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Parágrafo único.

A garantia de prioridade
Presidência da República compreende:
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos a) primazia de receber proteção e socorro
em quaisquer circunstâncias;

LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. b) precedência de atendimento nos serviços


públicos ou de relevância pública;

Texto compilado Dispõe sobre o Estatuto


da Criança e do c) preferência na formulação e na execução
Adolescente e dá outras das políticas sociais públicas;
Vigência providências.
d) destinação privilegiada de recursos
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que públicos nas áreas relacionadas com a proteção à
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a infância e à juventude.
seguinte Lei:
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente
Título I será objeto de qualquer forma de negligência,
Das Disposições Preliminares discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão, punido na forma da lei qualquer
atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção
fundamentais.
integral à criança e ao adolescente.
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos
ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as
desta Lei, a pessoa até doze anos de idade
exigências do bem comum, os direitos e deveres
incompletos, e adolescente aquela entre doze e
individuais e coletivos, e a condição peculiar da
dezoito anos de idade.
criança e do adolescente como pessoas em
desenvolvimento.
Parágrafo único. Nos casos expressos em
lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às
Título II
pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
Dos Direitos Fundamentais
Capítulo III
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de Do Direito à Convivência Familiar e
todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa Comunitária
humana, sem prejuízo da proteção integral de que Seção I
trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por Disposições Gerais
outros meios, todas as oportunidades e
facilidades, a fim de lhes facultar o
Art. 19. É direito da criança e do
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e
adolescente ser criado e educado no seio de sua
social, em condições de liberdade e de dignidade.
família e, excepcionalmente, em família substituta,
assegurada a convivência familiar e comunitária,
Parágrafo único. Os direitos enunciados em ambiente que garanta seu desenvolvimento
nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e integral. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de
adolescentes, sem discriminação de nascimento, 2016)
situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor,
religião ou crença, deficiência, condição pessoal
§ 1 o Toda criança ou adolescente que
de desenvolvimento e aprendizagem, condição
estiver inserido em programa de acolhimento
econômica, ambiente social, região e local de
familiar ou institucional terá sua situação
moradia ou outra condição que diferencie as
reavaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses,
pessoas, as famílias ou a comunidade em que
devendo a autoridade judiciária competente, com
vivem. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
base em relatório elaborado por equipe
interprofissional ou multidisciplinar, decidir de
Art. 4º É dever da família, da comunidade, forma fundamentada pela possibilidade de
da sociedade em geral e do poder público reintegração familiar ou pela colocação em família
assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação substituta, em quaisquer das modalidades
dos direitos referentes à vida, à saúde, à previstas no art. 28 desta Lei. (Redação dada pela
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à Lei nº 13.509, de 2017)
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e
§ 2 o A permanência da criança e do
comunitária.
adolescente em programa de acolhimento
institucional não se prolongará por mais de 18 § 4 o Na hipótese de não haver a indicação
(dezoito meses), salvo comprovada necessidade do genitor e de não existir outro representante da
que atenda ao seu superior interesse, família extensa apto a receber a guarda, a
devidamente fundamentada pela autoridade autoridade judiciária competente deverá decretar a
judiciária. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de extinção do poder familiar e determinar a
2017) colocação da criança sob a guarda provisória de
quem estiver habilitado a adotá-la ou de entidade
§ 3 o A manutenção ou a reintegração de que desenvolva programa de acolhimento familiar
criança ou adolescente à sua família terá ou institucional. (Incluído pela Lei nº 13.509, de
preferência em relação a qualquer outra 2017)
providência, caso em que será esta incluída em
serviços e programas de proteção, apoio e § 5 o Após o nascimento da criança, a
promoção, nos termos do § 1 o do art. 23, dos vontade da mãe ou de ambos os genitores, se
incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a houver pai registral ou pai indicado, deve ser
IV do caput do art. 129 desta Lei. (Redação dada manifestada na audiência a que se refere o § 1 o do
pela Lei nº 13.257, de 2016) art. 166 desta Lei, garantido o sigilo sobre a
entrega. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 4 o Será garantida a convivência da criança e
do adolescente com a mãe ou o pai privado de § 6º Na hipótese de não comparecerem à
liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas audiência nem o genitor nem representante da
pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento família extensa para confirmar a intenção de
institucional, pela entidade responsável, exercer o poder familiar ou a guarda, a autoridade
