem dois latrocínios.
Se o agente entra na casa para subtrair patrimônio do casal, e para isso mata o casal.
Subtraindo televisão, som e as alianças. Tem uma divergência nesse caso, porque o STJ
entende que a aliança é patrimônio individual, sendo caracterizados dois crimes de latrocínio.
O STF Entende que tem que ser analizado a intenção do agente, que queria subtrair o
patrimônio do casal, e isso que tem que srer levado em consideração, sendo somente u crime
de latrocínio.
Dia 08/11/2016 chegou um caso concreto na 1 turma do STF, onde o agente teria
praticado cárcere privado e latrocínio de duas vítimas + ocultação de cadáver. Recurso em HC
133575. Marco Aurélio entendeu que memso com pluralidade de mortes deveria ser
considerado crime único e não concurso formal impróprio. Divergindo desse entendimento, o
ministro Roberto Barroso e Rosa Veiber entendem que o agente deve responder por dois
crimes de latrocínio em concurso formal impróprio.
O ministro Luis Fux pediu vista dso altos
No dia 21/02/2017, a 1ª turma concluiu o julgamento, e Fux deu entendimento que
assistia razão o relaor Marco Aurélio, sendo o latrocínio um crime complexo e a pluralidade de
mortes é insuficiente para indicar que há concurso formal impróprio ou imperfeito de crimes,
tendo que levar em consideração o patrimônio. Não há de se falar em responder por diversos
latrocínios considerando apenas a pluralidade de mortes. HC 133575/PR.
Para o STJ, a pessoa que sai para praticar um delito de roubo com outa pessoa que sabe
portar arma de fogo, tem o domínio do fato e não há de se falar em desvio subjetivo de
condulta ou colaboração dolosa distinta. O comparsa assume o risco do resultado mais grave.
Não tem como ‘jogar’ no art. 29, §2 CP:
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade.
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á
aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido
previsível o resultado mais grave.
Para o STF é dolo eventual.
Teria colaboração dolosa distinta e desvio subjetivo de conduta se, dois agentes entram
numa residência e um, na posse de ara de fogo. Se na residência, um entra no quarto da vítima
e pratica crime sexual, não há de se falar em domínio final do fato em relação ao crime sexual.
Não era previsível o crime de estupro nessa situação.
CESPE vai colocar dois comparsar agindo e um realizando o disparo. Pergunta se os dois
respondem por latrocínio? Sim, para o STF o comparsa, mesmo não portando arma de fogo,
ele assume o domínio final do fato. O comparsa age com dolo eventual.
A 3ª sessão do STJ nalizando a divergência com a 5ª turma (entende que ações penais e
inquéritos em curso podem materializar fundamento para afastar o privilégio no sentido de
que o agente se dedica a atividade criminosa) e 6ª turma (entende que não é possível, devido
ao princípio da presunção de inocência , não pode ter ess certeza e afastar o privilégio se ainda
não tem uma prova concreta que venha a sistentar uma condenação com trânsito em julgado)
do STJ.
O art. 33, §4 aumentou a pena do tráfico e criou a minorante do tráfico privilegiado.
A 3ª sessão entendeu que ações penais em curso e inquérito penais em curso podem
sim ser considerados para afastar privilégio. Pode sim dizer que se dedica a atividade criminosa
o fato de ter diversos inquéritos ou ações penais em curso, não se pode querer alegar o
princípio da inocência, pois, há indícios fortes de se dedicar a atividade criminosa. A 3ª sessão
ainda diz que, pensar diferente seria tornar o princípio da presunção de inocência com uma
roupagem de direito constitucional absoluto. Os princípios constitucionais devem ser
interpretados de forma harmônica e, nenhum direito é absoluto. Tanto não é que, hoje tem-se
a possibilidade da relativização do princípio constitucional da presunção de inocência quando
se trata da execução provisória da pena em decisão de 2ª instância.
Com essa visão de não entender que há uma roupagem de direito absoluto, a 3ª sessão
entendeu que o juiz pode sim considerar ações penais e IP em curso para afastar o privilégio.
Estou considerando as ações penais em curso e IP para afastar o privilégio. Não os
considera para agravar a pena base. São coisas diferentes. Ações penais em curso e IP em
curso não constituem maus antecedentes.
Súmula 444/STJ - 26/10/2016. Pena. Fixação da pena. Pena-base. Inquéritos policial.
Ação penal em curso. Agravação da pena-base. Inadmissibilidade. CP, art. 59.
É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a
pena-base.
O egislador vai tentar fazer confundir o Eresp em curso com a súmula 444.
O IP e ações penais podem ser considerados para afastar o privilégio com base nos
maus antecedentes? ERRADO, eles não constituem maus antecendetes. Requisito seria outro,
o de se dedicar a atividades criminosas.
No direito civil, quando é estabelecida uma relação contratual, tem que ter o equilíbrio
e a boa fé objetiva na relação.
Ex: Se Tício compra um veículo e fica estabelecido o pagamento de 1.000,00 por mês,
estava dentro de seu rçamento na época. Devido uma alteração econômica, o contrato se
tornou oneroso para ele. Aplica-se a concepção de que o contrato deve ser cumprido quando
ocorre fato imprevisível? Não seria uma injustiça? O direito não poderia abrir uma
possibilidade de rever o que foi decidido?
O direito está alerta para essas injustiças. Existe a cláusula rebus sic standibus que
materializa a teoria da imprevisão. É uma cláusula implícita aos contratos que possibilita
qualquer das partes, rever o que foi acordado por ter ocorrido um fato posterior que tornou
onerosa a relação contratual.
Aplicando a rebus sic standibus ao processo penal: quando uma decisão puder ser
revista. Decisão que arquiva IP pode ser revista? Sim, pois a decisão que homologa
arquivamento é uma decisão rebus sic standibus, pois pode ser revista. O surgimento de novas
provas (súmula 524) é um exemplo.
Uma prisão preventiva quando decretada, é outra hipótese de decisão que pode ser
revista.
Quando é possível rever uma decisão, diz, processualmente, que a decisão fez coisa
julgada apenas formal. Então, a rebus sic standibus é compatível com a coisa julgada formal.
A decisão que homologa o arquivamento do IP é uma decisão rebus sic standibus?
Certo!
A regra é que i IP pode ser desarquivado. Então em regra, a coisa julgada é apenas
formal. Há exceções, por exemplo, atipicidade do fato, onde o IP não pode ser desarquivado.
A decisão que arquiva IP com base na atipicidade do fato é uma cláusula rebs sic
standibus? Falso, não porque essa decisão faz coisa julgada formal e material.
A doutrina aponta também que uma decisão que arquiva IP com base em causa
extintiva de punibilidade também faz cosia julgada material. Ex: com base na prescrição. Não
há possibilidade de ser revista,pois faz cois a julgada material
Extiste causa extintiva da punibilidade, mesmo que reconhecida e arquivado o IP,
aquela decisão não vai fazer coisa julgada formal e material. O óbito do agente é uma causa
extintiva da punibilidade.
E:x Tício pratica um homicídio. Falsifica sua própria cetidão de óbito e pede que sua
mãe leve à delegacia para aquivar o IP contra ele sobre o homicídio. O delegado relata no IP a
morte de Ticio e manda o IP para o jui e o MP pede seu arquivamento. Depois é descoberto
que essa certidão de óbito era falsa, a decisão que homologou o arquivamento do IP com base
na causa extintiva de punibilidade baseada na morte do agente. Antigamente o STF entendia
que, mesmo o agente utilizando certidão falsa, declarada a extinção, fazia coisa julgada
material e o agente respondia somente por falsidade de documento. STF evoluindo, entende
agora que o agente não pode se beneficiar desse manto da coisa julgada, não é absoluto.
Revendo esse posicionamento, a declaração que reconhece a extinção de punibilidade com
base em documento falso não faz coisa julgada material e pode ser revista. Entende-se agora
que essa dcisão é rebus sic standibus.
O IP, uma vez arquivado, pode ser desarquivado com base na súmula 524:
Súmula 524, STF: Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento
do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.
Essa súmula dá esse reconhecimento de decisão rebus sic sandibus quando se fala em
IP.
Novas provas: existem provas substancialmente novas e formalmente novas. Tem que
ser aptas a produzir alteração no panorama probatório.
Substancialmente nova é quando se tem provas inéditas.
A prova formalmente nova é quando a prova já existia, só terá uma nova roupagem,
uma nova versão.
Ex: Tício matou o Mévio, e teve como testemunha o Zouk Lindo e Zouk Téo, que
negaram o fato ao testemunhar. Delegado relata o IP e MP opta pelo arquivamento. Depois,
Zouk Lindo e Zouk Téo vão à delegacia e confessam que viram o crime, mas negaram por estar
sendo ameaçados. As testemunhas já existiam, só mudram seu depoimento.
IP arquivado com base na atipicidade do fato geral coisa formal e material, não
podendo ser desarquivado.
Se Tício briga com Mévio, o esqueiaa e alega legítima defesa. O delegado ouvindo uma
testemunha que diz ter viso Tìcio se defendendo, acha notório uma excludente de ilicitude. E o
juizMP homologa essa decisão de arquivamento do IP com base na excludente de ilicitude.
Aparecendo uma testemunha com provas de que não foi legítima defesa, o delegado pode
solicitar desarquivamento?
Temos dois posicionamentos:
- STJ entende que arquivamento do IP com base na excludente de ilicitude faz coisa
julgada formal e material, não podendo ser desarquivado.
- STF entende que essa decisão faz somente coisa julgada apenas formal, podendo ser
revista. É uma decisão rebus sic standibus.
Atipicidade do fato, tanto para STJ como para STF, não é uma decisião rebus sic
standibus.
Recurso em HC 70.141/RJ reforçou uma jurisorudência que já vem sendo aplicada pelo
STJ.
Não basta ser policial para portar arma de fogo, ele tem que ter registro na polícia
federal se for de uso permitido, ou do comando do exército se for de uso restrito.
STJ analizou agra um caso que envolve um delegado de polícia que portava uma arma
de fogo e na casa dele ele tinha outra arma. A justiça epediu mandados de busca. Foi
encontrada a arma na casa do delegado e a que ele estava portando. O Delegado só tinha o
registro das armas na divisão de fiscalização de armas e explosivos, mas não tinha o registro da
polícia federal. Entendendo que o delegado necessita desse registro, o MP ofertou a ação
penal pela prática do delito do art. 12 (posse irregular) e art. 14 (porte ilegal de arma de fogo).
O fato de o delegado figurar no art. 144, o MP usou o art. 20 (causas de aumento de pena).
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da
metade se forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6o, 7o e
8o desta Lei.
Um Delegado foi abordado na rua sem o registro da arma que está portando. Foi
levado à delegacia. O delegado de delegacia realizaria a prisão em flagrante, mas não poderia
arbitrar fiança, pois, tem que levar em consideração as causas de aumento (art. 14 c/c/ art.
20=> 4 anos + ½, ultrapassando os 4 anos que permite o arbitramento da fiança pelo
delegado).
Porte de arma de fogo de calibre diferentes responde por dois crimes, de uso permitido
e de uso restrito, entende STJ.
O art. 19 estabelece uma causa de aumento para o comércio ilegal e o tráfico de arma
de fogo.
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a
arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito.
Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele
praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
§ 1o Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali
tipificadas utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da
internet.
§ 2o As penas previstas no caput deste artigo são aumentadas de um terço no caso de a
infração cometida ou induzida estar incluída no rol do art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho
de 1990.
O art. traz a conduta de corromper menor.
Infração penal (crime e contravenção).
Induzir o menor é autoria mediata.
Caso: Policiais militares alvejaram dois meliantes numa suposta troca de tiro. Segundo
os PM’s eles estavam em legítima defesa. Comparecendo à delegacia, os policiais receberam
voz de prisão, pois so delegado entendeu estar em flagrante, de homicídio qualificado por
impossibilidade dedefesa da vítima.
O art. 23, CP elenca as causas de excludentes de ilicitude. Entre elas tem a legítima
defesa (usando moderadamente os meios necessários, repele injusta agressão atual o
iminente). Na legítima defesa (LD) a agressão deve ser humana.
Se for um cão atacando um policial, e ele atira, tem-se, em tese, o estado de
necessidade. É uma agressão animal. Seria LD se uma outa pessoa instigasse o cachorro para
atacar o policial, pois o animal eria utilizado como instrumento meio.
Meios necessários são os meios disponíveis no momento. O emprego da arma de fogo
pode ser o único disponível no momento, anaçizando os outros requisitos.
Se o PM atira, para neutralizar o agente e após a utilização dos meios moderados ele
continua efetuando disparos, teremos o excesso.
Outro requisito da LD é que o agente tem que ter conhecicmento da situação
justificante. Ex: Tìcio atirou em Mévio, ele queria matá-lo. No momento que ele atirou, ele não
tinha conhecimento que Mévio estava sacando a arma para atirar em Pedro, desse jeito a
corrente majoritparia entende que não é LD. Corrente minoritária entende que sim, porque o
tipo penal do art. 25 não fala que teria que ter conhecimento da situação justificante.
Quanto ao aspecto subjetivo, a LD pode ser real ou putativa. A LD putativa recai sobre
uma discriminante putativa, o agente acha que está sendo agredido, quando não é verdade.
Ex: Tício caminha num local escur e encontra Mévio seu desafeto. Mévio coloca a mão no
bolso e Tício acha que ele ia atirar, e saca primeiro sua arma e atira, quando na verdade Mévio
estava pegando uma carta no bolso para entregar a Tício. È LD putativa decorrente de erro de
tipo. Local totalmente escuro, não tinha como saber que era uma carta, tem o erro de tipo
invencível (exclui dolo e culpa). Se o local tinha iluminação e dava para Tício ter verificado, o
erro de tipo é vencível e Tício responde por homicídio culposo.
A LD subjetiva é a q que decorre da exaltação de ânimo. Ex: Tícia foi agredida pelo
Mévio, estuprador. Mévio com uma faca começa a agredir Tícia para estupra-la. Tícia começa a
agredir Mévio e consegue tirar a faca dele, atingindo-o. Mévio já neutralizado, Tícia continua a
atingí-lo. Não se pode esperar outra reação de Tícia. Tem a LD subjetiva, decorrente do
excesso escusável. Essa LD não é real, pois decorre do excesso. Não sendo uma excludente
real, ela exclui a culpabilidade (exigibilidade de conduta diversa). Mévio agora pode agir em LD
contra o excesso da vítima de estupro, e será LD sucessiva.
Quanto a forma da LD, o que vem a ser a LD agressiva? A vítima é agredida e age
provocando uma lesão corporal em seu agressor.
Temos o excesso doloso (agente tem intenção de se exceder), o culposo (agente não
observa o dever jurídico de cuidado e acaba se excedendo) e o acidental.
Ex: Vítima age em LD e acaba neutralizando seu ofensor e acaba torcendo muito o
braço dele, sem querer. É um excesso culposo.
Excesso esculpante (exclui a culpabilidade) é o excesso da LD subjetiva.
1) Delegado- PF- 2013: Um homem foi flagrado com arma de fogo de uso restrito,
tendo a perícia técnica posteriormente atestado a cabal impossibilidade de o instrumento
produzir disparos. Nessa situação, configura-se atípica a conduta de porte de arma, não
podendo ser considerado o uso desse artefato para a prática de outra infração como
majorante de pena pelo uso de arma.
R: Correto.
A lei 10826 dá tratamento homogêneo a porte ou posse de arma de fogo de uso
restrito, diferente de como trata porte e posse de uso permitido.
Sendo de uso permitido, para o porte ou possse, o delegado pode arbitrar fiança.
Se a arma é de uso permitido, mas está com o sinal raspado, não pode aplicar fiança
porque o agente responde como se de uso restrito fosse. Art. 16.
Se a arma está sendo portada por policial civil, maas não tem autorização legal (sem
registro), vai responder por porte ilegal. Não pode arbitar fiança na esfera policial, pois
considera as causas de aumento do art. 20.
Diferente não ter registro e ele está vencido!
A questão menciona que a arma é absolutamente inapta para realizar disparos não
entra no coneito técnico de arma, se compara a um simulacro, constituindo fat atípico.
Cuidado: se a arama tem uma uneta acoplada, o agente responde pelo acessório.
Arma de pressão: STJ entende que a importação é contrabando.
Não entra no conceito de arma de fogo portar arma de pressão, não é fato típico.
Para STF, Se portar arma de brinquedo, se for similar a arma de fogo, se estiver
importando considera-se contrabando.
NÃO é do estatuto do desarmamento importar arma de briquedo ou arma de pressão.
STF entende que importação de colete balístico é contrabando também.
Arma de brinquedo não pode ser considerada para majorar pena de um delito, a arma
configura grave ameaça.
Mara majorar, basta ser arma, não necessariamente tem que ser de fogo.
Um policial chega em casa e deixa a arma de fogo em cima da mesa para que o filho
dele pegue. O filho dele pega. Isso não é art. 13 porque nele é crime culposo. Se o policial
deixou a arma intencionado, tem o dolo. Cai no art. 16, §único, V. CUIDADO: tem que olhar se
ele deixou a arma culposa ou dolasamente com a intenção do filho dele pegar a arma.
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18
(dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que
esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
Tem divergência na doutrina para que configure o art. 13 tem que acontecer o
aponderamento. Outra parte da doutrina ententende que não, porque a lei assim não faz.
Se o policial não tomou as cautelas necessárias, independe se teve aponderamento ou
não.
O art. 13 é um tipo híbrido, tem a modalidade culposa no caput e no §único tem que
ter o dolo. Um aluno perguntou quando começa a contar o prazo para apresentar para Polícia
FEDERAL? A letra da lei diz que depois de ocorrido o fato tem 24hrs (letra de lei). No contexto
fático, é a partir do conhecimento do fato que o tempo irá contar, para não admitir uma
responsabilidade objetiva do diretor ou responsável da empresa.
Há posicionamento da doutrina que pode registrar a ocorrência e comunicar a polícia
civil.*
Respondendo a qustão: ERRADA. Não desconfigura o delito de porte de arma de fogo
com sinal de identificação de sinal raspado.
OBS: Ficar ligado no porte de arma de fogo de uso permitido ou restrito; comércio
ilegal de arma de fogo e causa de aumento do art. 20 e a vedação de liberdade provisória do
art. 21 que foi considerada inconstitucional.
Pontos importantes:
- Súmula 711 do STF: se sai lei mias grave aumentando a pena do porte, passando de 2
a 6, e o agente está portando essa arma, aplica-se a lei mais gravosa. Crime continuado.
- Porte ou posse de arma de calibres diferentes responde por dois crimes.
- Conselheiro de tribunais de contas são equiparados aos magistrados, portnto, tem
direito ao porte de arma.
- Policial civil aposentado perde o direito ao porte funcional.
- Porte de arma de fogo não há necessidade da apreensão da arma e perícia, mas, se
apreender, tem que realizar a perícia.
- O praticante de tiro esportivo, em alteração recente, pode transportar essa arma
municiada.
- Agente recebe arma de fogo produto de crime responde por receptação e porte ilegal
de arma de fogo em concurso material. Não se aplicao o princípio da especialidade.
Ex: Um agente atribui uma falsa comunicação de uma conduta delituosa ligada a crime
contra o meo ambiente. Essa informação ainda não chegou a delegacia, foi levada direto ao
MP. MP resolve instaurar logo uma ação civil pública. Ação civil pública dá ensejo a processo
civil e não penal, mas quando a lei fala em processo judicial, engloba os dois (processo judicial
e processo civil).
- Investigação administrativa:
Tanto a instauração de investigação policial, quanto de processo judicial ou de
instauração de investigação administrativa tem que decorrer da atribuição do agente a uma
conduta delituosa a uma pessoa que ele sabe inocente, o de uma conduta contrvencional.
Ex: Tício chega a uma corregedoria e diz que Mévio trabalha muito mal, isso sendo
mentira. A corregedoria decide instaurar PAD para apurar falta disciplinar isso NÃO configura
denunciação caluniosa porque o PAD foi instaurado com base em fato atípico (não constitui
crime e nem contravenção).
Ex: Tício fala que Mévio, funcionário úblico, furtou objeto que estava na custódia da
administração, sabendo ser Mévio inocente. Tem aqui o crime peculato furto (se aproveitando
de suas funções para subtrari o bem). O fato ainda não chegou na delegacia, mas foi
instaurado uma sindicância. Durante a sindicância descobriu-se que a acusação era falsa.
Rogério Sanches entende que há consumação da denunciação caluniosa, mas o STJ e Masson
entendem que quando a lei fala de investigação administrativa refere-se a PAD e não
sindicância.
STJ: entende que tem que ter PAD instaurado para configurar a denunciação caluniosa.
- Inquérito civil:
Alei também faz referência ao inquérito civil, que é destinado para obter informação
para subsidiar uma ação civil pública. Então se um agente imputa fato criminioso a uma pessoa
que ele sabe ser inocente e esse fato dá ensejo a uma ação civil pública, tem-se materializado
a denunuciação caluniosa.
Ex: Agente atribui à prática de um delito da relação de consumo. MP instaura um
inquérito civil para propor defesa de direitos mea indiivsuais. Tem-se maerailizado o crime. É
difente se um agente diz que Tício está ofendendo direitos do consumidor, e a ofensa a esses
direitos não configuram crime contra a relação de consumo, e disso instaura um inquérito civil
(fato atípico, não vai configurar art. 339).
- Imprbidade administrativa:
Ação de improbidade administrativa não depende de IP instaurado.
Pode ter uma ação de improbidade administrativa decorrete de acusação falsa e não
venha ater a denunciação caluniosa configurada. Ex: Eu digo que um prefeito está usando da
publicidade para se promover (estou atribuindo um fato que não é verdadeiro). Isso dá ensejo
a ação de improbidade administrativa por atentar contra os princípios da adm. pública. Não vai
configurar art. 339 porque o fato atribuído ao prefeito é atípico.
O legislador vai jogar um fato e dizer que ensejou um inquérito civil, ou uma ação de
improbidade administrativa ou mesmo uma investigação administrativa, mas não vai dizer que
esse fato é atípico.
A lei 8429/92:
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público
ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
Quando esse fato for um fato típico, joga para o art. 339, CP; se esse fato for atípico, cai
aqui no art. 19.
Ex: Agente é acusado de ter praticado um delito da lei 8.666/90 e antes de ser
instaurado um IP é proposto ação de improbidade administrativ. Ao final concluir que o fato é
falso, cai no ar. 339 porque o fato atribuído é típico.
O crime de denunciação caluniosa é um crime de forma livre, pode ser por carta, email,
telefone.
Professor Flávio Queiroz de Moraes aponta uma situação em que um ato omissivo
configura uma denunciação caluniosa.
Ex: Tício e Mévio vão a uma delegacia para comunicar um fato. Chegando lá, Tício
começa a falar e diz que Paulo cometeu um homicídio (sabendo ser falsa) e Mévio ficou ‘na
sua’. Tício fala ainda que Mévio havia testemunhado. No momento em que Mévio ficou quieto,
ele ratifica a opnião de Tício. Configura-se o art. 339 decorrente do silêncio.
No art. 339, essa falsa imputação deve ser relacionada a crime/contravenção e pessoas
determinadas.
Ex: Mévio presenciou Tício subtraindo a bolsa da Mévia. Tício empurrou a Mévia e
levou a bolsa. Mévio vai até a delegacia e ralata o fato, dizendo inclusive que Tício apontou
uma arma de fogo. Mévio imputa o roubo com aumento da arma de fogo. Há de se falar em
art. 339 em relação a causa de aumento? Agravante que não existiu não se fala em art. 339,
por o caput fala que é atribuir crime/contravenção e não agravante.
Diferente se o agente pratica um furto e ao chegar à delegacia, Tício relata que foi um
roubo. Está se imputando um crime, que tem adequação típica.
- Falsidade da imputação:
Ex: Tício imputa à Mévio a prática de um homicídio de Paulo, pelo simples fato de Paulo
ter sumido. Chega ao delegado e diz o que não ocorreu. Isso é falsidade de imputação.
Outra hipótese que pode acontecer, é de um fato ter ocorrido, mas o Tício fala que foi
o Mévio, mas na verdade o autor é o Paulo.
Pode ocorrer que o Tício é autor de um furto com destreza e, Mévio na delegacia diz
que Tício bateu na vítima para subtrari a res. Não há de se falar em causa de aumento aqui. É
um furto e acusação é de roubo, havendo falsidade da imputação.
Ex: Mévio chega para o MP e diz que Tício matou o filho ele na estrada ao perder a
direção do carro (homicídio culposo na direção de veículo automotor). MP propõe ação penal.
Juiz concede perdão judicial (causa extintiva de punibilidade).
Será que a concessão do perdão juidical iria desconfigurar o delito do art. 339? A
sentença que homologa perdão judicial demanda de processo, então foi instaurado o processo
e tem a condiguração do art. 339 materializado.
Ex: Mévio foi na delegacia e chegando lá quis atribuir fato criminoso a Tício, dizendo
que ele tinha praticado um homicídio. O advogado de Mévioliga para ele bem na hora do
depoimento e Mévio relata que está dizendo que Tício cometeu um homicídio. O advogado
manda que ele desista disso porque ele sabe que é mentira. Mévio diz ao delegado que quer
desisitir porque não foi o Tício. Mévio acredita estar desistindo dentro dos atos executórios,
tendo então uma desistência voluntária (chamada ponte de ouro, respondendo somente pelos
atos já praticados). Mévio vai responder só pela calúnia.
Ex: Tício vai à delegacia falar que Mévio está praticando jogo do bicho. O advogado liga
para ele e manda ele interromper o depoimento antes de ser instaurado IP. Tício diz ao
delegado que vai desistir voluntariamente. O delegado alega que o advogado o ligou.
Espontaneidade é diferente de voluntariedade. Desistência tem que ser voluntária, não fala
que tem que ser espontânea. Nesse exemplo Tício não vai responder por calúnia porque jogo
do bicho não é crime, é contravenção, então vai responder por difamação.
Imputar a autria de contravenção a uma pessoa que se sabe ser inocente, ensejando a
uma investigação policial configura o art. 339 de forma privilegiada porque tem diminuição de
pena.
STF: Investigação administrativa tem que ser um processo administrativo. Sindicância
instaurada não configura o delito em comento.
Para configurar a denunciação caluniosa o fato imputado tem que ser típico.
-Arrependimento posterior:
Ex: Tício deu depoimento imputando crime a Mévio, iniciou-se a investigação e antes
do recebimento da denuncia ele se retratou. Causa de diminuição de pena. (Cleber Masson).
- Art. 339 x MP
MP propõe ação penal e ao final do processo conclui-se que aquela pessoa não é
autora do delito? Se a denúncia é feita de forma temerária, com abuso de poder, sem a
chamada justa causa e o MP sabe que o indivíduo é inocente, pode o MP responder pelo art.
339.
- Dolo:
STF: entende ter que ser o dolo direito (pois é imputar fato que sabe e, não que assume
o risco).
Ex: Um delegado federal foi cumprir um mandado de busca na casa de uma deputada.
A deputada foi ao MP dizer que o delegado tinha praticado abuso de autoridade. Foi
instaurado um procedimento investigativo e foi arquivado. O MPF propôs ação de denunciação
caluniosa em face dessa deputada. O STF entendeu que ela não agiu com dolo direto (o fato de
pedir a instauração de um procedimento em face de uma suposta conduta de uma autoridade,
não quer dizer que você está dizendo que essa pessoa é autora daqueles crimes). Para o STF a
deputada teria que saber que o delegado não tinha cometido nada e imputar esse fato a ele.
- Art. 339 em face de erro de tipo:
Ex: Tício vê uma pessoa com as características de Mévio e a camisa vermelha atirando
no Paulo. Chega à delegacia e diz que viu Mévio atirando em Paulo, ele está em erro de tipo
(excui o dolo). Como não tem o dolo, não tem o art. 339 materializado.
Se eu me utilizo de uma terceira pessoa que esteja em erro para praticar art. 339
Ex: Mévio chega para João, filho de um delegado, e fala que Tício matou Paulo. João
induzido a erro, provocado por terceiro, vai à delegacia e diz ao pai dele o que Mévio falou. É
uma denunciação por erro de terceiro. Quem está agindo em erro é um mero instrumento
(autoria mediata). Mévio responde pelo art. 339. O terceir tem que ser de boa fé, caso
contrário entra em coautoria com Mévio.
Ex: Zouk chega para João e diz que Tício matou Paulo, querendo somente ofender a
honra do Tício e não induzí-lo a erro. João vai contar ao pai na delegacia. Não se fala em art.
339, pois Zouk não queria, necessariamente, a instauração de uma investigação. ZOuk só
queria atribuir fato delituoso. Zouk responde por calúnia.
Obs:
A doutrina aponta que a síndrome se manifesta quando uma mulher, em decorrência
da rejeição atribui fato delituoso a pessoa que ela sabe ser inocente, dando ensejo a uma
investigação criminal.
O art. 339 menciona dar causa a investigação, imputando-lhe crime que sabe ser
incocente. O caput menciona crime, mas contravenção penal também caracteriza o crime §2
do art. Alguns autores chamam de denunciação caluniosa privilegiada.
Prova: A imputação da denunciação caluniosa tem que ser objetivamente e
subjetivamente falsa. O crime do art. 339 demanda que a imputação seja objetiva e
subjetivamente falsa. Crime não pdoe ter sido cometido pela vítima (o fato tem que ser falso
ou o fato não pode ter ocorrido) e subjetivamente falsa (o agente que pratica a conduta te que
saber que está acusando um inocente.
Ex: Tício imputa ao Mévio uma conduta criminosa, um homicídio, que ele sabe ser
inocente, querendo que seja instaurado um IP. Chegou-se a conclusçao durante a investigação
que Mévio é sim autor ho homicídio, entãoo, a imputação era subjetivamente falsa, mas
objetivamente não é. Logo, não tem a denunciação caluniosa.
Ex: Mévio imputa a Tício a autoria de uma ação criminosa, mas não com a vontade de
falser a verdade, porque ele viu uma pessoa com as mesmas características de Tício atirando
na vítima. Após o fato, apura-se que Tício é incocente. Tem-se uma imputação subjetivamente
verdadeira e o fato objetivamente falso.
Quando se tem um dolo subsequente, tamém não altera o panorama. Ex: Mévio viu
uma pessoa com as características de Tício atirando em Paulo e vai a Delegacia e diz que Tício
matou Paulo. Tem-se uma imputação subjetivamente verdadeira, não tendo o crime do art.
339.
Ex: Mévio diz ao delegado que Tício matou Paulo. A investigação foi prosseguindo.
Mevio tomou conhecimento que um armazém havia filmado as imagens e Mévio vai atrás. Ao
analisar as filmagens Mévio verifica que Tício não matou Paulo e, mesmo assim, fica calado.
Esse dolo superveniente não enseja a caracterização do art. 339.
No delito de receptação é diferente. Ex: Tício compra veículo sem saber ser produto de
crime. Três dias depois ele descobre e, mesmo assim decide ficar com o veículo. Há um dolo
superveniente. Mas, Tício vai responder por receptação dolosa (dolo direto).
- Consumação:
É um delito material, só caracterizando a consumação do delito quando ocorrer o
desencadeamento do Inquérito civil, da ação de improbidade, etc.
É possível tentativa no art. 339? É um crime plurisubsitente. Ex: Tício acusa Mévio da
prática de uma ação criminosa, de ter matado Paulo. O delegado já sabe que quem matou
Paulo foi José. Isso é denunciação caluniosa tentada porque a investigação não foi iniciada.
- Ação Penal:
Pública incondicionada.
O caput é de elevado potencial ofensivo, não sendo possível aplicar a lei 9099.
Saiu decisão do STF que a venda de drogas nas imediações dos complexos prisionais no
sentido de que não precisa visar detentos.
Causa de aumento do transporte público: STF e STJ entendem que tem que ocorrr a
pulverização da droga no transporte.
Tráfio interestadual: não há necessidade da transposição de fronteira. Ex: Tício está
levando uma droga para comercializar em Goiânia, mas foi abordado ainda em Brasília. Se tiver
elemento probatório que essa droga ia para Goiânia, tem o tráfico interestadual.
Uma droga que se destina à Brasília passou por Minas Gerais. A droga ter passado por
estado somente por ordem geográfica, não configura o tráfico interestadual.
Pode incidir transacionalidade e interestadual juntos.
