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INTERNATIONAL
STANDARD
ISO 45003:2021
Gestão de Seguranca e Saúde
Ocupacional -
Ênfase em Segurança e Saúde
Psicológica no Local de Trabalho
Prefacio
ISO (a Organização Internacional para Padronização) é uma federação mundial de organismos nacionais de
normalização (organismos membros da ISO). O trabalho de preparação de Normas Internacionais se realiza
normalmente através de comités técnicos da ISO. Cada organismo membro interessado em um tema para o qual
se haja estabelecido um comité técnico tem direito estar representado neste comité. As organizações
internacionais, governamentais e não governamentais, em coordenação com ISO, também participam do
trabalho. ISO colabora extritamente com a Comissao Eletrotécnica Internacional (IEC) em todos os assuntos de
normalização eletrotécnica.
Os procedimentos utilizados para desenvolver este documento e aqueles resultados para uma referida
manutenção se descrevem nas Diretivas ISO / IEC, Parte 1. Em particular, devem ter em conta os diferentes
critérios de aprovacao necesarios para os diferentes tipos de documentos ISO. Este documento foi arquivado de
acordo com as regras editoriais das Diretrizes ISO / IEC, Parte 2 (ver www.iso.org/directives).
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Se chama a atenção sobre a possibilidade de que os elementos deste documento possam estar sujeitos a direitos
de patente. ISO não se faz responsável por identificar algum ou todos os direitos de patente. Os detalhes do
pedido de patente identificado durante o desenvolvimento do documento estarão na introdução e / ou na lista
ISO de declarações de patentes recebidas (ver www.iso.org/patents).
Qualquer nome comercial utilizado neste documento é informação proporcionada para a conveniência dos
usuários e não constitui em retorno.
Para obter uma explicação da naturalidade voluntária das normas, o significado dos termos e expressões
específicas de ISO relacionados com a avaliação da conformidade, assim como informações sobre a adesão da ISO
aos princípios da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Obstáculos Técnicos ao Comercio (OTC),
consulte www.iso.org/iso/foreword.html.
Este documento foi elaborado pelo Comité Técnico ISO / TC 283, Gestao de segurança e saúde ocupacional.
Qualquer comentário ou pergunta sobre este documento deve dirigir-se ao organismo nacional
de normalização do usuário. Pode encontrar uma lista completa de organismos estes
em www.iso.org/members.html.
0 Introdução
Este documento oferece orientação sobre a gestão dos riscos psicossociais e a promoção do bem-estar no
trabalho, como parte de um sistema de gestão da Segurança e Saúde Ocupacional (SSO).
Este documento está destinado a ser utilizado junto com a ISO 45001, que contém requisitos e orientações sobre
a planificação, implementação, revisão, avaliação e melhoria de um sistema de gestão do SSO.
A ISO 45001 destaca que a organização é responsável pela SSO dos trabalhadores e outras pessoas que podem ser
afetadas por suas atividades. Esta responsabilidade inclui proteger e promover sua saúde física e psicológica.
Por tanto, o objetivo e resultados obtidos do sistema de gestão SSO sao impedir as lesões e enfermidades
relacionadas com o trabalho dos trabalhadores e proporcionar lugares de trabalho seguros e saudáveis.
Consequentemente, é de vital importância para a organização eliminar os perigos e minimizar os riscos de SSO
mediante a adoção de medidas preventivas e de proteção eficaz, que inclui medidas para gerenciamento dos riscos
psicossociais. Os perigos psicossociais são reconhecidos cada vez mais como desafíos importantes para a saúde,
a segurança e o bem-estar no trabalho. Os perigos psicossociais se relatam sobre como se organiza o trabalho, os
fatores sociais no trabalho, os aspectos do ambiente laboral, equipamentos e tarefas perigosas.
Os perigos psicossociais podem estar presentes em todas as organizações e setores, e em todo tipo de tarefa
laboral, equipamentos e vagas de emprego.
Os perigos psicossociais podem ocorrer em combinação uns com os outros e podem influenciar e ser influenciados
por outros perigos. O risco psicossocial está relacionado ao potencial desses perigos causar vários
agravamentos na saúde, segurança e bem-estar do individuo, no desempenho e sustentabilidade
organizacional. É importante que os riscos psicossociais sejam gerenciados de maneira consistente com outros
riscos de SSO, por meio de um sistema de gestão SSO e integrados aos processos de negócios mais amplos da
organização.
Os riscos psicossociais afetam tanto a saúde e segurança psicológicas, quanto a saúde, a segurança e o bem-estar
no trabalho de forma mais ampla. Os riscos psicossociais também estão associados aos custos econômicos para
as organizações e a sociedade.
Há uma série de termos usados em relação ao que afetam os riscos psicossociais, incluindo “saúde psicológica” e
“saúde mental”. Esses termos são considerados intercambiáveis e têm o mesmo significado para os fins deste
documento. Este documento trata de todos os tipos de impactos na saúde, segurança e bem-estar no trabalho.
Os resultados negativos para os trabalhadores podem incluir problemas de saúde e condições associadas (por
exemplo, doenças cardiovasculares, distúrbios musculoesqueléticos, diabetes, ansiedade, depressão, distúrbios
do sono) e comportamentos de saúde ruins associados (por exemplo, uso indevido de substâncias, alimentação
não saudável), bem como redução da satisfação no trabalho, comprometimento e produtividade. Gerenciar riscos
psicossociais pode resultar em resultados positivos, incluindo maior satisfação no trabalho e maior produtividade.
