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Legislação Grifada | Método de Aprovação

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LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. a) primazia de receber proteção e socorro


em quaisquer circunstâncias;
Título I
b) precedência de atendimento nos
Das Disposições Preliminares serviços públicos ou de relevância pública;

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção c) preferência na formulação e na


integral à criança e ao adolescente. execução das políticas sociais públicas;

Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos d) destinação privilegiada de recursos


desta Lei, a pessoa até doze anos de idade públicos nas áreas relacionadas com a
incompletos, e adolescente aquela entre proteção à infância e à juventude.
doze e dezoito anos de idade.
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, objeto de qualquer forma de negligência,
aplica-se excepcionalmente este Estatuto discriminação, exploração, violência,
às pessoas entre dezoito e vinte e um anos crueldade e opressão, punido na forma da lei
de idade. qualquer atentado, por ação ou omissão, aos
seus direitos fundamentais.
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de
todos os direitos fundamentais inerentes à Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão
pessoa humana, sem prejuízo da proteção em conta os fins sociais a que ela se dirige, as
integral de que trata esta Lei, assegurando- exigências do bem comum, os direitos e
se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as deveres individuais e coletivos, e a condição
oportunidades e facilidades, a fim de lhes peculiar da criança e do adolescente como
facultar o desenvolvimento físico, mental, pessoas em desenvolvimento.
moral, espiritual e social, em condições de
liberdade e de dignidade. Título II

Parágrafo único. Os direitos enunciados Dos Direitos Fundamentais


nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e
adolescentes, sem discriminação de Capítulo I
nascimento, situação familiar, idade, sexo,
raça, etnia ou cor, religião ou crença, Do Direito à Vida e à Saúde
deficiência, condição pessoal de
desenvolvimento e aprendizagem, condição Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a
econômica, ambiente social, região e local de proteção à vida e à saúde, mediante a
moradia ou outra condição que diferencie as efetivação de políticas sociais públicas que
pessoas, as famílias ou a comunidade em que permitam o nascimento e o desenvolvimento
vivem. (incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) sadio e harmonioso, em condições dignas de
existência.
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da
sociedade em geral e do poder público Art. 8º É assegurado a todas as mulheres o
assegurar, com absoluta prioridade, a acesso aos programas e às políticas de saúde
efetivação dos direitos referentes à vida, à da mulher e de planejamento reprodutivo e, às
saúde, à alimentação, à educação, ao gestantes, nutrição adequada, atenção
esporte, ao lazer, à profissionalização, à humanizada à gravidez, ao parto e ao
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e
à convivência familiar e comunitária. pós-natal integral no âmbito do Sistema Único
de Saúde. (Redação dada pela Lei nº 13.257,
Parágrafo único. A garantia de prioridade de 2016)
compreende: § 1º O atendimento pré-natal será realizado
por profissionais da atenção primária.
(Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

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motivos médicos. (Incluído pela Lei nº


§ 2º Os profissionais de saúde de referência 13.257, de 2016)
da gestante garantirão sua vinculação, no
último trimestre da gestação, ao § 9º A atenção primária à saúde fará a busca
estabelecimento em que será realizado o ativa da gestante que não iniciar ou que
parto, garantido o direito de opção da abandonar as consultas de pré-natal, bem
mulher. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de como da puérpera que não comparecer às
2016) consultas pós-parto. (Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)
§ 3º Os serviços de saúde onde o parto for
realizado assegurarão às mulheres e aos seus § 10º Incumbe ao poder público garantir, à
filhos recém-nascidos alta hospitalar gestante e à mulher com filho na primeira
responsável e contrarreferência na atenção infância que se encontrem sob custódia em
primária, bem como o acesso a outros unidade de privação de liberdade, ambiência
serviços e a grupos de apoio à amamentação. que atenda às normas sanitárias e
(Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) assistenciais do Sistema Único de Saúde para
o acolhimento do filho, em articulação com o
§ 4º o Incumbe ao poder público proporcionar sistema de ensino competente, visando ao
assistência psicológica à gestante e à mãe, desenvolvimento integral da criança. (Incluído
no período pré e pós-natal, inclusive como pela Lei nº 13.257, de 2016)
forma de prevenir ou minorar as
consequências do estado puerperal. (Incluído Art. 8º-A. Fica instituída a Semana Nacional
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência de Prevenção da Gravidez na
Adolescência, a ser realizada anualmente na
§ 5º A assistência referida no § 4º deste semana que incluir o dia 1º de fevereiro,
artigo deverá ser prestada também a com o objetivo de disseminar informações
gestantes e mães que manifestem sobre medidas preventivas e educativas que
interesse em entregar seus filhos para contribuam para a redução da incidência da
adoção, bem como a gestantes e mães que gravidez na adolescência. (Incluído pela Lei
se encontrem em situação de privação de nº 13.798, de 2019)
liberdade. (Redação dada pela Lei nº 13.257,
de 2016) Parágrafo único. As ações destinadas a
efetivar o disposto no caput deste artigo
§ 6º A gestante e a parturiente têm direito a 1 ficarão a cargo do poder público, em
(um) acompanhante de sua preferência conjunto com organizações da sociedade
durante o período do pré-natal, do trabalho de civil, e serão dirigidas prioritariamente ao
parto e do pós-parto imediato. (Incluído pela público adolescente. (Incluído pela Lei nº
Lei nº 13.257, de 2016) 13.798, de 2019)

§ 7º A gestante deverá receber orientação Art. 9º O poder público, as instituições e os


sobre aleitamento materno, alimentação empregadores propiciarão condições
complementar saudável e crescimento e adequadas ao aleitamento materno, inclusive
desenvolvimento infantil, bem como sobre aos filhos de mães submetidas a medida
formas de favorecer a criação de vínculos privativa de liberdade.
afetivos e de estimular o desenvolvimento
integral da criança. (Incluído pela Lei nº § 1º Os profissionais das unidades primárias
13.257, de 2016) de saúde desenvolverão ações sistemáticas,
individuais ou coletivas, visando ao
§ 8º A gestante tem direito a planejamento, à implementação e à avaliação
acompanhamento saudável durante toda a de ações de promoção, proteção e apoio ao
gestação e a parto natural cuidadoso, aleitamento materno e à alimentação
estabelecendo-se a aplicação de cesariana complementar saudável, de forma contínua.
e outras intervenções cirúrgicas por (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

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§ 2º Os serviços de unidades de terapia I – etapa 1: (Incluído pela Lei nº 14.154, de


intensiva neonatal deverão dispor de 2021)
banco de leite humano ou unidade de
coleta de leite humano. (Incluído pela Lei nº a) fenilcetonúria e outras
13.257, de 2016) hiperfenilalaninemias; (Incluído pela Lei nº
14.154, de 2021)
Art. 10. Os hospitais e demais
estabelecimentos de atenção à saúde de b) hipotireoidismo congênito; (Incluído pela
gestantes, públicos e particulares, são Lei nº 14.154, de 2021)
obrigados a:
c) doença falciforme e outras
I- manter registro das atividades hemoglobinopatias; (Incluído pela Lei nº
desenvolvidas, através de prontuários 14.154, de 2021)
individuais, pelo prazo de dezoito anos;
d) fibrose cística; (Incluído pela Lei nº
II - identificar o recém-nascido mediante o 14.154, de 2021)
registro de sua impressão plantar e digital e
da impressão digital da mãe, sem prejuízo de e) hiperplasia adrenal congênita; (Incluído
outras formas normatizadas pela autoridade pela Lei nº 14.154, de 2021)
administrativa competente;
f) deficiência de biotinidase; (Incluído pela
III - proceder a exames visando ao diagnóstico Lei nº 14.154, de 2021)
e terapêutica de anormalidades no
metabolismo do recém-nascido, bem como g) toxoplasmose congênita; (Incluído pela Lei
prestar orientação aos pais; nº 14.154, de 2021)

IV - fornecer declaração de nascimento II – etapa 2: (Incluído pela Lei nº 14.154, de


onde constem necessariamente as 2021)
intercorrências do parto e do
desenvolvimento do neonato; a) galactosemias; (Incluído pela Lei nº
14.154, de 2021)
V- m a n t e r a l o j a m e n t o c o n j u n t o ,
possibilitando ao neonato a permanência junto b) aminoacidopatias; (Incluído pela Lei nº
à mãe. 14.154, de 2021)

VI - acompanhar a prática do processo de c) distúrbios do ciclo da ureia; (Incluído pela


amamentação, prestando orientações quanto Lei nº 14.154, de 2021)
à técnica adequada, enquanto a mãe
permanecer na unidade hospitalar, utilizando o d) distúrbios da betaoxidação dos ácidos
corpo técnico já existente. (Incluído pela Lei nº graxos; (Incluído pela Lei nº 14.154, de
13.436, de 2017) (Vigência) 2021)

§ 1º Os testes para o rastreamento de III – etapa 3: doenças lisossômicas; (Incluído


doenças no recém-nascido serão pela Lei nº 14.154, de 2021)
disponibilizados pelo Sistema Único de
Saúde, no âmbito do Programa Nacional de IV – etapa 4: imunodeficiências primárias;
Triagem Neonatal (PNTN), na forma da (Incluído pela Lei nº 14.154, de 2021)
regulamentação elaborada pelo Ministério da
Saúde, com implementação de forma V – etapa 5: atrofia muscular espinhal.
escalonada, de acordo com a seguinte ordem (Incluído pela Lei nº 14.154, de 2021)
de progressão: (Incluído pela Lei nº 14.154,
de 2021) § 2º A delimitação de doenças a serem
rastreadas pelo teste do pezinho, no âmbito
do PNTN, será revisada periodicamente, com

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base em evidências científicas, considerados risco para o desenvolvimento psíquico, bem


os benefícios do rastreamento, do diagnóstico como para o acompanhamento que se fizer
e do tratamento precoce, priorizando as necessário. (Incluído pela Lei nº 13.257, de
doenças com maior prevalência no País, com 2016)
protocolo de tratamento aprovado e com
tratamento incorporado no Sistema Único de Art. 12. Os estabelecimentos de
Saúde. (Incluído pela Lei nº 14.154, de atendimento à saúde, inclusive as
2021) unidades neonatais, de terapia intensiva e
de cuidados intermediários, deverão
§ 3º O rol de doenças constante do § 1º deste proporcionar condições para a
artigo poderá ser expandido pelo poder permanência em tempo integral de um dos
público com base nos critérios estabelecidos pais ou responsável, nos casos de
no § 2º deste artigo. (Incluído pela Lei nº internação de criança ou adolescente.
14.154, de 2021) (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

§ 4º Durante os atendimentos de pré-natal e Art. 13. Os casos de suspeita ou


de puerpério imediato, os profissionais de confirmação de castigo físico, de
saúde devem informar a gestante e os tratamento cruel ou degradante e de maus-
acompanhantes sobre a importância do teste tratos contra criança ou adolescente serão
do pezinho e sobre as eventuais diferenças obrigatoriamente comunicados ao
existentes entre as modalidades oferecidas no Conselho Tutelar da respectiva localidade,
Sistema Único de Saúde e na rede privada de sem prejuízo de outras providências legais.
saúde. (Incluído pela Lei nº 14.154, de (Redação dada pela Lei nº 13.010, de 2014)
2021)
§ 1º As gestantes ou mães que manifestem
Art. 11. É assegurado acesso integral às interesse em entregar seus filhos para
linhas de cuidado voltadas à saúde da criança adoção serão obrigatoriamente
e do adolescente, por intermédio do Sistema encaminhadas, sem constrangimento, à
Único de Saúde, observado o princípio da Justiça da Infância e da Juventude.
equidade no acesso a ações e serviços para (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
promoção, proteção e recuperação da saúde.
(Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) § 2º Os serviços de saúde em suas diferentes
portas de entrada, os serviços de assistência
§ 1º A criança e o adolescente com deficiência social em seu componente especializado, o
serão atendidos, sem discriminação ou Centro de Referência Especializado de
segregação, em suas necessidades gerais de Assistência Social (Creas) e os demais órgãos
saúde e específicas de habilitação e do Sistema de Garantia de Direitos da Criança
reabilitação. (Redação dada pela Lei nº e do Adolescente deverão conferir máxima
13.257, de 2016) prioridade ao atendimento das crianças na
faixa etária da primeira infância com
§ 2º Incumbe ao poder público fornecer suspeita ou confirmação de violência de
gratuitamente, àqueles que necessitarem, qualquer natureza, formulando projeto
medicamentos, órteses, próteses e outras terapêutico singular que inclua intervenção em
tecnologias assistivas relativas ao rede e, se necessário, acompanhamento
tratamento, habilitação ou reabilitação para domiciliar. (Incluído pela Lei nº 13.257, de
crianças e adolescentes, de acordo com as 2016)
linhas de cuidado voltadas às suas
necessidades específicas. (Redação dada Art. 14. O Sistema Único de Saúde
pela Lei nº 13.257, de 2016) promoverá programas de assistência médica
e odontológica para a prevenção das
§ 3º Os profissionais que atuam no cuidado enfermidades que ordinariamente afetam a
diário ou frequente de crianças na primeira população infantil, e campanhas de educação
infância receberão formação específica e sanitária para pais, educadores e alunos.
permanente para a detecção de sinais de

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§ 1º É obrigatória a vacinação das crianças II - opinião e expressão;


nos casos recomendados pelas
autoridades sanitárias. (Renumerado do III - crença e culto religioso;
parágrafo único pela Lei nº 13.257, de 2016)
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
§ 2º O Sistema Único de Saúde promoverá a
atenção à saúde bucal das crianças e das V - participar da vida familiar e comunitária,
gestantes, de forma transversal, integral e sem discriminação;
intersetorial com as demais linhas de cuidado
direcionadas à mulher e à criança. (Incluído VI - participar da vida política, na forma da
pela Lei nº 13.257, de 2016) lei;

§ 3º A atenção odontológica à criança terá VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.


função educativa protetiva e será prestada,
inicialmente, antes de o bebê nascer, por Art. 17. O direito ao respeito consiste na
meio de aconselhamento pré-natal, e, inviolabilidade da integridade física,
posteriormente, no sexto e no décimo psíquica e moral da criança e do
segundo anos de vida, com orientações adolescente, abrangendo a preservação da
sobre saúde bucal. (Incluído pela Lei nº imagem, da identidade, da autonomia, dos
13.257, de 2016) valores, idéias e crenças, dos espaços e
objetos pessoais.
§ 4º A criança com necessidade de cuidados
odontológicos especiais será atendida pelo Art. 18. É dever de todos velar pela
Sistema Único de Saúde. (Incluído pela Lei nº dignidade da criança e do adolescente,
13.257, de 2016) pondo-os a salvo de qualquer tratamento
desumano, violento, aterrorizante, vexatório
§ 5º É obrigatória a aplicação a todas as ou constrangedor.
crianças, nos seus primeiros dezoito meses
de vida, de protocolo ou outro instrumento Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o
construído com a finalidade de facilitar a direito de ser educados e cuidados sem o uso
detecção, em consulta pediátrica de de castigo físico ou de tratamento cruel ou
acompanhamento da criança, de risco para o degradante, como formas de correção,
seu desenvolvimento psíquico. (Incluído pela disciplina, educação ou qualquer outro
Lei nº 13.438, de 2017) (Vigência) pretexto, pelos pais, pelos integrantes da
família ampliada, pelos responsáveis, pelos
Capítulo II agentes públicos executores de medidas
socioeducativas ou por qualquer pessoa
Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-
Dignidade los ou protegê-los. (Incluído pela Lei nº
13.010, de 2014)
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito
à liberdade, ao respeito e à dignidade como Parágrafo único. Para os fins desta Lei,
pessoas humanas em processo de considera-se: (Incluído pela Lei nº 13.010,
desenvolvimento e como sujeitos de direitos de 2014)
civis, humanos e sociais garantidos na
Constituição e nas leis. I - castigo físico: ação de natureza
disciplinar ou punitiva aplicada com o uso
Art. 16. O direito à liberdade compreende da força física sobre a criança ou o
os seguintes aspectos: adolescente que resulte em: (Incluído pela
Lei nº 13.010, de 2014)
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e
espaços comunitários, ressalvadas as a) sofrimento físico; ou (Incluído pela Lei
restrições legais; nº 13.010, de 2014)

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b) lesão; (Incluído pela Lei nº 13.010, de providências legais. (Incluído pela Lei nº
2014) 13.010, de 2014)

II - tratamento cruel ou degradante: Capítulo III


conduta ou forma cruel de tratamento em
relação à criança ou ao adolescente que: Do Direito à Convivência Familiar e
(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Comunitária

a) humilhe; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, Seção I


de 2014)
Disposições Gerais
b) ameace gravemente; ou (Incluído pela
Lei nº 13.010, de 2014) Art. 19. É direito da criança e do adolescente
ser criado e educado no seio de sua família e,
c) ridicularize. (Incluído pela Lei nº 13.010, excepcionalmente, em família substituta,
de 2014) assegurada a convivência familiar e
comunitária, em ambiente que garanta seu
Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família desenvolvimento integral. (Redação dada pela
ampliada, os responsáveis, os agentes Lei nº 13.257, de 2016)
públicos executores de medidas
socioeducativas ou qualquer pessoa § 1º Toda criança ou adolescente que
encarregada de cuidar de crianças e de estiver inserido em programa de
adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê- acolhimento familiar ou institucional terá
los que utilizarem castigo físico ou tratamento sua situação reavaliada, no máximo, a cada
cruel ou degradante como formas de 3 (três) meses, devendo a autoridade
correção, disciplina, educação ou qualquer judiciária competente, com base em
outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo relatório elaborado por equipe
de outras sanções cabíveis, às seguintes interprofissional ou multidisciplinar,
medidas, que serão aplicadas de acordo com decidir de forma fundamentada pela
a gravidade do caso: (Incluído pela Lei nº possibilidade de reintegração familiar ou
13.010, de 2014) pela colocação em família substituta, em
quaisquer das modalidades previstas no
I - encaminhamento a programa oficial ou art. 28 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº
comunitário de proteção à família; (Incluído 13.509, de 2017)
pela Lei nº 13.010, de 2014)
§ 2º A permanência da criança e do
II - encaminhamento a tratamento adolescente em programa de acolhimento
psicológico ou psiquiátrico; (Incluído pela institucional não se prolongará por mais de
Lei nº 13.010, de 2014) 18 (dezoito meses), salvo comprovada
necessidade que atenda ao seu superior
III - encaminhamento a cursos ou interesse, devidamente fundamentada pela
programas de orientação; (Incluído pela Lei autoridade judiciária. (Redação dada pela
nº 13.010, de 2014) Lei nº 13.509, de 2017)

IV - obrigação de encaminhar a criança a § 3º A manutenção ou a reintegração de


tratamento especializado; (Incluído pela Lei criança ou adolescente à sua família terá
nº 13.010, de 2014) preferência em relação a qualquer outra
providência, caso em que será esta incluída
V - advertência. (Incluído pela Lei nº 13.010, em serviços e programas de proteção, apoio e
de 2014) promoção, nos termos do § 1 o do art. 23, dos
incisos I e IV do caput do art. 101 e dos
Parágrafo único. As medidas previstas incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei.
neste artigo serão aplicadas pelo Conselho (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
Tu t e l a r , s e m p r e j u í z o d e o u t r a s

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§ 4º Será garantida a convivência da determinar a colocação da criança sob a


criança e do adolescente com a mãe ou o guarda provisória de quem estiver habilitado a
pai privado de liberdade, por meio de adotá-la ou de entidade que desenvolva
visitas periódicas promovidas pelo programa de acolhimento familiar ou
responsável ou, nas hipóteses de institucional. (Incluído pela Lei nº 13.509, de
acolhimento institucional, pela entidade 2017)
responsável, independentemente de
autorização judicial. (Incluído pela Lei nº § 5º Após o nascimento da criança, a
12.962, de 2014) vontade da mãe ou de ambos os genitores,
se houver pai registral ou pai indicado, deve
§ 5º Será garantida a convivência integral ser manifestada na audiência a que se
da criança com a mãe adolescente que refere o § 1 o do art. 166 desta Lei, garantido
estiver em acolhimento institucional. o sigilo sobre a entrega. (Incluído pela Lei nº
(Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) 13.509, de 2017)

§ 6º A mãe adolescente será assistida por § 6º Na hipótese de não comparecerem à


equipe especializada multidisciplinar. (Incluído audiência nem o genitor nem representante da
pela Lei nº 13.509, de 2017) família extensa para confirmar a intenção de
exercer o poder familiar ou a guarda, a
Art. 19-A. A gestante ou mãe que manifeste autoridade judiciária suspenderá o poder
interesse em entregar seu filho para adoção, familiar da mãe, e a criança será colocada
antes ou logo após o nascimento, será sob a guarda provisória de quem esteja
encaminhada à Justiça da Infância e da habilitado a adotá-la. (Incluído pela Lei nº
Juventude. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 13.509, de 2017)
2017)
§ 7º Os detentores da guarda possuem o
§ 1º A gestante ou mãe será ouvida pela prazo de 15 (quinze) dias para propor a
equipe interprofissional da Justiça da Infância ação de adoção, contado do dia seguinte à
e da Juventude, que apresentará relatório à data do término do estágio de convivência.
autoridade judiciária, considerando inclusive (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
os eventuais efeitos do estado gestacional e
puerperal. (Incluído pela Lei nº 13.509, de § 8º Na hipótese de desistência pelos
2017) genitores - manifestada em audiência ou
perante a equipe interprofissional - da entrega
§ 2º De posse do relatório, a autoridade da criança após o nascimento, a criança
judiciária poderá determinar o será mantida com os genitores, e será
encaminhamento da gestante ou mãe, determinado pela Justiça da Infância e da
mediante sua expressa concordância, à Juventude o acompanhamento familiar pelo
rede pública de saúde e assistência social prazo de 180 (cento e oitenta) dias. (Incluído
para atendimento especializado. (Incluído pela pela Lei nº 13.509, de 2017)
Lei nº 13.509, de 2017)
§ 9º É garantido à mãe o direito ao sigilo
§ 3º A busca à família extensa, conforme sobre o nascimento, respeitado o disposto no
definida nos termos do parágrafo único do art. art. 48 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.509,
25 desta Lei, respeitará o prazo máximo de de 2017)
90 (noventa) dias, prorrogável por igual
período. (Incluído pela Lei nº 13.509, de § 10º Serão cadastrados para adoção
2017) recém-nascidos e crianças acolhidas não
procuradas por suas famílias no prazo de
§ 4º Na hipótese de não haver a indicação do 30 (trinta) dias, contado a partir do dia do
genitor e de não existir outro representante da acolhimento. (Incluído pela Lei nº 13.509,
família extensa apto a receber a guarda, a de 2017)
autoridade judiciária competente deverá
decretar a extinção do poder familiar e

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Art. 19-B. A criança e o adolescente em quaisquer designações discriminatórias


programa de acolhimento institucional ou relativas à filiação.
familiar poderão participar de programa de
apadrinhamento. (Incluído pela Lei nº 13.509, Art. 21. O pátrio poder poder familiar será
de 2017) exercido, em igualdade de condições, pelo
pai e pela mãe, na forma do que dispuser a
§ 1º O apadrinhamento consiste em legislação civil, assegurado a qualquer deles o
estabelecer e proporcionar à criança e ao direito de, em caso de discordância,
adolescente vínculos externos à instituição recorrer à autoridade judiciária competente
para fins de convivência familiar e para a solução da divergência. (Expressão
comunitária e colaboração com o seu substituída pela Lei nº 12.010, de 2009)
desenvolvimento nos aspectos social,
moral, físico, cognitivo, educacional e Art. 22. Aos pais incumbe o dever de
financeiro. (Incluído pela Lei nº 13.509, de sustento, guarda e educação dos filhos
2017) menores, cabendo-lhes ainda, no interesse
destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir
§ 2º Podem ser padrinhos ou madrinhas as determinações judiciais.
pessoas maiores de 18 (dezoito) anos não
inscritas nos cadastros de adoção, desde Parágrafo único. A mãe e o pai, ou os
que cumpram os requisitos exigidos pelo responsáveis, têm direitos iguais e deveres e
programa de apadrinhamento de que fazem responsabilidades compartilhados no cuidado
parte. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) e na educação da criança, devendo ser
resguardado o direito de transmissão
§ 3º Pessoas jurídicas podem apadrinhar familiar de suas crenças e culturas,
criança ou adolescente a fim de colaborar assegurados os direitos da criança
para o seu desenvolvimento. (Incluído pela estabelecidos nesta Lei. (Incluído pela Lei nº
Lei nº 13.509, de 2017) 13.257, de 2016)

§ 4º O perfil da criança ou do adolescente a Art. 23. A falta ou a carência de recursos


ser apadrinhado será definido no âmbito de materiais não constitui motivo suficiente
cada programa de apadrinhamento, com para a perda ou a suspensão do poder
prioridade para crianças ou adolescentes familiar.
com remota possibilidade de reinserção
familiar ou colocação em família adotiva. § 1º Não existindo outro motivo que por si
(Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) só autorize a decretação da medida, a
criança ou o adolescente será mantido em
§ 5º Os programas ou serviços de sua família de origem, a qual deverá
apadrinhamento apoiados pela Justiça da obrigatoriamente ser incluída em serviços
Infância e da Juventude poderão ser e programas oficiais de proteção, apoio e
executados por órgãos públicos ou por promoção. (Redação dada pela Lei nº
organizações da sociedade civil. (Incluído 13.257, de 2016)
pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 2º A condenação criminal do pai ou da mãe
§ 6º Se ocorrer violação das regras de não implicará a destituição do poder
apadrinhamento, os responsáveis pelo familiar, exceto na hipótese de condenação
programa e pelos serviços de acolhimento por crime doloso sujeito à pena de
deverão imediatamente notificar a autoridade reclusão contra outrem igualmente titular
judiciária competente. (Incluído pela Lei nº do mesmo poder familiar ou contra filho,
13.509, de 2017) filha ou outro descendente. (Redação dada
pela Lei nº 13.715, de 2018)
Art. 20. Os filhos, havidos ou não da relação
do casamento, ou por adoção, terão os Art. 24. A perda e a suspensão do poder
mesmos direitos e qualificações, proibidas familiar serão decretadas judicialmente, em
procedimento contraditório, nos casos

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previstos na legislação civil, bem como na § 1º Sempre que possível, a criança ou o


hipótese de descumprimento injustificado dos adolescente será previamente ouvido por
deveres e obrigações a que alude o art. 22. equipe interprofissional, respeitado seu
estágio de desenvolvimento e grau de
Seção II compreensão sobre as implicações da
medida, e terá sua opinião devidamente
Da Família Natural considerada. (Redação dada pela Lei nº
Art. 25. Entende-se por família natural a 12.010, de 2009)
comunidade formada pelos pais ou
qualquer deles e seus descendentes. § 2º Tratando-se de maior de 12 (doze) anos
de idade, será necessário seu
Parágrafo único. Entende-se por família consentimento, colhido em audiência.
extensa ou ampliada aquela que se (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009)
estende para além da unidade pais e filhos
ou da unidade do casal, formada por § 3º Na apreciação do pedido levar-se-á em
parentes próximos com os quais a criança conta o grau de parentesco e a relação de
ou adolescente convive e mantém vínculos afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou
de afinidade e afetividade. (Incluído pela Lei minorar as consequências decorrentes da
nº 12.010, de 2009) medida. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)

Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento § 4º Os grupos de irmãos serão colocados
poderão ser reconhecidos pelos pais, sob adoção, tutela ou guarda da mesma
conjunta ou separadamente, no próprio família substituta, ressalvada a
termo de nascimento, por testamento, comprovada existência de risco de abuso
mediante escritura ou outro documento ou outra situação que justifique
público, qualquer que seja a origem da plenamente a excepcionalidade de solução
filiação. diversa, procurando-se, em qualquer caso,
evitar o rompimento definitivo dos vínculos
Parágrafo único. O reconhecimento pode fraternais. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
preceder o nascimento do filho ou 2009)
suceder-lhe ao falecimento, se deixar
descendentes. § 5º A colocação da criança ou adolescente
em família substituta será precedida de sua
Art. 27. O reconhecimento do estado de preparação gradativa e acompanhamento
filiação é direito personalíssimo, p o s t e r i o r, r e a l i z a d o s p e l a e q u i p e
indisponível e imprescritível, podendo ser interprofissional a serviço da Justiça da
exercitado contra os pais ou seus Infância e da Juventude, preferencialmente
herdeiros, sem qualquer restrição, observado com o apoio dos técnicos responsáveis pela
o segredo de Justiça. execução da política municipal de garantia do
direito à convivência familiar. (Incluído pela Lei
Seção III nº 12.010, de 2009)

Da Família Substituta § 6 º E m s e tr a ta n d o d e c r i a n ç a o u
adolescente indígena ou proveniente de
Subseção I comunidade remanescente de quilombo, é
ainda obrigatório: (Incluído pela Lei nº
Disposições Gerais 12.010, de 2009)

Art. 28. A colocação em família substituta I - que sejam consideradas e respeitadas


far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, sua identidade social e cultural, os seus
independentemente da situação jurídica da costumes e tradições, bem como suas
criança ou adolescente, nos termos desta Lei. instituições, desde que não sejam
incompatíveis com os direitos
fundamentais reconhecidos por esta Lei e

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pela Constituição Federal; (Incluído pela Lei procedimentos de tutela e adoção, exceto
nº 12.010, de 2009) no de adoção por estrangeiros.