independentemente de autorização judicial. (Incluído judiciária suspenderá o poder familiar da mãe, e a
pela Lei nº 12.962, de 2014) criança será colocada sob a guarda provisória de
quem esteja habilitado a adotá-la. (Incluído pela
§ 5 o Será garantida a convivência integral da Lei nº 13.509, de 2017)
criança com a mãe adolescente que estiver em
acolhimento institucional. (Incluído pela Lei nº § 7 o Os detentores da guarda possuem o
13.509, de 2017) prazo de 15 (quinze) dias para propor a ação de
adoção, contado do dia seguinte à data do término
§ 6 o A mãe adolescente será assistida por do estágio de convivência. (Incluído pela Lei nº
equipe especializada multidisciplinar. (Incluído 13.509, de 2017)
pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 8 o Na hipótese de desistência pelos
Art. 19-A. A gestante ou mãe que manifeste genitores - manifestada em audiência ou perante a
interesse em entregar seu filho para adoção, antes equipe interprofissional - da entrega da criança
ou logo após o nascimento, será encaminhada à após o nascimento, a criança será mantida com os
Justiça da Infância e da Juventude. (Incluído pela genitores, e será determinado pela Justiça da
Lei nº 13.509, de 2017) Infância e da Juventude o acompanhamento
familiar pelo prazo de 180 (cento e oitenta)
dias. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 1 o A gestante ou mãe será ouvida pela
equipe interprofissional da Justiça da Infância e da
Juventude, que apresentará relatório à autoridade § 9 o É garantido à mãe o direito ao sigilo
judiciária, considerando inclusive os eventuais sobre o nascimento, respeitado o disposto no art.
efeitos do estado gestacional e 48 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
puerperal. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 10. Serão cadastrados para adoção
§ 2 o De posse do relatório, a autoridade recém-nascidos e crianças acolhidas não
judiciária poderá determinar o encaminhamento da procuradas por suas famílias no prazo de 30
gestante ou mãe, mediante sua expressa (trinta) dias, contado a partir do dia do
concordância, à rede pública de saúde e acolhimento. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
assistência social para atendimento
especializado. (Incluído pela Lei nº 13.509, de Art. 19-B. A criança e o adolescente em
2017) programa de acolhimento institucional ou familiar
poderão participar de programa de
§ 3 o A busca à família extensa, conforme apadrinhamento. (Incluído pela Lei nº 13.509, de
definida nos termos do parágrafo único do art. 25 2017)
desta Lei, respeitará o prazo máximo de 90
(noventa) dias, prorrogável por igual § 1 o O apadrinhamento consiste em
período. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) estabelecer e proporcionar à criança e ao
adolescente vínculos externos à instituição para
fins de convivência familiar e comunitária e
colaboração com o seu desenvolvimento nos culturas, assegurados os direitos da criança
aspectos social, moral, físico, cognitivo, estabelecidos nesta Lei. (Incluído pela Lei nº
educacional e financeiro. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
13.509, de 2017)
Art. 23. A falta ou a carência de recursos
§ 2º Podem ser padrinhos ou madrinhas materiais não constitui motivo suficiente para a
pessoas maiores de 18 (dezoito) anos não perda ou a suspensão do pátrio poder poder
inscritas nos cadastros de adoção, desde que familiar . (Expressão substituída pela Lei nº
cumpram os requisitos exigidos pelo programa de 12.010, de 2009) Vigência
apadrinhamento de que fazem parte. (Incluído
pela Lei nº 13.509, de 2017) § 1 o Não existindo outro motivo que por si só
autorize a decretação da medida, a criança ou o
§ 3 o Pessoas jurídicas podem apadrinhar adolescente será mantido em sua família de
criança ou adolescente a fim de colaborar para o origem, a qual deverá obrigatoriamente ser
seu desenvolvimento. (Incluído pela Lei nº 13.509, incluída em serviços e programas oficiais de
de 2017) proteção, apoio e promoção. (Redação dada pela
Lei nº 13.257, de 2016)
§ 4 o O perfil da criança ou do adolescente a
ser apadrinhado será definido no âmbito de cada § 2º A condenação criminal do pai ou da
programa de apadrinhamento, com prioridade para mãe não implicará a destituição do poder familiar,
crianças ou adolescentes com remota exceto na hipótese de condenação por crime
possibilidade de reinserção familiar ou colocação doloso sujeito à pena de reclusão contra outrem
em família adotiva. (Incluído pela Lei nº 13.509, de igualmente titular do mesmo poder familiar ou
2017) contra filho, filha ou outro descendente. (Redação
dada pela Lei nº 13.715, de 2018)
§ 5 o Os programas ou serviços de
apadrinhamento apoiados pela Justiça da Infância Art. 24. A perda e a suspensão do pátrio
e da Juventude poderão ser executados por poder poder familiar serão decretadas
órgãos públicos ou por organizações da sociedade judicialmente, em procedimento contraditório, nos
civil. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) casos previstos na legislação civil, bem como na
hipótese de descumprimento injustificado dos
§ 6 o Se ocorrer violação das regras de deveres e obrigações a que alude o art.
apadrinhamento, os responsáveis pelo programa e 22. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de
pelos serviços de acolhimento deverão 2009) Vigência
imediatamente notificar a autoridade judiciária
competente. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) Título III
Da Prevenção
Art. 20. Os filhos, havidos ou não da relação Capítulo II
do casamento, ou por adoção, terão os mesmos Da Prevenção Especial
direitos e qualificações, proibidas quaisquer Seção II
designações discriminatórias relativas à filiação. Dos Produtos e Serviços