O inciso IV traz a incidência de aumento se o crime tiver sido praticado com violência,
grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou
coletiva. Ex: Tício vende droga em determinada localidade e avisa que quem avisar à polícia ele
irá mandar matar, ou utiliza de violência ou arma de fogo para proteger seu território.
O legislador utiliza aqui da interpretação analógia ao falar: ou qualquer processo de
intimidação difusa ou coletiva. O juiz vai decidir.
Se um grupo de traficantes utiliza arma de fogo para proteger a boca de fumo, incide a
causa de aumento. O agente não irá responder por tráfico + porte ilegal não. O emprego de
arma de fogo faz parte da cuasa de aumento, então vai ter tráfico com a incidência como causa
de aumento e não como delito autônomo de porte.
Se o agente emprega uma faca ameaçando as pessoas vai ter também a incidência da
causa de aumento porque o legislador fala de violência ou grave ameaça.
O TJRS: a decisão não condenou por porte ilegal de arma de fogo porque condenou por
tráfico com a incidência da causa de aumento. É errado falar que o TJ reconheceu uma
excludente de ilicitude de legítima defesa. A arma encontrada era produto de crime e o MP
denunciou por receptação e o TJ absolveu por entender que o dirieot penal nãoa dota a
responsabilidade penal objetiva. O TJ entendeu que a arma é empregada ao tráfico e a
denúncia deveria já ter inserido a causa de aumento.
Poderia ocorrer legítima defesa no tráfico? Sim. Ex: Tício é traficante e chega Mévio,
policial, e fica ao seu lado. Vem Caio, inimigo do Tício e saca uma arma de fogo. Tício pega a
arma do policial e atira, em legítima defesa, em Caio. Está Tìcio em estado de necessidade em
relação ao policial; e legítima defesa em relação a Caio.
ESCLARECENDO O JULGADO TJRS- TRÁFICO COM EMPREGO DE ARMA DE FOGO X
LEFGÍTIMA DEFESA (16/04/2017)
No jogo baleia azul, em tese tem o curador que convida os adolescentes para o grupo.
Se o menor for de 14 a 18, teríamos o homicídio, de acordo com a corrente majoritária.
Induzir menor de 18 anos a praticar lesão corporal, o agente nem vai responder.
O curador na baleia azul, se induzir menor de 14 anos, adotando a corrente majoritária,
responde por homicídio (autoria mediata).
A participação é crime autônomo, mesmo a cunduta sendo acessória.
Ameaça: responde por ameaça quando um dos adolescentes quer sair do jogo e o
curador começa a ameaçar ele ou a família.
Durante a investigação conclui-se que esse grupo era formado por menores, não
configuraria a associação criminosa e, sim um análogo.
Eses crimes que podem ser praticados inclusive através da internet são chamados de
crimes cibernéticos abertos (podem ser cometidos pela internet ou não).
Crime eclusivamente cibernético: so pode ser praticado através do computador.
Ex: Tício estava em frente a sua casa, local conheicido por ser ponto de drogas. Os
policiais, achando ser ele um traficante, se aproximam. Avistando viatura, Tício correu para
dentro de casa. Polícia entra na casa e encontra diversas porções de craque e outros
equipamentos que davam um panorama do tráfico. MP denunciou. O juiz de piso condenou
pelo tráfico (4 anos e 2 meses de reclusão no semiaberto). O TJRS entendeu que a entrada da
polícia, sem madado, considerando que correu para dentro de casa, configuraria mera
intuição, o que não justifica a prática do crime, não entendendo ser ossível a polícia ter
entrado na casa, sendo essa prova produzida, ilícita. TJRS promoveu a absolvição do Tício. MP
recorreru, por entender ser situação flagrancial e ter encontrado drogas no local. O relator
Rogério ressalvou a boa fé da polícia, mas não entendeu como lícita a entrada da polícia por
mera intuição. STJ 6ª turma, no julgado Resp.1574681, não havendo possbilidade da entrada
dos policiais simplesmente por ter corrido para dentro de casa, mesmo sendo um crime
permanente, essa prova é considerada ilícita.
Relator: Mera intuição a cerca de eventual traficância, embora pudesse autorizar
abordagem policial em via pública, não configura por si só, autorizar o ingrresso em seu
domicílio sem autorização do morador ou determinação judicial. Entre esses direitos, está o de
não ter a residência invadida a qualquer hora e sem as cautelas dvidas, sob a única
jusitificativa, não amparadas em elemenos concretos de convicção.
Mera ituição não é elemento concreto.
STJ: não e possível entrada sdem mandato judicial.
STF: RE 63616 é uma decisão que possibilita a entrada sem mandado, mas, se presente
fundadas razões.
Ex: Maria, abordada ao sair da residência de Tício transportando drogas e afirma ser
para tráfico. Se Maria sai transportando drogas, é porque na casa de Tício é armazenado
drogas e, os policiais entram nessa residência. Aqui, não se tem mera intuição e, sim, fundadas
razões.
Pode entrar na casa, desde que, apresente fundadas razões. O fato de a pessoa correr
para casa não configura crime.
Se a polícia já tivesse investigando essa pessoa, teria que representar pelo mandato de
busca, pois, na investigação somente não é fundada razão.
Nos crimes em que é possível a interceptação (punidos com reclusão), são chamados
de crime de Listel ou de Catálogo.
A interceptação vai ser possível em sede de investigação policial e de instrução
processual.
O delegado quando vai incluir determinados números no bojo da peça de
interceptação, el tem que fundamentar a inclusão de tais números. Ex: Delegado coiumento e
quer saber se sua namorada é fiel. Aproveita um pedido de receptação que está fazendo de
um caso e, inclui o número da namorada. Fazendo isso, ele induz o juiz a erro, fazendo que
venha a deferir a interceptação de um número que não tem nenhuma relação com os possíveis
autores. Delegado praica o delito configurado no art. 10 da lei 9296/96.
Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de
informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com
objetivos não autorizados em lei.
A síndrome da mulher de potifar tem a denunciação caluniosa, pois, atribuiu fato a uma pessoa
determinada.
Sujeito ativo: em regra, qualquer pessoa, pois trata-se de um crime comum. Exceção:
Ex: Tício chega a delegacia e diz que xingaram a Mévia. Não se pode falar em art. 340, e sim em
injúria, pois, para o delegado adotar algum procedimento há necessidade dor equerimento. Teria então
um crime impossível.
Ações penais privadas e públicas condicionadas à representação, o sujeito ativo d crime só
pode ser a pesso que tem as qualidades para figurar no polo passivo.
Ex: Tício vai à delegacia e diz que Mévia e Zouk moram juntos e são companheiros e que, a
Mévia foi lesionada. O delegado pode tomar providências, porque Maria da Pensha lesão corporal é
incondicnionada, não depende da vítima.
Ex: Tício pega um ônibus para ir ao trabalho. Ao colocar a mão no bolso para pegar o celular,
viu que o celular não estava. Tìcio não sabe se esqueceu do celular em casa ou se furtaram. Na dúvida,
ele vai à delegacia e comunica o furto. Ao chegar a casa ele vê que o celular estava em casa. Não há o
crime, poi, falta o dolo.
Ex: Tício compra veículo novo e coloca no seguro. Depois, com a finalidade de receber o seguro,
vai à delegacia e comunica o furto do veículo. Tício se utiliza d uma fraude para receber a indenização.
O art. 171, §2, V traz a fraude para recebimento de seguro. Tício vai responder pelo art. 171, §2, V ou
pela fraude + a falsa comunicação?
-1ª Corrente: responde somente pela fraude. Falsa comunicação de crime seria o meio.
Princípio da consunção. (Cléber Masson).
-2ª Corrente: o agente deve responde rpelos dois delitos, com fundamento de ser bens
jurídicos distintos (administração da justiça e a seguradora).
O delito de falsa comunicação de crime é um crime material, também chamado de causal. Para
que se tenha a consumação do delito, a autoridade deve adotar uma providência.
A 3ª sessão do STJ entende que não há que se falar em norma supra legal do controle
de convencionalidade.
EX: Tício chega na repartição, querendo um processo, e diz que os funcionário do setor
não ‘querem nada’. Quantos crimes de desacato tem nessa situação? Somente um, porque a
adm. pública só foi atendida uma vez só. A quantidade de FP ofendidos é considerada na
órbita da reprovbilidade da condutam na dosimetria da pena.
EX: Tício, na fila da repartição pública e demoraram a atendê-lo. Tício começa a proferir
xingmentos e vai embora. No outro dia, Tício vai a utra repartição e xinga outro funcionário.
Nessa situação tem concurso material de crimes.
Ébrio pode responder por desacato? Na doutrina, prevaleceu por muito tempo que o
ébrio não responderia por desacato, pois, faltaria o dolo de desprestigiar. Tem-se uma
evolução no pensamento doutrinário ao verificar o art. 28, II, CP onde não exclui a
imputabilidade penal a embriaguez voluntária ou culposa (teoria actio libera in causa-> a
consciência da conduta vai ser verificada no momento da ingestão da bebida).
Prova discursiva: o entendimento hoje é que o ébrio responde. Não seria qualquer
ébrio! A teoria actio libera in causa, de origem italiana, foi desenvolvida visualizando a
embriagquez preordenada (bebe para realizar o crime), então a consciência do agente tem que
ser analisada no momento que ele ingere a bebida e, não no momento do crime.
Não se aplica essa teoria quando a embriaguez for fortuita ou de força maior.
Uma pessoa com alteração de ânimo, por si só, não configura o desacato. Mas, se ela
altera o ânimo e ofende um FP, aí sim tem o desacato.
Mas elenão estaria fora de si? O art. 28, I diz que não exclui a imputabilidade penal a
emoção ou paixão.
Obs: Carta interceptada: não está na presença do FP. Mesmo tendo ofensa, teria a
injúria majorada.
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14
(catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que,
por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do
ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
§ 2o (VETADO)
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
§ 4o Se da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos
Será que se eu aponto uma arma para determinada pessoa, sem qualquer contato
físico com ela, fazendo ela se masturbar para saciar minha lascívia, há de se falar em esturpo?
Para o STJ, a contemlação lascívia configura estupro. Não há necessidade do contato físico.
EX: Tìcio manda uma menina de 13 anos se masturbar para satisfazer sua lascívia, sem
tocer ou ameaçar ela. A menina consente e se masturba. O consentimento da menor e nada é
a mesma coisa. Irá configurar estupro de vulnerável.
Outro julgado importane é acerca da comprovação da menor idade dessa vítima. Pode
comprovar essa menor idade através da certidão de nascimento? STJ entende que a prova da
menor idade da vítima pode ser constatada através de outros meios que não necessariamente
a certidão. (Ex: testemunhas que virama vítima nascer).
Numa prova oral: Mencionar que STF e STJ caminham juntos entendendo pela ausência
de justa causa, entendendo que a ação penal deve ser rejeitada com base no art. 395, II.
Entendem que o direito penal é mínimo. Quando menciona no princíio da insignificância,
lançar mão de Roxin e, falar que não basta somente a atipicidade formal (adequação da
conduta ao tipo), há a necessidade da ofensa ou perigo de ofensa a um bem jurídico.
EX: Um flanelinha exige que Tício pague determinada quantia, sob a ameaça de
quebrar o veículo dele.
Aqui não há de se falar em ausência de justa causa. Quando o flanelinha ameaça de
quebrar o veículo, exigidno determinada quantia, configura a extorsão, art. 158. A extorsão
pode ter a pena aumentada se tiver dois flanelinhas (causa de aumento da extorsão).
Pode ter também um ou dois flanelinhas que exigem determinada quantia sob ameaça
utilizando uma faca. Tem extorsão majorada por emprego de arma.
Se o flanelinha é usuário de craque e pratica essa conduta? Ele cometeu fato típico e
antijurídico, e a sua culpabilidade vai ser verificada fora da conduta do agente.
EX: Deixei meu veículo para o flanelinha cuidar e entreguei a chave. Quando eu
retornei, o flanelinha tinha levado o veículo. O flanelinha já tinha a intenção de ter a cosia para
si, o que vai caracterizar
Futo mediante fraude é diferente de estelionato. No estelionato, o agente utiliza o ardil
e a vítima entrega espontaneamente a coisa; no furto mediante fraude, o agente utiliza a
fraude para dimunnnuir a vigilância da vítima e subtrair a coisa.
EX: Tìcio chega em uma residência dizendo que é da NET e foi receber um pagamento
devido e a dona da casa entrega (entregou mediante erro: estelionato); mas se ele diz ser da
NET e pede para entrar para olhar o sinal, pede um copo de água,q uando ele se aproveita e
pega valores em dinheiro que estava em cima da mesa (ele subtraiu: furto mediante fraude).
No exmplo que Tício chega ao local e, o guardador já tinha a intenção de sair com carro,
se passa por flanelinha e Tício entrega a chave, teríamos estelionato, em tese. O
enquadramento, segundo a jurisprudência não é esse. Ela entende que é furto mediante
fraude (STJ). O STJ, nesse contexto, se afastou da técnica e se preocupou mais com o lado
econômico, pois, seguro não para estelionato.
Outro exemplo é o do Test Drive, que pode ser furto mediante fraude ou estelionato.
Para atender as concessionárias e diminuir o prejuízo enorme, será furto mediante fraude.
Numa prova oral: demonstrar a contradição e o posicionamento dos tribunais.
Numa prova objetiva: olhar se tem segundo STJ (colocar fraude); se for questão seca
(estelionato).
ZOUKDERNO 6
Ailton Zouk
Delegado de Polícia do DF
NOVEMBRO/2017
Edição: ADV.CONCURSANDADF
FARAMBORGER
INQUÉRITO POLICIAL
administrativo inquisitorial.
- Embora o inquérito policial seja dispensável, 95% das ações propostas pelo
- A justa causa que navega na órbita de uma ação penal, é uma justa causa
indiciárias.
Não há a possibilidade de instauração do inquérito policial sem a denominada
trancamento
por força do artigo 41, do referido diploma, afasta a incidência da Lei 9.099 no
consumação do delito?
exceção, qual seja nos crimes dolosos contra à vida, onde a competência será do local
entendimento dos tribunais, será instaurado na cidade A, haja vista ter sido o local
dos atos executórios (exame no local dos fatos, ouvir testemunhas que realmente
presenciaram esse fato e não aquelas pessoas que moram nas imediações do hospital
federal.
irregularidade.
DISCUSSÃO
instrumento estatal.
ofício
polícia)
típicos de polícia judiciária, muito embora seja uma agência de inteligência, devendo,
comuns.
não possui qualquer ligação com infração penal militar (notória usurpação de função
penal.
crimes?
NÃO. A CF/88 não fala isso de forma expressa. Adota-se aqui a teoria dos
poderes implícitos. Segundo essa doutrina, nascida nos EUA (Mc CulloCh vs.
significa dizer que também concede todos os meios necessários para a realização
dessa atribuição.
I). Logo, ela atribui ao Parquet também todos os meios necessários para o exercício da
acusação.
da Polícia.
Público para promover, por autoridade própria, investigações de natureza penal, mas
investigados;
2) Os atos investigatórios devem ser necessariamente documentados e
Judiciário nos casos em que a CF/88 assim exigir (ex: interceptação telefônica, quebra
aos advogados;
(“É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos
defesa”);
enunciado que serve como tese que será aplicada para os casos semelhantes. É como
oferecimento da denúncia.
bem como continua sendo conduzido pelo delegado de polícia. Assim, não há que se
Delegado de polícia nega acesso dos autos para o advogado – lei de abuso
de autoridade (Lei 4.898/65) – artigo 3º, “j” (atentar contra direitos e garantias legais
Investigado:
Direito:
O art. 7º traz um rol de direitos que são conferidos aos advogados. A Lei nº
O advogado, além de ter acesso aos autos, tem direito de tirar cópias e realizar
apontamentos (anotações). Isso pode ser feito tanto em meio físico como digital. É o
caso, por exemplo, de um advogado que utiliza scanner portátil ou tira fotos, com
red. p/ o acórdão Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/5/2015. Repercussão geral. Info
785).
No entanto, o STF afirmou que, nestes casos, o MP deverá respeitar as
prerrogativas dos advogados previstas no art. 7º, notadamente os incisos I, II, III, XI,
expressamente que este direito dos advogados fosse observado também nos
investigação?
• Regra: Não. Em regra, o advogado pode ter acesso aos autos da investigação
completamente inúteis.
indiciado.
estará frustrada, considerando que o investigado, em tese, não irá falar nada ao
telefone que possa incriminá-lo e retirará de sua casa qualquer documento que lhe
Inciso XIV pode ser aplicado não apenas para investigações de crimes
natureza".
Com base nisso, é possível afirmar que o direito dos advogados de ter acesso
direito previsto no inciso XIV pode ser invocado para que o advogado tenha acesso
aos autos de outras investigações, mesmo que não envolvam crimes. É o caso, por
contra seus servidores (sindicâncias), das investigações nos âmbitos dos Conselhos
Profissionais (CREA, CRM, CRO etc.), das investigações no CADE, na CVM, além do
Vale recordar que o STF possui um enunciado vinculante sobre o tema. Veja:
instituição. Assim, a súmula não mais está restrita aos autos de "procedimento
Resolução 13/2006-CNMP
criminal no âmbito do MP) fica derrogado com a nova redação do inciso XIV. Isso
específicos para ter acesso aos autos. O inciso XIV do art. 7º do Estatuto da OAB,
forem sigilosos.
O que acontece caso o direito do advogado de amplo acesso aos autos for
desrespeitado?
- fornecer os autos, mas antes retirar algumas peças que já haviam sido
juntadas ao processo,
funcional por abuso de autoridade, nos termos do art. 3º, "j", da Lei nº 4.898/65:
A Lei nº 13.245/2016 acrescenta o inciso XXI ao art. 7º, com a seguinte redação:
das testemunhas. Tais autoridades policiais argumentavam que não havia previsão
oitivas, mas não era autorizado que ele formulasse perguntas e requerimentos
Diante deste cenário, a OAB se articulou para alterar a legislação, que passa a
O advogado, com o objetivo de assistir (auxiliar) seu cliente que esteja sendo
de:
• apresentar razões (argumentar e defender seu ponto de vista sobre algo que
vá ser decidido pela autoridade policial ou sobre alguma diligência que precise ser
tomada); e
Com o novo inciso XXI do art. 7º, pode-se dizer que a presença do advogado
pré-processual)?
NÃO. Em minha leitura, o novo inciso XXI do art. 7º não impõe que todos os
a presença de advogado.
O que esse dispositivo garantiu foi o direito do advogado de, se assim desejar,
benefícios ao investigado.
nas investigações criminais, mas sim o de garantir respaldo legal para que os
acompanhá-lo no ato?
NÃO. O inciso XXI do art. 7º não permite que cheguemos a essa conclusão. A
contrário do interrogatório judicial, este pode optar por não estar acompanhado de
um advogado no ato, sem que isso acarrete nulidade. O que mudou é que agora a
legislação é expressa ao reconhecer o direito do advogado de, se quiser, participar do
XXI, essa característica permanece válida. Isso porque o fato de o inquérito ser
inquisitorial não significa que ele é arbitrário ou que todos os direitos do investigado
devam ser negados. Não é isso. Assim, mesmo antes da inserção do inciso XXI, a
mas não se pode afirmar que, unicamente por conta disso, já exista ampla defesa e
• Caso o investigado esteja presente, ele poderá conferir uma procuração apud
acta, ou seja, ele poderá indicar que aquele é realmente seu advogado, registrando-se
isso no termo. Aplica-se aqui, por analogia, o art. 266 do CPP (Art. 266. A
constituição de defensor independerá de instrumento de mandato, se o acusado o
SIM. Se até na fase judicial, onde existe ampla defesa e contraditório, e se até
da defesa é limitado.
sugestivas”);
o art. 14 do CPP, que continua em vigor, especialmente em razão do veto à alínea “b”
Forma de inquirição
formulando as perguntas que entender necessárias (art. 212 do CPP). Essa mesma
judicial, onde vigora a imparcialidade do juiz, que deverá ter iniciativa probatória
para definir qual é a melhor estratégia para a apuração do delito. Justamente por
conta disso, a legislação previu que a autoridade policial pode indeferir diligências
decorrerem deles.
local e ali descobre a arma utilizada pelo investigado no crime, além de objetos
pessoais a ele pertencentes. Pela redação do inciso XXI, haveria nulidade absoluta da
oitiva da testemunha e também das "provas" obtidas com a busca e apreensão, uma
vez que tal diligência foi decorrente das informações passadas pela testemunha.
Estas, contudo, serão realizadas, ou não, a critério da autoridade policial (art. 14).
A Lei nº 13.245/2016 tentou mudar esse cenário. A referida lei previa na alínea
“b” do inciso XXI do art. 7º do EOAB que seria direito do advogado, no interesse do
seguinte justificativa:
concretizadas.
Obviamente que, se recusa for arbitrária, é possível ao investigado, por meio
recusa feita pelo Delegado em inquérito policial) ou ao Poder Judiciário (em qualquer
hipótese).
OAB. Apesar disso, o novo inciso XXI deve ser aplicado também aos Defensores
não havendo razão jurídica que justifique tratamento diferente, sob pena de violação
ao princípio da igualdade.
acusatório e do fato de que o MP, como titular da ação penal, é o destinatário dos
Resolução 13/2006-CNMP
processual.
- Entretanto, o juiz pode absolver apenas fundamentando-se em provas
produzidas no inquérito.
5. Procedimento escrito
6. Procedimento temporário
o IP com lapso temporal considerável (5, 6, 7 anos) tramitando, por mais complexa
que seja a investigação, falta ao Ministério Público a justa causa para propositura da
7. Procedimento indisponível
8. Discricionariedade
policial deverá:
conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; (Redação dada pela Lei
nº 8.862, de 28.3.1994)
respectivo APF (prisão ilegal), mas sim no artigo 312, do CTB, com a lavratura de
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas
circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
- 3 correntes doutrinárias:
Humanos, a qual assegura que o acusado não é obrigado a produzir provas contra si
próprio, haja vista que o interrogatório é um meio de defesa, mesmo que haja uma
possui o direito de permanecer calado, assegurado que, em caso de silêncio, esse não
sentido.
Quando o Código de Processo Penal quis fazer referência ao juiz, assim ele o
fez, conforme se verifica no artigo 218. Assim, cabe destacar que autoridade, em sede
testemunhas.
- A necessidade de autorização judicial estaria adstrita há apenas uma
4ª. Com base no STF - HC: 107644 SP, não há necessidade de o delegado
jurisdicional.
investigado/indiciado.
Doutrina aponta que está sustentada na órbita da razoabilidade, haja vista que
competente.
Capítulo III, do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado
tenetur se detegere").
Americana absolveu o acusado, que havia sido condenado com base em confissão
obtida sem que tivesse sido informado de seu direito a ser assistido por um
assistido por um defensor, bem como que tudo que disser poderá ser usado contra
si.
Assim, se a prova for obtida sem observância desse direito fundamental, será
considerada ilícita, devendo ser desentranhada dos autos, conforme o artigo 157, do
reconhecimento de pessoas.
essa pessoa esteja entre outras pessoas que mantenham com ela semelhança?
Não há obrigatoriedade.
pessoas (artigo 226), o STJ entende que se trata de nulidade relativa, devendo o
investigação? Sim.
mecanismo de auxílio.
em lei. É ilegal.
Aplica-se o correto meio de prova, mas não o procedimento para ele previsto.
Assim, o rito observado é distinto daquele previsto pelo ordenamento jurídico, daí a
origem da classificação.
lei.
Prova (de) fora da terra – quando o meio de prova é produzido perante
juízo distinto daquele em que se processa o feito, como acontece no caso do artigo
prevista na lei.
Por sua vez, a Lei n. 9.296/96 somente permitiu que a interceptação telefônica
penal, (ii) a prova não puder ser colhida por outros meios (subsidiariedade) e (iii)
para crimes punidos com reclusão. (compreensão a contrário sensu do artigo 2º).
se atentar que na investigação é perfeitamente possível que outros crimes possam ser
AMPLA DEFESA
Art. 5º (...)
LV — aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e
aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes;
LXIII —o preso será informado de seus direitos, entre os quais o
de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da
família e de advogado;
- autodefesa: exercida pelo próprio réu. Por conta da autodefesa, o réu não é
obrigado a se autoincriminar.
O Pacto de San José da Costa Rica, que vige em nosso ordenamento jurídico
com caráter supralegal, estabelece em seu art. 8º, inciso II, alínea “g”, que “toda
pessoa tem direito de não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a declarar-se
culpada”.
parte do interrogatório.
ficta, devendo ser encarado pelo magistrado como mera ausência de resposta.
ser interrogado e mentir, não responde por falso testemunho (art. 342 do CP).
terceira pessoa inocente. Caso isso ocorra, responderá por denunciação caluniosa
LIMITES DA AUTODEFESA
prisão contra si expedido, apresenta a cédula de identidade de seu irmão com sua
foto no lugar.
- Isso é permitido?
apresentado à polícia identidade com sua foto e assinatura, porém com impressão
não cabe cogitar de que a atribuição de identidade falsa para esconder antecedentes
criminais consubstancia autodefesa. STF. 2ª Turma. HC 92763, Rel. Min. Eros Grau,
julgado em 12/02/2008.
documento falso.
Assim como no caso do uso de documento falso, também na hipótese de falsa
identidade, o STF entende que há crime quando o agente, para não se incriminar,
atribui a si uma identidade que não é sua. Essa questão já foi, inclusive, analisada
serve para descaracterizar a prática dos delitos do art. 304 ou do art. 307 do CP.
familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e
APF/portaria
cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. (Incluído pela Lei nº 13.257, de
2016)
ARTIGO 13-A
ARTIGO 13-B
encontra o telefone.
ARTIGO 14
ARTIGO 15
- Saiu de prática.
ARTIGO 16
interlocutores.
investigação, o tráfico era internacional (juiz federal), ou seja, aquele juiz que deferiu
a medida não era competente, mas o delegado ao representar não tinha ciência, pois
declarado incompetente.
Deve-se aplicar, desde logo, a regra rebus sic stantibus. Se havia fumus boni
telefone que não está ligado com os fatos que estão sendo investigados denomina-se
autoria ou participação em infração penal punida com pena de reclusão, nos termos
derão ser utilizados totalmente como prova para a propositura de uma ação penal.
nexão, razão pela qual os elementos de prova não poderiam ser utilizados no novo
ção, desde que haja conexão com crime punido com reclusão.
se a cláusula jurisdicional.
ESCUTA TELEFÔNICA
Ex. Um dos políticos sabe e ele que pediu inclusive para a polícia federal
INTERCEPTAÇÃO AMBIENTAL
ambos interlocutores.
ESCUTA AMBIENTAL
e escuta telefônica.
- Isso porque somente nessas duas situações existe uma comunicação
comunicação telefônica.
ambiental: podem ser realizadas sem ordem judicial e podem ser utilizadas,
ordem judicial, pois a gravação telefônica não entra no regime da lei telefônica.
interceptação.
ATO DE INDICIAMENTO
fundamentado.
inquérito policial, haja vista que o indiciamento também demanda de justa causa.
LEI Nº 12.830/13.
Art. 2º (...)
30 dias – solto
30 dias – solto
10 dias – solto
90 dias + 90 – solto
40 dias + 20 – solto
Delegado elabora o relatório - Relatório final comporta juízo de valor?
Via de regra, o delegado não externa juízo de valor em sede de relatório final,
Art. 10 (...)
§ 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido
apurado e enviará autos ao juiz competente.
- 2 correntes:
Ministério Público.
STF – inconstitucional
ARQUIVAMENTO
forma do art. 28 (remeter os autos ao Procurador Geral de Justiça) com relação ao que
Espécies:
de incluir fato.
arquivamento, isso por entender não cabível a ação, sendo esse pedido de
por entender que o juízo é incompetente, requerendo a remessa dos autos ao órgão
competente. Caso o juiz discorde do MP, pode, por analogia, se pronunciar na forma
requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas
provas.
mesmo já fora utilizada pelo Estado, mas que ganhou nova versão. Ex: oitiva de
testemunha que estava sendo ameaçada e após revela este fato alterando o conteúdo
rebus sic stantibus, pois não pode ser revista. COISA JULGADA MATERIAL.
- excludentes da ilicitude
STF: é uma decisão rebus sic stantibus, pois pode ser revista. COISA JULGADA
FORMAL.
STJ: não é uma decisão rebus sic stantibus, pois não pode ser revista. COISA
rebus sic stantibus, pois não pode ser revista. COISA JULGADA MATERIAL.
- causa extintiva da punibilidade - não é uma decisão rebus sic stantibus, pois
uma decisão rebus sic stantibus, pois pode ser revista. COISA JULGADA FORMAL.
ao recurso.
endoprocessual, ou seja, a partir dela não mais se pode modificar a decisão dentro da
mesma relação processual, não havendo óbices, contudo, para eventual rediscussão
Coisa julgada material é ainda mais ampla e foge dos limites de determinada
relação processual. É dizer, pois, que ao se asseverar que determinada decisão foi
alcançada pela coisa julgada material, estaremos a afirmar que aquele decisum não
punibilidade.
PRISÃO TEMPORÁRIA
- Navega na órbita da investigação.
Sim. Embora o rol seja taxativo na Lei 7.960/89, a Lei 8.072/90 possibilitou ao
mencionar no parágrafo 4º que a prisão temporária que dispõe a Lei 7.960 nos crimes
previstos no capítulo, que o delito de tortura está inserido, terá o prazo de 30 dias,
prorrogável por igual período. Deve ser cominado com o artigo 1º, da Lei 7.960/89,
instaurado:
Doutrina – não há necessidade do inquérito instaurado, porém, a investigação
CF, art. 5º, XXXIX – princípio da legalidade - não há crime sem lei anterior que
Princ. da reserva legal - não há crime sem lei anterior que o defina.
CF, art. 5º, XXXIX – A doutrina utiliza o termo princ. da reserva legal ou estrita
legalidade.
Conforme a CF, MP não pode tratar de matéria penal, todavia o STF entende
que, se a norma for benéfica ao réu a MP pode tratar sobre tema penal.
estrito, ela deve decorrer necessariamente da União, porque é ela que tem a
A lei quando entrar em vigor regulará os fatos que ocorreram durante sua
vigência (tempus regit actum), produzirá efeitos até que uma nova lei a revogue
Costume não revoga lei penal, apesar de ser uma fonte formal mediata do dir.
penal.
Uma lei ao entrar em vigor pode trazer em seu bojo conteúdo benéfico (novatio
Princ. da retroatividade da lei penal benéfica – CF, art. 5º, XL - a lei penal não
Uma lei ao entrar em vigor pode trazer em seu bojo conteúdo não benéfico,
mais gravoso, que se contrapõe a uma lei penal benéfica (novatio legis in pejus [lex
gravior]).
Tempus regit actum – a lei penal quando é publicada produz efeito para frente,
todavia, há exceção, se for uma lei penal benéfica estará revestida da extratividade,
possibilitará que a lei retroaja. A extratividade possibilita, também, que a lei seja
ultrativa , ou seja, ainda que revogada seja aplicada ao fato ocorrido durante sua
vigência.
Extratividade está ligada à lei penal benéfica, possibilita que a lei seja
retroativa ou ultrativa.
A lei penal benéfica s e prende ao fato ocorrido durante sua vigência, dando
anormalidade.
O princ. da continuidade prevê que a lei permanece em vigor até que outra lei
a revogue.
ocorridos durante sua vigência, se prendem ao fato (efeito carrapato da lei penal).
da lei penal, ainda que benéfica. Conforme o art. 3º, essas leis são ultrativas (ainda
que revogadas).
de uma lei temporária ou excepcional não ser aplicada aos fatos que ocorreram
que mencione em seu bojo que os fato ocorridos durante as respectivas leis serão
lei penal).
a lei “b” é uma novatio legis in mellius, porém, se ela tiver em período de vacatio,
1a) se a lei estiver em período de vacatio e for benéfica, será aplicada. Não está
produzindo efeitos, porém, já é lei e deve ser aplicada aos fatos anteriores.