II - que a colocação familiar ocorra § 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a


prioritariamente no seio de sua guarda, fora dos casos de tutela e adoção,
comunidade ou junto a membros da para atender a situações peculiares ou
mesma etnia; (Incluído pela Lei nº 12.010, de suprir a falta eventual dos pais ou
2009) responsável, podendo ser deferido o
direito de representação para a prática de
III - a intervenção e oitiva de atos determinados.
representantes do órgão federal
responsável pela política indigenista, no caso §3º A guarda confere à criança ou adolescente
de crianças e adolescentes indígenas, e de a condição de dependente, para todos os
antropólogos, perante a equipe fins e efeitos de direito, inclusive
interprofissional ou multidisciplinar que irá previdenciários.
acompanhar o caso. (Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009) §4º Salvo expressa e fundamentada
determinação em contrário, da autoridade
Art. 29. Não se deferirá colocação em judiciária competente, ou quando a medida
família substituta a pessoa que revele, por for aplicada em preparação para adoção, o
qualquer modo, incompatibilidade com a deferimento da guarda de criança ou
natureza da medida ou não ofereça adolescente a terceiros não impede o
ambiente familiar adequado. exercício do direito de visitas pelos pais,
assim como o dever de prestar alimentos,
Art. 30. A colocação em família substituta não que serão objeto de regulamentação
admitirá transferência da criança ou específica, a pedido do interessado ou do
adolescente a terceiros ou a entidades Ministério Público. (Incluído pela Lei nº
governamentais ou não-governamentais, sem 12.010, de 2009) Vigência
autorização judicial.
Art. 34. O poder público estimulará, por meio
Art. 31. A colocação em família substituta de assistência jurídica, incentivos fiscais e
estrangeira constitui medida excepcional, subsídios, o acolhimento, sob a forma de
somente admissível na modalidade de guarda, de criança ou adolescente afastado
adoção. do convívio familiar. (Redação dada pela Lei
nº 12.010, de 2009)
Art. 32. Ao assumir a guarda ou a tutela, o
responsável prestará compromisso de bem e § 1º A inclusão da criança ou adolescente em
fielmente desempenhar o encargo, mediante programas de acolhimento familiar terá
termo nos autos. preferência a seu acolhimento
institucional, observado, em qualquer caso, o
Subseção II caráter temporário e excepcional da medida,
nos termos desta Lei. (Incluído pela Lei nº
Da Guarda 12.010, de 2009)

Art. 33. A guarda obriga a prestação de §2º Na hipótese do § 1º deste artigo a pessoa
assistência material, moral e educacional à ou casal cadastrado no programa de
criança ou adolescente, conferindo a seu acolhimento familiar poderá receber a criança
detentor o direito de opor-se a terceiros, ou adolescente mediante guarda, observado o
inclusive aos pais. (Vide Lei nº 12.010, de disposto nos arts. 28 a 33 desta Lei. (Incluído
2009) pela Lei nº 12.010, de 2009)

§ 1º A guarda destina-se a regularizar a § 3º A União apoiará a implementação de


posse de fato, podendo ser deferida, serviços de acolhimento em família
liminar ou incidentalmente, nos acolhedora como política pública, os quais

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deverão dispor de equipe que organize o (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009)
acolhimento temporário de crianças e de Vigência
adolescentes em residências de famílias
selecionadas, capacitadas e acompanhadas Art. 38. Aplica-se à destituição da tutela o
que não estejam no cadastro de adoção. disposto no art. 24.
(Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
Subseção IV
§ 4º Poderão ser utilizados recursos federais,
estaduais, distritais e municipais para a Da Adoção
manutenção dos serviços de acolhimento em
família acolhedora, facultando-se o repasse Art. 39. A adoção de criança e de adolescente
de recursos para a própria família acolhedora. reger-se-á segundo o disposto nesta Lei.
(Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
Parágrafo único. É vedada a adoção por
Art. 35. A guarda poderá ser revogada a procuração.
qualquer tempo, mediante ato judicial
fundamentado, ouvido o Ministério §1º A adoção é medida excepcional e
Público. irrevogável, à qual se deve recorrer apenas
quando esgotados os recursos de
Subseção III manutenção da criança ou adolescente na
família natural ou extensa, na forma do
Da Tutela parágrafo único do art. 25 desta Lei.
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da Vigência
lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos
incompletos. (Redação dada pela Lei nº § 2º É vedada a adoção por procuração.
12.010, de 2009) (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
Vigência
Parágrafo único. O deferimento da tutela
pressupõe a prévia decretação da perda ou § 3º Em caso de conflito entre direitos e
suspensão do poder familiar e implica interesses do adotando e de outras
necessariamente o dever de guarda. pessoas, inclusive seus pais biológicos,
(Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de devem prevalecer os direitos e os
2009) interesses do adotando. (Incluído pela Lei nº
13.509, de 2017)
Art. 37. O tutor nomeado por testamento ou
qualquer documento autêntico, conforme Art. 40. O adotando deve contar com, no
previsto no parágrafo único do art. 1.729 da máximo, dezoito anos à data do pedido,
Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - salvo se já estiver sob a guarda ou tutela
Código Civil , deverá, no prazo de 30 (trinta) dos adotantes.
dias após a abertura da sucessão, ingressar
com pedido destinado ao controle judicial Art. 41. A adoção atribui a condição de filho
do ato, observando o procedimento previsto ao adotado, com os mesmos direitos e
nos arts. 165 a 170 desta Lei. (Redação dada deveres, inclusive sucessórios, .desligando-o
pela Lei nº 12.010, de 2009) de qualquer vínculo com pais e parentes,
salvo os impedimentos matrimoniais.
Parágrafo único. Na apreciação do pedido,
serão observados os requisitos previstos nos § 1º Se um dos cônjuges ou concubinos
arts. 28 e 29 desta Lei, somente sendo adota o filho do outro, mantêm-se os
deferida a tutela à pessoa indicada na vínculos de filiação entre o adotado e o
disposição de última vontade, se restar cônjuge ou concubino do adotante e os
comprovado que a medida é vantajosa ao respectivos parentes.
tutelando e que não existe outra pessoa
em melhores condições de assumi-la.

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§ 2º É recíproco o direito sucessório entre o § 6º A adoção poderá ser deferida ao


adotado, seus descendentes, o adotante, seus adotante que, após inequívoca
ascendentes, descendentes e colaterais até o manifestação de vontade, vier a falecer no
4º grau, observada a ordem de vocação curso do procedimento, antes de prolatada
hereditária. a sentença. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
Art. 42. Podem adotar os maiores de 18
(dezoito) anos, independentemente do Art. 43. A adoção será deferida quando
estado civil. (Redação dada pela Lei nº apresentar reais vantagens para o adotando e
12.010, de 2009) fundar-se em motivos legítimos.

§ 1º Não podem adotar os ascendentes e Art. 44. Enquanto não der conta de sua
os irmãos do adotando. administração e saldar o seu alcance, não
pode o tutor ou o curador adotar o pupilo ou o
§ 2º Para adoção conjunta, é indispensável curatelado.
que os adotantes sejam casados
civilmente ou mantenham união estável, Art. 45. A adoção depende do
comprovada a estabilidade da família. consentimento dos pais ou do
(Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) representante legal do adotando.
Vigência
§ 1º. O consentimento será dispensado em
§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, relação à criança ou adolescente cujos pais
dezesseis anos mais velho do que o sejam desconhecidos ou tenham sido
adotando. destituídos do poder familiar. (Expressão
substituída pela Lei nº 12.010, de 2009)
§ 4º Os divorciados, os judicialmente
separados e os ex-companheiros podem § 2º. Em se tratando de adotando maior de
adotar conjuntamente, contanto que doze anos de idade, será também
acordem sobre a guarda e o regime de necessário o seu consentimento.
visitas e desde que o estágio de
convivência tenha sido iniciado na Art. 46. A adoção será precedida de estágio
constância do período de convivência e de convivência com a criança ou adolescente,
que seja comprovada a existência de pelo prazo máximo de 90 (noventa) dias,
vínculos de afinidade e afetividade com observadas a idade da criança ou adolescente
aquele não detentor da guarda, que e as peculiaridades do caso. (Redação dada
justifiquem a excepcionalidade da pela Lei nº 13.509, de 2017)
concessão. (Redação dada pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência § 1º O estágio de convivência poderá ser
dispensado se o adotando já estiver sob a
§ 5º A adoção poderá ser deferida ao tutela ou guarda legal do adotante durante
adotante que, após inequívoca tempo suficiente para que seja possível
manifestação de vontade, vier a falecer no avaliar a conveniência da constituição do
curso do procedimento, antes de prolatada vínculo. (Redação dada pela Lei nº 12.010,
a sentença. de 2009)

§ 5º Nos casos do § 4º deste artigo, desde § 2º A simples guarda de fato não autoriza,
que demonstrado efetivo benefício ao por si só, a dispensa da realização do
adotando, será assegurada a guarda estágio de convivência. (Redação dada pela
compartilhada, conforme previsto no art. 1.584 Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002 -
Código Civil . (Redação dada pela Lei nº § 2º-A. O prazo máximo estabelecido no
12.010, de 2009) Vigência caput deste artigo pode ser prorrogado por
até igual período, mediante decisão

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fundamentada da autoridade judiciária. § 3º A pedido do adotante, o novo registro


(Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) poderá ser lavrado no Cartório do Registro
Civil do Município de sua residência.
§ 3º Em caso de adoção por pessoa ou (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009)
casal residente ou domiciliado fora do Vigência
País, o estágio de convivência será de, no
mínimo, 30 (trinta) dias e, no máximo, 45 § 4º Nenhuma observação sobre a origem
(quarenta e cinco) dias, prorrogável por até do ato poderá constar nas certidões do
igual período, uma única vez, mediante registro. (Redação dada pela Lei nº 12.010,
decisão fundamentada da autoridade de 2009)
judiciária. (Redação dada pela Lei nº 13.509,
de 2017) § 5º A sentença conferirá ao adotado o
nome do adotante e, a pedido de qualquer
§ 3º-A. Ao final do prazo previsto no § 3 o deles, poderá determinar a modificação do
deste artigo, deverá ser apresentado laudo prenome. (Redação dada pela Lei nº 12.010,
fundamentado pela equipe mencionada no § 4 de 2009) Vigência
o deste artigo, que recomendará ou não o
deferimento da adoção à autoridade judiciária. § 6º Caso a modificação de prenome seja
(Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) requerida pelo adotante, é obrigatória a
oitiva do adotando, observado o disposto
§4º O estágio de convivência será nos §§ 1 o e 2 o do art. 28 desta Lei.
acompanhado pela equipe interprofissional a (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009)
serviço da Justiça da Infância e da Juventude, Vigência
preferencialmente com apoio dos técnicos
responsáveis pela execução da política de § 7º A adoção produz seus efeitos a partir
garantia do direito à convivência familiar, que do trânsito em julgado da sentença
apresentarão relatório minucioso acerca da constitutiva, exceto na hipótese prevista
conveniência do deferimento da medida. no § 6 o do art. 42 desta Lei, caso em que
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) terá força retroativa à data do óbito.
Vigência (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
Vigência
§ 5º O estágio de convivência será
cumprido no território nacional, § 8º O processo relativo à adoção assim como
preferencialmente na comarca de outros a ele relacionados serão mantidos em
residência da criança ou adolescente, ou, a arquivo, admitindo-se seu armazenamento em
critério do juiz, em cidade limítrofe, microfilme ou por outros meios, garantida a
respeitada, em qualquer hipótese, a sua conservação para consulta a qualquer
competência do juízo da comarca de tempo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
residência da criança. (Incluído pela Lei nº
13.509, de 2017) § 9º Terão prioridade de tramitação os
processos de adoção em que o adotando for
Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se criança ou adolescente com deficiência ou
por sentença judicial, que será inscrita no com doença crônica. (Incluído pela Lei nº
registro civil mediante mandado do qual 12.955, de 2014)
não se fornecerá certidão.
§ 10. O prazo máximo para conclusão da
§ 1º A inscrição consignará o nome dos ação de adoção será de 120 (cento e vinte)
adotantes como pais, bem como o nome de dias, prorrogável uma única vez por igual
seus ascendentes. período, mediante decisão fundamentada
da autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº
§ 2º O mandado judicial, que será arquivado, 13.509, de 2017)
cancelará o registro original do adotado.
Art. 48. O adotado tem direito de conhecer
sua origem biológica, bem como de obter

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acesso irrestrito ao processo no qual a municipal de garantia do direito à convivência


medida foi aplicada e seus eventuais familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
incidentes, após completar 18 (dezoito)
anos. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de § 5º Serão criados e implementados cadastros
2009) estaduais e nacional de crianças e
adolescentes em condições de serem
Parágrafo único. O acesso ao processo de adotados e de pessoas ou casais habilitados à
adoção poderá ser também deferido ao adoção. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
adotado menor de 18 (dezoito) anos, a seu
pedido, assegurada orientação e assistência § 6º Haverá cadastros distintos para
jurídica e psicológica. (Incluído pela Lei nº pessoas ou casais residentes fora do País,
12.010, de 2009) que somente serão consultados na
inexistência de postulantes nacionais
Art. 49. A morte dos adotantes não habilitados nos cadastros mencionados no §
restabelece o poder poder familiar dos pais 5 o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.010,
naturais. (Expressão substituída pela Lei nº de 2009)
12.010, de 2009)
§ 7º As autoridades estaduais e federais em
Art. 50. A autoridade judiciária manterá, em matéria de adoção terão acesso integral aos
cada comarca ou foro regional, um registro de cadastros, incumbindo-lhes a troca de
crianças e adolescentes em condições de informações e a cooperação mútua, para
serem adotados e outro de pessoas melhoria do sistema. (Incluído pela Lei nº
interessadas na adoção. (Vide Lei nº 12.010, 12.010, de 2009)
de 2009) Vigência
§ 8º A autoridade judiciária providenciará,
§ 1º O deferimento da inscrição dar-se-á após no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a
prévia consulta aos órgãos técnicos do inscrição das crianças e adolescentes em
juizado, ouvido o Ministério Público. condições de serem adotados que não
tiveram colocação familiar na comarca de
§ 2º Não será deferida a inscrição se o origem, e das pessoas ou casais que
interessado não satisfizer os requisitos legais, tiveram deferida sua habilitação à adoção
ou verificada qualquer das hipóteses previstas nos cadastros estadual e nacional
no art. 29. referidos no § 5 o deste artigo, sob pena de
responsabilidade. (Incluído pela Lei nº
§ 3º A inscrição de postulantes à adoção será 12.010, de 2009)
precedida de um período de preparação
psicossocial e jurídica, orientado pela equipe § 9º Compete à Autoridade Central Estadual
técnica da Justiça da Infância e da Juventude, zelar pela manutenção e correta alimentação
preferencialmente com apoio dos técnicos dos cadastros, com posterior comunicação à
responsáveis pela execução da política Autoridade Central Federal Brasileira.
municipal de garantia do direito à convivência (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

§ 4º Sempre que possível e recomendável, § 10. Consultados os cadastros e


a preparação referida no § 3 o deste artigo verificada a ausência de pretendentes
incluirá o contato com crianças e habilitados residentes no País com perfil
adolescentes em acolhimento familiar ou compatível e interesse manifesto pela
institucional em condições de serem adoção de criança ou adolescente inscrito
adotados, a ser realizado sob a orientação, nos cadastros existentes, será realizado o
supervisão e avaliação da equipe técnica da encaminhamento da criança ou
Justiça da Infância e da Juventude, com apoio adolescente à adoção internacional.
dos técnicos responsáveis pelo programa de (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
acolhimento e pela execução da política

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§ 11. Enquanto não localizada pessoa ou Art. 51 Considera-se adoção internacional


casal interessado em sua adoção, a aquela na qual o pretendente possui
criança ou o adolescente, sempre que residência habitual em país-parte da
possível e recomendável, será colocado Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993,
sob guarda de família cadastrada em Relativa à Proteção das Crianças e à
programa de acolhimento familiar. (Incluído Cooperação em Matéria de Adoção
pela Lei nº 12.010, de 2009) Internacional, promulgada pelo Decreto n o
3.087, de 21 junho de 1999 , e deseja adotar
§ 12. A alimentação do cadastro e a criança em outro país-parte da Convenção.
convocação criteriosa dos postulantes à (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
adoção serão fiscalizadas pelo Ministério
Público. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) § 1º A adoção internacional de criança ou
Vigência adolescente brasileiro ou domiciliado no Brasil
somente terá lugar quando restar
§ 13. Somente poderá ser deferida adoção comprovado: (Redação dada pela Lei nº
em favor de candidato domiciliado no 12.010, de 2009)
Brasil não cadastrado previamente nos
termos desta Lei quando: (Incluído pela Lei I - que a colocação em família adotiva é a
nº 12.010, de 2009) solução adequada ao caso concreto;
(Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
I - se tratar de pedido de adoção unilateral;
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) II - que foram esgotadas todas as
Vigência possibilidades de colocação da criança ou
adolescente em família adotiva brasileira,
II - for formulada por parente com o qual a com a comprovação, certificada nos autos,
criança ou adolescente mantenha vínculos da inexistência de adotantes habilitados
de afinidade e afetividade; (Incluído pela residentes no Brasil com perfil compatível com
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência a criança ou adolescente, após consulta aos
cadastros mencionados nesta Lei; (Redação
III - oriundo o pedido de quem detém a dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
tutela ou guarda legal de criança maior de
3 (três) anos ou adolescente, desde que o III - que, em se tratando de adoção de
lapso de tempo de convivência comprove a adolescente, este foi consultado, por meios
fixação de laços de afinidade e afetividade, adequados ao seu estágio de
e não seja constatada a ocorrência de má- desenvolvimento, e que se encontra
fé ou qualquer das situações previstas nos preparado para a medida, mediante parecer
arts. 237 ou 238 desta Lei. (Incluído pela elaborado por equipe interprofissional,
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência observado o disposto nos §§ 1 o e 2 o do art.
28 desta Lei. (Incluída pela Lei nº 12.010, de
§ 14. Nas hipóteses previstas no § 13 deste 2009)
artigo, o candidato deverá comprovar, no
curso do procedimento, que preenche os § 2º Os brasileiros residentes no exterior
requisitos necessários à adoção, conforme terão preferência aos estrangeiros, nos
previsto nesta Lei. (Incluído pela Lei nº casos de adoção internacional de criança
12.010, de 2009) ou adolescente brasileiro. (Redação dada
pela Lei nº 12.010, de 2009)
§ 15. Será assegurada prioridade no
cadastro a pessoas interessadas em adotar § 3º A adoção internacional pressupõe a
criança ou adolescente com deficiência, intervenção das Autoridades Centrais
com doença crônica ou com necessidades Estaduais e Federal em matéria de adoção
específicas de saúde, além de grupo de internacional. (Redação dada pela Lei nº
irmãos. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) 12.010, de 2009)

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Art. 52. A adoção internacional observará o


procedimento previsto nos arts. 165 a 170 VII - verificada, após estudo realizado pela
desta Lei, com as seguintes adaptações: Autoridade Central Estadual, a
(Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) compatibilidade da legislação estrangeira com
Vigência a nacional, além do preenchimento por parte
dos postulantes à medida dos requisitos
I - a pessoa ou casal estrangeiro, interessado objetivos e subjetivos necessários ao seu
em adotar criança ou adolescente brasileiro, deferimento, tanto à luz do que dispõe esta
deverá formular pedido de habilitação à Lei como da legislação do país de acolhida,
adoção perante a Autoridade Central em será expedido laudo de habilitação à
matéria de adoção internacional no país de adoção internacional, que terá validade
acolhida, assim entendido aquele onde está por, no máximo, 1 (um) ano; (Incluída pela
situada sua residência habitual; (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009)
Lei nº 12.010, de 2009)
VIII - de posse do laudo de habilitação, o
II - se a Autoridade Central do país de interessado será autorizado a formalizar
acolhida considerar que os solicitantes estão pedido de adoção perante o Juízo da Infância
habilitados e aptos para adotar, emitirá um e da Juventude do local em que se encontra a
relatório que contenha informações sobre a criança ou adolescente, conforme indicação
identidade, a capacidade jurídica e adequação efetuada pela Autoridade Central Estadual.
dos solicitantes para adotar, sua situação (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009)
pessoal, familiar e médica, seu meio social, os Vigência
motivos que os animam e sua aptidão para
assumir uma adoção internacional; (Incluída § 1º Se a legislação do país de acolhida assim
pela Lei nº 12.010, de 2009) o autorizar, admite-se que os pedidos de
habilitação à adoção internacional sejam
III - a Autoridade Central do país de acolhida intermediados por organismos credenciados.
enviará o relatório à Autoridade Central (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009)
Estadual, com cópia para a Autoridade Central
Federal Brasileira; (Incluída pela Lei nº § 2º Incumbe à Autoridade Central Federal
12.010, de 2009) Brasileira o credenciamento de organismos
nacionais e estrangeiros encarregados de
IV - o relatório será instruído com toda a intermediar pedidos de habilitação à
documentação necessária, incluindo estudo adoção internacional, com posterior
psicossocial elaborado por equipe comunicação às Autoridades Centrais
interprofissional habilitada e cópia autenticada Estaduais e publicação nos órgãos oficiais de
da legislação pertinente, acompanhada da imprensa e em sítio próprio da internet.
respectiva prova de vigência; (Incluída pela (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
Lei nº 12.010, de 2009)
§3º Somente será admissível o
V - os documentos em língua estrangeira credenciamento de organismos que:
serão devidamente autenticados pela (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009)
autoridade consular, observados os tratados e
convenções internacionais, e acompanhados I - sejam oriundos de países que ratificaram
da respectiva tradução, por tradutor público a Convenção de Haia e estejam
juramentado; (Incluída pela Lei nº 12.010, de devidamente credenciados pela Autoridade
2009) Central do país onde estiverem sediados e
no país de acolhida do adotando para atuar
VI - a Autoridade Central Estadual poderá em adoção internacional no Brasil; (Incluída
fazer exigências e solicitar complementação pela Lei nº 12.010, de 2009)
sobre o estudo psicossocial do postulante
estrangeiro à adoção, já realizado no país de II - satisfizerem as condições de integridade
acolhida; (Incluída pela Lei nº 12.010, de moral, competência profissional, experiência e
2009) responsabilidade exigidas pelos países