Art. 21. O pátrio poder poder familiar será Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao
exercido, em igualdade de condições, pelo pai e adolescente de:
pela mãe, na forma do que dispuser a legislação
civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em I - armas, munições e explosivos;
caso de discordância, recorrer à autoridade
judiciária competente para a solução da II - bebidas alcoólicas;
divergência. (Expressão substituída pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência
III - produtos cujos componentes possam
causar dependência física ou psíquica ainda que
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de por utilização indevida;
sustento, guarda e educação dos filhos menores,
cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a
IV - fogos de estampido e de artifício, exceto
obrigação de cumprir e fazer cumprir as
aqueles que pelo seu reduzido potencial sejam
determinações judiciais.
incapazes de provocar qualquer dano físico em
caso de utilização indevida;
Parágrafo único. A mãe e o pai, ou os
responsáveis, têm direitos iguais e deveres e
V - revistas e publicações a que alude o art.
responsabilidades compartilhados no cuidado e na
78;
educação da criança, devendo ser resguardado o
direito de transmissão familiar de suas crenças e
VI - bilhetes lotéricos e equivalentes. Das Medidas de Proteção
Capítulo I
Art. 82. É proibida a hospedagem de criança Disposições Gerais
ou adolescente em hotel, motel, pensão ou
estabelecimento congênere, salvo se autorizado Art. 98. As medidas de proteção à criança e
ou acompanhado pelos pais ou responsável. ao adolescente são aplicáveis sempre que os
direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados
Seção III ou violados:
Da Autorização para Viajar
I - por ação ou omissão da sociedade ou do
Art. 83. Nenhuma criança ou adolescente Estado;
menor de 16 (dezesseis) anos poderá viajar para
fora da comarca onde reside desacompanhado II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou
dos pais ou dos responsáveis sem expressa responsável;
autorização judicial. (Redação dada pela Lei nº
13.812, de 2019) III - em razão de sua conduta.

§ 1º A autorização não será exigida quando: Capítulo II


Das Medidas Específicas de Proteção
a) tratar-se de comarca contígua à da
residência da criança ou do adolescente menor de Art. 99. As medidas previstas neste Capítulo
16 (dezesseis) anos, se na mesma unidade da poderão ser aplicadas isolada ou
Federação, ou incluída na mesma região cumulativamente, bem como substituídas a
metropolitana; (Redação dada pela Lei nº 13.812, qualquer tempo.
de 2019)
Art. 100. Na aplicação das medidas levar-
b) a criança ou o adolescente menor de 16 se-ão em conta as necessidades pedagógicas,
(dezesseis) anos estiver acompanhado: (Redação preferindo-se aquelas que visem ao fortalecimento
dada pela Lei nº 13.812, de 2019) dos vínculos familiares e comunitários.

1) de ascendente ou colateral maior, até o Parágrafo único. São também princípios


terceiro grau, comprovado documentalmente o que regem a aplicação das medidas: (Incluído pela
parentesco; Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

2) de pessoa maior, expressamente I - condição da criança e do adolescente


autorizada pelo pai, mãe ou responsável. como sujeitos de direitos: crianças e adolescentes
são os titulares dos direitos previstos nesta e em
§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido outras Leis, bem como na Constituição
dos pais ou responsável, conceder autorização Federal; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
válida por dois anos. 2009) Vigência

Art. 84. Quando se tratar de viagem ao II - proteção integral e prioritária: a


exterior, a autorização é dispensável, se a criança interpretação e aplicação de toda e qualquer
ou adolescente: norma contida nesta Lei deve ser voltada à
proteção integral e prioritária dos direitos de que
I - estiver acompanhado de ambos os pais crianças e adolescentes são titulares; (Incluído
ou responsável; pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

II - viajar na companhia de um dos pais, III - responsabilidade primária e solidária do