2a) p/ o STF a lei que se encontra no período de vacatio legis não produzirá
A 2a corrente é a aplicada.
dia 15/05/17, durante o processo, saiu uma lei passando a pena do homicídio simples
de 5 a 15 anos (a lei posterior ao fato é benéfica), porém, no dia 20/12/18 saiu uma
todavia, não obstante o fato e o julgamento ocorrerem fora de sua vigência, ela será
drogas. Era primário, de bons antecedentes, não se dedicava à prática criminosa, nem
integrava organização criminosa. Foi condenado por tráfico, com base no art. 12,
caput (pena de 3 a 15 anos). Não teve diminuição de pena porque a lei em tela não
previa. Em 2006, entrou em vigência a lei 11.343/06 que revogou a 6.368 /76, a nova
pena (tráfico privilegiado [art. 33, § 4º]), sendo, assim, mais benéfica.
É possível pegar a causa de diminuição de pena do art. 33, §4º da 11.343/06 e
Há 2 correntes:
1a) Pode haver a combinação, com base no art. 2º, parágrafo único, CP (lei
posterior que, de qualquer modo, favoreça o agente, será aplicada aos fatos
anteriores à sua vigência ainda que decididos por sentença condenatória c/ trânsito
art. 12 da lei anterior. Ainda, conforme a CF, a lei penal retroagirá p/ beneficiar o réu
(art. 5º, XL). Se não for admitida a retroatividade parcial da lei nova, estará negando
cláusula pétrea).
2a) STF e STJ entendem que não é possível a combinação de leis. Observa-se
que a 6a turma do STJ entendia ser possível a combinação de leis com o intuito de
beneficiar o réu (HC 102.544 STJ), todavia, a 3a seção entendeu não haver
possibilidade de combinação de leis, ela poderá retroagir desde que seja na sua
o resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu
c/ o art.12 estará criando uma 3a lei (lex tertia), com isso, estará ofendendo o princ. da
No art. 2º, CP, há a figura da abolitio criminis, lei que exclui do âmbito penal
fato que até então era considerado criminoso, é causa extintiva da punibilidade
(art.107, CP).
em novatio legis in mellius quando for possível fazer comparação com outra norma.
Nesse caso não há tal comparação, tendo em vista que está ocorrendo a exclusão a
roupagem criminosa de determinada conduta. Contudo, uma lei que retira uma
regime de cumprimento da pena era integralmente fechado (art. 2º, §1º [a pena por
crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado]), todavia,
individualização da pena.
A lei 8.072/90 em seu art. 5º alterou o art. 83 do CP, dando um tratamento mais
nos casos de condenação por CH, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e
condenado pelo art. 35, não está inserido no requisito no inciso V, art. 83, CP.
Para fazer a jus ao livramento condicional não seguirá a regra do art. 83, I, do
CP?
Não, o STJ entendeu que por constar na Lei de Drogas, segue-se o previsto no
quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa
idônea.
Na falta de perito oficial, todavia, subsidiariamente, pessoa idônea pode
drogas.
É possível condenação apenas com base em laudo preliminar? STJ entende que
sim, desde que o laudo preliminar seja assinado por perito oficial (perito criminal)
Condenação com base em laudo preliminar STJ laudo feito por perito
- seja primário,
- de bons antecedentes,
privilégio.
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um
1/6 a 2/3:
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as
Distrito Federal;
e determinação;
Pessoa abordada pela polícia com droga para uso próprio será conduzia à
Delegacia, de lege lata, não será autuado em flagrante (não se imporá prisão), apenas
assinará um termo de compromisso (de comparecimento perante o juiz), se recusar a
assinar, o usuário deverá ser liberado da mesma maneira. Todavia, se fosse noutra
OBS:
Art. 28, §2º - Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz
diversos verbos constam no tipo penal. Por ex., se a pessoa adquire cocaína e vende
ser rejeitada pela Justiça de 1º grau e, reformada pelo TRF3 (Tribunal Regional da 3ª
a ação penal.
1077512/SP 6ª TURMA:
Office of Drugs. Mesma referência (Organização das Nações Unidas) estabelece que
final, depois de todo processo químico ou manual necessário para se chegar na fase
de uso do entorpecente. E para ser considerada ilícita tem que estar proscrita no
Brasil, razão pela qual a norma deve ser complementada por outra, em exemplar
para extração do óleo medicinal, não é a planta como um todo, mas a flor da planta
e análise da cannabis e seus produtos, as plantas fêmeas são replicadas por meio de
clonagem, já que o cultivo das sementes não garante o gênero da planta, e, por
tráfico de entorpecentes:
porque a semente não dispõe do princípio ativo, seja porque não é passível de
Ainda que alguém pudesse antecipar essa previsão, pode-se dizer que seria
semente de maconha não se presta, a rigor, à preparação de droga, a não ser muito
indireta e remotamente, como ato final, em poucos casos, por meio da semeadura,
Tanto é assim que o art. 33, §1°, II, da Lei 11.343/06, pune a conduta de quem
“semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal
drogas”.
Segundo Vicente Greco Filho e João Daniel Rassi, embora não precisem
Daí porque os entendimentos firmados por essa Corte Especial, de que "A
penal descrito no art. 33, § 1º, I, da Lei n. 11.343/2006", e de que “O fruto da planta
clandestina amolda-se ao tipo penal insculpido no artigo 33, § 1º, da Lei n. 11.343/2006
(...)” – não encontram respaldo científico nas mais atuais pesquisas e diretrizes
que se constitui em matéria-prima para a preparação da droga ilícita (art. 33, §1°),
legalidade dessa norma seria contestável, já que a semente de maconha sequer pode
ser considerada droga ou matéria-prima e insumo aptos a gerar droga com absoluta
certeza. E não havendo certeza, portanto, deve-se operar o in dubio pro reo, como
IMPORTANTE:
material, para fim de uso pessoal mas não fazem referências as suas sementes, quer
porque, diversamente do art. 33, §1°, da Lei 11.343/06, o art. 28 sequer tipifica o ato
sementes de maconha na Lei nº 11.343/2006, quer no art. 33, §1º, incisos I e II, quer
no artigo 28, ante princípio da legalidade estrita da norma penal (art. 5º, inciso
XXXIX, da CF).
in natura, e suas partes, nas quais decerto se incluem as sementes, pois estas são
contrabando.
com certa acuidade que, das 15 (quinze) sementes importadas pelo investigado,
apenas 0,51% (meio por cento) detém a potencialidade de gerar a planta fêmea
preso no Brasil, responderá por tráfico internacional de drogas? Não, tendo em vista
que, lança perfume não é considerado droga na Argentina. Nesse caso, haverá tráfico
doméstico de drogas.
preso no Brasil, responderá por tráfico internacional de drogas? Sim, lança perfume é
consumirem.
Quem usa fato atípico (no art. 28 não tem o tipo penal USAR).
(art. 33).
(23/06/2016).
art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 não afasta a hediondez do crime de tráfico de
Art. 44 - Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a 37 desta Lei são
Quantidade da droga, por si só, pode ser usada para afastar o privilégio?
STJ Sim.
STF há divergência.
STF 1ª Turma Sim Inf. 844 (18 out. 16) a quantidade da droga
STF 2ª Turma Não (29 nov. 16) a quantidade da droga, por si só,
revogado art. 12 da Lei 6.368/76? Não. STF e STJ entende que seria ofensa ao princ.
da separação dos poderes, judiciário estaria criando uma 3ª lei (lex tertia [combinação
de leis]).
resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu
usuário não era para uso pessoal e sim destinada p/ tráfico, caso contrário, aplica-se o
art.28.
desde que preencha os requisitos (art.33 CP), conforme decisão, dos tribunais
concreto).
- não é tráfico.
- demanda estabilidade.
OBS.: por ex., se 2 pessoas se unem eventualmente para vender droga, não é
associação (art.35), será tráfico de drogas em conc. de pessoas (não tem estabilidade
[habitualidade]).
STJ - o condenado por associação para o tráfico (art. 35, da Lei 11.3343/06), caso não
seja reincidente específico, deve cumprir 2/3 da pena para fazer jus ao livramento condicional.
- Muito embora a associação não seja considerado tráfico e, portanto, crime equiparado
hediondo, em homenagem ao princípio da especialidade, deve ser aplicado o artigo 44, § único
da LEI; (STJ H.C. 311.656/RJ).
- não é tráfico.
responderá pelo art. 33, todavia, para a doutrina, por analogia in bona partem, será
2 posicionamentos,
STF é possível.
STJ representa uma pessoa que faz parte de org. criminosa (ATENÇÃO -
STF a condição de mula, por si só, não caracteriza que a pessoa faz parte de
org. criminosa.
do delito em cada estado que a droga passar (ex.: venda), se for mera passagem por
Desde que o laudo preliminar seja feito por perito oficial, exame da droga não seja
O laudo preliminar feito por pessoa idônea, exame da droga seja complexo (droga
Prova testemunhal e confissão serve para condenar por tráfico? Sim, desde
que seja alinhado ao laudo preliminar feito por perito oficial, se houver apenas
Estupro de vulnerável
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso
com menor de 14 (catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas
no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência
mental, não tem o necessário discernimento para a prática do
ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer
resistência.
Para ser estupro de vulnerável a deficiência descrita no Art. 217-a, § 1º deve
Ação penal
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título,
procede-se mediante ação penal pública condicionada à
representação.
Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal
pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos
ou pessoa vulnerável.
INCONDICIONADA.
vítima e o agente (v: 13, a: 18) havendo consentimento da vítima, deve-se relativizar a
ERRO DE TIPO
resolve registrar ocorrência contra Tício, visto que Mévia é menor de 14 anos, tendo
Quando o erro de tipo for invencível, ou seja, o agente não tinha condições de
perceber a vulnerabilidade da vítima, por ter esta aparência de mulher, o fato será
descuido, este não percebeu a vulnerabilidade, exclui o dolo, respondendo por culpa.
Ocorre que, o estupro não tem natureza culposa, portanto, apesar de estarmos diante
Erro de tipo vencível exclui o dolo, responde o agente por culpa. Tratando de
porte ilegal de arma de fogo de uso restrito no rol dos crimes hediondos.
O crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito está previsto
A justificativa do projeto era coibir crimes que são praticados com emprego de
arma de fogo.
fogo, utilizou-se a justificava de que as armas são empregadas para prática de ações
O projeto de lei foi proposto com a intenção de dar uma nova roupagem aos
crimes hediondos, não só para a posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso
arma de fogo.
O senador que propôs a alteração na lei, tinha a intenção de dar uma resposta
penal mais gravosa a qualquer posse ou porte ilegal de arma de fogo, tanto permitido
como restrito. Mas para receber a crítica de que estaria homenageado o Direito Penal
para dar roupagem mais gravosa aos crimes. Também chamado de direito penal
midiático.
viver na Síndrome de Alice, achando que resolve tudo com a aplicação do direito
estatal no Estado do Rio de Janeiro, nas facções que utilizam armamento pesado.
superior a 4 anos)
Hoje, com o advento da Lei 13.497/2017 que incluiu o art. 16 da Lei 10.826/2003
Hediondo vai ser somente a descrição típica prevista no caput do art. 16, da
quer fazer referência apenas ao “caput” a lei não o menciona, portanto, tem-se a
forma simples. Quando o legislador quer fazer referência aos parágrafos, aquele faz
Ex:
* Aqui o legislador fez referência ao art. 121, qual seja, a forma simples do
Quando o legislador nos demais incisos fez menção ao caput e aos demais
§§ lo, 2o e 3o).
aquele será considerado hediondo todo o art. 16, caput e parágrafo único.
O delito previsto no art. 16, da Lei 10.826/2003, faz menção a arma de fogo,
munição e acessórios.
restrito é HEDIONDO.
condenado por portar munição proibida como pingente de colar que, segundo a
relatora Ministra Carmem Lúcia a atitude do réu não gera perigo abstrato, nem
em pouca quantidade.
1
Mínima ofensividade da conduta, Ausência de periculosidade, Reduzido grau de
reprovabilidade social e Inexpressividade da lesão jurídica provocada.
Em abril, outro caso foi levado à apreciação da 2ª Turma do STF abordava o
a decisão. O caso foi levado ao STJ que não aplicou o princípio da insignificância.
O caso fora levado até o STF em que este aplicou o princípio da insignificância
portanto, de conduta formalmente típica, a qual, todavia, a meu ver, não se mostra
típica em sua dimensão material. Isso porque não é possível vislumbrar, nas
circunstâncias, situação que exponha o corpo social a perigo, uma vez que a única
O ministro deu essa decisão com o aval do Ministério Público, vejamos: “Não
previsto no art. 16, caput, da Lei n. 10.826/03, como de perigo abstrato e nem a
sua residência, uma munição, calibre 9mm, de uso restrito. Tal conduta não
representa qualquer lesão efetiva, ou mesmo, perigo abstrato, aos bens juridicamente
tutelados pela norma, a saber, segurança pública e paz social. A ação não atingiu a
Como o § 2º, do art. 244-B, só fez menção no aumento de pena quanto ao art.
1º, da Lei dos Crimes Hediondos, há quem defenda que os crimes equiparados não
se tratava de crime material, teria que ter a prova de que o menor não era
corrompido.
(REGRA)
culpáveis?
Pseudo concurso de pessoas. Porque é um falso concurso de pessoas. O menor
pessoas).
*Julgado STJ: Quando o maior pratica junto com o menor os delitos previstos no art.
com o aumento de pena previsto na própria lei. Não há incidência do delito previsto
violado em razão de praticar crimes, dois são os bem jurídicos violados, desta forma,
Roubo
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem,
mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de
havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a
coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim
de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa
para si ou para terceiro.
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o
agente conhece tal circunstância.
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser
transportado para outro Estado ou para o exterior; (Incluído
pela Lei nº 9.426, de 1996)
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua
liberdade. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de
reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte,
a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) Vide Lei nº 8.072, de
25.7.90
Extorsão
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave
ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem
indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou
deixar de fazer alguma coisa:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com
emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade.
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o
disposto no § 3º do artigo anterior. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90
§ 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da
vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da
vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12
(doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou
morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2 o e 3o,
respectivamente. (Incluído pela Lei nº 11.923, de 2009)
Veja que as elementares de violência e grave estão no bojo do art. 157 e no art.
158.
O verbo no delito de roubo é SUBTRAIR, já no delito de extorsão é
CONSTRANGER.
Tício entrou no ônibus e apontou arma para vítima e esta entregou o bem. É
roubo ou extorsão?
2 Correntes doutrinárias
extorsão. Para esta corrente só haveria roubo na situação descrita caso o agente
vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa.
Na segunda corrente Tício entrou no ônibus e apontou arma para vítima e esta
entregou o bem. Ele poderia pegar o celular da mão dela? Ou dentro do contexto
prática de delito.
coisa – roubo
relâmpago) em que o agente leva a vítima até o caixa eletrônico para que a vítima
forneça a senha e o agente obtenha a vantagem econômica. Nesse caso, houve a
No crime de extorsão não há necessidade de bem móvel. Uma casa pode ser
nome.
comum.
interceptação telefônica.
penal.
capacidade postulatória.
procedimentos de investigação.
defesa, nulidade do processo, haja vista que era dever da Polícia Civil acompanhar a
HC 46836 STJ entendeu que não pode interpretar o art. 6º da Lei 9.296/96 de
forma restrita. Para o STJ não somente a polícia judiciária pode desenvolver
Aluguel.
crime de catálogo/listel.
crimes comuns, bem como vai de encontro a literalidade do art. 6º da Lei 9.296/96.
409283): A por disso, não se pode olvidar que a prisão do acusado deu-se após o
cumprimento de um mandado de busca domiciliar, solicitado previamente pelos
drogas no local. Logo, não se pode falar que a droga teria sido encontrada pelos
Inviolabilidade de Domicílio.
para representar.
aceita/entende que a Polícia Militar tem legitimidade para representar pela busca e
Princípio da insignificância
bagatelar própria”.
significa que não lesou nem causou perigo de lesão ao bem jurídico. Logo, aplica-se o
Administração Pública?
Para o STJ, não. Não se aplica o princípio da insignificância aos crimes contra a
Administração Pública, ainda que o valor da lesão possa ser considera do ínfimo.
Exceção
colorido próprio, diante das disposições trazidas na Lei n. 10.522/2002”, o que não
ocorre com outros delitos, como o peculato etc. (AgRg no REsp 1346879/SC, Rel.
como foi o caso do HC 107370, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 26/04/2011 e do
2017
Parte VII- (Junho/Dez)
(@wanine_marcelle)
ARMA ABSOLUTAMENTE INAPTA (07/06/2017)
Saiu uma decisão do STJ (18/05). Agravo em recurso especial 765.902) que versava sobre o
porte ilegal de arma de fogo de uso permitido que estava desmuniciada. A decisão dizia que o crime
previsto no art. 14 é de perigo abstrato, sendo irrelevante a arma está desminuiciada ou até mesmo,
desmontada ou estragada.
Isso levou a alguns professores a interpretar que o STJ entendia que a arma absolutamente
para realizar disparo iria configurar infração penal.
A ementa traz o teor: desmontada ou estragada! O Zouk discorda do posicionamento desses
professores com os seguintes fundamentos:
- Essa ementa versa sobre arma desmuniciada e fez alusão a outro julgado do STJ o qual não
versava sobre arma absolutamente inapta para realizar disparos e, sim sobre arma desmuniciada e
em momento algum analisou arma absolutamente inapta para realizar disparos.
Zouk entende que, ao falar em arma estragada, se refere a arma relativamente inapta. O STJ,
no agravo de recurso espcial 397.473 já trouxe que não há necessidade da arma ser aprendida para
um agente responder por porte ilegal de arma de fogo, mas uma vez apreendida, tem que ter a
perícia.
O pensamento do STJ quanto à arma absolutamente inapta continua sendo o mesmo, não á
que se falar na materialização do delito do art. 14 e 16. Zouk não verifica mudança de entendimento.
Quando STJ fala estragada, se refere àa arma relativamente inapta.
EX: Tício e Mévio presenciaram o Paulo portando arma de fogo. Acionaram a polícia. A polícia
chegou e Paulo correu e jogou a arma dentro do lago. Paulo responde por porte ilegal, sem
necessidade de apreensão por ser crime de perigo abstrato. Se a arma é apreendida e a perícia
constata ser absolutamente inapta a realizar disparo, não terá crime. Seria crime impossível.
Equipara-se a arma de brinquedo.
Entender que arma absolutamente inapta o agente responderia, se utilizada durante o roubo
teríamos o roubo majorado.
Arma desmuniciada, tanto para STJ quanto para STF, continua sendo infração penal. É crime
de perigo abstrato. Objeto tutelado é a segurança pública e a paz social.
Porte de munição? Consitui infração penal.
S eu tiver uma arma absolutamente inapta para realizar disparo, mas ela está municiada? O
agente vai responder pela munição e não pela arma.
- Homicídio X Porte de arma de fogo: EX: Paulo saca uma arma de fogo e atira em Mévio,
provocando a morte da vítima, tem o homicídio. Mas, se falar que Tício, em janeiro, adquiriu uma
arma de fogo e que em novembro realizou disparos e matou Mévio, ele vai responder por homicídio
e pelo porte (contextos fáticos distintos).
- Porte de arma de fogo de diversos calibres; a doutrina entende que é crime único. STJ
entende que é concurso formal de crimes. Se fossem armas de mesmo calibre seria crime único e a
quantidade seria utilizada na dosimetria.
EX: Policiais estavam na rua e Tício fala que na casa de Mévio está cheio de armas. Os policiais
entram na casa. O flagrante é válido? Simples informação não é fundada razão, logo, não e válido.
Sùmula 711, STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
Com esse entendimento, o flagrante é relaxado, o que não quer dizer que o inquérito nõa
continua com seu desenvolvimento. A ilegalidade é somente da prisão.
Um flagrante levado ao juiz que entende não ter sido o flagrante legal. EX: Tício matou Mévio
e três dias depois foi rpeso em flagrante. Delegado lavra o flagrante. O juiz entende em relaxar o
flagrante por ser ilegal, mas não necessariamente o colocaria em liberdade, se observar que cabe a
preventiva.
A prisão preventiva é possível sem ação penal? Sim, nessa naálise do flagrante acima
(decretada de ofício pelo juiz).
No direito norte americano, tem que adverter quanto ao direito ao silêncio e, querendo falar
a verdade, faz um juramento de falar a verdade, sob pena de configurar o delito de perjúrio.
O direito brasileiro não tem o crime de perjúrio, querendo o acusado falar e mentir para nã o
se auto incriminar, tem o que se chama de direito ao silêncioparcial (pode responder algumas
perguntas e outras, não).
Hoje se tem a relativização uanto a busca da verdade real. Deve considerar a teoria dos jogod
no processo penal: o PP é um jogo, onde se faz um acordo e se tem um benefício (transação penal).
Para essa corrente, o juiz deve considerar a mentira na dosimetria da pena, considerando a
personalidade negaiva do agente.
No depoimento do tatuador, ele fala que torturou como forma de casito pelo menor ter
subtraído a bicicleta dele. Não pode ser considerado tortura castigo porque o tatuador não tem a
guarda, poder ou autoridade (ausência de elementar do tipo).
Após ter tatuado a testa do menor, o menor ficou sendo forçado a confessar o fato diante da
filmagem, ainda configura a tortura.
Na opnião do Zouk, esse caso configura tortura confissão.
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a
sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de
medida legal.(Tortura do encarcerado)
EX: Policial Tício prende Mévio em flagrante e sem a intenção de castigar, e começa a bater
em Mévio. Prisão em flagrante é legal. Entra na tortura do encarcerado?
Temos duas correntes:
1ª Se o policial bate no preso no momento da prisão, se qualquer finalidade, tem a tortura do
encarcerado. Mesmo chamando de prisão captura, porque ainda depende da homologação do
delegado, a pessoa está presa.
2ª se a tortura ocorre sem motivação na hora da prisão em flagrante, não há que se falar em
tortura do encarcerado.
Considerando a 1ª corrente, na hipótese do flagrante facultativo, poderia uma pessoa do povo
responder pela tortura do encarcerado.
Nos julgados, quando há uma tortura sem qualquer tipo de motivação, no contexto de prisão
captura, tem somente o abuso de autoridade e a lesão corporal causada.
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro
a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
Tortura para confessar e ensejar lesão grave ou gravíssima, te duas correntes a cerca desse
resultado:
1ª entende que a lesão corporal pode ser dolosa ou culposa, não respondendo em concurso
pela deformidade permanete ou gravíssima.
2 ª entende que deve ser necessariamente culposo.
Quanto a morte da vítima, não tem discussão de doutrina, tem que ser necessariamente
culposa.
Se que uero matar a vítma, muito embora eu tenha vontade de obter a confissão, e se utiliza
da tortura, responde no art. 121, §2, III.
A aividde de tatuar é regulada por lei. Quando tem o consentimento do cliente, eles está no
exercício regular de direito, desde que não seja um menor (pois aí configura lesã colporal).
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o
cumprimento da pena em regime fechado.
STJ entende que não há a necessidade de iniciar no regime fechado.
STF: 1ª turma entende que tem que iniciar no fechado;
No caso concreto, o tatuador prendeu em flagrante. Na vsão do Zouk Tem a tortura c/c §3.
EX:Tício, caminhoneiro foi abordado levando um carregamento de drogas. Tício possui três
veículos; um desses veículos ele emprega diretamente para o tráfico; a Kimbi é parada. Ocrrendo um
defeito no caminhão que transporta drogas, ele pega a Kombi para transportar e, nessa
eventualidade, a PM o abordou. Delegado, conhecedor do art. 62 d alei 11.343, apreendeu a Kombi
e lavrou o APF. O art. 62 não fala que foi confiscado, a propriedade da Kombi continua com Tício.
A Kombi foi utilizada de forma eventual.
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas
culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão
expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer
indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que
couber, o disposto no art. 5º.
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e
reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei.
Será que a utilização de veéiculo de forma eventual no tráfico, enseja o confisco desse bem ou
há necessidade da habitualidade do uso do veículo?
STF em repercussão geral entendeu que não há necessidade da habitualidade porque a CF
assegura no art. 5, XXII o direito de propriedade, mas nenhum direito é absoluto. A própria CF
relativiza alguns direitos. O dirieto de propriedade é relativizado (desapropriação). O ministro
considerou que a propriedade utilizada para o tráfico, foi relativizada.
O art. 243, §único não inclui a habitualidade do uso.
OBS: Na associação para o tráfico é eu te que ter a estabilidade. NÃO FAZER CONFUSÃO.
EX: Tício encontra Mévio e o chama para vender drogas. Isso ocorreu eventualmente, então,
não pode falar em associação para o tráfico porque falta a habitualidade/estabilidade. Teria tráfico
em concurso de pessoas, com fundamento no art.29 que materializa a teoria monista/unitária (todo
aquele que contribui para o crime responde pelo crime, na medida da sua culpabilidade.
Pode um partícipe receber pena maior que um autor? Para teoria monista, todo aquele que
contribui para o crime responde na medida da sua culpabilidade. Se o partícipe tem extensa ficha
criminal em relação ao autor, seria possível sim. A punibilidade do partícipe vai ser de acordo com
sua culpabilidade.
A associação requer estabilidade, art. 3. Não havendo estabilidade, configura concurso de
pessoas(participação e autoria).
EX: Tício diz para Mévio que se a polícia chegar, ele avise, sem nada receber por isso. Mévio
vai apenas colaborar com um ato, não sendo habitual. Pela teoria monista, Mévio responderia na
medida de sua culpabilidade. Ao se criar o art. 37, é uma excessão pluralista à teoria monista, pois,
no art. 37 muito embora responda por crime autônomo, ele é partícipe do art. 33.
O art.37 não pode fazer parte da associação. EX:Tício e Mévio monatam uma associação para
o tráfico, se dividindo em tarefas. Tício cuida do dinheiro, Mévio fica encarregado de avisar se a
polícia chegar, mas também faz parte do lucro da associação. Mévio, fogueteiro que participa
também do lucro da divisão, avisa da polícia e a polícia pega. Configura o art. 35 +33 e, não somente
o art. 37. Há divisão de tarefas, ele esá estável porque faz parte da associação.
Art. 35 não combina com art. 37.
EX: Tício colabora como fogueteiro com Mévio, traficante individual. Polícia pega Tício, de
forma eventual. Tício reponde pelo art. 37? O art.37 fala em colaborar com grupo, organização ou
associação e, não com traficante individual. Tício responde no art. 33.
Ofende o princípio da proporcionalidade jogar o art. 37 como partícipe do art. 33 quando ele
trabalha somente com traficante individual e a pessoa que colabora com associação ou grupo, jogar
no art. 37 que nem é tráfico? A doutrina entede em aplicar a analogia in buona parten, aplica-se ao
colaborador do traficante individual, o art. 37.
O relator Luiz Fux entendeu não constituir pressuposto do confisco a utilização do bem com
habitualidade. Também falou do princípio da proteção vedação da proteção deficiente. Cita que no
direito comparado há um tratamento legislativo mais gravoso no que se refere ao tráfico de drogas.
Relator também fez referência ao mandato de criminalização.
Os ministros Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio não conrdaram. Para eles, deveria se
observar o princípio da proporcionalidade e da razoabilidade. É razoável apreender um veículo que
foi utilizado de forma eventual? Outra coisa, o §único do art. 243 não é independente, ele é acessório
do caput.
Art. 243, CF: As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas
culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão
expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização
ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art.
5º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 81, de 2014)
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito
de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo
especial com destinação específica, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 81, de
2014)
Na verdade. O que vai ser objeto de confisco é propriedade urbana e rual. Se o veículo tivesse
dentro da propriedade, poderia ser e, não um veículo que não tenha qualquer ligação com essa
propriedade.
O ministro Marco Aurélio, que acompanhou o Ministro Ricardo, foram vencidos.
Para prova: Não há de se falar somente em propriedades rurais e urbanas, o veículo pode sim
ser objeto de confisco, não havendo a necessidade de sua utilização de forma habitual no tráfico,
porque o art. 243, §único não criou esse pressuposto da habitualidade. Noutro giro, no julgado, a
minoria entendeu que o §único é acessório do caput que faz referência apenas à ropriedades rurais e
urbanas.
Estatuto da Primeira Infância, lei 13.257 trouxe diversas autorizações, sobretudo quando se
trata da prisão domiciliar.
Diversos casos estão sendo levados ao STJ e STF.
Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só
podendo dela ausentar-se com autorização judicial.
Art. 317, CPP a prisão domiciliar é espécie de cautelar ou uma forma de cumprimento de
prisão preventiva?Adoutrina diverge. Tem quem entenda que seja uma forma de cautelar, com o
fundamento no art. 318 (Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando
o agente for), então não é a mesma coisa de prisão preventiva.
Outra parte da doutrina entende que a prisão domiciliar é uma forma de cumprimento de
prisão preventiva.
Zouk entende que é uma forma de cumprimento da prisão preventiva porque a prisão
domiciliar, muito embora traga em seu bojo qunaod o juiz pode substituir, o fundamento para o
cerceamento de liberdade decorre de outra cautelar. EX: Uma mulher, gestante, vai permanecer
presa preventivamente, mas em casa O fundamento vem da prisão preventiva que o juiz substituiu
pela domiciliar. Além dos requisitos do art. 318, tem que visualizar também os requisitos do art.312.
A lei 13.257 ensejou diversas alterações. Uma alteração importante é referente à prisão
domiciliar.
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:).
I - maior de 80 (oitenta) anos;
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com
deficiência;
IV - gestante; (Basta que seja gestante, não há mais a necessidade de ser 7 meses ou de risco)
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade
incompletos.
Basta que a vítima esteja gestante ou que tenha filho menor de 12 ano?
Foi levado uma situação em sede dde STJ e STTF de uma mulher com filho menor de 12 anos,
e eles entenderam que a substituição da preventiva pela domiciliar não é automática, deve ser
analisado oc aso concreto.
Tem um julgado do STJ de uma mulher com filho de até 12 anos incompletos, que além
responder por tráfico, respondia por associação criminosa também, sendo a chefe. Como foi
caracterizado que ela chefiava, o STJ entendeu pelo indeferimento do HC.
Julgado recente da ª turma do STJ, seguindo STF, analisando um caso de uma mulher
envolvida em associação para o tráfico e foi decretada a preventiva entendnendo que havia
omprometimento da ordem pública devido à possibilidade de reiteração de prática delituosa. A
defesa alegou que não estavam presentes os pressupostos da preventiva e que a mulher tinha um
filho menor de 12 anos com patologia grave e, necessitava de seus cuidados. O STJ entendeu que
haviam pressupostos para preventiva, mas, avaliando o caso concreto, a mulher é primária, possui
bons anteceentes e residência fixa, sendo a conduta um caso isolado na vida da mulher, entendendo
pela reversão da custódia da cautelar em prisão domiciliar. A gravidade do delito, por si só, ou a
periculosidade da ré não impedem a conversão da preventiva em domiciliar, devendo analisar o caso
concreto. Não bastam somente os requisitos do art.318.
HC 134.069/DF (21/06/201) o STF entendeu que a conversão não é automática.
A lei alterou os art.6, 185, 304 e 318.
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva
decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do
querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.
Diz que a preventiva pode ser decretada na fase investigatória e na fase processual.
O juiz, de ofício, só pode decretaar no curso da ação penal. Não pode o juiz decretar de ofício
em sede de investigação. (princípio da imparcialidade).
O art. 311 afasta a síndrome de Dom Casmurro no Processo Penal (juiz investigador).
O juiz pode decretar prisão preventiva fora da fase de instrução processual? A doutrina
menciona que não devido o sistema acusatório. A doutrina traz uma xceção: art. 310:
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art.
312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão (aqui
não tem ainda uma ação penal proposta, sendo então o juiz decretando em sede de investigação).
Doutrina diz que esse inciso II seria manifestação da síndrome de Dom Casmuro e ofenderia o
princípio do acusatório.
O art. 310 entra em conflito com o art. 311.
Os tribunais entendem que é possível o juiz decretar preventiva de ofício mesmo sem a manifestação
do MP (na audiência de custódia, por exemplo).
O art. 311 menciona que o querelante e o assistente podem representar pela preventiva.
Pode representar em sede de investigação? O assistente somente pode ser habilitado quando já tiver
uma instrução processual.
O assistente pode participar de apuração de ato infracional? STJ entende que não!
A prisão preventiva é uma decisão rebus sic standibus? Sim, pois uma vez decretada a
preventiva pode ser modificada. EX: Tício matou Mévio e foi decretada sua preventiva por haver risco
dele deixar o Brasil. O advogado de Tício entrega o passaporte, havendo assim uma mudança nos
fatos, não havendo mais a necessidade da preventva, podendo ser revista e revogada.