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respectivos e pela Autoridade Central Federal para a Autoridade Central Federal Brasileira,
Brasileira; (Incluída pela Lei nº 12.010, de pelo período mínimo de 2 (dois) anos. O
2009) envio do relatório será mantido até a juntada
de cópia autenticada do registro civil,
III - forem qualificados por seus padrões éticos estabelecendo a cidadania do país de
e sua formação e experiência para atuar na acolhida para o adotado; (Incluída pela Lei nº
área de adoção internacional; (Incluída pela 12.010, de 2009)
Lei nº 12.010, de 2009)
VI - tomar as medidas necessárias para
IV - cumprirem os requisitos exigidos pelo garantir que os adotantes encaminhem à
ordenamento jurídico brasileiro e pelas Autoridade Central Federal Brasileira cópia da
normas estabelecidas pela Autoridade Central certidão de registro de nascimento estrangeira
Federal Brasileira. (Incluída pela Lei nº e do certificado de nacionalidade tão logo lhes
12.010, de 2009) sejam concedidos. (Incluída pela Lei nº
12.010, de 2009)
§ 4º Os organismos credenciados deverão
ainda: (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) § 5º A não apresentação dos relatórios
referidos no § 4º deste artigo pelo
I - perseguir unicamente fins não lucrativos, organismo credenciado poderá acarretar a
nas condições e dentro dos limites fixados suspensão de seu credenciamento.
pelas autoridades competentes do país onde (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
estiverem sediados, do país de acolhida e
pela Autoridade Central Federal Brasileira; § 6º O credenciamento de organismo
(Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) nacional ou estrangeiro encarregado de
intermediar pedidos de adoção
II - ser dirigidos e administrados por pessoas internacional terá validade de 2 (dois)
qualificadas e de reconhecida idoneidade anos. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
moral, com comprovada formação ou
experiência para atuar na área de adoção § 7º A renovação do credenciamento
internacional, cadastradas pelo Departamento poderá ser concedida mediante
de Polícia Federal e aprovadas pela requerimento protocolado na Autoridade
Autoridade Central Federal Brasileira, Central Federal Brasileira nos 60
mediante publicação de portaria do órgão (sessenta) dias anteriores ao término do
federal competente; (Incluída pela Lei nº respectivo prazo de validade. (Incluído pela
12.010, de 2009) Lei nº 12.010, de 2009)

III - estar submetidos à supervisão das § 8º Antes de transitada em julgado a


autoridades competentes do país onde decisão que concedeu a adoção
estiverem sediados e no país de acolhida, internacional, não será permitida a saída
inclusive quanto à sua composição, do adotando do território nacional. (Incluído
funcionamento e situação financeira; (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009)
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 9º Transitada em julgado a decisão, a
IV - apresentar à Autoridade Central Federal autoridade judiciária determinará a expedição
Brasileira, a cada ano, relatório geral das de alvará com autorização de viagem, bem
atividades desenvolvidas, bem como relatório como para obtenção de passaporte,
de acompanhamento das adoções constando, obrigatoriamente, as
internacionais efetuadas no período, cuja características da criança ou adolescente
cópia será encaminhada ao Departamento de adotado, como idade, cor, sexo, eventuais
Polícia Federal; (Incluída pela Lei nº 12.010, sinais ou traços peculiares, assim como foto
de 2009) recente e a aposição da impressão digital do
seu polegar direito, instruindo o documento
V - enviar relatório pós-adotivo semestral com cópia autenticada da decisão e certidão
para a Autoridade Central Estadual, com cópia

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de trânsito em julgado. (Incluído pela Lei nº


12.010, de 2009) Parágrafo único. Eventuais repasses
somente poderão ser efetuados via Fundo
§ 10. A Autoridade Central Federal Brasileira dos Direitos da Criança e do Adolescente e
poderá, a qualquer momento, solicitar estarão sujeitos às deliberações do
informações sobre a situação das crianças e respectivo Conselho de Direitos da Criança
adolescentes adotados (Incluído pela Lei nº e do Adolescente (Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009) 12.010, de 2009)

§ 11. A cobrança de valores por parte dos Art. 52-B. A adoção por brasileiro
organismos credenciados, que sejam residente no exterior em país ratificante da
considerados abusivos pela Autoridade Convenção de Haia, cujo processo de
Central Federal Brasileira e que não estejam adoção tenha sido processado em
devidamente comprovados, é causa de seu conformidade com a legislação vigente no
descredenciamento. (Incluído pela Lei nº país de residência e atendido o disposto na
12.010, de 2009) Alínea “c” do Artigo 17 da referida
Convenção, será automaticamente
§ 12. Uma mesma pessoa ou seu cônjuge recepcionada com o reingresso no Brasil.
não podem ser representados por mais de (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
uma entidade credenciada para atuar na
cooperação em adoção internacional. § 1º Caso não tenha sido atendido o
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) disposto na Alínea “c” do Artigo 17 da
Vigência Convenção de Haia, deverá a sentença ser
homologada pelo Superior Tribunal de
§ 13. A habilitação de postulante Justiça. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
estrangeiro ou domiciliado fora do Brasil
terá validade máxima de 1 (um) ano, § 2º O pretendente brasileiro residente no
podendo ser renovada. (Incluído pela Lei nº exterior em país não ratificante da
12.010, de 2009) Convenção de Haia, uma vez reingressado
no Brasil, deverá requerer a homologação
§ 14. É vedado o contato direto de da sentença estrangeira pelo Superior
representantes de organismos de adoção, Tribunal de Justiça. (Incluído pela Lei nº
nacionais ou estrangeiros, com dirigentes 12.010, de 2009)
de programas de acolhimento institucional
ou familiar, assim como com crianças e Art. 52-C. Nas adoções internacionais,
adolescentes em condições de serem quando o Brasil for o país de acolhida, a
adotados, sem a devida autorização decisão da autoridade competente do país de
judicial. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) origem da criança ou do adolescente será
conhecida pela Autoridade Central Estadual
§ 15. A Autoridade Central Federal Brasileira que tiver processado o pedido de habilitação
poderá limitar ou suspender a concessão de dos pais adotivos, que comunicará o fato à
novos credenciamentos sempre que julgar Autoridade Central Federal e determinará as
necessário, mediante ato administrativo providências necessárias à expedição do
fundamentado. (Incluído pela Lei nº 12.010, Certificado de Naturalização Provisório.
de 2009) Vigência (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
Vigência
Art. 52-A. É vedado, sob pena de
responsabilidade e descredenciamento, o § 1º A Autoridade Central Estadual, ouvido o
repasse de recursos provenientes de Ministério Público, somente deixará de
organismos estrangeiros encarregados de reconhecer os efeitos daquela decisão se
intermediar pedidos de adoção restar demonstrado que a adoção é
internacional a organismos nacionais ou a manifestamente contrária à ordem pública ou
pessoas físicas. (Incluído pela Lei nº 12.010, não atende ao interesse superior da criança
de 2009)

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ou do adolescente. (Incluído pela Lei nº ensino da educação básica. (Redação dada


12.010, de 2009) pela Lei nº 13.845, de 2019)

§ 2º Na hipótese de não reconhecimento da Parágrafo único. É direito dos pais ou


adoção, prevista no § 1º deste artigo, o responsáveis ter ciência do processo
Ministério Público deverá imediatamente pedagógico, bem como participar da
requerer o que for de direito para resguardar definição das propostas educacionais.
os interesses da criança ou do adolescente,
comunicando-se as providências à Autoridade Art. 53-A. É dever da instituição de ensino,
Central Estadual, que fará a comunicação à clubes e agremiações recreativas e de
Autoridade Central Federal Brasileira e à estabelecimentos congêneres assegurar
Autoridade Central do país de origem. medidas de conscientização, prevenção e
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) enfrentamento ao uso ou dependência de
drogas ilícitas. (Incluído pela Lei nº 13.840,
Art. 52-D. Nas adoções internacionais, de 2019)
quando o Brasil for o país de acolhida e a
adoção não tenha sido deferida no país de Art. 54. É dever do Estado assegurar à
origem porque a sua legislação a delega ao criança e ao adolescente:
país de acolhida, ou, ainda, na hipótese de,
mesmo com decisão, a criança ou o I - ensino fundamental, obrigatório e
adolescente ser oriundo de país que não gratuito, inclusive para os que a ele não
tenha aderido à Convenção referida, o tiveram acesso na idade própria;
processo de adoção seguirá as regras da
adoção nacional. (Incluído pela Lei nº II- progressiva extensão da obrigatoriedade
12.010, de 2009) e gratuidade ao ensino médio;

Capítulo IV III - atendimento educacional especializado


aos portadores de deficiência,
Do Direito à Educação, à Cultura, ao preferencialmente na rede regular de
Esporte e ao Lazer ensino;

Art. 53. A criança e o adolescente têm direito IV - atendimento em creche e pré-escola às


à educação, visando ao pleno crianças de zero a cinco anos de idade;
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para (Redação dada pela Lei nº 13.306, de 2016)
o exercício da cidadania e qualificação para o
trabalho, assegurando-se-lhes: V - acesso aos níveis mais elevados do
ensino, da pesquisa e da criação artística,
I - igualdade de condições para o acesso e segundo a capacidade de cada um;
permanência na escola;
VI - oferta de ensino noturno regular,
II - direito de ser respeitado por seus adequado às condições do adolescente
educadores; trabalhador;

III - direito de contestar critérios avaliativos, VII - atendimento no ensino fundamental,


podendo recorrer às instâncias escolares através de programas suplementares de
superiores; m a t e r i a l d i d á t i c o - e s c o l a r, t r a n s p o r t e ,
alimentação e assistência à saúde.
IV - direito de organização e participação em
entidades estudantis; § 1º O acesso ao ensino obrigatório e
gratuito é direito público subjetivo.
V - acesso à escola pública e gratuita,
próxima de sua residência, garantindo-se § 2º O não oferecimento do ensino
vagas no mesmo estabelecimento a irmãos obrigatório pelo poder público ou sua oferta
que frequentem a mesma etapa ou ciclo de

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irregular importa responsabilidade da Art. 61. A proteção ao trabalho dos


autoridade competente. adolescentes é regulada por legislação
especial, sem prejuízo do disposto nesta Lei.
§ 3º Compete ao poder público recensear os
educandos no ensino fundamental, fazer-lhes Art. 62. Considera-se aprendizagem a
a chamada e zelar, junto aos pais ou formação técnico-profissional ministrada
responsável, pela freqüência à escola. segundo as diretrizes e bases da legislação
de educação em vigor.
Art. 55. Os pais ou responsável têm a
obrigação de matricular seus filhos ou Art. 63. A formação técnico-profissional
pupilos na rede regular de ensino. obedecerá aos seguintes princípios:

Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos I - garantia de acesso e freqüência


de ensino fundamental comunicarão ao obrigatória ao ensino regular;
Conselho Tutelar os casos de:
II - atividade compatível com o
I - maus-tratos envolvendo seus alunos; desenvolvimento do adolescente;

II - reiteração de faltas injustificadas e de III - horário especial para o exercício das


evasão escolar, esgotados os recursos atividades.
escolares;
Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de
III - elevados níveis de repetência. idade é assegurada bolsa de aprendizagem.

Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de
experiências e novas propostas relativas a quatorze anos, são assegurados os direitos
calendário, seriação, currículo, metodologia, trabalhistas e previdenciários.
didática e avaliação, com vistas à inserção de
crianças e adolescentes excluídos do ensino Art. 66. Ao adolescente portador de
fundamental obrigatório. deficiência é assegurado trabalho
protegido.
Art. 58. No processo educacional respeitar-se-
ão os valores culturais, artísticos e históricos Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz,
próprios do contexto social da criança e do em regime familiar de trabalho, aluno de
adolescente, garantindo-se a estes a escola técnica, assistido em entidade
liberdade da criação e o acesso às fontes de governamental ou não-governamental, é
cultura. vedado trabalho:

Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados I - noturno, realizado entre as vinte e duas
e da União, estimularão e facilitarão a horas de um dia e as cinco horas do dia
destinação de recursos e espaços para seguinte;
programações culturais, esportivas e de lazer
voltadas para a infância e a juventude. II - perigoso, insalubre ou penoso;

Capítulo V III - realizado em locais prejudiciais à sua


formação e ao seu desenvolvimento físico,
Do Direito à Profissionalização e à psíquico, moral e social;
Proteção no Trabalho
IV - realizado em horários e locais que não
Art. 60. É proibido qualquer trabalho a permitam a freqüência à escola.
menores de quatorze anos de idade, salvo
na condição de aprendiz. (Vide Constituição Art. 68. O programa social que tenha por base
Federal) o trabalho educativo, sob responsabilidade de
entidade governamental ou não-

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governamental sem fins lucrativos, deverá tratamento cruel ou degradante e dos


assegurar ao adolescente que dele participe instrumentos de proteção aos direitos
condições de capacitação para o exercício de humanos; (Incluído pela Lei nº 13.010, de
atividade regular remunerada. 2014)

§ 1º Entende-se por trabalho educativo a II - a integração com os órgãos do Poder


atividade laboral em que as exigências Judiciário, do Ministério Público e da
pedagógicas relativas ao desenvolvimento Defensoria Pública, com o Conselho Tutelar,
pessoal e social do educando prevalecem com os Conselhos de Direitos da Criança e do
sobre o aspecto produtivo. Adolescente e com as entidades não
governamentais que atuam na promoção,
§ 2º A remuneração que o adolescente proteção e defesa dos direitos da criança e do
recebe pelo trabalho efetuado ou a adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.010, de
participação na venda dos produtos de seu 2014)
trabalho não desfigura o caráter educativo.
III - a formação continuada e a capacitação
Art. 69. O adolescente tem direito à dos profissionais de saúde, educação e
profissionalização e à proteção no trabalho, assistência social e dos demais agentes que
observados os seguintes aspectos, entre atuam na promoção, proteção e defesa dos
outros: direitos da criança e do adolescente para o
desenvolvimento das competências
I - respeito à condição peculiar de pessoa em necessárias à prevenção, à identificação de
desenvolvimento; evidências, ao diagnóstico e ao enfrentamento
de todas as formas de violência contra a
II - capacitação profissional adequada ao criança e o adolescente; (Incluído pela Lei nº
mercado de trabalho. 13.010, de 2014)

Título III IV - o apoio e o incentivo às práticas de


resolução pacífica de conflitos que envolvam
Da Prevenção violência contra a criança e o adolescente;
(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
Capítulo I
V - a inclusão, nas políticas públicas, de ações
Disposições Gerais que visem a garantir os direitos da criança e
do adolescente, desde a atenção pré-natal, e
Art. 70. É dever de todos prevenir a de atividades junto aos pais e responsáveis
ocorrência de ameaça ou violação dos direitos com o objetivo de promover a informação, a
da criança e do adolescente. reflexão, o debate e a orientação sobre
alternativas ao uso de castigo físico ou de
Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito tratamento cruel ou degradante no processo
Federal e os Municípios deverão atuar de educativo; (Incluído pela Lei nº 13.010, de
forma articulada na elaboração de políticas 2014)
públicas e na execução de ações destinadas a
coibir o uso de castigo físico ou de VI - a promoção de espaços intersetoriais
tratamento cruel ou degradante e difundir locais para a articulação de ações e a
formas não violentas de educação de elaboração de planos de atuação conjunta
crianças e de adolescentes, tendo como focados nas famílias em situação de violência,
principais ações: (Incluído pela Lei nº 13.010, com participação de profissionais de saúde,
de 2014) de assistência social e de educação e de
órgãos de promoção, proteção e defesa dos
I - a promoção de campanhas educativas direitos da criança e do adolescente. (Incluído
permanentes para a divulgação do direito da pela Lei nº 13.010, de 2014)
criança e do adolescente de serem educados
e cuidados sem o uso de castigo físico ou de

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Parágrafo único. As famílias com crianças se recomendem, locais e horários em que


e adolescentes com deficiência terão sua apresentação se mostre inadequada.
prioridade de atendimento nas ações e
políticas públicas de prevenção e proteção. Parágrafo único. Os responsáveis pelas
(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) diversões e espetáculos públicos deverão
afixar, em lugar visível e de fácil acesso, à
Art. 70-B. As entidades, públicas e privadas, entrada do local de exibição, informação
que atuem nas áreas a que se refere o art. 71, destacada sobre a natureza do espetáculo
dentre outras, devem contar, em seus e a faixa etária especificada no certificado
quadros, com pessoas capacitadas a de classificação.
reconhecer e comunicar ao Conselho Tutelar
suspeitas ou casos de maus-tratos praticados Art. 75. Toda criança ou adolescente terá
contra crianças e adolescentes. (Incluído pela acesso às diversões e espetáculos públicos
Lei nº 13.046, de 2014) classificados como adequados à sua faixa
etária.
Parágrafo único. São igualmente
responsáveis pela comunicação de que trata Parágrafo único. As crianças menores de
este artigo, as pessoas encarregadas, por dez anos somente poderão ingressar e
razão de cargo, função, ofício, ministério, permanecer nos locais de apresentação ou
profissão ou ocupação, do cuidado, exibição quando acompanhadas dos pais
assistência ou guarda de crianças e ou responsável.
adolescentes, punível, na forma deste
Estatuto, o injustificado retardamento ou Art. 76. As emissoras de rádio e televisão
omissão, culposos ou dolosos. (Incluído pela somente exibirão, no horário recomendado
Lei nº 13.046, de 2014) para o público infanto juvenil, programas com
finalidades educativas, artísticas, culturais e
Art. 71. A criança e o adolescente têm direito informativas.
a informação, cultura, lazer, esportes,
diversões, espetáculos e produtos e serviços Parágrafo único. Nenhum espetáculo será
que respeitem sua condição peculiar de apresentado ou anunciado sem aviso de sua
pessoa em desenvolvimento. classificação, antes de sua transmissão,
apresentação ou exibição.
Art. 72. As obrigações previstas nesta Lei não
excluem da prevenção especial outras Art. 77. Os proprietários, diretores, gerentes e
decorrentes dos princípios por ela adotados. funcionários de empresas que explorem a
venda ou aluguel de fitas de programação em
Art. 73. A inobservância das normas de vídeo cuidarão para que não haja venda ou
prevenção importará em responsabilidade locação em desacordo com a classificação
da pessoa física ou jurídica, nos termos atribuída pelo órgão competente.
desta Lei.
Parágrafo único. As fitas a que alude este
Capítulo II artigo deverão exibir, no invólucro, informação
sobre a natureza da obra e a faixa etária a
Da Prevenção Especial que se destinam.

Seção I Art. 78. As revistas e publicações contendo


material impróprio ou inadequado a crianças e
Da informação, Cultura, Lazer, Esportes, adolescentes deverão ser comercializadas em
Diversões e Espetáculos embalagem lacrada, com a advertência de
seu conteúdo.
Art. 74. O poder público, através do órgão
competente, regulará as diversões e Parágrafo único. As editoras cuidarão para
espetáculos públicos, informando sobre a que as capas que contenham mensagens
natureza deles, as faixas etárias a que não

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pornográficas ou obscenas sejam protegidas Da Autorização para Viajar


com embalagem opaca.
Art. 83. Nenhuma criança ou adolescente
Art. 79. As revistas e publicações destinadas menor de 16 (dezesseis) anos poderá viajar
ao público infanto-juvenil não poderão conter para fora da comarca onde reside
ilustrações, fotografias, legendas, crônicas ou desacompanhado dos pais ou dos
anúncios de bebidas alcoólicas, tabaco, armas responsáveis sem expressa autorização
e munições, e deverão respeitar os valores judicial. (Redação dada pela Lei nº 13.812,
éticos e sociais da pessoa e da família. de 2019)

Art. 80. Os responsáveis por § 1º A autorização não será exigida quando:


estabelecimentos que explorem
comercialmente bilhar, sinuca ou congênere a) tratar-se de comarca contígua à da
ou por casas de jogos, assim entendidas residência da criança ou do adolescente
as que realizem apostas, ainda que menor de 16 (dezesseis) anos, se na mesma
eventualmente, cuidarão para que não seja unidade da Federação, ou incluída na
permitida a entrada e a permanência de mesma região metropolitana; (Redação
crianças e adolescentes no local, afixando dada pela Lei nº 13.812, de 2019)
aviso para orientação do público.
b) a criança ou o adolescente menor de 16
Seção II (dezesseis) anos estiver acompanhado:
(Redação dada pela Lei nº 13.812, de 2019)
Dos Produtos e Serviços
1) de ascendente ou colateral maior, até o
Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao terceiro grau, comprovado
adolescente de: documentalmente o parentesco;

I - armas, munições e explosivos; 2) de pessoa maior, expressamente


autorizada pelo pai, mãe ou responsável.
II - bebidas alcoólicas;
§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido
III - produtos cujos componentes possam dos pais ou responsável, conceder
causar dependência física ou psíquica autorização válida por dois anos.
ainda que por utilização indevida;
Art. 84. Quando se tratar de viagem ao
IV - fogos de estampido e de artifício, exterior, a autorização é dispensável, se a
exceto aqueles que pelo seu reduzido criança ou adolescente:
potencial sejam incapazes de provocar
qualquer dano físico em caso de utilização I - estiver acompanhado de ambos os pais
indevida; ou responsável;

V - revistas e publicações a que alude o art. II - viajar na companhia de um dos pais,


78; autorizado expressamente pelo outro
através de documento com firma
VI - bilhetes lotéricos e equivalentes. reconhecida.

Art. 82. É proibida a hospedagem de Art. 85. Sem prévia e expressa autorização
criança ou adolescente em hotel, motel, judicial, nenhuma criança ou adolescente
pensão ou estabelecimento congênere, nascido em território nacional poderá sair
salvo se autorizado ou acompanhado pelos do País em companhia de estrangeiro
pais ou responsável. residente ou domiciliado no exterior.

Seção III Parte Especial

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Título I à adoção, especificamente inter-racial, de


crianças maiores ou de adolescentes, com
Da Política de Atendimento necessidades específicas de saúde ou com
deficiências e de grupos de irmãos. (Incluído
Capítulo I pela Lei nº 12.010, de 2009)

Disposições Gerais Art. 88. São diretrizes da política de


atendimento:
Art. 86. A política de atendimento dos direitos
da criança e do adolescente far-se-á através I - municipalização do atendimento;
de um conjunto articulado de ações
governamentais e não-governamentais, da II - criação de conselhos municipais, estaduais
União, dos estados, do Distrito Federal e dos e nacional dos direitos da criança e do
municípios. adolescente, órgãos deliberativos e
controladores das ações em todos os níveis,
Art. 87. São linhas de ação da política de assegurada a participação popular paritária
atendimento: por meio de organizações representativas,
segundo leis federal, estaduais e municipais;
I - políticas sociais básicas;
III - criação e manutenção de programas
II - políticas e programas de assistência social, específicos, observada a descentralização
em caráter supletivo, para aqueles que deles político-administrativa;
necessitem
IV - manutenção de fundos nacional,
II - serviços, programas, projetos e benefícios estaduais e municipais vinculados aos
de assistência social de garantia de proteção respectivos conselhos dos direitos da criança
social e de prevenção e redução de violações e do adolescente;
de direitos, seus agravamentos ou
reincidências; (Redação dada pela Lei nº V - integração operacional de órgãos do
13.257, de 2016) Judiciário, Ministério Público, Defensoria,
Segurança Pública e Assistência Social,
III - serviços especiais de prevenção e preferencialmente em um mesmo local, para
atendimento médico e psicossocial às vítimas efeito de agilização do atendimento inicial a
de negligência, maus-tratos, exploração, adolescente a quem se atribua autoria de ato
abuso, crueldade e opressão; infracional;

IV - serviço de identificação e localização de VI - mobilização da opinião pública no sentido


pais, responsável, crianças e adolescentes da indispensável participação dos diversos
desaparecidos; segmentos da sociedade.