Embora vários fatores possam determinar a natureza e a gravidade dos resultados dos riscos psicossociais, as
organizações têm um papel significativo a desempenhar na eliminação de perigos ou na minimização de
riscos. Tanto a organização quanto os trabalhadores compartilham a responsabilidade de manter a melhor saúde,
segurança e o bem-estar no trabalho.
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Para a organização, o impacto dos riscos psicossociais inclui aumento dos custos devido à ausência no trabalho,
na rotatividade, redução na qualidade do serviço ou produto, recrutamento e treinamento, investigações e
litígios no ambiente de trabalho, bem como danos à reputação da organização.
A gestão eficaz do risco psicossocial pode levar a benefícios como maior engajamento do trabalhador, maior
produtividade, maior inovação e sustentabilidade organizacional.
Este documento descreve exemplos de perigos psicossociais decorrentes da organização do trabalho, fatores
sociais e ambiente de trabalho, equipamentos e tarefas perigosas, bem como uma gama de medidas de controle
que podem ser usadas para eliminar perigos ou minimizar os riscos associados.
As organizações são responsáveis por identificar perigos e minimizar os riscos associados a eles. A participação
dos trabalhadores, em todas as etapas do processo, é fundamental para o sucesso do gerenciamento dos riscos
psicossociais.
Este documento também inclui informações sobre o que é importante para as organizações considerarem em
relação à conscientização sobre os riscos psicossociais, desenvolver competências na gestão de riscos
psicossociais, apoiar a recuperação e o retorno ao trabalho dos trabalhadores afetados e planejar e responder a
situações de emergência.
O sucesso da gestão de riscos psicossociais depende do comprometimento de todos os níveis e funções da
organização, especialmente da alta administração.
1 Escopo
Este documento fornece diretrizes para o gerenciamento de risco psicossocial dentro de um sistema de gestão da
segurança e saúde no trabalho (SSO) baseado na ISO 45001. Ele permite que as organizações evitem lesões
relacionadas ao trabalho e problemas de saúde de seus trabalhadores e outros membros de interesse da
organização, assim como também promover o bem-estar no trabalho.
É aplicável a organizações de todos os tamanhos e todos os setores, para o desenvolvimento, implementação,
manutenção e melhoria contínua de locais de trabalho saudáveis e seguros.
NOTA Quando o termo “trabalhador” é usado neste documento, os representantes dos trabalhadores, quando
existem, estão sempre implícitos.
2 Referências normativas
Os documentos a seguir são mencionados no texto de forma que parte ou todo o seu conteúdo constitua os
requisitos deste documento. Para referências datadas, apenas a edição citada se aplica.
Para referências não datadas, a última edição do documento referenciado (incluindo quaisquer emendas) se
aplica.
• ISO 45001: 2018, Sistemas de gestão de segurança e saúde ocupacional - Requisitos com orientação para uso
3 Termos e definições
Para os fins deste documento, os termos e definições dados na ISO 45001: 2018 e os seguintes se aplicam.
ISO e IEC mantêm bancos de dados terminológicos para usos padronizados nos seguintes endereços:
• Plataforma de navegação ISO Online: disponível em https://www.iso.org/obp
• IEC Electropedia: disponível em http://www.electropedia.org/
satisfação das necessidades físicas, mentais, sociais e cognitivas e expectativas de um trabalhador em relação ao
seu trabalho
Nota 1 para inserção: O bem-estar no trabalho também pode contribuir para a qualidade de vida fora do trabalho.
Nota 2 para inserção: Bem-estar no trabalho está relacionado a todos os aspectos da vida profissional, incluindo
organização do trabalho, fatores sociais no trabalho, ambiente de trabalho, equipamento e tarefas perigosas.
4 Contexto da Organização
4.1.1 Geral
A organização deve determinar as questões externas relevantes para alcançar os resultados pretendidos do
sistema de gestão SSO em relação ao risco psicossocial. Os problemas externos podem incluir:
a) a cadeia de suprimentos na qual a organização opera, pois isso pode afetar perigos psicossociais e seus
riscos associados (por exemplo, por meio de pressão de tempo, cronogramas ou pressão de produção);
b) relações com empreiteiros, subempreiteiros, fornecedores, provedores e outras partes interessadas;
c) o compartilhamento de locais de trabalho, recursos e equipamentos com outra partes (por exemplo, se
a organização colabora com outras organizações em locais de trabalho);
d) requisitos do consumidor e / ou cliente para a prestação de serviços (por exemplo, os requisitos do
consumidor / cliente podem afetar os riscos psicossociais por meio de violência, assédio, pressão de
tempo);
e) condições econômicas que podem afetar a disponibilidade, duração e localização do trabalho;
f) a natureza dos contratos de trabalho, remuneração, condições de trabalho e relações laborais;
g) os dados demográficos dos trabalhadores disponíveis para trabalhar (por exemplo, trabalhadores jovens
ou idosos, idades crescentes de aposentadoria, gênero);
h) rápidas mudanças tecnológicas (por exemplo, maior conectividade com dispositivos eletrônicos, impacto
da inteligência artificial e tecnologia de automação);
i) mobilidade da força de trabalho, criando maior diversidade entre trabalhadores de diferentes origens e
culturas e falando línguas diferentes;
j) o contexto mais amplo da região geográfica da organização, incluindo questões sociais, econômicas e de
saúde pública (por exemplo, pandemias, desastres naturais, crises financeiras).