O IP também é uma decisão rebus sic standibus (no caso de excludente de ilicitude,
posicionamento do STF por não fazer coisa julgada material).
Art. 310 Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o
fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro
de 1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante
termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação.
EX: Tícia chega à delegacia sendo conduzida pelos policiais com uma faca na mão por ter
acabado de praticar um homicídio. As testemunhas dizem que a vítima subjulgou a vítima com uma
faca para cometer um delito sexual e, Tícia, em legítima defesa deu um golpe em Mévio que vveio a
morrer no local.
Pode o delegado, diante das excludentes de ilicitude, conceder liberdade provisória?
O parágrafo único fala em ‘juiz’ para conceder a liberdade provisória.
A 1ªcorrente diz que o CPP não tem fundamente para possibilitar ao delegado de conceder a
liberdade provisória em legítima defesa, devendo ser verificada pelo juiz.
Uma 2ª corrente entende que é possível, pois, se trata de direito fundamental de ir e vir, não
havendo restrição de liberdade, não podendo submeter essa liberdade provisória a condição
jurisdicional. Em interpretação extensiva, ao ler juiz, estende a autoridade policial também. Essa
corrente entende que a redação não restringe direitos e que o delegado clocando a vítma em
liberdade, está homenageando o direito de ir e vir. (falta uma estrutura do crime, a antijuriciade, não
podendo o delegado lavrar o flagrante).
Zouk não lavra flagrante em situação dessa.
ART. 240 X 241 E 241-A DO ECA X STF ESTJ (20/06/2017)
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo
explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente:
Reprodução é divulgar o que foi criado.
Cena de sexo explícito ou pornográfico: conceito contido no ar. 241-E
Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de sexo explícito ou
pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais
explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins
primordialmente sexuais.
EX: Tício fotografou Mévia, 13 anos, em posição sensuaisl. Tício não tirou a roupa dela.
Pode dizer que configura o art. 240? Não tem atividade sexual e nem exibição de órgãos
genitais de Mévia, Parte da doutrina não enquadra a conduta de Tício nessa conduta para não ferir o
princípio da legalidade (atipicidade do fato).
Posicionamento do STJ é que constitui crime, mesmo sem nudez. O art. 240, quando define
pornografia infantil, ele não é completo, devendo ser interpretado lançando mão da proteção da
criança e adolescente em desenvolvimento peculiar, art. 6. Sendo assim, há incidência do ECA, não só
nos casos de fotografias de crianças nuas, como também quando a nudez não é expressa, desde que
ocorra incontroversa finalidade atividade libidinosa das imagens.
Em uma prova discursiva: De acordo com o princípio da legalidade, não teria como enquadrar
a conduta desse agente que está fotografando a criança em posição sensual, mas de roupa. Noutro
giro, segundo o STJ não há necessidade de ocorrer nudez, basta as fotos com fins libidinosos.
EX: Joana, 12 anos, filha de João é fotografada pelo pai em posição sensual.
O delito demanda dolo específico, tem que ter a finalidade de sexo explícito ou pornográfico.
O STJ entende que deve complementar o art. 241-E com o art. 6 porque ele que traz o
conceito de sexo explícito ou pornográfico. Recurso especial 1543267
Art. 240, §1: Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo
intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas referidas no caput deste artigo, ou ainda quem
com esses contracena.
EX: Tício contracenando com Mévia. Mévia tem 15 anos. Mévia consentiu com o ato. Incide o
art. 240§1.
EX: Tício contracena com Maria, que tem 13 anos. Mesmo Maria consentindo, seu
consentimento não tem valor porque se tem estupro de vulnerável. Tem uma corrente que entende
responder somente pelo estupro de vulnerável; outra corrente entende responder em concurso com
art. 240, §1.
O examinador vai colocar na prova: constitui crime no ECA, vender ou expor a venda ,
fotografia, vídeo ou ouro registro que conteha sexo explícito ou pornográfico envolvendo criança ou
adolescente. OK. Diz também que a pena aumenta de 1/3 se o agente comete o crime prevalecendo
das relações de parentesco consanguíneo ou afim até o 3°. ERRADO, essa causa de aumento faz
referência ao art. 240 e não ao art. 241. O legislador vai colocar as causas de aumento do §2 e colocar
no art. 241. CUIDADO!!! Se o agente vende ou expõe fotografia, ele não fotografou, e é familiar da
vítima: não vai ter aumento de 1/3 porque essa causa de aumento se refere ao art. 240 e não a art.
241!
Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo
explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer
meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que
contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
I - assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou imagens de que
trata o caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
II - assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de computadores às fotografias, cenas ou imagens
de que trata o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
§ 2o As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1o deste artigo são puníveis quando o responsável
legal pela prestação do serviço, oficialmente notificado, deixa de desabilitar o acesso ao conteúdo ilícito de que
trata o caput deste artigo.
O art. 241-A fala da pessoa que transmite à outra pessoa fotos de criança em cena de sexo
explícito ou pornográfica.
EX: Tício publicou em um site fotos de uma criança em cena de sexo explícito ou pornográfica,
praticando o delito do art. 241-A. De quem é a competência para processar e julgar? O art. 109, CF
estabelece que compete à Justiça Federal processar infrações previstas em tratados ou convenções
internacionais em que o Brasil sja signatário (ex: Tráfico internacional; Pornografia e pedofilia). STF:
Se há publicação de foto da criança na rede mundial de computadores, e essa foto pode ser acessada
fora do Brasil, não havendo a necessidade da foto ser visualizada, bastando que seja possível a
visualização. Tem-se o atributo da internacionalidade, sendo competência da Justiça Federal. (R Ext.
628.624/MG).
EX: Tício trocou fotos com Mévio, através o whastapp e facebook. O fato de ele ter utilizado a
rede mundial de computadores, atrai a competência para justiça federal? O STJ se posicionou no
conflito negativo de competência, entendendo que a mensagem trocada pelo ‘whats’, o remetente
escolhe o destinatário, não tendo o atributo da internacionalidade. Em tese, tem a competência da
justiça estadual, muito embora tendo utilizado a internet. A 3ª sessão, no conflito negativo de
competência nº 150.564/MG, julgado em 26/04/2017 entendeu que simples fato de utilizar a
internet não atrai a competência para JF, pois não demanda o atributo da internacionalidade.
Pode-se constatar que se, por exemplo, Tício tivesse trocado essas mensagens com uma
pessoa no exterior, Zouk entende ser JF por ter o atributo da internacionalidade. Para Zouk, o julgado
se posicionou diferente orque o destinatário da mensagem estava no Brasil.
EX: TA polícia está investigando Tício. O inquérito identificou que Tício estava mandando
mensagem para Mévio. As investigações continuaram, foram proszidas provas, inclusive uma busca e
apreensão deferida pela justiça estadual. Mais na frente, descobriu-se que ele enviava para Mévio e
Mévio mandava para um estrangeiro. Havia então um concurso de pessoas. Essas provas produzidas
por juiz estadual são válidas? (juiz estadual descobriu que não era competente). SIM, são válidas.
Aplica-se a teoria do juízo aparente, pois, no início da investigação o juiz aparentava competência.
O legisladorpode dizer: constitui crime no ECA, aliciar, assediar, mitigar ou constranger por
qualquer meio de comunicação, criança e adolescente com fim de com ela praticar ato libidinoso.
Você vai achar que isso foi lido no ECA realmente pois, o ECA sempre utiliza a palavra criança e
adolescente, MAS no srt. 241 menciona somente CRIANÇA.
A conduta do ator foi enquadrada como desacato, resistência e dano ao patrimônio público.
Zouk já tratou do desacato e do dano.
Revisão rápida do delito de dano, abordando os principais pontos.
Dano
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Art. 62, §ú (lei 9605): Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano:
A pichação caracteriza o crime de dano quando recai em monumento urbano. EX: Tício vai a
uma área de fazenda e pixa. Configura dano e não crime ambiental, pois a edificação é rual e não se
fala em crme ambiental. Se falar em veículo, veículo não é monumento, então configura-se o dano e
não crime ambiental.
Imóvel rural é dano e não crime ambiental; veículo também não é monumento.
- O caso de danificação de celas para fuga de preso:
O art. 352 trata da evazão mediante violência contra pessoa.
Utilizar violência contra coisa, provocando um dano contra a cela, tem dois osicionamentos:
- STF: há a figura do dano qualificado, pois, é dispensável a finalidade do agente prejudicar o
patrimônio alheio, bastando a destrição ou deterioração da coisa. EX: Tício quebrou a cela para fugir,
para o STF vai responder por dano qualificado.
- STJ: se o agente tinha a finalidade de fugir e acabou danificando a cela, não tem o dano
qualificado configurado-> o fato é atípico porque a violência foi em relação à coisa e não contra a
pessoa e o dano provocado foi para a fuga. Não há finalidade de causar prejuízo a patrimônio de
outrem. Para ter dano o gente não pode ter a intenção de fugir; se ele tem a intenção de fugir, não
tem o dano configurado.
Art. 163,
I - com violência à pessoa ou grave ameaça;
II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave
III - contra o patrimônio da União, de Estado ou de Município;
III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou
sociedade de economia mista;
IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima:
Dano simples a ação é panl privada; dano qualificado (I, II e III), a ação penal ´pública e
incondicionada.
Analisando o art. 331, o agente ofende o funcionário público querendo menosprezar a sua
função.
Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente
para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.
O art. 329 fala da resistência passiva. EX: Se o ator tivesse se jogado no chão ou tivesse se
agarrado no psote dizendo que não ia; o fato ia ser atípico porque a resistência é passiva.
Caso concreto:
Fábio teria se metido em uma confusão, discutido com populares e começou a ofender os
olíciais. Se ofendeu os policiais no exercício da função, cometeu desacato. Comentendo desacato, os
policiais, no estrito cumprimento do dever legal, deram voz de prisão e realizaram a prisão captura.
Com a prisão captura, Fábio começou a forçar para soltar-se, tendo resistência ativa, configurando o
crime de resistência.
Já dentro da viatura, Fábio danificou a viatura. Viatura é bem público.
Fato chega ao delegado. Delegado tem que analisar os vários crimes.
Vamos supor que só tinham os crimes de desacato e resistência, ambos crimes de menor
potencial ofensivo, o delegado tem que somar as penas, o que ultrapassa os dois anos, tendo que
lavrar o auto de prisão em flagrante. Depois o delegado verifica se é possível arbitrar fiança (não
ultrapassando 4 anos).
Não é o que ocorre na prática, devido a grande demanda de flagrantes por dia. O que se faz é
o TCO, pois não somam as penas dos crimes de menor potencial ofensivo.
Para a prova: Somam-se as penas dos crimes de menor potencial ofensivo e realiza o auto de
prisão em flagrante.
EX: O Fábio tivesse lesionado uma vítima qualquer e junto com ela fosse levado à delegacia. A
vítima na delegacia não representa pelo delito de lesão corporal (ação penal pública condicionada de
regra geral e incondicionada se for no âmbito doméstico). O delegado pode lavrar um TCO se a vítima
não representar a lesão corporal? Em IP o delegado precisa da representação da vítima, pois, é uma
condição de procedibilidade, mas, a lei 9099 não diz que lavratura de TCO e condicionada ao tratar
de crimes de ação penal pública condicionada a representação (ler art. 69 da lei 9099). Lavratura de
TCO não se submete a condição de procedibilidade.
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o
encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos
exames periciais necessários.
Ase não tem provas para dizer que fulano deu causa á lesão, mesmo assim tem que lavrar o
TCO e encamihar autor e vítima para o judiciário.
EX: Tício, menor, ameaçou a Mévia, e foi levado a delegacia da criança e do adolescente.
Mévia não quis representar. Pode o delegado lavrar o TCO por Tício ter cometido ato infracional
análogo ao crime de ameaça? Sim, não interessa se o ato é análogo a um crime e que o
procedimento submete á ação penal privada ou ação penal pública condicionada; sempre vai ser
instaurado. Na justiça infância e juventude há o princípio da proteção do menor e no estado em
apurar esse fato.
EX: O Fábio Assunção passou pela viatura da PM do DF e com intenção, deu um soco na
viatura, danificando-a. a PM/DF. O fato foi levado a degelgacia, qual o procedimento? Em tese, teria
o dano qualificado pela destruição da viatura.
STJ: Dano ao patrimônio público do DF é dano simples, não cabendo APF e sim TCO (dano
simples pena não superior a 6 meses).
Art. 163, no inciso III não traz o DF, e como o direito enal adota o princípio da legalidade, o STJ
diz que o dano ao patrimônio do DF é simples (HC 154.051-DF de 04/12/2012). Lado outro, TJ/DF,
numa interpretação teleológica, o código quis proteger o bem público, não importando de onde é,
até mesmo porque o código é da década de 40 e o DF foi criado depois.
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Dano qualificado
Parágrafo único - Se o crime é cometido:
III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou
sociedade de economia mista;
EX: Sendo advogada no DF, o cliente foi preso pela prática de dano qualificado por ter
quebrado a viatura da PM. O delegado entendeu pela comcepção do TJ/DF e o cliente encontra-se
preso em flagrante. Cliente não tem dinheiro para pagar fiança. A advogada, antes de entrar com
pedido de liberdade provisória, tem que entrar com pedido de relaxamento da prisão com bse no
julgado do STJ.
Situação: indivíduo praticou um delito e se evadido do local. Foi perseguido por PMS e na
tentativa de se furtar da ação, entrou na residência dele. Os PM’s entrram também para prendê-lo. A
questão perguntava se os policiais podiam entrar na residência. CESP no gabarito informou que não!
Quando se tem o flagrante róprio, temos duas correntes:
- Minoritária etende que policiais não podem entrar, buscando como fundamento o art. 150
(violação em domicílio), e no §3 tem as excludentes e no inciso II diz que o crime teria que está
sendo rpatcado no momento da entrada na casa para configurar o flagrante próprio. Foi essa
corrente adotada pela CESP
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou
tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
§ 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências:
I - durante o dia, com observância das formalidades legais (faz referência ao mandato de prisão e
não a situação de perseguição), para efetuar prisão ou outra diligência;
II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na iminência de
o ser. (o crime tem que está sendo rpaaticado dentro da residência)
O mandato judicial de prisão só pode ser cumprido durante o dia no caso em que a pessoa se
encontra dentro da sua residência, estando o infrator em via pública, o mandato pode ser cumprido a
qualquer hora.
- Majoritária entende que a pirâmide de Kelsen vê a carta magna acima da legislação
infraconstitucional e na CF há ossibilidade da relativização da inviolabilidade do domicílio quando do
cumprimento de mandato judicial durante o dia e faz referência que também é possível na situação
de flagrante delito, sem mencionar se, próprio ou impróprio.
Art. 5, XXXIX positivado o princípio da estrita legalidade. Nesse artigo tem o prncpio da
reserva legal ou estrita leglidade e o da anterioridade.
Nas provas verificamos esse princípio com o nome de princípio da legalidade. A doutrina
critica e utiliza o termo princípio da reserva legal ou estrita legalidade, pois legalidade faz referência
as espécies normativas constantes no art. 59.
Numa prova múltipla escolha, pode marcar entre as alternativas a que menciona princípio da
reserva legal ou da estrita legalidade e não marcar princípio da legalidade. Se a questão traz princípio
da legalidade e não tem nenhuma das utras alternativas, ai marca essa.
Na prova discursiva é para dizer que a dotrina critica o uso da legalidade fazendo referência a
necessidade de uma lei para dar roupagem criminosa a uma conduta, porque a legalidade então
estaria ligada ao art. 59, CF que traz em seu bojo as diversas espécies normativas, entre elas, medida
provisória e resolução, que não podem tratar de matéira penal, como regra (somente se a matéria
penal for mais benéfica é que a MP pode tratar de matéria penal).
A retroatividade da lei penal benéfica navega na órbita da aplicabilidade da lei penal no
tempo, direito intertemporal.
Norma incriminadora há necessidade de ter sido instituído através de uma lei em sentido
estrito, ou seja, essa lei tem que decorrer necessariamente da União.
Quando uma lei entra em vigor, regulará os fatos que ocorrerem durante a sua vigência.
Lei penal quando entra em vigor vai produzir efeitos até outra le vir a revoga-la, expressa ou
tacitamente. A revogação pode ser total (ab-rogação) ou parcial (derrogação).
Lei quando entra em vigor e começa a produzir efeitos, só pode ser revogada mediante
publicação de uma nova lei, devido princípio da continuidade das leis penais.
Quando diz que há necessidade para que uma lei venha parar de produzir efeitos e seja
retirada do ordenamento, há necessidade de outra lei posterior tratando do tema diferente ou essa
lei expressamente revogue a lei anterior, começa a enxergar que não existe possibilidade de
costumes revogarem lei penal. Costumes, muito embora figurem como fonte formal mediata, só
pode ser utilizados se de acordo com a lei.
Uma lei quando entra em vigor pode trazer em seu bojo um conteúdo benéfico, EX: alei 8072,
pois inicialmente, quem praticava crime equiparado a hediondo cumpria em regime integralmente
fechado e, hj, o STF entende que não há essa obrigatoriedade. Essa lei que alterou os crimes
hediondos é uma lei penal benéfica.
Ua lei benéfica vai retroagir, em homenagem ao princípio da retroatividade.
Uma lei que não tenha conteúdo mais benéfico,é uma noacio legis in pejus, e não retroage.
A lei penal quando publicada, produz efeitos para diante. Mas há excepcionalidades: se for
uma lei penal benéfica, estará revestida da extratividade, e a lei vai retroagir, ou ser ultraiva (ainda
que revogada, se aplica ao fato).
Se a lei penal benéfica pode ser ultrativa, essa lei se prende ao fato (efeito carrapato da lei
penal). Aplica-se a lei ainda que revogada.
EX: Lei A está em vigência e a lei B, uma novatio legis in mellius, entra em vigência. Lei B se
encontra em eríodo de vacatio. Tìcio é julgado qunado a lei B já exisia, mas estava no período de
vacation. Essa lei B pode ser aplicada? Temos duas correntes:
1ª O princípio da retroatividade fala que ‘lei’ benéfica se aplica, e a lei B é lei, logo, é aplicável.
2ª STF entende que lei que se encotra na vacatio ainda não roduz efeitos, não podendo ser
aplicada, ainda que benéfica.
EX: Tício praticou homicídio simples (pena 6 a 20 anos) no dia 10/07/2016. No dia 15/09/2017
começou a viger uma lei passando as ser a pena do homi´cidio de 5 a 15 anos, portanto, sendo mais
benéfica. No dia 20/12/2017 saiu nova lei dizendo que a pena passou a ser de 10 a 20 anos. Quando
essa última lei saiu, Tìcio estava sendo julgado. Temos uma lei intermediária que durante sua vigência
não ocorreu os fatos e nem o julgamento. A lei intermediária é mais favorável, pelo fato de ser mais
benéfica, não interessa se fatos ou julgamentos ocorreram ‘fora’ dessa lei, é ela que será aplicada.
EX: Tício, primário, bons antecedentes, praticou tráfico na vigência da lei 6368. Nessa época,
ele foi condenado quando tinha uma pena de 3 a 15 anos (não teve a diminuição de pena porque na
época não existia a causa de diminuição). Em 2006 saiu a lei 11.343 tratando do tráfico, revogando a
lei 6368. Nessa nova lei a pena do tráfico foi aumentada e foi criada uma causa de diminuição de
pensa (ou seja, essa lei é mais benéfica quando trata da causa de diminuição e, maléfica quando
aumenta a pena do tráfico). Será possível pegar o §4 da lei nova (causa de diminuição) e combinar
com o caput da lei antiga? Duas correntes:
1ª É possível, art. 2 §único menciona lei posterior que ‘de qualquer modo’... Se pode retroagir
a lei toda, porque não poderia retroagir somente uma parte?
2ª STF e STJ Dizem que não é possível a combinação de leis.
A 6ª turma do STJ entendia pela possibilidade da combinação de leis, porém a 3 sessão
pascificou a divergência entre a 5ª e 6ª turma, entendendo que não há possibilidade, que a lei pode
até retroagri, mas na sua integralidade, ou o juiz vai esá criando uma nova lei ( a função d juiz é julgar
e, não criar lei).
-No art. 2° tem o abolitio criminis que é uma causa extintiva da punibilidade. Constituiria uma
novatio legis in mellius? Não, pois apenas exclui a roupagem criminosa de uma conduta como crime e
não compara com outra norma.
Na abolitio retira os efeitos penais, mas permanecem os efeitos civis (obrigação de reparar o
dano).
Na abolitio não basta a revogação formal, tem que ter também a revogação material.
PRISÃO PREVENTIVA- EXCESSO DE PRAZO X SÚMULAS 21 E 52 (07/07/2017)
Súmula 21/STJ - 08/03/2017. Pronúncia. Constrangimento ilegal. Excesso de prazo. Superação. CPP,
art. 408, § 1º. Lei 5.941/73.
Pronunciado o réu, fica superada a alegação do constrangimento ilegal da prisão por excesso de prazo
na instrução.
A Súmula 52/ STJ: Segundo a qual, "encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de
constrangimento ilegal por excesso de prazo".
Analisando a súmula 21, não haveria justa causa numa ação de HC para considerar essa prisão
ilegal, porque a súmula diz que depois de pronunciado não pode alegar excesso de prazo.
A súmula 52 também traz que, encerrada a instrução, não será mais possível.
O excesso de prazo pode decorrer de ato exclusivo da defesa (súmula 64), o que não irá
configurar o constrangimento ilegal.
Súmula 64/STJ: Não constitui constrangimento ilegal o excesso de prazo na instrução, provocado pela
defesa.
A lei 8072 quando entrou vigor trouxe algumas alterações. A lei manifestou uma maior
preocupação ao tratamento penal àqueles que praticavam crimes hediondos. Quando a lei ntrou em
vigor, o regime era integralmente fechado, e lançando mão do princípio de individualização da pena,
ocorreu uma alteração legislativa, passando o início da pena ao regime fechado e possibilitando a
progressão de regime. Hoje, o STFI entendeu como inconstitucional a obrigatoriedade de iniciar no
regime fechado.
A 1ª turma do STF deu uma decisão, em relação à lei de tortura, entendendo que no crime de
tortura deve iniciar no regime fechado.
A lei 8072 com espírito mais gravoso a quem comete crime hediondo, alterou o art. 83 do CP:
Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de
liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que:
I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e
tiver bons antecedentes;
II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso;
III - comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho
no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho
honesto;
IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração;
V - cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo,
prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo, se o
apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. (Incluído pela Lei nº 13.344, de
2016)
Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave
ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições
pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinqüir.
- No tráfico de drogas, há a necessidade (por força do art. 50, §1), para fins de lavratratura do
auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo de
constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por
pessoa idônea. Laudo preliminar para lavratura do flagrante e, via de regra, necessita de laudo
definitivo para condenação. É possível uma pessoa ser condenada com base apenas em laudo
preliminar?
O laudo preliminar pode ser firmado por perito oficial ou por pessoa idonêa. O STJ entende
que se o laudo preliminar for assinado por perito criminal, e a droga for de fácil identificação, é
possível a condenação.
- Tício foi condenado pelo art. 33 e 35 da lei de drogas. É possível a incidência da causa de
diminuição de pena?
O art. 35, associação, quer dizer que Tìcio integra associação criminosa, não tendo direito ao
benefício da causa de diminuição.
O art. 35 é associação de duas ou mais pessoas. A pessoa que está associada se dedica a
tividade criminosa, tem habitualidade no tráfico.
Art. 35 não convive com o art. 33, §4.
O art. 35 convive com o caput do art. 33
Agente pode responder por associação de tráfico e ter diminuição d epena? Não, há
incoerência.
O art. 33 é um tipo penal de conteúdo variado. Tem o verbo importar e exportar. Quem
importa ou exporta comete tráfico, e tem pena de 5 a 15 anos. No art. 40 usa o verbo importar ou
exportar para aumentar a pena de1/6 a 2/3. Não seria bis in iden, considerando que já tem esses
verbos no art. 33? O art. 33 tem escala penal própria. O que eveidencia a transnacionalidade do
delito é importar ou exportar. STJ entende que não há bis in iden na aplicação do aumento de pena
pela transnacionalidade com as condutas de importar e epotar previstas no art. 33, pelo simples de o
agente trazer consigo a droga já configura atipicidade formal do delito.
O mesmo entendia o STF quando falava da fraude em certame público, antes de ser tipificado.
Analogia in buona aprtem: aborto sentimental, humanitário- art. 128, II. O aborto teria que
ser praticado por médico, ser decorrente de estupro e ocorrer o consentimento da vítima ou de ser
representante. O art. fala que isso ocorre se a gravidez resulta de estupro, não mencionando o
vulnerável. A doutrina aponta que com aplicação da analogia in buona parten, aplica-se a excludente
do art. 128, II ao médico que faz o aborto em vítima de estupro de vulnerável.
EX: Tício quer adquirir uma arma de fogo e compra essa arma sabendo que é produto de
crime. A doutrina diz que responde por porte ilegal de arma de fogo, aplicando o princípio da
especiabilidade. STJ: entende que são bens jurídicos distintos, na receptação (patrimônio protegido)
e na aquisição de arma de fogo (bem jurídico é a paz pública), praticando dois crimes distintos em
concurso formal de crime.
A doutrina entende que se aplica o princípio da especialidade e seria concurso formal
impróprio; dolos distintos.
EX: Tìcio está querendo comprar uma arma de fogo o e soube que Mévio (imputável) furtou
uma arma e está vendendo. Tìcio compra o veículo de Mévio. A aquisicação de veículo subtráido por
um inimputável caracteriza a receptação?
Quando se raciocina dentro da órbita finalista o conceito analítico de crim como crime sendo
fato típico, antijurídico e culpável ou o crime é fato típico, antijurídico e a culpabilidade sendo é
pressuposto da pena. Para o finalismo o dolo e a culpa estão alocados no fato típico. Se adoto o
conceito tripartido, como pode ter uma receptação, considerando que o louco não consegue
entender o caráter ilícito do fato? Tem que dizer que no momento da subtração da coisa ele tem que
ser considerado imputável. Louco não pratica crime e Tício não teria praticado receptação, pois, falta
um elemento do crime (culpabilidade) para Mévio. Atenção: art. 180,§4 diz que é crime mesmo que
isento de pena o autor do crime.
A doutrina diz que o CP adotou o conceito tripartido de crime, mas diversos dispositivos levam
a acreditar que o CP adota o conceito bipartido (art. 180, §4 é aquela pessoa que praticou sendo o
crime fato típio e antijurídico).
O conceito quadripartico: crime é fato típico, antijurídico, culpável e punível. Ou seja, um
crime que se encontra prescrito perde a roupagem de conduta criminosa.
Art. 180, §4 responde por receptação ainda que desconhecido ou isente o autor do crime.
- Atos infracionais:
EX: Tício, menor, furtou arma de fogo e Mévio adquiriu essa arma. Ato infracional também
caracteriza crime de receptação.
Muito embora entanda-se que retirando a culpabilidade não teria o crime, aquele que adquire
a arma de um louco, entra na receptação.
Aquisição de arma de fogo produto de crime configura porte ilegal de arma de fogo no verbo
adquirir ou receptação e porte ilegal de arma de fogo? Temos dois posicionamentos:
1º A doutrina entende pelo princípio da especialidade, ou seja, o agente responde apenas
pelo delito de porte ilegal de arma de fogo. Art. tem tipo misto alternativo de condutas múltiplas.
2ª STJ o agente comete dois crimes: contra o patrimônio (receptação) e crime do estatuto do
desarmamento (art. 14 e 16), pois temos bens jurpidicos distintos: patrimônio e paz social.
- Se um louco subtrai arma de fogo e vende para Tício. Tício compra a arma sabendo que se
trata de produto de crime, é receptação? Se adotar o conceito analítico de crime majoritário, como
fato típico, antijurídico e culpável, é arricado errar a questão, pois, o louco não praticaria crime (falta
a culpabilidade) por faltar a estrutura de um elemento da estrutura do crime. Com esse raciocínio,
Tício não poderia responder por receptação.
O CP dá indícios que o conceito analítico de crime adotado é o conceito bipartido, sendo fato
típico e antijurídico (art. 180, §4).
A doutrina majoritária entende que foi adotado o conceito tripartido.
Se Tício adquire arma de fogo de um louco, tem materializado a receptação.
Conceio tripartido: culpabilidade faz parte da estrutura do crime, logo, se praticado por um
louco não pode dizer ser crime.
O art. 180, §4 fala que a receptação é punível ainda que isento ou desconhecido autor de
CRIME. Ou seja, crime é fato típico e antijurídico, sendo conceito bipartido.
Imputabilidade faz parte da culpabilidade. Numa concepção finalista, dolo e culpa estão no
fato típico (tem o que se chama de culpabilidade vazia, por ter deslocado dolo e culp para o fato
típico). Finalismo tem o dolo neutro.
O furto e roubo são crimes contra o patrimônio. No furto tem a forma simples e a qualificada.
Considerando maior reprovabilidade da pessoa para furtar, ela distrói ou rompe obstáculos ou lança
mão do abuso de confiança, ou fraud, ou até mesmo usa uma chave falsa ou age em concurso de
pessoas, o legislador estabeleceu uma escala penal diferenciada.
Furto
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a
pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de
multa.
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor
econômico.
Furto qualificado
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
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Uma das qualificadoras do furto, onde tem a esclaa penal de 2 a 8 anos, é quando o frto é
praticado mediante concurso de duas ou mais pessoas. O roubo tabém, por sua vez, quando
praticado em determinadas circunstâncias (Ex: subtrai a oisa mediante violência ou grave ameaça;
mantém a vítima em seu poder restringindo sua liberdade) o legislador deu um tratamento mais
severo, aumentando a pena.
No furto em escala penal própria de odobro da pena quando praticado em concurso; no
roubo mediante concurso, tem apenas uma causa de aumento. Não ofende o princípio da
proporcionalidade? Considerando que o roubo é uma subtração do patrimônio e considerando a
violência ou grave ameaça, sendo a conduta mais reprovável do que a do furto, não poderia puxar a
causa de aumento do roubo e aplicar no furto, ou seja, aumentar a pena do furto simples de 1/3 até
a ½, considerando que é uma conduta menos reprovável do que a do roubo?Não podia lançar mão da
analogia in buona parten?
Uma 1ª corrente entende que poderia, ou seja, no lugar de lançar mão da escala penal de 2 a
8 anos no furto qualificado, puxar apenas a majorante (aumenta-se d 1/3 até a 1/2 e considera o
furto simples).
Uma 2ª corrente entende que não pode: o roubo é uma conduta mais reprovável do que o
furto, mas o legislador já deu tratamento diferenciado. A diferença do furto qualificado para o furto
simples é de um ano e o roubo, a pena mínima é de 4 a 10 anos e tem a causa de aumento. Veja que
a pena mínima do roubo simples é uma pena alta; e quando vai se tratar das causas de aumento já
tem um aumento expressivo (1/3 até a 1/2). Se considerar a pena mínima do roubo simples e quando
circunstanciado tem essa causa de aumento, estria dando tratamento diferenciado,não havendo em
falar em princípio da proporcionalidade. Tem outro fundamento, também estaria tratando de forma
diferente as outras pessoas que teriam praticado furto qualificado em outras circunstâncias que não
o concurso de pessoas.
Essa corrente também diz que não há de se falar em analogia porque não há lacuna na lei.
Existe escala penal; existe preceito secundário, não havendo em se falar em norma penal em branvo
ao revés.
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.
EX: Tício praticou homicídio em face do presidente da república lá fora. Tício foi condenado a
1 anos aqui no Brasil e nos EUA a 10 anos.
Tem que conhecer a lei de segurança nacional (7170/83), nos art. 26 e 29:
Art. 26 - Caluniar ou difamar o Presidente da República, o do Senado Federal, o da Câmara dos
Deputados ou o do Supremo Tribunal Federal, imputando-lhes fato definido como crime ou fato
ofensivo à reputação.
Pena: reclusão, de 1 a 4 anos.
O fato de Tício ter sido condenado duas vezes, no Brasil e nos EUA, não ofende o princípio d
bis in iden? Para não ofender o princípio, o legislador projetou na lei o art. 8 que trata da detração
penal.
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
Tendo cumprido 10 anos nos EUA, tendo as penas diversas, tem que subtrair as penas. Tício
vai cumprir no Brasil 5 anos de pena.