V - proteção jurídico-social por entidades de VI - integração operacional de órgãos do


defesa dos direitos da criança e do Judiciário, Ministério Público, Defensoria,
adolescente. Conselho Tutelar e encarregados da execução
das políticas sociais básicas e de assistência
VI - políticas e programas destinados a social, para efeito de agilização do
prevenir ou abreviar o período de afastamento atendimento de crianças e de adolescentes
do convívio familiar e a garantir o efetivo inseridos em programas de acolhimento
exercício do direito à convivência familiar de familiar ou institucional, com vista na sua
crianças e adolescentes; (Incluído pela Lei nº rápida reintegração à família de origem ou, se
12.010, de 2009) Vigência tal solução se mostrar comprovadamente
inviável, sua colocação em família substituta,
VII - campanhas de estímulo ao acolhimento em quaisquer das modalidades previstas no
sob forma de guarda de crianças e art. 28 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº
adolescentes afastados do convívio familiar e 12.010, de 2009)

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VII - mobilização da opinião pública para a V - prestação de serviços à comunidade;


indispensável participação dos diversos (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012)
segmentos da sociedade. (Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009) VI - liberdade assistida; (Redação dada pela
Lei nº 12.594, de 2012)
VIII - especialização e formação continuada
dos profissionais que trabalham nas diferentes VII - semiliberdade; e (Redação dada pela Lei
áreas da atenção à primeira infância, incluindo nº 12.594, de 2012)
os conhecimentos sobre direitos da criança e
sobre desenvolvimento infantil; (Incluído pela VIII - internação. (Incluído pela Lei nº 12.594,
Lei nº 13.257, de 2016) de 2012)

IX - formação profissional com abrangência § 1º As entidades governamentais e não


dos diversos direitos da criança e do governamentais deverão proceder à
adolescente que favoreça a intersetorialidade inscrição de seus programas, especificando
no atendimento da criança e do adolescente e os regimes de atendimento, na forma definida
seu desenvolvimento integral; (Incluído pela neste artigo, no Conselho Municipal dos
Lei nº 13.257, de 2016) Direitos da Criança e do Adolescente, o
qual manterá registro das inscrições e de suas
X - realização e divulgação de pesquisas alterações, do que fará comunicação ao
sobre desenvolvimento infantil e sobre Conselho Tutelar e à autoridade judiciária.
prevenção da violência. (Incluído pela Lei nº (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
13.257, de 2016)
§ 2º Os recursos destinados à implementação
Art. 89. A função de membro do conselho e manutenção dos programas relacionados
nacional e dos conselhos estaduais e neste artigo serão previstos nas dotações
municipais dos direitos da criança e do orçamentárias dos órgãos públicos
adolescente é considerada de interesse encarregados das áreas de Educação, Saúde
público relevante e não será remunerada. e Assistência Social, dentre outros,
observando-se o princípio da prioridade
Capítulo II absoluta à criança e ao adolescente
preconizado pelo caput do art. 227 da
Das Entidades de Atendimento Constituição Federal e pelo caput e parágrafo
único do art. 4 o desta Lei. (Incluído pela Lei
Seção I nº 12.010, de 2009)

Disposições Gerais § 3º Os programas em execução serão


reavaliados pelo Conselho Municipal dos
Art. 90. As entidades de atendimento são Direitos da Criança e do Adolescente, no
responsáveis pela manutenção das próprias máximo, a cada 2 (dois) anos, constituindo-
unidades, assim como pelo planejamento e se critérios para renovação da autorização de
execução de programas de proteção e sócio- funcionamento: (Incluído pela Lei nº 12.010,
educativos destinados a crianças e de 2009)
adolescentes, em regime de: (Vide)
I - o efetivo respeito às regras e princípios
I - orientação e apoio sócio-familiar; desta Lei, bem como às resoluções relativas à
modalidade de atendimento prestado
II - apoio sócio-educativo em meio aberto; expedidas pelos Conselhos de Direitos da
Criança e do Adolescente, em todos os níveis;
III - colocação familiar; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
Vigência
IV - acolhimento institucional; (Redação dada
pela Lei nº 12.010, de 2009)

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II - a qualidade e eficiência do trabalho princípios: (Redação dada pela Lei nº


desenvolvido, atestadas pelo Conselho 12.010, de 2009)
Tutelar, pelo Ministério Público e pela Justiça
da Infância e da Juventude; (Incluído pela Lei I - preservação dos vínculos familiares e
nº 12.010, de 2009) promoção da reintegração familiar;
(Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009)
III - em se tratando de programas de Vigência
acolhimento institucional ou familiar, serão
considerados os índices de sucesso na II - integração em família substituta,
reintegração familiar ou de adaptação à quando esgotados os recursos de
família substituta, conforme o caso. (Incluído manutenção na família de origem;
pela Lei nº 12.010, de 2009)
III - atendimento personalizado e em
Art. 91. As entidades não-governamentais pequenos grupos;
somente poderão funcionar depois de
registradas no Conselho Municipal dos IV - desenvolvimento de atividades em regime
Direitos da Criança e do Adolescente, o de co-educação;
qual comunicará o registro ao Conselho
Tutelar e à autoridade judiciária da V - não desmembramento de grupos de
respectiva localidade. irmãos;

§ 1º Será negado o registro à entidade que: VI - evitar, sempre que possível, a


(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) transferência para outras entidades de
Vigência crianças e adolescentes abrigados;

a) não ofereça instalações físicas em VII - participação na vida da comunidade


condições adequadas de habitabilidade, local;
higiene, salubridade e segurança;
VIII - preparação gradativa para o
b) não apresente plano de trabalho compatível desligamento;
com os princípios desta Lei;
IX - participação de pessoas da comunidade
c) esteja irregularmente constituída; no processo educativo.

d) tenha em seus quadros pessoas inidôneas. § 1º O dirigente de entidade que desenvolve


programa de acolhimento institucional é
e) não se adequar ou deixar de cumprir as equiparado ao guardião, para todos os
resoluções e deliberações relativas à efeitos de direito. (Incluído pela Lei nº
modalidade de atendimento prestado 12.010, de 2009) Vigência
expedidas pelos Conselhos de Direitos da
Criança e do Adolescente, em todos os níveis. § 2º Os dirigentes de entidades que
(Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) desenvolvem programas de acolhimento
familiar ou institucional remeterão à
§ 2 o O registro terá validade máxima de 4 autoridade judiciária, no máximo a cada 6
(quatro) anos, cabendo ao Conselho (seis) meses, relatório circunstanciado
Municipal dos Direitos da Criança e do acerca da situação de cada criança ou
Adolescente, periodicamente, reavaliar o adolescente acolhido e sua família, para fins
cabimento de sua renovação, observado o da reavaliação prevista no § 1 o do art. 19
disposto no § 1 o deste artigo. (Incluído pela desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
Lei nº 12.010, de 2009) 2009)

Art. 92. As entidades que desenvolvam § 3º Os entes federados, por intermédio dos
programas de acolhimento familiar ou Poderes Executivo e Judiciário, promoverão
institucional deverão adotar os seguintes conjuntamente a permanente qualificação dos

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profissionais que atuam direta ou responsabilidade. (Redação dada pela Lei nº


indiretamente em programas de acolhimento 12.010, de 2009)
institucional e destinados à colocação familiar
de crianças e adolescentes, incluindo Parágrafo único. Recebida a comunicação,
membros do Poder Judiciário, Ministério a autoridade judiciária, ouvido o Ministério
Público e Conselho Tutelar. (Incluído pela Lei Público e se necessário com o apoio do
nº 12.010, de 2009) Conselho Tutelar local, tomará as medidas
necessárias para promover a imediata
§ 4º Salvo determinação em contrário da reintegração familiar da criança ou do
autoridade judiciária competente, as entidades adolescente ou, se por qualquer razão não
que desenvolvem programas de acolhimento for isso possível ou recomendável, para
familiar ou institucional, se necessário com o seu encaminhamento a programa de
auxílio do Conselho Tutelar e dos órgãos de acolhimento familiar, institucional ou a
assistência social, estimularão o contato da família substituta, observado o disposto no
criança ou adolescente com seus pais e § 2 o do art. 101 desta Lei. (Incluído pela Lei
parentes, em cumprimento ao disposto nos nº 12.010, de 2009)
incisos I e VIII do caput deste artigo. (Incluído
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Art. 94. As entidades que desenvolvem
programas de internação têm as seguintes
§ 5º As entidades que desenvolvem obrigações, entre outras:
programas de acolhimento familiar ou
institucional somente poderão receber I - observar os direitos e garantias de que são
recursos públicos se comprovado o titulares os adolescentes;
atendimento dos princípios, exigências e
finalidades desta Lei. (Incluído pela Lei nº II - não restringir nenhum direito que não
12.010, de 2009) Vigência tenha sido objeto de restrição na decisão de
internação;
§ 6º O descumprimento das disposições
desta Lei pelo dirigente de entidade que III - oferecer atendimento personalizado, em
desenvolva programas de acolhimento familiar pequenas unidades e grupos reduzidos;
ou institucional é causa de sua destituição,
sem prejuízo da apuração de sua IV - preservar a identidade e oferecer
responsabilidade administrativa, civil e ambiente de respeito e dignidade ao
criminal. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) adolescente;

§ 7 o Quando se tratar de criança de 0 V - diligenciar no sentido do restabelecimento


(zero) a 3 (três) anos em acolhimento e da preservação dos vínculos familiares;
institucional, dar-se-á especial atenção à
atuação de educadores de referência VI - comunicar à autoridade judiciária,
estáveis e qualitativamente significativos, periodicamente, os casos em que se mostre
às rotinas específicas e ao atendimento inviável ou impossível o reatamento dos
das necessidades básicas, incluindo as de vínculos familiares;
afeto como prioritárias. (Incluído pela Lei
nº 13.257, de 2016) VII - oferecer instalações físicas em condições
adequadas de habitabilidade, higiene,
Art. 93. As entidades que mantenham salubridade e segurança e os objetos
programa de acolhimento institucional necessários à higiene pessoal;
poderão, em caráter excepcional e de
urgência, acolher crianças e adolescentes VIII - oferecer vestuário e alimentação
sem prévia determinação da autoridade suficientes e adequados à faixa etária dos
competente, fazendo comunicação do fato adolescentes atendidos;
em até 24 (vinte e quatro) horas ao Juiz da
Infância e da Juventude, sob pena de IX - oferecer cuidados médicos, psicológicos,
odontológicos e farmacêuticos;

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X - propiciar escolarização e Art. 94-A. As entidades, públicas ou


profissionalização; privadas, que abriguem ou recepcionem
crianças e adolescentes, ainda que em caráter
XI - propiciar atividades culturais, esportivas e temporário, devem ter, em seus quadros,
de lazer; profissionais capacitados a reconhecer e
reportar ao Conselho Tutelar suspeitas ou
XII - propiciar assistência religiosa àqueles ocorrências de maus-tratos. (Incluído pela
que desejarem, de acordo com suas crenças; Lei nº 13.046, de 2014)

XIII - proceder a estudo social e pessoal de Seção II


cada caso;
Da Fiscalização das Entidades
XIV - reavaliar periodicamente cada caso,
com intervalo máximo de seis meses, Art. 95. As entidades governamentais e não-
dando ciência dos resultados à autoridade governamentais referidas no art. 90 serão
competente; fiscalizadas pelo Judiciário, pelo Ministério
Público e pelos Conselhos Tutelares.
XV - informar, periodicamente, o adolescente
internado sobre sua situação processual; Art. 96. Os planos de aplicação e as
prestações de contas serão apresentados ao
XVI - comunicar às autoridades competentes estado ou ao município, conforme a origem
todos os casos de adolescentes portadores de das dotações orçamentárias.
moléstias infecto-contagiosas;
Art. 97. São medidas aplicáveis às
XVII - fornecer comprovante de depósito dos entidades de atendimento que
pertences dos adolescentes; descumprirem obrigação constante do art.
94, sem prejuízo da responsabilidade civil e
XVIII - manter programas destinados ao apoio criminal de seus dirigentes ou prepostos:
e acompanhamento de egressos;
I - às entidades governamentais:
XIX - providenciar os documentos necessários
ao exercício da cidadania àqueles que não os a) advertência;
tiverem;
b) afastamento provisório de seus
XX - manter arquivo de anotações onde dirigentes;
constem data e circunstâncias do
atendimento, nome do adolescente, seus pais c) afastamento definitivo de seus
ou responsável, parentes, endereços, sexo, dirigentes;
idade, acompanhamento da sua formação,
relação de seus pertences e demais dados d) fechamento de unidade ou interdição de
que possibilitem sua identificação e a programa.
individualização do atendimento.
II - às entidades não-governamentais:
§ 1º Aplicam-se, no que couber, as
obrigações constantes deste artigo às a) advertência;
entidades que mantêm programas de
acolhimento institucional e familiar. b) suspensão total ou parcial do repasse
(Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) de verbas públicas;

§ 2º No cumprimento das obrigações a que c) interdição de unidades ou suspensão de


alude este artigo as entidades utilizarão programa;
preferencialmente os recursos da
comunidade. d) cassação do registro.

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visem ao fortalecimento dos vínculos


§ 1º Em caso de reiteradas infrações familiares e comunitários.
cometidas por entidades de atendimento, que
coloquem em risco os direitos assegurados Parágrafo único. São também princípios que
nesta Lei, deverá ser o fato comunicado ao regem a aplicação das medidas: (Incluído pela
Ministério Público ou representado perante Lei nº 12.010, de 2009)
autoridade judiciária competente para as
providências cabíveis, inclusive suspensão I - condição da criança e do adolescente como
das atividades ou dissolução da entidade. sujeitos de direitos: crianças e adolescentes
(Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) são os titulares dos direitos previstos nesta e
Vigência em outras Leis, bem como na Constituição
Federal; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
§ 2º As pessoas jurídicas de direito público e Vigência
as organizações não governamentais
responderão pelos danos que seus agentes II - proteção integral e prioritária: a
causarem às crianças e aos adolescentes, interpretação e aplicação de toda e qualquer
c a r a c te r i z a d o o d e s c u m p r i m e n to d o s norma contida nesta Lei deve ser voltada à
princípios norteadores das atividades de proteção integral e prioritária dos direitos de
proteção específica. (Redação dada pela Lei que crianças e adolescentes são titulares;
nº 12.010, de 2009) Vigência (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
Vigência
Título II
III - responsabilidade primária e solidária
Das Medidas de Proteção do poder público: a plena efetivação dos
direitos assegurados a crianças e a
Capítulo I adolescentes por esta Lei e pela Constituição
Federal, salvo nos casos por esta
Disposições Gerais expressamente ressalvados, é de
responsabilidade primária e solidária das 3
Art. 98. As medidas de proteção à criança e (três) esferas de governo, sem prejuízo da
ao adolescente são aplicáveis sempre que os municipalização do atendimento e da
direitos reconhecidos nesta Lei forem possibilidade da execução de programas por
ameaçados ou violados: entidades não governamentais; (Incluído pela
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
I - por ação ou omissão da sociedade ou do
Estado; IV - interesse superior da criança e do
adolescente: a intervenção deve atender
II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou prioritariamente aos interesses e direitos da
responsável; criança e do adolescente, sem prejuízo da
consideração que for devida a outros
III - em razão de sua conduta. interesses legítimos no âmbito da pluralidade
dos interesses presentes no caso concreto;
Capítulo II (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)

Das Medidas Específicas de Proteção V - privacidade: a promoção dos direitos e


proteção da criança e do adolescente deve
Art. 99. As medidas previstas neste ser efetuada no respeito pela intimidade,
Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou direito à imagem e reserva da sua vida
cumulativamente, bem como substituídas a privada; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
qualquer tempo.
VI - intervenção precoce: a intervenção das
Art. 100. Na aplicação das medidas levar- autoridades competentes deve ser efetuada
se-ão em conta as necessidades logo que a situação de perigo seja conhecida;
pedagógicas, preferindo-se aquelas que (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)

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poderá determinar, dentre outras, as seguintes


VII - intervenção mínima: a intervenção deve medidas:
ser exercida exclusivamente pelas
autoridades e instituições cuja ação seja I- encaminhamento aos pais ou
indispensável à efetiva promoção dos direitos responsável, mediante termo de
e à proteção da criança e do adolescente; responsabilidade;
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
II - orientação, apoio e acompanhamento
VIII - proporcionalidade e atualidade: a temporários;
intervenção deve ser a necessária e
adequada à situação de perigo em que a III - matrícula e freqüência obrigatórias em
criança ou o adolescente se encontram no estabelecimento oficial de ensino
momento em que a decisão é tomada; fundamental;
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
IV - inclusão em serviços e programas
IX- responsabilidade parental: a intervenção oficiais ou comunitários de proteção, apoio
deve ser efetuada de modo que os pais e promoção da família, da criança e do
assumam os seus deveres para com a criança adolescente; (Redação dada pela Lei nº
e o adolescente; (Incluído pela Lei nº 12.010, 13.257, de 2016)
de 2009)
V - requisição de tratamento médico,
X - prevalência da família: na promoção de psicológico ou psiquiátrico, em regime
direitos e na proteção da criança e do hospitalar ou ambulatorial;
adolescente deve ser dada prevalência às
medidas que os mantenham ou reintegrem na VI - inclusão em programa oficial ou
sua família natural ou extensa ou, se isso não comunitário de auxílio, orientação e
for possível, que promovam a sua integração tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
em família adotiva; (Redação dada pela Lei nº
13.509, de 2017) VII - acolhimento institucional; (Redação
dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
XI - obrigatoriedade da informação: a
criança e o adolescente, respeitado seu VIII - inclusão em programa de acolhimento
estágio de desenvolvimento e capacidade de familiar; (Redação dada pela Lei nº 12.010,
compreensão, seus pais ou responsável de 2009)
devem ser informados dos seus direitos, dos
motivos que determinaram a intervenção e da IX - colocação em família substituta.
forma como esta se processa; (Incluído pela (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 1º O acolhimento institucional e o
XII - oitiva obrigatória e participação: a criança acolhimento familiar são medidas
e o adolescente, em separado ou na provisórias e excepcionais, utilizáveis
companhia dos pais, de responsável ou de como forma de transição para reintegração
pessoa por si indicada, bem como os seus familiar ou, não sendo esta possível, para
pais ou responsável, têm direito a ser ouvidos colocação em família substituta, não
e a participar nos atos e na definição da implicando privação de liberdade. (Incluído
medida de promoção dos direitos e de pela Lei nº 12.010, de 2009)
proteção, sendo sua opinião devidamente
considerada pela autoridade judiciária § 2º Sem prejuízo da tomada de medidas
competente, observado o disposto nos §§ 1 o emergenciais para proteção de vítimas de
e 2 o do art. 28 desta Lei. (Incluído pela Lei nº violência ou abuso sexual e das providências
12.010, de 2009) a que alude o art. 130 desta Lei, o
afastamento da criança ou adolescente do
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses convívio familiar é de competência exclusiva
previstas no art. 98, a autoridade competente da autoridade judiciária e importará na

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deflagração, a pedido do Ministério Público ou


de quem tenha legítimo interesse, de § 6º Constarão do plano individual, dentre
procedimento judicial contencioso, no qual outros: (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
se garanta aos pais ou ao responsável legal o
exercício do contraditório e da ampla defesa. I - os resultados da avaliação interdisciplinar;
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)

§ 3º Crianças e adolescentes somente II - os compromissos assumidos pelos pais ou


poderão ser encaminhados às instituições responsável; e (Incluído pela Lei nº 12.010, de
que executam programas de acolhimento 2009)
institucional, governamentais ou não, por
meio de uma Guia de Acolhimento, III - a previsão das atividades a serem
expedida pela autoridade judiciária, na qual desenvolvidas com a criança ou com o
obrigatoriamente constará, dentre outros: adolescente acolhido e seus pais ou
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) responsável, com vista na reintegração
familiar ou, caso seja esta vedada por
I - sua identificação e a qualificação completa expressa e fundamentada determinação
de seus pais ou de seu responsável, se judicial, as providências a serem tomadas
conhecidos; (Incluído pela Lei nº 12.010, de para sua colocação em família substituta, sob
2009) direta supervisão da autoridade judiciária.
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
II - o endereço de residência dos pais ou do
responsável, com pontos de referência; § 7º O acolhimento familiar ou institucional
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) ocorrerá no local mais próximo à
residência dos pais ou do responsável e,
III - os nomes de parentes ou de terceiros como parte do processo de reintegração
interessados em tê-los sob sua guarda; familiar, sempre que identificada a
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) necessidade, a família de origem será
incluída em programas oficiais de
IV - os motivos da retirada ou da não orientação, de apoio e de promoção social,
reintegração ao convívio familiar. (Incluído sendo facilitado e estimulado o contato
pela Lei nº 12.010, de 2009) com a criança ou com o adolescente
acolhido. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
§ 4º Imediatamente após o acolhimento da 2009)
criança ou do adolescente, a entidade
responsável pelo programa de acolhimento § 8 º Ve r i f i c a d a a p o s s i b i l i d a d e d e
institucional ou familiar elaborará um plano reintegração familiar, o responsável pelo
individual de atendimento, visando à programa de acolhimento familiar ou
reintegração familiar, ressalvada a institucional fará imediata comunicação à
existência de ordem escrita e autoridade judiciária, que dará vista ao
fundamentada em contrário de autoridade Ministério Público, pelo prazo de 5 (cinco)
judiciária competente, caso em que dias, decidindo em igual prazo. (Incluído
também deverá contemplar sua colocação pela Lei nº 12.010, de 2009)
em família substituta, observadas as regras
e princípios desta Lei. (Incluído pela Lei nº § 9º Em sendo constatada a impossibilidade
12.010, de 2009) de reintegração da criança ou do
adolescente à família de origem, após seu
§ 5º O plano individual será elaborado sob encaminhamento a programas oficiais ou
a responsabilidade da equipe técnica do comunitários de orientação, apoio e promoção
respectivo programa de atendimento e social, será enviado relatório fundamentado
levará em consideração a opinião da ao Ministério Público, no qual conste a
criança ou do adolescente e a oitiva dos descrição pormenorizada das providências
pais ou do responsável. (Incluído pela Lei nº tomadas e a expressa recomendação,
12.010, de 2009) subscrita pelos técnicos da entidade ou

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responsáveis pela execução da política isentos de multas, custas e emolumentos,


municipal de garantia do direito à convivência gozando de absoluta prioridade.
familiar, para a destituição do poder familiar,
ou destituição de tutela ou guarda. (Incluído § 3º Caso ainda não definida a paternidade,
pela Lei nº 12.010, de 2009) será deflagrado procedimento específico
destinado à sua averiguação, conforme
§ 10. Recebido o relatório, o Ministério previsto pela Lei n o 8.560, de 29 de
Público terá o prazo de 15 (quinze) dias dezembro de 1992. (Incluído pela Lei nº
para o ingresso com a ação de destituição 12.010, de 2009)
do poder familiar, salvo se entender
necessária a realização de estudos § 4º Nas hipóteses previstas no § 3 o deste
complementares ou de outras providências artigo, é dispensável o ajuizamento de ação
indispensáveis ao ajuizamento da de investigação de paternidade pelo
demanda. (Redação dada pela Lei nº 13.509, Ministério Público se, após o não
de 2017) comparecimento ou a recusa do suposto
pai em assumir a paternidade a ele
§ 11. A autoridade judiciária manterá, em atribuída, a criança for encaminhada para
cada comarca ou foro regional, um cadastro adoção. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
contendo informações atualizadas sobre as Vigência
crianças e adolescentes em regime de
acolhimento familiar e institucional sob sua § 5º Os registros e certidões necessários à
responsabilidade, com informações inclusão, a qualquer tempo, do nome do pai
pormenorizadas sobre a situação jurídica de no assento de nascimento são isentos de
cada um, bem como as providências tomadas multas, custas e emolumentos, gozando de
para sua reintegração familiar ou colocação absoluta prioridade. (Incluído dada pela Lei
em família substituta, em qualquer das nº 13.257, de 2016)
modalidades previstas no art. 28 desta Lei.
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) § 6º São gratuitas, a qualquer tempo, a
averbação requerida do reconhecimento de
§ 12. Terão acesso ao cadastro o Ministério paternidade no assento de nascimento e a
Público, o Conselho Tutelar, o órgão gestor da certidão correspondente. (Incluído dada
Assistência Social e os Conselhos Municipais pela Lei nº 13.257, de 2016)
dos Direitos da Criança e do Adolescente e da
Assistência Social, aos quais incumbe Título III
deliberar sobre a implementação de políticas
públicas que permitam reduzir o número de Da Prática de Ato Infracional
crianças e adolescentes afastados do convívio
familiar e abreviar o período de permanência Capítulo I
em programa de acolhimento. (Incluído pela
Lei nº 12.010, de 2009) Disposições Gerais

Art. 102. As medidas de proteção de que Art. 103. Considera-se ato infracional a
trata este Capítulo serão acompanhadas da conduta descrita como crime ou
regularização do registro civil. (Vide Lei nº contravenção penal.
12.010, de 2009)
Art. 104. São penalmente inimputáveis os
§ 1º Verificada a inexistência de registro menores de dezoito anos, sujeitos às
anterior, o assento de nascimento da criança medidas previstas nesta Lei.
ou adolescente será feito à vista dos
elementos disponíveis, mediante requisição Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei,
da autoridade judiciária. deve ser considerada a idade do
adolescente à data do fato.
§ 2º Os registros e certidões necessários à
regularização de que trata este artigo são

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Art. 105. Ao ato infracional praticado por Art. 111. São asseguradas ao adolescente,
criança corresponderão as medidas entre outras, as seguintes garantias:
previstas no art. 101.
I - pleno e formal conhecimento da
Capítulo II atribuição de ato infracional, mediante
citação ou meio equivalente;
Dos Direitos Individuais
II - igualdade na relação processual,
Art. 106. Nenhum adolescente será privado podendo confrontar-se com vítimas e
de sua liberdade senão em flagrante de ato testemunhas e produzir todas as provas
infracional ou por ordem escrita e necessárias à sua defesa;
fundamentada da autoridade judiciária
competente. III - defesa técnica por advogado;

Parágrafo único. O adolescente tem direito à IV - assistência judiciária gratuita e integral


identificação dos responsáveis pela sua aos necessitados, na forma da lei;
apreensão, devendo ser informado acerca de
seus direitos. V - direito de ser ouvido pessoalmente pela
autoridade competente;
Art. 107. A apreensão de qualquer
adolescente e o local onde se encontra VI - direito de solicitar a presença de seus
recolhido serão incontinenti comunicados pais ou responsável em qualquer fase do
à autoridade judiciária competente e à procedimento.
família do apreendido ou à pessoa por ele
indicada. Capítulo IV

Parágrafo único. Examinar-se-á, desde Das Medidas Sócio-Educativas


logo e sob pena de responsabilidade, a
possibilidade de liberação imediata. Seção I

Art. 108. A internação, antes da sentença, Disposições Gerais


pode ser determinada pelo prazo máximo
de quarenta e cinco dias. Art. 112. Verificada a prática de ato
infracional, a autoridade competente poderá
Parágrafo único. A decisão deverá ser aplicar ao adolescente as seguintes medidas:
fundamentada e basear-se em indícios
suficientes de autoria e materialidade, I - advertência;
demonstrada a necessidade imperiosa da
medida. II - obrigação de reparar o dano;

Art. 109. O adolescente civilmente III - prestação de serviços à comunidade;


identificado não será submetido a
identificação compulsória pelos órgãos IV - liberdade assistida;
policiais, de proteção e judiciais, salvo para
efeito de confrontação, havendo dúvida V - inserção em regime de semi-liberdade;
fundada.
VI - internação em estabelecimento
Capítulo III educacional;

Das Garantias Processuais VII - qualquer uma das previstas no art.


101, I a VI.
Art. 110. Nenhum adolescente será privado
de sua liberdade sem o devido processo legal.

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§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará


em conta a sua capacidade de cumpri-la, as Art. 117. A prestação de serviços comunitários
circunstâncias e a gravidade da infração. consiste na realização de tarefas gratuitas
de interesse geral, por período não
§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto excedente a seis meses, junto a entidades
algum, será admitida a prestação de assistenciais, hospitais, escolas e outros
trabalho forçado. estabelecimentos congêneres, bem como
em programas comunitários ou
§ 3º Os adolescentes portadores de doença governamentais.
ou deficiência mental receberão tratamento
individual e especializado, em local adequado Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas
às suas condições. conforme as aptidões do adolescente,
devendo ser cumpridas durante jornada
Art. 113. Aplica-se a este Capítulo o disposto máxima de oito horas semanais, aos
nos arts. 99 e 100. sábados, domingos e feriados ou em dias
úteis, de modo a não prejudicar a
Art. 114. A imposição das medidas previstas freqüência à escola ou à jornada normal de
nos incisos II a VI do art. 112 pressupõe a trabalho.
existência de provas suficientes da autoria
e da materialidade da infração, ressalvada Seção V
a hipótese de remissão, nos termos do art.
127. Da Liberdade Assistida

Parágrafo único. A advertência poderá ser Art. 118. A liberdade assistida será adotada
aplicada sempre que houver prova da sempre que se afigurar a medida mais
materialidade e indícios suficientes da adequada para o fim de acompanhar,
autoria. auxiliar e orientar o adolescente.

Seção II § 1º A autoridade designará pessoa


capacitada para acompanhar o caso, a qual
Da Advertência poderá ser recomendada por entidade ou
programa de atendimento.
Art. 115. A advertência consistirá em
admoestação verbal, que será reduzida a § 2º A liberdade assistida será fixada pelo
termo e assinada. prazo mínimo de seis meses, podendo a
qualquer tempo ser prorrogada, revogada
Seção III ou substituída por outra medida, ouvido o
orientador, o Ministério Público e o
Da Obrigação de Reparar o Dano defensor.