autorizado expressamente pelo outro através de poder público: a plena efetivação dos direitos
documento com firma reconhecida. assegurados a crianças e a adolescentes por esta
Lei e pela Constituição Federal, salvo nos casos
por esta expressamente ressalvados, é de
Art. 85. Sem prévia e expressa autorização
judicial, nenhuma criança ou adolescente nascido responsabilidade primária e solidária das 3 (três)
em território nacional poderá sair do País em esferas de governo, sem prejuízo da
municipalização do atendimento e da possibilidade
companhia de estrangeiro residente ou domiciliado
da execução de programas por entidades não
no exterior.
governamentais; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
Parte Especial
Título II
IV - interesse superior da criança e do responsável, têm direito a ser ouvidos e a
adolescente: a intervenção deve atender participar nos atos e na definição da medida de
prioritariamente aos interesses e direitos da promoção dos direitos e de proteção, sendo sua
criança e do adolescente, sem prejuízo da opinião devidamente considerada pela autoridade
consideração que for devida a outros interesses judiciária competente, observado o disposto nos
legítimos no âmbito da pluralidade dos interesses §§ 1 o e 2 o do art. 28 desta Lei. (Incluído pela Lei
presentes no caso concreto; (Incluído pela Lei nº nº 12.010, de 2009) Vigência
12.010, de 2009) Vigência
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses
V - privacidade: a promoção dos direitos e previstas no art. 98, a autoridade competente
proteção da criança e do adolescente deve ser poderá determinar, dentre outras, as seguintes
efetuada no respeito pela intimidade, direito à medidas:
imagem e reserva da sua vida privada; (Incluído
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência I - encaminhamento aos pais ou
responsável, mediante termo de responsabilidade;
VI - intervenção precoce: a intervenção das
autoridades competentes deve ser efetuada logo II - orientação, apoio e acompanhamento
que a situação de perigo seja conhecida; (Incluído temporários;
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
III - matrícula e freqüência obrigatórias em
VII - intervenção mínima: a intervenção deve estabelecimento oficial de ensino fundamental;
ser exercida exclusivamente pelas autoridades e
instituições cuja ação seja indispensável à efetiva
IV - inclusão em serviços e programas
promoção dos direitos e à proteção da criança e do
oficiais ou comunitários de proteção, apoio e
adolescente; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
promoção da família, da criança e do
2009) Vigência
adolescente; (Redação dada pela Lei nº 13.257,
de 2016)
VIII - proporcionalidade e atualidade: a
intervenção deve ser a necessária e adequada à
V - requisição de tratamento médico,
situação de perigo em que a criança ou o
psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar
adolescente se encontram no momento em que a
ou ambulatorial;
decisão é tomada; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
VI - inclusão em programa oficial ou
comunitário de auxílio, orientação e tratamento a
IX - responsabilidade parental: a intervenção
alcoólatras e toxicômanos;
deve ser efetuada de modo que os pais assumam
os seus deveres para com a criança e o
adolescente; (Incluído pela Lei nº 12.010, de VII - acolhimento institucional; (Redação
2009) Vigência dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

X - prevalência da família: na promoção de VIII - inclusão em programa de acolhimento


direitos e na proteção da criança e do adolescente familiar; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
deve ser dada prevalência às medidas que os 2009) Vigência
mantenham ou reintegrem na sua família natural
ou extensa ou, se isso não for possível, que IX - colocação em família
promovam a sua integração em família substituta. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
adotiva; (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2009) Vigência
2017)
§ 1 o O acolhimento institucional e o
XI - obrigatoriedade da informação: a criança acolhimento familiar são medidas provisórias e
e o adolescente, respeitado seu estágio de excepcionais, utilizáveis como forma de transição
desenvolvimento e capacidade de compreensão, para reintegração familiar ou, não sendo esta
seus pais ou responsável devem ser informados possível, para colocação em família substituta, não
dos seus direitos, dos motivos que determinaram a implicando privação de liberdade. (Incluído pela
intervenção e da forma como esta se Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
processa; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência § 2 o Sem prejuízo da tomada de medidas
emergenciais para proteção de vítimas de
XII - oitiva obrigatória e participação: a violência ou abuso sexual e das providências a que
criança e o adolescente, em separado ou na alude o art. 130 desta Lei, o afastamento da
companhia dos pais, de responsável ou de pessoa criança ou adolescente do convívio familiar é de
por si indicada, bem como os seus pais ou competência exclusiva da autoridade judiciária e
importará na deflagração, a pedido do Ministério II - os compromissos assumidos pelos pais
Público ou de quem tenha legítimo interesse, de ou responsável; e (Incluído pela Lei nº 12.010, de
procedimento judicial contencioso, no qual se 2009) Vigência
garanta aos pais ou ao responsável legal o
exercício do contraditório e da ampla III - a previsão das atividades a serem
defesa. (Incluído pela Lei nº 12.010, de desenvolvidas com a criança ou com o
2009) Vigência adolescente acolhido e seus pais ou responsável,
com vista na reintegração familiar ou, caso seja
§ 3 o Crianças e adolescentes somente esta vedada por expressa e fundamentada
poderão ser encaminhados às instituições que determinação judicial, as providências a serem
executam programas de acolhimento institucional, tomadas para sua colocação em família substituta,
governamentais ou não, por meio de uma Guia de sob direta supervisão da autoridade
Acolhimento, expedida pela autoridade judiciária, judiciária. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
na qual obrigatoriamente constará, dentre 2009) Vigência
outros: (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência § 7 o O acolhimento familiar ou institucional
ocorrerá no local mais próximo à residência dos
I - sua identificação e a qualificação completa pais ou do responsável e, como parte do processo
de seus pais ou de seu responsável, se de reintegração familiar, sempre que identificada a
conhecidos; (Incluído pela Lei nº 12.010, de necessidade, a família de origem será incluída em
2009) Vigência programas oficiais de orientação, de apoio e de
promoção social, sendo facilitado e estimulado o
II - o endereço de residência dos pais ou do contato com a criança ou com o adolescente
responsável, com pontos de referência; (Incluído acolhido. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 2009) Vigência

III - os nomes de parentes ou de terceiros § 8 o Verificada a possibilidade de


interessados em tê-los sob sua guarda; (Incluído reintegração familiar, o responsável pelo programa
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência de acolhimento familiar ou institucional fará
imediata comunicação à autoridade judiciária, que
dará vista ao Ministério Público, pelo prazo de 5
IV - os motivos da retirada ou da não
(cinco) dias, decidindo em igual prazo. (Incluído
reintegração ao convívio familiar. (Incluído pela Lei
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
nº 12.010, de 2009) Vigência