EX: Tício praticou tráfico de drogas e foi condenado nos EUA por 6 anos de reclusão; no Brasil
ele pegou 10 anos de reclusão. Tendo cumprido 6 anos nos EUA, quanto tempo ele vai ter que
cumprir no Brasil? Sò se aplica a detração nos casos de xtraterritorialidade incondicionada (inciso I), e
não é o caso do tráfico de drogas. Ao analisar o inciso II (extraterritorialidade CONDICIONADA),
encontra-se o tráfico (os crimes que que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir),
tendo que aplicar o §2. Não se aplica a detração!
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes
condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a
punibilidade, segundo a lei mais favorável.
EX: Tício subtraiu a carteira do presidente em um hotel na Argentina. É extraterritorialidade
condicionada, pois roubo é crime contra o patrimônio e não está entre os casos da
extraterritorialidade incondicionada.
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender
quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
Esse art. dá legitimidade do exercício do direito de efetuar uma prisão. É facultado ao cidadão,
agir ou não, em situação flagrancial. É o flagrante facultativo. Noutro giro, as autoridades policiais
deverão prender (flagrante compulsório).
A primeira parte do art. ‘qualquer do povo poderá’, visuaiza-se o exercício regular de direito.
Quando uma pessoa do povo realiza a prisão de alguém, restringindo a liberdade desse alguém,não
há de se falar em constrangimento ilegal porque há uma excludente (exercício regular do direito). AO
tratar das autoridades, tem outra excludente: estrito cumprimento do dever legal.
OBS: Para Zaffaroni não há de se falar em excludente, pois, numa visão de tipicidade
conglbante há uma incoerência quando àquele que age atendendo um comando legal, ter sua
conduta considerada típica. Um funcionário do Estado que está agindo de acordo com mandamento
legal não pod ser considerado fato típico.
A restrição de direitos, via de regra, demanda uma ordem judicial. Quando se trata do
exercício regular do direito e qualquer do povo realiza a prisão de um particular, ele está no que se
chama de ‘ atuação pro magistratu’, ele age como se magistrado fosse.
Alguns doutrinadores criam espécies de exercício reular do direito e uma das espécias sera a
atuação pro magistratu e o direito ao castigo (pai que corrige o filho).
Cuidado que o exercício regular do direito do pai que castiga o filho é possível, mas não pdoe
ter excesso, sob ena de configurar agressão injusta e ensejar a legítima defesa do filho.
Para o STJ, o tráfico é crime de ação múltipla e a prática de um dos verbos do tipo é suficiente
para a consumação da infração sendo prescindível a intuição de vendas do entorpecete. EX: Se Tício
adquiriu a droga para tráfico (dolo), não há a necessidade que ele venha a realizar a venda.
Laudo preliminar: art. 50,§1: necessidade do laudo preliminar para lavratura do flagrante.
§1º: Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da
materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga,
firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea.
- Pode ter condenação baseada em laudo preliminar? STJ entende que laudo preliminar é
questão de procedibilidade para o desenvolvimento da relação processual. Entende que o laudo
definitivo e a regra, mas que excepcionalemnte pode ser condenado com laudo preliminar quando
for assinado por perito oficial e a droga for de fácil identificação. (não pode o laudo ser assinado por
pessoa idônea). Embargos de divergência 1544057/RJ.
- Menor na associação:
O menor, para configurar associação e para implicação da causa de aumento do art. 40, VI,
seria bis in idem?
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois
terços, se:
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por
qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação;
STJ entede que são delitos autônomos, respondendo por associação E por tráfico com a causa
de aumento.
- Transnacionalidade de drogas:
EX: Tício está em SP e vai levar a droga para ser vendida nos EUA. Em SP ele foi abordado, não
chegando a embarcar. Há necessidade de transposiçãl de fronteiras? STJ entende que não, basta
configurar a intenção da venda e que o desino era para os EUA, sendo competência da justiça federal.
Se a droga está saindo de outro país e entrando aqui no Brasil a competência é do local de
apreensão da droga.
EX: Tício mora no DF e comprou uma droga para tráico que vem dos EUA. A droga chegou em
SP atravessando o estado de MG. O fato de a droga ter atravessado por MG vai incidir no tráfico
internacional a causa de aumento do tráfico interestadual? Se a transposição de fronteira foi
puramente geográfica qundo do território brasileiro, tem somente tráfico internacional (para incidir o
tráfico interestadual há a necessidade da pulverização da droga).
EX: Tício mora no DF e comprou uma droga para tráico que vem dos EUA. A droga chegou em
SP e Tício vende em MG até chegar ao DF. Aqui, configura as duas causas de aumento, tráfico
internacional e aumento do tráfico interestadual.
OBS: quando se tem duas causas de aumento, aplica-se uma e a outra é considerada na
dosimetria da pena. NÃO é concurso material de crimes!!!
- Princípio da insignificância:
-> Em face do tráfico: STJ e STF entendem que não é possível aplicar.
-> Em face do uso: STJ entende que não é possível. STF emtemde que é possível.
- Crimes hediondos:
Foi declarado inconstitucional o art. 2, §1 que declarava ter que iniciar no regime fechado,
porque ofende o princípio da individualização da pena e da dignidade da pessoa humana, como
também a separação dos poderes.
- Tortura:
STJ: pode iniciar em outro regiem que não seja o fechado.
STF: tem precedente de 2016 onde entendeu quando for tortura, deve iniciar no regime
fechado.
- STJ entende que para o crime de associação ao tráfico é imprescindívelo dolo de se associar
com estabilidade e permanê ncia.
Art 35 é um crime de consumação antecipada, de resultado cortado. Se se associou não tem a
necessidade que venha a vender a droga; se vender responde por 35 e 33.
EX: Tício chama Mévio para vender uma droga que recebeu, somente naquele dia. Configura
somente o concurso de pessoa no tráfico. Teoria Monista, art. 29.
Pode ter um partícipe respondendo com pena maior em relação ao autor. EX: João, partícipe,
tem a ficha criminal extensa e se junta a José, que praticou a conduta principal, mas é a primeira vez
que está no crime. Esse partícipe pode receber pena maior, pois concorre na medida da sua
culpabilidade (culpabilidade do fato).
Concurso de pessoa não configura causa de aumento. Pode ter uma situação de concurso que
enseja causa de aumento: quando no tráfico envolve menor.
Associação não é tráico. Raciocinando com crimes hediondos, tem a exigência do
cumprimento de 2/3 da pena para o livramento condicional para crime de tráfico. Se associação não
é tráfico, tem que seguir as regras do CP para concessão do livramento? STJ: diz que tem que, muito
embora associação não seja tráfico, o art.44, §ú da lei 11.343 diz que os crimes do art. 34 a 37 da lei
tem que cumprir 2/3 da pena para obter o livramento condicional, ou seja, tem seguir o que
determina a lei especial, 11.343.
- Quantidade da droga:
STJ: A quantidade da droga pode indicar atividade criminosa e afastar o privilégio; para o STF,
a quantidade por si só não indica dedicação a atividade criminosa.
- Disk droga: aquisição de droga por telefone configura tráfico consumado, não hpa
necessidade do recebimento.
-Ônus da prova:
STJ: entende que o ônus da prova de que a droga é para tráfico e não para uso, recai sobre o
MP.
EX: Tício construiu uma farmácia para vender remédios, que estão inseridos na portaria da
Anvisa, falsificados. Responde por tráfico ou pelo art. 273? STJ: enentende que configura o art. 273,
CP e não vai para lei de drogas.
-Participação do menor:
EX: Tício praticou tráfico com Mèvio, menor. Responde pelo tráfico e por corrupção de
menores?
STJ entende que não.
Caso o delito configurado entre os art. 33 e 37, e seja praticado por menor, agente responde
por tráfico com causa de aumento e não por corrupção de menores.
Havendo uma estabilidade, pode ser usado o menor para que configure a associação.
FURTO ADULTERAÇÃO DE SINAL MEDIDOR DE ENERGIA - DOUTRINA X STJ (27/07/2017)
Tício em 2012, querendo pagar menos energia, promoveu a adulteração do medidor, dando
um prejuízo à concessionária de 14 mil reais. MP entendeu que ao adulterar o medidor de energia,
Tício induziu o funcionário a erro quando ia aferir o medidor mensalemente e essa conduta se
enquadra no art. 171. A defesa alegou que antes da propositura da ação penal, Tício havia pagado o
que devia, vislumbrando somente o ilícito civil. Por ser o dirieto penal subisidiário, há possibilidade
de analogia in buona partem com a prática do crime tributário, extinguindo a punibilidade. A defesa
apresentou essa tese com o intuito de trancamento da ação penal.
TJ de Santa Catarina entendeu que não haveria possibilidade de aplicação da insignificância,
considerando que o valor tinha sido de 14.000,00; a lei 9249 trata de tributo e não de preço público,
não podendo falar de analogia porque não há lacuna; que está configurado o delito de estelionato. O
TJ negou o trancamento da ação penal, dando razão ao juiz de piso.
A defesa fez um recurso ordinário para o STJ, que entendeu que o ressarcimento do preço
público em razão a subração de energia elétrica, antes do recebimento da cdenúncia acarreta
extinção de punibilidade em homenagem ao princípio da isonomia e da subsidiariedade do direito
penal; acolhendo a tese da defesa.
Adulteração do sinal medidor que o MP denunciou como estelionato, para o STJ, se realizou o
pagamento antes do oferecimento da denúncia, não há justa causa.
Pedra de toque 1: pagamento do preço público antes do oferecimento ou antes do
recebimento da denúncia, tem a extinção de punibilidade.
Pedra de toque 2: STJ entendeu que adulteração do medidor é furto mediante fraude e não
estelionato. A doutrina entende como estelionato. HC 62437/SC (julho de 2016).
Cuidado, pois, se for analisar alguns casos tecnicamente não cai e furto mediante fraude. EX:
Tício chegou na concessionária querendo comprar um veículo (‘caô’). Tício, já com dolus malus,
apresenta uma identidade falsa. Ao realizar o test drive, e leva o carro. Analisando tecnicamente, ao
apresentar a identidade, o funcionário entregou o carro à Tício (o que caracteriza o estelionato). Já
no que se refere a energia, a concessionária não entregou a energia, teve o furto.
Dependendo do modos operante, no test drive pode ter furto ou estelionato. EX: Tício vai
fazer o test drive e sai junto com o vendedor, no meio do caminho diz que o pneu furou e pede que
ele vá conferir, saindo e deixando ele na rua. Aqui se tem o furto mediante fraude.
STJ, seguindo a política criminal, tem entendido test drive tudo como furto mediante fraude
porque as seguradoras não cobrem o estelionato.
No test drive pode ter também a apropriação indébita. EX: Tício chega na concessionária para
realização do test. Entrega seus documentos verdadeiros. Durante o test, Tício se empolga com o
carro e decice não devolvê-lo.
Equipara-se a coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
STJ sustentou durante muit tempo que subtração de sinal a cabo seria subtração de energia.
Assim entendia Nucci.
STF e Bittencurt, energia é o que se esgta e sinal a cabo não pdoe ser energia.
Recentemente o STJ mudou de entendimento que o furto de sinal a cabo não caracteriza
furto, mas irá configurar o delito do art. 35 d a lei 8977/95. Ao chegar nesse tipo penal, ele não tem
preceito secundário (norma penal em branco).
- Sêmem pode figurar como objeto de furto? A doutrina adota que seria forma de energia
genética, podendo sim ser objeto de furto.
Quando da desistência voluntária (DV), tem o início dos atos executórios? Sim.
Quando da DV, o resultado não ocorre por desejo próprio do agente. DV é fomra de tentativa
abandonada. Na DV, tecnincamente não tem uma tentativa (porque na tentativa não ocorre por
vontade alheia do agente) e na DV não ocorrepor vontade do agente, respondendo ele por isso por
todos os atos praticados. A doutrina chama de entativa abandonada (porque ele abandonou o que
estava fazendo).
Quando há esgotamento dos atos executórios, e o agente adota providência contrária, não
quer dizer que chegou ao final da esfera da tentativa (porque pode ainda não ter ocorrido a
consumação). Esgotamento dos atos executórios não imorta necessariamente na consumação do
delito. EX: Tício foi atingido por Mévio. Uma viatura do Samu passou e levou ao hospital. Mévi
responde por homicídio tentado.
Quando se tem o esgotamento dos atos executórios e o agente adota medida contrária ao
resultado, tem-se o arrependimento efeicaz (AE). Estando ainda na fase da tentativa porque ainda
não ocorreu a consumação. A tentativa só termina com a consumação.
EX: Tício realiza os atos executórios e depois adota uma providência para o resultado ocorrer.
Essa providência aconteceu na esfera da tentativa (se isso aconteceu é porque ele não queria
continuar na tentativa, abandonando a tentativa). Por isso AE também pe forma de tentativa
abandonada.
Uando se tem o bem jurídico coisas ou pessoas, pode usar a classificanção de tentativa
cruenta ou incruenta.
Cruenta/vermelha: pessoa foi atingida.
Incruenta/branca: vítima não foi atingida.
Há uma reprimenda penal quando o cidadão pratica ato para ceifar a vida de outrem.
-Art. 121:
Homicídio é crime material, instantâneo de efeito permanente (uma vez consumado, não há
como fazer desaparecer seus efeitos).
Objeto jurídico tutelado é a vida humana.
Só pode pensar em infanticídio quando visualiza o trabalho de parto. Antes do trabalho de
parto só se fala em aborto.
Para a pratica do homicídio pode ser aplicado meiso diretos (arma de fogo) ou indireto (cão
feroz incitado para alcançar a vítima).
Tício eifando a vida de alguém, necessariamente não se tem o homicídio. EX: Tício está
ceifando a vida do presidente da república. Vai se enquadrar no art. 29 da lei 7770, crime de
segurança nacional.
No homicídio o agente age com animus necande. Pode ser dolo direto (EX: Tício quer matar a
vpitma e atira para isso) ou eventual (agente assume o risco).
Art. 18 materializa dolo direito e o dolo eventual.
Art. 18 - Diz-se o crime:
Crime doloso
I - doloso, quando o agente quis o resultado (dolo direto) ou assumiu o risco de produzi-lo
(dolo eventual);
Crime culposo
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou
imperícia.
Adota-se duas teorias:
- Teoria da vontade: no dolo direito
- Teoria do consentimento ou assentimento: dolo eventual.
Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;(chamado
também de homicídio mercenário, remunerado ou cicariato).
II - por motivo futil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou
cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou
torne impossivel a defesa do ofendido;
Feminicídio
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal,
integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou
em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau,
em razão dessa condição.
III- outro meio insidioso: interpretação analógica. EX: Mévio quer matar Tício e tira o óleo da
direção do veículo.
Insidioso é qualquer meio dissimulado.
O veneno é um meio insidioso. É toda substância que introduzida no organismo humano,
figura como substãncia letal.
Qualquer substância pode figurar como veneno. EX: Aúcar para diabpetico, desse que seja de
conhecimento do agente.
O veneno pode constituir um meio insidioso.
Insidioso é o que a vítima não toma conhecimento.
EX: Mévio está injetando veneno no Tício. Tício sabe que é veneno. Esse homicídio é
qualificado por emprego de veneno? Não, pois o meio não é dissimulado. O homicídio vai ser
qualificado, mas pelo meio cruel.
Se a vítima tem conhecimento que se trata de veneno, tem homicídio qualificado, mas pelo
meio cruel.
EX: Tício trabalha em uma obra e sempre leva seu almoço. Mèvio sempre pega a comida de
Tício. Tício resolve colocar veneno dentro de sua comida. Paulo abre a geladeira e pega a comida de
Tício, vindo a óbito. Erro quanto a pessoa.
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de
atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o
crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser
também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código.
O art. traz o erro na execução por acidente.
EX: Tício injeta veneno em Mévio, que acaba aindo no chão. Tício, achando que Mévio está
morto, o joga em um lago com a intenção de ocultar o cadáver. Laudo aponta que Mévio morreu em
decorrência da asfixia. Asfixia qualifica o homicídio também. Tem o erro no nexo de causalidade
(aberratio causae). É um erro de tipo acidental. A asfixia não entrou na esfera de conhecimento de
Tício, afastando a qualificadora de asfixia. Ao jogar o corpo no lago, seu dolo era ocultar o cadáver.
Quanto à ocultação de cadáver o crime pe impossível por se encontrar vivo no momeno, tendo então
um delio putativo por erro de tipo. Tício tentou matar com emprego de veneno, e a doutrina entende
que deve considerar a qualificadora que ele desejava e tinha conhecimento, pelo meio insidioso,
muito embora teha morrido por asfixia.
E: Tício realiza isparos em Mévio, achando que ele estpa morto, joga no lago. Responderia por
homicídio simples.
EX: Tício quer matar Mévio. Paulo, muito amigo de Mévio vai levar açúcar para évio fazer um
suco. Tício, sabendo disso, substitui o açúcar por veneno. Mévio bebe o suco e morre. Tem o erro
determinado por terceiro; autoria mediata. Paulo está em erro, tem que verificar se vencícel ou
invencível. Tício vai ser autor imediato do homicídio qualificado por emprego de veneno.
EX: Paulo trabalha na farmácia, e com seu conhecimento técnico desconfiu que o açúcar era
veneno. Msmo assim ele ainda está em erro, mas é erro vencídl (exclui o dolo, mas responde por
culpa).
EX: Paulo identificou que era veneno e também querendo morte de Mévio, resolve levar o
veneno. Aogora tem o liame subjetivo, formando o concuso de pessoas. Quem entrega o veneno
para Mévio morrer é Paulo, sendo ele o autor e Tício é o partícipe. Não se fala em autoria mediaa
porque tem o concurso de pessoas.
EX: Mévio, querendo se matar, pede um veneno para Tício. Mévio bebe o veneno e morre (ou
acontee lesão grave). Tício responde por participação em suicídio.
EX: Mévio, de 14 anos, querendo se matar pede veneno para Tício. Para considerar
participação em suicídio com menor de 14 anos tem duas correntes:
-Agente responde por homicídio (simples porque a vítima sabia ser veneno) porque o
consentimento do menor não é nada; essa corrente entede que a causa de aumento do menor só
abrange o menor de 14 a 18 anos;
- Entende como menor o menor de 18, tendo a participação em suicídio.
EX: Tício e Mévia querendose matar, cruzam os talheres com veneno. Mévia morreu e Tício
ficou vivo. Tício responde pelos aps executórios, respondendo por homicídio (ela sabia que era
veneno). Não fala em participação em suicídio porque Tício praticou atos executórios.
EX: Tício é noivo da Mévia, eles saíram juntos e Tício bebeu uma cerveja. Tício pega a estrada
em alta velocidade e acaba perdendo a direção do veículo, resultando do acidente a morte da Mévia.
Para concessão do perdão judicial, faz necessário o agente ser atingido de forma grave. STJ entende
ser necessário um vínculo afetivo.
EX: Tício está na boate e conhece Maria, decidem sair juntos e ocorre o acidente. Não cabe o
perdão judicial porque não tem o vínculo afetivo.
EX: Tício, conduzindo veículo automotor, perde o controle do veículo, atingindo uma vítima
que veio a óbito e Tício ficou tetraplégico. Nessa hipótese cabe o perdão judicial porque as
consequências do acidente atingiu o próprio agente.
A conduta de subtrair coisa alheia já é reprovável, mais reprovável ainda quando ele quebra
um obstáculo que quebra a coisa.
EX: Tício quebrou a vidraça para subtrair um bem. Responde por dano e furto qualificado?
Seria bis in iden. O dano é absorvido pelo furto qualificado eplo rompimento de obstáculo.
EX: Tício quebrou a vidraça do veículo para subrair um relógio que estava no interior do
veículo. STJ e STF entendem que ele responde por furto qualificado. Tem corrente minoritária que
entende responder por furto simples por ser ofensa ao princípio da proporcionalidade. Esse
posicionamento de que se quebrar o próprio veículo para roubar o veículo seria furto simples, há
divergência no STJ, pois tem julado de 2014 da 5ª turma entendendo que qualifica furto
Qualificado. A 6ª turma entende que se quebrar o próprio veículo é furto simples.
O que é pacificado em sede de STJ e STF é que se quebra o vidro do veículo para roubar
relógio é furto qualificado.
Para o agente responder por furto qualificado por rompimento há necessidade de perícia? STJ
entende ser possível o exame pericial indireto.
EX: Tício, querendo subtrair um objeto na casa de Mévia, pegou a chave de fenda e
desparafusou a janela. Remoção de obstáculo configura a qualificadora do rompimento? Não, bem
como retirada de telhas.
- Mediante fraude: agente utiliza de meio ardil para diminuir ou retirar a vigilância da vítima.
Esse furto se parece com estelionato e a apropriação indébita.
EX: Tício queria comprar um relógio. Acorda cedo e decide furtar o relógio. Vai até uma loja e
pede a Mévia para olhar os modelos, que os coloca em cima do balcão. Enquanto Tício pergunta
quanto custa um relógio que está na vitrine, furta um que estava em cima do balcão. FURTO
MEDIANTE FRAUDE (ação é do agente).
EX: Tício acorda querendo um relógio, mas já decidido em não pagar por isso. Pega uma
identidade falsa e pede para comprar um relógio no crédito, apresentando a identidade falsa. A
vendedora entrega o relógio para Tício. ESTELIONATO (a vítima entrega a coisa).
EX: Tício está numa loja que ende e aluga relógio. Coloca o relógio no pulso e decide ficar com
o relógio, não devolver. Ele queria apenas alugar, mas teve o dolo subsequente alterado.
APROPRIAÇÃO INDÉBITA.
No furto mediante fraude e no estelionato, o dolus malus é desde o início. A vontade de
praticar o crime está desde o início da ação.
STJ: configura furto mediante fraude: test drive, saque eletrônico (competência do local da
agência onde se deu o prejuízo), flanelinha que subtrai o veículo.
- Mediante escalada: qualquer acesso mediante via anormal (escada, corda, via subterrânea,
etc).
Se a casa tem janela ou muro baixos, não configuram a qualificadora.
Há necessidade de exame pericial? Se houver meios de provar que o agente utilizou de
esforço incomum, ou sistem de filmagem de segurança, já é suficiente, dispensando a perícia.
- Destreza:
Se a vítima percebe a subtração da coisa antes de inverter a posse, não está reestida de
habilidade. Seria configurada tentativa de furo simples.
Se a vítima não percebe a inversão da posse, mas peessoas próximas percebem, configura
furto qualificado.
Não há que se falar em destreza se a vpitima está dormindo ou embriagada, a não ser que o
próprio agente tenha colocado o sonífero ou algo do tipo, onde teria roupo com violência imprópria.
(a violência é imprópria porque foi colocado antes de subtrair a coisa).
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou
a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:
- Estupro virtual:
EX: Tício, através do computador, ameaça a Mévia em outra cidade a masturbar. Se Mévia se
auto masturba configura o estupro virtual.
STJ: a conduta de contemplar lascivamente, sem contato físico, mediante pagamento, menor
de 14 anos desnuda em um motel pode permitir deflagração da ação penal para apuração do estupro
de vulnerável.
O julgado ainda diz se há uma lesão na vítima mediante violência, essa violência é
considerada na dosimetria da pena, Ou seja, pode ter estupro com e sem violência.
Para o STJ, essa vulnerabilidade aqui é a permanente Ex: portador de patologia mental),
porque se a vulnerabilidade for transitória, a ação penal é pública condicionada a representação (Ex:
pessoa embreagada).
EX: Mévio pede que Tícia tire a roupa para somente contemplar. Também é estupro, porque o
STJ entende que contemplar é ato libidinoso.
-É possível a tentativa na hipótese da extorsão virtual. EX: Tício liga diendo que está com a
filha de Mévia e pede dinheiro. Se Mévia não se entiu intimida, tem a tentativa.
-Não é possível continuidade delitiva ente o roubo e a extorsão. Tem o concurso material de
crimes.
EX: Tício subtrai o veículo e dois dias depois exige dinheiro para não atear fogo no veículo.
Tício responde por dois crimes, roubo e extorsão.
Para Nelson Hungria, se utilizar a violência ou grave ameaça para fazer com que a vítima te
entregue a coisa, é extorsão; para corrente majoritária é roubo.
- Extorsão e concussão:
Extorsão tem violência e grave ameaça.
Funcionário público utiliza violência ou grave ameaça para exigir vantagem econômica,
configura a extorsão e NÃO, concussão.
Concussão não é a extorsão praticada por funcionário público. Extorssão tem suas
elementares de violência e grave ameaça.
- Causa de aumento:
Art. 158, § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma,
aumenta-se a pena de um terço até metade.
Quando diz que o crime é comentido por duas ou mais pessoas, a doutrina, raciocinando com
a teoria restritiva sob o prisma objetivo formal, tem entendido que as duas pessoas devem praticar
os atos executórios. Tendo autor e partícipe não incide a causa de aumento. Aqui não é concurso, diz
que o crime é cometido por duas ou mais pessoas.
De acordo com a teoria do domínio final do fato que se o agente tem o domínio do fato ele é
considerado autor, e se é autor, ele está praticando o delito.
A maioria da doutrina vem trabalhando que o CP adotou a teoria restritiva, muito embora os
tribunais venham adotando a teoria do domínio final do fato.
EX: Tício aborda Mévio e mediante grave ameaça pede dinheiro a Mévio, enquanto isso, Paulo
faz a segurança do local. Não se tem a extorsão com a causa de aumento porque Paulo é partícipe de
acordo com a teoria restritiva.
-Sequestro relâmpago:
É extorsão ou roubo com restrição?
Roubo com restrição de liberdade da vítima: agente restringe a liberdade da vítima para
facilitar a ação criminosa. EX: Aborda a vítima no carro e pede que ela caminhe junto com ele para
que ninguém note, depois a libera. Essa restrição tem que ser de período curto, caso contrário
configura a privação da liberdade, vindo a responder em concurso por roubo e sequestro.
Extorsão: art. 158. A causa de aumento do §3 da restrição de liberdde da vítima: aqui
necessita de colaboração da vítima. EX: Leva a vítima ao caixa eletrônico.
Art. 58, § 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa
condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12
(doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas
no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente.
-Sobre a extrosão com liberdde da vítima ser hediondo, tem duas correntes:
1-Entende que seria um desdobramento do caput, sendo somente uma forma qualififcada.
Somente deve ser considerado hediondo quando houver morte.
2- Entende que não é hediondo porque adotamos o critério legal para dizer quem são os
crimes hediondos.
Prevalece a 2 corrente, que adota o critério legal.
Como o delegado deve se portar diante de uma situação de vítima da lei Maria da Penha?
Ler: art. 10, 11 e 12 antes da prova.
Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro
da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem
prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal:
I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se
apresentada;
II - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias;
III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas (coloca que tem que ser de forma
imediata), expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a concessão de medidas
protetivas de urgência; (Se o juiz receber, vai para o art. 18, tendo o prazo de 48 sobre as medidas
protetivas).
OBS: Não é o delegado que representa pelas medidas protetivas. A vítima é quem faz o
pedido e o delegado somente encaminha ao juiz.
IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros
exames periciais necessários;
V - ouvir o agressor e as testemunhas;
VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes
criminais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais
contra ele;
VII - remeter, no prazo legal (não é no prazo de 48hr) , os autos do inquérito policial ao juiz e
ao Ministério Público.
§ 1º O pedido da ofendida (medidas protetivas) será tomado a termo pela autoridade policial
e deverá conter:
I - qualificação da ofendida e do agressor;
II - nome e idade dos dependentes;
III - descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida.
§ 3º Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários médicos fornecidos por
hospitais e postos de saúde.
EX: Tício agrediu Mévia, que foi levada à delegacia. Chegando lá, Mévia pede que o delegado
somente ‘aperte’ Tício, sem querer propor ação. O delegado, sabendo ser crime de ação penal
pública incondicionada, aplica a lei e o prende em flagrante (art. 41 da lei 11.340 menciona: Art. 41.
Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da
pena prevista, não se aplica a Lei no 9.099). A lei 9099 tem a representação como condição de
procedibilidade quando da lesão corporal. Assim, afasta a representação no crime de lesão corporal
no âmbito da violência doméstica contra a mulher.
Delegado vai autuar Tício em flagrante: tem que ‘se ligar’ na escala penal, de olho no art. 322
CPP e o arbitramento da fiança:
- Maria da Penha é possível aplicação da fiança. Não há transação penal.
- Se a vítima não for lesionada, somente ameaçada: delegado lavra APF também, pois, mes mo
ameaça send um crime de menor potencial ofensivo, o art. 41 afastou a aplicação da lei 9099,
consequentemente afastou tamb´ém o TCO, tendo que lavrar o APF.
O afastamento da representação como condição de procedibilidade, em que possibilita o
delegado lavrar o APF, independente de manifestação da vítima, faz referência somente à lesão
corporal; em se tratando de ameaça, a vítima tem que representar.
EX: Mévia chega à delegacia dizendo que Tício a xingou ofendendo a sua honra. (injúria). O
delegado não pode lavrar o APF de forma imediata afastando a lei 9099. Se tem o requerimento da
vítima, tem o APF lavrado, porque o art. 41 afasta a lei 9099. Se o art. 41 afasta a lei 9099, não se
pode lavrar o TCO em sede de injúria, tem que ser o APF, mas para isso será preciso o requerimento
da vítima porque injúria é de ação penal privada.
EX: Mévia foi lesionada, injuriada e Tício ainda pegou o celular dela e jogou no chão. Delitos:
lesão corporal, ameaça , injúria e dano. Mévia representou os delitos que demandam representação.
Delegado lavra o APF, mas para arbitrar fiança, tem que analisar a pena de todos os crimes, para não
ultrapassar o estabelecido no art. 322. Há concurso de crimes.
EX: Mévia chega à delegacia dizendo que Tício deu diversos empurrões, mas não quer que o
delegado o prenda, somente ‘aperte’ ele. Empurrões materializam contravenção penal do art. 21,
vias de fato, e a ação penal é pública indondicionada, porque afasta a lei 9099.
O art. 41 diz que nãos e aplica a lei 9099 aos CRIMES praticados com violência doméstica, mas
o STJ e STJ entendem que se aplica também à contravenção penal, de forma etensiva.
EX: Tício, policial militar, que realizou disparo de arma de fogo em local habitado. Na
delegacia, foi lavrado APF no art. 15 da lei 10.826, pena de reclusão de 2 a 4 anos, o que estaria
dentro do limite de aplicação de fiança do delegado. Mas, para arbitrar fiança, o delegado tem que
considerar as causas de aumento. Nesse caso, a pena é aumentada no art. 20.
Todos os crimes previstos no estatuto do desarmamento são afiançáveis !!! O delegado é que
só pode até 4 anos.
EX: Mévia casada com Tício, o ameaça. Ao chegar à delegacia, o delegado não vai lavrar APF
porque nesse caso pode ser aplicada a lei 9099. Ameaça é crime de ação penal pública condicionada
á representação, mas para lavrar TCO não é preciso representação da vítima (TCO não tem como
condição de procedibilidade a representação; isso é somente para o inquérito). TCO não se submete
a condição de procedibilidade.
EX: Mévia xingou Tício e foi levada á delegacia. Delegado lavra o TCO. Não seria prisão em
flagrante? Seria presa somente se ela não assinar o termo de compromisso de comparecer ao
juizado.
EX: Mévia lesiona Tício. Aplica-se a lei 11.343 sendo vítima homem? Delegado não vai lavrar
TCO, memo tendo lesão corporal. Art. 129, §9 diz que a reclusão não ultrapassa os 3 anos nesse caso,
não é crime de menor potencial ofensivo, sendo a mulher presa em flagrante.
A vítma sendo homem, em regra, não se aplica a lei 11.340. O Art. 41 afasta a lei 9099 nos
crimes contravenções em sede de violência doméstica em que tem a mulher no polo passivo.
Afatstando a lei 9099 tambpema fasta a representação como condição de procedibilidade ao tratar a
lesão corporal leve e culposa, tendo ação penal pública incondicionada.
Não se fala da aplicabilidade da lei 11.340 quando tem o homem no polo passivo, como regra,
esa prisão da mulher no exemplo citado vai demandar representação da vítima.