Art. 116. Em se tratando de ato infracional Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio
com reflexos patrimoniais, a autoridade e a supervisão da autoridade competente, a
poderá determinar, se for o caso, que o realização dos seguintes encargos, entre
adolescente restitua a coisa, promova o outros:
ressarcimento do dano, ou, por outra forma,
compense o prejuízo da vítima. I - promover socialmente o adolescente e sua
família, fornecendo-lhes orientação e
Parágrafo único. Havendo manifesta inserindo-os, se necessário, em programa
impossibilidade, a medida poderá ser oficial ou comunitário de auxílio e assistência
substituída por outra adequada. social;

Seção IV II - supervisionar a freqüência e o


aproveitamento escolar do adolescente,
Da Prestação de Serviços à Comunidade promovendo, inclusive, sua matrícula;

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ser liberado, colocado em regime de semi-


III - diligenciar no sentido da profissionalização liberdade ou de liberdade assistida.
do adolescente e de sua inserção no mercado
de trabalho; § 5º A liberação será compulsória aos vinte
e um anos de idade.
IV - apresentar relatório do caso.
§ 6º Em qualquer hipótese a desinternação
Seção VI será precedida de autorização judicial,
ouvido o Ministério Público.
Do Regime de Semi-liberdade
§ 7º A determinação judicial mencionada no §
Art. 120. O regime de semi-liberdade pode 1 o poderá ser revista a qualquer tempo
ser determinado desde o início, ou como pela autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº
forma de transição para o meio aberto, 12.594, de 2012) (Vide)
possibilitada a realização de atividades
externas, independentemente de Art. 122. A medida de internação só poderá
autorização judicial. ser aplicada quando:

§ 1º São obrigatórias a escolarização e a I - tratar-se de ato infracional cometido


profissionalização, devendo, sempre que mediante grave ameaça ou violência a
possível, ser utilizados os recursos pessoa;
existentes na comunidade.
II - por reiteração no cometimento de outras
§ 2º A medida não comporta prazo infrações graves;
determinado aplicando-se, no que couber,
as disposições relativas à internação. III - por descumprimento reiterado e
injustificável da medida anteriormente
Seção VII imposta.

Da Internação § 1º O prazo de internação na hipótese do


inciso III deste artigo não poderá ser
Art. 121. A internação constitui medida superior a 3 (três) meses, devendo ser
privativa da liberdade , sujeita aos decretada judicialmente após o devido
princípios de brevidade, excepcionalidade processo legal. (Redação dada pela Lei nº
e respeito à condição peculiar de pessoa 12.594, de 2012)
em desenvolvimento.
§ 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a
§ 1º Será permitida a realização de internação, havendo outra medida
atividades externas, a critério da equipe adequada.
técnica da entidade, salvo expressa
determinação judicial em contrário. Art. 123. A internação deverá ser cumprida
em entidade exclusiva para adolescentes,
§ 2º A medida não comporta prazo em local distinto daquele destinado ao abrigo,
determinado, devendo sua manutenção ser obedecida rigorosa separação por critérios
reavaliada, mediante decisão de idade, compleição física e gravidade da
fundamentada, no máximo a cada seis infração.
meses.
Parágrafo único. Durante o período de
§ 3º Em nenhuma hipótese o período internação, inclusive provisória, serão
máximo de internação excederá a três obrigatórias atividades pedagógicas.
anos.
Art. 124. São direitos do adolescente privado
§ 4º Atingido o limite estabelecido no de liberdade, entre outros, os seguintes:
parágrafo anterior, o adolescente deverá

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I - entrevistar-se pessoalmente com o


representante do Ministério Público; § 2º A autoridade judiciária poderá
suspender temporariamente a visita,
II - peticionar diretamente a qualquer inclusive de pais ou responsável, se
autoridade; existirem motivos sérios e fundados de
sua prejudicialidade aos interesses do
III - avistar-se reservadamente com seu adolescente.
defensor;
Art. 125. É dever do Estado zelar pela
IV - ser informado de sua situação integridade física e mental dos internos,
processual, sempre que solicitada; cabendo-lhe adotar as medidas adequadas de
contenção e segurança.
V - ser tratado com respeito e dignidade;
Capítulo V
VI - permanecer internado na mesma
localidade ou naquela mais próxima ao Da Remissão
domicílio de seus pais ou responsável; Art. 126. Antes de iniciado o procedimento
judicial para apuração de ato infracional, o
VII - receber visitas, ao menos, representante do Ministério Público poderá
semanalmente; conceder a remissão, como forma de
exclusão do processo, atendendo às
VIII - corresponder-se com seus familiares e circunstâncias e consequências do fato, ao
amigos; contexto social, bem como à personalidade
do adolescente e sua maior ou menor
IX - ter acesso aos objetos necessários à participação no ato infracional.
higiene e asseio pessoal;
Parágrafo único. Iniciado o procedimento,
X - habitar alojamento em condições a concessão da remissão pela autoridade
adequadas de higiene e salubridade; judiciária importará na suspensão ou
extinção do processo.
XI - receber escolarização e
profissionalização; Art. 127. A remissão não implica
necessariamente o reconhecimento ou
XII - realizar atividades culturais, esportivas comprovação da responsabilidade, nem
e de lazer: prevalece para efeito de antecedentes,
podendo incluir eventualmente a aplicação
XIII - ter acesso aos meios de comunicação de qualquer das medidas previstas em lei,
social; exceto a colocação em regime de semi-
liberdade e a internação.
XIV - receber assistência religiosa, segundo
a sua crença, e desde que assim o deseje; Art. 128. A medida aplicada por força da
remissão poderá ser revista judicialmente, a
XV - manter a posse de seus objetos qualquer tempo, mediante pedido expresso
pessoais e dispor de local seguro para do adolescente ou de seu representante legal,
guardá-los, recebendo comprovante ou do Ministério Público.
daqueles porventura depositados em poder
da entidade; Título IV

XVI - receber, quando de sua desinternação, Das Medidas Pertinentes aos Pais ou
os documentos pessoais indispensáveis à Responsável
vida em sociedade.
Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais
§ 1º Em nenhum caso haverá ou responsável:
incomunicabilidade.

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I - encaminhamento a serviços e programas


oficiais ou comunitários de proteção, apoio Disposições Gerais
e promoção da família; (Redação dada dada
pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão
permanente e autônomo, não jurisdicional,
II - inclusão em programa oficial ou encarregado pela sociedade de zelar pelo
comunitário de auxílio, orientação e cumprimento dos direitos da criança e do
tratamento a alcoólatras e toxicômanos; adolescente, definidos nesta Lei.

III - encaminhamento a tratamento Art. 132. Em cada Município e em cada


psicológico ou psiquiátrico; Região Administrativa do Distrito Federal
haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho
IV - encaminhamento a cursos ou Tu t e l a r c o m o ó r g ã o i n t e g r a n t e d a
programas de orientação; administração pública local, composto de 5
(cinco) membros, escolhidos pela
V - obrigação de matricular o filho ou pupilo população local para mandato de 4 (quatro)
e acompanhar sua freqüência e anos, permitida recondução por novos
aproveitamento escolar; processos de escolha. (Redação dada pela
Lei nº 13.824, de 2019)
VI - obrigação de encaminhar a criança ou
adolescente a tratamento especializado; Art. 133. Para a candidatura a membro do
Conselho Tutelar, serão exigidos os seguintes
VII - advertência; requisitos:

VIII - perda da guarda; I - reconhecida idoneidade moral;

IX - destituição da tutela; II - idade superior a vinte e um anos;

X - suspensão ou destituição do pátrio III - residir no município.


poder poder familiar . (Expressão substituída
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá
sobre o local, dia e horário de
Parágrafo único. Na aplicação das medidas funcionamento do Conselho Tutelar,
previstas nos incisos IX e X deste artigo, inclusive quanto à remuneração dos
observar-se-á o disposto nos arts. 23 e 24. respectivos membros, aos quais é assegurado
o direito a: (Redação dada pela Lei nº 12.696,
Art. 130. Verificada a hipótese de maus- de 2012)
tratos, opressão ou abuso sexual impostos
pelos pais ou responsável, a autoridade I - cobertura previdenciária; (Incluído pela Lei
judiciária poderá determinar, como medida nº 12.696, de 2012)
cautelar, o afastamento do agressor da
moradia comum. II - gozo de férias anuais remuneradas,
acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da
Parágrafo único. Da medida cautelar remuneração mensal; (Incluído pela Lei nº
constará, ainda, a fixação provisória dos 12.696, de 2012)
alimentos de que necessitem a criança ou
o adolescente dependentes do agressor. III - licença-maternidade; (Incluído pela Lei nº
(Incluído pela Lei nº 12.415, de 2011) 12.696, de 2012)

Título V IV - licença-paternidade; (Incluído pela Lei nº


12.696, de 2012)
Do Conselho Tutelar
V - gratificação natalina. (Incluído pela Lei nº
Capítulo I 12.696, de 2012)

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Parágrafo único. Constará da lei orçamentária VII - expedir notificações;


municipal e da do Distrito Federal previsão
dos recursos necessários ao funcionamento VIII - requisitar certidões de nascimento e
do Conselho Tutelar e à remuneração e de óbito de criança ou adolescente quando
formação continuada dos conselheiros necessário;
tutelares. (Redação dada pela Lei nº 12.696,
de 2012) IX - assessorar o Poder Executivo local na
elaboração da proposta orçamentária para
Art. 135. O exercício efetivo da função de planos e programas de atendimento dos
conselheiro constituirá serviço público direitos da criança e do adolescente;
relevante e estabelecerá presunção de
idoneidade moral. (Redação dada pela Lei nº X - representar, em nome da pessoa e da
12.696, de 2012) família, contra a violação dos direitos
previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da
Capítulo II Constituição Federal ;

Das Atribuições do Conselho XI - representar ao Ministério Público para


efeito das ações de perda ou suspensão do
Art. 136. São atribuições do Conselho p o d e r f a m i l i a r, a p ó s e s g o t a d a s a s
Tutelar: possibilidades de manutenção da criança
ou do adolescente junto à família natural.
I - atender as crianças e adolescentes nas (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009)
hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, Vigência
aplicando as medidas previstas no art. 101, I a
VII; XII - promover e incentivar, na comunidade e
nos grupos profissionais, ações de divulgação
II - atender e aconselhar os pais ou e treinamento para o reconhecimento de
responsável, aplicando as medidas previstas sintomas de maus-tratos em crianças e
no art. 129, I a VII; adolescentes. (Incluído pela Lei nº 13.046, de
2014)
III - promover a execução de suas
decisões, podendo para tanto: Parágrafo único. Se, no exercício de suas
atribuições, o Conselho Tutelar entender
a) requisitar serviços públicos nas áreas de necessário o afastamento do convívio familiar,
saúde, educação, serviço social, previdência, comunicará incontinenti o fato ao Ministério
trabalho e segurança; Público, prestando-lhe informações sobre os
motivos de tal entendimento e as providências
b) representar junto à autoridade judiciária tomadas para a orientação, o apoio e a
nos casos de descumprimento promoção social da família. (Incluído pela Lei
injustificado de suas deliberações. nº 12.010, de 2009)

IV - encaminhar ao Ministério Público notícia Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar


de fato que constitua infração administrativa somente poderão ser revistas pela
ou penal contra os direitos da criança ou autoridade judiciária a pedido de quem
adolescente; tenha legítimo interesse.

V - encaminhar à autoridade judiciária os Capítulo III


casos de sua competência;
Da Competência
VI - providenciar a medida estabelecida pela
autoridade judiciária, dentre as previstas no Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a
art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de regra de competência constante do art. 147.
ato infracional;

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Capítulo IV Do Acesso à Justiça

Da Escolha dos Conselheiros Capítulo I

Art. 139. O processo para a escolha dos Disposições Gerais


m e m b r o s d o C o n s e l h o Tu t e l a r s e r á
estabelecido em lei municipal e realizado Art. 141. É garantido o acesso de toda criança
sob a responsabilidade do Conselho ou adolescente à Defensoria Pública, ao
Municipal dos Direitos da Criança e do Ministério Público e ao Poder Judiciário, por
Adolescente, e a fiscalização do Ministério qualquer de seus órgãos.
Público. (Redação dada pela Lei nº 8.242, de
12.10.1991) § 1º. A assistência judiciária gratuita será
prestada aos que dela necessitarem, através
§ 1º O processo de escolha dos membros do de defensor público ou advogado nomeado.
Conselho Tutelar ocorrerá em data unificada
em todo o território nacional a cada 4 § 2º As ações judiciais da competência da
(quatro) anos, no primeiro domingo do mês Justiça da Infância e da Juventude são
de outubro do ano subsequente ao da isentas de custas e emolumentos,
eleição presidencial. (Incluído pela Lei nº ressalvada a hipótese de litigância de má-
12.696, de 2012) fé.

§ 2º A posse dos conselheiros tutelares Art. 142. Os menores de dezesseis anos


ocorrerá no dia 10 de janeiro do ano serão representados e os maiores de
subsequente ao processo de escolha. dezesseis e menores de vinte e um anos
(Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012) assistidos por seus pais, tutores ou
curadores, na forma da legislação civil ou
§ 3º No processo de escolha dos membros do processual.
Conselho Tutelar, é vedado ao candidato
doar, oferecer, prometer ou entregar ao eleitor Parágrafo único. A autoridade judiciária dará
bem ou vantagem pessoal de qualquer curador especial à criança ou adolescente,
natureza, inclusive brindes de pequeno valor. sempre que os interesses destes colidirem
(Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012) com os de seus pais ou responsável, ou
quando carecer de representação ou
Capítulo V assistência legal ainda que eventual.

Dos Impedimentos Art. 143. É vedada a divulgação de atos


judiciais, policiais e administrativos que
Art. 140. São impedidos de servir no mesmo digam respeito a crianças e adolescentes a
Conselho marido e mulher, ascendentes e que se atribua autoria de ato infracional.
descendentes, sogro e genro ou nora,
irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio Parágrafo único. Qualquer notícia a respeito
e sobrinho, padrasto ou madrasta e do fato não poderá identificar a criança ou
enteado. adolescente, vedando-se fotografia,
referência a nome, apelido, filiação,
Parágrafo único. Estende-se o parentesco, residência e, inclusive, iniciais
impedimento do conselheiro, na forma do nome e sobrenome. (Redação dada pela
deste artigo, em relação à autoridade Lei nº 10.764, de 12.11.2003)
judiciária e ao representante do Ministério
Público com atuação na Justiça da Infância Art. 144. A expedição de cópia ou certidão de
e da Juventude, em exercício na comarca, atos a que se refere o artigo anterior somente
foro regional ou distrital. será deferida pela autoridade judiciária
competente, se demonstrado o interesse e
Título VI justificada a finalidade.

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Capítulo II Art. 148. A Justiça da Infância e da Juventude


é competente para:
Da Justiça da Infância e da Juventude
I - conhecer de representações promovidas
Seção I pelo Ministério Público, para apuração de ato
infracional atribuído a adolescente, aplicando
Disposições Gerais as medidas cabíveis;

Art. 145. Os estados e o Distrito Federal II - conceder a remissão, como forma de


poderão criar varas especializadas e suspensão ou extinção do processo;
exclusivas da infância e da juventude,
cabendo ao Poder Judiciário estabelecer sua III - conhecer de pedidos de adoção e seus
proporcionalidade por número de habitantes, incidentes;
dotá-las de infra-estrutura e dispor sobre o
atendimento, inclusive em plantões. IV - conhecer de ações civis fundadas em
interesses individuais, difusos ou coletivos
Seção II afetos à criança e ao adolescente,
observado o disposto no art. 209;
Do Juiz
V - conhecer de ações decorrentes de
Art. 146. A autoridade a que se refere esta Lei irregularidades em entidades de
é o Juiz da Infância e da Juventude, ou o juiz atendimento, aplicando as medidas cabíveis;
que exerce essa função, na forma da lei de
organização judiciária local. VI - aplicar penalidades administrativas nos
casos de infrações contra norma de proteção
Art. 147. A competência será determinada: à criança ou adolescente;

I - pelo domicílio dos pais ou responsável; VII - conhecer de casos encaminhados pelo
Conselho Tutelar, aplicando as medidas
II - pelo lugar onde se encontre a criança cabíveis.
ou adolescente, à falta dos pais ou
responsável. Parágrafo único. Quando se tratar de
criança ou adolescente nas hipóteses do
§ 1º. Nos casos de ato infracional, será art. 98, é também competente a Justiça da
competente a autoridade do lugar da ação Infância e da Juventude para o fim de:
ou omissão, observadas as regras de
conexão, continência e prevenção. a) conhecer de pedidos de guarda e tutela;

§ 2º A execução das medidas poderá ser b) conhecer de ações de destituição do


delegada à autoridade competente da poder familiar, perda ou modificação da
residência dos pais ou responsável, ou do tutela ou guarda; (Expressão substituída pela
local onde sediar-se a entidade que abrigar Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
a criança ou adolescente.
c) suprir a capacidade ou o consentimento
§ 3º Em caso de infração cometida através para o casamento;
de transmissão simultânea de rádio ou
televisão, que atinja mais de uma comarca, d) conhecer de pedidos baseados em
será competente, para aplicação da discordância paterna ou materna, em
penalidade, a autoridade judiciária do local relação ao exercício do poder familiar;
da sede estadual da emissora ou rede, (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de
tendo a sentença eficácia para todas as 2009) Vigência
transmissoras ou retransmissoras do
respectivo estado. e) conceder a emancipação, nos termos da
lei civil, quando faltarem os pais;

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e) a adequação do ambiente a eventual


f) designar curador especial em casos de participação ou freqüência de crianças e
apresentação de queixa ou representação, ou adolescentes;
de outros procedimentos judiciais ou
extrajudiciais em que haja interesses de f) a natureza do espetáculo.
criança ou adolescente;
§ 2º As medidas adotadas na conformidade
g) conhecer de ações de alimentos; deste artigo deverão ser fundamentadas, caso
a caso, vedadas as determinações de
h) determinar o cancelamento, a retificação caráter geral.
e o suprimento dos registros de
nascimento e óbito. Seção III

Art. 149. Compete à autoridade judiciária Dos Serviços Auxiliares


disciplinar, através de portaria, ou
autorizar, mediante alvará: Art. 150. Cabe ao Poder Judiciário, na
elaboração de sua proposta orçamentária,
I - a entrada e permanência de criança ou prever recursos para manutenção de equipe
adolescente, desacompanhado dos pais ou interprofissional, destinada a assessorar a
responsável, em: Justiça da Infância e da Juventude.

a) estádio, ginásio e campo desportivo; Art. 151. Compete à equipe interprofissional


dentre outras atribuições que lhe forem
b) bailes ou promoções dançantes; reservadas pela legislação local, fornecer
subsídios por escrito, mediante laudos, ou
c) boate ou congêneres; verbalmente, na audiência, e bem assim
desenvolver trabalhos de aconselhamento,
d) casa que explore comercialmente orientação, encaminhamento, prevenção e
diversões eletrônicas; outros, tudo sob a imediata subordinação à
autoridade judiciária, assegurada a livre
e) estúdios cinematográficos, de teatro, manifestação do ponto de vista técnico.
rádio e televisão.
Parágrafo único. Na ausência ou
II - a participação de criança e adolescente insuficiência de servidores públicos
em: integrantes do Poder Judiciário responsáveis
pela realização dos estudos psicossociais ou
a) espetáculos públicos e seus ensaios; de quaisquer outras espécies de avaliações
técnicas exigidas por esta Lei ou por
b) certames de beleza. determinação judicial, a autoridade judiciária
poderá proceder à nomeação de perito, nos
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, a termos do art. 156 da Lei no 13.105, de 16 de
autoridade judiciária levará em conta, dentre março de 2015 (Código de Processo Civil) .
outros fatores: (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)

a) os princípios desta Lei; Capítulo III

b) as peculiaridades locais; Dos Procedimentos

c) a existência de instalações adequadas; Seção I

d) o tipo de freqüência habitual ao local; Disposições Gerais

Art. 152. Aos procedimentos regulados nesta


Lei aplicam-se subsidiariamente as normas

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gerais previstas na legislação processual pedido formulado por representante do


pertinente. Ministério Público;

§ 1º É assegurada, sob pena de III - a exposição sumária do fato e o pedido;


responsabilidade, prioridade absoluta na
tramitação dos processos e procedimentos IV - as provas que serão produzidas,
previstos nesta Lei, assim como na oferecendo, desde logo, o rol de testemunhas
execução dos atos e diligências judiciais a e documentos.
eles referentes. (Incluído pela Lei nº 12.010,
de 2009) Art. 157. Havendo motivo grave, poderá a
autoridade judiciária, ouvido o Ministério
§ 2º Os prazos estabelecidos nesta Lei e Público, decretar a suspensão do poder
aplicáveis aos seus procedimentos são familiar , liminar ou incidentalmente, até o
contados em dias corridos, excluído o dia julgamento definitivo da causa, ficando a
do começo e incluído o dia do vencimento, criança ou adolescente confiado a pessoa
vedado o prazo em dobro para a Fazenda idônea, mediante termo de
Pública e o Ministério Público. (Incluído pela responsabilidade. (Expressão substituída
Lei nº 13.509, de 2017) pela Lei nº 12.010, de 2009)

Art. 153. Se a medida judicial a ser adotada § 1º Recebida a petição inicial, a autoridade
não corresponder a procedimento previsto judiciária determinará, concomitantemente
nesta ou em outra lei, a autoridade ao despacho de citação e
judiciária poderá investigar os fatos e independentemente de requerimento do
ordenar de ofício as providências interessado, a realização de estudo social
necessárias, ouvido o Ministério Público. ou perícia por equipe interprofissional ou
multidisciplinar para comprovar a presença
Parágrafo único. O disposto neste artigo de uma das causas de suspensão ou
não se aplica para o fim de afastamento da destituição do poder familiar, ressalvado o
criança ou do adolescente de sua família disposto no § 10 do art. 101 desta Lei, e
de origem e em outros procedimentos observada a Lei n o 13.431, de 4 de abril de
necessariamente contenciosos. (Incluído 2017 . (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 2º Em sendo os pais oriundos de
Art. 154. Aplica-se às multas o disposto no comunidades indígenas, é ainda
art. 214. obrigatória a intervenção, junto à equipe
interprofissional ou multidisciplinar
Seção II referida no § 1 o deste artigo, de
representantes do órgão federal
Da Perda e da Suspensão do Poder responsável pela política indigenista,
Familiar observado o disposto no § 6 o do art. 28
desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.509, de
Art. 155. O procedimento para a perda ou a 2017)
suspensão do poder poder familiar terá início
por provocação do Ministério Público ou de Art. 158. O requerido será citado para, no
quem tenha legítimo interesse. (Expressão prazo de dez dias, oferecer resposta escrita,
substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) indicando as provas a serem produzidas e
oferecendo desde logo o rol de testemunhas e
Art. 156. A petição inicial indicará: documentos.

I - a autoridade judiciária a que for dirigida; § 1º A citação será pessoal, salvo se


esgotados todos os meios para sua
II - o nome, o estado civil, a profissão e a realização. (Incluído pela Lei nº 12.962, de
residência do requerente e do requerido, 2014)
dispensada a qualificação em se tratando de

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§ 2º O requerido privado de liberdade requerente, e decidirá em igual prazo.


deverá ser citado pessoalmente. (Incluído (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
pela Lei nº 12.962, de 2014)
§ 1º A autoridade judiciária, de ofício ou a
§ 3º Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de requerimento das partes ou do Ministério
justiça houver procurado o citando em seu Público, determinará a oitiva de testemunhas
domicílio ou residência sem o encontrar, que comprovem a presença de uma das
deverá, havendo suspeita de ocultação, causas de suspensão ou destituição do poder
informar qualquer pessoa da família ou, em familiar previstas nos arts. 1.637 e 1.638 da
sua falta, qualquer vizinho do dia útil em que Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002
voltará a fim de efetuar a citação, na hora (Código Civil) , ou no art. 24 desta Lei.
que designar, nos termos do art. 252 e (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
seguintes da Lei n o 13.105, de 16 de março
de 2015 (Código de Processo Civil) . (Incluído § 2º Revogado) . (Redação dada pela Lei nº
pela Lei nº 13.509, de 2017) 13.509, de 2017)

§ 4º Na hipótese de os genitores § 3º Se o pedido importar em modificação


encontrarem-se em local incerto ou não de guarda, será obrigatória, desde que
sabido, serão citados por edital no prazo possível e razoável, a oitiva da criança ou
de 10 (dez) dias, em publicação única, adolescente, respeitado seu estágio de
dispensado o envio de ofícios para a desenvolvimento e grau de compreensão
localização. (Incluído pela Lei nº 13.509, de sobre as implicações da medida. (Incluído
2017) pela Lei nº 12.010, de 2009)

Art. 159. Se o requerido não tiver § 4º É obrigatória a oitiva dos pais sempre
possibilidade de constituir advogado, sem que eles forem identificados e estiverem
prejuízo do próprio sustento e de sua família, em local conhecido, ressalvados os casos
poderá requerer, em cartório, que lhe seja de não comparecimento perante a Justiça
nomeado dativo, ao qual incumbirá a quando devidamente citados. (Redação
apresentação de resposta, contando-se o dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
prazo a partir da intimação do despacho de
nomeação. § 5º Se o pai ou a mãe estiverem privados de
liberdade, a autoridade judicial requisitará sua
Parágrafo único. Na hipótese de requerido apresentação para a oitiva. (Incluído pela Lei
privado de liberdade, o oficial de justiça nº 12.962, de 2014)
deverá perguntar, no momento da citação
pessoal, se deseja que lhe seja nomeado Art. 162. Apresentada a resposta, a
defensor. (Incluído pela Lei nº 12.962, de autoridade judiciária dará vista dos autos ao
2014) Ministério Público, por cinco dias, salvo
quando este for o requerente, designando,
Art. 160. Sendo necessário, a autoridade desde logo, audiência de instrução e
judiciária requisitará de qualquer repartição ou julgamento.
órgão público a apresentação de documento
que interesse à causa, de ofício ou a § 1º (Revogado) . (Redação dada pela Lei nº
requerimento das partes ou do Ministério 13.509, de 2017)
Público.
§ 2º Na audiência, presentes as partes e o
Art. 161. Se não for contestado o pedido e Ministério Público, serão ouvidas as
tiver sido concluído o estudo social ou a testemunhas, colhendo-se oralmente o
perícia realizada por equipe interprofissional parecer técnico, salvo quando apresentado
ou multidisciplinar, a autoridade judiciária dará por escrito, manifestando-se sucessivamente
vista dos autos ao Ministério Público, por 5 o requerente, o requerido e o Ministério
(cinco) dias, salvo quando este for o Público, pelo tempo de 20 (vinte) minutos
cada um, prorrogável por mais 10 (dez)

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minutos. (Redação dada pela Lei nº 13.509, com a criança ou adolescente, especificando
de 2017) se tem ou não parente vivo;

§ 3º A decisão será proferida na audiência, III - qualificação completa da criança ou


podendo a autoridade judiciária, adolescente e de seus pais, se conhecidos;
excepcionalmente, designar data para sua
leitura no prazo máximo de 5 (cinco) dias. IV - indicação do cartório onde foi inscrito
(Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) nascimento, anexando, se possível, uma
cópia da respectiva certidão;
§ 4º Quando o procedimento de destituição
de poder familiar for iniciado pelo V - declaração sobre a existência de bens,
Ministério Público, não haverá necessidade direitos ou rendimentos relativos à criança ou
de nomeação de curador especial em favor ao adolescente.
da criança ou adolescente. (Incluído pela Lei
nº 13.509, de 2017) Parágrafo único. Em se tratando de adoção,
observar-se-ão também os requisitos
Art. 163. O prazo máximo para conclusão específicos.
do procedimento será de 120 (cento e
vinte) dias, e caberá ao juiz, no caso de Art. 166. Se os pais forem falecidos,
notória inviabilidade de manutenção do tiverem sido destituídos ou suspensos do
poder familiar, dirigir esforços para poder familiar, ou houverem aderido
preparar a criança ou o adolescente com expressamente ao pedido de colocação em
vistas à colocação em família substituta. família substituta, este poderá ser
(Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) formulado diretamente em cartório, em
petição assinada pelos próprios
Parágrafo único. A sentença que decretar a requerentes, dispensada a assistência de
perda ou a suspensão do poder familiar será advogado. (Redação dada pela Lei nº 12.010,
averbada à margem do registro de de 2009)
nascimento da criança ou do adolescente.
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) § 1º Na hipótese de concordância dos pais,
Vigência o juiz: (Redação dada pela Lei nº 13.509, de
2017)
Seção III
I - na presença do Ministério Público,
Da Destituição da Tutela ouvirá as partes, devidamente assistidas
por advogado ou por defensor público,
Art. 164. Na destituição da tutela, observar- para verificar sua concordância com a
se-á o procedimento para a remoção de tutor adoção, no prazo máximo de 10 (dez) dias,
previsto na lei processual civil e, no que contado da data do protocolo da petição ou da
couber, o disposto na seção anterior. entrega da criança em juízo, tomando por
termo as declarações; e (Incluído pela Lei nº
Seção IV 13.509, de 2017)

Da Colocação em Família Substituta II - declarará a extinção do poder familiar.


(Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
Art. 165. São requisitos para a concessão de
pedidos de colocação em família substituta: § 2º O consentimento dos titulares do poder
familiar será precedido de orientações e
I - qualificação completa do requerente e de esclarecimentos prestados pela equipe
seu eventual cônjuge, ou companheiro, com interprofissional da Justiça da Infância e da
expressa anuência deste; Juventude, em especial, no caso de adoção,
sobre a irrevogabilidade da medida.
II - indicação de eventual parentesco do (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
requerente e de seu cônjuge, ou companheiro, Vigência

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cinco dias, decidindo a autoridade


§ 3º São garantidos a livre manifestação de judiciária em igual prazo.
vontade dos detentores do poder familiar e o
direito ao sigilo das informações. (Redação Art. 169. Nas hipóteses em que a
dada pela Lei nº 13.509, de 2017) destituição da tutela, a perda ou a
suspensão do poder familiar constituir
§ 4º O consentimento prestado por escrito pressuposto lógico da medida principal de
não terá validade se não for ratificado na colocação em família substituta, será
audiência a que se refere o § 1 o deste observado o procedimento contraditório
artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de previsto nas Seções II e III deste Capítulo.
2017) (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
§ 5º O consentimento é retratável até a data
da realização da audiência especificada no Parágrafo único. A perda ou a modificação
§ 1 o deste artigo, e os pais podem exercer da guarda poderá ser decretada nos
o arrependimento no prazo de 10 (dez) mesmos autos do procedimento, observado
dias, contado da data de prolação da o disposto no art. 35.
sentença de extinção do poder familiar.
(Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) Art. 170. Concedida a guarda ou a tutela,
observar-se-á o disposto no art. 32, e, quanto
§ 6º O consentimento somente terá valor à adoção, o contido no art. 47.
se for dado após o nascimento da criança.
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Parágrafo único. A colocação de criança ou
adolescente sob a guarda de pessoa inscrita
§ 7º A família natural e a família substituta em programa de acolhimento familiar será
receberão a devida orientação por intermédio comunicada pela autoridade judiciária à
de equipe técnica interprofissional a serviço entidade por este responsável no prazo
da Justiça da Infância e da Juventude, máximo de 5 (cinco) dias. (Incluído pela Lei
preferencialmente com apoio dos técnicos nº 12.010, de 2009)
responsáveis pela execução da política
municipal de garantia do direito à convivência Seção V
familiar. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de
2017) Da Apuração de Ato Infracional Atribuído a
Adolescente
Art. 167. A autoridade judiciária, de ofício ou a
requerimento das partes ou do Ministério Art. 171. O adolescente apreendido por
Público, determinará a realização de estudo força de ordem judicial será, desde logo,
social ou, se possível, perícia por equipe encaminhado à autoridade judiciária.
interprofissional, decidindo sobre a concessão
de guarda provisória, bem como, no caso de Art. 172. O adolescente apreendido em
adoção, sobre o estágio de convivência. flagrante de ato infracional será, desde
logo, encaminhado à autoridade policial
Parágrafo único. Deferida a concessão da competente.
guarda provisória ou do estágio de
convivência, a criança ou o adolescente será Parágrafo único. Havendo repartição policial
entregue ao interessado, mediante termo de especializada para atendimento de
responsabilidade. (Incluído pela Lei nº 12.010, adolescente e em se tratando de ato
de 2009) infracional praticado em co-autoria com
maior, prevalecerá a atribuição da
Art. 168. Apresentado o relatório social ou o repartição especializada, que, após as
laudo pericial, e ouvida, sempre que possível, providências necessárias e conforme o caso,
a criança ou o adolescente, dar-se-á vista dos encaminhará o adulto à repartição policial
autos ao Ministério Público, pelo prazo de própria.

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Art. 173. Em caso de flagrante de ato hipótese, exceder o prazo referido no


infracional cometido mediante violência ou parágrafo anterior.
grave ameaça a pessoa, a autoridade
policial, sem prejuízo do disposto nos arts. Art. 176. Sendo o adolescente liberado, a
106, parágrafo único, e 107, deverá: autoridade policial encaminhará
imediatamente ao representante do
I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as Ministério Público cópia do auto de apreensão
testemunhas e o adolescente; ou boletim de ocorrência.

II - apreender o produto e os instrumentos da Art. 177. Se, afastada a hipótese de flagrante,


infração; houver indícios de participação de
adolescente na prática de ato infracional, a
III - requisitar os exames ou perícias autoridade policial encaminhará ao
necessários à comprovação da materialidade representante do Ministério Público relatório
e autoria da infração. das investigações e demais documentos.

Parágrafo único. Nas demais hipóteses de Art. 178. O adolescente a quem se atribua
flagrante, a lavratura do auto poderá ser autoria de ato infracional não poderá ser
substituída por boletim de ocorrência conduzido ou transportado em
circunstanciada. compartimento fechado de veículo policial,
em condições atentatórias à sua dignidade, ou
Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou que impliquem risco à sua integridade física
responsável, o adolescente será prontamente ou mental, sob pena de responsabilidade.
liberado pela autoridade policial, sob termo
de compromisso e responsabilidade de Art. 179. Apresentado o adolescente, o
sua apresentação ao representante do representante do Ministério Público, no
Ministério Público, no mesmo dia ou, mesmo dia e à vista do auto de apreensão,
sendo impossível, no primeiro dia útil boletim de ocorrência ou relatório policial,
imediato, exceto quando, pela gravidade devidamente autuados pelo cartório
do ato infracional e sua repercussão judicial e com informação sobre os
social, deva o adolescente permanecer sob antecedentes do adolescente, procederá
internação para garantia de sua segurança imediata e informalmente à sua oitiva e, em
pessoal ou manutenção da ordem pública. sendo possível, de seus pais ou
responsável, vítima e testemunhas.
Art. 175. Em caso de não liberação, a
autoridade policial encaminhará, desde logo, Parágrafo único. Em caso de não
o adolescente ao representante do Ministério apresentação, o representante do Ministério
Público, juntamente com cópia do auto de Público notificará os pais ou responsável
apreensão ou boletim de ocorrência. para apresentação do adolescente, podendo
requisitar o concurso das polícias civil e
§ 1º Sendo impossível a apresentação militar.
imediata, a autoridade policial encaminhará o
adolescente à entidade de atendimento, que Art. 180. Adotadas as providências a que
fará a apresentação ao representante do alude o artigo anterior, o representante do
Ministério Público no prazo de vinte e quatro Ministério Público poderá:
horas.
I - promover o arquivamento dos autos;
§ 2º Nas localidades onde não houver
entidade de atendimento, a apresentação far- II - conceder a remissão;
se-á pela autoridade policial. À falta de
repartição policial especializada, o III - representar à autoridade judiciária para
adolescente aguardará a apresentação em aplicação de medida sócio-educativa.
dependência separada da destinada a
maiores, não podendo, em qualquer

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Art. 181. Promovido o arquivamento dos § 1º O adolescente e seus pais ou


autos ou concedida a remissão pelo responsável serão cientificados do teor da
representante do Ministério Público, mediante representação, e notificados a comparecer à
termo fundamentado, que conterá o resumo audiência, acompanhados de advogado.
dos fatos, os autos serão conclusos à
autoridade judiciária para homologação. § 2º Se os pais ou responsável não forem
localizados, a autoridade judiciária dará
§ 1º Homologado o arquivamento ou a curador especial ao adolescente.
remissão, a autoridade judiciária determinará,
conforme o caso, o cumprimento da medida. § 3º Não sendo localizado o adolescente, a
autoridade judiciária expedirá mandado de
§ 2º Discordando, a autoridade judiciária busca e apreensão, determinando o
fará remessa dos autos ao Procurador- sobrestamento do feito, até a efetiva
Geral de Justiça, mediante despacho apresentação.
fundamentado, e este oferecerá
representação, designará outro membro do § 4º Estando o adolescente internado, será
Ministério Público para apresentá-la, ou requisitada a sua apresentação, sem
ratificará o arquivamento ou a remissão, prejuízo da notificação dos pais ou
que só então estará a autoridade judiciária responsável.
obrigada a homologar.
Art. 185. A internação, decretada ou mantida
Art. 182. Se, por qualquer razão, o pela autoridade judiciária, não poderá ser
representante do Ministério Público não cumprida em estabelecimento prisional.
promover o arquivamento ou conceder a
remissão, oferecerá representação à § 1º Inexistindo na comarca entidade com as
autoridade judiciária, propondo a instauração características definidas no art. 123, o
de procedimento para aplicação da medida adolescente deverá ser imediatamente
sócio-educativa que se afigurar a mais transferido para a localidade mais próxima.
adequada.
§ 2º Sendo impossível a pronta
§ 1º A representação será oferecida por transferência, o adolescente aguardará sua
petição, que conterá o breve resumo dos fatos remoção em repartição policial, desde que
e a classificação do ato infracional e, quando em seção isolada dos adultos e com
necessário, o rol de testemunhas, podendo instalações apropriadas, não podendo
ser deduzida oralmente, em sessão diária ultrapassar o prazo máximo de cinco dias,
instalada pela autoridade judiciária. sob pena de responsabilidade.

§ 2º A representação independe de prova Art. 186. Comparecendo o adolescente, seus


pré-constituída da autoria e materialidade. pais ou responsável, a autoridade judiciária
procederá à oitiva dos mesmos, podendo
Art. 183. O prazo máximo e improrrogável solicitar opinião de profissional qualificado.
para a conclusão do procedimento,
estando o adolescente internado § 1º Se a autoridade judiciária entender
provisoriamente, será de quarenta e cinco adequada a remissão, ouvirá o
dias. representante do Ministério Público,
proferindo decisão.
Art. 184. Oferecida a representação, a
autoridade judiciária designará audiência de § 2º Sendo o fato grave, passível de
apresentação do adolescente, decidindo, aplicação de medida de internação ou
desde logo, sobre a decretação ou colocação em regime de semi-liberdade, a
manutenção da internação, observado o autoridade judiciária, verificando que o
disposto no art. 108 e parágrafo. adolescente não possui advogado constituído,
nomeará defensor, designando, desde logo,
audiência em continuação, podendo

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determinar a realização de diligências e II - quando não for encontrado o


estudo do caso. adolescente, a seus pais ou responsável,
sem prejuízo do defensor.
§ 3º O advogado constituído ou o defensor
nomeado, no prazo de três dias contado da § 1º Sendo outra a medida aplicada, a
audiência de apresentação, oferecerá defesa intimação far-se-á unicamente na pessoa
prévia e rol de testemunhas. do defensor.

§ 4º Na audiência em continuação, ouvidas as § 2º Recaindo a intimação na pessoa do


testemunhas arroladas na representação e na adolescente, deverá este manifestar se deseja
defesa prévia, cumpridas as diligências e ou não recorrer da sentença.
juntado o relatório da equipe interprofissional,
será dada a palavra ao representante do Seção V-A
M i n i s t é r i o P ú b l i c o e a o d e f e n s o r, (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
sucessivamente, pelo tempo de vinte
minutos para cada um, prorrogável por Da Infiltração de Agentes de Polícia para a
mais dez, a critério da autoridade judiciária, Investigação de Crimes contra a Dignidade
que em seguida proferirá decisão. Sexual de Criança e de Adolescente

Art. 187. Se o adolescente, devidamente Art. 190-A. A infiltração de agentes de


notificado, não comparecer, polícia na internet com o fim de investigar os
injustificadamente à audiência de crimes previstos nos arts. 240 , 241 , 241-A ,
apresentação, a autoridade judiciária 241-B , 241-C e 241-D desta Lei e nos arts.
designará nova data, determinando sua 154-A , 217-A , 218 , 218-A e 218-B do
condução coercitiva. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
1940 (Código Penal) , obedecerá às seguintes
Art. 188. A remissão, como forma de regras: (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
extinção ou suspensão do processo,
poderá ser aplicada em qualquer fase do I – será precedida de autorização judicial
procedimento, antes da sentença. devidamente circunstanciada e fundamentada,
que estabelecerá os limites da infiltração para
Art. 189. A autoridade judiciária não aplicará obtenção de prova, ouvido o Ministério
qualquer medida, desde que reconheça na Público; (Incluído pela Lei nº 13.441, de
sentença: 2017)

I - estar provada a inexistência do fato; II – dar-se-á mediante requerimento do


Ministério Público ou representação de
II - não haver prova da existência do fato; delegado de polícia e conterá a
demonstração de sua necessidade, o alcance
III - não constituir o fato ato infracional; das tarefas dos policiais, os nomes ou
apelidos das pessoas investigadas e, quando
IV - não existir prova de ter o adolescente possível, os dados de conexão ou cadastrais
concorrido para o ato infracional. que permitam a identificação dessas pessoas;
(Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo,
estando o adolescente internado, será III – não poderá exceder o prazo de 90
imediatamente colocado em liberdade. (noventa) dias, sem prejuízo de eventuais
renovações, desde que o total não exceda
Art. 190. A intimação da sentença que aplicar a 720 (setecentos e vinte) dias e seja
medida de internação ou regime de semi- demonstrada sua efetiva necessidade, a
liberdade será feita: critério da autoridade judicial. (Incluído pela
Lei nº 13.441, de 2017)
I - ao adolescente e ao seu defensor;

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§ 1º A autoridade judicial e o Ministério Público da investigação responderá pelos excessos


poderão requisitar relatórios parciais da praticados. (Incluído pela Lei nº 13.441, de
operação de infiltração antes do término do 2017)
prazo de que trata o inciso II do § 1 º deste
artigo. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) Art. 190-D. Os órgãos de registro e cadastro
público poderão incluir nos bancos de dados
§ 2º Para efeitos do disposto no inciso I do § 1 próprios, mediante procedimento sigiloso e
º deste artigo, consideram-se: (Incluído pela requisição da autoridade judicial, as
Lei nº 13.441, de 2017) informações necessárias à efetividade da
identidade fictícia criada. (Incluído pela Lei nº
I – dados de conexão: informações referentes 13.441, de 2017)
a hora, data, início, término, duração,
endereço de Protocolo de Internet (IP) Parágrafo único. O procedimento sigiloso de
utilizado e terminal de origem da conexão; que trata esta Seção será numerado e
(Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) tombado em livro específico. (Incluído pela Lei
nº 13.441, de 2017)
II – dados cadastrais: informações referentes
a nome e endereço de assinante ou de Art. 190-E. Concluída a investigação, todos os
usuário registrado ou autenticado para a atos eletrônicos praticados durante a
conexão a quem endereço de IP, identificação operação deverão ser registrados, gravados,
de usuário ou código de acesso tenha sido armazenados e encaminhados ao juiz e ao
atribuído no momento da conexão. Ministério Público, juntamente com relatório
circunstanciado. (Incluído pela Lei nº 13.441,
§ 3º A infiltração de agentes de polícia na de 2017)
internet não será admitida se a prova puder
ser obtida por outros meios. (Incluído pela Parágrafo único. Os atos eletrônicos
Lei nº 13.441, de 2017) registrados citados no caput deste artigo
serão reunidos em autos apartados e
Art. 190-B. As informações da operação de apensados ao processo criminal juntamente
infiltração serão encaminhadas diretamente com o inquérito policial, assegurando-se a
ao juiz responsável pela autorização da preservação da identidade do agente
medida, que zelará por seu sigilo. (Incluído policial infiltrado e a intimidade das
pela Lei nº 13.441, de 2017) crianças e dos adolescentes envolvidos.
(Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
Parágrafo único. Antes da conclusão da
operação, o acesso aos autos será Seção VI
reservado ao juiz, ao Ministério Público e
ao delegado de polícia responsável pela Da Apuração de Irregularidades em
operação, com o objetivo de garantir o Entidade de Atendimento
sigilo das investigações. (Incluído pela Lei
nº 13.441, de 2017) Art. 191. O procedimento de apuração de
irregularidades em entidade governamental e
Art. 190-C. Não comete crime o policial que não-governamental terá início mediante
oculta a sua identidade para, por meio da portaria da autoridade judiciária ou
internet, colher indícios de autoria e representação do Ministério Público ou do
materialidade dos crimes previstos nos arts. C o n s e l h o Tu t e l a r , o n d e c o n s t e ,
240 , 241 , 241-A , 241-B , 241-C e 241-D necessariamente, resumo dos fatos.
desta Lei e nos arts. 154-A , 217-A , 218 , 218-
A e 218-B do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de Parágrafo único. Havendo motivo grave,
dezembro de 1940 (Código Penal) . (Incluído poderá a autoridade judiciária, ouvido o
pela Lei nº 13.441, de 2017) Ministério Público, decretar liminarmente o
afastamento provisório do dirigente da
Parágrafo único. O agente policial infiltrado entidade, mediante decisão fundamentada.
que deixar de observar a estrita finalidade

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Art. 192. O dirigente da entidade será citado § 2º Sempre que possível, à verificação da
para, no prazo de dez dias, oferecer resposta infração seguir-se-á a lavratura do auto,
escrita, podendo juntar documentos e indicar certificando-se, em caso contrário, dos
as provas a produzir. motivos do retardamento.

Art. 193. Apresentada ou não a resposta, e Art. 195. O requerido terá prazo de dez dias
sendo necessário, a autoridade judiciária para apresentação de defesa, contado da
designará audiência de instrução e data da intimação, que será feita:
julgamento, intimando as partes.
I - pelo autuante, no próprio auto, quando este
§ 1º Salvo manifestação em audiência, as for lavrado na presença do requerido;
partes e o Ministério Público terão cinco dias
para oferecer alegações finais, decidindo a II - por oficial de justiça ou funcionário
autoridade judiciária em igual prazo. legalmente habilitado, que entregará cópia do
auto ou da representação ao requerido, ou a
§ 2º Em se tratando de afastamento seu representante legal, lavrando certidão;
provisório ou definitivo de dirigente de
entidade governamental, a autoridade III - por via postal, com aviso de recebimento,
judiciária oficiará à autoridade se não for encontrado o requerido ou seu
administrativa imediatamente superior ao representante legal;
afastado, marcando prazo para a
substituição. IV - por edital, com prazo de trinta dias, se
incerto ou não sabido o paradeiro do
§ 3º Antes de aplicar qualquer das requerido ou de seu representante legal.
medidas, a autoridade judiciária poderá
fixar prazo para a remoção das irregularidades Art. 196. Não sendo apresentada a defesa no
verificadas. Satisfeitas as exigências, o prazo legal, a autoridade judiciária dará vista
processo será extinto, sem julgamento de dos autos do Ministério Público, por cinco
mérito. dias, decidindo em igual prazo.

§ 4º A multa e a advertência serão impostas Art. 197. Apresentada a defesa, a autoridade


ao dirigente da entidade ou programa de judiciária procederá na conformidade do artigo
atendimento. anterior, ou, sendo necessário, designará
audiência de instrução e julgamento. (Incluído
Seção VII pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

Da Apuração de Infração Administrativa às Parágrafo único. Colhida a prova oral,


Normas de Proteção à Criança e ao manifestar-se-ão sucessivamente o Ministério
Adolescente Público e o procurador do requerido, pelo
tempo de vinte minutos para cada um,
Art. 194. O procedimento para imposição de prorrogável por mais dez, a critério da
penalidade administrativa por infração às autoridade judiciária, que em seguida proferirá
normas de proteção à criança e ao sentença.
adolescente terá início por representação do
Ministério Público, ou do Conselho Tutelar, Seção VIII
ou auto de infração elaborado por servidor (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009)
efetivo ou voluntário credenciado, e assinado Vigência
por duas testemunhas, se possível. Da Habilitação de Pretendentes à Adoção

§ 1º No procedimento iniciado com o auto de Art. 197-A. Os postulantes à adoção,


infração, poderão ser usadas fórmulas domiciliados no Brasil, apresentarão petição
impressas, especificando-se a natureza e as inicial na qual conste: (Incluído pela Lei nº
circunstâncias da infração. 12.010, de 2009)

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I - qualificação completa; (Incluído pela Lei nº permitam aferir a capacidade e o preparo dos
12.010, de 2009) postulantes para o exercício de uma
paternidade ou maternidade responsável, à
II - dados familiares; (Incluído pela Lei nº luz dos requisitos e princípios desta Lei.
12.010, de 2009) (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)

III - cópias autenticadas de certidão de § 1º É obrigatória a participação dos


nascimento ou casamento, ou declaração postulantes em programa oferecido pela
relativa ao período de união estável; (Incluído Justiça da Infância e da Juventude,
pela Lei nº 12.010, de 2009) preferencialmente com apoio dos técnicos
responsáveis pela execução da política
IV - cópias da cédula de identidade e inscrição municipal de garantia do direito à convivência
no Cadastro de Pessoas Físicas; (Incluído familiar e dos grupos de apoio à adoção
pela Lei nº 12.010, de 2009) devidamente habilitados perante a Justiça da
Infância e da Juventude, que inclua
V - comprovante de renda e domicílio; preparação psicológica, orientação e
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) estímulo à adoção inter-racial, de crianças
ou de adolescentes com deficiência, com
VI - atestados de sanidade física e mental doenças crônicas ou com necessidades
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) específicas de saúde, e de grupos de
irmãos. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de
VII - certidão de antecedentes criminais; 2017)
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
§ 2º Sempre que possível e recomendável,
VIII - certidão negativa de distribuição cível. a etapa obrigatória da preparação referida no
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) § 1 o deste artigo incluirá o contato com
crianças e adolescentes em regime de
Art. 197-B. A autoridade judiciária, no prazo acolhimento familiar ou institucional, a ser
de 48 (quarenta e oito) horas, dará vista dos realizado sob orientação, supervisão e
autos ao Ministério Público, que no prazo de 5 avaliação da equipe técnica da Justiça da
(cinco) dias poderá: (Incluído pela Lei nº Infância e da Juventude e dos grupos de
12.010, de 2009) apoio à adoção, com apoio dos técnicos
responsáveis pelo programa de acolhimento
I - apresentar quesitos a serem respondidos familiar e institucional e pela execução da
pela equipe interprofissional encarregada de política municipal de garantia do direito à
elaborar o estudo técnico a que se refere o convivência familiar. (Redação dada pela Lei
art. 197-C desta Lei; (Incluído pela Lei nº nº 13.509, de 2017)
12.010, de 2009)
§ 3º É recomendável que as crianças e os
II - requerer a designação de audiência para adolescentes acolhidos institucionalmente ou
oitiva dos postulantes em juízo e por família acolhedora sejam preparados por
testemunhas; (Incluído pela Lei nº 12.010, de equipe interprofissional antes da inclusão em
2009) família adotiva. (Incluído pela Lei nº 13.509,
de 2017)
III - requerer a juntada de documentos
complementares e a realização de outras Art. 197-D. Certificada nos autos a conclusão
diligências que entender necessárias. da participação no programa referido no art.
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) 197-C desta Lei, a autoridade judiciária, no
prazo de 48 (quarenta e oito) horas,
Art. 197-C. Intervirá no feito, decidirá acerca das diligências requeridas
obrigatoriamente, equipe interprofissional pelo Ministério Público e determinará a
a serviço da Justiça da Infância e da juntada do estudo psicossocial,
Juventude, que deverá elaborar estudo designando, conforme o caso, audiência
psicossocial, que conterá subsídios que

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de instrução e julgamento. (Incluído pela Lei demais sanções previstas na legislação


nº 12.010, de 2009) vigente. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)

