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FACULDADE UNIÃO DE CAMPO MOURÃO – UNICAMPO

Bacharel em Direito
Aluno: Douglas Fernando Blanco
Disciplina: Direito do Trabalho

01- Quais as formas de dissolução do contrato de trabalho?

A extinção do contrato de trabalho está prevista na Consolidação das Leis do


Trabalho – Decreto-Lei nº 5.452 de 1º de maio de 1943, através do Título IV, Capítulo
V, artigos 477 a 486 que tratam da rescisão, e o Código Civil através dos artigos 472, 475
a 477 traz algumas formas de extinção do contrato.
As formas de extinção do contrato de trabalho, pode se dar por: decisão do
empregador; decisão do empregado; iniciativa de ambos; desaparecimento dos sujeitos;
ou quando há o decurso do prazo determinado no contrato.
1º por decisão do empregador: ela ocorre de duas formas, sem a justa causa da
demissão quando não há um motivo que seja causado pelo empregado, ou seja, ela não
cometeu nenhum deslize que justifique a decisão, nesse caso ele terá direito a aviso
prévio; férias proporcionais; 13º salário proporcional; levantamento dos depósitos do
FGTS; multa de 40% sobre os depósitos do FGTS, e a segunda possibilidade é com a
justa causa, preconizada os motivos no artigo 482º que diz:
Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
a) ato de improbidade;
b) incontinência de conduta ou mau procedimento;
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do
empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual
trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha
havido suspensão da execução da pena;
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
f) embriaguez habitual ou em serviço;
g) violação de segredo da empresa;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) abandono de emprego;
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer
pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima
defesa, própria ou de outrem;
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o
empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa,
própria ou de outrem;
l) prática constante de jogos de azar.
m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o
exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado.
(BRASIL, CLT, Artigo 482)
Nesse caso, o empregado não terá direito a nenhuma das verbas
supramencionadas, recebendo apenas saldo de salário; e férias vencidas, caso tenha
adquirindo-as.
2º Por decisão do empregado: nesse caso existem também duas hipóteses,
quando a cessação do contrato se dá por uma vontade do empregado, nesse caso ele terá
direito as seguintes verbas: 13º salário proporcional; e férias proporcionais, o artigo 483
traz algumas decisão de cessação de contrato quando houver dano aoo empregado:
Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a
devida indenização quando:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários
aos bons costumes, ou alheios ao contrato;
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor
excessivo;
c) correr perigo manifesto de mal considerável;
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua
família, ato lesivo da honra e boa fama;
f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso
de legítima defesa, própria ou de outrem;
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma
a afetar sensivelmente a importância dos salários.
§ 1º - O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o
contrato, quando tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com
a continuação do serviço.
§ 2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é
facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho. (BRASIL, CLT,
Artigo 483)

E na segunda hipótese, quando ocorre a aposentadoria do mesmo, nesse caso ele


terá direito as seguintes verbas rescisórias: 13º proporcional; levantamento do FGTS; e
férias proporcionais.
3º Por decisão de ambos: Essa modalidade pode se dar por:
Acordo entre as Partes: que é quando tanto quando o empregador e empregado
acordam em rescindir o contrato de trabalho amigavelmente. Nesse caso, algumas verbas
rescisórias poderão ser negociadas, salvo as verbas salariais e as férias vencidas. E
também não é permitido a movimentação no FGTS.
Ou por Culpa recíproca: que é quando empregador e empregado cometem falta
grave reconhecida pela Justiça do Trabalho. Nesse caso, o empregado terá direito a: saldo
de férias; férias vencidas; levantamento do FGTS; multa de 20% dos depósitos do FGTS;
e, conforme a Súmula 14, Tribunal Superior do Trabalho – TST: 50% do valor do aviso
prévio, das férias proporcionais e do 13º salário.
4º Por desaparecimento das partes: Essa forma pode se dar quando houver a:
Morte do empregado: falecido o empregado, haverá o desaparecimento de um dos
sujeitos da relação empregatícia. Neste caso os direitos trabalhistas se transferidos aos
herdeiros, estes a terem direito a receber: FGTS; férias proporcionais; e 13º salário
proporcional do empregado falecido.
Morte do empregador: se houver a sucessão trabalhista, ou seja, a troca de titularidade
da empresa, outro alguém passar a assumi-la, não significará de imediato na rescisão do
contrato de trabalho dos seus empregados. A não ser que o empregado decida rescindir o
contrato, ou se, em razão da morte do empregador, tenha ocorrido a cessação da atividade
empresarial. Caso o empregado tenha decidido rescindir o seu contrato, ele fica
desobrigado a dar aviso prévio a seu empregador e o empregador não precisará pagar a
indenização de 40% do FGTS, já que se trata de uma rescisão sem ônus para as partes. E
o empregado terá direito a: sacar os depósitos referentes ao FGTS. Mas, caso tenha havido
a cessação da atividade empresarial, serão devidas ao empregado as verbas rescisórias
devidas em caso de dispensa sem justa causa.
Extinção da empresa: se for extinção normal da empresa, seja por causa da
impossibilidade de prosseguimento da atividade empresarial, ou por força de decisão do
governo – o chamado factum principis. Acontecendo a primeira hipótese, o empregado
terá direito a receber as verbas rescisórias da dispensa sem justa causa, mas se tiver havido
a segunda hipótese, o pagamento dessas verbas será feito pelo governo.
5º quando acaba o decurso do contrato: em caso de contrato por tempo
determinado, extinto prazo o emprego também será extinto Nesse caso, o empregado terá
direito a: férias proporcionais; 13º salário proporcional; e levantamento dos depósitos do
FGTS.

02- O que é justa causa?

A demissão por justa causa é a possibilidade que a empresa tem de dispensar um


colaborador, caso ele tenha cometido alguma falha, considerada grave, de acordo com a
norma trabalhista que compõe a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A CLT
dispõe com dito anteriormente em seu artigo 482º as bases do que pode ser determinante
para a dispensa do trabalhador. Lembrando que existem três fatores que há de se levar em
conta na hora da dispensa: gravidade do ato, atualidade do mesmo, ela não pode ser por
erros que inda não ocorreram ou por erros que ocorreram no passado.
Citaremos aqui mais uma vez o artigo 482º
Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo
empregador:
a) ato de improbidade;
b) incontinência de conduta ou mau procedimento;
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do
empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual
trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha
havido suspensão da execução da pena;
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
f) embriaguez habitual ou em serviço;
g) violação de segredo da empresa;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) abandono de emprego;
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer
pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima
defesa, própria ou de outrem;
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o
empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa,
própria ou de outrem;
l) prática constante de jogos de azar.
m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o
exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado.
(BRASIL, CLT, Artigo 482)

03- Um casal apaixonado no ambiente de trabalho pode caracterizar a desídia?

Por si só não, não se pode proibir o relacionamento de funcionários fora do ambiente


de trabalho, porém, no caso desse namoro ocorrer dentro do ambiente de trabalho pode
gerar a demissão com justa causa.
O correto é agir de acordo com uma boa conduta, serenidade, o relacionamento pode
ocorrer fora do ambiente mas dentro não.

04- A empresa pode proibir o relacionamento entre seus empregados?

Não pode, a Constituição Federal garante em seu artigo 5º Da CF, preconiza o


direito e acesso a honra, intimidade e à vida privada. O que pode uma empresa fazer é
coibir esses relacionamentos no ambiente de trabalho.

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