As questões internas que podem afetar os resultados pretendidos do sistema de gestão SSO em relação ao risco
psicossocial podem incluir:
a) como a organização é governada e gerenciada (por exemplo, sua estrutura organizacional, atribuição de
funções e responsabilidades, eficácia e eficiência de seus processos de tomada de decisão formais e
informais, organização cultural, estilo de gestão, estilo de comunicação, respeito pela privacidade);
b) o nível de compromisso e direção da organização com relação à saúde psicológica, segurança e bem-estar
no trabalho, conforme estabelecido nas declarações de políticas, diretrizes, objetivos e estratégias;
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c) outros sistemas de gestão adotados pela organização que podem interagir com a gestão de riscos
psicossociais (por exemplo, com base na ISO 9001 e ISO 14001);
d) tamanho e natureza da força de trabalho da organização (por exemplo, grande, pequena, complexa ou
altamente descentralizada);
e) características dos trabalhadores e da força de trabalho (por exemplo, gênero, idade, etnia, religião,
deficiência, idioma, alfabetização e numeramento);
f) competência dos trabalhadores para reconhecer perigos psicossociais e gerenciar riscos;
g) locais de trabalho (por exemplo, força de trabalho itinerante sem um ambiente de trabalho fixo,
trabalhando remotamente, trabalhando em casa, trabalhando isoladamente ou trabalhando em locais
remotos, como na zona rural);
h) termos e condições dos trabalhadores (por exemplo, acordos de trabalho flexíveis, remuneração e
benefícios, trabalho em tempo parcial, casual ou temporário);
i) adequação e disponibilidade de recursos (ver 7.1).
A organização deve confirmar que o escopo de seu sistema de gestão SSO e suas operações e atividades com
relação à gestão de risco psicossocial são especificamente abordadas pelo sistema de gestão SSO da organização.
Convém que a organização assegure que seu sistema de gestão SSO permanece apropriado, eficaz e relevante
para suas operações e atividades no que diz respeito à gestão de risco psicossocial.
f) comunicar como delatores, vítimas, testemunhas e aqueles que relatam ou levantam questões de risco
psicossocial no ambiente de trabalho serão protegidos;
g) obter e fornecer comentários para determinar a eficácia da gestão e prevenção de risco psicossocial
dentro do sistema de gestão SSO, tanto na implementação quanto na operação;
h) capacitar os trabalhadores e garantir que sejam competentes para cumprir suas funções e
responsabilidades em identificar e gerenciar o risco psicossocial;
i) remover barreiras que podem limitar a participação dos trabalhadores e ter como objetivo aumentar sua
participação;
j) envolver ativamente os trabalhadores em um diálogo contínuo sobre a gestão do risco psicossocial;
k) apoiar e incentivar os trabalhadores a participarem ativamente na gestão do risco psicossocial no
ambiente de trabalho
5.2.1 Ao estabelecer uma política de SSO para a organização, a alta administração deve:
a) garantir que os compromissos com a prevenção de doenças e lesões relacionadas ao risco psicossocial e
promovendo o bem-estar no trabalho sejam incluídos na política de SSO;
b) determinar se há necessidade de uma política separada sobre o gerenciamento de risco psicossocial;
c) considerar como outras políticas (por exemplo, recursos humanos, responsabilidade social corporativa)
apoiam e são consistentes com a política de SSO para atingir objetivos comuns.
A alta administração é responsável pelo funcionamento do sistema de gestão SSO e deve esclarecer as funções,
responsabilidades e autoridades para gerenciar o risco psicossocial no ambiente de trabalho. A gestão eficaz dos
riscos psicossociais dentro de um ambiente de trabalho exige que os trabalhadores com diferentes funções
trabalhem juntos de forma eficaz (por exemplo, recursos humanos, gerentes de linha, trabalhadores com
responsabilidades específicas de SSO).
A organização deve promover e apoiar o ambiente dos trabalhadores no gerenciamento ativo dos riscos
psicossociais.
A consulta e a participação dos trabalhadores e, quando existam os representantes dos trabalhadores, é essencial
para o desenvolvimento, planejamento, implementação, manutenção, avaliação e melhoria contínua de um
ambiente de trabalho saudável e seguro no sucesso do(s) processo(s) de gestão de risco psicossocial.
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Além dos requisitos gerais da ISO 45001: 2018, 5.4, a organização deve:
a) a)fornecer oportunidades de comentários por parte dos trabalhadores para ajudar a organização
determinar a eficácia da gestão de riscos psicossociais;
b) encorajar a participação e o envolvimento, por exemplo, em comitês de saúde e segurança ou redes de
suporte ponto a ponto, se apropriado para o tamanho e contexto da organização. Em organizações
menores, onde pode faltar a representação formal dos trabalhadores, esta consulta deve ser realizada
diretamente com os trabalhadores. Convém que consultas entre a organização e os trabalhadores ocorra
para todas as fases da gestão do risco psicossocial, levando em consideração a experiência e os
conhecimentos dos trabalhadores.
Tanto a organização quanto seus trabalhadores têm funções e responsabilidades específicas. Comitês de saúde e
segurança, conselhos de trabalho ou outros órgãos de representação também têm um papel importante a
desempenhar.
O envolvimento nos processos de tomada de decisão pode aumentar a motivação e o compromisso do trabalhador
em contribuir para locais de trabalho psicologicamente saudáveis e seguros. Ser encorajado e apoiado a
participar, em vez de se sentir forçado a participar, tem mais probabilidade de ser eficaz e sustentável.