Entendimento recente: Art. 33, §4 traz o tráfico privilegiado. A simples condição de mula
significa que é integrante da organização criminosa? STF no HC 132459 entende que não, sendo
imprescindível, para tanto, prova inequívoca do envolvimento estável e permanente. Para o STJ, a
última decisão (abril de 201- HC 387.077/ SP) se filiou ao entendimento do STF, onde a simples
condição de mula não é suficiente para ser integrante de O.C, sendo possível a incidência da causa de
diminuição do privilégio para a mula. Conseguindo comprovar que dentro da OC a função dele é
transportar droga, aí ele faz parte da O.C.
STF
entenhttps://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0ahUKEwiSq8z94_jWAhVKEJAK
HatnAwoQFggnMAA&url=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2Fleis%2F2003%2FL10.741.htm&usg=AOv
Vaw1RBuXPowKXDU3fqGYQq11ude que na 3 fase de Hungria, que pode considerar a atividade de mula
com maior reprovabilidade da conduta, ensejando uma menor diminuição da pena.
STF e STJ entendem que a quantidade da droga é indicador que o agente se dedica à atividade
criminosa, afastando o privilégio.
Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima privativa de liberdade não
ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento previsto na Lei no 9.099, de 26 de setembro de
1995, e, subsidiariamente, no que couber, as disposições do Código Penal e do Código de Processo
Penal.
Quando o estatuto do idoso entrou em vigor, tivemos duas correntes: (o estatuto alterou o
conceito de menor potencial ofensivo???)
- 1ª disse que o art. 94 é possível aplicar a lei 9099 e os institutos despenalizadores estão na
lei 9099, então é possível aplicar esses institutos despenalizadores em crimes cuja pena PPL seja
inferior a 4 anos, o estatuto teria então alterado o conceito de crime de menor potencial ofensivo.
Para essa corrente, o crime de menor potencial ofensivo seria então o que não ultrapassa os 4 anos.
- 2ª disse que numa interpretação teleológica, a lei não foi criada para criar benefícios
(transação penal) àquele que pratica crime contra o idoso. A intenção do legislador era dar uma
celeridade à apuração esses delitos. Entendeu que não ocorreu a alteração de crime de menor
potencial ofensivo, apenas deu tratamento mais célere a investigação desses delitos.
Prevalece que a lei não alterou os crimes de menor potencial ofensivo, a 2ª corrente.
Aos crimes previstos no Estatuto do idoso não se aplicam a transação penal. Certo ou Errado?
Depende. Aos crimes do estatuto que superam os 4 anos aplica-se a lei 9099, mas sem a
transação penal porque não foi alterado o conceito de crime de menor potencial ofensivo. Mas se
colocar um delito do estatuto com pena que não supera 2 anos, além da lei 9099 será possível
também os institutos despenealizadores.
REVISÃO- PÓS AULÃO ADELANTE
-Tortura: se o agente pratica tortura em face de uma cirança ou adolescente e, essa torura
ocorre onde há prevalência de relação doméstica e de coabitação, ele responde por tortura com a
causa de aumento (§4) e aplicabilidade da agravante genérica prevista no art. 61, II, ‘f’ (STJ entende
que não constitui bis in iden).
Ler as causas de aumento da tortura.
- ECA:
01)- Aquele que fornce a adolescentw, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório ou
munição de uso restrito ou proibido, fica sujeito a sanção penal prevista no ECA, em decorrência do
princípio da especialidade. ERRADOS, art. 16, §ú da lei 10826, é crime previsto no estatuto do
desarmamento. No art. 242 do ECA:. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de
qualquer forma, a criança ou adolescente arma, munição ou explosivo. Então, considera crime no ECA
somente as armas brancas. Se for arma de fogo ou munições será crime do estatuto.
02)- Constitui crime do ECA a conduta de produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar e
registrar, por qualquer meio cena de sexo explícito ou pornográfica. O conceito de cena de sexo
explícito ou pornográfica está no art. 241-Eara efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão
“cena de sexo explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou
adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de
uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais. STJ entende que não há necessidade
da nudez.
CORRETA, ela transcreve a conduta típica do art. 240 e §1.
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena
de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescentePena – reclusão, de 4 (quatro) a
8 (oito) anos, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo
intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas referidas no caput deste artigo, ou
ainda quem com esses contracena.
O art. 240, §1 tem causa de aumento.
§ 2º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente comete o crime
I – no exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de exercê-la
II – prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade; ou
III – prevalecendo-se de relações de parentesco consangüíneo ou afim até o terceiro grau, ou
por adoção, de tutor, curador, preceptor, empregador da vítima ou de quem, a qualquer outro título,
tenha autoridade sobre ela, ou com seu consentimento.
3)- Constitui crime previsto no ECA a conduta de adquiri, possuir ou armazenar por qualquer
meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou
pornográfico de crança ou adolescente. CORRETA, art. 241-B.
No art. 241-b tem uma causa de diminuição: § 1º A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois
terços) se de pequena quantidade o material a que se refere o caput deste artigo. O legislador vai
pegar as causas de aumento do art. 240 e vai jogar aqui no art. 241.
4)- Constitui crime do ECA a conduta de vender ou expor a venda fotografia, vídeo ou outro
registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfico que contenha criança ou adolescente,
bem como, oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar, divulgar em qualquer meio,
fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfico que
contenha criança ou adolescente, sendo que, em todos os casos citados a pena é aumentada de 1/3
se o agente comete o crime prevalecendo- se de relação parentesco, consanguíneo ou afins até o
terceiro grau. ERRADO, a causa de aumento não se aplica ao art. 241 e 241-A.
STF e STJ entendem ser possível aplicação do princípio da insignificância nos atos infracionais.
Internação pela prática da reiteração de atos infracioanais: STJ entende que não há
necessidade de praticar 3 atos.
-ECA: súmula 492, STJ. “O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz
obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação do adolescente”.
Súmula 500, STJ: A configuração do crime do art. 244-B do ECA independe da prova da efetiva
corrupção do menor, por se tratar de delito formal.
- Lei de trânsito:
01)- Bentinho que é médico, vinha conduzindo seu veículo falando ao celular e não percebeu
a retenção do trânsito e atingiu a traseira da motocicleta de Capitu. Parou o veículo, chamou socorro
e prestou os primeiros atendimentos à vítima que ficou gravemente ferida. Chegando a ambulância,
Capitu foi levada ao hospital, onde veio a falecer. A PM preservou o local do acidente e apresentou
Bentinho a autoridade policial. A autoridade policial, após advertir o dieito ao silêncio (aviso de
Miranda), verificou que o conduzido portava CNH regular. Bentinho confirmou que falava ao celular
no momento. Deve a autoridade policial instaurar IP por portaria, não impondo prisão em flagrante e
nem exigir fiança.
Art. 301 CTB: Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima,
não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro
àquela.
O delegado não pode lavrar o APF. Instaura inquérito por portaria.
Sai de lesão corporal culposa para homicídio culposo na direção de veículo automotor.
- Lesão corporal na direção de veículo automotor vai incidir causa de aumente se ocorrer nas
mesmas situações que incidiram no homicídio culposo.
03)- Segundo STJ, constitui crime a conduta de permitir, confiar ou entregar a direção de
veículo automotor a pessoa que não seja habilitada ou que se encontre em qualquer das situações do
art. 310, independente de lesõ ou perigo concreto na condução do veículo.
CORRETA, súmula 575, STJ. Aquele que entrega a chave a pessoa não habilitada vai responder;
quem dirige, só responde se gerar o perigo, caso contrário é fato atípico.
Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada,
com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de
saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança.
Para o STJ, o delito do art. 309 foi absolvido pela conduta de praticar lesão corporal culposa
na direção de veículo automotor, tipificada no art. 303.
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou
Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano.
- Lavagem de dinheiro:
01)- Para caracterização do delito de lavagem de dinheiro, a legislação de regência prevê um
rol taxativo dos crimes antecedentes, geradores de origem ilícita, sem os quais o crime não subsiste?
ERRADA, pode derivar de qualquer infração penal. Art. 1.
* Art. 1,§4 lei 9613 menciona que a pena é aumenta da de 1 a 2/3 se os crimes forem
cometidos de forma reiterda por OC.
O que vem a ser justa causa duplicada? No art. 2,§1 menciona: A denúncia será instruída com
indícios suficientes da existência da infração penal antecedente (na prova vai dizer que exige prova),
sendo puníveis os fatos previstos nesta Lei, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor, ou
extinta a punibilidade da infração penal antecedente.
Tem que ter indícios que irão configurar a justa causa da infração antecedente + a justa causa
de que ocorreu a lavagem.
Teoria da cegueira deliliberada: busca ientificar o dolo eventual para responsabilizar o agente
que, deliberadamente, se coloca na situação de ignorante.
Torres de vigia na lavagem de dinheiro: a lei menciona que algumas instituições devmem
informar movimentações estranhas.
04)- Em tema de LD, layring ouo dissimulação, é a fase da lavagem de capitais em que se
busca a introdução do dinheiro ilícito no sistema financeiro, dificultando sua procedência, como por
exemplo a execução do fracionamento de grande quantia em pequenos valores, objetivando escapar
do controle administrativo imposto as instituições financeiras.
Fases da lavagem:
1- Playcement ou colocação: introdução do dinheiro, via de regra, em poucas quantias. É um
procedimento conhecido como smurfing.
2- Layring ou Dissimulação.
3- Integration: dinheiro com aparência lícita é introduzida no sistema financeiro.
- Crime Organizado:
01)- Considera-se O.C.associação de 4 ou mais pessoas, estruturalmente ordenada e
caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais com pena
não superior a 4 anos ou de caráter transnacional.
CORRETA
02)- O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder perdão judicial, reduzir em 2/e a PPL
ou subsituí-la por PRD daquele que colabora efetiva e voluntariamente com a investigação e processo
criminal , desde que dessa colaboração advenha a revelação da estrutura hierárquica da OC ou
recuperação total do produto ou provento da O.C. ou até mesmo outros resultados previstos na lei
12850 (art. 4).
03)- O líder de determinada O.C. foi preso e no curso do IP se prontificou a contribuir com a
coleta de provas, mediante a prestação de colaboração com o objetivo de, oportunamente, ser
premiado por sua conduta.O MP pode deixar de oferecer denúncia contra o colaborador?
ERRADO, o colaborador não pode ser o líder para o MP deixar de oferecer denúncia.
Estatuto do Idoso:
01)- A pessoa que abandonar idoso em hospitais, casa de saúde ou entidades de longa
permanência ou não provê suas necessidades básicas quando obrigado, comete o crime do Estatuto
do idoso, com aplicação da lei 9099 e dos institutos despenalizadores?
ERRADO. Irá aplicar a lei 9099, mas quanto ao instituto despenalizadores vai depender do
tempo de PPL. No caso concreto, não será possível a transação penal por ter pena de 3 a 8 anos de
PPL.
02)- Constitui crime previst no estatuto do idoso a conuta de reter cartão magnético de conta
bancária relativa à benef[icios, proventos ou pensão do idoso.
CORRETO.
Crimes Ambientais:
04)- Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de
PRD ou de multa previstas no art. 76 somente poderá ser formulada desde que tenha tido a prévia
comprovação do dano ambiental de que trata o art. 74 da mesma lei, salvo em caso de comprovada
impossibilidade de fazer.
CORRETO.
Ler art. 27; art. 28, I, II, III e IV.
05)- Nos crimes de maus tratos contra animais domésticos, o bem jurídico tuteltado é a
conservação da natureza.
ERRADO, é crime contra a fauna, sendoo meio ambiente.
No art. 48, STJ entende que para configurar o delito é dispensável qe a área seja de
preservação permanente.
EX: A polícia recebeu diversas ligações anônimas infomando que o Tìcio tem um depósito de
drogas em sua residência. O delegado com base nessas ligações representou pela busca e apreensão.
Como ligações anônimas não caracterizam fundadas razões, o delegado representou pela
busca. O juiz deferiu a busca. É possível a decretação de busca e apreensão com base em denúncia
anônima?
Não. O que poderia acontecer é o delegado dar uma roupagem a sua conduta pode alegar
erro de tipo, entendendo que estava e estrito cumprimento do dever legal putaivo por achar que
tinha droga na casa e por isso entrou. Assim, como ele poderia evitar, é um erro de tipo vencível,
exclui o dolo, respondendo somente a título de culpa e não existe abuso de autoridade culposa.
O erro de tipo vencível ou invencível exclui o dolo. Erro de tipo é chamado de cara negativa do
dolo porque é sempre dolo negativo, sempre excluído.
Não há necessidade de IP instaurado para decretação da busca e apreensão, basta a
investigação em curso.
Há necessidade de IP instaurado para representar por uma prisão temporária? Muito embora
a lei da temporária determina ser cabível quando ncesário para investigações de IP. A doutrina
majoritária entende que não, basta investigação em curso.
Busca e apreensão tem natureza jurídica de meio de obtenção de prova e não meio de prova.
Na busca e apreensão de um documento, a busca seria o meio de obtenção da prova e o documento
seria o meio de prova.
Um advogado pode representar pela buca e apreensão, em sede de instrução processual.
Art. 240, CPP
Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal.
§ 1o Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para:
e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu;
EX: Eu tenho um cliente que está respondendo por homicídio, onde o sistema de
monitoramento da casa acabou filmando a ação. O Advogado alega que foi legítima defesa e o dono
da casa não quer dar a filmagem. O advoado requerer pela busca e apreensão em defesa do seu
cliente.
O art. 242 não limita a busca à autoridade policial ou ao MP.
Art. 242. A busca poderá ser determinada de ofício ou a requerimento de qualquer das partes.
A busca pessoal, trazida pelo CPC, se a pessoa estiver portando instrumento do crime. Não
demanda autorização judicial.
Voltando ao caso conreto, EX: A polícia recebeu diversas ligações anônimas infomando que o
Tìcio tem um depósito de drogas em sua residência. O delegado com base nessas ligações
representou pela busca e apreensão. E o juiz deferiu. Há possibilidade da decretação de busca e
apreensão com base, exclusivamente, em ligações anônimas?
O MP entende que o delegado não tem capacidade postulatória e no ato do delegado
representando pela busca, deve o juiz abrir vistas ao MP, e o MP receber como mera peça de
informação e quando for dar o parecer, ele representar o pela busca.
1ª turma do STF entende que não há possibilidade de mandado de busca e apreensão com
base exclusivamente com base em denúncia anônima, como também de deferimento de intercepção
telefônica. (HC 106.152 de 29/03/2016).
Não pode o delegado representar com base exclusivamente em denúncia anônima, mas se o
delegado receber denúncia anônima e realizar diligência e em decorrência dessas diligências
constituir a justa causa, será possível representar pela busca e apreensão.
-Os crimes em que é possível a interceptação telefônica, oque são punidos com reclusão, são
denominados crime de catálogo/listel.
O indivíduo que realiza a interceptação sem autorização judicial, comete o crime do art. 10 da
lei 9296.
A justa causa para instaurar IP afasta inclusive a instauração de IP por fato atípico.Também
desafia um HC para trancamento desse IP.
Se outra delegacia, não do local da consumação, instaurar o IP? Temos mera irregularidade
(STJ).
Características do IP:
-IP navga na órbita do Estado (princípio da oficialidade).
A CF prevê para apuração de infrações penais comum, a polícia judiciária.
- IP é oficioso: uma vez instaurado o IP, o delegado não necessita da parte para dar
continuidade as diligências. O IP se desenvolve de ofício.
STJ entende que os atos de polícia judiciária são exclusivamente desenvolvidos pela polícia
judiciária. Não pode a Abin praticar atos típicos de polícia judiciária.
Investigação de infração penal comum por parte da PM: a PM pode investigar crimes
militares.
MP pode praticar atos de investigação: a CF não atribui poderes investigatórios ao MP, mas o
STF lança mão da teoria dos poderes implícitos e entende que o MP pode investigar (se ele pode
propor ação penal, por que não poderia investigar?).
- IP é sigiloso:
* Sigilo interno: oponível as partes (não pdoe ser oponível ao MP e ao juiz). Advogado tem
acesso as provas produzidas e já documentadas.
* Sigilo externo: oponível a sociedade.
A lei 13.245/2016 alterou o estatuto da ordem, possibilitando maior participação do advogado
na investigação. Tornou um IP em um procedimento em contraditório?? Não, o IP continua sendo
discricionário do delegado.
Súmula vinculante 14 possibilita o aceso do advogado ao IP (das provas produzidas e já
documentadas). Se o delegado negar acesso aos autos ao advogado comete crime de abuso de
autoridade (art. 3 da lei 4898/65), mas para isso o delegado tem que ter o dolo. Podendo o advogado
fazer reclamação ao STF por descumprimento de SV.O advogado também pode lançar mão do MS<
pois te o direito líquido e certo. O investigado que não tem acesso aos autos pelo seu advogado,
pode lançar mão de HC.
IP tem valor probatório relativo. Não há possibilidade de o juiz condenar com base,
eclusivamente, indiciárias. O juiz não pode condenar, mas pode absolver!!!
EX: Delegado se dirige ao local da infração, acidente de trânsito com vítima fatal, tendo Mévio
alterado o local do crime.
Alterar o local do crime onde as provas irão produzir futuros efeitos penais, se for no âmbito
de trânsito, não pode o delegado lavrar a prisão em flagrante com base no art. 347 do CP (porque,
como dobra a pena, não pode lavrar TCO), pois, pelo princípio da especialidade irá aplicar o art. 312
CTB e lavrar TCO. Se o delegado realizar APF (auto de prisão em flagrante), será ilegal, cabendo o
relaxamento.
Art. 347 CP- Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o
estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa
Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda que não
iniciado, as penas aplicam-se em dobro.
Art. 312 CTB. Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na
pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o
estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que não iniciados, quando da
inovação, o procedimento preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.
EX: Um acidente de trânsito e está Tício alterando o local da infração. Esse acidente é sem
v´tima.
Agora aplica-se o art. 347 do CP.
Art. 6,II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais;
EX: Tem uma arma de fogo que foi empregado na ação criminosa. Chegando o delegad ao
local da infração, a arma não se encontra, sendo informada que está na casa do Tício. O delegado não
tem a certeza que está lá, então tem que representar por uma busca e apreensão.
Se o delegado tivesse recebido essa informação por denúncia anônima, não poderia cm base
nisso representar pela busca, teria que ter uma investigação primeiro.
Art. 6, III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas
circunstâncias;
Aqui, entra a busca.
Art. 107 CPP: Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito,
mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal.
Temos duas correntes doutrinárias:
1ª Entende que o art. não foi recepcionado pela CF, e possibilita sim a arguição de suspeição
ao delegado.
2ª STJ entende que não há possibilidade de arguir suspeição via delegado de polícia,
entendendo que as provas produzidas na fase de investigação não tem a certeza de serem utilizadas
na ação penal e essas provas serão contraditadas em juízo. O judiciário não pode afastar o delegado
por suspeição.
O IP, via de regra, não tem o contraditório. Exceção: lei 6815 no art. 7 que prevê o
contraditório para a expulsão do estrangeiro.
Alteração do estatuto da ordem não tornou o IP incontraditório, o IP continua inquisitorial,
mas com maior participação do advogado em série de investigação.
O IP tem sua função garantista: tem função preservadora e garantista de direitos
fundamentais porque ele evita uma acusação temerária, pois, a justa causa foi formada com base em
uma investigação.
IP, por não ter o contraditório, é um procedimento administrativo inquisitorial, por isso, tem
seu valor probatório relativo, assim, suas as provas produzidas em sede de IP devem ser
contraditadas na instrução processual e o juiz não pode condenar com base exclusivamente nas
provas produzidas no IP.
STJ entende que mesmo havendo a inobservância do art. 226, é uma nulidade relativa.
O reconhecimento fotográfio é possível em fase de investigação? Sim. Está rpevisto no CPP?
Não, é denominado prova inominada.
O reconhecimento fotográfico pode ser considerado um meio de prova? SIM, mesmo não
estando no CPP.
O retrato falado não é meio de prova, é somente um mecanismo de auxílide investigação.
Uma prova produzida seguindo o rito, é chamada de prova ritual. Prova irritual é a que não
sege o rito, eivada de ilicitude.
Delegado querendo ouvir uma testemunha em outro Estado, manda que ela seja ouvida lá
(prova fora da terra, produzida por precatória).
Art. 6, VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer
outras perícias;
Pode realizar o exame de corpo e delito via indireta, através do prontuário médico.
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer
juntar aos autos sua folha de antecedentes;
Tem que fazer uma leitura de acordo com a lei 12.037 que menciona que o possivelmente
identificado não estará sujeito à identificação criminal, salvo nos casos previstos nesta lei.
STJ e STF entendem que é crime atribuir falsa identidade, ainda que em situação de alegada
auto defesa.
Ele tem direito a permanecer calado quanto ao conteúdo dos fatos, mas quanto a
identificação, é obrigado a responder.
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social,
sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e
quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
Auto de acareação: art. 229 ocorre diante de versões conflitantes. O investigado não é
obrigado a participar.
Naturea jurídica da busca e apreensão é de obtenção de prova. Prevista no art. 240 do CPP.
Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal.
§ 1º Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para:
a) prender criminosos;
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos;
c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou
contrafeitos;
d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a
fim delituoso;
STF entende que, havendo fundadas razões, não é necessário o mandado para realização da
busca e apreensão, inclusive à noite.
A busca no inquérito não é possível com base em representação fundada exclusivamente em
denúncia anônima, é necessária a justa causa.
EX: Delegado realizando investigação de suposta OC e representa pela busca e apreensão
(tem que ser determinada). Juiz deferiu. Realizada a busca e apreendido muitos documentos e
computadores. O delegado, diante da quantidade de documento não conseguiu lacrar todas as
caixas. A defesa alegou nulidade dessas provas pela falta de lacre, pois não tinha garantia que todo
aquele material que continha na caixa tinha sido encontrada na casa de seu cliente.
5ª turma do STJ falou que a arguição de nulidade está no art. 563 do CPP que menciona que
nenhum ato será declarado nulo se não restar prejuízo para acusaão ou defesa. A defesa tem que
demonstrar que o material foi adulterado e não somente alegar a nulidade. Ausência de lacre em
todo material apreendido, se não for demonstrado o prejuízo, não há de se falar em nulidade. Rec
em HC 59.414 (27/06/2017). Presunção de validade dos atos dos policias que realizaram a busca.
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13
de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o membro do Ministério Público ou o
delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da
iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos.
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas,
conterá:
I - o nome da autoridade requisitante;
II - o número do inquérito policial; e
Quando o delegado estiver diante desses contextos fáticos, a lei possibilita que o delegado e o
MP possam requisitar dados cadastrais. Na prova vai dizr que pode realizar quebra de sigilo, ERRADO.
As empresas tem até 24hr para atender essa requisição.
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de
pessoas, o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderão requisitar, mediante
autorização judicial, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que
disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso.
Quebra de ERB não induz a interceptação telefônica, onde terá que utilizar a lei 9296.
O juiz tem um prazo de 12h para decidir. Caso o juiz não decida, a empresa irá quebrar a ERB e
somente depois irá comunicar ao juiz.
§ 4 Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade competente
requisitará às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que
disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso, com imediata comunicação ao
juiz.
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer
diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.
O delegado é quem preside o IP.
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade
policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
O relatório não é imprescindivel ao oferecimento da denúncia. Não pode o MP devolver o IP
solicitando o relatório.
O indiciamento decorre de juízo de valor do delegado, mas o ato de indiciamento não é ato
em que o delegado pode fzer sem qualquer fundamento.
Se o delegado indicia alguém sem justa causa, cabe HC.
Juiz e promotor não podem mandar o delegado indiciar, pois, eé ato privativo d delegado.
O juiz pode mandar desindiciar.
A doutrina indica que aqui estaria o juz manifestando o que chamamos de Síndrome de Dom
Casmurro (síndrome mental paranoico) no processo penal, determinando prisão preventiva até
mesmo em sede de investigação.
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes
do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas
da prisão; ou
Porque aqui, ao converter o flagrante em preventiva está decretando uma preventiva de
ofício e ainda não tem uma ação penal. Aqui é o juiz agundo em série de investigação.
- Conclusão do IP: a regra 10 para indiciado preso e 30 dias para indiciado solto. Tem os prazos
especiais como a lei de drogas, por exemplo.
Ao concluir o IP, o delegado elabora um relatório. Esse relatório comporta juízo de valor? Via
de regra o delegado não externa juízo de valor no relatório, exceto na lei de drogas, que diz que o
relatório tem que ter juízo de valor.
O IP policial é encaminhado diretamente ao MP ou ao juiz?
Art. 10 CPP: O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso
em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em
que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou
sem ela.
§ 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz
competente.
De acordo com o artigo, o relatório é encaminhado ao juiz, muito embora o MP seja o titular
da ação.
O juiz abre vista ao MP, que denuncia (se entender qe tem justa causa para isso); arquivar ou
requisitar novas diligências.
Na justiça federal tem uma resolução que entende que o relatório deve ser encaminhada
diretamente ao MP, e o STJ em controle de legalidade entendeu ser legal.
Uma lei estadual entendeu que o relatório deve ser encaminhado ao juiz. Foi levado em sede
de ADIn e o STF entendeu como inconstitucional, prevalecendo o art. 10.
01- Alceu, imputável, já decidido a praticar o crime de roubo procura Laércio e solicita
que, uma vez efetivado o crime patrimonial, mantenha o proveito do crime guardado em sua casa,
a fim de torna-lo seguro. Laércio aceita unicamente com a intenção de ajudar Alceu, que já
realizara o roubo. Contudo, a autoria do roubo é descobeeta e Alceu condenado por roubo. A
polícia consegue recuperar o proveito do crime que estava com Laércio. Verifica-se, pois, que
Laércio cometeu o crime de favorecimento real.
Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação, auxílio destinado
a tornar seguro o proveito do crime:
CERTO. A questão leva a acreditar que eles agiram em concurso de pessoa, não podendo
Laércio figurar como autor do favorecimento real.
Requisitos do concurso de pessoas: pluralidade de condutas, liâme subjetivo; unidade de
infração e relevância causal. O fato de Alceu já ter chegado decidido a praticar o crime de roubo, a
participação do Laécio é irrelevante. Não tem uma relevância causal no que se refere ao Laércio.
O crime de favorecimento real trata-se de um crime acessório/crime difusão/crime parasitário.
Há a necessidade de umc rime antecedente. É um crime contra a administração da Justiça. Não pode
ter interesse econômico; a pessoa foi por gentileza ou amizade. Havendo interesse econômico tem-
se a receptação e não o favorecimento real.
Se o objeto for tornar seguro proveito de contravenção, não caracteriza o crime mencionado.
Se Laércio aceitasse guardar ua faca que Mévio teria utilizado para matar Tício, não seria
favorecimento real porque faca é instrumento de crime, configura então favorecimento pessoal.
Favorecimento real impróprio:
Art. 349-A: Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho
telefônico de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em estabelecimento
prisional
Se a condutaé praticda por agente público que deixa de cumprir seu dever de vedar ao preso
acesso telefônico tem-se a prevaricação imprópria. (mesmo o aparelho celular sem crédito ou
descarregado).
02)- Segundo o stj, para que haja a ocorrência do delito de estupro, há necessidade do
contato físico com a vítima. Dessa forma, a denominada contemplação lascívia mediante violência
ou grave ameaça, não é suficiente para materialização do delito.
Rec. Em HC 70.976/MS. Para o STJ não há necessidade do contato físico. O agente pode orbigar
a vítima a se auto masturbar ou à vítima a ficar desnuda somente.
- Estupro- sujeito passivo: qualquer pessoa. Se a conduta resulta lesão corporal grave (ou
gravíssima) ou a vítima seja maior de 14 e menor de 18 anos, reclusão.
A doutrina discute se a lesão tem que ser culposa ou dolosa.
Estupro com resultado morte não importa se seja culposa ou dolosa
Vunlerável: STJ entende que pode ser comprovado por meio de outros documentos que não
seja a certidão de nasicmento.
03)- (Funcab- Delegado- ES 2012) Lucileide, ao sair de sua residência, foi rendida poe dois
homens, que portavam armas de fogo, e colocada no porta-malas do seu próprio veículo. Os
marginais percorreram por muitas horas vários bairros, sendo exigido sempre de Lucileide efetuar
vários saques bancários em contas de sua titularidade, sempre sob a ameaça de armas, inclusive
sob a ameaça de ser violentada sexualmente. Logo, Lucileide foi vítima do delito de extorsão
qualificada pela restrição de liberdade da vítima (art. 128, §3 do CP).
Ocorreu o cerceamento de liberdade da vítima. Passar nas agências bancárias para realizar
saques, havendo a necessidade de levar a vítima até a agência, sendo imprescindível a colaboração
da vítima para obtenção da vantagem econômica, tendo então o sequestro relâmpago. Doutrina
majoritária entende que extorsão com cerceamento de liberdade da vítima não se equipara a crime
hediondo.
Ao utilizar arma de fogo, eles respondem pela extorsão e aumento de pena do §1? STJ entende
que sim.
CORRETO.
Lmebrete: Roubo adota a teoria da Amotio, onde a consumação nasce com a inversão da posse,
independente do deslocamento, ainda que a posse não seja mansa e pacífica, assim entende STJ e
STF.
Roubo no interior de coletivo, perpetrado em face de patrimônios distintos, ainda que no
memso contexto fático caracteriza concurso formal de crimes e NÃO crime único.
STJ caso tenha abordagem a mais de uma pessoa, mas somente um patrimônio é subtraído,
temos crime único.
No caput do art. 157 trata roubo próprio, que pode ter violência própria ou imprópria (roubo
por aproximação: a violência é sempre própria.
Roubo próprio: violência própria ou imprópria.
Roubo imrpóprio: violência sempre própria.
Causas de aumento do roubo: emprego de arma (branca ou de fogo); concurso de duas ou mais
pessoas (o menor conta!); vítima a serviço de tranpor te de valores (a vitima tem que conhecer essa
situação); subtração de veívulo automotor par aoutro estado; restrição de liberdade da vítima
Se a arma estiver desmuniciada, STJ entende que não aplica a majorante; STF entende que sim.
Arma de brinquedo configura o roubo, mas sem a causa de aumento.
Arma totalmente inapta para efetuar disparos configura o roubo, mas não o aumento.
Quando tem menor envolvido no roubo, configura o aumento do concurso, respondendo o
maior pelo roubo substanciado e também por scorrupção de menores.
STJI entende que transportar valores abrange qualquer tipo de mercadoria, não somente
dinheiro.
Restrição de liberdade é breve; privação é demorado.
Latrocínio é crime agravado pelo resultado.
Patrimônio único e pluralidade de mortes: STJ entende que é um crime só, pois considera o
patrimônio. .
04)- (Funcab- Delegado- ES 2013) Geraldino permitiu seu encarceramento pelo patologista
André, para se submeter a uma experiência científica. Ao terminar o período da experiência,
Geraldino procurou a delegacia de polícia da circunscrição de sua residência, alegando que fora
cítima de crime, em face do seu encarceramento. Do relato apresentado, conclui-se que André
praticou o crime de sequestro ou cárcere privado qualificado, preceituado no art. 148, §2 (se
resulta a vítima, em razão de maus tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou
moral) do CP.
ERRADO. O consentimento do ofendid constitui causa supralegal de ilicitude.
Caso sequestro seja praticado com a finalidade de obter declaração ou confissão da vítima, será
tortura!
A restrição de liberdade da vítima, quando se tem o roubo e restrição curta: responde por
roubo majorado pelo cerceamento de liberdade; se o cerceamento for demorado, aí será privação:
responde por roubo e sequestro.
Internação fraudulenta: sequestro da vítima com internação em hospital.
Sequestro para praticar o estupro com a vítima (com a finalidade de) responde pelo sequestro
qualificado se ainda não tiver iniciado o estupro (somente pela finalidade de). Praticado qualquer ato
libidinoso vai responder por sequestro + estupro em concurso material.
05)- (FUncabe- Delegado- RO 2009) Tìcio, 2 anos, convence Felisbela, sua namorada de 13
anos, a juntos visitarem o Motel Lua Nova, recentemente inaugurado, sob o argumento de que se
tratava de obra de importante interesse cultural para a cidade. Felisbela aceita, inocentemente o
convite e não reiste aos apelos de Tício, terminando por mantes relações sexuais com namorado.
Sobre a conduta descrita, é correto afirmar que a conduta descreve o tipo de violação sexual
mediante fraude.
Mesmo Tìcio usando uma fraude, tem que considerar a idade dela, então teremos estupro de
vulnerável. O fato de ela consentir não é considerado devido ela ter menos de 14 anos.