§ 9 o Em sendo constatada a impossibilidade


§ 4 o Imediatamente após o acolhimento da
de reintegração da criança ou do adolescente à
criança ou do adolescente, a entidade responsável
pelo programa de acolhimento institucional ou família de origem, após seu encaminhamento a
familiar elaborará um plano individual de programas oficiais ou comunitários de orientação,
apoio e promoção social, será enviado relatório
atendimento, visando à reintegração familiar,
fundamentado ao Ministério Público, no qual
ressalvada a existência de ordem escrita e
conste a descrição pormenorizada das
fundamentada em contrário de autoridade
providências tomadas e a expressa
judiciária competente, caso em que também
deverá contemplar sua colocação em família recomendação, subscrita pelos técnicos da
substituta, observadas as regras e princípios desta entidade ou responsáveis pela execução da
política municipal de garantia do direito à
Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
convivência familiar, para a destituição do poder
familiar, ou destituição de tutela ou
§ 5 o O plano individual será elaborado sob a guarda. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
responsabilidade da equipe técnica do respectivo 2009) Vigência
programa de atendimento e levará em
consideração a opinião da criança ou do
§ 10. Recebido o relatório, o Ministério
adolescente e a oitiva dos pais ou do
Público terá o prazo de 15 (quinze) dias para o
responsável. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
ingresso com a ação de destituição do poder
2009) Vigência
familiar, salvo se entender necessária a realização
de estudos complementares ou de outras
§ 6 o Constarão do plano individual, dentre providências indispensáveis ao ajuizamento da
outros: (Incluído pela Lei nº 12.010, de demanda. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de
2009) Vigência 2017)

I - os resultados da avaliação § 11. A autoridade judiciária manterá, em


interdisciplinar; (Incluído pela Lei nº 12.010, de cada comarca ou foro regional, um cadastro
2009) Vigência contendo informações atualizadas sobre as
crianças e adolescentes em regime de § 6 o São gratuitas, a qualquer tempo, a
acolhimento familiar e institucional sob sua averbação requerida do reconhecimento de
responsabilidade, com informações paternidade no assento de nascimento e a certidão
pormenorizadas sobre a situação jurídica de cada correspondente. (Incluído dada pela Lei nº 13.257,
um, bem como as providências tomadas para sua de 2016)
reintegração familiar ou colocação em família
substituta, em qualquer das modalidades previstas Título V
no art. 28 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, Do Conselho Tutelar
de 2009) Vigência Capítulo I
Disposições Gerais
§ 12. Terão acesso ao cadastro o Ministério
Público, o Conselho Tutelar, o órgão gestor da Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão
Assistência Social e os Conselhos Municipais dos permanente e autônomo, não jurisdicional,
Direitos da Criança e do Adolescente e da encarregado pela sociedade de zelar pelo
Assistência Social, aos quais incumbe deliberar cumprimento dos direitos da criança e do
sobre a implementação de políticas públicas que adolescente, definidos nesta Lei.
permitam reduzir o número de crianças e
adolescentes afastados do convívio familiar e Art. 132. Em cada Município e em cada
abreviar o período de permanência em programa
Região Administrativa do Distrito Federal haverá,
de acolhimento. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão
2009) Vigência
integrante da administração pública local,
composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela
Art. 102. As medidas de proteção de que população local para mandato de 4 (quatro) anos,
trata este Capítulo serão acompanhadas da permitida recondução por novos processos de
regularização do registro civil. (Vide Lei nº 12.010, escolha. (Redação dada pela Lei nº 13.824, de
de 2009) Vigência 2019)

§ 1º Verificada a inexistência de registro Art. 133. Para a candidatura a membro do


anterior, o assento de nascimento da criança ou Conselho Tutelar, serão exigidos os seguintes
adolescente será feito à vista dos elementos requisitos:
disponíveis, mediante requisição da autoridade
judiciária.
I - reconhecida idoneidade moral;

§ 2º Os registros e certidões necessários à


II - idade superior a vinte e um anos;
regularização de que trata este artigo são isentos
de multas, custas e emolumentos, gozando de
absoluta prioridade. III - residir no município.