Algumas das preocupações sobre o envolvimento dos trabalhadores podem incluir preocupações sobre
resistência, atitudes negativas, apatia e uma natureza de comportamentos sensíveis no impacto dos riscos
psicossociais. Qualquer uma dessas preocupações pode vir de iniciativas anteriores malsucedidas. Por essas
razões, cuidados devem ser tomados para abordar as preocupações dos trabalhadores e outras partes de interesse
quando estabelecer o sistema de gestão de SSO, como ambém a participação e consulta devem ser
encorajadas. Envolver os representantes dos trabalhadores, onde estes existirem, pode ajudar a prevenir ou
minimizar as preocupações dos trabalhadores.
As organizações também devem apoiar em consultas, participação e o engajamento contínuo, obter contribuições
em todos os estágios de planejamento e implementação do mesmo. Um envolvimento ativo e significativo das
partes relevantes de interesse é um fator importante para a gestão dos riscos psicossociais em qualquer
organização.
6 Planejamento
6.1.1 Geral
6.1.1.1 A organização deve considerar as questões referidas na Cláusula 4 e determinar os riscos e oportunidades
que precisam ser abordados, incluindo:
a) riscos psicossociais;
b) prevenção de lesões e problemas de saúde;
c) estratégias para o retorno dos trabalhadores ao trabalho;
d) oportunidades de melhoria, incluindo promoção do bem-estar no trabalho;
e) o desenvolvimento, revisão e manutenção de sistemas, processos e estruturas de reporte com relevância
para a gestão do risco psicossocial.
f) A organização deve priorizar ações com base em sua avaliação dos riscos psicossociais.
c) os resultados da avaliação dos riscos psicossociais, para compreender a sua natureza e suas causas
subjacentes;
d) a implementação de ações destinadas a eliminar os riscos psicossociais e reduzir os riscos associados;
e) a avaliação dessas ações e seus resultados;
f) a gestão do processo, revisando-o e atualizando-o para atender as necessidades de mudança,
reconhecendo as boas práticas;
g) os recursos necessários;
h) como envolver ativamente os trabalhadores por meio de consulta e participação.
6.1.2.1.2 A organização deve identificar perigos de natureza psicossocial. Isso pode incluir:
• ambiguidade de funções
• conflito de papéis
• dever de cuidados com outras pessoas
• cenários onde os trabalhadores não têm diretrizes claras nas tarefas de
trabalho que devem fazer. (e não fazer)
Funções e
• expectativas dentro de uma função que prejudique umas às outras (por
expectativas
exemplo, espera-se que forneça um bom atendimento ao cliente, mas que
também não gaste muito tempo com clientes)
• incertezas sobre algo, ou mudanças frequentes nas tarefas e trabalhos
padronizados
• realizar trabalhos de pequeno valor ou propósitos
• subutilização de habilidades
• exposição contínua do trabalho à interação com pessoas (por exemplo, ao
público, consumidores, clientes, estudantes, pacientes)
• ter muito o que fazer dentro de um certo tempo ou com um determinado
número de trabalhadores
• tendo muito a fazer com um determinado tempo ou número de
Demandas de trabalhadores
trabalho • demandas e prazos conflitantes
• expectativas irreais da competência ou responsabilidades de um trabalhador
• falta de variedade de tarefas ou execução de tarefas altamente repetitivas
• trabalho fragmentado ou sem sentido
• requerimentos para períodos excessivos de alerta e concentração
• trabalhar com pessoas agressivas ou angustiadas
• expor-se a eventos ou situações que podem causar traumas
• comunicação pobre
• baixos níveis de suporte para resolução de problemas e desenvolvimento
Cultura organizacional pessoal
/ grupo de trabalho • falta de definição para, ou acordo com, os objetivos da organização
• aplicação inconsistente e extemporânea de políticas e procedimentos,
tomada de decisão injusta
6.1.2.1.3 A organização deve estabelecer, implementar e manter processos contínuos e proativos para a
identificação de perigos psicossociais. Isso pode ser feito pelos seguintes exemplos:
NOTA 1 Onde as informações documentadas podem identificar trabalhadores específicos, é importante agregar
(agrupar) os dados para garantir que a privacidade individual do trabalhador seja respeitada e que trabalhadores
específicos não sejam identificados. Espera-se que a organização leve em consideração o conhecimento,
experiência e competência dos trabalhadores em relação aos seus empregos e consulte os trabalhadores
relevantes e/ou o representante trabalhista, se houver, na identificação de riscos psicossociais e como seu trabalho
é designado e executado.
Quando os riscos psicossociais são identificados, organizações devem levar em consideração que os riscos
psicossociais se interagem uns com os outros, e até com outros tipos de riscos no ambiente de trabalho. Por
exemplo, os perigos psicossociais podem aumentar o risco de exposição a outros perigos por meio de erro
humano, maior pressão com o tempo ou expectativas sociais / culturais sobre como lidar com outros
perigos. Efeitos mais adversos podem ocorrer dentro dos mesmos níveis de exposição quando se trabalha em
condições que incluem riscos psicossociais não controlados.
As organizações devem levar em consideração como a exposição a outros perigos (por exemplo, riscos biológicos,
contaminantes transportados pelo ar, trabalhos em altura, espaços confinados) também podem contribuir para
os riscos psicossociais, assim que os trabalhadores podem se preocupar com possíveis implicações de tais
exposições ou experiências. Tarefas manuais perigosas (por exemplo, levantamento e movimentos repetitivos)
são conhecidas como interações com riscos psicossociais que podem influenciar em resultados como distúrbios
osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT).