Parágrafo único. Caso não sejam requeridas Art. 197-F. O prazo máximo para conclusão
diligências, ou sendo essas indeferidas, a da habilitação à adoção será de 120 (cento e
autoridade judiciária determinará a juntada do vinte) dias, prorrogável por igual período,
estudo psicossocial, abrindo a seguir vista mediante decisão fundamentada da
dos autos ao Ministério Público, por 5 autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº
(cinco) dias, decidindo em igual prazo. 13.509, de 2017)
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
Capítulo IV
Art. 197-E. Deferida a habilitação, o
postulante será inscrito nos cadastros Dos Recursos
referidos no art. 50 desta Lei, sendo a sua
convocação para a adoção feita de acordo Art. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça
com ordem cronológica de habilitação e da Infância e da Juventude, inclusive os
conforme a disponibilidade de crianças ou relativos à execução das medidas
adolescentes adotáveis. (Incluído pela Lei nº socioeducativas, adotar-se-á o sistema
12.010, de 2009) recursal da Lei n o 5.869, de 11 de janeiro de
1973 (Código de Processo Civil) , com as
§ 1º A ordem cronológica das habilitações seguintes adaptações: (Redação dada pela
somente poderá deixar de ser observada Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
pela autoridade judiciária nas hipóteses
previstas no § 13 do art. 50 desta Lei, I - os recursos serão interpostos
quando comprovado ser essa a melhor independentemente de preparo;
solução no interesse do adotando. (Incluído
pela Lei nº 12.010, de 2009) II - em todos os recursos, salvo nos
embargos de declaração, o prazo para o
§ 2º A habilitação à adoção deverá ser Ministério Público e para a defesa será
renovada no mínimo trienalmente mediante sempre de 10 (dez) dias; (Redação dada pela
avaliação por equipe interprofissional. Lei nº 12.594, de 2012)
(Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
III - os recursos terão preferência de
§ 3º Quando o adotante candidatar-se a julgamento e dispensarão revisor;
uma nova adoção, será dispensável a
renovação da habilitação, bastando a IV - o agravado será intimado para, no prazo
avaliação por equipe interprofissional. de cinco dias, oferecer resposta e indicar as
(Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) peças a serem trasladadas; (Revogado pela
Lei nº 12.010, de 2009)
§ 4º Após 3 (três) recusas injustificadas,
pelo habilitado, à adoção de crianças ou V - será de quarenta e oito horas o prazo
adolescentes indicados dentro do perfil para a extração, a conferência e o conserto do
escolhido, haverá reavaliação da traslado; (Revogado pela Lei nº 12.010, de
habilitação concedida. (Incluído pela Lei nº 2009)
13.509, de 2017)
VI - a apelação será recebida em seu efeito
§ 5º A desistência do pretendente em devolutivo. Será também conferido efeito
relação à guarda para fins de adoção ou a suspensivo quando interposta contra
devolução da criança ou do adolescente sentença que deferir a adoção por
depois do trânsito em julgado da sentença estrangeiro e, a juízo da autoridade
de adoção importará na sua exclusão dos judiciária, sempre que houver perigo de
cadastros de adoção e na vedação de dano irreparável ou de difícil reparação;
renovação da habilitação, salvo decisão (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009)
judicial fundamentada, sem prejuízo das Vigência

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Parágrafo único. O Ministério Público será


VII - antes de determinar a remessa dos autos intimado da data do julgamento e poderá na
à superior instância, no caso de apelação, ou sessão, se entender necessário, apresentar
do instrumento, no caso de agravo, a oralmente seu parecer. (Incluído pela Lei nº
autoridade judiciária proferirá despacho 12.010, de 2009)
fundamentado, mantendo ou reformando a
decisão, no prazo de cinco dias; Art. 199-E. O Ministério Público poderá
requerer a instauração de procedimento para
VIII - mantida a decisão apelada ou agravada, apuração de responsabilidades se constatar o
o escrivão remeterá os autos ou o instrumento descumprimento das providências e do prazo
à superior instância dentro de vinte e quatro previstos nos artigos anteriores. (Incluído pela
horas, independentemente de novo pedido do Lei nº 12.010, de 2009)
recorrente; se a reformar, a remessa dos
autos dependerá de pedido expresso da parte Capítulo V
interessada ou do Ministério Público, no prazo
de cinco dias, contados da intimação. Do Ministério Público

Art. 199. Contra as decisões proferidas com Art. 200. As funções do Ministério Público
base no art. 149 caberá recurso de apelação. previstas nesta Lei serão exercidas nos
termos da respectiva lei orgânica.
Art. 199-A. A sentença que deferir a
adoção produz efeito desde logo, embora Art. 201. Compete ao Ministério Público:
sujeita a apelação, que será recebida
exclusivamente no efeito devolutivo, salvo se I - conceder a remissão como forma de
se tratar de adoção internacional ou se exclusão do processo;
houver perigo de dano irreparável ou de
difícil reparação ao adotando. (Incluído pela II - promover e acompanhar os
Lei nº 12.010, de 2009) procedimentos relativos às infrações
atribuídas a adolescentes;
Art. 199-B. A sentença que destituir ambos
ou qualquer dos genitores do poder III - promover e acompanhar as ações de
familiar fica sujeita a apelação, que deverá alimentos e os procedimentos de
ser recebida apenas no efeito devolutivo. suspensão e destituição do poder familiar ,
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) nomeação e remoção de tutores, curadores
e guardiães, bem como oficiar em todos os
Art. 199-C. Os recursos nos procedimentos demais procedimentos da competência da
de adoção e de destituição de poder Justiça da Infância e da Juventude;
familiar, em face da relevância das questões, (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de
serão processados com prioridade 2009)
absoluta, devendo ser imediatamente
distribuídos, ficando vedado que aguardem, IV - promover, de ofício ou por solicitação dos
em qualquer situação, oportuna distribuição, e interessados, a especialização e a inscrição
serão colocados em mesa para julgamento de hipoteca legal e a prestação de contas
sem revisão e com parecer urgente do dos tutores, curadores e quaisquer
Ministério Público. (Incluído pela Lei nº administradores de bens de crianças e
12.010, de 2009) adolescentes nas hipóteses do art. 98;

Art. 199-D. O relator deverá colocar o V - promover o inquérito civil e a ação civil
processo em mesa para julgamento no prazo pública para a proteção dos interesses
máximo de 60 (sessenta) dias, contado da individuais, difusos ou coletivos relativos à
sua conclusão. (Incluído pela Lei nº 12.010, infância e à adolescência, inclusive os
de 2009) definidos no art. 220, § 3º inciso II, da
Constituição Federal ;

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VI - instaurar procedimentos
administrativos e, para instruí-los: § 1º A legitimação do Ministério Público
para as ações cíveis previstas neste artigo
a) expedir notificações para colher não impede a de terceiros, nas mesmas
depoimentos ou esclarecimentos e, em caso hipóteses, segundo dispuserem a Constituição
de não comparecimento injustificado, e esta Lei.
requisitar condução coercitiva, inclusive
pela polícia civil ou militar; § 2º As atribuições constantes deste artigo
não excluem outras, desde que compatíveis
b) requisitar informações, exames, perícias com a finalidade do Ministério Público.
e documentos de autoridades municipais,
estaduais e federais, da administração § 3º O representante do Ministério Público,
direta ou indireta, bem como promover no exercício de suas funções, terá livre
inspeções e diligências investigatórias; acesso a todo local onde se encontre
criança ou adolescente.
c) requisitar informações e documentos a
particulares e instituições privadas; § 4º O representante do Ministério Público
será responsável pelo uso indevido das
VII - instaurar sindicâncias, requisitar informações e documentos que requisitar,
diligências investigatórias e determinar a nas hipóteses legais de sigilo.
instauração de inquérito policial, para
apuração de ilícitos ou infrações às normas de § 5º Para o exercício da atribuição de que
proteção à infância e à juventude; trata o inciso VIII deste artigo, poderá o
representante do Ministério Público:
VIII - zelar pelo efetivo respeito aos direitos
e garantias legais assegurados às crianças e a) reduzir a termo as declarações do
adolescentes, promovendo as medidas reclamante, instaurando o competente
judiciais e extrajudiciais cabíveis; procedimento, sob sua presidência;

IX - impetrar mandado de segurança, de b) entender-se diretamente com a pessoa


injunção e habeas corpus, em qualquer ou autoridade reclamada, em dia, local e
juízo, instância ou tribunal, na defesa dos horário previamente notificados ou acertados;
interesses sociais e individuais indisponíveis
afetos à criança e ao adolescente; c) efetuar recomendações visando à
melhoria dos serviços públicos e de relevância
X - representar ao juízo visando à pública afetos à criança e ao adolescente,
aplicação de penalidade por infrações fixando prazo razoável para sua perfeita
cometidas contra as normas de proteção à adequação.
infância e à juventude, sem prejuízo da
promoção da responsabilidade civil e penal Art. 202. Nos processos e procedimentos em
do infrator, quando cabível; que não for parte, atuará obrigatoriamente o
Ministério Público na defesa dos direitos e
XI - inspecionar as entidades públicas e interesses de que cuida esta Lei, hipótese em
particulares de atendimento e os que terá vista dos autos depois das partes,
programas de que trata esta Lei, adotando podendo juntar documentos e requerer
de pronto as medidas administrativas ou diligências, usando os recursos cabíveis.
judiciais necessárias à remoção de
irregularidades porventura verificadas; Art. 203. A intimação do Ministério Público,
em qualquer caso, será feita pessoalmente.
XII - requisitar força policial, bem como a
colaboração dos serviços médicos, Art. 204. A falta de intervenção do
hospitalares, educacionais e de assistência Ministério Público acarreta a nulidade do
social, públicos ou privados, para o feito, que será declarada de ofício pelo juiz
desempenho de suas atribuições.

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ou a requerimento de qualquer adolescente, referentes ao não oferecimento


interessado. ou oferta irregular:

Art. 205. As manifestações processuais do I - do ensino obrigatório;


representante do Ministério Público deverão
ser fundamentadas. II - de atendimento educacional especializado
aos portadores de deficiência;
Capítulo VI
III - de atendimento em creche e pré-escola às
Do Advogado crianças de zero a cinco anos de idade;
(Redação dada pela Lei nº 13.306, de 2016)
Art. 206. A criança ou o adolescente, seus
pais ou responsável, e qualquer pessoa que IV - de ensino noturno regular, adequado às
tenha legítimo interesse na solução da lide condições do educando;
poderão intervir nos procedimentos de que
trata esta Lei, através de advogado, o qual V - de programas suplementares de oferta de
será intimado para todos os atos, material didático-escolar, transporte e
pessoalmente ou por publicação oficial, assistência à saúde do educando do ensino
respeitado o segredo de justiça. fundamental;

Parágrafo único. Será prestada assistência VI - de serviço de assistência social visando à


judiciária integral e gratuita àqueles que proteção à família, à maternidade, à infância e
dela necessitarem. à adolescência, bem como ao amparo às
crianças e adolescentes que dele necessitem;
Art. 207. Nenhum adolescente a quem se
atribua a prática de ato infracional, ainda que VII - de acesso às ações e serviços de saúde;
ausente ou foragido, será processado sem
defensor. VIII - de escolarização e profissionalização
dos adolescentes privados de liberdade.
§ 1º Se o adolescente não tiver defensor, ser-
lhe-á nomeado pelo juiz, ressalvado o IX - de ações, serviços e programas de
direito de, a todo tempo, constituir outro de orientação, apoio e promoção social de
sua preferência. famílias e destinados ao pleno exercício do
direito à convivência familiar por crianças e
§ 2º A ausência do defensor não adolescentes. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
determinará o adiamento de nenhum ato 2009)
do processo, devendo o juiz nomear
substituto, ainda que provisoriamente, ou X - de programas de atendimento para a
para o só efeito do ato. execução das medidas socioeducativas e
aplicação de medidas de proteção. (Incluído
§ 3º Será dispensada a outorga de pela Lei nº 12.594, de 2012)
mandato, quando se tratar de defensor
nomeado ou, sido constituído, tiver sido XI - de políticas e programas integrados de
indicado por ocasião de ato formal com a atendimento à criança e ao adolescente vítima
presença da autoridade judiciária. ou testemunha de violência. (Incluído pela Lei
nº 13.431, de 2017)
Capítulo VII § 1º As hipóteses previstas neste artigo não
excluem da proteção judicial outros
Da Proteção Judicial dos Interesses interesses individuais, difusos ou coletivos,
Individuais, Difusos e Coletivos próprios da infância e da adolescência,
protegidos pela Constituição e pela Lei.
Art. 208. Regem-se pelas disposições desta (Renumerado do Parágrafo único pela Lei nº
Lei as ações de responsabilidade por ofensa 11.259, de 2005)
aos direitos assegurados à criança e ao

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§ 2º A investigação do desaparecimento de Art. 212. Para defesa dos direitos e interesses


crianças ou adolescentes será realizada protegidos por esta Lei, são admissíveis
imediatamente após notificação aos órgãos todas as espécies de ações pertinentes.
competentes, que deverão comunicar o fato
aos portos, aeroportos, Polícia Rodoviária § 1º Aplicam-se às ações previstas neste
e companhias de transporte interestaduais Capítulo as normas do Código de Processo
e internacionais, fornecendo-lhes todos os Civil.
dados necessários à identificação do
desaparecido. (Incluído pela Lei nº 11.259, de § 2º Contra atos ilegais ou abusivos de
2005) autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica no exercício de atribuições do poder
Art. 209. As ações previstas neste Capítulo público, que lesem direito líquido e certo
serão propostas no foro do local onde previsto nesta Lei, caberá ação
ocorreu ou deva ocorrer a ação ou mandamental, que se regerá pelas normas
omissão, cujo juízo terá competência da lei do mandado de segurança.
absoluta para processar a causa, ressalvadas
a competência da Justiça Federal e a Art. 213. Na ação que tenha por objeto o
competência originária dos tribunais cumprimento de obrigação de fazer ou não
superiores. fazer, o juiz concederá a tutela específica da
obrigação ou determinará providências que
Art. 210. Para as ações cíveis fundadas em assegurem o resultado prático equivalente
interesses coletivos ou difusos, consideram-se ao do adimplemento.
legitimados concorrentemente:
§ 1º Sendo relevante o fundamento da
I - o Ministério Público; demanda e havendo justificado receio de
ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz
II - a União, os estados, os municípios, o conceder a tutela liminarmente ou após
Distrito Federal e os territórios; justificação prévia, citando o réu.

III - as associações legalmente constituídas § 2º O juiz poderá, na hipótese do parágrafo


há pelo menos um ano e que incluam entre anterior ou na sentença, impor multa diária
seus fins institucionais a defesa dos ao réu, independentemente de pedido do
interesses e direitos protegidos por esta autor, se for suficiente ou compatível com a
Lei, dispensada a autorização da obrigação, fixando prazo razoável para o
assembléia, se houver prévia autorização cumprimento do preceito.
estatutária.
§ 3º A multa só será exigível do réu após o
§ 1º Admitir-se-á litisconsórcio facultativo trânsito em julgado da sentença favorável ao
entre os Ministérios Públicos da União e autor, mas será devida desde o dia em que
dos estados na defesa dos interesses e se houver configurado o descumprimento.
direitos de que cuida esta Lei.
Art. 214. Os valores das multas reverterão
§ 2º Em caso de desistência ou abandono ao fundo gerido pelo Conselho dos
da ação por associação legitimada, o Direitos da Criança e do Adolescente do
Ministério Público ou outro legitimado respectivo município.
poderá assumir a titularidade ativa.
§ 1º As multas não recolhidas até trinta
Art. 211. Os órgãos públicos legitimados dias após o trânsito em julgado da decisão
poderão tomar dos interessados serão exigidas através de execução
compromisso de ajustamento de sua promovida pelo Ministério Público, nos
conduta às exigências legais, o qual terá mesmos autos, facultada igual iniciativa
eficácia de título executivo extrajudicial. aos demais legitimados.

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§ 2º Enquanto o fundo não for regulamentado, ação civil, remeterão peças ao Ministério
o dinheiro ficará depositado em Público para as providências cabíveis.
estabelecimento oficial de crédito, em conta
com correção monetária. Art. 222. Para instruir a petição inicial, o
interessado poderá requerer às autoridades
Art. 215. O juiz poderá conferir efeito competentes as certidões e informações que
suspensivo aos recursos, para evitar dano julgar necessárias, que serão fornecidas no
irreparável à parte. prazo de quinze dias.

Art. 216. Transitada em julgado a sentença Art. 223. O Ministério Público poderá
que impuser condenação ao poder público, o instaurar, sob sua presidência, inquérito civil,
juiz determinará a remessa de peças à ou requisitar, de qualquer pessoa, organismo
autoridade competente, para apuração da público ou particular, certidões, informações,
responsabilidade civil e administrativa do exames ou perícias, no prazo que assinalar, o
agente a que se atribua a ação ou omissão. qual não poderá ser inferior a dez dias
úteis.
Art. 217. Decorridos sessenta dias do
trânsito em julgado da sentença § 1º Se o órgão do Ministério Público,
condenatória sem que a associação autora esgotadas todas as diligências, se convencer
lhe promova a execução, deverá fazê-lo o da inexistência de fundamento para a
Ministério Público, facultada igual iniciativa propositura da ação cível, promoverá o
aos demais legitimados. arquivamento dos autos do inquérito civil
ou das peças informativas, fazendo-o
Art. 218. O juiz condenará a associação fundamentadamente.
autora a pagar ao réu os honorários
advocatícios arbitrados na conformidade do § § 2º Os autos do inquérito civil ou as peças
4º do art. 20 da Lei n.º 5.869, de 11 de janeiro de informação arquivados serão remetidos,
de 1973 (Código de Processo Civil) , quando sob pena de se incorrer em falta grave, no
reconhecer que a pretensão é prazo de três dias, ao Conselho Superior
manifestamente infundada. do Ministério Público.

Parágrafo único. Em caso de litigância de § 3º Até que seja homologada ou rejeitada


má-fé, a associação autora e os diretores a promoção de arquivamento, em sessão
responsáveis pela propositura da ação do Conselho Superior do Ministério
serão solidariamente condenados ao público, poderão as associações
décuplo das custas, sem prejuízo de legitimadas apresentar razões escritas ou
responsabilidade por perdas e danos. documentos, que serão juntados aos autos
do inquérito ou anexados às peças de
Art. 219. Nas ações de que trata este informação.
Capítulo, não haverá adiantamento de
custas, emolumentos, honorários periciais § 4º A promoção de arquivamento será
e quaisquer outras despesas. submetida a exame e deliberação do
Conselho Superior do Ministério Público,
Art. 220. Qualquer pessoa poderá e o conforme dispuser o seu regimento.
servidor público deverá provocar a iniciativa
do Ministério Público, prestando-lhe § 5º Deixando o Conselho Superior de
informações sobre fatos que constituam objeto homologar a promoção de arquivamento,
de ação civil, e indicando-lhe os elementos de designará, desde logo, outro órgão do
convicção. Ministério Público para o ajuizamento da
ação.
Art. 221. Se, no exercício de suas funções, os
juízos e tribunais tiverem conhecimento de Art. 224. Aplicam-se subsidiariamente, no
fatos que possam ensejar a propositura de que couber, as disposições da Lei n.º 7.347,
de 24 de julho de 1985 .

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nascimento, onde constem as intercorrências


Título VII do parto e do desenvolvimento do neonato:

Dos Crimes e Das Infrações Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Administrativas
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Capítulo I
Pena - detenção de dois a seis meses, ou
Dos Crimes multa.

Seção I Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou


dirigente de estabelecimento de atenção à
Disposições Gerais saúde de gestante de identificar
corretamente o neonato e a parturiente, por
Art. 225. Este Capítulo dispõe sobre crimes ocasião do parto, bem como deixar de
praticados contra a criança e o adolescente, proceder aos exames referidos no art. 10
por ação ou omissão, sem prejuízo do desta Lei:
disposto na legislação penal.
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos
nesta Lei as normas da Parte Geral do Código Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Penal e, quanto ao processo, as pertinentes
ao Código de Processo Penal. Pena - detenção de dois a seis meses, ou
multa.
Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são
de ação pública incondicionada. Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de
sua liberdade, procedendo à sua apreensão
Art. 227-A Os efeitos da condenação sem estar em flagrante de ato infracional ou
prevista no inciso I do caput do art. 92 do inexistindo ordem escrita da autoridade
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de judiciária competente:
1940 (Código Penal), para os crimes
previstos nesta Lei, praticados por Pena - detenção de seis meses a dois anos.
servidores públicos com abuso de
autoridade, são condicionados à Parágrafo único. Incide na mesma pena
ocorrência de reincidência. (Incluído pela aquele que procede à apreensão sem
Lei nº 13.869. de 2019) observância das formalidades legais.

Parágrafo único. A perda do cargo, do Art. 231. Deixar a autoridade policial


mandato ou da função, nesse caso, responsável pela apreensão de criança ou
independerá da pena aplicada na adolescente de fazer imediata comunicação
reincidência. (Incluído pela Lei nº 13.869. à autoridade judiciária competente e à família
de 2019) do apreendido ou à pessoa por ele indicada:

Seção II Pena - detenção de seis meses a dois anos.

Dos Crimes em Espécie Art. 232. Submeter criança ou adolescente


sob sua autoridade, guarda ou vigilância a
Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou vexame ou a constrangimento:
o dirigente de estabelecimento de atenção à
saúde de gestante de manter registro das Pena - detenção de seis meses a dois anos.
atividades desenvolvidas, na forma e prazo
referidos no art. 10 desta Lei, bem como de Art. 233. (Revogado pela Lei nº 9.455, de
fornecer à parturiente ou a seu responsável, 7.4.1997
por ocasião da alta médica, declaração de

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Art. 234. Deixar a autoridade competente, Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir,
sem justa causa, de ordenar a imediata fotografar, filmar ou registrar, por qualquer
liberação de criança ou adolescente, tão logo meio, cena de sexo explícito ou
tenha conhecimento da ilegalidade da pornográfica, envolvendo criança ou
apreensão: adolescente: (Redação dada pela Lei nº
11.829, de 2008)
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos,
Art. 235. Descumprir, injustificadamente, e multa. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de
prazo fixado nesta Lei em benefício de 2008)
adolescente privado de liberdade:
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem
Pena - detenção de seis meses a dois anos. agencia, facilita, recruta, coage, ou de
qualquer modo intermedeia a participação de
Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de criança ou adolescente nas cenas referidas no
autoridade judiciária, membro do Conselho caput deste artigo, ou ainda quem com esses
Tutelar ou representante do Ministério Público contracena. (Redação dada pela Lei nº
no exercício de função prevista nesta Lei: 11.829, de 2008)

Pena - detenção de seis meses a dois anos. § 2º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se
o agente comete o crime: (Redação dada pela
Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao Lei nº 11.829, de 2008)
poder de quem o tem sob sua guarda em
virtude de lei ou ordem judicial, com o fim de I – no exercício de cargo ou função pública
colocação em lar substituto: ou a pretexto de exercê-la; (Redação dada
pela Lei nº 11.829, de 2008)
Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa.
II – prevalecendo-se de relações
Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de domésticas, de coabitação ou de
filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou hospitalidade; ou (Redação dada pela Lei nº
recompensa: 11.829, de 2008)

Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa. III – prevalecendo-se de relações de


parentesco consangüíneo ou afim até o
Parágrafo único. Incide nas mesmas penas terceiro grau, ou por adoção, de tutor,
quem oferece ou efetiva a paga ou curador, preceptor, empregador da vítima
recompensa. ou de quem, a qualquer outro título, tenha
autoridade sobre ela, ou com seu
Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação consentimento. (Incluído pela Lei nº 11.829,
de ato destinado ao envio de criança ou de 2008)
adolescente para o exterior com
inobservância das formalidades legais ou Art. 241. Vender ou expor à venda
com o fito de obter lucro: fotografia, vídeo ou outro registro que
contenha cena de sexo explícito ou
Pena - reclusão de quatro a seis anos, e pornográfica envolvendo criança ou
multa. adolescente: (Redação dada pela Lei nº
11.829, de 2008)
Parágrafo único. Se há emprego de
violência, grave ameaça ou fraude: (Incluído Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos,
pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003) e multa. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de
2008)
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos,
além da pena correspondente à violência. Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar,
transmitir, distribuir, publicar ou divulgar

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por qualquer meio, inclusive por meio de


sistema de informática ou telemático, I – agente público no exercício de suas
fotografia, vídeo ou outro registro que funções; (Incluído pela Lei nº 11.829, de
contenha cena de sexo explícito ou 2008)
pornográfica envolvendo criança ou
adolescente: (Incluído pela Lei nº 11.829, de II – membro de entidade, legalmente
2008) constituída, que inclua, entre suas
finalidades institucionais, o recebimento, o
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e processamento e o encaminhamento de
multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) notícia dos crimes referidos neste
parágrafo; (Incluído pela Lei nº 11.829, de
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: 2008)
(Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
III – representante legal e funcionários
I – assegura os meios ou serviços para o responsáveis de provedor de acesso ou
armazenamento das fotografias, cenas ou serviço prestado por meio de rede de
imagens de que trata o caput deste artigo; computadores, até o recebimento do
(Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) material relativo à notícia feita à autoridade
policial, ao Ministério Público ou ao Poder
II – assegura, por qualquer meio, o acesso por Judiciário. (Incluído pela Lei nº 11.829, de
rede de computadores às fotografias, cenas 2008)
ou imagens de que trata o caput deste artigo.
(Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) § 3º As pessoas referidas no § 2º deste artigo
deverão manter sob sigilo o material ilícito
§ 2º As condutas tipificadas nos incisos I e referido. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
II do § 1 o deste artigo são puníveis Art. 241-C. Simular a participação de criança
quando o responsável legal pela prestação ou adolescente em cena de sexo explícito
do serviço, oficialmente notificado, deixa ou pornográfica por meio de adulteração,
de desabilitar o acesso ao conteúdo ilícito montagem ou modificação de fotografia,
de que trata o caput deste artigo. (Incluído vídeo ou qualquer outra forma de
pela Lei nº 11.829, de 2008) representação visual: (Incluído pela Lei nº
11.829, de 2008)
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar,
por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e
forma de registro que contenha cena de sexo multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
explícito ou pornográfica envolvendo
criança ou adolescente: (Incluído pela Lei nº Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas
11.829, de 2008) quem vende, expõe à venda, disponibiliza,
distribui, publica ou divulga por qualquer
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, meio, adquire, possui ou armazena o
e multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) material produzido na forma do caput deste
artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
§ 1º A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois
terços) se de pequena quantidade o material Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou
a que se refere o caput deste artigo. (Incluído constranger, por qualquer meio de
pela Lei nº 11.829, de 2008) comunicação, criança, com o fim de com ela
praticar ato libidinoso: (Incluído pela Lei nº
§ 2º Não há crime se a posse ou o 11.829, de 2008)
armazenamento tem a finalidade de
comunicar às autoridades competentes a Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e
ocorrência das condutas descritas nos arts. multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
240, 241, 241-A e 241-C desta Lei, quando a
comunicação for feita por: (Incluído pela Lei Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre
nº 11.829, de 2008) quem: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

