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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO

ADOLESCENTE- ECA
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990
Nil Kesia da Silva Soares
nil-kesia@hotmail.com
744.398.552-53

Noções iniciais;
Título I
Das Disposições Preliminares
art. 01º ao 6º

Professor: Victor Soares


Um documento formado por um conjunto de leis que
garantem os direitos das crianças e dos adolescentes no
Brasil. Nil Kesia da Silva Soares
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O ECA foi criado através da lei nº 8.069, de 13 de julho de


1990, com base nas diretrizes previstas na Constituição
Federal de 1988 e nas normativas internacionais
propostas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
COMO ECA É COBRADO EM CONCURSOS?
Temas mais cobrados:
Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer ( artigos 53 ao 59); Convivência familiar e
família substituta (artigos 19 ao 52- D) e Medidas de proteção, prática de ato infracional, medidas
socioeducativas e remissão (artigos 98 ao 128).
Porém devemos estudar todo Estatuto Nil Kesia da Silva Soares
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Bancas:
Letra da lei;
Ler dispositivos legais.

Algumas bancas formulam questões por meio de ilustrações para que o candidato venha julgar a
questão. Exemplo: FGV.
CONTEXTO HISTÓRICO
Declaração de Genebra (1924)
A primeira referência a “direitos da criança” num instrumento jurídico internacional;

Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948);

Declaração Universal dos Direitos da Criança (1959);


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Pacto internacional dos direitos econômicos, sociais e culturais (1966);

Código de menores – 1979;

Constituição Federal de 1988;

Convenção sobre os direitos da criança (1989) e protocolos facultativos;

ECA (lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990, publicada em 16 de julho de 1990, com vigência a
partir de 14 de outubro de 1990).
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e
ao adolescente.

As “disposições preliminares”, relacionadas nos arts. 1º a 6º,


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do Estatuto da Criança e do Adolescente, trazem regras e


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princípios a serem observados quando da análise de todas


as disposições estatutárias, que por força do disposto nos
art. 1º e 6°, deste Título I, devem ser invariavelmente
interpretadas e aplicadas em benefício das crianças e
Doutrina da Proteção Integral
Conjunto amplo de mecanismos jurídicos voltados à tutela da criança
e do adolescente.
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Não se limita apenas em tratar de medidas repressivas contra seus atos


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infracionais, dispondo também de direitos infanto-juvenis, formas de


auxiliar sua família, tipificação de crimes praticados contra criança e
adolescentes, infrações administrativas, tutela coletiva, entre outros
assuntos que proporcionem o maior benefício possível para a criança ou
adolescente
CÓDIGO DE MENORES x ECA
CÓDIGO DE ECA
MENORES
Lei Lei n.º 6.697/ 79
Nil Kesia da Silva Soares Lei n.º 8.069/90
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Fundamento Doutrina da Situação Princípio da Proteção


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Irregular Integral
A quem se direciona Menor em Situação Todas as Crianças e
Irregular Adolescentes
Visão sobre o sujeito Objeto de Medidas Sujeito de Direitos e
Judiciais Deveres
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta
Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e
adolescente aquela entre doze e dezoito anos de
idade.
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Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-


se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre
dezoito e vinte e um anos de idade.
Concepção de criança e adolescente:
IDADE DENOMINAÇÃO LEGAL
De 0 a 12 anos incompletos Criança
De 12 anos a 18 anos Nil Kesia da Silva Soares
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Adolescente
incompletos 744.398.552-53

A partir de 18 anos completos Maior plenamente capaz


Critério puramente cronológico, sem entrar em distinções
biológicas, ou psicológicas acerca do alcance da puberdade
ou amadurecimento do indivíduo.
Diferença entre criança e adolescente se aplica no que
se refere às práticas de ato infracional:
Criança: Somente pode ser aplicada medidas de proteção (art. 105);
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Adolescente: Medida socioeducativa.


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Parágrafo único: excepcionalmente e apenas aos atos de


natureza infracional, aplica-se o ECA às pessoas entre 18 e 21
anos de idade.
Princípios Fundamentais do ECA

Prioridade
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Não
Dignidade nil-kesia@hotmail.com
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Absoluta Discriminação
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos
fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção
integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros
meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições
de liberdade e de dignidade. Nil Kesia da Silva Soares
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Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as


crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação
familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência,
condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição
econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição
que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem.
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA NO ECA
• O ECA reconhece a criança e o adolescente como sujeitos de
direitos, e não meros “objetos” da intervenção estatal;
• Influenciado pelo art. 5º da CF que confere a todos a igualdade
em direitos e deveres individuais e coletivos.
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PARÁGRAFO ÚNICO
Trata-se de mais uma referência ao princípio da isonomia, que demanda uma
nova forma de ver, compreender e atender crianças, adolescentes e famílias
que se encontram em aparente situação de vulnerabilidade, inclusive de modo
a evitar que, a pretexto de “proteger” qualquer deles, a intervenção estatal
acarrete a violação de um ou mais de seus direitos.
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e
do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação
dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação,
ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
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Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:


a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer
circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de
relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais
públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas
ABSOLUTA PRIORIDADE DA TUTELA
• O caput do art. 4º reproduz a primeira parte do enunciado do art.
227, caput, da CF;
• A defesa/promoção dos direitos fundamentais assegurados à
criança e ao adolescente deve ocorrer a partir de uma ação
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conjunta e articulada entre família, sociedade/comunidade e Poder


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Público.

PARÁGRAFO ÚNICO
Traduz o alcance da norma imperativa contida no caput do dispositivo
e no art. 227, caput, da CF. explicitar em que se traduz a garantia de
prioridade absoluta à criança e ao adolescente.
Regulamenta o art. 227 da C.F.