A organização deve levar em consideração os fatores humanos em relação aos perigos psicossociais em todas as
partes de um sistema de gestão de SSO. Fatores humanos representam as habilidades e limitações das pessoas e,
portanto, são relevantes para o sucesso ou entao para avaliação de risco, controles de risco e o designio,
implementação e eficácia das tarefas ou processos de trabalho. A consciência dos fatores humanos quando
projetados e reprojetados no trabalho pode levar a resultados mais positivos em relação a doenças e lesões
relacionadas ao mesmo.
Uma variedade de métodos pode ser usada para analisar fatores relevantes do hoimem para tarefas de trabalho
específicas, incluindo observação, consulta, técnicas de análise de tarefas e auditorias especializadas. Identificar
quais fatores humanos são relevantes para específicas tarefas de trabalho pode, em algumas circunstâncias, ser
complexo e exigir aconselhamento ou conhecimento especializado.
NOTA 2 Mais informações sobre fatores humanos podem ser encontradas na ISO 10075-2 e ISO 6385.
A organização deve avaliar os riscos relacionados aos perigos psicossociais identificados (ver 6.1.2) e buscar
oportunidades para reduzir os riscos e impulsionar a melhoria contínua. Esta avaliação deve:
a) fornecer informações sobre o potencial de dano;
b) comparar grupos que se diferem na exposição a, ou no relato de, riscos psicossociais;
c) considerar a interação de riscos psicossociais com riscos de outros perigos identificados;
d) priorizar os perigos de acordo com o nível de risco;
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A organização deve:
a) estabelecer objetivos mensuráveis consistentes com a política;
b) desenvolver e implementar planos para garantir que esses objetivos possam ser alcançados.
7 Suporte
7.1 Recursos
Convém que a organização estabeleça, forneça e mantenha os recursos necessários para atingir seus objetivos
com relação ao gerenciamento de risco psicossocial. A organização deve considerar os recursos humanos,
financeiros, tecnológicos e outros recursos específicos para suas operações.
7.2 Competência
A organização deve reter informações documentadas relativas à competência, incluindo treinamento e outras
ações executadas, e consultar os trabalhadores ao determinar a competência necessária para identificar, prevenir
e gerenciar riscos psicossociais.
7.3 Conscientização
7.3.1 Conforme apropriado, a organização deve informar os trabalhadores e outras partes interessadas relevantes
sobre os fatores no local de trabalho que podem:
a) afetar a saúde, segurança e bem-estar no trabalho;
b) potencialmente criar ou aumentar o estigma e / ou discriminação;
c) reduzir os riscos psicossociais;
d) apoiar suas funções e responsabilidades para promover a saúde e segurança, e melhorar o bem-estar no
trabalho.
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a) a importância do apoio da alta administração para relatar riscos psicossociais e proteção contra
represálias por tais relatórios;
b) ações que os trabalhadores podem realizar para lidar com os riscos psicossociais e como a organização
deve responder;
c) os benefícios potenciais de compartilhar experiências e melhores práticas por trabalhadores e outras
partes de interesse;
d) conhecimento e treinamento existente nos trabalhadores e outras partes de interesse;
e) a necessidade de incorporar e integrar a consciência dos riscos psicossociais em processos e políticas (por
exemplo, durante a orientação de novos trabalhadores);
f) oportunidades fornecidas por eventos e reuniões (por exemplo, eventos de toda a organização, reuniões
regulares da equipe);
g) os riscos, oportunidades e impactos decorrentes de mudanças no ambiente de trabalho;
h) a necessidade de identificar e tomar medidas para eliminar o estigma e / ou discriminação.
A organização deve conscientizar os trabalhadores e outras partes interessadas sobre as ações que está tomando
para gerenciar os riscos psicossociais, incluindo ações para incentivar o relato de perigos psicossociais, reduzir o
medo de represálias associadas ao relato e promover a confiança de seu sistema de gestão SSO.
7.4 Comunicação
A organização deve comunicar aos trabalhadores e outras partes relevantes de interesse informações sobre risco
psicossocial que podem ser acessadas, compreendidas e utilizadas. Ao se comunicar, a organização deve:
a) demonstrar o comprometimento da alta administração para com outros trabalhadores, para aumentar o
conhecimento e o uso dos processos;
b) fornecer aos trabalhadores ativos a oportunidade de fazer comentarios para alta administração,
organizadores e regulamentares destinados a facilitar o envolvimento dos trabalhadores;
c) delinear o desenvolvimento dos processos de gestão ao risco psicossocial e sua eficácia;
d) responder às idéias e preocupações dos trabalhadores e outras partes de interesse com suas
contribuições para com o sistema de gestão SSO em relação aos riscos psicossociais;
e) incluir informações de como as mudanças relacionadas ao trabalho podem impactar na saúde, segurança
e bem-estar no trabalho;
f) fornecer informações de auditorias e outras avaliações.
As informações relevantes devem ser acessíveis e adaptadas às necessidades dos trabalhadores (por exemplo, em
diferentes idiomas ou usando diferentes mídias, como video clipes ou arquivos de áudio).
7.5.1 Geral
A organização do sistema de gestão SSO deve incluir informações documentadas conforme necessário para a
gestão eficaz dos riscos psicossociais.