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I – facilita ou induz o acesso à criança de Pena - detenção de seis meses a dois anos, e
material contendo cena de sexo explícito ou multa.
pornográfica com o fim de com ela praticar ato
libidinoso; (Incluído pela Lei nº 11.829, de Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente,
2008) como tais definidos no caput do art. 2 o desta
Lei, à prostituição ou à exploração sexual:
II – pratica as condutas descritas no caput (Incluído pela Lei nº 9.975, de 23.6.2000)
deste artigo com o fim de induzir criança a
se exibir de forma pornográfica ou Pena – reclusão de quatro a dez anos e multa,
sexualmente explícita. (Incluído pela Lei nº além da perda de bens e valores utilizados
11.829, de 2008) na prática criminosa em favor do Fundo dos
Direitos da Criança e do Adolescente da
Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos unidade da Federação (Estado ou Distrito
nesta Lei, a expressão “cena de sexo Federal) em que foi cometido o crime,
explícito ou pornográfica” compreende ressalvado o direito de terceiro de boa-fé.
qualquer situação que envolva criança ou (Redação dada pela Lei nº 13.440, de 2017)
adolescente em atividades sexuais
explícitas, reais ou simuladas, ou exibição §1º Incorrem nas mesmas penas o
dos órgãos genitais de uma criança ou proprietário, o gerente ou o responsável
adolescente para fins primordialmente pelo local em que se verifique a submissão de
sexuais. (Incluído pela Lei nº 11.829, de criança ou adolescente às práticas referidas
2008) no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº
9.975, de 23.6.2000)
Art. 242. Vender, fornecer ainda que
gratuitamente ou entregar, de qualquer §2º Constitui efeito obrigatório da
forma, a criança ou adolescente arma, condenação a cassação da licença de
munição ou explosivo: localização e de funcionamento do
estabelecimento. (Incluído pela Lei nº 9.975,
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos. de 23.6.2000)
(Redação dada pela Lei nº 10.764, de
12.11.2003) Art. 244-B. Corromper ou facilitar a
corrupção de menor de 18 (dezoito) anos,
Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar com ele praticando infração penal ou
ou entregar, ainda que gratuitamente, de induzindo-o a praticá-la: (Incluído pela Lei nº
qualquer forma, a criança ou a 12.015, de 2009)
adolescente, bebida alcoólica ou, sem
justa causa, outros produtos cujos Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
componentes possam causar dependência (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
física ou psíquica: (Redação dada pela Lei
nº 13.106, de 2015) § 1º Incorre nas penas previstas no caput
deste artigo quem pratica as condutas ali
Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, tipificadas utilizando-se de quaisquer meios
e multa, se o fato não constitui crime mais eletrônicos, inclusive salas de bate-papo
grave. (Redação dada pela Lei nº 13.106, de da internet. (Incluído pela Lei nº 12.015, de
2015) 2009)

Art. 244. Vender, fornecer ainda que § 2º As penas previstas no caput deste artigo
gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, são aumentadas de um terço no caso de a
a criança ou adolescente fogos de estampido infração cometida ou induzida estar
ou de artifício, exceto aqueles que, pelo seu incluída no rol do art. 1 o da Lei n o 8.072,
reduzido potencial, sejam incapazes de de 25 de julho de 1990 . (Incluído pela Lei nº
provocar qualquer dano físico em caso de 12.015, de 2009)
utilização indevida:

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Capítulo II
Art. 248. (Revogado pela Lei nº 13.431, de
Das Infrações Administrativas 2017)

Art. 245. Deixar o médico, professor ou Art. 249. Descumprir, dolosa ou


responsável por estabelecimento de atenção culposamente, os deveres inerentes ao
à saúde e de ensino fundamental, pré-escola poder familiar ou decorrente de tutela ou
ou creche, de comunicar à autoridade guarda, bem assim determinação da
competente os casos de que tenha autoridade judiciária ou Conselho Tutelar:
conhecimento, envolvendo suspeita ou (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de
confirmação de maus-tratos contra criança 2009)
ou adolescente:
Pena - multa de três a vinte salários de
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de
referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
reincidência.
Art. 250. Hospedar criança ou adolescente
Art. 246. Impedir o responsável ou desacompanhado dos pais ou responsável,
funcionário de entidade de atendimento o ou sem autorização escrita desses ou da
exercício dos direitos constantes nos incisos autoridade judiciária, em hotel, pensão,
II, III, VII, VIII e XI do art. 124 desta Lei: motel ou congênere: (Redação dada pela Lei
nº 12.038, de 2009).
Pena - multa de três a vinte salários de
referência, aplicando-se o dobro em caso Pena – multa. (Redação dada pela Lei nº
de reincidência. 12.038, de 2009).

Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, § 1 º Em caso de reincidência, sem prejuízo


sem autorização devida, por qualquer meio da pena de multa, a autoridade judiciária
de comunicação, nome, ato ou documento de poderá determinar o fechamento do
procedimento policial, administrativo ou estabelecimento por até 15 (quinze) dias.
judicial relativo a criança ou adolescente a que (Incluído pela Lei nº 12.038, de 2009).
se atribua ato infracional:
§ 2º Se comprovada a reincidência em
Pena - multa de três a vinte salários de período inferior a 30 (trinta) dias, o
referência, aplicando-se o dobro em caso estabelecimento será definitivamente
de reincidência. fechado e terá sua licença cassada.
(Incluído pela Lei nº 12.038, de 2009).
§ 1º Incorre na mesma pena quem exibe,
total ou parcialmente, fotografia de criança ou Art. 251. Transportar criança ou adolescente,
adolescente envolvido em ato infracional, ou por qualquer meio, com inobservância do
qualquer ilustração que lhe diga respeito ou se disposto nos arts. 83, 84 e 85 desta Lei:
refira a atos que lhe sejam atribuídos, de
forma a permitir sua identificação, direta ou Pena - multa de três a vinte salários de
indiretamente. referência, aplicando-se o dobro em caso de
reincidência.
§ 2º Se o fato for praticado por órgão de
imprensa ou emissora de rádio ou televisão, Art. 252. Deixar o responsável por diversão
além da pena prevista neste artigo, a ou espetáculo público de afixar, em lugar
autoridade judiciária poderá determinar a visível e de fácil acesso, à entrada do local
apreensão da publicação ou a suspensão da de exibição, informação destacada sobre a
programação da emissora até por dois dias, natureza da diversão ou espetáculo e a
bem como da publicação do periódico até por faixa etária especificada no certificado de
dois números. (Expressão declarada classificação:
inconstitucional pela ADIN 869).

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Pena - multa de três a vinte salários de de reincidência, sem prejuízo de apreensão


referência, aplicando-se o dobro em caso de da revista ou publicação.
reincidência.
Art. 258. Deixar o responsável pelo
Art. 253. Anunciar peças teatrais, filmes ou estabelecimento ou o empresário de observar
quaisquer representações ou espetáculos, o que dispõe esta Lei sobre o acesso de
sem indicar os limites de idade a que não criança ou adolescente aos locais de
se recomendem: diversão, ou sobre sua participação no
espetáculo:
Pena - multa de três a vinte salários de
referência, duplicada em caso de Pena - multa de três a vinte salários de
reincidência, aplicável, separadamente, à referência; em caso de reincidência, a
casa de espetáculo e aos órgãos de autoridade judiciária poderá determinar o
divulgação ou publicidade. fechamento do estabelecimento por até
quinze dias.
Art. 254. Transmitir, através de rádio ou
televisão, espetáculo em horário diverso do Art. 258-A. Deixar a autoridade competente
autorizado ou sem aviso de sua classificação: de providenciar a instalação e
(Expressão declarada inconstitucional pela operacionalização dos cadastros previstos
ADI 2.404). no art. 50 e no § 11 do art. 101 desta Lei:
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
Pena - multa de vinte a cem salários de
referência; duplicada em caso de Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$
reincidência a autoridade judiciária poderá 3.000,00 (três mil reais). (Incluído pela Lei nº
determinar a suspensão da programação 12.010, de 2009)
da emissora por até dois dias.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas
Art. 255. Exibir filme, trailer, peça, amostra ou a autoridade que deixa de efetuar o
congênere classificado pelo órgão cadastramento de crianças e de
competente como inadequado às crianças adolescentes em condições de serem
ou adolescentes admitidos ao espetáculo: adotadas, de pessoas ou casais habilitados à
adoção e de crianças e adolescentes em
Pena - multa de vinte a cem salários de regime de acolhimento institucional ou familiar.
referência; na reincidência, a autoridade (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
poderá determinar a suspensão do
espetáculo ou o fechamento do Art. 258-B. Deixar o médico, enfermeiro ou
estabelecimento por até quinze dias. dirigente de estabelecimento de atenção à
saúde de gestante de efetuar imediato
Art. 256. Vender ou locar a criança ou encaminhamento à autoridade judiciária de
adolescente fita de programação em vídeo, caso de que tenha conhecimento de mãe
em desacordo com a classificação atribuída ou gestante interessada em entregar seu
pelo órgão competente: filho para adoção: (Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009)
Pena - multa de três a vinte salários de
referência; em caso de reincidência, a Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$
autoridade judiciária poderá determinar o 3.000,00 (três mil reais). (Incluído pela Lei nº
fechamento do estabelecimento por até 12.010, de 2009)
quinze dias.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena o
Art. 257. Descumprir obrigação constante funcionário de programa oficial ou
dos arts. 78 e 79 desta Lei: comunitário destinado à garantia do direito
à convivência familiar que deixa de efetuar
Pena - multa de três a vinte salários de a comunicação referida no caput deste
referência, duplicando-se a pena em caso artigo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)

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renda, nem excluem ou reduzem outros


Art. 258-C. Descumprir a proibição benefícios ou abatimentos e deduções em
estabelecida no inciso II do art. 81: (Redação vigor, de maneira especial as doações a
dada pela Lei nº 13.106, de 2015) entidades de utilidade pública. (Revogado
pela Lei nº 9.532, de 1997) (Produção de
Pena - multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) a efeito)
R$ 10.000,00 (dez mil reais); (Redação dada
pela Lei nº 13.106, de 2015) § 1º -A. Na definição das prioridades a serem
atendidas com os recursos captados pelos
Medida Administrativa - interdição do fundos nacional, estaduais e municipais dos
estabelecimento comercial até o recolhimento direitos da criança e do adolescente, serão
da multa aplicada. (Redação dada pela Lei nº consideradas as disposições do Plano
13.106, de 2015) Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do
Direito de Crianças e Adolescentes à
Disposições Finais e Transitórias Convivência Familiar e Comunitária e as do
Plano Nacional pela Primeira Infância.
Art. 259. A União, no prazo de noventa dias (Redação dada dada pela Lei nº 13.257, de
contados da publicação deste Estatuto, 2016)
elaborará projeto de lei dispondo sobre a
criação ou adaptação de seus órgãos às § 2º Os conselhos nacional, estaduais e
diretrizes da política de atendimento fixadas municipais dos direitos da criança e do
no art. 88 e ao que estabelece o Título V do adolescente fixarão critérios de utilização, por
Livro II. meio de planos de aplicação, das dotações
subsidiadas e demais receitas, aplicando
Parágrafo único. Compete aos estados e necessariamente percentual para incentivo
municípios promoverem a adaptação de seus ao acolhimento, sob a forma de guarda, de
órgãos e programas às diretrizes e princípios crianças e adolescentes e para programas
estabelecidos nesta Lei. de atenção integral à primeira infância em
áreas de maior carência socioeconômica e
Art. 260. Os contribuintes poderão efetuar em situações de calamidade. (Redação
doações aos Fundos dos Direitos da dada dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
Criança e do Adolescente nacional, distrital,
estaduais ou municipais, devidamente § 3º O Departamento da Receita Federal, do
comprovadas, sendo essas integralmente Ministério da Economia, Fazenda e
deduzidas do imposto de renda, obedecidos Planejamento, regulamentará a comprovação
os seguintes limites: (Redação dada pela Lei das doações feitas aos fundos, nos termos
nº 12.594, de 2012) (Vide) deste artigo. (Incluído pela Lei nº 8.242, de
12.10.1991)
I - 1% (um por cento) do imposto sobre a
renda devido apurado pelas pessoas § 4º O Ministério Público determinará em cada
jurídicas tributadas com base no lucro real; e comarca a forma de fiscalização da aplicação,
(Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012) pelo Fundo Municipal dos Direitos da Criança
(Vide) e do Adolescente, dos incentivos fiscais
referidos neste artigo. (Incluído pela Lei nº
II - 6% (seis por cento) do imposto sobre a 8.242, de 12.10.1991)
renda apurado pelas pessoas físicas na
Declaração de Ajuste Anual, observado o § 5º Observado o disposto no § 4 o do art. 3 o
disposto no art. 22 da Lei n o 9.532, de 10 de da Lei n o 9.249, de 26 de dezembro de
dezembro de 1997 . (Redação dada pela Lei 1995 , a dedução de que trata o inciso I do
nº 12.594, de 2012) (Vide) caput : (Redação dada pela Lei nº 12.594, de
2012)
§ 1º - As deduções a que se refere este artigo
não estão sujeitas a outros limites I - será considerada isoladamente, não se
estabelecidos na legislação do imposto de submetendo a limite em conjunto com outras

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deduções do imposto; e (Incluído pela Lei nº IV - não exclui ou reduz outros benefícios ou
12.594, de 2012) deduções em vigor. (Incluído pela Lei nº
12.594, de 2012) (Vide)
II - não poderá ser computada como despesa
operacional na apuração do lucro real. § 3º O pagamento da doação deve ser
(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) efetuado até a data de vencimento da primeira
quota ou quota única do imposto, observadas
Art. 260-A. A partir do exercício de 2010, ano- instruções específicas da Secretaria da
calendário de 2009, a pessoa física poderá Receita Federal do Brasil. (Incluído pela Lei nº
optar pela doação de que trata o inciso II do 12.594, de 2012) (Vide)
caput do art. 260 diretamente em sua
Declaração de Ajuste Anual. (Incluído pela Lei § 4º O não pagamento da doação no prazo
nº 12.594, de 2012) estabelecido no § 3 o implica a glosa definitiva
desta parcela de dedução, ficando a pessoa
§ 1º A doação de que trata o caput poderá ser física obrigada ao recolhimento da diferença
deduzida até os seguintes percentuais de imposto devido apurado na Declaração de
aplicados sobre o imposto apurado na Ajuste Anual com os acréscimos legais
declaração: (Incluído pela Lei nº 12.594, de previstos na legislação. (Incluído pela Lei nº
2012) 12.594, de 2012) (Vide)

I - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.594, de § 5º A pessoa física poderá deduzir do


2012) imposto apurado na Declaração de Ajuste
Anual as doações feitas, no respectivo ano-
II - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.594, de calendário, aos fundos controlados pelos
2012) Conselhos dos Direitos da Criança e do
Adolescente municipais, distrital, estaduais e
III - 3% (três por cento) a partir do exercício de nacional concomitantemente com a opção de
2012. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) que trata o caput , respeitado o limite previsto
no inciso II do art. 260. (Incluído pela Lei nº
§ 2º A dedução de que trata o caput : (Incluído 12.594, de 2012) (Vide)
pela Lei nº 12.594, de 2012)
Art. 260-B. A doação de que trata o inciso I
I - está sujeita ao limite de 6% (seis por cento) do art. 260 poderá ser deduzida: (Incluído pela
do imposto sobre a renda apurado na Lei nº 12.594, de 2012)
declaração de que trata o inciso II do caput do
art. 260; (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) I - do imposto devido no trimestre, para as
pessoas jurídicas que apuram o imposto
II - não se aplica à pessoa física que: (Incluído trimestralmente; e (Incluído pela Lei nº 12.594,
pela Lei nº 12.594, de 2012) de 2012)

a) utilizar o desconto simplificado; (Incluído II - do imposto devido mensalmente e no


pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) ajuste anual, para as pessoas jurídicas que
apuram o imposto anualmente. (Incluído pela
b) apresentar declaração em formulário; ou Lei nº 12.594, de 2012)
(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
Parágrafo único. A doação deverá ser
c) entregar a declaração fora do prazo; efetuada dentro do período a que se refere a
(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) apuração do imposto. (Incluído pela Lei nº
12.594, de 2012)
III - só se aplica às doações em espécie; e
(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) Art. 260-C. As doações de que trata o art.
260 desta Lei podem ser efetuadas em
espécie ou em bens. (Incluído pela Lei nº
12.594, de 2012)

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I - comprovar a propriedade dos bens,


Parágrafo único. As doações efetuadas em mediante documentação hábil; (Incluído pela
espécie devem ser depositadas em conta Lei nº 12.594, de 2012)
específica, em instituição financeira pública,
vinculadas aos respectivos fundos de que II - baixar os bens doados na declaração de
trata o art. 260. (Incluído pela Lei nº 12.594, bens e direitos, quando se tratar de pessoa
de 2012) física, e na escrituração, no caso de pessoa
jurídica; e (Incluído pela Lei nº 12.594, de
Art. 260-D. Os órgãos responsáveis pela 2012)
administração das contas dos Fundos dos
Direitos da Criança e do Adolescente nacional, III - considerar como valor dos bens doados:
estaduais, distrital e municipais devem emitir (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
recibo em favor do doador, assinado por
pessoa competente e pelo presidente do a) para as pessoas físicas, o valor constante
Conselho correspondente, especificando: da última declaração do imposto de renda,
(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) desde que não exceda o valor de mercado;
(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
I - número de ordem; (Incluído pela Lei nº
12.594, de 2012) b) para as pessoas jurídicas, o valor contábil
dos bens. (Incluído pela Lei nº 12.594, de
II - nome, Cadastro Nacional da Pessoa 2012)
Jurídica (CNPJ) e endereço do emitente;
(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) Parágrafo único. O preço obtido em caso de
leilão não será considerado na determinação
III - nome, CNPJ ou Cadastro de Pessoas do valor dos bens doados, exceto se o leilão
Físicas (CPF) do doador; (Incluído pela Lei nº for determinado por autoridade judiciária.
12.594, de 2012) (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)

IV - data da doação e valor efetivamente Art. 260-F. Os documentos a que se referem


recebido; e (Incluído pela Lei nº 12.594, de os arts. 260-D e 260-E devem ser mantidos
2012) pelo contribuinte por um prazo de 5 (cinco)
anos para fins de comprovação da dedução
V - ano-calendário a que se refere a doação. perante a Receita Federal do Brasil. (Incluído
(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) pela Lei nº 12.594, de 2012)

§ 1º O comprovante de que trata o caput Art. 260-G. Os órgãos responsáveis pela


deste artigo pode ser emitido anualmente, administração das contas dos Fundos dos
desde que discrimine os valores doados mês Direitos da Criança e do Adolescente nacional,
a mês. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) estaduais, distrital e municipais devem:
(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
§ 2º No caso de doação em bens, o
comprovante deve conter a identificação dos I - manter conta bancária específica destinada
bens, mediante descrição em campo próprio exclusivamente a gerir os recursos do Fundo;
ou em relação anexa ao comprovante, (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
informando também se houve avaliação, o
nome, CPF ou CNPJ e endereço dos II - manter controle das doações recebidas; e
avaliadores. (Incluído pela Lei nº 12.594, de (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
2012)
III - informar anualmente à Secretaria da
Art. 260-E. Na hipótese da doação em bens, Receita Federal do Brasil as doações
o doador deverá: (Incluído pela Lei nº 12.594, recebidas mês a mês, identificando os
de 2012)

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seguintes dados por doador: (Incluído pela Lei


nº 12.594, de 2012) Art. 260-J. O Ministério Público determinará,
em cada Comarca, a forma de fiscalização da
a) nome, CNPJ ou CPF; (Incluído pela Lei nº aplicação dos incentivos fiscais referidos no
12.594, de 2012) art. 260 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.594,
de 2012)
b) valor doado, especificando se a doação foi
em espécie ou em bens. (Incluído pela Lei nº Parágrafo único. O descumprimento do
12.594, de 2012) disposto nos arts. 260-G e 260-I sujeitará os
infratores a responder por ação judicial
Art. 260-H. Em caso de descumprimento das proposta pelo Ministério Público, que poderá
obrigações previstas no art. 260-G, a atuar de ofício, a requerimento ou
Secretaria da Receita Federal do Brasil dará representação de qualquer cidadão. (Incluído
conhecimento do fato ao Ministério Público. pela Lei nº 12.594, de 2012)
(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
Art. 260-K. A Secretaria de Direitos Humanos
Art. 260-I. Os Conselhos dos Direitos da da Presidência da República (SDH/PR)
Criança e do Adolescente nacional, estaduais, encaminhará à Secretaria da Receita Federal
distrital e municipais divulgarão amplamente à do Brasil, até 31 de outubro de cada ano,
comunidade: (Incluído pela Lei nº 12.594, de arquivo eletrônico contendo a relação
2012) (V atualizada dos Fundos dos Direitos da Criança
e do Adolescente nacional, distrital, estaduais
I - o calendário de suas reuniões; (Incluído e municipais, com a indicação dos respectivos
pela Lei nº 12.594, de 2012) números de inscrição no CNPJ e das contas
bancárias específicas mantidas em
II - as ações prioritárias para aplicação das instituições financeiras públicas, destinadas
políticas de atendimento à criança e ao exclusivamente a gerir os recursos dos
adolescente; (Incluído pela Lei nº 12.594, de Fundos. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
2012)
Art. 260-L. A Secretaria da Receita Federal
III - os requisitos para a apresentação de do Brasil expedirá as instruções necessárias à
projetos a serem beneficiados com recursos aplicação do disposto nos arts. 260 a 260-K.
dos Fundos dos Direitos da Criança e do (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
Adolescente nacional, estaduais, distrital ou
municipais; (Incluído pela Lei nº 12.594, de Art. 261. A falta dos conselhos municipais
2012) dos direitos da criança e do adolescente,
os registros, inscrições e alterações a que
IV - a relação dos projetos aprovados em cada se referem os arts. 90, parágrafo único, e
ano-calendário e o valor dos recursos 91 desta Lei serão efetuados perante a
previstos para implementação das ações, por autoridade judiciária da comarca a que
projeto; (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) pertencer a entidade.

V - o total dos recursos recebidos e a Parágrafo único. A União fica autorizada a


respectiva destinação, por projeto atendido, repassar aos estados e municípios, e os
inclusive com cadastramento na base de estados aos municípios, os recursos
dados do Sistema de Informações sobre a referentes aos programas e atividades
Infância e a Adolescência; e (Incluído pela Lei previstos nesta Lei, tão logo estejam criados
nº 12.594, de 2012) os conselhos dos direitos da criança e do
adolescente nos seus respectivos níveis.
VI - a avaliação dos resultados dos projetos
beneficiados com recursos dos Fundos dos Art. 262. Enquanto não instalados os
Direitos da Criança e do Adolescente nacional, Conselhos Tutelares, as atribuições a eles
estaduais, distrital e municipais. (Incluído pela conferidas serão exercidas pela autoridade
Lei nº 12.594, de 2012) judiciária.

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Art. 264. O art. 102 da Lei n.º 6.015, de 31 de


Art. 263. O Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de 1973 , fica acrescido do seguinte
dezembro de 1940 (Código Penal), passa a item:
vigorar com as seguintes alterações:
" A r t .
1) Art. 102 ...................................................................
121 ............................................................ .

§ 4º No homicídio culposo, a pena é 6º) a perda e a suspensão do pátrio poder. "


aumentada de um terço, se o crime resulta de
inobservância de regra técnica de profissão, Art. 265. A Imprensa Nacional e demais
arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar gráficas da União, da administração direta ou
imediato socorro à vítima, não procura indireta, inclusive fundações instituídas e
diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge mantidas pelo poder público federal
para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso promoverão edição popular do texto integral
o homicídio, a pena é aumentada de um terço, deste Estatuto, que será posto à disposição
se o crime é praticado contra pessoa menor das escolas e das entidades de atendimento e
de catorze anos. de defesa dos direitos da criança e do
adolescente.
2) Art.
129 ............................................................... Art. 265-A. O poder público fará
periodicamente ampla divulgação dos direitos
§ 7º Aumenta-se a pena de um terço, se da criança e do adolescente nos meios de
ocorrer qualquer das hipóteses do art. 121, § comunicação social. (Incluído pela Lei nº
4º. 13.257, de 2016)

§ 8º Aplica-se à lesão culposa o disposto no § Parágrafo único. A divulgação a que se refere


5º do art. 121. o caput será veiculada em linguagem clara,
compreensível e adequada a crianças e
3) Art. adolescentes, especialmente às crianças
136................................................................. com idade inferior a 6 (seis) anos. (Incluído
pela Lei nº 13.257, de 2016)
§ 3º Aumenta-se a pena de um terço, se o
crime é praticado contra pessoa menor de Art. 266. Esta Lei entra em vigor noventa dias
catorze anos. após sua publicação.

4) Art. Parágrafo único. Durante o período de


213 .................................................................. vacância deverão ser promovidas atividades e
campanhas de divulgação e esclarecimentos
Parágrafo único. Se a ofendida é menor de acerca do disposto nesta Lei.
catorze anos:
Art. 267. Revogam-se as Leis n.º 4.513, de
Pena - reclusão de quatro a dez anos. 1964 , e 6.697, de 10 de outubro de 1979
(Código de Menores), e as demais
5) Art. disposições em contrário.
214...................................................................

Parágrafo único. Se o ofendido é menor de


catorze anos:

Pena - reclusão de três a nove anos.»

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