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à


criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o
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direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à


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profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à


convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade
e opressão.
O art. 4º, do ECA, reproduz o art. 227, caput, da CF, e prevê os
seguintes direitos:

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VIDA SAÚDE 744.398.552-53 ALIMENTAÇÃO EDUCAÇÃO

ESPORTE LAZER PROFISSIONALIZAÇÃO CULTURA

CONVIVÊNCIA
DIGNIDADE RESPEITO LIBERDADE FAMILIAR E
COMUNITÁRIA
Prevê a proteção da criança e do
adolescente de qualquer violação.
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de
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qualquer forma de negligência, discriminação, exploração,


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violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei


qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos
fundamentais.
Prevê o respeito à condição peculiar de
pessoa em desenvolvimento.
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os
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fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem


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comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a


condição peculiar da criança e do adolescente como
pessoas em desenvolvimento.
01-(FCC/SJCDH-BA/AGENTE PENITENCIÁRIO/2010) O
Estatuto da Criança e do Adolescente aplica-se,
apenas, a pessoas

a. entre 12 e 18 anos.
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b. até 16 anos e, nos casos expressos em lei, até 18


anos.
c. até 12 anos incompletos.
d. até 18 anos e, nos casos expressos em lei, até 21
anos.
e. entre 12 e 16 anos.
02-(FCC/TRT-1ª Região/RJ/2016) NÃO é dever da
comunidade e da sociedade em geral assegurar ao
adolescente, com absoluta prioridade, o direito

a.à convivência familiar.


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b.ao esporte.
c.ao lazer.
d.à cultura.
e.ao ensino superior.
3-(SOCIOSOCIOEDUCATIVOEDUCADOR –
SUPERINTENDÊNCIA DO SISTEMA ESTADUAL DE
ATENDIMENTO /CE – UECE – 2017) Conforme o ECA,
considera- se criança

a.a pessoa até quatorze anos de idade incompletos, e


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adolescente aquela entre quatorze e dezoito anos de


idade.
b.a pessoa até doze anos de idade completos, e adolescente
aquela com mais de doze e menos de dezoito anos de
idade.
c.a pessoa até doze anos de idade incompletos, e
4-(PEDAGOGO – DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – FCC
– 2015) No Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90), as
crianças e os adolescentes passam a ser sujeitos de direitos. Elas passam a
gozar de
I- todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo
de proteção integral.
II- todas as oportunidades no tocante ao desenvolvimento físico, mental,
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moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.


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III- direitos protetivos a partir do momento em que pratica ato delinquente


quando em situação de abandono familiar.
IV- direitos por responsabilidade da família, da sociedade e do Estado.
Está correto o que se afirma APENAS em
a. I e II.
b. III e IV.
c. I, III e IV.
d. I, II e IV.
5-(Juiz do trabalho - TRT - 24ª REGIÃO MS - FCC - 2014)
A partir da edição do Estatuto da Criança e do Adolescente,
passou-se a evitar o vocábulo menor. Porém, no âmbito do
Direito do Trabalho, tal palavra não carrega seu efeito negativo,
mantendo-se sua utilização nesse campo. Tal discussão foi
enfrentada pelo Direito do Trabalho porque o Estatuto da Criança
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e do Adolescente trouxe consigo a doutrina


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a)assistencialista.
b)da situação irregular.
c)da proteção integral
d)da indiferença legal.
6-(FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ-AP/EDUCADOR
SOCIAL/2018) De acordo com o ECA, a garantia de
prioridade compreende, dentre outras,

a.apoio às famílias carentes na educação de seus


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filhos.
b.primazia de receber proteção e socorro em
quaisquer circunstâncias.
c.garantia de ajuda financeira às famílias em situação
de pobreza.
d.acesso gratuito nos transportes públicos.
7-(FCC/TRT – 6ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO
SUBSTITUTO/2015) A proibição do trabalho infantil
fundamenta-se no princípio da proteção integral da criança e do
adolescente que, por sua vez, reconhece que a infância é o
período de vida destinado a atividades lúdicas, à prática de
esportes, à convivência familiar e comunitária, ao acesso à
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educação, neste último caso, estendendo-a à profissionalização


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e para o aprendizado acadêmico, na busca de sua formação


humana. Esse entendimento somente se consolidou com o
advento da Constituição Federal de
a. 37 e do Código de Menores.
b. 37 e do Código de Mello Mattos.
c. 88 e do Estatuto da Criança e do Adolescente.
8-(FCC/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA-MS/2016) No Estatuto da
Criança e do Adolescente, artigo 4º, destacam-se os seguintes
aspectos: É dever da ......, da comunidade, da sociedade em geral
e do ...... assegurar, com absoluta prioridade a efetivação dos
direitos referentes à ......, à saúde, à alimentação, à educação [...]
e à convivência familiar e .......
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Preenchem as lacunas da frase apresentada, correta e


respectivamente,

a. família − poder público − moradia escolar – religiosa.


b. escola − SUS − educação – habitacional.
c. escola − conselho tutelar − vida – comunitária.
d. família − conselho tutelar − moradia – escolar.
9-(FCC/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO/2016) São aspectos que,
entre outros, o próprio Estatuto da Criança e do Adolescente −
ECA expressamente determina sejam observados na
interpretação de seus dispositivos:

a.As exigências do bem comum e os princípios gerais e especiais


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do direito da infância.
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b.Os deveres individuais e a condição peculiar da criança e do


adolescente como pessoas em desenvolvimento.
c. Os direitos sociais e coletivos e o contexto socioeconômico e
cultural em que se encontrem a criança ou adolescente e seus
pais ou responsável.
d.Os fins sociais a que se destina a lei e a flexibilidade e

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