7.5.2 Confidencialidade
Convém que a organização estabeleça processos relacionados aos riscos psicossociais que garantam a
confidencialidade das informações pessoais, com uma atenção especial aos requisitos legais relevantes e outros
requisitos.
A organização deve:
a) manter a confidencialidade das informações documentadas e não documentadas com respeito para com
a experiência de risco psicossocial de um trabalhador individual;
b) proteger contra a divulgação dos resultados seguidos de exposição a riscos psicossociais (como
tratamento médico, afastamento do trabalho, regime de trabalho flexível) e informações médicas;
c) informar os trabalhadores sobre quaisquer limites que se apliquem confidenciais.
8 Operação
8.1.1 Geral
8.1.1.1 A organização deve planejar, implementar, controlar e manter processos que adequadamentre e
eficazmente gerencie os riscos psicossociais e novas oportunidades, incluindo ações ou atividades para:
a) eliminar perigos e reduzir riscos psicossociais considerando a melhor adequação entre tarefas, estruturas
e processos de trabalho, assim como tambem as necessidades dos trabalhadores;
b) analisar os controles já existentes para gerenciar os riscos psicossociais e seus efeitos no indivíduo ou
organização;
c) revisar, analisar e avaliar as práticas de gestão ja existentes no apoio ao trabalhador para controles os
riscos psicossociais, o estresse relacionado ao trabalho e outros resultados de saúde associados;
d) adotar uma estratégia abrangente e de longo prazo, que considere as políticas da organizacao, estrutura,
recursos, sistemas e operações existentes, alem de práticas da organização;
e) planejar e gerenciar trabalhos na prevençao de riscos à saúde psicossocial e segurança, alem de promover
o bem-estar no trabalho.
8.1.1.2 A organização deve realizar uma avaliação dos riscos psicossociais, levando em consideração os controles
existentes, para:
a) determinar se esses controles são adequados ou precisam ser melhorados;
b) identificar se novos controles são necessários, e se a avaliação dos riscos psicossociais identificou dano
real ou potencial de danos expostos por perigos psicossociais;
c) eliminar os riscos psicossociais relacionados ao trabalho sempre que possível e controlar os riscos
associados, se a eliminação não for possível, seguindo o princípio da hierarquia de controles (ver ISO
45001: 2018, Cláusula 8).
8.1.1.3 Ao gerenciar riscos psicossociais, a combinação dos seguintes níveis de intervenção podes ser usados:
a) primário: níveis de controle organizacional na prevenção ou redução dos efeitos prejudiciais, alem de
promover o bem-estar no local de trabalho;
b) secundária: aumentar os recursos que auxiliam os trabalhadores a lidar com os riscos psicossociais,
aumentando a conscientização e a compreensão por meio de treinamento eficaz e outras medidas
apropriadas;
c) terciário: reduzir os efeitos nocivos da exposição a riscos psicossociais por meio da implementação de
programas de reabilitação e outras ações corretivas e de apoio.
NOTA 1 Algumas organizações têm seus próprios serviços de saúde ocupacional ou programas de assistência ao
trabalhador. As organizações que não têm experiência interna podem buscar assistência de fontes externas
competentes, se necessário.
NOTA 2 Os três níveis de intervenção primária, secundária e terciária refletem a hierarquia dos controles para
apoiar efetivamente os riscos de gestão psicossocial.
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Eliminando os perigos e reduzindo os riscos psicossociais promove o bem-estar no trabalho. Existem várias
estratégias para gerenciar os riscos psicossociais e promover o SSO. Estratégias para eliminar perigos, reduzir
riscos psicossociais e promover o bem-estar devem ser desenvolvidas em consulta com os trabalhadores e, se
houver, representantes dos trabalhadores.
A organização deve implementar medidas de controle de riscos psicossociais relacionados a fatores sociais no
trabalho. Tais medidas podem incluir:
a) aumentar de cuidados dos riscos psicossociais e fornecer informações e treinamentos pros trabalhadores
sobre como relatá-los;
b) encorajar o relato antecipado de problemas pelos trabalhadores, demonstrando o compromisso da
organização em fornecer um ambiente de trabalho de apoio e respeito e manter a confidencialidade;
c) estabelecer medidas de apoio aos trabalhadores que vivenciam impactos negativos na exposição a riscos
psicossociais;
d) desenvolver políticas e orientações organizacionais que descrevem expectativas nos comportamentos
de trabalho e como os comportamentos inaceitáveis serão gerenciados;
e) fornecer instruções específicas sobre como gerenciar riscos previsíveis, como responder a ocorrência
de um incidente, e como fornecer assistência pós-incidente aos trabalhadores;
f) fornecer treinamento para desenvolver a percepção de alerta nas habilidades apropriadas que
identifiquem os riscos psicossociais e o reconhecimento prévio de sinais de estresse no trabalho e
problemas relacionados a saúde;
g) fornecer acesso a, ou informações sobre, serviços de apoio, ocupações gerais de serviço de saúde,
interrogatório confidencial, serviços de conselho e mediação de conflitos;
h) fornecer informações aos trabalhadores sobre seus direitos e responsabilidades;
i) reconhecer e recompensar os compromissos e conquistas do trabalhador;
j) melhorar a cultura do ambiente de trabalho por meio de uma série de programas integrados (por
exemplo, práticas e condutas de saúde e segurança, responsabilidade social, sustentabilidade ambiental,
envolvimento da comunidade);
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A organização deve implementar medidas de controle para riscos psicossociais relacionados ao ambiente de
trabalho, equipamentos e tarefas perigosas, incluindo:
a) fornecer e manter equipamentos adequado para realização do trabalho (por exemplo, equipamento de
uso manual) e a melhoria do equipamento conforme necessário;
b) melhoria do ambiente do local de trabalho e as características físicas do local de trabalho para isolar ou
proteger os trabalhadores de perigos (por exemplo, ruído, iluminação, vibração, temperatura, produtos
químicos);
c) isolar ou proteger os trabalhadores de riscos psicossociais, por ex. barreiras físicas para reduzir o risco
de violência;
d) fornecer e exigir o uso de equipamento de proteção individual (EPI) onde há riscos que não podem ser
minimizados dentro das mais altas e efetivas ordens de controle.
