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A HISTÓRIA DO HINO REFORMISTA CASTELO FORTE E OS PRINCÍPIOS

TEÓRICOS DA MÚSICA.

Dayanne Marcelino Silva Ferreira


Jefferson Tiago Lage
Lucília Rodrigues Rosa
Mauricio Francisco de Jesus Gomes
Samuel Alves Muniz
Jonathas Woitowitz de Moura Dutra
2023/1
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso de Licenciatura em Música
Disciplina: Prática Interdisciplinar
Data:

Em Abril de 1521 Martinho Lutero declarou diante o tribunal de Worms: “Não


posso fazer de outro modo. Mantenho o que escrevi. Que Deus me ajude”, suas noventa
e cinco teses afixadas à porta da Igreja de Wittenberg em 31 de Outubro de 1517
iniciaram a maior revolução na história da Igreja Cristã “a Reforma Protestante”,
pregara e publicara com ousadia sobre os abusos, erros e pecados da Igreja Romana, por
estas e outras razões, o Papa Leão X e outros líderes da Igreja Católica (Concílio de
Trento ou Concílio Tridentino) “Contra-Reforma” queriam a sua morte , Lutero
continuou vivo por seu amigo Frederick Sabio ( Príncipe Frederico III, Eleitor da
Saxônia ), instrumento nas mãos de Deus, o manteve em seu Castelo em Wartburg,
outros reformadores antecederam Lutero, John Huss e os seus seguidores, morável sem
número, muitos Anabatistas (grupo distinto dos católicos e protestantes ), Valdenses
( denominação cristã ascética ) e Lombardos ( um dos povos germânicos caracterizados
pela grande capacidade militar ), pagaram um preço máximo da sua fé, mas Deus salvou
a vida de Lutero para que traduzisse a bíblia, do hebraico e grego, para a língua alemã,
essa obra levou 13 anos. A Figura 1 ilustra o momento em que Martinho Lutero e
Philipp Melanchton fazem essa tradução, Philipp era um grande amigo de Lutero,
altamente educado, importante diplomata e muito habilidoso, forte apoiador nessa
missão.
Figura 1 – Melanchthon abriu a religião para a política

Fonte:https://www.welt.de/sonderthemen/luther2017/article159061483/Melanchthon-
oeffnete-die-Religion-der-Politik.html, Lutero, 2017.

Em Wartenburg também pôde preparar outros meios para o seu povo ser salvo
em Cristo, precisavam de cultos em alemão para a sua compreensão, precisavam cantar
a sua fé, e louvar a Deus na sua própria língua, Martinho Lutero é conhecido como o
Apóstolo da Reforma, foi também o pai do Canto Congregacional, pois antes disso a
congregação não tinha o costume de cantar hinos, os poucos hinos que haviam eram
cantados em Latim, somente pelos oficiais da igreja, foi ele quem introduziu o cântico
por toda a congregação, mais o hino em foco foi considerado como a “march elsa” da
Reforma, pois todos os cristãos da Reforma cantavam-no com o mesmo entusiasmo dos
patriotas da França, de fato sendo a letra e música de Lutero, este cântico espalhou-se
por toda a terra, e tornou-se o hino oficial da Alemanha Protestante, era cantado
diariamente por Lutero e por seus companheiros, até os inimigos da Reforma dizia: “O
povo inteiro está cantando uma nova doutrina!”. Assim este hino cooperou no
desenvolvimento da igreja cristã naqueles dias, foi tão grande a repercussão deste hino
que homens ilustres, artistas e músicos de fama, usaram-no em seus temas, o exército de
Gustavo Adolfo (Rei da Suíça), cantou antes da Batalha de Leipzig, em Setembro de
1631, das grandes ameaças e sofrimentos nascem os nossos hinos, o primeiro hino de
Lutero foi consagrado a dois frades martirizados, intitulou-se “O Cântico de Dois
Mártires de Cristo em Bruxelas”, queimado pelos sofistas de Louvain.