§ 3 o Caso ainda não definida a paternidade, Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá
será deflagrado procedimento específico sobre o local, dia e horário de funcionamento do
destinado à sua averiguação, conforme previsto Conselho Tutelar, inclusive quanto à remuneração
pela Lei n o 8.560, de 29 de dezembro de dos respectivos membros, aos quais é assegurado
1992. (Incluído pela Lei nº 12.010, de o direito a: (Redação dada pela Lei nº 12.696, de
2009) Vigência 2012)

§ 4 o Nas hipóteses previstas no § 3 o deste I - cobertura previdenciária; (Incluído pela


artigo, é dispensável o ajuizamento de ação de Lei nº 12.696, de 2012)
investigação de paternidade pelo Ministério
Público se, após o não comparecimento ou a II - gozo de férias anuais remuneradas,
recusa do suposto pai em assumir a paternidade a acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da
ele atribuída, a criança for encaminhada para remuneração mensal; (Incluído pela Lei nº 12.696,
adoção. (Incluído pela Lei nº 12.010, de de 2012)
2009) Vigência
III - licença-maternidade; (Incluído pela Lei
§5 o Os registros e certidões necessários à nº 12.696, de 2012)
inclusão, a qualquer tempo, do nome do pai no
assento de nascimento são isentos de multas, IV - licença-paternidade; (Incluído pela Lei nº
custas e emolumentos, gozando de absoluta 12.696, de 2012)
prioridade. (Incluído dada pela Lei nº 13.257, de
2016) V - gratificação natalina. (Incluído pela Lei nº
12.696, de 2012)
Parágrafo único. Constará da lei X - representar, em nome da pessoa e da
orçamentária municipal e da do Distrito Federal família, contra a violação dos direitos previstos
previsão dos recursos necessários ao no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal ;
funcionamento do Conselho Tutelar e à
remuneração e formação continuada dos XI - representar ao Ministério Público para
conselheiros tutelares. (Redação dada pela Lei nº efeito das ações de perda ou suspensão do poder
12.696, de 2012) familiar, após esgotadas as possibilidades de
manutenção da criança ou do adolescente junto à
Art. 135. O exercício efetivo da função de família natural. (Redação dada pela Lei nº 12.010,
conselheiro constituirá serviço público relevante e de 2009) Vigência
estabelecerá presunção de idoneidade
moral. (Redação dada pela Lei nº 12.696, de 2012) XII - promover e incentivar, na comunidade e
nos grupos profissionais, ações de divulgação e
Capítulo II treinamento para o reconhecimento de sintomas
Das Atribuições do Conselho de maus-tratos em crianças e
adolescentes. (Incluído pela Lei nº 13.046, de
Art. 136. São atribuições do Conselho 2014)
Tutelar:
XIII - adotar, na esfera de sua competência,
I - atender as crianças e adolescentes nas ações articuladas e efetivas direcionadas à
hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando identificação da agressão, à agilidade no
as medidas previstas no art. 101, I a VII; atendimento da criança e do adolescente vítima de
violência doméstica e familiar e à
responsabilização do agressor; (Incluído pela
II - atender e aconselhar os pais ou
Lei nº 14.344, de 2022) Vigência
responsável, aplicando as medidas previstas no
art. 129, I a VII;
XIV - atender à criança e ao adolescente
vítima ou testemunha de violência doméstica e
III - promover a execução de suas decisões, familiar, ou submetido a tratamento cruel ou
podendo para tanto: degradante ou a formas violentas de educação,
correção ou disciplina, a seus familiares e a
a) requisitar serviços públicos nas áreas de testemunhas, de forma a prover orientação e
saúde, educação, serviço social, previdência, aconselhamento acerca de seus direitos e dos
trabalho e segurança; encaminhamentos necessários; (Incluído pela
Lei nº 14.344, de 2022) Vigência
b) representar junto à autoridade judiciária
nos casos de descumprimento injustificado de XV - representar à autoridade judicial ou
suas deliberações. policial para requerer o afastamento do agressor
do lar, do domicílio ou do local de convivência com
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia a vítima nos casos de violência doméstica e
de fato que constitua infração administrativa ou familiar contra a criança e o
penal contra os direitos da criança ou adolescente; adolescente; (Incluído pela Lei nº 14.344, de
2022) Vigência
V - encaminhar à autoridade judiciária os XVI - representar à autoridade judicial para
casos de sua competência; requerer a concessão de medida protetiva de
urgência à criança ou ao adolescente vítima ou
VI - providenciar a medida estabelecida pela testemunha de violência doméstica e familiar, bem
autoridade judiciária, dentre as previstas no art. como a revisão daquelas já concedidas; (Incluído
101, de I a VI, para o adolescente autor de ato pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência
infracional;
XVII - representar ao Ministério Público para
VII - expedir notificações; requerer a propositura de ação cautelar de
antecipação de produção de prova nas causas que
VIII - requisitar certidões de nascimento e de envolvam violência contra a criança e o
óbito de criança ou adolescente quando adolescente; (Incluído pela Lei nº 14.344, de
necessário; 2022) Vigência

XVIII - tomar as providências cabíveis, na


IX - assessorar o Poder Executivo local na
esfera de sua competência, ao receber
elaboração da proposta orçamentária para planos
comunicação da ocorrência de ação ou omissão,
e programas de atendimento dos direitos da
praticada em local público ou privado, que
criança e do adolescente;
constitua violência doméstica e familiar contra a
criança e o adolescente; (Incluído pela Lei nº ao processo de escolha. (Incluído pela Lei nº
14.344, de 2022) Vigência 12.696, de 2012)