Violação sexua mediante fraude: curandeir que diz ter que passar a mão na vítima para ela se
curar; o ginecologista que diz ter que fazer um exame mais apurado; irmão gêmeo que se passa pelo
outro e tem relação sexual com a namorada do irmão.
EX: Dois irmãos gêmeos, João sentado no sofá com a namorada e Pedro na cozinha. A
namorada faz carinho em João. João se levanta e vai ao banheiro; Pedro se aproveita da situação e
senta no sofá. A namorada faz carinho empedro, pensando ser João. Nesse exemplo não tem
violência sexual mediante fraude porque o art. 215 tem os verbos ter ou pratica, não tem o verbo
permitir. Portanto, Pedro somente permitiu que a namorada do irmão fizesse, logo, a vítima quem
praticou o ato e isso é atípico.
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude
ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima:
O art. 213 (estupro) fala em praticar ou permitir que com ele pratique.
A doutrina ainda aponda que a fraude grosseira não configura vilação sexual medianta fraude,
mas depende do caso concreto.
7)- Os delitos de furto mediante fraude e estelionatoo são considerados crimes contra o
patrimônio, porém, em se tratando de crime de furto mediante fraude, a vitima ludibriada entrega
voluntariamente a coisa ao agente, por seu turno, no crime de estelionato a fraude é apenas uma
forma de reduzir a vigilância da vítima sobre a coisa, de forma a permitir a sua retirada.
ERRADO, é o inverso. No furto mediante fraude o agente utiliza uma manobra para reduzira a
vigilância da vítima sobre a coisa; o agente subtrai a coisa. No estelionato a vítima induzida entrega a
coisa.
8)- O crime de apropriação indébita pressupõe a posse de detenção lícita, mas vigiada, do
agente sobre a coisa móvel alheia com subsequente inversão do título da posse ou detenção.
Requisitos da apropriação indbita é posse desvigiada e entrega voluntária.
Há um dolo malus subsequente.
Não há crime se a posse recair sobre coisa imóvel.
Consumação ocorre quando o agente se apropria da coisa, invertendo o comportamento, ou
quando é solicitado a devolver e ele se nega.
Reparo do dano após a consumação não retira a tipicidade do delito, pode configurar um
arrependimento posterior.
Não há necessidade de interpelação judicial para configurar o delito. Nâo prcisa mandar
notificação judicial para a pessa.
Se a autora foi em uma loja já com a vontade de ter o vestido para ela, e ao ir ao vestiário com
vestido, coloca na bolsa e vai embora com ele, não tem apropriação indébita porque o dolo é desde o
início. (tem estelionato porque ela induziu a vendedora a erro).
EX: Tícia vai a uma loja e aluga um vestido. Na data da devolução, Tícia esquece. Não
configura apropriação indébita porque foi culposo.
Se a conduta da apropriação indébita é praticada por funcionário público na sua função, tem-
se o delito de peculato apropriação.
Art. 102 do estatuto do idoso, pelo princípio da especialidade não responde pro apropriação
indébita.
Art 158-A: apropriação indébita previdenciária. STJ e STF entendem que é possível aplicação
da insignificância, desde que, a quantia não ultrapasse R$ 10.000,00.
9)- Em relação ao crime de receptação, pode se afirmar que na hipótese do crime ser
cometido no exercício de atividade comercial aumenta-se a pena de um sexo até a metade.
ERRADO. Receptação qualificada a pena é de 3 a 8 anos. (crime próprio).
O caput não admite o dolo eventual; mas na recptação qualificada admite (STF)
Receptção imprópria é quando o agente influencia terceiro de boa fé a adquirir produto de
crime.
Art. 180, § 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o
valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso:
§3 traz a receptção culposa (não tem o verbo ocultar). Crime de menor potencial ofensivo.
§ 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de
que proveio a coisa.
§4 dá uma ideia de que foi adotado o conceito analítico de crime, bipartido.
Se um louco (isento) subtrai coisa alheia móvel ou um menor que pratica ato infracional e
vendem para Tício, configura a receptação.
§ 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o juiz, tendo em consideração as
circunstâncias, deixar de aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica-se o disposto no § 2º do art.
155.
§5 Perdão judicial, que se aplica na receptação culposa.
Se a receptção for dolosa se aplica o priviléio do art. 155, §2.
Receptação de animal
Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito ou vender, com a
finalidade de produção ou de comercialização, semovente domesticável de produção, ainda que
abatido ou dividido em partes, que deve saber ser produto de crime:
O agente que pratica delito de fuurto, não pode ao mesmo tempo ser agente da receptação.
11)- Para que o crime de extorsão seja consumado, é necessário que o autor do delito
obtenha vantagem indevida.
ERRADO, a extorsão é um crime formal (caput não é hediondo).
O entendimento é que a vantage tem que ser indevida e de valor econômico.
Extorsão é um crime de resultado cortado ou de consumação antecipada.
Consuma-se com a exigência, independe da obtenção da vantagem.
Competência é o local da exigência do pagamento. Súmula 96.
É possível tentativa (extorão virtual).
STJ entende que a grave ameaça extorão pode recair ao patrimônio. EX: Tício subtraiu o veículo
do Mévio e uma semana depois ele liga para Mévio e diz que vai atear fogo no veículo se Tìcio não
pagar determinada quantia. Tem-se roubo e extorsão. Para o STJ ameaça de dano ao patrimônio é
considerado grave ameaça.
A extorsão tem que ter uma finalidade, tem dolo específico. (caso contrário configura o
constrangimento ilegal ao praticar o constrangimento sem exigir nada).
A extorsão por funcionário público não necessariamente é chamada concursão, se ele faz uso
de violência ou grave ameaça para exigir vantagem indevida, seria extorsão.
A extorsão pode ter a causa de aumento se praticada por 2 ou mais pessoas (crime
acidentalmente coletivo: pode ser praticado de forma individual ou coletivo).
Causas de aumento:
- Art. 158, § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma,
aumenta-se a pena de um terço até metade.
O §1 não fala em concurso de agentes, ele menciona 2 ou mais pessoas (entende que se refere
a cautoria e não a participação). Os dois devem praticar os atos executórios (teoria restritiva) para ter
o aumento de pena.
O emprego de arma é qualquer tipo de arma.
02)- Delegado/ RO-2014 Em relação a lei de drogas, são causas de aumento de pena do
referido delito de um sexto a dois terços se a natureza, a procedência da substância ou do produto
apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a transacionalidade do delito e se
caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o DF.
COORETA.
Tráfico intenacional: competência da JF onde ocorreu a apreensão da droga.
Tráfico doméstico: também tem a causa de aumento.
Estudar o art. 40 da lei!!!
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois
terços, se:
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do
fato evidenciarem a transnacionalidade do delito;
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão
de educação, poder familiar, guarda ou vigilância;
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos
prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas,
esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos
ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de
reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos;
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou
qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva;
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal;
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por
qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação;
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime.
04)-Delegado- PA- 2016 Nos delitos relacionados ao tráfico de drogas, as penas podem ser
reduzidas de 1/6 a 2/3 dsde que o agente eja primário, de bons antecedentes e não se dedique a
atividade criminosa, nem integre associação criminosa.
Refere-se ao tráfico privilegiado.
A súmula 512 do STJ foi cancelada. Assim, tanto para o STF como para o STJ, o tráfico
privilegiado não tem mais a hediondez. O privilégio afasta a hediondez do crime.
O tráfico privilegiado, tanto para o STF como para o STJ, a quantidade da droga pode ser
considerada para indicar que ao agente se dedica a atividade criminosa, afastando o privilégio.
STJ e STF entendem que a condição do mula, por si só, não quer dizer que ao gente integre
organização criminosa, afastando o privilégio.
Um agente pode responder pela assosicação e ter a incidência da causa de diminuição? Pode
ter associação e tráfico com a causa de diminuição? Não. Se ele está associado, ele se dedica à
atividade criminosa. Associação não convive com o tráfico e a causa de diminuição. Ele responde por
associação e tráfico (sem causa de dimunição).
Associação e tráfico é possível.
Há vedação da combinação de leis do §4 do art. 33 c/c antigo art. 12 da lei 6368 para ensejar
o privilégio.
É possível ter a retroatividade da lei 11.3434, desde que seja na sua integralidade. ( §4 c/c art.
33).
05)- Deletad0-2015 A lei 11.3434 não prevê como típica a condut do sujeito viciado que
oferece drogas eventualmente, se intuito de lucro, a um amigo com o intuito de juntos
consumirem.
ERRADO. Tem a figura do uso compartilhado (que nã é tráfico). Para que tenha uso
compartilhado: oferta, eventualidade, ausência de lucro, pessoa do relacionamento e uso conjunto.
06)- Delegado- PA- 2016 Aquele que colaborar, como informante, com grupo, organização
ou associado, destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos art. 33, caput e §1, e 34 da
leuu 11.3434, deve responder nas penas previstas no respectivo delito no qual colaborou, em
atendimento a teoria monista, não havendo previsão de figura típica autônoma na citada lei.
ERRADA. A teoria monista, adotada pelo CP no art. 29: quem, de qualquer modo, concorre
para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. Nesse caso, temos
exceção à teoria monista. Muito embora ele tenha colaborado, a lei traz o crime do informante.
EX: Tem uma associação criminosa e Tício tem a função de soltar fogos, pois é muito travado
para se relacionar com o comprador. A polícia chega e aborda Tício. Tício apenas soltava fogos, mas
era uma função dentro da organização (divisão de função) logo, responde por tráfico.
Para responder no art. 37, não óde fazer parte da associação e nem receber pelo lucro do
tráfico.
Art. 37 não convive com o art. 35 e com 33.
Pode ter um policial na figura do art. 37. EX: Um policial que trabalha na delegacia informa
aos traficantes que vai ter ação da polícia na boca de fumo.
Informações complementares:
- Art. 41, delação premiada;
- Art. 42 fixação da pena do tráfico (pureza da droga não entra)
- Art. 35 associação não é tráfico; o menor conta para associação.
O livramento condicional na associação dar-s-á após o cumprimento de 2/3 da pena.
- Art. 32 destruição das drogas. Flagrante o delegado tem 15 dias para destruir a droga
apreendida; sem flagrante o prazo do delegado é de 30 dias; plantações a destruição é imediata.
Lei 10.826
01)- Delegado- RO-2014 De acordo com a lei 10.826, Estatuto do Desarmamento, aquele
que, em via pública, porta arma de fogo de uso permitido com numeração suprimida responde
penalmente como incurso nas penas do crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitiro,
dispsto no art. 14 do referido Estatuto.
ERRADO. Arma de fogo adulterada responde nas penas do art. 16 (tem que ter o dolo na
adulteração).
02)- Delegado- RJ-2012 Sobre o Estatuto do Desarmamento, é correto afirmar que o
proprietário de empresa de segurança que não registra ocorrência policial e não comunicar à
Polícia Federal nas primeiras 24hrs depois do ocorrido o roubo de arma de fogo responde apenas
administrativamente e pratica o crime de contrabando ou descaminho aquelee que importa ou
exporta arma de fogo de uso permitido sem autorização da autoridade competente.
ERRADO. Tem o crime de omissão de cautela (art. 13, tipo híbrido: caput culposo e o §único é
dolodo).
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito)
anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse
ou que seja de sua propriedade:
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de
empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de
comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo,
acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de
ocorrido o fato.
EX: PM chega em casa e deixa a arma em cima da mesa, já querendo que o filho menor dele
pegue, responde no art. 13 porque tem o dolo.
EX: Tício é proprietário de uma empresa e recebe comunicação que uma arma foi extraviada
enquanto tomava um café. Com o decorrer do dia, ele esqueceu de comunicar o extraviu da arma.
Não responde por omissão de cautela porque não tem o dolo, responde pelo §único do art. 13.
O prazo de 24hr inicia após o conhecimento do fato pelo proprietário, para evitar
responsabilidade penal objetiva.
Pelo princípio da especialidade, não pratica contrabando e descaminho, e tráfico internacional
de arma de fogo. Se o tráfico é de arma proibida ou restrita tem o aumento de ½ da pena (art. 19).
Outra causa de aumento é o art. 20, onde um policil realiza disparo em local habitado.
Delegado não pode arbitrar fiança porque tem que considerar a causa de aumento.
03)- Delegado- RJ-2017 Aos residentes em áreas rurais, maiores de 21 anos, que comprovem
depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar e familiar, será
conseguido pela polícia federal o prote de arma de fogo de uso permitido na categoria de caçador.
ERRADO. São aos maiores de 25 anos.
04)- Segundo entendimento do STJ, o orte de arma de fogo desmuniciada configura o delito
previsto no Estatuto do Desarmamento por ser crime de perigo abstrato, entretanto o porte de
munição desacompanhada da rerspectiva arma é fato atípico, visto que não gera perigo à
incolumidade pública.
ERRADO. Os crimes do estatuto são de perigo abstrato.
Arma desmuniciada configura infração penal.
Porte de munição configura infração penal.
05)- Delegado- PA-2016 É típica a conduta do policial civil qu reaiza disparo de arma de fogo
em via pública. Porém, diante de tal contexto, a autoridade policial poderá arbitrar fiança.
ERRADO. O art. 20 traz causa de aumento por esse delito quando cometido por policial civil,
aumentando da ½, ultrapassando para de 3 a 6 anos, e apenas o juiz pode arbitrar fiança.
Art. 20 não inclui a posse irregular.
Informações complementares:
Porte x Posse:
- Diversas armas de calibres diversos responde por dois crimes.
- Não se aplica a insignificância na posse de apenas uma munição.
- Policial aposentado perde o porte.
Porte X homicídio
- Se a questão falar que Tício adquiriu arma em janeiro e em dezembro matou Mévio, são dois
contextos, respondendo por homicídio e o porte.
Lei 8072
01) Os crimes hediondos são suscetíveis de anistia, graça e indulto, embora seja admitido
fiança.
ERRADA. O art. 2 traz anistia, graça, indulto e fiança.
É admitido liberade provisória sem fiança.
Informações complementares:
- Livramento condicional: cumprimento de + 2/3 da pena.
-Progressão de regime: cumprimento de 2/5 ou 3/5 da pena.
Lei 9.455
01)- Crisóstomo, PM, e Elisvvão, agente da PC, agindo em comunhão de esforços e com
desígnos, buscando a confissão de um crime, provocarão intenso sofrimento a Carlos. O delegado,
ao saber do ocorrido opta por não investigar o caso, visando abafá-lo. A conduta do delegado é
equiparado a hediondo?
CORRETO. A conduta do delegado foi de tortura omissão e não é equiparada a hediondo. Os
policiais respondem por tortura confissão.
03)- Promotor- AC-2014 Condenação de agente público por delito previsto na Lei de Tortura
acarreta, como efeito extrapenal automático da sentença condenatória, a perda do cargo, função
ou emprego público e a interdiçãopara seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada,
segundo entendimento do STJ.
CORRETA. A perda do cargo é automátia, independe de fundamentação da sentença.
Para o STI não há necessidade de iniciar no regime fechado. STF discorda, entendendo que
tem que iniciar no fechado.
Informações complementares:
Para o STI tortura configura ato de improbidade administrativo.
É possível concurso entre tortura e abuso de autoridade.
Lei 4898
01)- Delegado-RO-2009 A ação penal depende de representação do ofendido, que será
exercida or meio de petição dirigida à autoridade policial.
ERRADA. Crime de abuso de autoridade é crime de ação penal pública incondicionada.
03)- Delegado- R)-2009 Considera-se autoridade, para os efeitos dessa lei, quem exerce
cargo, emprego ou função pública de modo definitivo e mediante remuneração.
ERRADA. Art.5
Art. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem exerce cargo, emprego ou
função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração.
04)- Delegado- DF-2015 A conduta de um delegado que deixa de comunicar, imediatamente,
ao juiz competente a prisão de determinada pessoa poderá configurar prevaricação, mas não
abuso de autoridade.
ERRADA. No art. 4, ‘’
Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:
a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais
ou com abuso de poder; Comparar com o art. 230 se a vítima é criança ou adolescente, tem o ECA e
não abuso de autoridade.
b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não
autorizado em lei; Comparar com o art. 232 do ECA
Informações complementares:
Abusode é autoridade é crime de dupla subjetividade passiva, dupla objetividade jurídica;
Compete a justiça comum julgar e processar militar por abuso de autoridade, súmula 172;
Lei 11.340
01)- Delegado- PA-2016 Sobre a lei de violência doméstica e familiar contra a mulher, é
correto afirmar que o delegado poderá, de imediato, determinar o afastamento do agressor do
local de conveniência com a agredida.
ERRADO.
Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade
policial deverá, entre outras providências:
I - garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério
Público e ao Poder Judiciário;
II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal;
III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro,
quando houver risco de vida;
IV - se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do
local da ocorrência ou do domicílio familiar;
V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis.
O delegado não representa por medidas protetivas, somente encmaminha em 48hr.
02)- Delegado- PA- 2016 nas relações íntimas de afeto, a aplicação da Lei Maria da Penha,
exige a coabitação entre agressor e agredida.
ERRADO. Art. 5.
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher
qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexu al ou
psicológico e dano moral ou patrimonial:
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de
pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são
ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a
ofendida, independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação
sexual.
É possível aplicar a lei em relações homoafetivas, desde que a mulher seja vítima.
Quanto ao transexual, temos duas correntes:
-1ª Depende da situação jurídica.
-2º Corrente biológica
03)- Delegado- BA A violência psicológica, uma das espécies de violência contra a mulher
previstas na Lei Maria da Pena, resulta de conduta que cause, entre outros problemas, dano
emocional e diminuião da autoestima da vítima.
CORRETO.
A violência de dar adjetivo negativo à mulher, mesmo qtingindo a parte psiocólgia da mulher,
não é violência psicológica. Será violência moral.
É possível a violência patrimonial.
Informações complementares:
Segundo STJ, configura caso da Maria da Penha: filha x mãe; pai x mãe; irmão x irmã; genro x
sogra; nora x sogra; companheiro da mãe x enteada; tio x sobrinha; ex-namorado x ex- namorada.
STJ: Descumprimento de medida protetiva de urgência não configura cirme de desobediência.
Aplica-se também as contravenções penais.
Súlua 542, STJ: lesão corporal resultante de violência doméstica é de ação penal pública
incondicionada.
Sùmula 536: suspensão condicional do processo e transação penal não se aplicam nessa lei.
Informações complementares:
- Torres de vigia: instituições dos bancos, contadores devem informar movimentações
estranhas.
- Justa causa duplicada: tem que ter um lastro probatório mínimo do crime antecedente.
- Medidas assecuratórias: art. 4
- É uma lei de terceira geração.
Lei 12.850
01)- Delegado- DF- 2015 A infiltração de agente de polícia em tarefas de ainvestigação pode
decorrer de representação do delegado de plícia ou de requerimento do MP e será
obrigatoriamente procedida de autorização judicial.
CORRETO.
A infiltração na lei dos crimes organizados há a necessidade de autorização judicial, ar t. 11;
diferentemente da ação controlada onde é necessária somente a comunicação.
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência
contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa
para si ou para terceiro.
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância.
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado
ou para o exterior;
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade.
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos,
além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
Delito de roubo do caput trata do roubo próprio, e a violência pode ser própria (grave ameaça
ou violência à pessoa) ou imprópria (reduzindo a impossibilidade de resistência para subtrair o bem).
EX: Tício deu uma coronhada na vítima. (violência prória).
EX: Boa noite cinderela (violência imprópria).
EX: Tício está com Mévia na sala. Quando Mévia vai ao banheiro, Tìcio tranca Mévia no
banheiro para poder roubar o relógio que estava na sala. (violência imprópria, pois, Tício reduziu a
apossibilidade de resistência de Mévia).
A violência imprópria vai ocorrer sempre que for reduzida a possibilidade de resistência da
vítima. Pode ser reduzida através de pozinho na bebida da vítima; trancando a vítima no banheiro,
etc.
Amarrar a vítima já é utilizar violência própria.
O roubo do art. 157 é chamado de roubo próprio, que admite dois tipos de violência, a própria
e a imprópria.
EX: Tício e Mévia, sentados na sala. Tício se apodera do telefone de Mévia. Para sair dessa
situação, Tício coloca um pó na bebida de Mévia para que adormecesse, evadindo-se do local. Aqui
não é roubo com violência imprópria porque, pois, a violência tem que ser empregada antes de se
apoderar do bem. Teríamos então o furto.
No roubo impróprio/ roubo por aproximação: não tem a violência imprópria. A violência é
empregada, necessariamente, após a subtração e tem que ser a violência própria.
No roubo impróprio, a violência tem que ser própria.
Roubo próprio: violência própria ou imprópria.
EX: Tício entrou na residência do Mévio e tentou cortar o cadeado que prendia a bicicleta.
Nessa hora chega Mévio. Tício dá um soco em Mévio e se evade do lacal sem levar a coisa. Como ele
não levou a coisa, seria um roubo impróprio tentado. Na doutrina orevalece que não existe roubo
impróprio tentado. Como Tício não subtriu, não inverteu a posse, não pode ter roubo impróprio.
Roubo é majorado pelo emprego de arma, aumento da pena de 1/3 até a 1/2. Se o agente
emprega arma de brinquedo (arma fantasia; simulacro) caracteriza a elementar grave ameaça, mas
não caracteriza a incidência da causa de aumento.
Não há necessidade da apreensão da arma de fogo, mas uma vez apreendida, tem que ser
periciada.
Porte de arma desmuniciada, tanto para STF quanto para STJ, configura infração penal.
Roubo com emprego de arma desmuniciada tem dois posicionamentos:
- STJ: não há incidência da majorante.
- STF: configura majorante.
EX: Tício empregou arma municiada para abordar Mévio e subtrair seu carro em julho de
2017. Em dezembro de 2017 Tício é abordado com a arma de fogo que utilizou para aboradar Mévio.
STJ não há que se falar em bis in iden, respondendo pelo roubo e pelo porte ilegal, pois tem contexto
fático diferente.
Art. 157, §2, V o roubo vai ser majorado se o agente mantém a vítima em seu poder,
restringindo a liberdade. Diferente do sequestro relâmpago, pois aqui a restrição é para subtrair
valores; ele depende da colaboração da vítima.
A lei fala em restrição!!!
EX: Tício aborda Mévia no carro e fica um dia rodando com ela no carro. Isso não é mais
restrição e sim, privação. Se for privação, tem o sequestro. Respondendo por roubo em concurso
formal com sequestro.
EX: Tício abordou três senhoras dentro de um carro, que quando visualizaram a arma do Tício
as três morreram de susto. Tício foi embora sem subtrair o carro.
Art. 157, §3 diz que se da violência resultar morte. A morte das vítimas ocorreu da grave
ameaça, não havendo de se falar em latrocínio. É tentativa de roubo com homicídio em concurso
formal.
EX: Tício, servidor púlico está sendo acusado de desvio de verbas públicas, lavagem de
dinheiro e fraude a licitações. O MP começou a investigar esses delitose desenvolveu a investigação.
MP pode investigar? Posicionamento pacífico de que o MP pode sim, STF. O MP pode investigar e
propor a ação penal dessa investigação. O fato de o MP investigar Mévio, não há de se falar em
imparcialidade para propor ação penal (súmula 234, STJ).
O MP, oficou diretamente um banco em que a prefeitura mantém conta corrente,
requisitando informações financeiras da conta da prefeitura. Ocorreu quebra de sigilo bancário se
autorização judicial. A defesa alegou a ilicitude da prova. STF entendeu que a conta é pública,
pertencente a prefeitura. Um dos princípios que norteia a adm. pública é a publicidade e em relação
a contas públicas não há necessidade de autorização judicial para a quebra do sigilo.
STF entende que cabe ao MP requisitar os registros de operações financeiras a partir de
contas públicas.
Zouk entende que o delegado também pode requisitar diretamente das instituições a
publicidade das contas públicas.
Fundamentar no art. 37, CF c/c art 129 que o STF entende que não há necessidade de
autorização juidical para a quebra de sigilo das contas do município.
Julgado Rcurso em HC 133118/Ce (26/09/2017).
Dizer que Tìcio manteve relações sexuais com Mévia, que é deficiente mental, não quer dizer
que tem estupro de vulnerável, pos tem que analisar a capacidade de discernimento dessa pessoa.
Ao tratar do estupro, a regra é que a ação penal seja pública condicionada à representação,
mas se a vítima for vulnerável ou menor de 18 anos, a ação será pública incondicionada.
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede -se mediante ação
penal pública condicionada à representação
Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a
vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável. (STJ entende que a vulnerabilidade é
permanente).
Quando for fugaz a vulnerabilidade, ou seja, transitória, a ação penal será pública
condicionada à representação. Exemplo de vulnerabilidade fugaz: Embriaguez.
Para ser estupro de vulnerável a deficiência descrita no Art. 217-a, § 1º deve ser capaz de
afetar a consciência/consentimento da vítima. Segundo o STJ, a deficiência deve ser PERMANENTE.
STJ já tinha se posicionado, diversas vezes, que a vulnerabilidade era absoluta como menciona
a decisão externada no Resp 1480881/PI de 2014, onde o consentimento da vítima ou o fato de ter
expeiência sexual anterior não afasta a ocorrência do crime. Assunto repetido na súmula 593.
EX: Mévio namora Tícia de 13 anos. Mesmo Tìcia consentindo, Mevio praticou estupro.
Os juízes considerando o direito comparado, utilizam a teoria ou exceção de Romeu e Julita:
diz qe se a diferença entre vítima e autor não é maior que 5 anos, tendo a vítima consentido, tem que
relativizar a vulnerabilidade. Alguns estados Norte Americanos adotam essa teoria. O Brasil NÃO
adota essa teoria, pois, o STJ entende que a vulnerabilidade do menor de 14 é absoluta.
Estupro bilateral: é quando tem dois menores de 14 anos praticando sexo, de forma
consentida.
EX: Tício conheceu Mévia em uma boate. Converando com ela, convenceu de manter relação
sexual. Méiva é menor de 14 anos e Tício não sabia. Tício erra no contexto fático, assim, tem um erro
de tipo.MP propôs ação penal pelo estupro de vulnerável, pois a ação é pública e incondicionada.a
Na audiência Tício diz não saber que Mévia era menor de 14 anos e que inclusive tinha consentido a
relação. Ao erar no contexto fático, alega erro de tipo. Quando o juiz viu Mévia, deu como erro
invencível, que exclui o dolo e a culpa, e Tício não responde por nada.
Se desse para verificar que Mévia era menor de 14 anos, o juiz diria que o erro seria vencível,
excluindo o dolo, mas respondendo por culpa. Não existe estupro culposo, não respondendo por
anda.
Erro de tipo é chamado também de cara negativa do dolo, porque o dolo é excluído no erro
de tipo vencível ou invencível.
A questão de analisar Erro é na fase de instrução processual.
Erro de tipo vencível exclui o dolo, responde o agente por culpa. Tratando deestupro que não
há natureza culposa no crime, o agente não responde.
.
A intenção do legislador em relação projeto de lei 230/2014 era coibir crimes praticados
através do emprego de arma, coibindo porte ilegal de arma. O autor do projeto, para justificar a
hediondez de um simples prote de arma de gfogo, utilizou-se que elas são empregadas para praticar
ações criminosas. Assim, nasce o espírito da lei.
Esse projeto foi proposto com a intenção de dar roupagem de crimes hediondos ao crime de
porte ou posse de arma de uso restrito, como também com comércio ilegal de arma de fogo.
O que impulsionou esse projeto a ser aprovado agora as pressas foi o descontrole total do
poder estatal no Rio de Janeiro. Para dar uma repsosta mais rápida, fizeram desse crime um crime
hediondo.
Antes, todos os crimes do estatuto eram afiançáveis, seria pelo delegado ou na esfera judicial.
Agora, com a roupagem de crime hediondo, não é mais possível.
Para decidir se um crime é hediondo ou não, temos dois critérios: o critério legal e o critério
judicial (o juiz no caso concreto). Há também o critério misto. O Brasil adta o critério legal, onde
somente a lei pode dizer quem é hediondo.
A Lei 13.497/2017 alterou a Lei 8.072/1990 para incluir o crime de posse ou porte ilegal de
arma de fogo de uso restrito no rol dos crimes hediondos.
O crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito está pr evisto no art. 16 do
Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/2003).
O art. 1 da lei 8072 passa a ter como parágrafo único o seguinte texto:
Parágrafo único. Consideram-se também hediondos o crime de genocídio previsto nos arts.
1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956, e o de posse ou porte ilegal de arma de fogo de
uso restrito, previsto no art. 16 da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, todos tentados ou
consumados.”
Pergunta-se: hediondo vão ser somente a descrição típica do art. 16 ou também as figuras
equiparadas que se encontram no parágrafo único do referido artigo?
Uma primeira corrente entende que o parágrafo único não mencionou somente o caput do
art. 16, se ele assim quisesse, assim teria feito a retrição. Para essa corrente, a técnica legislativa
utilizada na lei 8072 foi que a lei menciona caput quando houver necessidade de também considerar
hediondo os parágrafos daquele dispositivo. Ex: crime de extorsão.
Considera-se hediondo todo o disposto no art. 16, qual seja: caput e figuras equiparadas. O
legislador mencionou na alteração da Lei 8.072/1990 o art. 16 sem qualquer restrição ao “caput”. Se
houvesse a intenção de considerar hediondo somente o caput, assim teria o feito.
Para uma segunda corrente, quando a lei de crimes hediondos quer fazer referência
somente ao caput, ela não o menciona. Ex: homicídio.
Com o estudo da técnica, verifica-se que o legislador não mencionou o “caput” na alteração
legislativa, pelo fato de só se considerar o caput do crime, a forma simples do art. 16 da Lei 10.826.
Para o Zouk, aplica-se somente ao caput do art. 16, não as figuras equiparadas.
Para justificar a hediondez de um crime simples de posse/porte de arma de fogo, utilizou-se
a justificava de que as armas são empregadas para prática de ações criminosas (Espírito da lei).
O projeto de lei foi proposto com a intenção de dar uma nova roupagem aos crimes
hediondos, não só para a posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, como também o
comércio ilegal de arma de fogo e o tráfico internacional de arma de fogo.
O delito previsto no art. 16, da Lei 10.826/2003, faz menção a arma de fogo, munição e
acessórios.
Com a alteração da Lei. 8.072/1990, a qual incluiu o parágrafo único o art. 16 da Lei
10.826/2003, a posse ou porte de arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito é hediondo.
Segundo o Professor Zouk, o STF deve se posicionar de maneira diferente a partir da alteração
legislativa. (Tendência de mudança) A 2ª Turma do STF no HC 133984, com unanimidade absolveu
cidadão condenado por portar munição proibida como pingente de colar que, segundo a relatora, a
atitude do réu não gera perigo abstrato, nem concreto, aplicando o princípio da insignificância. Esse
HC foi julgado antes da alteração da Lei 13.497/2017.
Agora com a mudança legislativa, como aplica-se o princípio da insignificância a um crime que
é hediondo????
ZOUK acredita que o STF irá afastar a hediondez quando se tratar de munição em pequena
quantidade para que seja aplicado o princípo da insignificância, pois, é incoerente a aplicação de tal
princípio da insignificância para crimes hediondos.
O STF deve se posicionar a não aplicabilidade do princípio da insignificância ou quanto o
afastamento da hediondez quanto trata-se de munição de uso restrito em pouca quantidade.
A quantidade de menores que estão sendo corrompidos pelo agente maior qualifica a
pluralidade de crimes? SIM.
Responde: Delito qualificado em concurso + corrupções ( a depender do número de menores).
A lei 13.497 que alterou a lei de crimes hediondos, entende o ZOUK que somente caput tem
roupagem hedionda.
Hoje, pela lei, o porte ou posse ilegal de arma de fogo de uso restrito. Abrange também a
munição e o acessório.
O STF vai ter que se posicionar a respio da posse ou porte de munição e a aplicação do
princípio da insignificância. Ou o STF afasta a hediondez quando se tratar de munição em pouca
quantidade para que se possa aplicar a insignificância no porte ou posse de munição. Caso contrário
fica incoerente aplicar a insignificância a crime hediondo, onde um dos requisitos para sua a plicação
é que a conduta tenha pouca reprovação, e, para a conduta ser considerada hedionda é porque ela
tem alto grau de reprovação. Ou o STF abandona esse posicionamento da aplicação da insignificância
no porte ou posse de munição.