Seu hino inigualável “Castelo Forte” foi escrito, na hora mais escura, na história
desse movimento, perseguições por parte do Imperador Carlos V, ameaçaram a
existência dos chamados protestantes, Lutero mesmo, sofria ameaças de morte a toda
hora, sofria fisicamente também, este hino escrito em 1529 em Coburg (em alemão), foi
chamado “A Batalha de Lutero”, James Moffatt chamou-o de, o maior hino, do maior
homem, do maior período da história da Alemanha, foi cantado com emoção e
sinceridade ao longo destes 4 séculos em milhares de línguas, define até aonde podemos
confiar em nosso Castelo Forte, nosso “escudo e boa espada”, mostra também quem é o
nosso inimigo, o tentador com os seus demônios, contra os quais, em nós mesmos, não
há força para resistirmos, mas Cristo o venceu na cruz, quem nos defende é o “Senhor
dos Altos Céus”, o próprio Deus, o grande acusador cairá com uma só palavra, Lutero
faleceu em 1546, aos 63 anos, foi casado com Catarina Von Bora, uma ex freira e
tiveram 6 filhos. A Figura 2 mostra a partitura original desta grande e revolucionária
obra.

Figura 2 - Hino sacro composto por Martinho Lutero

Fonte: https://www.welt.de/sonderthemen/luther2017/article159061483/Melanchthon-
oeffnete-die-Religion-der-Politik.html, Lutero, 2006.

( AQUI ESTAREI ACRESCENTANDO OS PRÍNCIPIOS TEORICOS DA MUSICA)

Relata-se no decorrer desta experiência, o desenvolvimento da criação da prática


de um arranjo musical, inspirado na obra do Hino Castelo Forte de Martinho Lutero (em
alemão: Martin Luther), após algumas sugestões, da obra a qual seria realizada, a
escolha foi unânime da maioria dos integrantes do grupo, fazendo assim a definição da
obra em pauta mencionada, o período da preparação foi cerca de dez horas, levando em
consideração, por parte de cada integrante, duas horas em média individualmente
distribuídas, para o período de discussão, estudo, e gravação das vozes, a prática do
desenvolvimento do áudio e da socialização perfez-se em 15 horas, o processo de
produção ocorreu da seguinte forma: Após o conhecimento das habilidades musicais
que cada participante desenvolvia, dividiu-se as tarefas para que houvesse harmonia e
bastante consenso na hora das execuções, o acadêmico Samuel responsabilizou-se na
tarefa de construção e edição do áudio, através do aplicativo Logic Pro X, começou a
construir MIDIs ( Musical Instrument Digital Interface ), já que a obra escolhida
envolve o canto coral e a necessidade de dividir as vozes pelas suas extensões, com o
intuito de auxiliar no treino de cada cantor com suas respectivas vozes, enviou
distintivamente para cada participante um midi (guia) para o estudo (solfejo) das notas
relativas para cada subdivisão, sendo elas representadas da seguinte forma: a voz do
soprano ficou com a participante Dayanne Ferreira, o Contralto com Lucília Rosa, o
tenor com Jefferson Lage, o baixo foi inserido pelo acadêmico Samuel Muniz, porém de
forma instrumental, pois não teríamos representante do baixo (vocal), por isso, frisando
que o baixo (instrumento) também foi incluso pelo Samuel Muniz, na
instrumentalização do violão, o arranjo ficou a cargo do acadêmico Maurício Gomes,
que utilizou um violão Di Giorgio, série clássico 1979, cordas de nylon. A priori, não
teria ficado somente o baixo, violão, e as vozes, mas, teria sido acrescido outros
instrumentos de forma digital como a tuba, e um órgão, porém, o resultado final com
esses instrumentos desagradou alguns, o que levou a discussão de uma possível
regravação, deixando apenas o violão como instrumento harmônico e um baixo para
melhor preenchimento, concluindo assim, de uma maneira mais rústica, a ênfase da
acústica das vozes, elucidando ainda mais a característica da época em que o hino foi
escrito e composto.

REFERÊNCIAS

DESPERTAR, Castelo Forte – A História por Detrás do Hino. YouTube, 18 de abril de


2016. Disponível em: < https//www.youtube.com/watch?v=x6rpfcViRUY>. Acesso em:
20 de Maio de 2023.

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