XIX - receber e encaminhar, quando for o § 3 o No processo de escolha dos membros


caso, as informações reveladas por noticiantes ou do Conselho Tutelar, é vedado ao candidato doar,
denunciantes relativas à prática de violência, ao oferecer, prometer ou entregar ao eleitor bem ou
uso de tratamento cruel ou degradante ou de vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive
formas violentas de educação, correção ou brindes de pequeno valor. (Incluído pela Lei nº
disciplina contra a criança e o 12.696, de 2012)
adolescente; (Incluído pela Lei nº 14.344, de
2022) Vigência
Capítulo V
Dos Impedimentos
XX - representar à autoridade judicial ou ao
Ministério Público para requerer a concessão de
medidas cautelares direta ou indiretamente Art. 140. São impedidos de servir no mesmo
relacionada à eficácia da proteção de noticiante ou Conselho marido e mulher, ascendentes e
denunciante de informações de crimes que descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos,
envolvam violência doméstica e familiar contra a cunhados, durante o cunhadio, tio e sobrinho,
criança e o adolescente. (Incluído pela Lei nº padrasto ou madrasta e enteado.
14.344, de 2022) Vigência
Parágrafo único. Estende-se o impedimento
Parágrafo único. Se, no exercício de suas do conselheiro, na forma deste artigo, em relação
atribuições, o Conselho Tutelar entender à autoridade judiciária e ao representante do
necessário o afastamento do convívio familiar, Ministério Público com atuação na Justiça da
comunicará incontinenti o fato ao Ministério Infância e da Juventude, em exercício na comarca,
Público, prestando-lhe informações sobre os foro regional ou distrital.
motivos de tal entendimento e as providências
tomadas para a orientação, o apoio e a promoção CONSTITUIÇÃO FEDERAL
social da família. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência CAPÍTULO III
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO
DESPORTO
Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar
SEÇÃO I
somente poderão ser revistas pela autoridade
DA EDUCAÇÃO
judiciária a pedido de quem tenha legítimo
interesse.
Art. 205. A educação, direito de todos e
dever do Estado e da família, será promovida e
Capítulo III
incentivada com a colaboração da sociedade,
Da Competência
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua
Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a qualificação para o trabalho.
regra de competência constante do art. 147.
Art. 206. O ensino será ministrado com
Capítulo IV base nos seguintes princípios:
Da Escolha dos Conselheiros
I - igualdade de condições para o acesso e
Art. 139. O processo para a escolha dos permanência na escola;
membros do Conselho Tutelar será estabelecido
em lei municipal e realizado sob a
II - liberdade de aprender, ensinar,
responsabilidade do Conselho Municipal dos
pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o
Direitos da Criança e do Adolescente, e a
saber;
fiscalização do Ministério Público. (Redação dada
pela Lei nº 8.242, de 12.10.1991)
III - pluralismo de idéias e de concepções
pedagógicas, e coexistência de instituições
§ 1 o O processo de escolha dos membros do
públicas e privadas de ensino;
Conselho Tutelar ocorrerá em data unificada em
todo o território nacional a cada 4 (quatro) anos, no
primeiro domingo do mês de outubro do ano IV - gratuidade do ensino público em
subsequente ao da eleição presidencial. (Incluído estabelecimentos oficiais;
pela Lei nº 12.696, de 2012)
V - valorização dos profissionais da
§ 2 o A posse dos conselheiros tutelares educação escolar, garantidos, na forma da lei,
ocorrerá no dia 10 de janeiro do ano subsequente planos de carreira, com ingresso exclusivamente
por concurso público de provas e títulos, aos das didáticoescolar, transporte, alimentação e
redes públicas; (Redação dada pela Emenda assistência à saúde. (Redação dada pela
Constitucional nº 53, de 2006) Emenda Constitucional nº 59, de 2009)

VI - gestão democrática do ensino público, § 1º O acesso ao ensino obrigatório e


na forma da lei; gratuito é direito público subjetivo.

VII - garantia de padrão de qualidade. § 2º O não-oferecimento do ensino


obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta
VIII - piso salarial profissional nacional para irregular, importa responsabilidade da autoridade
os profissionais da educação escolar pública, nos competente.
termos de lei federal. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 53, de 2006) § 3º Compete ao Poder Público recensear
os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a
IX - garantia do direito à educação e à chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis,
aprendizagem ao longo da vida. (Incluído pela pela freqüência à escola.
Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
CAPÍTULO VII
Parágrafo único. A lei disporá sobre as Da Família, da Criança, do Adolescente, do
categorias de trabalhadores considerados Jovem e do Idoso
profissionais da educação básica e sobre a fixação (Redação dada Pela Emenda
de prazo para a elaboração ou adequação de seus Constitucional nº 65, de 2010)
planos de carreira, no âmbito da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Art. 226. A família, base da sociedade, tem
Municípios. (Incluído pela Emenda especial proteção do Estado.
Constitucional nº 53, de 2006)
§ 1º O casamento é civil e gratuita a
Art. 208. O dever do Estado com a celebração.
educação será efetivado mediante a garantia de:
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil,
I - educação básica obrigatória e gratuita nos termos da lei.
dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade,
assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos § 3º Para efeito da proteção do Estado, é
os que a ela não tiveram acesso na idade reconhecida a união estável entre o homem e a
própria; (Redação dada pela Emenda mulher como entidade familiar, devendo a lei
Constitucional nº 59, de 2009) (Vide Emenda facilitar sua conversão em
Constitucional nº 59, de 2009) casamento. (Regulamento)

II - progressiva universalização do ensino § 4º Entende-se, também, como entidade


médio gratuito; (Redação dada pela Emenda familiar a comunidade formada por qualquer dos
Constitucional nº 14, de 1996) pais e seus descendentes.