NOTA 1: O (EPI) apropriado pode reduzir as preocupações sobre a exposição a uma variedade de outros perigos e
pode contribuir para o controle e redução de riscos psicossociais relacionados ao ambiente de trabalho,
equipamentos e tarefas perigosas (ver Tabela 3).
A organização deve permitir que os trabalhadores identifiquem sinais de exposição para com riscos psicossociais.
Mudanças organizacionais e relacionadas ao trabalho podem influenciar em riscos psicossociais ou criar riscos
adicionais. A organização deve estabelecer, implementar e manter o(s) processo(s) de comunicação e controle de
mudanças que podem impactar a saúde, segurança e bem-estar no trabalho, incluindo:
a) mudanças nos objetivos da organização, atividades, processos de trabalho, e liderança (por exemplo,
locais de trabalho e arredores; equipamentos e recursos; força de trabalho e termos de emprego);
b) mudanças nas tarefas de trabalho e organização (por exemplo, padrões de turnos, fluxo de trabalho,
linhas de subordinação) e condições de trabalho;
c) mudanças nos requisitos legais e outros requisitos;
d) mudanças no conhecimento ou informação sobre perigos e riscos psicossociais;
e) desenvolvimentos em conhecimento e tecnologia, e a necessidade de melhorar a competência por meio
de treinamento adicional.
Convém que a organização envolva trabalhadores e representantes dos trabalhadores, onde os quais existirem,
num estágio inicial do processo de mudança e durante todo o processo, particularmente durante a reestruturação.
a) como a aquisição de produtos e serviços criam esses riscos (por exemplo, através da presença de
visitantes no local de trabalho ou a programação da entrega de produtos e serviços impactando
nas programações de trabalho da organização e cargas de trabalho dos trabalhadores, desempenho e
necessidades de treinamento);
b) como a contratação de contratados pode impactar a cultura do local de trabalho, as funções e
expectativas dos trabalhadores;
c) como a terceirização de atividades impacta nos cronogramas, cargas de trabalho, mudanças nas tarefas
de trabalho, segurança no emprego, supervisão, ou na qualidade do trabalho;
d) como o dever compartilhado de proteger e promover a saúde, segurança e bem-estar dos trabalhadores
é gerenciado pela organização, seus contratados e fornecedores, e outras partes de interesse
A organização deve levar em consideração que as emergências no local de trabalho podem apresentar riscos
psicossociais (por exemplo, através de traumas, ameaças à vida). A exposição a riscos psicossociais também pode
criar situações de emergência (por exemplo, violência, ameaças) para os trabalhadores e outras partes de
interesse.
Para garantir a saúde, segurança e o bem-estar no trabalho, e gerenciar riscos psicossociais em caso de emergência
(por exemplo, desastres naturais, doenças infecciosas emergentes, suicídio de um colega, incidentes, crises, terror,
ameaças, roubo, demissões, encerramentos, fogo), a organização deve:
a) reconhecer que uma ampla gama de situações de emergência podem impactar na saúde psicológica,
segurança e o bem-estar;
b) preparar-se para a inclusão de cuidados adequados na resposta planejada a situações de emergência;
c) estabelecer prioridades ao responder as necessidades dos trabalhadores e outras partes de interesse,
conforme apropriado;
d) usar trabalhadores competentes, serviços de emergência ou outros especialistas apropriados para
responder situações de emergência e buscar aconselhamento e apoio adicionais conforme o necessário.
Os programas de reabilitação e retorno ao trabalho visam fornecer apoio adequado aos trabalhadores que
vivenciam impactos negativos na exposição a riscos psicossociais, inclusive quando isso se resultou de afastamento
do trabalho. Ao elaborar esses programas, a organização deve levar em consideração que os trabalhadores podem
ter maior potencial de exposição a riscos psicossociais como parte do processo de retorno ao trabalho. Por
exemplo, ajustes de trabalho para facilitar o retorno ao trabalho podem resultar em mudanças nas tarefas
laborais, relacionamentos e interação social, supervisão, cultura do trabalho e percepção de realização e valores
no trabalho. O potencial de maior exposição a riscos psicossociais se aplica aos trabalhadores que estão
retornando ao trabalho, independentemente do motivo de sua ausência.
É importante uma resposta precoce e de apoio aos trabalhadores afetados negativamente. As organizações
podem encorajar o relato antecipado de problemas, demonstrando o compromisso de manter confidencial e
fornecer um ambiente de trabalho solidario e respeitoso. (Clausula 5).