Julgados do STF:
- HC 133984, onde a 2ª turma entendeu pela absolvição do agente que usava um pingente de
munição de uso proibido, aplicando o princípio da insignificância.
O STJ não aplica o princípio da insignificância aos crimes do estatuto do desarmamento por
entender serem todos crimes de perigo abstrato. Os delitos do estatuto não se restringem a
incolumidade física, abrangem também a paz social e a segurança pública.
- HC 132876, a 2ª turma entendeu não haver tipicidade material, somente tipicidade formal,
no caso de uma mulher possuindo apenas uma munição de uso restrito, aplicando o princípio da
insignificância.
Ricardo Lewandowski assim de posicionou: “Trata-se,portanto, de conduta
formalmente típica, a qual, todavia, a meu ver, não se mostra típica em sua
dimensão material. Isso porque não é possível vislumbrar, nas circunstâncias,
situação que exponha o corpo social a perigo, uma vez que a única munição
apreendida, na espécie em exame – é preciso novamente frisar -, guardada na
residência da paciente e desacompanhada de arma de fogo, por si só, é
incapaz de provocar qualquer lesão ao bem jurídico tutelado (a incolumidade
pública)”.
O ministro deu essa decisão com o aval do Ministério Público, vejamos: “Não
se desconhece a classificação do crime de posse ilegal de munição de uso
restrito, previsto no art. 16, caput, da Lei n. 10.826/03, como de perigo
abstrato e nem a jurisprudência no sentido de inaplicabilidade, nesses casos,
do princípio da insignificância. Entretanto, na espécie, estão presentes os
requisitos essenciais a excepcionar a regra geral. A paciente foi denunciada
porque possuía, no interior de sua residência, uma munição, calibre 9mm, de
uso restrito. Tal conduta não representa qualquer lesão efetiva, ou mesmo,
perigo abstrato, aos bens juridicamente tutelados pela norma, a saber,
segurança pública e paz social. A ação não atingiu a intensidade mínima
reclamada pelo princípio da ofensividade”
O MP pode investigar?
A CF liga a investigação à polícia judiciária.
O STF, RE 593727 entendeu que o MP tem pode investigatório, com base na Teoria
Portuguesa dos poderes implícitos (quem pode o mais, pode o menos).
O MP representou por uma intercepção telefônica, que foi desenvolvida e acompanhada por
PM (e não da PC). Analisando a lei 9296, o art. 3 dá legitimidade a representação de interceptação à
autoridade policial e ao MP. Hoje discute-se se o delegado tem capacidade postulatória, com
fundamento de que o MP é que seja titular da ação penal. O ZOUK discorda, pelo fato de inúmeros
procedimentos investigativos o legislador inclui o delegado, dando roupagem de legitimidade: art.
312, a lei 9296, todos mencionam o delegado de polícia.
MP representou, em sede de investigação. O art. 6 da lei 9296 diz que o procedimento de
interceptação tem que ser conduzido pelo delegado de polícia. No caso concreto, foram PM’s que
connduziram a interceptação. A defesa pediu a nulidade do processo.
STJ entende que não pode restringir o art. 6, não somente a polícia judiciária pode
desenvolver o procedimento de interceptação. É possível que o MP represente e a PM desenvolva o
procedimento.
Se um PM dá outra destinação a essa interceptação comete o crime do art. 10, chamado
também de barriga de aluguel (incluir número que não tem vínculo com a investigação).
Os crimes em que é possível a interceptação são chamados de crime de catálogo.
Interceptação telefônica por prospecção/ pré delitual: para apurar fato futuro, baseado na
periculosidade. Homenageia o direito penal do inimigo.
O STJ, nesses julgados que entendem que não deve ser interpretado de froma restritiva o art.
6, mencionou julgados muito importantes entendnendo que não há a necessidade da PC realizar os
procedimentos da interceptação, pois, é possível a PM realizar, mediante representação do MP.
Tem uma decisão no HC 409283/SP que, no mandado de busca e apreensão representado por
PM foi considerado como prova legal. O STJ nessa decisão cita um trecho da decisão do juiz de 1ª
instância: “Apesar disso, não se pode ouvidar que a prisão do acusado deu-se após um cumprimento
de um mandado de busca domiciliar solicitado, previamente, pelos policiais militares em razão de
denúncias anônimas e de investigações anteriores realizadas pelo serviço de inteligência da polícia
militar, inclusive com filmagem da intensa movimentação de pessoas que dariam conta que o
acusado vendia drogas no local”. A defesa nada alegou que a PM não poderia representar por essa
busca por era de crime comum. O STJ, mesmo assim não qui saber e disse que eles tinham uma
investigação anterior realizada pela PM. Nesse julgado, os próprios PM representaram pela
interceptação.
O art. 241, CPP não foi recepcionado, porque hoja, a entrada na residência, mesmo pelo
delegado, há necessidade de busca e apreensão. Hoje, o delegado e o MP precisam representar pela
busca e apreensão.
Furo mediante destreza: a vítima não percebe que está sendo furtada. Agente se utiliza de
habilidade específica, fazendo com que a vítima não perceba que seu bem está sendo subtraído.
Essa conduta é um furto qualificado; há maior reprovabilidade da conduta.
Art. 155§4, II: traz o furto mediante destreza. Agente subtrai a coisa com habilidade física ou
manual. É o chamado punguista, a=batedor de carteira ou batedor de celular.
- Destreza X embriaguez:
EX: Tício, verificando que Mévo está deitado, aproveita-se e se utiliza da habilidade específica
para subtrair a coisa.
Seria furto qualificado pela destreza? Roubo imprórpio? Furto simples?
Tem-se o furto simples, pois não foi Tício que reduziu a resistência da vítima.
Também não caracteriza destreza, pois a pessoa embriagada não tem como não perceber que
está sendo furtada. Sua condição não permite. Não tem como dizer se a habilidade é eficaz ou não
para caracterizar a qualificadora.
Tentativa de furto simples: EX: O agente coloca a mão no bolso da vítima e puxa a carteira. No
momento em que ele esta puxando a carteira e a vítima percebe.
EX: O agente puxa a carteira e a vítima não percebeu, mas alguém grita dizendo que ele foi
furtado. Nesse caso já tem consumado o furto mediant destreza porque já ocorreu a inversão da
posse. (teoria da amotio/apreensio: que materializa a consumação do furto ou do roubo).
Teoria da amotio:basta a inversão da posse para consumar. Não precisa da locomoção com a
coisa.
Teoria da motio/ ablatio: para consumar o fato, tem que haver deslocamento da coisa.
Teoria da contrectatio: a consumação ocorre com o simples contato do agente com a coisa.
Teoria da ilatio: se materializa quando o agente se desloca com a coisa para o local de destino.
Teoria da locupletatio: além de inverter a posse, o agente tem que vender a coisa, auferindo
lucro.
- Destreza X Tentativa:
Há possibilidade de ter furto qualificado mediante destreza tentado: EX: Tício coloca a mão no
bolso de Mévio e quando está puxando a carteira, um terceiro avisa do furto.
- Trombadinha:
Não pode caracterizar a destreza porque na trombada a vítima percebe o impacto.
Tem três correntes para explicar:
1ª Nucci diz que se foi empregada a violência (trombada), tem-se o roubo.
2ª Rogério Grecco entende que a trombada não é para diminuir a resistência da vpitima e sim
para distrair a vítima. Para ele caracteriza o furto.
3ª STJ a trombada foi somente para distrair a vítima caracteriza o furto; mas se a trombada foi
querendo lesionar a vítima e reduzir a resistência da vítima, tem-se o roubo configurado.
Conceito analítico de crime eu posos ter dois conceitos ao tratar da órbita finalista: um
conceito bipartido (onde crime é fato típio, antijurídico seio da culpabilidade pressuposto da pena) e
o conceito tripartido (crime é fato típico, antijurídico e culpável).
Na órbita finalista, dolo e culpa, saíram da culpabilidade e foram alojados no fato típico.
A racionalizar com a teoria finalista, tem que entender os elementos da culpabilidade na
órbita finalista.
EX: Mévia coloca veneno na marmita do marido, mas quem comeu a marmita foi o filho do
casal. Tem-se um acidente, que navega na órbita do erro da execução. Consideram-se as qualidades
do marido de Mévia.
O art. 73: erro na execução. Quando por acidente ou erro nos meios de execução.
Conceito analítico de crime, de acordo com a teoria finalista, podemos ter dois conceitos:
1- Bipartido: crime é fato típico e antijurídico; sem a culpabilidade, que e pressuposto da
pena;
2- Tripartido: crime é fato típico, antijurídico e culpável.
Na teoria finalista, dolo e culpa saiu da culpabilidade e foram analisados no fato típico. Ao
raciocinar com esa teoria, tem que entender quais são os elementos da culpabilidade na órbita
finalista.
Culpabildade é um juízo de censura do agente pelo fato praticado com a finalidade de se
verificar a necessidade de aplicação da pena. A culpabilidade recai no agente, mas em decorrência do
fato em que ele praticou (por isso, não é culpabilidade do autor e, sim culpabilidade do fato= direito
penal do inimigo).
O fato de dolo e culpa terem migrado da culpabilidade para o fato típico na teoria finalista, a
culpabilidade é chamada de culpabilidade vazia.
A culpabilidade vazia, mesmos endo vazia, ainda possui três elementos.
- Modalidades de embriaguez:
Não acidental: não afasta a imputabilidade e o agente responde.
- Voluntária/ intencional: EX: Tício queria beber e começou a beber, entrando em estado de
embriaguez e praticou o delito.
- Culposa:
EX: Tício, não querendo beber, por incentivo dos amigos começou a beber e terminou por
ficar embriagado.
Acidental:
- Caso fortuito/ acidental: se for completa, o agetne não responde porque exclui a
imputabilidade. Se for parcial, tem uma redução de pena de 1/3 a 2/3.
EX: Tício mora ao lado de uma fábirica de bebida e terminou por inalar a bebeido, vindo a
praticar o delito.
- Força maior:
EX: Tício forçou Mévio a beber, ficando em estado de embriaguez e praticando o delito.
Patológica: o agente já virou doente. Analisa se o agente é inimputável ou semimputável.
Preordenada/ dolosa: daí surgiu a teoria da ctio libera in causa. Responde pelo delito e pela
agravante genérica.
Pegadinha:
O direito penal brasileiro só admite a teoria actio libera in causa na embriaguez não aciedental
e na preordenada. A pegadinha vai dizer que a teoria é adotada em todas as modalidades de
embriaguez.
O art. 28, II diz que não exclui a imputabilidade penal substância análoga à bebeida. A droga é
análoga à bebida alcóolica. Não precisa está na portaria da Anvisa.
A inimputabilidade na lei de drogas é do agente que é doente. Aqui é somente a pessoa que
utilizou droga e praticou o delito.
Querendo mostrar conhecimento na prova discursiva: falar que a teoria foi desenhada na
Itália, e consta na exposição de motivos no art. 21. Que foi desenhada para embeiaguez
preordenada, mas aqui no Brasil se admite também na embriaguez não acidetal/ voluntária ou
culposa. Alguns doutrinadores visualizam nessa teoria a responsabilização penal objetiva. Mencionar
que a embriaguez tme três elementos, incidindo a embriaguez na imputabilidade.
Exclusão de ilicitude
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito
Inimputáveis
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
A lei 13.531/2017, atendo o reclamo da jusrisprudência do STJ alterou o inciso III no art. 163,
inserindo o Distrito Federal e Empresa pública ao dano qualificado e a receptação qualificada no art.
180 §3.
O crime de dano, o objeto tutelado é a coisa alheia, móvel ou imóvel. Importante falar que o
objeto tem que ser alheio.
No furto, o objeto é a coisa alheia móvel.
No crime de dano, cmo regra, se o proprietário danifica sua coisa, não responde por crime de
dano. EXCEÇÃO: se o objeto é seu, mas está em depósito com outra pessoa.
EX: Justiça determina que o bem de Tpicio fique em pdoer de terceiro e Tício vai e o destrói.
Não vai responder por dano, mas responde por crime contra a administração da justiça.
EX: Mévio destriui seu carro todo para receber o segro. Não caracteriza o danoporque o bem
não é alheio, mas configura o estelionato, pois, utilizou-se da fraude para recebimento de
indenização de seguro.
- Dano X Animal
EX: O cachorro pertence a Mévia e Tício subtraiu o animal. Se o cachorro está inserido no
patrimônio de Mévia, tem-se o furto configurado (não é abigeato porque o animal não é de
produção).
EX: Mévio estava visitando uma fazenda e adora pichar. Mévio escreveu na porteira da
fazenda. É dano ou crime ambienta configurado? Olhando o caput do art. 163, percebe-se que é um
crime de ação múltipla.
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
No art. 163, caput traz o dano simples, que tem pena de 1 a 6 meses ou multa.
O delegado está na delegacia e chea Mévio dizendo que Tício danificou seu automóvel na
garagem. É crime de ação penal privada. Para o delegado lavrar o TCO não há necessidade de
manifestação de vontade da vítima, de acordo com a lei 9099. Pode o delegado lavrar o TCO
independente de manifestação de vontade da vítima. A lavratura do TCO pelo delegado é de ofício.
Pedra de toque:
O dano qualificado não se trata mais de crime de menor portencial ofensivo, devendo o
delegado lavrar o auto de prisão em flagrante e arbitrar fiança, e não mais um TCO.
Antes da lei em questão, a jurisprudência entendia com a 1ª corrente, de acordo com o
princípio da legalidade, no art. de qualificação do dano não trazia o DF, se tornand dano simples. A
emrpesa pública também não consta no inciso III, antes da lei também era dano simples.
A 2ª corrente entende que o CP vei depois do DF, e quando o CP foi criado, ele pesou em
todos os entes federativos existentes na época, mas tinha a intenção de proteger todos os bens
públicos. Em interpretação teleológica, o DF estaria abarcado no art. 163, III, de acordo com o
princípio da igualdade.
Obs: art.163 caput: ação penal privada; incisos I, II e III, ação penal pública incondicionada;
Inciso IV é ação penal privada.
No julgado do STJ quando decidiu que dano ao patrimônio público do DF e de EP seria dano
simples e que ganharia configuração de dano qualificado, o examinador teria que tomar providência
e criar uma lei nesse sentido.
Agora, com a lei, o art.163,§ú, III:
III - contra o patrimônio da União, de Estado, do Distrito Federal, de Município ou de
autarquia, fundação pública, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa
concessionária de serviços públicos; Tornou o dano ao patrimônio do DF e de Empresas Públicas
como dano qualificado.
A lei alterou também o delito de receptação qualificada.
Art.180, 6º Tratando-se de bens do patrimônio da União, de Estado, do Distrito Federal, de
Município ou de autarquia, fundação pública, empresa pública, sociedade de economia mista ou
empresa concessionária de serviços públicos, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste
artigo.
No delito de dano qualificado, o delegado vai lavrar o auto de prisão em flagrante e arbitrar
fiaça. Não pode lavrar TCO.
No caso da recptação, e o bem for público, a pena é dobrada e o delegado não pode mais
arbitrar fiança.
O legislador procurou corrigir essa divergência, em função da vedação do princípio da
proteção eficiente.
Art. 155, § 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo
automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior .
O art. não faz referência ao DF, inserindo em dano simples.
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado
ou para o exterior;
Esse art. também poderia se alterado para se o veículo for transportado para o DF.
Considerar no art. 155 e 157 o DF, seria analoia in malan parten??
- Dano X res nullius
Coisa de ninguém é fato atípico.
-Dano X res
Coisa perdida tem proprietário. Configura o dano.
Obs: Crime a prazo é coisa achada. Achar uma coisa e quebrar, tem o dano.
O cunhado teria, em tese, realizado o disparo de arma de fogo na nuca do agente que,
outrora tentara subjulgar a Ana e sua irmã.
Subjetiva:
EX: Um agente, de pouca estrutura corporal, é atacado por alguém muito forte. A vítima, na
tentativa de se defender, acaba desferindo um soco no agreso. Devido uma alteração de ânimo, a
vítima perde a noção do que está fazendo e desfere vários socos, sem perceber que o agressor já
desmaiou, continua batendo. Essa LD que decorre da alteração de ânimo é chamada de LD subjetiva.
Aqui navega na culpabilidade, sendo causa exclusão da culpabilidade, por inexigibilidade de conduta
adversa.
Cuidado nas provas: o examinador aproveita o nome LD (que é causa de exclusão da ilicitude)
e diz que a LD subjetiva também exclui a ilicitude!!!
Existe outra LD, a chamada sucessiva: quando o agressor atual vai lançar mão, após ter sido
imobilizado, de uma agressão. Quem era a vítima passa a ser agressor.LD sucessiva é oponível ao
excesso.
EX: Tício começou a agredir Mévio. Mévio consegue imobilizar Tício, cessando a agressão.
Tício e passa a agredir Tício. Apesar de Tício ter iniciado agressão não quer dizer que ele não pode
lançar mão da LD.
Caso Concreto:
Conhecimento dos fatos em cima do que a impresa diz. O agressor teria entrado no hotel de
luxo onde estaria hospedado a Ana, sua irmã e seu cunhado. O agressor abordou o cunhado com
uma arma de fogo (temos uma iminente agressão) e pediu que ele o leva-se ao local em a Ana estava.
Chegando ao local, o agressor abordou os três.
AO que tudo indica, o cunhado percebeu uma facilidade em retirar a arma do agressor e
entrou em luta corporal com ele. Na luta corporal, o agressor disparou um tiro que atingiu a irmã de
Ana. Na e sua irmã fugiram do lcal. Ficou o cunhado e o agressor em luta corporal (o que configura
LD). EM dado momento, o cunhado conseguiu imobilizar o agressor e o desarmou. Após desarmá-lo,
há informação que ele havia efetuado mais disparos.
Ao imobibilzar, cessa a agressão e não há mais agressão injusta. Ao continuar a agredir o
agressor (três disparos), tem-se nitidamente um excesso configurado.
O processo está na fase do juízo de pronúncia, para decidir se o cunhado vai para o tribunal
do júri.
O MP entendeu pelo excesso, tendo o homicídio doloso simples (poderia entender ser na
forma qualificada pel fato da vítima está de costas e impossibilitar sua defesa).
A lei não autoriza matar; ela autoriza a agir em LD, mesmo que em sua defesa você precise
matar. A defesa precisa tseguir os requisitos.
Tem que analisar todo um contexto.
Para o leigo, que não estudou a técnica, vai entender que ao acusar o cunhado de Ana,
estamos a defender um vagabundo (o agressor).
Ao analisar com a técnica, entende-se que houve o excesso.
Vamos supor que no meio dos disparos, um atingiu a nuca do agressor, que mesmo assim
conseguiu reagir e tivesse atirado no cunhado, que viria a óbito. Ele iria responder? Teríamo a LD
sucessiva por parte do agressor, pois o tiro na nuca seria uma agressão injusta.
É possível ED e LD simultânea?
Sim, é o fato do agente está acobertado por duas excludentes ao mesmo tempo.
EX: Tício está ao lado de um PM. Mévio com uma arma vai na direção de Tício. Tício subtrai a
arma do PM e atira em Mévio. Tício está em ED em relação ao PM e em LD em relação a Mévio.
Lei
RESOLVENDO QUESTÕES CESPE- ESTATUTO DO DESARMAMENTO (21/12/2017)
1)- (CESPE DELEGADO PE/2016) Segundo o STJ, configura crime consumado de tráfico de
drogas a conduta consistente em negociar, a aquisição de entorpecentes e disponibilizar veículo
para seu transporte, ainda que o agente não receba a mercadoria, em decorrência de apreensçao
do material pela polícia, com o auxílio de interceptação telefônica.m
Configura tráfico (devido a comercialização) e o STJ entende que não há necessidade que a
droga sea entregue para que o crime seja consumado.
2)- (CESPE DELEGADO GO/2017)O crime de associação para o tráfico se consuma com a
mera união dos envolvidos, ainda que de forma individual e ocasional.
Associação para o tráfico é a associação de 2 u + pessoas.´É um crime permanente, mas não é
tráfico, por isso não se equipra aos crimes hediondos.
Associação é ≠ Concurso de pessoas. EX: Tício chama Mévo para vender uma droga com ele e
dividem o ‘apurado’. Eles não tiveram nenhum outro tipo de contato e nem estabeleceram qualquer
vínculo de estabilidade. Esse encontro foi ocasional. Tem aqui o tráfico de drogas em concurso de
pessoas e NÃO a associação para o tráfico.
A associação tem que ter a habitualidade, a organização, divisão de lucros, e etc.
A associação majora o crime de tráfico, o concurso, não.
Se o concurso for com um menor, tecnicamente falando, seria um pseudo concurso porque o
menor não tem culpabilidade. O menor é considerado para efeito de qualificadora.
A questão: ERRADA, pois associação demanda estabilidade. A união ocasional configura o
concurso de pessoas.
Associação envolvendo menor: pode utilizar o menor para configurar a associação e o STJ
entende que não configura bis in iden considerar o menor para associação e para incidência da
majorante do art. 40 (participação de menor no tráfico).
Mesmo associação não sedo tráfico, STJ entende que o livramento condicional qunado se
trata de associação deve seguir o previsto na lei de drogas, pois é uma lei especial, tendo que cumprir
2/3 da pensa se o agente não for reincidente específico e 3/5 se for.
3)- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Confime a lei 11.343, o juiz, na fixação das
penas considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do CP, a natureza e a
quantidade de substâncias ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente.
CERTA O art. 59 trata das circunstâncias judiciais. Ao tratar da lei de drogas tem que seguir o
art. 42 da lei, por ser lei especial.
Art. 42: O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art.
59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a
conduta social do agente .
4)- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Dado o instituto de delação premiada previsto
nessa lei (11.343) ao acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial podem ser
concedidos os benefícios de redução de pena, do perdão judicial ou da aplicação de regime
penitenciário mais brando.
Na lei de drogas, lei de lavagem de dinheiro e na lei 12.850, há possiblidade da delação
premiada.
Na lei da lavagem e na 12.850, há também a possibilidade do perdão judicial. A lei de drogas
não tem o erdão, tem apenas no art.41 uma diminuição de pena.
5)- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Segundo o STJ, para a incidência da majorante
prevista no art. 40, V da lei 11.343 é desnecessária a efetiva transposição de fronteira entre
estados da federação, sendo suficiente a demonstração inequívoca da intenção de realizar o tráfico
internacional.
CORRRETO. Não há a necessidade da transposição de fronteiras, basta a intenção.
O tráfico estadual també é chamado de trpafico doméstico.
Tráfico interestadual é de competência da polícia estadual, mas a PF pode investigar. O fato
da PF investigar um tráfico interestadual não desloca a competência para justiça federal.
Tráfico interestadual é uma majorante.
EX: Tício está no DF e pede uma droga que vem dos EUA. Quando essa droga entra no Brasil,
foi apreendida em SP. A competência para processar e julgar vai ser da PF de onde a droga foi
apreendida. Se a droga chega até o DF, precisando passar por Minas só irá configurar também o
tráfico interestadual se em Minas e em SP a dorga tiver sido vendida (tem que haver a pulverização
da droga). A condição somente geográfica da droga não configura a majorante entre os estados (STJ).
Se a droga não for considerada substância entorpecente na ciade de origem (EX: cloreto de
etila na Arentina) nõa é tráfico internacional. Se o clreto de etila passa por algumas fronteiras aqui
dentro do Brasil, iria configurar o tráfico doméstico.
6)- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Segundo STJ, é possível o reconhecimento do
tráfico privilegiado, com a consequente redução de pena de um seto a dois terços, ao agente
transportador de drogas, na qualidade de mula, uma vez que a simples atuação nessa condição não
indiz, automaticamente, a conclusão de qie este seja integrante de organização criminosa, fato
que, quando constatado, inviabiliza o benefício.
CORRETO. STJ em decisão recente, no HC 387.077/SP entendendo que a simples condição de
mula não induz que o agente seja parte de uma organização criminosa.
Para o STF a simples condição de mula não inviabiliza a concessão do benefício.
O tráfico privelgiado, para a concessão do benefício tem que seguiur aluns requisitos. STF se
posicionou que o tráfico privilegiado não tem roupagem de crime hediondo. O STJ entendeu por
realinhar-se com o STF e cancela a súmula 512 e hoje entende que o trpafico privilegiado não tem
roupagem ao crime equiparado ao hediondo.
7)- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Segundo o STJ, a quantidade da droa pode ser
considerada para indicar que o aente se dedica a atividade criminosa, impossibilitando a aplicação
da causa de diminuição prevista no art. 33, §4 da lei 11.343.
CERTO. No STF há divergência; a 1ª turma entende que sim (HC 130.981- inf. 844); a 2ª turma
(a maioria) entende que não. O STJ entende que a quantidade da droga pode ser considerada para
afastar o privilégio.
Quantidade da droga, por si só, não é elemento para dizer que o agente é traficante. Art. 28,
§2.
Art. 28,§ 2o Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à
natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a
ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente.
Uma pessoa que responde por tráfico de drogas e que tem ações penais em curso, com
diversos IP instaurados, para o STJ são elementos indicadores de que o agente se dedica a atividades
criminosas.
STJ entende que ônus de provar que é traficante cabe ao MP e não o acusado que tem que
provar que é ussuário.
Art. 33, §3 é o uso compartilhado. Para configurar o uso compartilhado é necessário ter a
oferta, a eventualidade, a ausência de lucro, a pessoa tem que ser do relacionamento e tem que sedr
utilizado em conjunto. Faltando um dos requisitos irá configurar o tráfico.
Semente não constitui matéria prima para configurar o art. 34, STJ mudando de
posicionamento.
8)- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Segundo STJ, na hipótese do agente praticar os
delitos previstos nos artigos 33 a 37, da lei 11.343, juntamente com menor de 18 anos, será
possível a condenação do agente com a incidência da causa de aumento prevista o art. 40, VI, bem
como pela prática do delito de corrupção de menores, art. 244-B, do ECA, em concurso formal de
crimes.
Quando se estuda o delito de corrupção de menores e um delito que seja qualificado pelo
concurso de pessoas, o entendimento é que o menor conta para a formação do concurso e também
vai ser considerado vítima, respondendo ao gente por corrupção de menores (independe se o menor
já é corrompido).
No que se refere a lei de drogas, o STJ entende que quem pratica tráfico juntamente com o
menor responde por tráfico com incidência da majorante do menor; não respondendo o agente por
corrupção de menores (entendimento do STJ), respondendo apenas pela incidência da majorante.
Não há que se falar em concurso formal de crimes.
OBS: No furto, o maior responde por furto em concurso de pessoas e corrupção de menores.
Não fazer confusão no caso do menor contar para o delito de associação e para incidência da
causa de aumento.
Haveria possibilidade do agente responder por um crime da lei de drogas e corrupção de
agente: porque o julgado que diz que não se aplica a corrupção de agente aos crimes da lei de drogas
só se refer aos crimes dos artigos 33 a 37 (HC no Rec especial 1622.781MT).
9)- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Segunto STF, a aplicação da causa de aumento
de pena prevista no art. 40, III da lei 11.343, se justifica quando constatada a comercialização de
drogas nas dependências ou imediações de estabelecimentos pricionais, sendo irrelevante se o
agente infrator visa ou não frequentadores daqueles estabelecimentos.
CORRETO.
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois
terços, se:
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do
fato evidenciarem a transnacionalidade do delito;
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão
de educação, poder familiar, guarda ou vigilância;
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos
prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas,
esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos
ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de
reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos;
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou
qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva;
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal;
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por
qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação;
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime
O art. 40, III menciona que há incidência da causa de aumento quando o tráfico for praticado
nas imediações de estabelecimentos prisionais, transportes públicos, etc. STJ entende que não há
necessidade do agente visar atingir pessoas dos estabelecimentos.
Onde há a mesma razão, aplica-se o mesmo direito: Zouk entende que se aplica também aos
hospitais, estabelecimentos de ensino e seus frequentadores.
Na causa de aumento do art. 40, III tem o transporte público. STJ e STF entendem que se a
infração tiver ocorrido com utilização de transporte público, é necessário que o agente comercialize a
droga dentro do transporte. Se cair na prova a letra da lei, não faz explicação se há necessidade da
comercialização dentro do automóvel.
Autofinancimanento (quem financia e quem vende a droga) responde pelo tráfico com a
causa de aumento. So responde no art. 36 quem financia e não vende.
Emprego de arma: a arma tem que ser empregada para traficar.
10)- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Segundo STJ, a condenação por tráfico de
drogas e por associação para o tráficode drogas prescinde da efetiva apreensão de entorpecentes
na posse de um acusado específico, cuja responsabilidade pode ser definida racionalmente, a
despeito de apreendida a droga na posse de terceiro, com base no contexto probatório, a autorizar
o provimento condenatório.
CORRETO. STJ entende que não há necessidade de apreensão da droga para configurar o
tráfico ou associação. Se tem interceptações telefônicas que vinculem esse agente á prática do tráfico
ou associação, pode apreender a droga na mão de outra pessoa e o agente mesmo assim ser
condenado.
HC131455/MT-2012 o STJ entendeu possível a condenação por tráfico com ausência da
apreensão da droga.
STJ entende que laudo preliminar de constatação, assinado por perito criminal, constitui
exceção a necessidade do laudo definitivo para materialização do delito de tráfico de drogas. Para o
STJ, há possibilidade de condeação apenas em laudo preliminar, desde que o laudo seja assindo por
perito crimnal e a droga, de fácil constatação.
Princípio da insignificância no porte de droga para uso próprio: STF entende que é possível;
STJ entende que não.
STJ e STF entendem que não é possível aplicar a insignificância para o crime de tráfico.
Art.38 é o único crime culposo da lei de drogas.
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou
fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar :
EX: Médico de forma dolosa prescrevea substância entorpecente responde no art. 33, porque
tem o dolo.
3- (AULÃO ADELANTE DELEGADO MT/2017) Júlio, policial civil sem qualquer motivo
justificado, estando de folga, na saída de uma boate sacou sua arma de fogo e realizou disparo para
o alto em via pública. Imediatamente, Júlio foi abordado por policiais militares e encaminhado à
delegacia. Considerando o contexto fático, o delegado de plantão deverá autuá-lo em flagrante
delito por incurso nas penas previstas no art. 15, caput da lei 10.826 (disparo de arma de fogo) e
ato contínuo, arbitrar fiança.
ERRADO.
Art. 15 traz o disparo de arma de fogo, com pena de 2 a 4 anos, podendo o delegado
arbitrar fiança. MAS o art. 20 traz as causas de aumento de pena de ½. Assim, para arbitrar fiança o
delegado deve considerar o aumeno de pena.
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade
se forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6o, 7o e 8o desta Lei .
A quantidade de disparos para o alto não são contados como se crimes diferentes fossem,
correspondem na dosimetria da pena.
O disparo absorve o porte de arma.
Irá responder por porte e disparo se ficar comprovado que o agente já possuía a arma a
muito tempo, em contextos fáticos diferentes.
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou
qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
- Porte X homicídio:
Porte é absorvido pelo homicídio.
Se a questão mencionar que a arma de fogo foi adquirida anteriormente, em outro
contexto fático, irá responder pelos dois crimes.
EX: Tício portava arma de fogo se autorização legal, adquirida em janeiro. Encontra Mévio,
que saca arma de fogo para o matar. Tício, então, saca sua arma e atira em Mévio, matando-o.
Na situação de homicídio tem a excludente da legítima defesa, respondendo somente no
porte de arma.
- Porte de arma X Policial civil aposentado: STJ entende que o porte funcional não se
estende ao PC aposentado.
- Porte de granda de gás lacrimogêneo/gás de pimenta: STJ entende que não há que se
falar no delito do art. 16, §único.
EX: Tício, policial civil, encontra Mèvio, também policial. Tício pede que Mévio leve sua
arma para casa, enquanto fica jogando bola. Ao encaminhar para casa, Mévio é abordado pela polícia
e diz que pode portar a arma por ter porte de arma de fogo. STJ entende que o simples fato de ser
policial não enseja possibilidade de protar qualquer arma; só pode portar arma que esteja em seu
nome ou que seja da instituição e esteja acautelada em seu nome.
Porte ou posse é crime de ação permanente. (aplica-se súmula 711).
- Praticante de tiro esportivo: pode transpirtar arma municiada, mas tem que ter a guia de
tráfico.