III - atendimento educacional especializado § 5º Os direitos e deveres referentes à


aos portadores de deficiência, preferencialmente sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo
na rede regular de ensino; homem e pela mulher.

IV - educação infantil, em creche e pré- § 6º O casamento civil pode ser dissolvido


escola, às crianças até 5 (cinco) anos de pelo divórcio. (Redação dada Pela Emenda
idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 66, de 2010)
Constitucional nº 53, de 2006)
§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da
V - acesso aos níveis mais elevados do pessoa humana e da paternidade responsável, o
ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo planejamento familiar é livre decisão do casal,
a capacidade de cada um; competindo ao Estado propiciar recursos
educacionais e científicos para o exercício desse
VI - oferta de ensino noturno regular, direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte
adequado às condições do educando; de instituições oficiais ou
privadas. Regulamento
VII - atendimento ao educando, em todas as
etapas da educação básica, por meio de § 8º O Estado assegurará a assistência à
programas suplementares de material família na pessoa de cada um dos que a integram,
criando mecanismos para coibir a violência no profissional habilitado, segundo dispuser a
âmbito de suas relações. legislação tutelar específica;

Art. 227. É dever da família, da sociedade V - obediência aos princípios de brevidade,


e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e excepcionalidade e respeito à condição peculiar de
ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação
à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à de qualquer medida privativa da liberdade;
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e VI - estímulo do Poder Público, através de
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios,
forma de negligência, discriminação, exploração, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de
violência, crueldade e opressão. (Redação guarda, de criança ou adolescente órfão ou
dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) abandonado;

§ 1º O Estado promoverá programas de VII - programas de prevenção e atendimento


assistência integral à saúde da criança, do especializado à criança, ao adolescente e ao
adolescente e do jovem, admitida a participação de jovem dependente de entorpecentes e drogas
entidades não governamentais, mediante políticas afins. (Redação dada Pela Emenda
específicas e obedecendo aos seguintes Constitucional nº 65, de 2010)
preceitos: (Redação dada Pela Emenda
Constitucional nº 65, de 2010)
§ 4º A lei punirá severamente o abuso, a
violência e a exploração sexual da criança e do
I - aplicação de percentual dos recursos adolescente.
públicos destinados à saúde na assistência
materno-infantil;
§ 5º A adoção será assistida pelo Poder
Público, na forma da lei, que estabelecerá casos e
II - criação de programas de prevenção e condições de sua efetivação por parte de
atendimento especializado para as pessoas estrangeiros.
portadoras de deficiência física, sensorial ou
mental, bem como de integração social do
§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do
adolescente e do jovem portador de deficiência,
casamento, ou por adoção, terão os mesmos
mediante o treinamento para o trabalho e a direitos e qualificações, proibidas quaisquer
convivência, e a facilitação do acesso aos bens e designações discriminatórias relativas à filiação.
serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos
arquitetônicos e de todas as formas de
discriminação. (Redação dada Pela Emenda § 7º No atendimento dos direitos da criança
Constitucional nº 65, de 2010) e do adolescente levar-se- á em consideração o
disposto no art. 204.
§ 2º A lei disporá sobre normas de
construção dos logradouros e dos edifícios de uso § 8º A lei estabelecerá: (Incluído Pela
público e de fabricação de veículos de transporte Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
coletivo, a fim de garantir acesso adequado às
pessoas portadoras de deficiência. I - o estatuto da juventude, destinado a
regular os direitos dos jovens; (Incluído Pela
§ 3º O direito a proteção especial abrangerá Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
os seguintes aspectos:
II - o plano nacional de juventude, de
I - idade mínima de quatorze anos para duração decenal, visando à articulação das várias
admissão ao trabalho, observado o disposto no art. esferas do poder público para a execução de
7º, XXXIII; políticas públicas. (Incluído Pela Emenda
Constitucional nº 65, de 2010)
II - garantia de direitos previdenciários e
trabalhistas; Art. 228. São penalmente inimputáveis os
menores de dezoito anos, sujeitos às normas da
legislação especial.
III - garantia de acesso do trabalhador
adolescente e jovem à escola; (Redação
dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) Art. 229. Os pais têm o dever de assistir,
criar e educar os filhos menores, e os filhos
maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais
IV - garantia de pleno e formal conhecimento
na velhice, carência ou enfermidade.
da atribuição de ato infracional, igualdade na
relação processual e defesa técnica por

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