O potencial de exposição a riscos psicossociais durante o retorno ao trabalho deve ser gerenciado de maneira
consistente com todos os riscos psicossociais devem ser prevenidos e gerenciados.
c) conversar com um trabalhador afetado para entender e planejar ajustes de trabalho razoáveis para apoiar
o retorno ao trabalho;
d) garantir que os trabalhadores com funções gerenciais sejam competentes para gerenciar o impacto de se
expor aos riscos psicossociais e compreender os requisitos legais aplicáveis entre outros requisitos
conforme os trabalhadores retornam ao trabalho;
e) monitorar regularmente os programas de reabilitação e retorno ao trabalho para estabelecer se há riscos
novos ou o risco de não identificados anteriormente;
f) consultar outras partes relevantes de interesse, incluindo profissionais de saúde ocupacional, na gestão
do processo de retorno ao trabalho em relação ao andamento e as mudanças necessárias no programa
de retorno ao trabalho.
9 Avaliação de Desempenho
9.1.1 Convém que uma organização estabeleça e implemente uma abordagem sistemática para monitorar e medir
as atividades relacionadas ao gerenciamento de risco psicossocial e ao desempenho do sistema de gestão SSO.
Convém que a organização desenvolva medidas qualitativas e quantitativas apropriadas em consulta e com a
participação dos trabalhadores e, se houver, seus representantes.
9.1.2 A organização deve manter, monitorar, rever e revisar, conforme necessário, as medidas de controle dos
riscos psicossociais para garantir que permaneçam eficazes. As revisões devem ocorrer:
a) se um novo perigo ou risco for identificado;
b) se uma medida de controle não é adequada para minimizar o risco;
c) antes que ocorra alguma mudança significativa no local de trabalho (por exemplo, uma mudança no
ambiente de trabalho ou nos sistemas do trabalho);
d) onde uma consulta indica que uma revisão é necessária ou os trabalhadores ou representantes dos
trabalhadores solicitem uma revisão.
A organização deve manter informações apropriadas documentada como evidência dos resultados de
monitoramento, medição e avaliação de desempenho.
A organização deve:
a) conduzir auditorias internas em intervalos planejados, incluindo a consideração de riscos psicossociais;
b) usar os resultados para avaliar a eficácia da gestão dos riscos psicossociais;
c) identificar lacunas de desempenho para identificar oportunidades de melhorar continuamente a gestão
de riscos psicossociais.
ISO 45003:2021 | TRADUÇÃO LIVRE DA GCS - GLOBAL CERTIFICATION SYSTEM | PÁGINA: 20
9.3.1 A revisão de gestão garante que a alta direção permaneça regularmente informada sobre o desempenho dos
riscos psicossociais até ao ponto que a organização cumpra sua política e objetivos para a gestão dos riscos
psicossociais. Os resultados do monitoramento e medição fornecem a base para a análise durante o processo
de revisão de gestão e são usados para avaliar a adequação geral, a idoneidade e a eficácia de suas atividades para
gerenciar o risco psicossocial. A tomada de decisão baseada em evidências é a chave para melhorar
continuamente a eficácia do sistema de gestão de SSO.
9.3.2 Entradas para revisão de gestão relacionadas ao risco psicossocial devem incluir:
a) resultados de auditorias e avaliações de conformidade com os requisitos legais aplicáveis e com outros
requisitos que a organização subscreve;
b) os resultados de participação e consulta;
c) o desempenho de risco psicossocial da organização;
d) dados SSO e outros dados (por exemplo, serviços de apoio, planos de deficiência, esquemas de
compensação);
e) as condições de investigação de incidentes e ações corretivas tomadas para prevenir riscos psicossociais
para os trabalhadores.
A alta direção deve comunicar os resultados relevantes da análise crítica pela direção em relação ao risco
psicossocial dos trabalhadores e outras partes de interesse, conforme apropriado.
10 Melhoria
10.1 Geral
À medida que implementa ações para melhorar continuamente o sistema de gestão de SSO e desempenho em
relação ao risco psicossocial, a organização deve levar em consideração o resultado de:
a) avaliações de desempenho;
b) relatórios de incidentes;
c) consulta e recomendações dos trabalhadores e, se houver, representantes dos trabalhadores;
d) auditorias;
e) análises críticas pela direção.
A organização deve:
a) ter um processo para tratar as não-conformidades e incidentes relacionados ao risco psicossocial;
b) considerar o desenvolvimento de um processo específico para investigar não-conformidades e
incidentes, dada a natureza sensível dos incidentes que afetam a saúde psicológica, a segurança e o bem-
estar no trabalho;
c) definir processos que reportam a não-conformidades e incidentes que mantenham a confidencia e que
proporcionem resposta em tempo às denúncias;
d) encorajar e apoiar os relatórios para reduzir o medo de represálias;
e) usar as informações obtidas em investigações e recomendações de ações corretivas para identificar
oportunidades de melhoria.
ISO 45003:2021 | TRADUÇÃO LIVRE DA GCS - GLOBAL CERTIFICATION SYSTEM | PÁGINA: 21
NOTA 1: A não-conformidade ocorre sempre que haja uma falta real ou potencial de conformidade com os
requisitos do sistema de gestão da organização SSO. Um incidente ocorre sempre que houver um real ou
potencial ferimento ou doença para um trabalhador.
A organização deve:
a) coletar informações sobre as oportunidades de melhoria na gestão de riscos psicossociais, cumprimento
de seus requisitos legais e outros requisitos, e cumprimento de seus objetivos de SSO como parte de seu
processo de melhoria contínua;
b) avaliar oportunidades de implementação de mudanças e priorizar aquelas com maior potencial para
melhoria de saúde psicológica, segurança e o bem-estar no local de trabalho.